Decidi ver por causa da abertura de X-Men Evolution.
Praticamente um Brat Pack movie dos anos 90, ou o mais perto que dava pra chegar. É legal, um pouco nostálgico, aborda alguns temas sérios de uma forma despretensiosa demais, praticamente impossível hoje em dia.
Demorei para assistir justamente por não gostar muito da atuação monótona do Ben Affleck, mas achei o filme muito bom.
Naturalmente, é bastante comparável ao "Garota Exemplar", não apenas por ter o Affleck como "o marido", mas também por ser baseado em um livro de sucesso (inclusive um dos favoritos da autora de "Gone Girl") e por ter sua trama centrada em um casal claramente disfuncional, cujos cônjuges são feitos de materiais totalmente distintos. O relacionamento se mantém com breves momentos de paixão intensa, física e psicológica. Porém, ao mesmo tempo, um age propositalmente para magoar e prejudicar o outro, com ambos permitindo que a situação escale e até imaginando que isso será o combustível para mais um curto episódio de paixão.
É o que diz a música da BANKS (tocada na abertura e no encerramento, que aliás são praticamente a MESMA CENA), o "amor" é mesmo uma droga, heheheh
Enfim, essa temática do casal disfuncional é algo que adoro ver desenvolvido no cinema. Primeiro porque permite diversas formas de abordagens, seja em comédias românticas, seja de uma forma mais cotidiana (como o recente e incrível "A Pior Pessoa do Mundo") e também com mistério e suspense (ou até um componente criminal) como visto aqui, em "Garota Exemplar" ou em "Jogo Justo". Em segundo lugar, porque é um tema relativamente fácil de gerar reflexões e até alguma identificação por parte dos espectadores:
O que faz um casal chegar nessa situação? O que leva as pessoas a permanecerem num relacionamento assim? Por que a Melinda insiste em levar os amantes para casa, mesmo depois de estar certa sobre o marido ser um psicopata? Aliás, até onde eu iria para ficar com a Ana de Armas?
Bem, faltando 15 minutos para o fim, confesso que fiquei preocupado com
o Deus Ex-Machina invertido: primeiro, a Melinda vai, por algum motivo, onde os caramujos são criados e encontra a carteira do falecido Tony. Ao mesmo tempo, Vic conseguiu uma boa desculpa para re-ocultar o cadáver, esquece completamente da desculpa do cachecol e vai que nem uma criança tentar afundar o corpo. E aí, aparece o fraquíssimo antagonista Don Wilson para terminar de atrapalhar o Vic (não vou dizer que foi totalmente do nada, porque a Melinda pode muito bem ter ligado pra ele, eles já estavam conversando e tal, mas o filme também não deixa isso garantido). Nessa altura, eu já estava puto no sofá com as burradas que o suposto gênio bilionário playboy e ótimo pai estava cometendo em sequência, mas as duas cenas vão se desenvolvendo paralelamente e culminam com o carro e a mala afundando ao mesmo tempo.
E isso meio que me consolou, heheheh. Aliás, a última última cena, meio que pós-créditos, é simplesmente maravilhosa, né? Parabéns para o time de casting por terem encontrado essa atriz-mirim incrível! Faltam palavras para dizer como ela enriqueceu o filme.
Apesar de ainda não ter muito (ou não ter nada) da assinatura do Wes Anderson, da estética dele, é um filme divertido, singelo talvez. Em linhas gerais, é tipo um Vida Bandida (Bandits), com 15 anos de antecedência e orçamento bem mais limitado, heheheh
Vi novamente, mais de um ano depois, para emendar com o sexto filme. Continuo achando muito divertido e dinâmico, trabalhando muito bem todas as autorreferências. Sem dúvidas, Wes Craven ficaria orgulhoso.
cinco minutos da minha querida Bee, seguidos pela "novidade" de revelar logo de cara quem seriam, supostamente, os assassinos da vez, suas motivações e impressões sobre os crimes. Nessa, o filme já me pegou, com certeza.
Depois o filme fica ainda melhor, como a Mindy bem falou: uma franquia de sucesso, com bom orçamento, montando um bom elenco, desses que a gente conhece de outros filmes e séries. Além da Babysitter e do menino dos filmes do Wes Anderson, tivemos ainda o policial / namorado da Jess, o psiquiatra que trabalhou em Revenge e também no Ready or Not e, claro, a volta da Cheerleader, agora como... investigadora do FBI?!?
