Minha nossa o que é isso??? Além do título nacional extremamente ridículo (Na tv foi exibido como "O Discípulo de Drácula")a Hammer só podia estar sob efeito de alguma droga muito forte quando aceitou produzir esse filme, O filme só vale pela presença dos mestres Christopher Lee e Peter Cushing se enfrentando mais uma vez (reza a lenda que fizeram esse filme apenas por causa de um contrato inacabado), tudo deu errado nesse filme, Numa tentativa de se adaptar aos novos tempos a Hammer coloca a trama agora passada nos anos 70, ambientando uma londres completamente pop e assim poder agradar a novos públicos, mas o gosto do público pelos filmes clássicos e da boa fórmula original da Hammer estava perdendo força cada vez mais e mesmo com todo o aumento na violência e na nudez não estava adiantando muito e os filmes estavam tendo resultados muito fracos nas bilheterias. Com essa tentativa de modernizar e assim chamar um novo público aos cinemas, "Drácula no Mundo da Minissaia" exagera no colorido, parece que estamos assistindo "Hair" ao invés de uma produção da Hammer, inclusive a trilha sonora do filme é repleta de músicas hippie e de rock psicodélico bem característico dos anos 70. Voltando ao filme, somente os fãs mais fanáticos do gênero e dos mestres Lee e Cushing conseguirão (e conseguiram) assistir a esse filme completo, Lee demonstra inclusive estar bem pouco à vontade no filme e aparece bem menos tempo por insistência do próprio.
E vamos seguindo com a saga Hammer de Drácula,Começando onde o filme anterior (Drácula- O Perfil do Diabo) termina, Nesse filme a Hammer se aprofunda cada vez nos rituais satânicos quase didáticos em seus filmes e começam novamente os desentendimentos entre Christopher Lee e os roteiristas, Como resultado Drácula passa novamente quase o filme inteiro sem falar nada, apenas em algumas cenas tem rápidos diálogos. Vale destacar a atuação sempre correta de Ralph Bates que passa um ar sombrio e maléfico sempre que a câmera focaliza-o além claro do mestre Lee que mais uma vez usa de expressões, principalmente os closes em seus olhares (gélidos e penetrantes) e gestos para compor seu personagem. O filme ainda mostra-se com mais erotismo que os anteriores e revela outra beldade, nesse caso a atriz Linda Hayden (que realmente era linda mesmo...rs) fazendo o papel de Alice filha de um dos homens que participaram do ritual para trazer Drácula de volta. Muitos criticam a fraca produção do filme, mas segundo comentários da época, o tempo para a conclusão das filmagens era pouco, assim como o orçamento da produção, isso prejudicou bastante no resultado final, inclusive quem iria interpretar William Hargood seria Vincent Price, mas por motivos financeiros a produção não conseguiu trazer o ator para participar do filme. Mesmo com isso, a Hammer conseguiu um filme que na minha opinião saiu-se melhor que o anterior mesmo com tantos problemas para a realização do mesmo.
Último filme bom de verdade da série, "O Conde Drácula" encerra o ciclo das adaptações ambientadas na inglaterra do século 19.Foi bastante exibido nas madrugadas da Globo, Nesse filme Drácula retorna mais perverso do que nunca,Mesmo com uma produção visivelmente fraca repleta de cenários falsos, morcegos de borracha e outros (d)efeitos especiais, o filme é um ótimo entretenimento para os fãs do mestre Lee que nesse filme permanece bem mais tempo em cena e tem muito mais falas que nos filmes anteriores e dos filmes de vampiro à moda antiga. "O Conde Drácula" é considerado o filme mais violento da série mas é claro que para os padrões atuais suas cenas sangrentas não chocam mais como tiveram êxito na época de seu lançamento.Na década de 70, a Hammer para aliviar o fracasso de muitas de suas produções começou a explorar ainda mais a nudez e a violência, que já haviam sido mais utilizadas no filme anterior "O Sangue de Drácula" onde os decotes ficavam cada vez mais à mostra, e ficou conhecido como "tits and teeth" esse período da Hammer.No elenco ainda vale destacar a atução de Patrick Troughton que interpreta Klove, o servo de Drácula, diferente do Klove de "Drácula- O Príncipe das Trevas" que era sombrio e bastante assustados, Patrick faz de seu Klove um personagem atormentado e melancólico, apenas serve as ordens de seu mestre e não tem uma personalidade forte quanto a do Klove de "Príncipe das Trevas". Mas,é isso "O Conde Drácula" deveria ter encerrado a cinessérie, se isso tivesse acontecido, pelo menos a série seria finalizada com mais dignidade (mesmo com adagas falsas, cenários de papelão,Tanto o diretor quanto Christopher Lee afirmaram em entrevistas que não gostaram do resultado final e que o filme possui vários erros de continuidade grotescos) e faria mais jus ao seu começo triunfante, não deixando é claro de ser mais um clássico do gênero, depois desse filme, as coisas mudam radicalmente. Observação: Não confundir com "Conde Drácula (El Conde Dracula)" filme feito no mesmo ano, também com Christopher Lee e dirigido por Jess Franco que por sinal é um horror de filme (no pior sentido).
E chegamos ao fim da clássica série da Hammer, No filme anterior Drácula é ressuscitado em plena Londres da década de 70 com tudo que a década tinha direito, hippies, psicodelismo... Dessa vez os produtores e roteiristas da Hammer decidiram dar um tiro de misericórdia na cinessérie, transformando Drácula numa espécie de terrorista que quer liberar um vírus letal e acabar com toda a humanidade...Um vampiro acabar com toda humanidade??? bem, ele estava cansado da imortalidade..rs, e não satisfeitos fizeram uma mistureba tão grande que parece que estamos vendo um filme de 007 e não um filme de vampiro a começar pela (ótima) trilha sonora que desde a abertura parece ser totalmente baseada no tema clássico de James Bond e mostrando a sombra de Drácula por toda a Londres, no geral não é um filme ruim, até porque os mestres Lee e Cushing fazem bem seus papéis mais uma vez e pela última vez se enfrentam como Van Helsing e Conde Drácula, mas que se esperava mais de um capítulo final dessa saga iniciada em 1958 isso não se pode negar. Novamente Christopher Lee disse que o resultado final do filme não o agradou e aparece menos tempo em cena do que no filme anterior. Com um início bastante promissor mostrando um ritual satânico de forma bem "didática", o filme prometia ser mais sombrio que "Drácula no Mundo da Minissaia" mas decepciona nas cenas seguintes, quando depois de uns 40 minutos da trama sem pé e nem cabeça, eis que finalmente surge Drácula numa aparição bem digna, diga-se de passagem, com olhar penetrante e frio, Christopher Lee novamente entrega uma excelente atuação no papel do conde. Enfim, "Os Ritos Satânicos de Drácula" é uma boa diversão e fechou a cinessérie não de maneira gloriosa mas se saiu bem melhor do que o seu filme anterior. Curiosos são os trailers da época distribuídos nos EUA dando uma sinopse totalmente nada a ver como "O rei dos mortos-vivos se casa com a rainha dos zumbis". E assim encerra-se a cinessérie.
