Encontrar outro produto de mídia, produzido fora dos anos 80, e que seja tão oitentista quanto Stranger Things é uma tarefa árdua, e quem sabe, impossível.
Com design de produção e trilha sonora brilhantes, Stranger Things consegue emular perfeitamente os anos 80. E não para por aí. As suas referências, o comportamentos dos personagens, tudo remete à decada em questão. Tanto que, a série herda inclusive os vícios dramáticos da época como policiais incompetentes, crianças aventureiras, adultos (em sua maior parte) distantes e roteiros cheios de clichês e conveniências.
Sendo assim, a série conquista muito pela nostalgia, mas também por um elenco competente: destaco Millie Bobby Brown e Gaten Matarazzo entre as crianças, David Harbour e o retorno da linda Winona Ryder.
Os maiores destaques, na minha opinião, são Hopper e Eleven. Hopper tem o arco mais interessante da série, e arrisco dizer, o personagem mais bem desenvolvido. Suas falhas são evidenciadas por suas ex e sua casa, entretanto seu empenho na busca por Will e a história de seu passado geram alguns dos melhores momentos da série. Já Eleven, graças à uma bela atuação de Brown, é perigosa e misteriosa ao mesmo tempo em que se revela doce, leal e ferida pelas suas experiências. Outro ponto forte da série, é a direção dos irmãos Duffer (como exemplo, temos o enquadramento da Eleven entre barras e grades ou isolada em meio à escuridão em flashbacks, ou em transições como a que parte do enfrentamento entre Jonathan e Lonnie para Michael dizendo para o pai que este o sufoca, mas aqui, graças ao nó da gravata).
Stranger Things é um hit instântaneo, tem seus méritos, mas apresenta vários problemas de roteiro próprios da época que emula de forma tão competente.
Melhores episódios:
S01E04 The Body / S01E08 The Upside Down
+ David Harbour / Hopper. + Millie Bobby Brown / Eleven. + O retorno de Winona Ryder. + Direção dos irmãos Duffer.
- Clichês e conveniências de roteiro frequentes. - Drama (pré) adolescente.
Há alguns anos, comecei a assistir Arrested Development. Acabei não gostando, talvez por um motivo que vez ou outra ainda me incomoda, que é a folga da família toda que monta no pobre Michael, e abandonei. Mas devido ao reconhecimento que a série tem, resolvi dar outra chance. Ainda bem.
Arrested é uma das séries mais bem escritas que já vi. Narrada pelo incrível Ron Howard, as situações pelas quais a família Bluth passa nunca oferecem um riso gratuito, mas sim uma história que é extremamente bem montada durante o episódio (muitas vezes, durante toda a temporada), culminando em um momento onde tudo, de forma excepcional, se encaixa. Quantas vezes durante a temporada eu pensei: "como podem ter pensado nisso?" "Como foram criativos nessa solução.". E só pelo roteiro primoroso, a série já mereceria boa parte do respeito que possui.
Mas o elenco entrega o roteiro com tanta competência que é necessário elogiá-los. E é até difícil escolher os destaques. Michael Cera é perfeito no papel de George Michael, que nos faz rir apenas aparecendo em cena; Will Arnet demonstra o ator sensacional que é ao fazer de Gob extremamente engraçado e odiável ao mesmo tempo; Tobias e suas frases involuntariamente gays... e toda a estranheza e comicidade dos relacionamentos entre os personagens, criam situações hilárias numerosas demais pra citar em um comentário. Falando em elenco, a série ainda conta com participações especiais de Julia Louis-Dreyfus, Amy Poehler, Bob Odenkirk, Liza Minelli... e todos esses em total sintonia com o elenco fixo.
Melhores episódios:
S01E02 Top Banana / S01E09 Storming The Castle / S01E22 Let 'Em Eat Cake
+ Elenco + Trilha Sonora + Roteiro
- Folga dos Bluth excessiva em alguns momentos.