Sinceramente, achei estranho a volta dela como essa personagem, mas acho que teve um bom motivo: a Jenna Ortega é bem mais baixa que o restante do elenco. Nas cenas de close-up, como ela é muito expressiva, a gente nem sente, mas em planos mais abertos ou em cenas com "pares românticos" fica muito destoante. Acho que a Cheerleader só voltou nesse papel para, realmente, nivelar algumas tomadas. Não é à toa que ela sobrevive no final.
Agora, uma coisa que continua sem explicação é o "Karen Haircut" que escolheram pra personagem, heheheh
Enfim, gostei do roteiro, da ambientação em NY, da consolidação do núcleo duro de personagens, das novas formas de violência
Embora já tenha visto - e amado - os longas mais recentes do Wes Anderson, não sabia do que este filme se tratava; apenas assisti tentando contrabalancear com a série dos Usher, na Netflix, hahahaha. Não consegui o efeito esperado e confesso que fiquei um pouco em choque =/
Estava esperando a estética com a qual já estou acostumado, mas ela ainda estava bastante incipiente neste filme (talvez ainda esteja assim em Bottle Rocket e em Rushmore, aliás). E, embora já imaginasse o final que o filme realmente teve, absolutamente não esperava que ele abordasse
o suicídio da forma como foi mostrada, em particular. Na verdade, ainda estou um confuso com isso. E com a morte do cachorro também )))= Sei lá, tenho a impressão de que houve uma certa superficialidade que não consigo atribuir apenas a época (já que é um filme com pouco mais de 20 anos), sem o verniz que o estilo do diretor confere aos seus trabalhos mais novos.
De qualquer forma, é uma história interessante, com certeza. O elenco foi bem utilizado, o formato e todo o visual do filme estavam se encaminhando, enfim, o potencial de Wes realmente já começava a se mostrar.
A abertura é sensacional, muito bem montada mesmo. Inclusive, chegou a me lembrar um pouco da abertura de The Americans. O desenvolvimento da história é razoável, humor dentro do esperado, roteiro um pouco simples, bastante inspirado em
A sensação que tenho ao assistir as continuações de John Wick é a de que estou vendo um video-game muito bem jogado: as cenas de luta maravilhosamente coreografadas, os pontos turísticos sendo usados como cenário, o diálogo extremamente conciso e repleto de aforismos mais ou menos filosóficos,
Só sinto que as continuações estão cada vez mais longas e, talvez, isso não esteja funcionando muito bem.
Tive a oportunidade de assistir, no mesmo dia, Shutter, Alone e The Medium -- todos no feriado de 02/11 -- e foi muito legal ver a evolução dos diretores e roteiristas. Posso dizer, facilmente, que este filme é maravilhoso, seja tecnicamente, seja esteticamente. Um comentário mais abaixo destacou negativamente a trilha sonora e acredito que esse seja mesmo o único senão do filme inteiro. Gostei mesmo de todo o resto, incluindo o desfecho, hehehe. Tão logo eu terminei de ver, já saí recomendando para vários amigos.
A proposta do falso documentário me pegou mesmo, meio que remeteu aos filmes estilo "found footage" da minha adolescência, algo assim. A atriz que faz a Ming é esplêndida, atuação sensacional! Também fiquei bastante impressionado com os diálogos e também com os detalhes dos processos de contato, possessão e exorcismo, que é mesmo menos burocrático e mais intuitivo do que os filmes de exorcismo católico tentam demonstrar. Aliás,
a cena do ovo, ou melhor, dos ovos, foi muito legal de ver. Inclusive algumas práticas xamânicas (ou nem tanto xamânicas) usam o mesmo "método" para curar algumas doenças ou neutralizar venenos também.
os eventos mostrados na segunda metade do filme, durante a contagem regressiva para a "cerimônia" foram propositalmente inseridos como uma espécie de homenagem aos temas e clichês dos filmes de terror tradicionais: a cena do berço, do xixi, da violência com o cão da família, até o lance das câmeras CCTV, esses e outros elementos "clássicos" foram muito bem pensados e compilados. E tudo isso foi coroado com um plot-twist interessantíssimo: a morte da médium protagonista e o desenvolvimento caótico da cerimônia ao ser continuada.