Nos anos 80, os filmes de Ninja se tornaram uma febre mundial chegando rapidamente ao Brasil e tiveram uma boa leva de seguidores (eu me incluo entre eles), fãs que assistiam todos os que passavam na Tv e chegavam nas videolocadoras. Um dos primeiros que foram lançados nessa febre em VHS no Brasil,foi o clássico "Ninja- A Máquina Assassina" distribuído pela Lk-Tel/Columbia, estrelado por Franco "Django" Nero no papel principal de Cole e Sho Kosugi fazendo o papel de Hasegawa, sendo o vilão da trama. O filme foi reprisado várias vezes nos bons tempos da Sessão da Tarde/ Festival de Férias/Domingo Maior. Embora o filme se inicie de maneira bem violenta com Franco Nero sendo perseguido por vários Ninjas (Inclusive com Kosugi interpretando mais de um deles...rs), o filme possui um clima bem descontraído depois do término do treinamento de Cole, colocando-o em situações que tem bastante humor, até quando luta contra um grupo de homens que ameaça uma vila onde seus amigos moram. O filme iniciou uma "trilogia", mas as tramas são completamente diferentes de cada um deles.Sho Kosugi, claro é o maior destaque do filme, responsável pelas coreografias e além de interpretar outros ninjas que aparecem de maneira discreta durante o filme, ah detalhe, Franco Nero em muitas cenas em que está vestido de ninja não é ele, especialmente nas cenas em que ele aparece de costas, na verdade quem veste a roupa de ninja é o dublê Mike Stone. Comparado com os dois filmes que foram feitos em seguida, "Ninja A Máquina Assassina" é inferior, justamente pelo fator cômico que se faz presente durante boa parte do tempo, especialmente por conta do personagem de Zachi Noy o puxa-saco do segundo vilão do filme Venarius que é responsável pelas cenas mais toscas do filme numa péssima atuação, Zachi é bem conhecido pelas comédias que eram exibidas no SBT "Paquera e Curtição" e "Amor de Menina" que fazem parte da cinessérie israelense "Lemon Popsicle" que ele protagoniza. Mas, mesmo com esse clima bem humorado da trama, ele possui muita ação e boas cenas de violência (Obs: Se você que está lendo está se perguntando pelas cenas de violência que estou me referindo é porque assim como eu ficou familiarizado pela versão lançada no Brasil em VHS e que foi exibida na Tv, que trata-se da versão editada, há uns dois anos pude conseguir finalmente a versão integral do filme e é tão violento quanto o 2º e melhor filme da trilogia, "A Vingança do Ninja".) e se encerra com um duelo clássico, embora rápido entre Nero e Kosugi ao melhor estilo "White Ninja vs Black Ninja", para os fãs do gênero ele com certeza merece um lugar em sua coleção. A trilha sonora é excelente e foi muito bem aproveitada e remontada em todos os filmes da trilogia (Até em American Ninja (Ah, sim Dudikoff faz uma ponta no filme como um dos capangas do vilão) é possível escutar alguns temas utilizados também, especialmente na cena em Joe entra num galpão e é emboscado por um bando de ninjas). E assim começou a era dos ninjas nos cinemas popularizando o tema e dando origem a várias outras produções da Cannon e outros estúdios que se aventuraram no gênero,claro que antes de "Ninja- A Máquina Assassina" o cinema asiático já tinha dezenas de produções do gênero que em sua grande maioria nunca se tornaram populares e alguns ainda chegaram a serem lançados por aqui em VHS na trilha do sucesso que "Ninja"rendeu. Curiosamente, boa parte dos filmes da Cannon eram distribuídos por aqui pela América Vídeo, mas os 2 primeiros filmes da trilogia acabaram não fazendo parte de seus lançamentos, "Ninja" como já disse no começo saiu pela L-k/Tel e "A Vingança do Ninja" foi distribuído pela Globo Vídeo...mas em breve falarei dos outros dois filmes da trilogia. Obs: Se formos analisar bem, o filme "Ninja" de 2009 com Scott Adkins pode ser considerado quase como uma refilmagem deste daqui.
Muita gente quando assistiu na época de lançamento nas locadoras ou nas constantes exibições na TV o filme “Ninja III - A Dominação” deve ter se perguntado onde estariam os filmes “Ninja I e II”? Pois bem os filmes anteriores que fazem parte dessa trilogia são “Ninja - A Máquina Assassina” com Franco Nero e Sho Kosugi e “A Vingança do Ninja”. Eu já comentei anteriormente sobre “Ninja - A Máquina Assassina” em que Kosugi fazia o papel de Hasegawa, o vilão do filme, e Nero fazia o Ninja do bem. O filme fez muito sucesso e rendeu bons lucros para a Cannon Films. Então em 1982 saiu a continuação chamada “Revenge of The Ninja”, só que desta vez sem a presença de Franco Nero no elenco, contando apenas com Kosugi no papel principal, fazendo o Ninja do bem. Por sinal nenhum dos três filmes se completam em termos de enredo. As produções só tem em comum mesmo a presença de Kosugi, também fazendo papéis diferentes.
