Bohemian Rhapsody é um filme, no máximo, regular, cuja experiência fica mais agradável devido ao grande trabalho de Malek e à, obviamente, espetacular trilha sonora, amparada pelo catálogo de uma das maiores bandas de todos os tempos. As relações de Freddie com sua família, amigos e banda são todas retratadas de forma bem superficial. As inconsistências e modificações na história são marca registrada de biografias feitas por Hollywood, a diferença é que aqui uma parte maior do público consegue perceber, mas em comparação às biografias já existentes, nada de surpresa nesse sentido. No mais, a performance do Live Aid é sempre boa de se lembrar.
O filme se contenta ser uma simulação dos shows da banda com pequenas inserções pouco inspiradas entre uma performance e outra. É barato e raso? É. Mas é sempre bom lembrar tudo o que o Queen, capitaneado por Freddie Mercury, representa para a música.
Malick sendo Malick. Acabei de ver, não quero pensar em dar nota ou rankear o filme, comparando aos lançados em 2017 ou à filmografia do diretor. "Song to Song" não se importa com uma estrutura rígida, não se importa com a linearidade do tempo ou qualquer certeza. Assim como com seus personagens, a inércia domina as duas horas de filme, mas não gratuitamente. Incomoda, angustia, golpeia. Nada mais apropriado para abordar depressão, relacionamentos abusivos, crises de identidade, como uma noção falha de tempo, a sensação de tudo ser sempre igual, das dores sempre voltarem, de não encontrar seu lugar no mundo, seja na religião, nos relacionamentos, no estilo de vida. A experiência de ver um filme do Malick nunca será a mesma, cada um tem sua visão e sua vivência, e o diretor questiona, revela, convida a reflexão a cada frame, a cada devaneio proposital. Por isso, se tratando de Malick, sempre aguardo o próximo filme, sempre me incomodo durante, e sempre fico admirado após o final. Song To Song pode não se garantir sendo apenas assistido, mas como experiência vale inúmeras revisitas.
Que filme! Wes Anderson é um diretor competente, nunca neguei. Mas nesse filme, o domínio dele sobre a mise-en-scene, a composição dos quadros e o trabalho conjunto com a fotografia estão em um nível insano. É tudo milimetricamente planejado, com centralização perfeita, que cria frames incríveis. As locações são incríveis, a trilha sonora é excelente e a direção de arte e figurino primorosos. E um roteiro muito bom, que mescla um drama familiar com doses muito acertadas de humor.
O que dizer do Gipsy Cab? Ou Chas e seus filhos uniformizados? Ou as aparições do Sr. Pagoda (ator "sócio" do Anderson)? Ou a cena em que Royal "revela" estar doente pra ex-esposa?
Tudo isso tem aquele toque característico do diretor, mas aqui, ele se mostra muito mais eficiente do que em seus dois primeiros filmes.
E apesar do filme gerar algumas risadas, ele também se mostra muito eficiente no drama. A tentativa de suicídio de Richie e suas cenas na tenda e no terraço com Margot; a sinceridade nos diálogos entre Henry e Etheline; e a entrega e consequente percepção da verdade quando Royal diz que viveu os seis dias mais felizes de sua vida (créditos a Murray; inclusive, acho a narração desnecessária nessa cena).
Mas tudo isso eu já podia esperar, após sete minutos incríveis de abertura: trilha sonora, fotografia, direção, atuação, todas impecáveis. Ao final de Hey Jude, eu já sabia que estava dinate de um grande filme.
Ao contrário de seu primeiro longa, Bottle Rocket, em Rushmore, Wes Anderson já demonstra um talento único para a direção e uma identidade impressionante. Os frames que mais parecem quadros vivos, a câmera centralizada, o uso de panorâmicas, o humor peculiar e único das obras do autor, a fotografia aconchegante, caracterizada pelo contraste entre diversas cores vivas... Tudo isso está presente aqui, e o diretor merece elogios por tudo isso.
Entretanto, a história não é algo que realmente impressione, acompanhando um adolescente histérico e sem foco, que devido à uma arrogância fora do comum, jamais consegue enxergar além do próprio interesse. Entre os personagens interessantes se destacam a Mrs. Cross que, raramente soa indefesa ou desprovida de inteligência, exceto quando o roteiro a sabota
E me incomoda bastante que ao final do filme, Max volte a repetir os mesmos atos de sua época de Rushmore: o diretor de teatro arrogante, o aluno que quer liderar todos as atividades extra-curriculares da escola, e bem, aquela cena final que pode gerar diferentes interpretações, mas que pra mim mostra que ele não superou a Mrs. Cross.
De qualquer forma, Rushmore aponta uma direção para Wes Anderson, e seus filmes mais recentes apenas comprovam como a expriência lapidou o talento que ainda se mostrava cru aqui.
Silêncio é uma das obras mais corajosas de Scorsese, e ver um diretor com tanto tempo de carreira e um nome já estabelecido quebrando seus próprios conceitos, por si só, já seria um motivo para parabenizá-lo. Mas aqui ele vai além.
