Re-assisti, porque não lembrava de nada da história pouco tempo depois de ter visto, assim como em "Amarelo Manga" (e agora entendi porque). Assisti esses dois do Cláudio, e não parece que ele tem intenção de criar uma história fantástica e marcante em si, pela narrativa. É pela forma que se faz, pelo escracho do cotidiano e um certo exagero violento e visceral da vida, do desejo. Zizo, o poeta do filme, é (pra mim) aquele cara prepotente, que coloca sua criação num lugar egocêntrico maior do que realmente é. É um chato, a todo tempo querendo marcar seu território mijando poesia. E a poesia nem é lá tão boa. É um personagem que faz caricatura de si mesmo. O filme traz ele como "o bacana", mas não me convenceu. O preto e branco é essencial pra imergir: MANGUE, corpo, suor, Recife periférico e sua gente. É sujeira mesmo. A nossa, a da cidade, a das proibições. O Tesão que é sujo e primitivo também. Cláudio traz isso muito bem, apesar deu me incomodar com essa forma, parece que vem de uma narrativa mais masculinizada - e quase pornográfica - do sexo. Dá pra escancarar a animalidade sem imbecilizar e embrutecer o prazer, parece um grande "mete-mete". Gosto do excesso do nu. O excesso vem também para tornar comum, naturalizar. O despudor é uma necessidade. O nu é a vida real. Somos corpos. É um bom filme, com uma bela fotografia, mas nada tão demais.
Essas tentativas de humanizar o personagem durante o filme não prestaram não (o fantasma do menino e a outra família), foi fraco. É um filme com cenas muito rápidas, a vida dele é acelerada, caótica, então faz sentido... mas essa aceleração fez algumas coisas que poderiam ser densas perderem esse potencial - ele se vestindo da (imagem que criou) da ex-esposa, por ex. Atropelaram tudo. Só gostei maissss ou menos porque curto essas doidera junkiezona. Gostei do final e das metáforas com os animais, e atuação do McAvoy.
Ó, a ideia é boa, mas achei pretensioso. O resultado não bateu tão forte (em mim) como o filme queria. A ambientação futurista-crente ficou muito massa, e essa trilha sonora tb, new age jesus cristo. Visual neon azul-rosa. O excesso de didatismo me irritou um pouco.
Vai falar de um assunto histórico sem 'historificar', sem politizar a narrativa. Quer contar tudo da forma mais próxima do humano possível. É a solidão das (não) relações no cárcere, a agonia de não saber onde está, o ócio que corrói, a dor, a indignidade humana. É para nos re-lembrar que a vida está aqui, nas pequenas e simples coisas:
A relação entre prisioneiro e guarda, através de cartas de amor, mostram que a humanidade do soldado está ali, em algum lugar. Quando toca "the sound of silence" é difícil segurar as estribeiras kkk
.
<3 Espetáculo. Assisti no cinema há um tempinho já.Quero ver de novo pra relembrar tudo que senti com esse filme, recomendo demais.
Me marcou muito a cena da descoberta do desejo. Uma febre que era de medo, confusão. Foi tão sutil, mas o desejo entre o pintor e o pequeno Salvador está ali, em todas as nuances. É um amor puro. Que não queria nem pretendia tocar o corpo, só queria estar ali.
Primeiro: gostei de assistir o filme. Tava procurando algo morno e tranquilo. Mas isso não quer dizer que não fiquei puta com esse roteiro. O filme enaltece um charlatão enquanto joga todas as mulheres no barco da 'neurose'. Vários esteriótipos machistas: a loira burra, idealista e ""fácil"; a latina nervosa e histérica. E mesmo a mais realista, Vicky, se apaixona pelo "galã" e ainda escolhe uma vida pacata (que nem condiz com a inteligência e nível de elaboração psíquica dela) em nome de uma suposta estabilidade. O cara é um manipulador do começo ao fim... a forma com que fala da ex esposa, o silenciamento da voz de Maria Helena - e ainda cata suas ideias, seduz todo mundo ao mesmo tempo (como se elas não fossem espertas suficiente pra entender o que tá rolando). Ahã, tá bom.
A Marjorie Estiano de mineira alá cowgirl kkkk e ficou bom. Ela e Isabél Zuaa mandaram bem.