O filme começa com um massacre feito por ninjas inimigos da família de Kosugi, onde quase todos seus parentes são eliminados, restando apenas seu filho mais novo e sua mãe. Ajudados por um amigo americano eles vão embora para os EUA, com o objetivo de recomeçarem suas vidas. Obviamente que nem tudo estava terminado. Os anos se passam e eles estão vivendo em paz na América até que misteriosos assassinatos começam a ocorrer na cidade onde moram e tudo leva a crer que quem está cometendo os crimes é um ninja! Como Cho explica: “Só um ninja pode parar outro ninja”. Clássico do "Domingo Maior" dos bons tempos da Globo, “A Vingança do Ninja” tem todos os clichês do gênero, é cheio de erros de continuidade e principalmente possui muita ação, em especial a cena do duelo final dos ninjas que dura mais de 10 minutos. Visto hoje pela geração “Matrixformers” da vida, o filme não deve agradar muito. Só nos momentos mais violentos em que o ninja do mal faz suas vítimas é que se pode pensar em algo atraente para o público atual. Já para os fãs de filmes de artes marciais em especial, produções com personagens ninjas sempre foram considerados os melhores exemplares do gênero, mesmo sendo alguns deles extremamente absurdos. Kosugi depois desse filme voltaria a interpretar outros ninjas em sua carreira, inclusive no mais recente “Ninja Assassino” em que seu personagem, Ozuno, pode ser visto como uma grande e merecida homenagem a esse mestre ninja das telas e da vida real.
AVISO: SE NÃO ASSISTIU O FILME NÃO LEIA, POIS ESTÁ REPLETO DE SPOILERS...OUTRA COISA, ESSA É A MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME, CADA UM DIZ O QUE ACHA, SE GOSTOU OU NÃO DO FILME, ENTÃO ANTES DE QUALQUER COISA, RESPEITEM A OPINIÃO DE CADA UM QUE ESCREVE AQUI. Evil Dead, um clássico de Sam Raimi, produção independente e visivelmente limitada, já rendeu trocentas imitações e continua insuperável... eis que alguém tem a brilhante idéia na febre atual de remakes, de refilmar “A Morte do Demônio”, e conseguem estragar tudo, fazendo um filme completamente diferente do original mas que parece com todos esses terrores genéricos que aparecem aos montes, copia idéias de outros filmes, talvez com a intenção de homenagem, mas acaba soando uma picaretagem mesmo. Pra começar, temos a nova protagonista Mia que é uma viciada em drogas e que está sendo ajudada pelo irmão e seus amigos a tentar deixar o vício, é levada pra casa do satanás e lá a coisa desanda e vira uma encapetada depois que um de seus amigos Eric, lê o livro do demônio e faz a invocação satânica de praxe, só que a maneira que ela é conduzida é muito, mas muito mal feita e interpretada, aliás o elenco é péssimo no geral, mas vamos em frente... Logo após a leitura do livro, Mia está na floresta correndo e eis que vem a cena dos galhos atacando-a...só que o que antes era intenso e rendeu uma cena marcante, aqui a coisa é frustrante e patética, a cena em questão dura uma fração de segundos e não tem nada de excepcional, lembrando inclusive uma cena de “Jason Vai para o Inferno”. Mas, nada é tão ruim que não possa piorar, depois que é levada de volta pra casa Mia começa a ter ataques e fica possuída pela coisa que entrou nela, ataca todo mundo dentro e tem seus momentos “Reagan encapetada”, com direito a frases que parecem ser proferidas pelo Pazuzu de “O Exorcista”. Além do roteiro ser muito, mas muito mal escrito, o elenco todo não tem carisma, você não torce por ninguém e quer que todos sejam levados para o inferno logo pra essa porcaria de filme terminar de uma vez. Mia então é jogada no porão e fica lá esquecida por um tempo. Enquanto isso o capeta começa a possuir os demais visitantes da casinha do mal e sai fazendo seu estrago cada vez mais explícito nas cenas de violência, para compensar o roteiro fraco e desinteressante ele apela no sangue, mas não adianta quase nada, umas 3 cenas ficaram legais, especialmente quando Mia depois de ficar livre do capeta pega a clássica serrinha e parte pra cima do demônio e literalmente toma um banho de sangue, aliás a produção deve achar que sangue em profusão salva roteiros ruins, já que antes dessa cena final, Mia vomita praticamente um balde de sangue na cara da amiga e claro essa fica encapetada também hehehe. David, o irmão de Mia é um pé no saco, assim como todos os demais e é um dos piores atores do filme, inexpressivo como uma porta detrás de uma parede. Pra encerrar, senão vou comentar o filme inteiro, se você é fã do original nem perca seu tempo em ver essa bobagem, mas se é masoquista e gosta de sofrer vendo filmes que sabendo que são ruins mas não se importa e quer ver de todo jeito igual eu sou, então embarque nessa noite nada alucinante e prepare-se pra ter vontade de esmurrar seu monitor, ou a tela do cinema seja lá onde você irá assistir, Esse é mais um dos tantos terrores genéricos que são lançados hoje em dia, não apresenta nada de inovador, ainda puxa idéias de outros filmes fora da franquia “Evil Dead”, é um filme feito para as novas gerações que só querem ver sangue e mais sangue e nada mais, e só serve para nos lembrar de quão bom e genial é o filme original produzido de maneira independente mas tem toda a essência, clima e tensão que falta nessa superprodução que usa e abusa de efeitos especiais para dar maior ênfase à violência explícita e que a maior parte das cenas mais extremas já estão todas no trailer dele mesmo. O que me deixa mais triste e furioso é ver que Sam Raimi autorizou e ainda participou da produção dessa bomba, com certeza fará um tremendo sucesso entre a galera mais nova e provavelmente irritará os fãs do original, é um filme que não precisava existir, entra pra lista de remakes, prequels, spinoffs ou seja lá o que mais inventam, totalmente desnecessários e esquecíveis.
Sim, o filme é uma mistura de filme de lobisomem com A Ilha do Dr. Moreau versão tupiniquim, com bastante nudez, mortes e muita comédia, o filme é uma diversão trash assumida. Ivan Cardoso, mestre do terrir nacional, continua fazendo aquilo que sabe melhor, uma bela avacalhação com o gênero do terror/ficção e ao mesmo tempo soa como uma homenagem aquelas produções mexicanas estreladas pelo próprio Paul Naschy que interpreta o Dr. Moreau em sua última aparição nas telas. Um Lobisomem na Amazônia tem todos os clichês do gênero e sabe muito bem adaptá-los para a floresta amazônica, mesmo com um roteiro mega absurdo em que estão inclusos nesse cocktail de loucuras: amazonas recriadas geneticamente, lobisomem, Dr. Moreau em pessoa que depois de supostamente ter sido morto em sua ilha veio se esconder no Brasil pra continuar suas experiências com os genes, dando continuidade aos seus seres mutantes gerados de seus experimentos e ainda temos uma profecia inca com direito a delírios visuais e bons momentos de suspense dignos de produções sérias do gênero. Nuno Leal Maia está hilário como o Zoólogo Scott Corman que é enviado para a floresta para ajudar nas investigações dos assassinatos que estão ocorrendo e acreditam serem obra de algum animal selvagem. Evandro Mesquita é o herói do filme que faz par romântico com Natasha interpretada por Danielle Winitis que logo nos primeiros minutos de filme já aparece bem à vontade pra compensar sua falta de atuação e inexpressibilidade numa citação direta ao clássico Psicose, com direito à trilha sonora... Não dá pra deixar de falar numa participação especial de Sidney Magal que é um sacerdote inca que aparece cantando num delírio de uma das personagens do filme. Com atuações péssimas, montagem brusca e cheia de cortes mal editados, o que importa de verdade é curtir essa louca homenagem em clima de humor, claro que não é um filme que é para todos os públicos, é preciso ser iniciado nas "tosqueiras" para curtir pra valer esse louco terrir, mas em sua curta duração (o filme tem apenas 74 minutos) consegue divertir bem mais do que muita comédia besteirol que vai para os cinemas.