Para um olhar desatento ou preconceituoso, Silêncio é propaganda católica. Mas basta uma análise superficial pra contestar esse argumento. E quando se aprofunda nas questões propostas pelo filme, é possível refutar completamente tal afirmação. Scorsese é católico: a culpa, o pecado, questionamentos envolvendo a Igreja e seus dogmas estão presentes em diversas obras de sua filmografia. Mas Silêncio é, talvez, o filme mais observador de sua carreira. Ele não perde tempo julgando personagens, culturas, religiões, mas apresentado suas convicções e contradições, suas virtudes e suas mazelas. Como mensurar a fé de alguém? É possível e necessário reprimir isso ou converter em nome da sua fé ou de seus ideiais? Até onde vai o "vá e Evangelize"? Essas e várias outras perguntas jamais deixam a mente do Padre Sebastião (em uma grandiosa atuação de Garfield, melhor até que aquela que o garantiu uma indicação ao Oscar por Hacksaw Ridge, e que comprova que com um bom diretor, um ator pode alcançar todo o seu potencial). E a construção do personagem nos impacta justamente pelo fato de que ele, vai percebendo, ao longo do filme, como naquela situação, é difícil ter que fazer uma escolha entre respeitar os dogmas do Cristianismo e poder viver uma vida de fé. E o final, é particularmente, uma das cenas mais belas que vi nos últimos tempos.
Mas como não poderia deixar de ser, Silêncio é mais do que uma grande história. Mais do que a história de um padre em conflito com os ensinamentos de sua religião e o silêncio de Deus em resposta aos seus pedidos, Silêncio é um filme sobre a importância da religião, a importância da cultura e tradições locais, a distorção dos ensinamentos em função de convicções pessoais (é irônico que japoneses e cristãos, em uma cena, concordem que suas religiões buscam o melhor para a humanidade, enquanto fazem as pessoas que vivem naquelas condições miseráveis sofrerem ainda mais com suas ações). E se o Cristianismo invade território estrangeiro com ar de superioridade e tenta converter os habitantes dali, o inquisidor devolve com violência, não somente contra os estrangeiros, mas contra seu próprio povo, e também quer a conversão dos estrangeiros, sendo esse o motivo primário do embate entre as ideias). E é por todos esses motivos, que não faz sentido dizer que o filme defende uma ou outra religião ou pensamento, uma vez que ele observa a história atentamente, sem emitir qualquer julgamento,
Com uma fotografia brilhante, atuações emocionantes (Adam Driver e Liam Neeson se entregam aos personagens, mas destaco também o grande Issei Ogata e Shin'ya Tsukamoto) e uma direção segura e instigante (o detalhe da câmera sobre a cabeça dos personagens, como se Deus os estivesse observando, é um detalhe simples, mas extremamente eficiente), fazem desse filme mais uma obra essencial da carreira de Scorsese.
A explicação para a ausência do filme nas premiações é o tema espinhoso (além de uma campanha mínima), e é só ler os comentários, em qualquer lugar, pra ver como isso ocorre também com o público.
Mais uma vez, Scorsese prova porque é um dos maiores de todos os tempos. E prova com louvor.
Kimi No Na Wa é uma ode ao tempo, aos sonhos, ao amor e à razão de estarmos nesse planeta situado em um gigantesco e assustador universo, onde infinitos asteroides co-existem, sem saber exatamente onde estão, se estão se movendo, pra onde estão indo; sem saber muito além do que se vê.
E isso é válido também, em outra escala, para os habitantes desse planeta minúsculo onde vivemos. Por que estamos aqui? Por que gostamos de algo ou alguém? Por que procuramos algo ou alguém? Nós sabemos como viver? Qual é o nosso lugar? Qual é o nosso futuro? E deveríamos saber? E afinal, "quem é você?, ou, literalmente, "o seu nome é?" ? É a pergunta que se repete ao longo do filme.
Mitsuha e Taki são ligados por algo que não sabemos a explicação, e eles fazem de tudo pra que se encontrem, estão sempre dispostos a se encontrar, mas só se encontram ao acaso, entre milhões de pessoas, numa estação de trem em Tóquio. Podemos falar sobre destino? Ou sobre estar pronto para as oportunidades que a vida dá? Ou sobre fé? Ou sobre o cosmos? Ou sobre aproveitar o nosso tempo por aqui?
Sinceramente, eu não tenho muitas respostas, mas há muito tempo, o cinema que me deixa com perguntas me atrai e instiga muito mais. E Kimi No Na Wa é cinema de primeira. É uma linda animação (como os japoneses são mestres em fazer), é romance, é Sci-fi, é engraçado, é drama, é um comentário social sobre a modernidade e o tradicional, é um comentário histórico sobre o Japão pós-Tsunami, é reflexivo e é imensamente satisfatório. E, definitivamente, um dos meus favoritos de 2016.
Hacksaw Ridge tem uma boa história, um roteiro digno e grandes atuações, com destaque para Garfield e Vaughn. Mas a direção... é impressionante. As cenas de guerra são pavorosas, como deve ser. O filme te faz sentir no meio do campo de batalha, o espetáculo é grande, evidentemente, mas sao contrário de outros espetáculos cinematográficos, a sensação que fica é a de nunca querer nem pensar na possibilidade de estar em um lugar desse, o que acho um grande feito. E isso certamente tem a mão de Gibson.
Por isso, só resta torcer pra que ele se concentre na direção nos próximos anos e fuja dos holofotes para evitar novas polêmicas. Se vier mais nesse nível, já será incrível.
Vendo como o terror cresceu nos últimos anos, e como a direção do filme é interessante, é triste concluir que The Invitation cai nos clichês de sempre de decisões idiotas de personagens, e como o roteiro manipula os personagens e seus estados de humor e constrangimento pra que o filme possa continuar. E ah, o final, a primeira vista é incrível, mas tá ali mais pelo choque do que como um algo realmente verossimil.