O que mais gostei foi o mote central desenvolvido ao longo do filme. Para mim, isso mostra como Banjong Pisanthanakun tem potencial como roteirista e conseguiu manter, tecnicamente, ao menos, o que já havia mostrado em Shutter como diretor. No mais, não é super tenso, nem muito assustador, mas também não é ruim. E, bem...
esse potencial como roteirista não foi alcançado com o uso de um "plot twist" bastante previsível, né? Mas ele chegou lá, anos mais tarde, em The Medium
Não é nenhuma surpresa que filmes de terror alcançam um ótimo resultado, mesmo com orçamentos baixos. Shutter, no caso, teve orçamento de apenas 125 mil dólares e arrecadou quase 7 milhões e ainda inspirou remakes nos EUA e na Índia.
O filme sabe manter a tensão, o esquema das fotos foi muito bem utilizado e, particularmente, gostei muito do desenvolvimento da personagem Jane.
Também gostei muito do lance do pescoço no personagem Tun e, sinceramente, foi a única coisa que gostei envolvendo o personagem. Dada a natureza do que ele e seus comparsas fizeram, esperava que as "punições" fossem mais bem trabalhadas e que ele ficasse bem mais perturbado do que foi mostrado.
foi como se tivessem tentado contar um "origins" da criatura, mas deixando muitas pontas soltas e abusando um pouco da "suspensão de descrença" por parte dos epsectadores. Talvez com um pouco mais de tempo as coisas ficassem mais alinhadas, mais coerentes.
o personagem do Bill Skarsgård foi muito bem utilizado: passei a primeira parte do filme achando que ele seria o vilão, algo assim, e não foi nada disso. Foi um tipo de "surpresa" bem legal de se ver. Igualmente, o personagem do Justin Long, se revelando mais e mais FDP a cada cena e tendo o final que teve, achei um desenvolvimento interessante também.
Havia lido uma review tão positiva que decidi arriscar. Infelizmente, não é um filme muito bom, nenhuma piada realmente inteligente, nenhuma virada no roteiro =/ Como a proposta do filme é criticar as idiossincrasias da juventude contemporânea, foi inevitável a comparação com "Bodies, Bodies, Bodies" e, sinceramente, "Old Dads" está anos-luz atrás, perdendo de lavada mesmo. Paciência...
É um filme legal, de roteiro simples, porém bem alinhado, sem pontas soltas. Porém, não se trata de um filme sensacional; algumas cenas são excessivamente dramáticas, meio novela do SBT. Talvez, menos cenas assim e um pouco mais de suspense teria elevado o filme.
Certamente é o melhor da trilogia, mas a narrativa continua muito mais parecida com a de novelas brasileiras do que com um filme sério. A maneira como o filme foi construído, aliás, me lembrou o filme "Blonde" com a Ana de Armas: o conjunto das cenas parece um recorte de experimentos e de estilos, como alguém se esforçando demais. Isso deu muito certo nas cenas
do interrogatório, com a polícia arrancando as confissões, sobretudo graças às excelentes atuações do Allan Souza, da própria Carla e até do Jacaré Banguela (sério). Porém, ficou mesmo muito ruim nos faniquitos da Suzane e, principalmente, na cena do Astrogildo na delegacia.
Admiro muito o trabalho pioneiro e aprofundado da Ilana Casoy, mas, seja aqui, seja em "Bom dia, Verônica", os argumentos criados por ela mereciam mais cuidado na dramatização.
Como muitos comentários já vem dizendo, o filme é mesmo bom, tanto tecnicamente quanto pela atuações. Os efeitos de som para colocar o espectador dentro do personagem de Riz Ahmed ficaram geniais! Particularmente, a atuação do Paul Raci, na cena em que seu personagem Joe
cirurgia não foi abordada corretamente e talvez esse seja mesmo um defeito do filme. )=
De qualquer forma, o filme acerta demais ao tratar da dialética entre percepção e perspectiva e ao mostrar como as contingências da vida podem afetar uma pessoa comum. Tem meio que uma jornada do herói, mas com os capítulos todos mal-encerrados. E a vida é assim mesmo. Perdi a audição de um dos lados depois de um acidente e talvez essa tenha sido a consequência mais leve do que aconteceu. Com certeza, o mais complicado é ver a vida das pessoas ao redor seguindo em frente e tomando caminhos que, talvez, não fossem seguidos se a contingência não tivesse se imposto. O filme mostrando isso de forma tão íntima foi, simplesmente, maravilhoso!