Uma fábula rock and roll como diz no início do filme é justamente o que é o filme "Ruas de Fogo", uma aventura musical repleta de ação com todo aquele visual oitentista misturado com filme da década de 50 e bons momentos de humor, com Michael Paré na época em que era um astro de verdade (Hoje a decadência tá num nível tão alto que ele embarcou até em uma sequência totalmente desnecessária desse que pode ser considerado seu maior sucesso no cinema). Diane Lane linda demais dá um show literalmente em sua interpretação (pena que anos depois de ter assistido, descobri que a Lane era dublada nas músicas) e faz um belo par romântico com o Paré na disputa entre seu atual namorado interpretado pelo sumido e muito engraçado Rick Moranis, mais conhecido pelo seu Wayne Szalinski de "Querida,Encolhi as Crianças". Willem Dafoe faz o líder da gangue que sequestra a Lane e é o vilão-mor da trama, claro que ele e Paré irão se enfrentar no final, ao melhor estilo anos 50, é um filme bem leve com sabor de sessão da tarde. Ah, não poderia deixar de comentar da excelente trilha sonora, o filme já começa com tudo com a rápida e empolgante "Nowhere Fast", no decorrer do filme vão sendo executadas outras belas canções como "Sorcerer" mas o ápice é a belíssima balada "Tonight is What it Means to be Young" que encerra o filme com chave de ouro. Outro destaque na trilha sonora é o megahit de Dan Hartman "I Can Dream About You". O sucesso do filme foi tão grande que os japoneses até fizeram uma adaptação bem fiel num OVA do anime "Zillion". "Ruas de Fogo" é um daqueles filmes que quem curtiu desde os tempos em que passava na Sessão da Tarde/Festival de Férias jamais esquece, um filme divertido e que é um ótimo entretenimento.
É um grande mistério o motivo para que esse excelente trabalho de Roman Polanski adaptado do livro "El Club Dumas" tenha sido tão mal recebido por crítica e público. "O Último Portal" é um suspense que mistura trama de investigação com temática sobrenatural. Johnny Depp interpreta Dean Corso uma espécie de mercenário caçador de livros raros que sempre que pode consegue algum livro extremamente caro de maneiras um tanto quanto ilegais até se for necessário. Ele é contratado por Boris Balkan (interpretado por Frank Langella)um colecionador de livros raros todos sobre a mesma temática,o demônio, para testar a legitimidade de uma das obras mais raras consideradas pelos colecionadores do gênero, o livro "Os Nove Portais" (De onde vem o título original do filme "The Ninth Gate") um livro que segundo Balkan teria sido escrito com a ajuda do próprio Lúcifer. Corso ao aceitar a missão, acaba embarcando em uma viagem rumo ao desconhecido e cada passo que ele dá o deixa mais próximo do abismo. Balkan é um personagem misterioso, sombrio e marcante e chega inclusive a roubar a cena em vários momentos durante o filme, até mesmo em conversas por telefone,sua voz demonstra perfeitamente que ele é capaz de tudo pra conseguir o que deseja numa excelente atuação de Langella. No meio de sua investigação,vão acontecendo coisas bem estranhas e sinistras ao redor de Corso, onde ele começa a acreditar que existem olhos por toda parte o vigiando e que parecem saber até mesmo seu próximo passo. Então surgem duas personagens enigmáticas que serão bastante importantes para o desenvolvimento da trama, Liana Telfer (interpretada por Lena Olin) é a viúva do colecionador que vendeu o livro para Balkan, pouco antes de morrer e que se revela bastante sedutora e fatal quando quer alcançar algum objetivo. E "a garota" como está descrita nos créditos finais interpretada por Emmanuelle Seigner (que é casada na vida real com o diretor Roman Polanski) uma espécie de "anjo da guarda" de corso que aparece e desaparece quando bem entende, e nunca deixa claro de que lado na verdade ela está. Toda a busca de Corso vai resultando em mortes misteriosas e descobertas assombrosas levando a um desfecho surpreendente. A trilha sonora do filme é um outro destaque, composta pelo mestre Wojciech Kilar, são temas sombrios, macabros e melancólicos lembrando bastante uma outra composição sua para a obra-prima "Drácula de Bram Stoker". Talvez muitos podem achar um filme longo demais, já que possui mais de 2hs de duração, mas em momento algum torna-se um filme cansativo.
E ainda vem continuação dessa bomba...Vão estragar mais ainda. Os dois primeiros filmes foram excelentes, especialmente o 2º filme, aí veio o 3º que foi muito fraco por não saber aproveitar os vilões e pra ferrar com tudo colocaram o emo-aranha, pois bem eis que agora criam o Emo-Aranha total nesse "Nada Espetacular" e já preparam a continuação...não acredito que os fãs de quadrinhos de verdade gostaram dessa porcaria de filme.
Esse filme é uma bela porcaria, Peter Parker ridículo, parecendo mais um emo revoltadinho...e chato pra caramba. Só se salvam duas cenas no filme, o resto pode jogar no lixo.