- Reunião de """amigos"""? Sinceramente... - Propaganda de culto a noite toda, relato de um assassino dentro da casa, louca que veio do México mas que aparece esporadicamente, portas trancadas, grades, sem sinal de telefone, sem internet... E não bastasse isso, quando Will questiona, ainda é tratado com frieza pelos "amigos", ainda que todos saibam do trauma dele... Aliás, belíssimo lugar pra fazer a reunião, dado o histórico dos amigos, não é? - Algumas atuações bem questionáveis, junto a um primeiro ato extremamente entediante, já dificultam a imersão de cara. - A construção do Will é um dos únicos pontos interessantes do filme, e a forma como suas dúvidas são mostradas, nos fazem questionar a sua sanidade e a veracidade daquilo que testemunhamos.
Pixar mais uma vez mandando muito bem. Procurando Dory não é uma daquelas sequências preguiçosas pra lucrar no verão americano, mas tem muito o que dizer. Analisando o filme encontramos personagens com dificuldade de fazer pleno uso de suas capacidades, com deficências mental, visual e física. Só o fato da Pixar juntar todos esses seres em um mesmo local já passa uma mensagem importantíssima não apenas para as crianças, mas para qualquer pessoa. E por isso, achei muito significativo quando a Dory usa as expressões
"continue a nadar" e "sempre há outro jeito", mostrando que não importa a dificuldade que o mundo ou você apresente, você deve continuar procurando por formas de conseguir seus sonhos.
E o que dizer do reencontro de Dory com seus pais? Pixar querendo fazer os adultos passarem vergonha perto das crianças da sessão haha
Não há muito o que dizer sobre a qualidade da animação, uma vez que o estúdio tem feito obras com um visual cada vez mais incrível. Já nos acostumamos a esperar isso, mas Dory não fica devendo em nada a cada novo frame e a cada ambiente apresentado.
PS: o curta Piper exibido antes do filme também é lindo, e a qualidade da animação é impressionante.
Caça-Fantasmas é um bom filme. Superestimado por alguns, subestimado por uma legião de babacas (veja bem, aqui não se inclui quem simplesmente não gostou do filme, mas sim aqueles que o odiavam desde antes do lançamento por um pensamento machista e retógrado), o filme cumpre bem a função de comédia para toda a família, com um belo visual e com um elenco competente (McCarthy é a menos interessante entre as protagonistas).
O filme respeita o legado do original, e apesar das inúmeras referências, consegue se atualizar sem parecer forçado.
Gire insistentemente a câmera, pisque milhares de luzes, faça seus personagens gritarem, jogue muito gelo seco, cubra o truque com uma cortina de pistas falsas e no final crie um "super plot twist".
Faça propaganda de um filme inteligente, rápido, complexo, que na verdade é apenas incoerente, mal dirigido e com um roteiro que cria tantas situações inexplicáveis que se torna uma bola de neve.
Difícil falar de um filme como esse... Cinema é uma arte, mas com a vida acelerada que levamos, muitas vezes adotamos cinema como puro entretenimento. Mesmo os mais dedicados cinéfilos e amantes de filmes podem, vez ou outra, se esquecer do impacto que um filme pode causar.
Repugnante, devastador, agonizante, transformador, alucinante, perturbador, destrutivo... são apenas alguns dos adjetivos que podem caracterizar Réquiem Para Um Sonho. Este não é um filme fácil, não é simples diversão, mas é daquelas obras que te rasgam pelo bem de uma mensagem maior, de abrir os olhos para um mundo cruel, mas real. A montagem do filme e o trabalho de câmera de Aronofsky são essenciais para a construção claustrofóbica de um universo pavoroso, associadas À uma trilha sonora devastadora e hipnotizante. E por um momento, durante o filme, eu realmente pensei "isso não vai acabar?", não por ser cinema de má qualidade, mas por estar imerso em um espiral tão debilitante, tão destruidor, que chega a sufocar. E o clímax, não diferente do resto do filme, é uma dor ininterrupta
que irremediavelmente cria no espectador uma empatia ao ver personagens amputados, enlouquecidos, abusados e emocionalmente destruidos.
Réquiem Para Um Sonho pode não ser uma boa experiência, pode tirar suas esperanças e destruir seu emocional por um tempo. Mas é cinema em seu ápice, é necessário e o seu efeito no longo prazo, é certamente recompensador.
Genisys tem umas referências aos filmes clássicos que são legais, mas faz uma bagunça com a linha temporal ( e as piadinhas com isso dentro do filme me incomodaram um pouco). Não achei a Emilia Clarke ruim não. Pra mim, a ideia era mostrar a Sarah novinha e mais mirradinha mesmo. Já Schwarz, apesar de às vezes repetitivo, é sempre legal de se ver nesse papel. E fazer do John o vilão, é uma má ideia, na minha opinião. É um filme que não deixa de ser uma distração, mas que prova que a inspiração da franquia ficou nos clássicos do século passado dirigidos por Cameron, e que agora, a franquia está reduzida a blockbusters de verão americanos (visto a cena pós-créditos clássica de filme caça-níquel, que já dá a entender que a história nunca vai ter fim, mesmo que pra isso eles desarrumem todas as linhas temporais possíveis).
Pelo menos foi melhor que aquele desastre de "A Rebelião das Máquinas".