Naturalmente, é a mesma vibe de "Searching": bastante dinâmico e contemporâneo, sabe utilizar muito bem a linguagem visual e entrega algumas revelações interessantes ao longo da trama, conseguindo sustentar a tensão. Não é sensacional e não tem mais aquela "originalidade", mas mantém a qualidade, com toda a certeza.
Logo no começo, com a cena de mãe e filha matando o cara, fiquei extremamente impressionado com o filme. Porém, a narrativa, a forma como a história é contada e se desenvolve, é bastante fraca, lembrando um pouco as novelas brasileiras. Aliás, quando chegamos à cena do playback no karaokê, ficou parecendo uma novela da Record, né? =/
A própria reviravolta no final, embora tenha sido legal, foi apresentada de forma muito súbita, aos 45 do segundo tempo, e ficou parecendo um pouco "deus ex machina" na minha opinião.
Enfim, sinto que as ideias apresentadas são bastante interessantes, mas faltou a direção de um Almodóvar, alguém assim, para deixar o filme mais cru e mais tenso, sabe?
Entendo todo o lance da ilusão do livre arbítrio, isso realmente fica claro como intenção do filme / episódio. Infelizmente, não achei tão bem executado e acaba ficando mais uma obra sobre esquizofrenia do que uma obra sobre liberdade de decisão ou interatividade =/ No mais, tem um jogo do Switch chamado "Late Shift" que trabalha o tema de forma bem mais legal e acho que fiquei comparando o filme com o jogo praticamente o tempo todo.
Porém, o filme vai muito, muito além, inclusive tratando de algumas zonas cinzentas na percepção das pessoas que estão literalmente vivendo aquela situação. Nesse ponto, aliás, o filme lembrou um pouco "Verdens verste menneske". Imagino que a ambientação do filme - todo o clima de "The Big Short" - talvez limite um pouco o alcance da mensagem. Ao mesmo tempo, tenho a certeza de que quem precisava mesmo receber esse recado chegou, pelo menos, até a segunda metade do filme.
Filme interessante, denso, um pouco esticado (talvez), com grande elenco. Fica claro, desde o começo, que o filme não é sobre a investigação em si, mas sobre os investigadores. Essa proposta mais intimista me agradou bastante, mas senti que precisava de um pouco mais de dinamismo da metade para a frente. Foi bom ver a Alicia Silverstone novamente; a última vez foi em "Killing of a Sacred Deer", praticamente irreconhecível. Já um ponto negativo foi, certamente:
com uma hora e quarenta de filme, quando a trama já podia estar se fechando, tem aquela cena do pesadelo do del Toro. Puxa, fico extremamente frustrado quando isso acontece, sério mesmo.
Sexo, Rock e Confusão
3.5 246Decidi ver por causa da abertura de X-Men Evolution.
Praticamente um Brat Pack movie dos anos 90, ou o mais perto que dava pra chegar. É legal, um pouco nostálgico, aborda alguns temas sérios de uma forma despretensiosa demais, praticamente impossível hoje em dia.
Águas Profundas
2.5 364 Assista AgoraDemorei para assistir justamente por não gostar muito da atuação monótona do Ben Affleck, mas achei o filme muito bom.
Naturalmente, é bastante comparável ao "Garota Exemplar", não apenas por ter o Affleck como "o marido", mas também por ser baseado em um livro de sucesso (inclusive um dos favoritos da autora de "Gone Girl") e por ter sua trama centrada em um casal claramente disfuncional, cujos cônjuges são feitos de materiais totalmente distintos. O relacionamento se mantém com breves momentos de paixão intensa, física e psicológica. Porém, ao mesmo tempo, um age propositalmente para magoar e prejudicar o outro, com ambos permitindo que a situação escale e até imaginando que isso será o combustível para mais um curto episódio de paixão.