O filme passa por vários lugares: racismo, classe e poder nas relações pessoais, gravidez e conexão com o primitivo, desejo... Isso na primeira metade, que é muito boa, mas depois senti que perdeu a força, ficou bem menos denso. Gostei demais das músicas, ficou meio fábula urbana. E é bem isso, abrasileirou e trouxe pra vida cotidiana essas coisas que permeiam o imaginário coletivo, o conto de fada, o folclore.
Um ponto sobre a primeira parte do filme: Clara, pra mim, é uma mulher sábia, não-submissa, que passa uma presença e profundidade docaralho. O que essa pessoa ia querer se relacionando com a patroa que trata ela que nem serviçal... Não me parece combinar com o perfil da personagem. E Ana nem assume pra si - fora os momentos noturnos - que sente algo por Clara. Parece que ela tá sutilmente escondendo de alguém (ela mesma) que tá rolando alguma coisa ali. Não que tenha ficado forçado, senti o afeto das duas... e inclusive, que construção de relação cheia!! Só achei que a Clara reagiria de alguma forma a verticalidade da relação das duas - que vai se atenuando conforme o afeto vai surgindo, sisi...
Esse lobinho ficou bão demais!!! achei o bebê lobo genial
Enfim, é bem bem original, mas boto fé que o filme ganharia se continuasse na pegada psicológica, trazendo as estrancinhes das relações. (e não precisa ser sem a fantasia pra isso)
A relação deles com os filhos... rapazzzz. Várias coisas densas. Nem sempre os filhos são amados, e a relação pai e filha pode ser bem estranha, passando por uns lugares primitivos. Cru.
O tempo passa e nada fica... o corpo físico já não é o mesmo, as ideias de eu também não. Aí o outro vai mudando e a gente se choca com a transitoriedade.
Gosto quando os filmes mostram as paieras da galera meio diluídas, faz a gente ficar atenta. O cara fez várias merdas e no final achei a história dos dois linda. Mas é isso, ela escolheu estar com ele sabendo do pacote de contradições... (não que justifique, claro).
Eu adoro esse tipo de cinema não-pretensioso e simples, que só busca retratar as coisas em estado puro... e sai lindo, forte, bruto! Jonah Hill conseguiu fazer personagens carregados, cheios, com conflitos pessoais e inter-pessoais profundos sem que as coisas tomassem uma atmosfera muito pesada.
Os personagens são incrivelmente humanos, de verdade, espontâneos. Vontade de abraçar todos, senti afeto. Krai, quero mais do Joninhas!! Amei.
O amor, o magnetismo, o "acostumar-se com" colocando pessoas em situações inférteis, negativamente cíclicas... Isso foi retratado com muita crueza e realidade. É difícil pra caralho sair do caos quando há afeto, mesmo o reconhecendo como caos. Um filme sobre relações, e ponto. O caráter abusivo é presente, sempre... mas não o vi como 'foco' (aí vai da minha experiência com o filme).
Chorei quando o filho nasceu. Senti amor. Georgio é um grande filho da puta avassalador. Ama profundamente, mas é um covarde "vamos estar juntos apenas nos momentos felizes" (diz ele à Tony em uma das crises). O final é fodido demais, aveeeeeee. Os dois continuam se amando. Ele, escondendo o amor por trás de uma falsa áurea de indiferença e superioridade. Ela, sendo genuína, o toca com os olhos.
Forte forte forte!!!! Sobre a potência do amor, seja para criar ou para destruir.
Não conhecia o texto da peça, foi bom descobrir assim, de repente, tocou muito. Entrou pra lista dos preferidos do cinema nacional. Porra, que estréia do Murilo Benício como diretor!!!
O P&B potencializou a atmosfera íntima que já existia no filme. Atuações sinistras, com entrega. Para (também) compreender sobre a doação que se faz ao interpretar.
A presença da mesa, o cenário ser mostrado em sua montagem, diálogos durante a maquiagem (a quebra e os "bastidores" presentes no filme) não irrompem a imersão no enredo como realidade, faz pulsar mais ainda.
Fiquei um pouco agoniada com a câmera que nunca parava (apesar disso ter um propósito). A fotografia é belíssima, com cor e sensação, mas penso que as edições ficaram um pouco destoantes umas das outras, parecem ser de filmes diferentes. Pela força das imagens, achei me conectaria melhor e mais emotivamente com o filme, o que não aconteceu – pode ser que algo tenha faltado (em mim no dia, também), talvez mais sensibilidade aos personagens e ao desenrolar de suas relações, apesar da atuação lindíssima(!) de Willem Dafoe como Van Gogh.