Gaiola da Morte
2.7 17http://www.youtube.com/watch?v=hipzL91k3jY
Drácula no Mundo da Minissaia
3.2 44Minha nossa o que é isso??? Além do título nacional extremamente ridículo (Na tv foi exibido como "O Discípulo de Drácula")a Hammer só podia estar sob efeito de alguma droga muito forte quando aceitou produzir esse filme, O filme só vale pela presença dos mestres Christopher Lee e Peter Cushing se enfrentando mais uma vez (reza a lenda que fizeram esse filme apenas por causa de um contrato inacabado), tudo deu errado nesse filme, Numa tentativa de se adaptar aos novos tempos a Hammer coloca a trama agora passada nos anos 70, ambientando uma londres completamente pop e assim poder agradar a novos públicos, mas o gosto do público pelos filmes clássicos e da boa fórmula original da Hammer estava perdendo força cada vez mais e mesmo com todo o aumento na violência e na nudez não estava adiantando muito e os filmes estavam tendo resultados muito fracos nas bilheterias. Com essa tentativa de modernizar e assim chamar um novo público aos cinemas, "Drácula no Mundo da Minissaia" exagera no colorido, parece que estamos assistindo "Hair" ao invés de uma produção da Hammer, inclusive a trilha sonora do filme é repleta de músicas hippie e de rock psicodélico bem característico dos anos 70. Voltando ao filme, somente os fãs mais fanáticos do gênero e dos mestres Lee e Cushing conseguirão (e conseguiram) assistir a esse filme completo, Lee demonstra inclusive estar bem pouco à vontade no filme e aparece bem menos tempo por insistência do próprio.
O Sangue de Drácula
3.4 25E vamos seguindo com a saga Hammer de Drácula,Começando onde o filme anterior (Drácula- O Perfil do Diabo) termina, Nesse filme a Hammer se aprofunda cada vez nos rituais satânicos quase didáticos em seus filmes e começam novamente os desentendimentos entre Christopher Lee e os roteiristas, Como resultado Drácula passa novamente quase o filme inteiro sem falar nada, apenas em algumas cenas tem rápidos diálogos. Vale destacar a atuação sempre correta de Ralph Bates que passa um ar sombrio e maléfico sempre que a câmera focaliza-o além claro do mestre Lee que mais uma vez usa de expressões, principalmente os closes em seus olhares (gélidos e penetrantes) e gestos para compor seu personagem. O filme ainda mostra-se com mais erotismo que os anteriores e revela outra beldade, nesse caso a atriz Linda Hayden (que realmente era linda mesmo...rs) fazendo o papel de Alice filha de um dos homens que participaram do ritual para trazer Drácula de volta. Muitos criticam a fraca produção do filme, mas segundo comentários da época, o tempo para a conclusão das filmagens era pouco, assim como o orçamento da produção, isso prejudicou bastante no resultado final, inclusive quem iria interpretar William Hargood seria Vincent Price, mas por motivos financeiros a produção não conseguiu trazer o ator para participar do filme. Mesmo com isso, a Hammer conseguiu um filme que na minha opinião saiu-se melhor que o anterior mesmo com tantos problemas para a realização do mesmo.
O Conde Drácula
3.5 34 Assista AgoraÚltimo filme bom de verdade da série, "O Conde Drácula" encerra o ciclo das adaptações ambientadas na inglaterra do século 19.Foi bastante exibido nas madrugadas da Globo, Nesse filme Drácula retorna mais perverso do que nunca,Mesmo com uma produção visivelmente fraca repleta de cenários falsos, morcegos de borracha e outros (d)efeitos especiais, o filme é um ótimo entretenimento para os fãs do mestre Lee que nesse filme permanece bem mais tempo em cena e tem muito mais falas que nos filmes anteriores e dos filmes de vampiro à moda antiga. "O Conde Drácula" é considerado o filme mais violento da série mas é claro que para os padrões atuais suas cenas sangrentas não chocam mais como tiveram êxito na época de seu lançamento.Na década de 70, a Hammer para aliviar o fracasso de muitas de suas produções começou a explorar ainda mais a nudez e a violência, que já haviam sido mais utilizadas no filme anterior "O Sangue de Drácula" onde os decotes ficavam cada vez mais à mostra, e ficou conhecido como "tits and teeth" esse período da Hammer.No elenco ainda vale destacar a atução de Patrick Troughton que interpreta Klove, o servo de Drácula, diferente do Klove de "Drácula- O Príncipe das Trevas" que era sombrio e bastante assustados, Patrick faz de seu Klove um personagem atormentado e melancólico, apenas serve as ordens de seu mestre e não tem uma personalidade forte quanto a do Klove de "Príncipe das Trevas".
Mas,é isso "O Conde Drácula" deveria ter encerrado a cinessérie, se isso tivesse acontecido, pelo menos a série seria finalizada com mais dignidade (mesmo com adagas falsas, cenários de papelão,Tanto o diretor quanto Christopher Lee afirmaram em entrevistas que não gostaram do resultado final e que o filme possui vários erros de continuidade grotescos) e faria mais jus ao seu começo triunfante, não deixando é claro de ser mais um clássico do gênero, depois desse filme, as coisas mudam radicalmente.
Observação: Não confundir com "Conde Drácula (El Conde Dracula)" filme feito no mesmo ano, também com Christopher Lee e dirigido por Jess Franco que por sinal é um horror de filme (no pior sentido).
Os Ritos Satânicos de Drácula
3.3 44 Assista AgoraE chegamos ao fim da clássica série da Hammer, No filme anterior Drácula é ressuscitado em plena Londres da década de 70 com tudo que a década tinha direito, hippies, psicodelismo...
Dessa vez os produtores e roteiristas da Hammer decidiram dar um tiro de misericórdia na cinessérie, transformando Drácula numa espécie de terrorista que quer liberar um vírus letal e acabar com toda a humanidade...Um vampiro acabar com toda humanidade??? bem, ele estava cansado da imortalidade..rs, e não satisfeitos fizeram uma mistureba tão grande que parece que estamos vendo um filme de 007 e não um filme de vampiro a começar pela (ótima) trilha sonora que desde a abertura parece ser totalmente baseada no tema clássico de James Bond e mostrando a sombra de Drácula por toda a Londres, no geral não é um filme ruim, até porque os mestres Lee e Cushing fazem bem seus papéis mais uma vez e pela última vez se enfrentam como Van Helsing e Conde Drácula, mas que se esperava mais de um capítulo final dessa saga iniciada em 1958 isso não se pode negar. Novamente Christopher Lee disse que o resultado final do filme não o agradou e aparece menos tempo em cena do que no filme anterior. Com um início bastante promissor mostrando um ritual satânico de forma bem "didática", o filme prometia ser mais sombrio que "Drácula no Mundo da Minissaia" mas decepciona nas cenas seguintes, quando depois de uns 40 minutos da trama sem pé e nem cabeça, eis que finalmente surge Drácula numa aparição bem digna, diga-se de passagem, com olhar penetrante e frio, Christopher Lee novamente entrega uma excelente atuação no papel do conde. Enfim, "Os Ritos Satânicos de Drácula" é uma boa diversão e fechou a cinessérie não de maneira gloriosa mas se saiu bem melhor do que o seu filme anterior. Curiosos são os trailers da época distribuídos nos EUA dando uma sinopse totalmente nada a ver como "O rei dos mortos-vivos se casa com a rainha dos zumbis". E assim encerra-se a cinessérie.