X-Men Apocalypse tem a difícil e ingrata missão de manter o mesmo nível dos dois X-Men anteriores. E ainda que não o faça, passa longe de decepcionar por ser um bom filme do gênero.
Ver o Nightcrawler de volta foi bem legal, Quiksilver mais uma vez rouba a cena, Wolverine dispensa comentários e os vários novos personagens me agradaram (apesar da minha cautela em relação à Sophie Turner, gostei bastante da Jean; já não posso dizer o mesmo da Storm, mas não se pode ter tudo né?). Entretanto, a grande força de X-Men continua sendo a trinca Xavier / Magneto / Mystique, com os atores bastante inspirados.
O principal ponto fraco é mesmo o vilão clichê (e over demais). Esse tipo de vilão "vamos destruir o mundo, vamos governar tudo" funciona nas HQs, mas no cinema é sempre problemático. Apesar disso, o filme ainda consegue tocar no sempre válido e definidor dos X-Men, de aceitação das diferenças.
E uma das grandes virtudes dessa nova trilogia é ser uma franquia que, apesar de todo o seu apelo de herois e explosões e "bem x mal" que vem com o gênero, consegue ser bastante emocional e impactante quando necessário, coisa que outros filmes de heroi muitas vezes ficam devendo.
"Acho que todos podemos concordar que o terceiro é sempre o pior" Achei essa frase da Jean muito bem colocada, porque, independente de ser um bom filme, ela é verdade pra Star Wars, para a trilogia antiga e, ironicamente, pra essa.
O roteiro do filme é uma bagunça, mas o elenco me despertou curiosidade.
Não há nada aqui que você já não tenha visto em outros filmes de ação. O elenco tem vários bons atores, mas de nenhum deles é exigida uma grande atuação. E ainda que a atmosfera do filme seja interessante em alguns momentos, a história se baseia em um emaranhado de más explicações:
Porque mataram o Russel, sendo que este era um dos mais competentes da equipe? Tudo bem, um 999 pode chamar muita atenção, mas desviar toda a força policial, mesmo quando há uma ocorrência no departamento de segurança nacional? E o Chris não desconfia de nada ao entrar em um local abandonado e com o sumiço de seu parceiro? E esse fina preguiçoso?
Enfim, pra quem gosta de filmes que exploram bandidos e sua relação com a polícia corrupta pode oferecer algo, ainda que superficial.
1) No primeiro ato, temos um flashback de um dos personagens principais com sua mãe. 2) A batalha de um filme anterior é mostrada por outro ponto de vista. 3) Um personagem, emocionalmente descontrolado, persegue a pessoa errada. 4) O embate entre herois não é ideológico, mas armado pelo vilão. 5) O vilão apresenta problemas de desenvolvimento. 6) Um personagem coadjuvante rouba a cena. 7) O clímax é motivado por uma informação referente a mãe de um dos personagens.
Esse filme só comprova pra mim que deveriam ter parado no primeiro da franquia. Roteiro pobre, personagens insossos, e a maior parte do tempo dedicada a um monstro que nem dinossauro é.
A história é, de fato, interessante. Acompanhar a investigação baseada na captação de áudio e posterior edição e montagem é realmente uma bela sacada de De Palma. Travolta tem uma boa atuação aqui, e é legal ver o John Lithgow novinho sendo um criminoso (que saudade do Trinity de Dexter). Já a personagem de Nancy Allen me soa extremamente caricata, por vezes soando surrealmente estúpida, o que já me deixou um pouco decepcionado.
Mas o filme perde mesmo um pouco do charme (e parte do meu interesse) no terceiro ato
o fato de não ligarem pro jornalista confirmando o encontro é apenas um artifício pobre para permitir o restante do filme e seria uma atitude bem sensata a ser tomada. Além disso, Jack não é impedido nem por policiais ou enfermeiros de fugir da ambulância, após invadir uma parada, pondo em risco as pessoas que participavam. Também não me convenci de que o personagem, conforme sua personalidade apresentada durante o filme, seria capaz de usar o grito de Sally no filme que produzia.
Um Tiro Na Noite tem seus bons momentos, alcançando seu ápice por volta da metade de sua duração, mas seu final deixa um gosto agridoce.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraBohemian Rhapsody é um filme, no máximo, regular, cuja experiência fica mais agradável devido ao grande trabalho de Malek e à, obviamente, espetacular trilha sonora, amparada pelo catálogo de uma das maiores bandas de todos os tempos. As relações de Freddie com sua família, amigos e banda são todas retratadas de forma bem superficial. As inconsistências e modificações na história são marca registrada de biografias feitas por Hollywood, a diferença é que aqui uma parte maior do público consegue perceber, mas em comparação às biografias já existentes, nada de surpresa nesse sentido. No mais, a performance do Live Aid é sempre boa de se lembrar.
O filme se contenta ser uma simulação dos shows da banda com pequenas inserções pouco inspiradas entre uma performance e outra. É barato e raso? É. Mas é sempre bom lembrar tudo o que o Queen, capitaneado por Freddie Mercury, representa para a música.
Nota: 7,0
20/02/2019
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraA Hora de Voar.
hahahahahaha isso não pode ser sério...