Enfim, apesar... gostei bastante do filme! A intimidade com que são retratados os delírios, as imagens-sensoriais, os diálogos (o diálogo com o padre, porra!!!), a construção do espaço-tempo. Vale a pena. Sai com sensação de conhecer melhor a pessoa Van Gogh (bem mais que em "Loving Vincent"), em sua solidão, visceralidade, beleza e dor de existir.
As sequências dançantes são belíssimas, dança é uma das linguagens do filme. Mesmo com atuações carregadas, senti o roteiro um pouco sem propósito, caos pelo caos (o que não é necessariamente ruim, acho que o cinema do Gaspar flerta muito com essa intencionalidade de fazer sentir). Senti como uma viagem pro inferno no inconsciente coletivo dos dançarinos, uma unção de angústia, animalidade, sombra... (E que trilha sonora irada!!). Ousado, como esperado.
Forte, capta o que quer passar nas sutilezas. Um retrato da melancolia e silêncio das relações urbanas. Personagens instigantes e bem construídos, Marieta Severo mandou muito bem! Retratou um envelhecer solitário e perseguido pelas próprias ações.
Febre do Rato
4.0 657Re-assisti, porque não lembrava de nada da história pouco tempo depois de ter visto, assim como em "Amarelo Manga" (e agora entendi porque). Assisti esses dois do Cláudio, e não parece que ele tem intenção de criar uma história fantástica e marcante em si, pela narrativa. É pela forma que se faz, pelo escracho do cotidiano e um certo exagero violento e visceral da vida, do desejo. Zizo, o poeta do filme, é (pra mim) aquele cara prepotente, que coloca sua criação num lugar egocêntrico maior do que realmente é. É um chato, a todo tempo querendo marcar seu território mijando poesia. E a poesia nem é lá tão boa. É um personagem que faz caricatura de si mesmo. O filme traz ele como "o bacana", mas não me convenceu. O preto e branco é essencial pra imergir: MANGUE, corpo, suor, Recife periférico e sua gente. É sujeira mesmo. A nossa, a da cidade, a das proibições. O Tesão que é sujo e primitivo também. Cláudio traz isso muito bem, apesar deu me incomodar com essa forma, parece que vem de uma narrativa mais masculinizada - e quase pornográfica - do sexo. Dá pra escancarar a animalidade sem imbecilizar e embrutecer o prazer, parece um grande "mete-mete". Gosto do excesso do nu. O excesso vem também para tornar comum, naturalizar. O despudor é uma necessidade. O nu é a vida real. Somos corpos. É um bom filme, com uma bela fotografia, mas nada tão demais.
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista AgoraEssas tentativas de humanizar o personagem durante o filme não prestaram não (o fantasma do menino e a outra família), foi fraco. É um filme com cenas muito rápidas, a vida dele é acelerada, caótica, então faz sentido... mas essa aceleração fez algumas coisas que poderiam ser densas perderem esse potencial - ele se vestindo da (imagem que criou) da ex-esposa, por ex. Atropelaram tudo. Só gostei maissss ou menos porque curto essas doidera junkiezona. Gostei do final e das metáforas com os animais, e atuação do McAvoy.
Divino Amor
3.3 240kkkkk surubão divino
Ó, a ideia é boa, mas achei pretensioso. O resultado não bateu tão forte (em mim) como o filme queria. A ambientação futurista-crente ficou muito massa, e essa trilha sonora tb, new age jesus cristo. Visual neon azul-rosa. O excesso de didatismo me irritou um pouco.
Gostei desse final meio jesus trans que não nasce de uma virgem kkkk não sei se entendi o que o Gabriel quis dizer mass
A Noite de 12 Anos
4.3 302 Assista AgoraVai falar de um assunto histórico sem 'historificar', sem politizar a narrativa. Quer contar tudo da forma mais próxima do humano possível. É a solidão das (não) relações no cárcere, a agonia de não saber onde está, o ócio que corrói, a dor, a indignidade humana. É para nos re-lembrar que a vida está aqui, nas pequenas e simples coisas:
o gosto que tem a liberdade tocada com os olhos, quando o poeta sente o verde das montanhas.