Ninja A Maquina Assassina
2.9 28Nos anos 80, os filmes de Ninja se tornaram uma febre mundial chegando rapidamente ao Brasil e tiveram uma boa leva de seguidores (eu me incluo entre eles), fãs que assistiam todos os que passavam na Tv e chegavam nas videolocadoras.
Um dos primeiros que foram lançados nessa febre em VHS no Brasil,foi o clássico "Ninja- A Máquina Assassina" distribuído pela Lk-Tel/Columbia, estrelado por Franco "Django" Nero no papel principal de Cole e Sho Kosugi fazendo o papel de Hasegawa, sendo o vilão da trama.
O filme foi reprisado várias vezes nos bons tempos da Sessão da Tarde/ Festival de Férias/Domingo Maior.
Embora o filme se inicie de maneira bem violenta com Franco Nero sendo perseguido por vários Ninjas (Inclusive com Kosugi interpretando mais de um deles...rs), o filme possui um clima bem descontraído depois do término do treinamento de Cole, colocando-o em situações que tem bastante humor, até quando luta contra um grupo de homens que ameaça uma vila onde seus amigos moram.
O filme iniciou uma "trilogia", mas as tramas são completamente diferentes de cada um deles.Sho Kosugi, claro é o maior destaque do filme, responsável pelas coreografias e além de interpretar outros ninjas que aparecem de maneira discreta durante o filme, ah detalhe, Franco Nero em muitas cenas em que está vestido de ninja não é ele, especialmente nas cenas em que ele aparece de costas, na verdade quem veste a roupa de ninja é o dublê Mike Stone.
Comparado com os dois filmes que foram feitos em seguida, "Ninja A Máquina Assassina" é inferior, justamente pelo fator cômico que se faz presente durante boa parte do tempo, especialmente por conta do personagem de Zachi Noy o puxa-saco do segundo vilão do filme Venarius que é responsável pelas cenas mais toscas do filme numa péssima atuação, Zachi é bem conhecido pelas comédias que eram exibidas no SBT "Paquera e Curtição" e "Amor de Menina" que fazem parte da cinessérie israelense "Lemon Popsicle" que ele protagoniza.
Mas, mesmo com esse clima bem humorado da trama, ele possui muita ação e boas cenas de violência (Obs: Se você que está lendo está se perguntando pelas cenas de violência que estou me referindo é porque assim como eu ficou familiarizado pela versão lançada no Brasil em VHS e que foi exibida na Tv, que trata-se da versão editada, há uns dois anos pude conseguir finalmente a versão integral do filme e é tão violento quanto o 2º e melhor filme da trilogia, "A Vingança do Ninja".) e se encerra com um duelo clássico, embora rápido entre Nero e Kosugi ao melhor estilo "White Ninja vs Black Ninja", para os fãs do gênero ele com certeza merece um lugar em sua coleção.
A trilha sonora é excelente e foi muito bem aproveitada e remontada em todos os filmes da trilogia (Até em American Ninja (Ah, sim Dudikoff faz uma ponta no filme como um dos capangas do vilão) é possível escutar alguns temas utilizados também, especialmente na cena em Joe entra num galpão e é emboscado por um bando de ninjas).
E assim começou a era dos ninjas nos cinemas popularizando o tema e dando origem a várias outras produções da Cannon e outros estúdios que se aventuraram no gênero,claro que antes de "Ninja- A Máquina Assassina" o cinema asiático já tinha dezenas de produções do gênero que em sua grande maioria nunca se tornaram populares e alguns ainda chegaram a serem lançados por aqui em VHS na trilha do sucesso que "Ninja"rendeu.
Curiosamente, boa parte dos filmes da Cannon eram distribuídos por aqui pela América Vídeo, mas os 2 primeiros filmes da trilogia acabaram não fazendo parte de seus lançamentos, "Ninja" como já disse no começo saiu pela L-k/Tel e "A Vingança do Ninja" foi distribuído pela Globo Vídeo...mas em breve falarei dos outros dois filmes da trilogia.
Obs: Se formos analisar bem, o filme "Ninja" de 2009 com Scott Adkins pode ser considerado quase como uma refilmagem deste daqui.
A Vingança do Ninja
3.2 33Muita gente quando assistiu na época de lançamento nas locadoras ou nas constantes exibições na TV o filme “Ninja III - A Dominação” deve ter se perguntado onde estariam os filmes “Ninja I e II”? Pois bem os filmes anteriores que fazem parte dessa trilogia são “Ninja - A Máquina Assassina” com Franco Nero e Sho Kosugi e “A Vingança do Ninja”. Eu já comentei anteriormente sobre “Ninja - A Máquina Assassina” em que Kosugi fazia o papel de Hasegawa, o vilão do filme, e Nero fazia o Ninja do bem. O filme fez muito sucesso e rendeu bons lucros para a Cannon Films. Então em 1982 saiu a continuação chamada “Revenge of The Ninja”, só que desta vez sem a presença de Franco Nero no elenco, contando apenas com Kosugi no papel principal, fazendo o Ninja do bem. Por sinal nenhum dos três filmes se completam em termos de enredo. As produções só tem em comum mesmo a presença de Kosugi, também fazendo papéis diferentes.