De Canção Em Canção
2.9 373 Assista AgoraMalick sendo Malick. Acabei de ver, não quero pensar em dar nota ou rankear o filme, comparando aos lançados em 2017 ou à filmografia do diretor. "Song to Song" não se importa com uma estrutura rígida, não se importa com a linearidade do tempo ou qualquer certeza. Assim como com seus personagens, a inércia domina as duas horas de filme, mas não gratuitamente. Incomoda, angustia, golpeia. Nada mais apropriado para abordar depressão, relacionamentos abusivos, crises de identidade, como uma noção falha de tempo, a sensação de tudo ser sempre igual, das dores sempre voltarem, de não encontrar seu lugar no mundo, seja na religião, nos relacionamentos, no estilo de vida. A experiência de ver um filme do Malick nunca será a mesma, cada um tem sua visão e sua vivência, e o diretor questiona, revela, convida a reflexão a cada frame, a cada devaneio proposital. Por isso, se tratando de Malick, sempre aguardo o próximo filme, sempre me incomodo durante, e sempre fico admirado após o final. Song To Song pode não se garantir sendo apenas assistido, mas como experiência vale inúmeras revisitas.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraDiana Prince, que mulherão da porra!
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraQue filme! Wes Anderson é um diretor competente, nunca neguei. Mas nesse filme, o domínio dele sobre a mise-en-scene, a composição dos quadros e o trabalho conjunto com a fotografia estão em um nível insano. É tudo milimetricamente planejado, com centralização perfeita, que cria frames incríveis. As locações são incríveis, a trilha sonora é excelente e a direção de arte e figurino primorosos. E um roteiro muito bom, que mescla um drama familiar com doses muito acertadas de humor.
O que dizer do Gipsy Cab? Ou Chas e seus filhos uniformizados? Ou as aparições do Sr. Pagoda (ator "sócio" do Anderson)? Ou a cena em que Royal "revela" estar doente pra ex-esposa?
Tudo isso tem aquele toque característico do diretor, mas aqui, ele se mostra muito mais eficiente do que em seus dois primeiros filmes.
E apesar do filme gerar algumas risadas, ele também se mostra muito eficiente no drama. A tentativa de suicídio de Richie e suas cenas na tenda e no terraço com Margot; a sinceridade nos diálogos entre Henry e Etheline; e a entrega e consequente percepção da verdade quando Royal diz que viveu os seis dias mais felizes de sua vida (créditos a Murray; inclusive, acho a narração desnecessária nessa cena).
Mas tudo isso eu já podia esperar, após sete minutos incríveis de abertura: trilha sonora, fotografia, direção, atuação, todas impecáveis. Ao final de Hey Jude, eu já sabia que estava dinate de um grande filme.
Nota: 9
Três é Demais
3.8 274 Assista AgoraAo contrário de seu primeiro longa, Bottle Rocket, em Rushmore, Wes Anderson já demonstra um talento único para a direção e uma identidade impressionante. Os frames que mais parecem quadros vivos, a câmera centralizada, o uso de panorâmicas, o humor peculiar e único das obras do autor, a fotografia aconchegante, caracterizada pelo contraste entre diversas cores vivas... Tudo isso está presente aqui, e o diretor merece elogios por tudo isso.
Entretanto, a história não é algo que realmente impressione, acompanhando um adolescente histérico e sem foco, que devido à uma arrogância fora do comum, jamais consegue enxergar além do próprio interesse. Entre os personagens interessantes se destacam a Mrs. Cross que, raramente soa indefesa ou desprovida de inteligência, exceto quando o roteiro a sabota
(por exemplo, a cena onde Max obviamente não sofreu um acidente e ela percebe isso apenas quando nota o sangue falso)
Dirk Calloway é outro personagem cativante, e sua relação com Max torna o protagonista mais interessante.
Gosto particularmente da cena em que Dirk confronta o Mr. Blume, onde Bill Murray e Mason Gamble se destacam.
E me incomoda bastante que ao final do filme, Max volte a repetir os mesmos atos de sua época de Rushmore: o diretor de teatro arrogante, o aluno que quer liderar todos as atividades extra-curriculares da escola, e bem, aquela cena final que pode gerar diferentes interpretações, mas que pra mim mostra que ele não superou a Mrs. Cross.
De qualquer forma, Rushmore aponta uma direção para Wes Anderson, e seus filmes mais recentes apenas comprovam como a expriência lapidou o talento que ainda se mostrava cru aqui.
Nota: 5,5
Silêncio
3.8 576Silêncio é uma das obras mais corajosas de Scorsese, e ver um diretor com tanto tempo de carreira e um nome já estabelecido quebrando seus próprios conceitos, por si só, já seria um motivo para parabenizá-lo. Mas aqui ele vai além.
Para um olhar desatento ou preconceituoso, Silêncio é propaganda católica. Mas basta uma análise superficial pra contestar esse argumento. E quando se aprofunda nas questões propostas pelo filme, é possível refutar completamente tal afirmação. Scorsese é católico: a culpa, o pecado, questionamentos envolvendo a Igreja e seus dogmas estão presentes em diversas obras de sua filmografia. Mas Silêncio é, talvez, o filme mais observador de sua carreira. Ele não perde tempo julgando personagens, culturas, religiões, mas apresentado suas convicções e contradições, suas virtudes e suas mazelas. Como mensurar a fé de alguém? É possível e necessário reprimir isso ou converter em nome da sua fé ou de seus ideiais? Até onde vai o "vá e Evangelize"? Essas e várias outras perguntas jamais deixam a mente do Padre Sebastião (em uma grandiosa atuação de Garfield, melhor até que aquela que o garantiu uma indicação ao Oscar por Hacksaw Ridge, e que comprova que com um bom diretor, um ator pode alcançar todo o seu potencial). E a construção do personagem nos impacta justamente pelo fato de que ele, vai percebendo, ao longo do filme, como naquela situação, é difícil ter que fazer uma escolha entre respeitar os dogmas do Cristianismo e poder viver uma vida de fé. E o final, é particularmente, uma das cenas mais belas que vi nos últimos tempos.