A relação entre prisioneiro e guarda, através de cartas de amor, mostram que a humanidade do soldado está ali, em algum lugar. Quando toca "the sound of silence" é difícil segurar as estribeiras kkk
<3 Espetáculo. Assisti no cinema há um tempinho já.Quero ver de novo pra relembrar tudo que senti com esse filme, recomendo demais.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraOs olhos do Antonio Banderas nesse filme...
o olhar para a mãe, para Federico, para a heroína
Me marcou muito a cena da descoberta do desejo. Uma febre que era de medo, confusão. Foi tão sutil, mas o desejo entre o pintor e o pequeno Salvador está ali, em todas as nuances. É um amor puro. Que não queria nem pretendia tocar o corpo, só queria estar ali.
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista AgoraGenial
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1Kkkkkkkk vai se foder. Esse cara é um
bosta
Primeiro: gostei de assistir o filme. Tava procurando algo morno e tranquilo. Mas isso não quer dizer que não fiquei puta com esse roteiro. O filme enaltece um charlatão enquanto joga todas as mulheres no barco da 'neurose'. Vários esteriótipos machistas: a loira burra, idealista e ""fácil"; a latina nervosa e histérica. E mesmo a mais realista, Vicky, se apaixona pelo "galã" e ainda escolhe uma vida pacata (que nem condiz com a inteligência e nível de elaboração psíquica dela) em nome de uma suposta estabilidade. O cara é um manipulador do começo ao fim... a forma com que fala da ex esposa, o silenciamento da voz de Maria Helena - e ainda cata suas ideias, seduz todo mundo ao mesmo tempo (como se elas não fossem espertas suficiente pra entender o que tá rolando). Ahã, tá bom.
As Boas Maneiras
3.5 648 Assista AgoraA Marjorie Estiano de mineira alá cowgirl kkkk e ficou bom. Ela e Isabél Zuaa mandaram bem.
O filme passa por vários lugares: racismo, classe e poder nas relações pessoais, gravidez e conexão com o primitivo, desejo... Isso na primeira metade, que é muito boa, mas depois senti que perdeu a força, ficou bem menos denso. Gostei demais das músicas, ficou meio fábula urbana. E é bem isso, abrasileirou e trouxe pra vida cotidiana essas coisas que permeiam o imaginário coletivo, o conto de fada, o folclore.
Um ponto sobre a primeira parte do filme: Clara, pra mim, é uma mulher sábia, não-submissa, que passa uma presença e profundidade docaralho. O que essa pessoa ia querer se relacionando com a patroa que trata ela que nem serviçal... Não me parece combinar com o perfil da personagem. E Ana nem assume pra si - fora os momentos noturnos - que sente algo por Clara. Parece que ela tá sutilmente escondendo de alguém (ela mesma) que tá rolando alguma coisa ali. Não que tenha ficado forçado, senti o afeto das duas... e inclusive, que construção de relação cheia!! Só achei que a Clara reagiria de alguma forma a verticalidade da relação das duas - que vai se atenuando conforme o afeto vai surgindo, sisi...
Esse lobinho ficou bão demais!!! achei o bebê lobo genial
Enfim, é bem bem original, mas boto fé que o filme ganharia se continuasse na pegada psicológica, trazendo as estrancinhes das relações. (e não precisa ser sem a fantasia pra isso)
Vale a pena ver, vice.
Monsieur e Madame Adelman
4.1 134Delícia de filme. Foge do amor idealizado, mostra a realidade de uma forma cômica.
A relação deles com os filhos... rapazzzz. Várias coisas densas. Nem sempre os filhos são amados, e a relação pai e filha pode ser bem estranha, passando por uns lugares primitivos. Cru.
O tempo passa e nada fica... o corpo físico já não é o mesmo, as ideias de eu também não. Aí o outro vai mudando e a gente se choca com a transitoriedade.
Gosto quando os filmes mostram as paieras da galera meio diluídas, faz a gente ficar atenta. O cara fez várias merdas e no final achei a história dos dois linda. Mas é isso, ela escolheu estar com ele sabendo do pacote de contradições... (não que justifique, claro).
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraPedrada forte...
Fiquei impressionada com a expressão facial do Zain de adulto. Só notei a criança dele brilhar na cena final, do sorriso.
Ps: e esse neném ator??
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraO peso e a beleza da existência humana... Coutinho é foda. A realidade é uma das narrativas mais belas.
Anos 90
3.9 502Nostalgia em verde pastel, granulado e anos 90.
Eu adoro esse tipo de cinema não-pretensioso e simples, que só busca retratar as coisas em estado puro... e sai lindo, forte, bruto! Jonah Hill conseguiu fazer personagens carregados, cheios, com conflitos pessoais e inter-pessoais profundos sem que as coisas tomassem uma atmosfera muito pesada.