O filme começa com um massacre feito por ninjas inimigos da família de Kosugi, onde quase todos seus parentes são eliminados, restando apenas seu filho mais novo e sua mãe. Ajudados por um amigo americano eles vão embora para os EUA, com o objetivo de recomeçarem suas vidas. Obviamente que nem tudo estava terminado. Os anos se passam e eles estão vivendo em paz na América até que misteriosos assassinatos começam a ocorrer na cidade onde moram e tudo leva a crer que quem está cometendo os crimes é um ninja! Como Cho explica: “Só um ninja pode parar outro ninja”. Clássico do "Domingo Maior" dos bons tempos da Globo, “A Vingança do Ninja” tem todos os clichês do gênero, é cheio de erros de continuidade e principalmente possui muita ação, em especial a cena do duelo final dos ninjas que dura mais de 10 minutos. Visto hoje pela geração “Matrixformers” da vida, o filme não deve agradar muito. Só nos momentos mais violentos em que o ninja do mal faz suas vítimas é que se pode pensar em algo atraente para o público atual. Já para os fãs de filmes de artes marciais em especial, produções com personagens ninjas sempre foram considerados os melhores exemplares do gênero, mesmo sendo alguns deles extremamente absurdos. Kosugi depois desse filme voltaria a interpretar outros ninjas em sua carreira, inclusive no mais recente “Ninja Assassino” em que seu personagem, Ozuno, pode ser visto como uma grande e merecida homenagem a esse mestre ninja das telas e da vida real.
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraAVISO: SE NÃO ASSISTIU O FILME NÃO LEIA, POIS ESTÁ REPLETO DE SPOILERS...OUTRA COISA, ESSA É A MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME, CADA UM DIZ O QUE ACHA, SE GOSTOU OU NÃO DO FILME, ENTÃO ANTES DE QUALQUER COISA, RESPEITEM A OPINIÃO DE CADA UM QUE ESCREVE AQUI.
Evil Dead, um clássico de Sam Raimi, produção independente e visivelmente limitada, já rendeu trocentas imitações e continua insuperável... eis que alguém tem a brilhante idéia na febre atual de remakes, de refilmar “A Morte do Demônio”, e conseguem estragar tudo, fazendo um filme completamente diferente do original mas que parece com todos esses terrores genéricos que aparecem aos montes, copia idéias de outros filmes, talvez com a intenção de homenagem, mas acaba soando uma picaretagem mesmo.
Pra começar, temos a nova protagonista Mia que é uma viciada em drogas e que está sendo ajudada pelo irmão e seus amigos a tentar deixar o vício, é levada pra casa do satanás e lá a coisa desanda e vira uma encapetada depois que um de seus amigos Eric, lê o livro do demônio e faz a invocação satânica de praxe, só que a maneira que ela é conduzida é muito, mas muito mal feita e interpretada, aliás o elenco é péssimo no geral, mas vamos em frente...
Logo após a leitura do livro, Mia está na floresta correndo e eis que vem a cena dos galhos atacando-a...só que o que antes era intenso e rendeu uma cena marcante, aqui a coisa é frustrante e patética, a cena em questão dura uma fração de segundos e não tem nada de excepcional, lembrando inclusive uma cena de “Jason Vai para o Inferno”.
Mas, nada é tão ruim que não possa piorar, depois que é levada de volta pra casa Mia começa a ter ataques e fica possuída pela coisa que entrou nela, ataca todo mundo dentro e tem seus momentos “Reagan encapetada”, com direito a frases que parecem ser proferidas pelo Pazuzu de “O Exorcista”. Além do roteiro ser muito, mas muito mal escrito, o elenco todo não tem carisma, você não torce por ninguém e quer que todos sejam levados para o inferno logo pra essa porcaria de filme terminar de uma vez. Mia então é jogada no porão e fica lá esquecida por um tempo. Enquanto isso o capeta começa a possuir os demais visitantes da casinha do mal e sai fazendo seu estrago cada vez mais explícito nas cenas de violência, para compensar o roteiro fraco e desinteressante ele apela no sangue, mas não adianta quase nada, umas 3 cenas ficaram legais, especialmente quando Mia depois de ficar livre do capeta pega a clássica serrinha e parte pra cima do demônio e literalmente toma um banho de sangue, aliás a produção deve achar que sangue em profusão salva roteiros ruins, já que antes dessa cena final, Mia vomita praticamente um balde de sangue na cara da amiga e claro essa fica encapetada também hehehe.
David, o irmão de Mia é um pé no saco, assim como todos os demais e é um dos piores atores do filme, inexpressivo como uma porta detrás de uma parede. Pra encerrar, senão vou comentar o filme inteiro, se você é fã do original nem perca seu tempo em ver essa bobagem, mas se é masoquista e gosta de sofrer vendo filmes que sabendo que são ruins mas não se importa e quer ver de todo jeito igual eu sou, então embarque nessa noite nada alucinante e prepare-se pra ter vontade de esmurrar seu monitor, ou a tela do cinema seja lá onde você irá assistir, Esse é mais um dos tantos terrores genéricos que são lançados hoje em dia, não apresenta nada de inovador, ainda puxa idéias de outros filmes fora da franquia “Evil Dead”, é um filme feito para as novas gerações que só querem ver sangue e mais sangue e nada mais, e só serve para nos lembrar de quão bom e genial é o filme original produzido de maneira independente mas tem toda a essência, clima e tensão que falta nessa superprodução que usa e abusa de efeitos especiais para dar maior ênfase à violência explícita e que a maior parte das cenas mais extremas já estão todas no trailer dele mesmo.
O que me deixa mais triste e furioso é ver que Sam Raimi autorizou e ainda participou da produção dessa bomba, com certeza fará um tremendo sucesso entre a galera mais nova e provavelmente irritará os fãs do original, é um filme que não precisava existir, entra pra lista de remakes, prequels, spinoffs ou seja lá o que mais inventam, totalmente desnecessários e esquecíveis.
Um Lobisomem na Amazônia
2.5 93Sim, o filme é uma mistura de filme de lobisomem com A Ilha do Dr. Moreau versão tupiniquim, com bastante nudez, mortes e muita comédia, o filme é uma diversão trash assumida.
Ivan Cardoso, mestre do terrir nacional, continua fazendo aquilo que sabe melhor, uma bela avacalhação com o gênero do terror/ficção e ao mesmo tempo soa como uma homenagem aquelas produções mexicanas estreladas pelo próprio Paul Naschy que interpreta o Dr. Moreau em sua última aparição nas telas.
Um Lobisomem na Amazônia tem todos os clichês do gênero e sabe muito bem adaptá-los para a floresta amazônica, mesmo com um roteiro mega absurdo em que estão inclusos nesse cocktail de loucuras: amazonas recriadas geneticamente, lobisomem, Dr. Moreau em pessoa que depois de supostamente ter sido morto em sua ilha veio se esconder no Brasil pra continuar suas experiências com os genes, dando continuidade aos seus seres mutantes gerados de seus experimentos e ainda temos uma profecia inca com direito a delírios visuais e bons momentos de suspense dignos de produções sérias do gênero.