Mas como não poderia deixar de ser, Silêncio é mais do que uma grande história. Mais do que a história de um padre em conflito com os ensinamentos de sua religião e o silêncio de Deus em resposta aos seus pedidos, Silêncio é um filme sobre a importância da religião, a importância da cultura e tradições locais, a distorção dos ensinamentos em função de convicções pessoais (é irônico que japoneses e cristãos, em uma cena, concordem que suas religiões buscam o melhor para a humanidade, enquanto fazem as pessoas que vivem naquelas condições miseráveis sofrerem ainda mais com suas ações). E se o Cristianismo invade território estrangeiro com ar de superioridade e tenta converter os habitantes dali, o inquisidor devolve com violência, não somente contra os estrangeiros, mas contra seu próprio povo, e também quer a conversão dos estrangeiros, sendo esse o motivo primário do embate entre as ideias). E é por todos esses motivos, que não faz sentido dizer que o filme defende uma ou outra religião ou pensamento, uma vez que ele observa a história atentamente, sem emitir qualquer julgamento,
Com uma fotografia brilhante, atuações emocionantes (Adam Driver e Liam Neeson se entregam aos personagens, mas destaco também o grande Issei Ogata e Shin'ya Tsukamoto) e uma direção segura e instigante (o detalhe da câmera sobre a cabeça dos personagens, como se Deus os estivesse observando, é um detalhe simples, mas extremamente eficiente), fazem desse filme mais uma obra essencial da carreira de Scorsese.
A explicação para a ausência do filme nas premiações é o tema espinhoso (além de uma campanha mínima), e é só ler os comentários, em qualquer lugar, pra ver como isso ocorre também com o público.
Mais uma vez, Scorsese prova porque é um dos maiores de todos os tempos. E prova com louvor.
Nota: 10/10
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraKimi No Na Wa é uma ode ao tempo, aos sonhos, ao amor e à razão de estarmos nesse planeta situado em um gigantesco e assustador universo, onde infinitos asteroides co-existem, sem saber exatamente onde estão, se estão se movendo, pra onde estão indo; sem saber muito além do que se vê.
E isso é válido também, em outra escala, para os habitantes desse planeta minúsculo onde vivemos. Por que estamos aqui? Por que gostamos de algo ou alguém? Por que procuramos algo ou alguém? Nós sabemos como viver? Qual é o nosso lugar? Qual é o nosso futuro? E deveríamos saber? E afinal, "quem é você?, ou, literalmente, "o seu nome é?" ? É a pergunta que se repete ao longo do filme.
Mitsuha e Taki são ligados por algo que não sabemos a explicação, e eles fazem de tudo pra que se encontrem, estão sempre dispostos a se encontrar, mas só se encontram ao acaso, entre milhões de pessoas, numa estação de trem em Tóquio. Podemos falar sobre destino? Ou sobre estar pronto para as oportunidades que a vida dá? Ou sobre fé? Ou sobre o cosmos? Ou sobre aproveitar o nosso tempo por aqui?
Sinceramente, eu não tenho muitas respostas, mas há muito tempo, o cinema que me deixa com perguntas me atrai e instiga muito mais. E Kimi No Na Wa é cinema de primeira. É uma linda animação (como os japoneses são mestres em fazer), é romance, é Sci-fi, é engraçado, é drama, é um comentário social sobre a modernidade e o tradicional, é um comentário histórico sobre o Japão pós-Tsunami, é reflexivo e é imensamente satisfatório. E, definitivamente, um dos meus favoritos de 2016.
This may have saved my life.
Nota: 10
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraHacksaw Ridge tem uma boa história, um roteiro digno e grandes atuações, com destaque para Garfield e Vaughn. Mas a direção... é impressionante. As cenas de guerra são pavorosas, como deve ser. O filme te faz sentir no meio do campo de batalha, o espetáculo é grande, evidentemente, mas sao contrário de outros espetáculos cinematográficos, a sensação que fica é a de nunca querer nem pensar na possibilidade de estar em um lugar desse, o que acho um grande feito. E isso certamente tem a mão de Gibson.
Por isso, só resta torcer pra que ele se concentre na direção nos próximos anos e fuja dos holofotes para evitar novas polêmicas. Se vier mais nesse nível, já será incrível.
Nota: 8,5
O Convite
3.3 1,1KVendo como o terror cresceu nos últimos anos, e como a direção do filme é interessante, é triste concluir que The Invitation cai nos clichês de sempre de decisões idiotas de personagens, e como o roteiro manipula os personagens e seus estados de humor e constrangimento pra que o filme possa continuar. E ah, o final, a primeira vista é incrível, mas tá ali mais pelo choque do que como um algo realmente verossimil.
- Reunião de """amigos"""? Sinceramente...
- Propaganda de culto a noite toda, relato de um assassino dentro da casa, louca que veio do México mas que aparece esporadicamente, portas trancadas, grades, sem sinal de telefone, sem internet... E não bastasse isso, quando Will questiona, ainda é tratado com frieza pelos "amigos", ainda que todos saibam do trauma dele... Aliás, belíssimo lugar pra fazer a reunião, dado o histórico dos amigos, não é?