Os personagens são incrivelmente humanos, de verdade, espontâneos. Vontade de abraçar todos, senti afeto. Krai, quero mais do Joninhas!! Amei.
(Me lembrou um pouco o clima de "Boyhood").
Aaaaaaaah: trilha sonora linda!!!!!
Meu Rei
3.9 137 Assista AgoraEsse filme dói... Atuações monstruosas de Emmanuelle Bercot e Cassel. Dilacerou.
O amor, o magnetismo, o "acostumar-se com" colocando pessoas em situações inférteis, negativamente cíclicas... Isso foi retratado com muita crueza e realidade. É difícil pra caralho sair do caos quando há afeto, mesmo o reconhecendo como caos. Um filme sobre relações, e ponto. O caráter abusivo é presente, sempre... mas não o vi como 'foco' (aí vai da minha experiência com o filme).
Chorei quando o filho nasceu. Senti amor. Georgio é um grande filho da puta avassalador. Ama profundamente, mas é um covarde "vamos estar juntos apenas nos momentos felizes" (diz ele à Tony em uma das crises). O final é fodido demais, aveeeeeee. Os dois continuam se amando. Ele, escondendo o amor por trás de uma falsa áurea de indiferença e superioridade. Ela, sendo genuína, o toca com os olhos.
Forte forte forte!!!! Sobre a potência do amor, seja para criar ou para destruir.
O Beijo no Asfalto
4.1 95Não conhecia o texto da peça, foi bom descobrir assim, de repente, tocou muito. Entrou pra lista dos preferidos do cinema nacional. Porra, que estréia do Murilo Benício como diretor!!!
O P&B potencializou a atmosfera íntima que já existia no filme. Atuações sinistras, com entrega. Para (também) compreender sobre a doação que se faz ao interpretar.
A presença da mesa, o cenário ser mostrado em sua montagem, diálogos durante a maquiagem (a quebra e os "bastidores" presentes no filme) não irrompem a imersão no enredo como realidade, faz pulsar mais ainda.
"É lindo beijar quem tá morrendo."
22/12/2018
No Portal da Eternidade
3.8 348 Assista AgoraFiquei um pouco agoniada com a câmera que nunca parava (apesar disso ter um propósito). A fotografia é belíssima, com cor e sensação, mas penso que as edições ficaram um pouco destoantes umas das outras, parecem ser de filmes diferentes. Pela força das imagens, achei me conectaria melhor e mais emotivamente com o filme, o que não aconteceu – pode ser que algo tenha faltado (em mim no dia, também), talvez mais sensibilidade aos personagens e ao desenrolar de suas relações, apesar da atuação lindíssima(!) de Willem Dafoe como Van Gogh.
Enfim, apesar... gostei bastante do filme! A intimidade com que são retratados os delírios, as imagens-sensoriais, os diálogos (o diálogo com o padre, porra!!!), a construção do espaço-tempo. Vale a pena. Sai com sensação de conhecer melhor a pessoa Van Gogh (bem mais que em "Loving Vincent"), em sua solidão, visceralidade, beleza e dor de existir.
Ps: fiquem até o pós-créditos.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraAs sequências dançantes são belíssimas, dança é uma das linguagens do filme. Mesmo com atuações carregadas, senti o roteiro um pouco sem propósito, caos pelo caos (o que não é necessariamente ruim, acho que o cinema do Gaspar flerta muito com essa intencionalidade de fazer sentir). Senti como uma viagem pro inferno no inconsciente coletivo dos dançarinos, uma unção de angústia, animalidade, sombra... (E que trilha sonora irada!!). Ousado, como esperado.
Lazzaro Felice
4.1 217 Assista AgoraGrandioso, sutil! Tem quê de clássico.
Tô anestesiada de tanta pureza. O vento, o silêncio, os uivos... tudo muito belo, uma fábula.
Tungstênio
3.3 45Gostei desse narrador, as vezes soava como a voz do inconsciente.
Cores! Me geraram uma imersão grande, com clima marítimo e tranquilo, apesar do fluxo rápido e movimentado da história.
(ps não li a HQ)
A Voz do Silêncio
3.2 26Forte, capta o que quer passar nas sutilezas. Um retrato da melancolia e silêncio das relações urbanas. Personagens instigantes e bem construídos, Marieta Severo mandou muito bem! Retratou um envelhecer solitário e perseguido pelas próprias ações.
Gostei! :)