Nuno Leal Maia está hilário como o Zoólogo Scott Corman que é enviado para a floresta para ajudar nas investigações dos assassinatos que estão ocorrendo e acreditam serem obra de algum animal selvagem.
Evandro Mesquita é o herói do filme que faz par romântico com Natasha interpretada por Danielle Winitis que logo nos primeiros minutos de filme já aparece bem à vontade pra compensar sua falta de atuação e inexpressibilidade numa citação direta ao clássico Psicose, com direito à trilha sonora...
Não dá pra deixar de falar numa participação especial de Sidney Magal que é um sacerdote inca que aparece cantando num delírio de uma das personagens do filme.
Com atuações péssimas, montagem brusca e cheia de cortes mal editados, o que importa de verdade é curtir essa louca homenagem em clima de humor, claro que não é um filme que é para todos os públicos, é preciso ser iniciado nas "tosqueiras" para curtir pra valer esse louco terrir, mas em sua curta duração (o filme tem apenas 74 minutos) consegue divertir bem mais do que muita comédia besteirol que vai para os cinemas.
Ruas de Fogo
3.6 240 Assista AgoraUma fábula rock and roll como diz no início do filme é justamente o que é o filme "Ruas de Fogo", uma aventura musical repleta de ação com todo aquele visual oitentista misturado com filme da década de 50 e bons momentos de humor, com Michael Paré na época em que era um astro de verdade (Hoje a decadência tá num nível tão alto que ele embarcou até em uma sequência totalmente desnecessária desse que pode ser considerado seu maior sucesso no cinema).
Diane Lane linda demais dá um show literalmente em sua interpretação (pena que anos depois de ter assistido, descobri que a Lane era dublada nas músicas) e faz um belo par romântico com o Paré na disputa entre seu atual namorado interpretado pelo sumido e muito engraçado Rick Moranis, mais conhecido pelo seu Wayne Szalinski de "Querida,Encolhi as Crianças".
Willem Dafoe faz o líder da gangue que sequestra a Lane e é o vilão-mor da trama, claro que ele e Paré irão se enfrentar no final, ao melhor estilo anos 50, é um filme bem leve com sabor de sessão da tarde.
Ah, não poderia deixar de comentar da excelente trilha sonora, o filme já começa com tudo com a rápida e empolgante "Nowhere Fast", no decorrer do filme vão sendo executadas outras belas canções como "Sorcerer" mas o ápice é a belíssima balada "Tonight is What it Means to be Young" que encerra o filme com chave de ouro.
Outro destaque na trilha sonora é o megahit de Dan Hartman "I Can Dream About You".
O sucesso do filme foi tão grande que os japoneses até fizeram uma adaptação bem fiel num OVA do anime "Zillion".
"Ruas de Fogo" é um daqueles filmes que quem curtiu desde os tempos em que passava na Sessão da Tarde/Festival de Férias jamais esquece, um filme divertido e que é um ótimo entretenimento.
O Último Portal
3.2 461 Assista AgoraÉ um grande mistério o motivo para que esse excelente trabalho de Roman Polanski adaptado do livro "El Club Dumas" tenha sido tão mal recebido por crítica e público.
"O Último Portal" é um suspense que mistura trama de investigação com temática sobrenatural. Johnny Depp interpreta Dean Corso uma espécie de mercenário caçador de livros raros que sempre que pode consegue algum livro extremamente caro de maneiras um tanto quanto ilegais até se for necessário.
Ele é contratado por Boris Balkan (interpretado por Frank Langella)um colecionador de livros raros todos sobre a mesma temática,o demônio, para testar a legitimidade de uma das obras mais raras consideradas pelos colecionadores do gênero, o livro "Os Nove Portais" (De onde vem o título original do filme "The Ninth Gate") um livro que segundo Balkan teria sido escrito com a ajuda do próprio Lúcifer.
Corso ao aceitar a missão, acaba embarcando em uma viagem rumo ao desconhecido e cada passo que ele dá o deixa mais próximo do abismo.
Balkan é um personagem misterioso, sombrio e marcante e chega inclusive a roubar a cena em vários momentos durante o filme, até mesmo em conversas por telefone,sua voz demonstra perfeitamente que ele é capaz de tudo pra conseguir o que deseja numa excelente atuação de Langella.
No meio de sua investigação,vão acontecendo coisas bem estranhas e sinistras ao redor de Corso, onde ele começa a acreditar que existem olhos por toda parte o vigiando e que parecem saber até mesmo seu próximo passo.
Então surgem duas personagens enigmáticas que serão bastante importantes para o desenvolvimento da trama, Liana Telfer (interpretada por Lena Olin) é a viúva do colecionador que vendeu o livro para Balkan, pouco antes de morrer e que se revela bastante sedutora e fatal quando quer alcançar algum objetivo.
E "a garota" como está descrita nos créditos finais interpretada por Emmanuelle Seigner (que é casada na vida real com o diretor Roman Polanski) uma espécie de "anjo da guarda" de corso que aparece e desaparece quando bem entende, e nunca deixa claro de que lado na verdade ela está.
Toda a busca de Corso vai resultando em mortes misteriosas e descobertas assombrosas levando a um desfecho surpreendente.
A trilha sonora do filme é um outro destaque, composta pelo mestre Wojciech Kilar, são temas sombrios, macabros e melancólicos lembrando bastante uma outra composição sua para a obra-prima "Drácula de Bram Stoker".
Talvez muitos podem achar um filme longo demais, já que possui mais de 2hs de duração, mas em momento algum torna-se um filme cansativo.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraE ainda vem continuação dessa bomba...Vão estragar mais ainda. Os dois primeiros filmes foram excelentes, especialmente o 2º filme, aí veio o 3º que foi muito fraco por não saber aproveitar os vilões e pra ferrar com tudo colocaram o emo-aranha, pois bem eis que agora criam o Emo-Aranha total nesse "Nada Espetacular" e já preparam a continuação...não acredito que os fãs de quadrinhos de verdade gostaram dessa porcaria de filme.
O Espetacular Homem-Aranha
3.4 4,9K Assista AgoraEsse filme é uma bela porcaria, Peter Parker ridículo, parecendo mais um emo revoltadinho...e chato pra caramba.
Só se salvam duas cenas no filme, o resto pode jogar no lixo.
Diário de um Vampiro
3.3 14Quem acha esse filme uma palhaçada vá assistir Crepúsculo.