É o que diz a música da BANKS (tocada na abertura e no encerramento, que aliás são praticamente a MESMA CENA), o "amor" é mesmo uma droga, heheheh
Enfim, essa temática do casal disfuncional é algo que adoro ver desenvolvido no cinema. Primeiro porque permite diversas formas de abordagens, seja em comédias românticas, seja de uma forma mais cotidiana (como o recente e incrível "A Pior Pessoa do Mundo") e também com mistério e suspense (ou até um componente criminal) como visto aqui, em "Garota Exemplar" ou em "Jogo Justo". Em segundo lugar, porque é um tema relativamente fácil de gerar reflexões e até alguma identificação por parte dos espectadores:
O que faz um casal chegar nessa situação? O que leva as pessoas a permanecerem num relacionamento assim? Por que a Melinda insiste em levar os amantes para casa, mesmo depois de estar certa sobre o marido ser um psicopata? Aliás, até onde eu iria para ficar com a Ana de Armas?
Bem, faltando 15 minutos para o fim, confesso que fiquei preocupado com
o Deus Ex-Machina invertido: primeiro, a Melinda vai, por algum motivo, onde os caramujos são criados e encontra a carteira do falecido Tony. Ao mesmo tempo, Vic conseguiu uma boa desculpa para re-ocultar o cadáver, esquece completamente da desculpa do cachecol e vai que nem uma criança tentar afundar o corpo. E aí, aparece o fraquíssimo antagonista Don Wilson para terminar de atrapalhar o Vic (não vou dizer que foi totalmente do nada, porque a Melinda pode muito bem ter ligado pra ele, eles já estavam conversando e tal, mas o filme também não deixa isso garantido). Nessa altura, eu já estava puto no sofá com as burradas que o suposto gênio bilionário playboy e ótimo pai estava cometendo em sequência, mas as duas cenas vão se desenvolvendo paralelamente e culminam com o carro e a mala afundando ao mesmo tempo.
E isso meio que me consolou, heheheh. Aliás, a última última cena, meio que pós-créditos, é simplesmente maravilhosa, né? Parabéns para o time de casting por terem encontrado essa atriz-mirim incrível! Faltam palavras para dizer como ela enriqueceu o filme.
Pura Adrenalina
3.4 90Apesar de ainda não ter muito (ou não ter nada) da assinatura do Wes Anderson, da estética dele, é um filme divertido, singelo talvez. Em linhas gerais, é tipo um Vida Bandida (Bandits), com 15 anos de antecedência e orçamento bem mais limitado, heheheh
Pânico
3.4 1,1K Assista AgoraVi novamente, mais de um ano depois, para emendar com o sexto filme. Continuo achando muito divertido e dinâmico, trabalhando muito bem todas as autorreferências. Sem dúvidas, Wes Craven ficaria orgulhoso.
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraPara mim, o filme já começa muito bem com
cinco minutos da minha querida Bee, seguidos pela "novidade" de revelar logo de cara quem seriam, supostamente, os assassinos da vez, suas motivações e impressões sobre os crimes. Nessa, o filme já me pegou, com certeza.
Depois o filme fica ainda melhor, como a Mindy bem falou: uma franquia de sucesso, com bom orçamento, montando um bom elenco, desses que a gente conhece de outros filmes e séries. Além da Babysitter e do menino dos filmes do Wes Anderson, tivemos ainda o policial / namorado da Jess, o psiquiatra que trabalhou em Revenge e também no Ready or Not e, claro, a volta da Cheerleader, agora como... investigadora do FBI?!?
Sinceramente, achei estranho a volta dela como essa personagem, mas acho que teve um bom motivo: a Jenna Ortega é bem mais baixa que o restante do elenco. Nas cenas de close-up, como ela é muito expressiva, a gente nem sente, mas em planos mais abertos ou em cenas com "pares românticos" fica muito destoante. Acho que a Cheerleader só voltou nesse papel para, realmente, nivelar algumas tomadas. Não é à toa que ela sobrevive no final.
Agora, uma coisa que continua sem explicação é o "Karen Haircut" que escolheram pra personagem, heheheh
Enfim, gostei do roteiro, da ambientação em NY, da consolidação do núcleo duro de personagens, das novas formas de violência
como a morte da Anika na cena da escada
Realmente, para mim, este sexto filme conseguiu somar a tudo o que quinto filme já havia trazido de bom.