- Algumas atuações bem questionáveis, junto a um primeiro ato extremamente entediante, já dificultam a imersão de cara.
- A construção do Will é um dos únicos pontos interessantes do filme, e a forma como suas dúvidas são mostradas, nos fazem questionar a sua sanidade e a veracidade daquilo que testemunhamos.
Nota: 4
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraPixar mais uma vez mandando muito bem. Procurando Dory não é uma daquelas sequências preguiçosas pra lucrar no verão americano, mas tem muito o que dizer. Analisando o filme encontramos personagens com dificuldade de fazer pleno uso de suas capacidades, com deficências mental, visual e física. Só o fato da Pixar juntar todos esses seres em um mesmo local já passa uma mensagem importantíssima não apenas para as crianças, mas para qualquer pessoa. E por isso, achei muito significativo quando a Dory usa as expressões
"continue a nadar" e "sempre há outro jeito", mostrando que não importa a dificuldade que o mundo ou você apresente, você deve continuar procurando por formas de conseguir seus sonhos.
E o que dizer do reencontro de Dory com seus pais? Pixar querendo fazer os adultos passarem vergonha perto das crianças da sessão haha
Não há muito o que dizer sobre a qualidade da animação, uma vez que o estúdio tem feito obras com um visual cada vez mais incrível. Já nos acostumamos a esperar isso, mas Dory não fica devendo em nada a cada novo frame e a cada ambiente apresentado.
PS: o curta Piper exibido antes do filme também é lindo, e a qualidade da animação é impressionante.
Nota: 8
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraAchei melhor que o original.
Negativem a vontade
hahahaha
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraCaça-Fantasmas é um bom filme. Superestimado por alguns, subestimado por uma legião de babacas (veja bem, aqui não se inclui quem simplesmente não gostou do filme, mas sim aqueles que o odiavam desde antes do lançamento por um pensamento machista e retógrado), o filme cumpre bem a função de comédia para toda a família, com um belo visual e com um elenco competente (McCarthy é a menos interessante entre as protagonistas).
O filme respeita o legado do original, e apesar das inúmeras referências, consegue se atualizar sem parecer forçado.
Nota: 7
Truque de Mestre
3.8 2,5K Assista AgoraGire insistentemente a câmera, pisque milhares de luzes, faça seus personagens gritarem, jogue muito gelo seco, cubra o truque com uma cortina de pistas falsas e no final crie um "super plot twist".
Faça propaganda de um filme inteligente, rápido, complexo, que na verdade é apenas incoerente, mal dirigido e com um roteiro que cria tantas situações inexplicáveis que se torna uma bola de neve.
Melanie, Morgan, Woody, Mark, Jesse, Michael... pra quê entrar nessa furada?
Nota: 4,5
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraDifícil falar de um filme como esse... Cinema é uma arte, mas com a vida acelerada que levamos, muitas vezes adotamos cinema como puro entretenimento. Mesmo os mais dedicados cinéfilos e amantes de filmes podem, vez ou outra, se esquecer do impacto que um filme pode causar.
Repugnante, devastador, agonizante, transformador, alucinante, perturbador, destrutivo... são apenas alguns dos adjetivos que podem caracterizar Réquiem Para Um Sonho. Este não é um filme fácil, não é simples diversão, mas é daquelas obras que te rasgam pelo bem de uma mensagem maior, de abrir os olhos para um mundo cruel, mas real. A montagem do filme e o trabalho de câmera de Aronofsky são essenciais para a construção claustrofóbica de um universo pavoroso, associadas À uma trilha sonora devastadora e hipnotizante. E por um momento, durante o filme, eu realmente pensei "isso não vai acabar?", não por ser cinema de má qualidade, mas por estar imerso em um espiral tão debilitante, tão destruidor, que chega a sufocar. E o clímax, não diferente do resto do filme, é uma dor ininterrupta
que irremediavelmente cria no espectador uma empatia ao ver personagens amputados, enlouquecidos, abusados e emocionalmente destruidos.
Réquiem Para Um Sonho pode não ser uma boa experiência, pode tirar suas esperanças e destruir seu emocional por um tempo. Mas é cinema em seu ápice, é necessário e o seu efeito no longo prazo, é certamente recompensador.
Nota: 10
O Exterminador do Futuro: Gênesis
3.2 1,2K Assista AgoraGenisys tem umas referências aos filmes clássicos que são legais, mas faz uma bagunça com a linha temporal ( e as piadinhas com isso dentro do filme me incomodaram um pouco). Não achei a Emilia Clarke ruim não. Pra mim, a ideia era mostrar a Sarah novinha e mais mirradinha mesmo. Já Schwarz, apesar de às vezes repetitivo, é sempre legal de se ver nesse papel. E fazer do John o vilão, é uma má ideia, na minha opinião. É um filme que não deixa de ser uma distração, mas que prova que a inspiração da franquia ficou nos clássicos do século passado dirigidos por Cameron, e que agora, a franquia está reduzida a blockbusters de verão americanos (visto a cena pós-créditos clássica de filme caça-níquel, que já dá a entender que a história nunca vai ter fim, mesmo que pra isso eles desarrumem todas as linhas temporais possíveis).
Pelo menos foi melhor que aquele desastre de "A Rebelião das Máquinas".