Nota: 9
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Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraEncontrar outro produto de mídia, produzido fora dos anos 80, e que seja tão oitentista quanto Stranger Things é uma tarefa árdua, e quem sabe, impossível.
Com design de produção e trilha sonora brilhantes, Stranger Things consegue emular perfeitamente os anos 80. E não para por aí. As suas referências, o comportamentos dos personagens, tudo remete à decada em questão. Tanto que, a série herda inclusive os vícios dramáticos da época como policiais incompetentes, crianças aventureiras, adultos (em sua maior parte) distantes e roteiros cheios de clichês e conveniências.
Sendo assim, a série conquista muito pela nostalgia, mas também por um elenco competente: destaco Millie Bobby Brown e Gaten Matarazzo entre as crianças, David Harbour e o retorno da linda Winona Ryder.
Os maiores destaques, na minha opinião, são Hopper e Eleven. Hopper tem o arco mais interessante da série, e arrisco dizer, o personagem mais bem desenvolvido. Suas falhas são evidenciadas por suas ex e sua casa, entretanto seu empenho na busca por Will e a história de seu passado geram alguns dos melhores momentos da série. Já Eleven, graças à uma bela atuação de Brown, é perigosa e misteriosa ao mesmo tempo em que se revela doce, leal e ferida pelas suas experiências. Outro ponto forte da série, é a direção dos irmãos Duffer (como exemplo, temos o enquadramento da Eleven entre barras e grades ou isolada em meio à escuridão em flashbacks, ou em transições como a que parte do enfrentamento entre Jonathan e Lonnie para Michael dizendo para o pai que este o sufoca, mas aqui, graças ao nó da gravata).
Stranger Things é um hit instântaneo, tem seus méritos, mas apresenta vários problemas de roteiro próprios da época que emula de forma tão competente.
Melhores episódios:
S01E04 The Body / S01E08 The Upside Down
+ David Harbour / Hopper.
+ Millie Bobby Brown / Eleven.
+ O retorno de Winona Ryder.
+ Direção dos irmãos Duffer.
- Clichês e conveniências de roteiro frequentes.
- Drama (pré) adolescente.
Nota: 7
Arrested Development (1ª Temporada)
4.3 213 Assista AgoraHá alguns anos, comecei a assistir Arrested Development. Acabei não gostando, talvez por um motivo que vez ou outra ainda me incomoda, que é a folga da família toda que monta no pobre Michael, e abandonei. Mas devido ao reconhecimento que a série tem, resolvi dar outra chance. Ainda bem.
Arrested é uma das séries mais bem escritas que já vi. Narrada pelo incrível Ron Howard, as situações pelas quais a família Bluth passa nunca oferecem um riso gratuito, mas sim uma história que é extremamente bem montada durante o episódio (muitas vezes, durante toda a temporada), culminando em um momento onde tudo, de forma excepcional, se encaixa. Quantas vezes durante a temporada eu pensei: "como podem ter pensado nisso?" "Como foram criativos nessa solução.". E só pelo roteiro primoroso, a série já mereceria boa parte do respeito que possui.
Mas o elenco entrega o roteiro com tanta competência que é necessário elogiá-los. E é até difícil escolher os destaques. Michael Cera é perfeito no papel de George Michael, que nos faz rir apenas aparecendo em cena; Will Arnet demonstra o ator sensacional que é ao fazer de Gob extremamente engraçado e odiável ao mesmo tempo; Tobias e suas frases involuntariamente gays... e toda a estranheza e comicidade dos relacionamentos entre os personagens, criam situações hilárias numerosas demais pra citar em um comentário. Falando em elenco, a série ainda conta com participações especiais de Julia Louis-Dreyfus, Amy Poehler, Bob Odenkirk, Liza Minelli... e todos esses em total sintonia com o elenco fixo.
Melhores episódios:
S01E02 Top Banana / S01E09 Storming The Castle / S01E22 Let 'Em Eat Cake
+ Elenco
+ Trilha Sonora
+ Roteiro
- Folga dos Bluth excessiva em alguns momentos.
Nota: 9