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraEmbora já tenha visto - e amado - os longas mais recentes do Wes Anderson, não sabia do que este filme se tratava; apenas assisti tentando contrabalancear com a série dos Usher, na Netflix, hahahaha. Não consegui o efeito esperado e confesso que fiquei um pouco em choque =/
Estava esperando a estética com a qual já estou acostumado, mas ela ainda estava bastante incipiente neste filme (talvez ainda esteja assim em Bottle Rocket e em Rushmore, aliás). E, embora já imaginasse o final que o filme realmente teve, absolutamente não esperava que ele abordasse
o suicídio da forma como foi mostrada, em particular. Na verdade, ainda estou um confuso com isso. E com a morte do cachorro também )))= Sei lá, tenho a impressão de que houve uma certa superficialidade que não consigo atribuir apenas a época (já que é um filme com pouco mais de 20 anos), sem o verniz que o estilo do diretor confere aos seus trabalhos mais novos.
De qualquer forma, é uma história interessante, com certeza. O elenco foi bem utilizado, o formato e todo o visual do filme estavam se encaminhando, enfim, o potencial de Wes realmente já começava a se mostrar.
Pânico Americano
2.4 28 Assista AgoraA abertura é sensacional, muito bem montada mesmo. Inclusive, chegou a me lembrar um pouco da abertura de The Americans. O desenvolvimento da história é razoável, humor dentro do esperado, roteiro um pouco simples, bastante inspirado em
Soylent Green, apenas modernizando um pouco a premissa.
Não é ruim, só não é sensacional.
John Wick 4: Baba Yaga
3.9 692 Assista AgoraA sensação que tenho ao assistir as continuações de John Wick é a de que estou vendo um video-game muito bem jogado: as cenas de luta maravilhosamente coreografadas, os pontos turísticos sendo usados como cenário, o diálogo extremamente conciso e repleto de aforismos mais ou menos filosóficos,
Só sinto que as continuações estão cada vez mais longas e, talvez, isso não esteja funcionando muito bem.
A Médium
3.4 344 Assista AgoraTive a oportunidade de assistir, no mesmo dia, Shutter, Alone e The Medium -- todos no feriado de 02/11 -- e foi muito legal ver a evolução dos diretores e roteiristas. Posso dizer, facilmente, que este filme é maravilhoso, seja tecnicamente, seja esteticamente. Um comentário mais abaixo destacou negativamente a trilha sonora e acredito que esse seja mesmo o único senão do filme inteiro. Gostei mesmo de todo o resto, incluindo o desfecho, hehehe. Tão logo eu terminei de ver, já saí recomendando para vários amigos.
A proposta do falso documentário me pegou mesmo, meio que remeteu aos filmes estilo "found footage" da minha adolescência, algo assim. A atriz que faz a Ming é esplêndida, atuação sensacional! Também fiquei bastante impressionado com os diálogos e também com os detalhes dos processos de contato, possessão e exorcismo, que é mesmo menos burocrático e mais intuitivo do que os filmes de exorcismo católico tentam demonstrar. Aliás,
a cena do ovo, ou melhor, dos ovos, foi muito legal de ver. Inclusive algumas práticas xamânicas (ou nem tanto xamânicas) usam o mesmo "método" para curar algumas doenças ou neutralizar venenos também.
No mais, fiquei com a impressão de que
os eventos mostrados na segunda metade do filme, durante a contagem regressiva para a "cerimônia" foram propositalmente inseridos como uma espécie de homenagem aos temas e clichês dos filmes de terror tradicionais: a cena do berço, do xixi, da violência com o cão da família, até o lance das câmeras CCTV, esses e outros elementos "clássicos" foram muito bem pensados e compilados. E tudo isso foi coroado com um plot-twist interessantíssimo: a morte da médium protagonista e o desenvolvimento caótico da cerimônia ao ser continuada.