Nota: 5,5
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraX-Men Apocalypse tem a difícil e ingrata missão de manter o mesmo nível dos dois X-Men anteriores. E ainda que não o faça, passa longe de decepcionar por ser um bom filme do gênero.
Ver o Nightcrawler de volta foi bem legal, Quiksilver mais uma vez rouba a cena, Wolverine dispensa comentários e os vários novos personagens me agradaram (apesar da minha cautela em relação à Sophie Turner, gostei bastante da Jean; já não posso dizer o mesmo da Storm, mas não se pode ter tudo né?). Entretanto, a grande força de X-Men continua sendo a trinca Xavier / Magneto / Mystique, com os atores bastante inspirados.
O principal ponto fraco é mesmo o vilão clichê (e over demais). Esse tipo de vilão "vamos destruir o mundo, vamos governar tudo" funciona nas HQs, mas no cinema é sempre problemático. Apesar disso, o filme ainda consegue tocar no sempre válido e definidor dos X-Men, de aceitação das diferenças.
E uma das grandes virtudes dessa nova trilogia é ser uma franquia que, apesar de todo o seu apelo de herois e explosões e "bem x mal" que vem com o gênero, consegue ser bastante emocional e impactante quando necessário, coisa que outros filmes de heroi muitas vezes ficam devendo.
"Acho que todos podemos concordar que o terceiro é sempre o pior" Achei essa frase da Jean muito bem colocada, porque, independente de ser um bom filme, ela é verdade pra Star Wars, para a trilogia antiga e, ironicamente, pra essa.
Nota: 7
Triple 9: Polícia em Poder da Máfia
2.8 144 Assista AgoraO roteiro do filme é uma bagunça, mas o elenco me despertou curiosidade.
Não há nada aqui que você já não tenha visto em outros filmes de ação. O elenco tem vários bons atores, mas de nenhum deles é exigida uma grande atuação. E ainda que a atmosfera do filme seja interessante em alguns momentos, a história se baseia em um emaranhado de más explicações:
Porque mataram o Russel, sendo que este era um dos mais competentes da equipe? Tudo bem, um 999 pode chamar muita atenção, mas desviar toda a força policial, mesmo quando há uma ocorrência no departamento de segurança nacional? E o Chris não desconfia de nada ao entrar em um local abandonado e com o sumiço de seu parceiro? E esse fina preguiçoso?
Enfim, pra quem gosta de filmes que exploram bandidos e sua relação com a polícia corrupta pode oferecer algo, ainda que superficial.
Nota: 5,5
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraJá tentei escrever um comentário sobre esse filme aqui várias vezes, mas nunca consigo.
Civil War tem problemas demais, mas é divertido. Então, que se foda a lógica e o potencial da história. Mas... tem seus méritos, vá lá...
Fica aquém do que poderia ser, mas não deve como blockbuster.
Nota: 7,5
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraTeste (dica: não levem tão a sério...)
Guerra Civil ou Batman Vs Superman?
1) No primeiro ato, temos um flashback de um dos personagens principais com sua mãe.
2) A batalha de um filme anterior é mostrada por outro ponto de vista.
3) Um personagem, emocionalmente descontrolado, persegue a pessoa errada.
4) O embate entre herois não é ideológico, mas armado pelo vilão.
5) O vilão apresenta problemas de desenvolvimento.
6) Um personagem coadjuvante rouba a cena.
7) O clímax é motivado por uma informação referente a mãe de um dos personagens.
Capitão América: Guerra Civil
3.9 2,4K Assista AgoraNão empolguei. Leio os comentários exaltando-o como uma obra-prima e me pergunto se assisti o mesmo filme.
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros
3.6 3,0K Assista AgoraEsse filme só comprova pra mim que deveriam ter parado no primeiro da franquia. Roteiro pobre, personagens insossos, e a maior parte do tempo dedicada a um monstro que nem dinossauro é.
Nota: 3
O Mundo Perdido: Jurassic Park
3.5 612 Assista AgoraAtuações ruins, personagens estúpidos, roteiro fraquíssimo, tudo isso coroado com um belo golpe de ginástica.
Só dá pra salvar os efeitos visuais dos dinossauros, que acho muito bons até hoje.
Nota: 3,5
Um Tiro na Noite
3.9 236 Assista AgoraA história é, de fato, interessante. Acompanhar a investigação baseada na captação de áudio e posterior edição e montagem é realmente uma bela sacada de De Palma. Travolta tem uma boa atuação aqui, e é legal ver o John Lithgow novinho sendo um criminoso (que saudade do Trinity de Dexter). Já a personagem de Nancy Allen me soa extremamente caricata, por vezes soando surrealmente estúpida, o que já me deixou um pouco decepcionado.
Mas o filme perde mesmo um pouco do charme (e parte do meu interesse) no terceiro ato
o fato de não ligarem pro jornalista confirmando o encontro é apenas um artifício pobre para permitir o restante do filme e seria uma atitude bem sensata a ser tomada. Além disso, Jack não é impedido nem por policiais ou enfermeiros de fugir da ambulância, após invadir uma parada, pondo em risco as pessoas que participavam. Também não me convenci de que o personagem, conforme sua personalidade apresentada durante o filme, seria capaz de usar o grito de Sally no filme que produzia.
Um Tiro Na Noite tem seus bons momentos, alcançando seu ápice por volta da metade de sua duração, mas seu final deixa um gosto agridoce.
Nota: 6,5