Espíritos 2: Você Nunca Está Sozinho
3.1 358 Assista AgoraO que mais gostei foi o mote central desenvolvido ao longo do filme. Para mim, isso mostra como Banjong Pisanthanakun tem potencial como roteirista e conseguiu manter, tecnicamente, ao menos, o que já havia mostrado em Shutter como diretor. No mais, não é super tenso, nem muito assustador, mas também não é ruim. E, bem...
esse potencial como roteirista não foi alcançado com o uso de um "plot twist" bastante previsível, né? Mas ele chegou lá, anos mais tarde, em The Medium
Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado
3.5 833Não é nenhuma surpresa que filmes de terror alcançam um ótimo resultado, mesmo com orçamentos baixos. Shutter, no caso, teve orçamento de apenas 125 mil dólares e arrecadou quase 7 milhões e ainda inspirou remakes nos EUA e na Índia.
O filme sabe manter a tensão, o esquema das fotos foi muito bem utilizado e, particularmente, gostei muito do desenvolvimento da personagem Jane.
Também gostei muito do lance do pescoço no personagem Tun e, sinceramente, foi a única coisa que gostei envolvendo o personagem. Dada a natureza do que ele e seus comparsas fizeram, esperava que as "punições" fossem mais bem trabalhadas e que ele ficasse bem mais perturbado do que foi mostrado.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraGostei dos efeitos de câmera, dos momentos meio gore e da proposta de forma geral, mas achei que o filme se perde um pouco na terceira parte
foi como se tivessem tentado contar um "origins" da criatura, mas deixando muitas pontas soltas e abusando um pouco da "suspensão de descrença" por parte dos epsectadores. Talvez com um pouco mais de tempo as coisas ficassem mais alinhadas, mais coerentes.
Dito isso, achei que
o personagem do Bill Skarsgård foi muito bem utilizado: passei a primeira parte do filme achando que ele seria o vilão, algo assim, e não foi nada disso. Foi um tipo de "surpresa" bem legal de se ver. Igualmente, o personagem do Justin Long, se revelando mais e mais FDP a cada cena e tendo o final que teve, achei um desenvolvimento interessante também.
Tiozões
2.9 61 Assista AgoraHavia lido uma review tão positiva que decidi arriscar. Infelizmente, não é um filme muito bom, nenhuma piada realmente inteligente, nenhuma virada no roteiro =/ Como a proposta do filme é criticar as idiossincrasias da juventude contemporânea, foi inevitável a comparação com "Bodies, Bodies, Bodies" e, sinceramente, "Old Dads" está anos-luz atrás, perdendo de lavada mesmo. Paciência...
Impetigore: Herança Maldita
3.2 64 Assista AgoraÉ um filme legal, de roteiro simples, porém bem alinhado, sem pontas soltas. Porém, não se trata de um filme sensacional; algumas cenas são excessivamente dramáticas, meio novela do SBT. Talvez, menos cenas assim e um pouco mais de suspense teria elevado o filme.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraCertamente é o melhor da trilogia, mas a narrativa continua muito mais parecida com a de novelas brasileiras do que com um filme sério. A maneira como o filme foi construído, aliás, me lembrou o filme "Blonde" com a Ana de Armas: o conjunto das cenas parece um recorte de experimentos e de estilos, como alguém se esforçando demais. Isso deu muito certo nas cenas
do interrogatório, com a polícia arrancando as confissões, sobretudo graças às excelentes atuações do Allan Souza, da própria Carla e até do Jacaré Banguela (sério). Porém, ficou mesmo muito ruim nos faniquitos da Suzane e, principalmente, na cena do Astrogildo na delegacia.
Admiro muito o trabalho pioneiro e aprofundado da Ilana Casoy, mas, seja aqui, seja em "Bom dia, Verônica", os argumentos criados por ela mereciam mais cuidado na dramatização.
O Som do Silêncio
4.1 987 Assista AgoraComo muitos comentários já vem dizendo, o filme é mesmo bom, tanto tecnicamente quanto pela atuações. Os efeitos de som para colocar o espectador dentro do personagem de Riz Ahmed ficaram geniais! Particularmente, a atuação do Paul Raci, na cena em que seu personagem Joe
se vê obrigado a recusar a permanência de Ruben na comunidade, puxa, deu para sentir o que ele estava sentindo no final.
Vi em alguma críticas que a questão da
cirurgia não foi abordada corretamente e talvez esse seja mesmo um defeito do filme. )=
De qualquer forma, o filme acerta demais ao tratar da dialética entre percepção e perspectiva e ao mostrar como as contingências da vida podem afetar uma pessoa comum. Tem meio que uma jornada do herói, mas com os capítulos todos mal-encerrados. E a vida é assim mesmo. Perdi a audição de um dos lados depois de um acidente e talvez essa tenha sido a consequência mais leve do que aconteceu. Com certeza, o mais complicado é ver a vida das pessoas ao redor seguindo em frente e tomando caminhos que, talvez, não fossem seguidos se a contingência não tivesse se imposto. O filme mostrando isso de forma tão íntima foi, simplesmente, maravilhoso!
Desaparecida
3.7 289 Assista AgoraNaturalmente, é a mesma vibe de "Searching": bastante dinâmico e contemporâneo, sabe utilizar muito bem a linguagem visual e entrega algumas revelações interessantes ao longo da trama, conseguindo sustentar a tensão. Não é sensacional e não tem mais aquela "originalidade", mas mantém a qualidade, com toda a certeza.
Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
3.7 331Filmão, grande elenco, narrativa e edição sensacionais.
Logo no começo tem uma cena com a Holly / Amy Ryan rindo do Ethan Hawke falido que é simplesmente maravilhosa.
Respire Fundo
3.4 69 Assista AgoraOs dois comentários abaixo resumem bem o filme e o seu impacto.
Suspeito X
3.4 29Gostei, admito, porém muito mais pela proposta do que pelo desenvolvimento em si.
Logo no começo, com a cena de mãe e filha matando o cara, fiquei extremamente impressionado com o filme. Porém, a narrativa, a forma como a história é contada e se desenvolve, é bastante fraca, lembrando um pouco as novelas brasileiras. Aliás, quando chegamos à cena do playback no karaokê, ficou parecendo uma novela da Record, né? =/
A própria reviravolta no final, embora tenha sido legal, foi apresentada de forma muito súbita, aos 45 do segundo tempo, e ficou parecendo um pouco "deus ex machina" na minha opinião.
Enfim, sinto que as ideias apresentadas são bastante interessantes, mas faltou a direção de um Almodóvar, alguém assim, para deixar o filme mais cru e mais tenso, sabe?
Dezesseis Facadas
3.3 396Meio básico, meio bobo, mas ok. O finalzinho é bem divertido!
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KEntendo todo o lance da ilusão do livre arbítrio, isso realmente fica claro como intenção do filme / episódio. Infelizmente, não achei tão bem executado e acaba ficando mais uma obra sobre esquizofrenia do que uma obra sobre liberdade de decisão ou interatividade
=/ No mais, tem um jogo do Switch chamado "Late Shift" que trabalha o tema de forma bem mais legal e acho que fiquei comparando o filme com o jogo praticamente o tempo todo.
Jogo Justo
3.4 153 Assista AgoraFilme muito bom, muito forte. Até uns três quartos do filme achei que a mensagem geral do filme poderia ser resumida na frase da protagonista:
I don't shit where I eat.
Porém, o filme vai muito, muito além, inclusive tratando de algumas zonas cinzentas na percepção das pessoas que estão literalmente vivendo aquela situação. Nesse ponto, aliás, o filme lembrou um pouco "Verdens verste menneske". Imagino que a ambientação do filme - todo o clima de "The Big Short" - talvez limite um pouco o alcance da mensagem. Ao mesmo tempo, tenho a certeza de que quem precisava mesmo receber esse recado chegou, pelo menos, até a segunda metade do filme.
Enfim, é um bom filme! Vale a pena!
Camaleões
3.3 192 Assista AgoraFilme interessante, denso, um pouco esticado (talvez), com grande elenco. Fica claro, desde o começo, que o filme não é sobre a investigação em si, mas sobre os investigadores. Essa proposta mais intimista me agradou bastante, mas senti que precisava de um pouco mais de dinamismo da metade para a frente. Foi bom ver a Alicia Silverstone novamente; a última vez foi em "Killing of a Sacred Deer", praticamente irreconhecível. Já um ponto negativo foi, certamente:
com uma hora e quarenta de filme, quando a trama já podia estar se fechando, tem aquela cena do pesadelo do del Toro. Puxa, fico extremamente frustrado quando isso acontece, sério mesmo.