Com toda a certeza o cinema ganhou (e muito) com a existência do Cinema Paradiso. Uma belíssima homenagem à sétima arte, com direito a uma história de amor e de amizade.
Salvatore, ou Totó, é um cineasta de sucesso que, ao receber a notícia que um tal de Alfredo tinha falecido, relembra a infância em uma pequena cidade da Sicília. Totó ficava hipnotizado pelo cinema da região, administrado pelo Alfredo (Philippe Noiret), um projecionista ranzinza, mas com um grande coração.
A partir daí, Alfredo e Totó traçam uma bela amizade e pela paixão pelo cinema, quando, de repente, o cinema pega fogo. E Alfredo se acidenta, perdendo a visão. Totó o salva.
Totó descobre, não só sua vocação, como também o amor da bela Elena, uma jovem moça de olhos azuis. Nas frases de Alfredo: "As de olhos azuis, são as mais difíceis".
O cinema todo tem suas histórias, envolvendo fofocas, censura do padre local, molecada aprontando, entre outras. O destaque é a bela trilha sonora de Ennio Morricone, de encher os olhos de lágrimas de tão maravilhosa.
Cinema Paradiso ganhou muitos prêmios, incluindo o Oscar de Filme Estrangeiro. Além disso, o filme ganhou duas versões, a do cinema e a do diretor.
Inspirado na história de Arlindo Barreto, que interpretou o Bozo, Bingo - O Rei das Manhãs é um deleite para os nostálgicos anos 80, numa época que o politicamente correto ainda não existia.
Vladimir Brichta interpreta o ator Augusto Mendes, que fazia pornochanchadas pro cinema. Até que, um dia, ele tenta uma vaga em uma novela da TV Mundial (uma cópia da Globo). Desacreditado, ele quase desiste, quando aparece uma oportunidade que pode mudar sua vida: ele consegue uma vaga para virar o palhaço Bingo, que tem um programa da TVP (outra cópia, mas do SBT).
Com seu jeito sarcástico e cheio de piadas prontas, Augusto, ou melhor, Bingo, faz do seu programa um sucesso, mesmo com os desaforos de sua diretora Lúcia, interpretada por Leandra Leal. Fenômeno de audiência, Augusto é só alegria. O que não pode dizer o mesmo com relação ao seu filho Gabriel (Cauã Martins).
As drogas, bebedeira, sexo e muita palhaçada podem cobrar um preço alto: será que o Augusto aguenta tanta exposição do Bingo, mesmo ele não revelar sua identidade?
Destaques para as participações de Ana Lúcia Torre, que faz a mãe do Augusto; Pedro Bial, que faz o diretor da TV Mundial; e Domingos Montagner (em seu último papel), que faz o palhaço Aparício; e da Emanuelle Araújo, que faz a Gretchen.
Bingo - O Rei das Manhãs se tornou um sucesso do cinema brasileiro, inclusive foi quase indicado ao Oscar. Mas o fato é que o filme tem sua magia de retornar aos lendários tempos que não voltam nunca mais.
Quem nunca criou uma lista de desejos para cumprir antes de morrer? Quem nunca saltou de paraquedas, ou dirigir um carro de corrida, ou fazer uma tatuagem, ou beijar a garota mais bonita do mundo, ou vislumbrar uma coisa grandiosa, ou ajudar um completo estranho com bondade?
Pois é essa proposta de Antes de Partir, de Rob Reiner, com as excelentes atuações de Morgan Freeman e Jack Nicholson. Um filme, ao mesmo tempo engraçado e dramático, para refletir sobre o que é viver um dia após o outro, apesar da doença.
Freeman é Carter Chambers, um mecânico que sofre de câncer e é internado em um hospital. Lá, ele conhece o empresário Edward Cole (Nicholson), que é dono do mesmo hospital em que está internado. Carter resolve fazer uma lista de desejos para fazer antes de morrer, já que está com o pé na cova. É a partir daí que Cole tem uma ideia absurda: realizar com Carter todos os desejos impossíveis.
No filme, vemos coisas engraçadas, como o Cole tenta disparar uma espingarda contra um leão, em que Carter fica apavorado quando salta de paraquedas, mas, ao mesmo tempo, tem frases para refletir, como "encontre a alegria na sua vida".
A parte mais emocionante é a cena final em que Carter envia uma carta a Cole para continuar o plano da lista. Na dublagem espetacular de Márcio Seixas, ele emociona até o mais cálido coração.
Antes de Partir não é indicado para maiores de 60. Senão, eles não aguentariam.
Hoje em dia, a verdadeira música brasileira está infestada desse ritmo do Funk e do Sertanojo Universitário, sempre bombando nas rádios e nas redes sociais.
Mas há salvação: o DVD da banda mais explosiva do Rock Brazuka, o Carro Bomba, gravado em 2016, no Sesc Belenzinho (SP).
Formado por Marcello Schevano (g), Rogério Fernandes (v), Ricardo Schevano (bx) e Heitor Schewchenko (bt), a banda despeja o que há de mais puro, pesado e bem tocado Heavy Metal. Um misto de Golpe de Estado com Motörhead.
Contando com as participações de Edu Ardanuy, Clemente e Tom Cremon, todas as músicas ganharam um brilho espetacular. Uma pena que o Heitor saiu depois do lançamento do DVD, mas o que vale é ver e sentir o sangue ferver.
Steven Spielberg e George Lucas uniram suas forças para criar um universo recheado de relíquias preciosas, perigos e muita adrenalina.
Os Caçadores da Arca Perdida reúne o que há mais de gostoso nessa aventura. Para viver Indiana Jones, George Lucas chamou Harrison Ford, que fez fama como Han Solo, do Star Wars.
No filme, Indy é um professor que, nas horas vagas, vai atrás de relíquias antigas e enfrenta perigosas armadilhas e gente ambiciosa.
Porém, ele recebe uma missão do governo americano que os nazistas querem obter a Arca da Aliança, que contém as tábuas dos Dez Mandamentos, e que possuem poderes inigualáveis.
Para fazer isso, contará com a ajuda de sua ex-namorada Marion. Ambos enfrentam perigosos marginais, capangas nazistas e serpentes venenosas.
As cenas são o destaque, como a do Indy fugindo da bola gigante em uma caverna. Além da ótima fotografia e edição de brindar.
Toda vez que falam de filmes musicais, sempre falam de Cantando na Chuva. Por quê? Porque foi com esse filme que o mundo todo conheceu a magia da Era de Ouro do Cinema. E também por mostrar toda a ginga de Gene Kelly, que, além de atuar, também co-dirigiu essa produção.
Gene é Don Lockwood, um grande ator do cinema mudo bem-sucedido, juntamente com Lina Lamont (Jean Hagen), formando o casal mais famoso de Hollywood.
Porém, a indústria do cinema se viu à beira do precipício, com a chegada do cinema falado. O problema? Lina não só não sabe cantar, como sua fala é igual ao do Pato Donald.
Então, juntamente com Cosmo Brown (Donald O'Connor), encontram em Kathy Selden (Debbie Reynolds), uma dançarina e aspirante a atriz, o triunfo que precisava. Mas Don acaba se apaixonando por Kathy, o que acaba piorando tudo.
As cenas de dança e as músicas se destacam, principalmente o solo, em que Gene dança no meio da chuva. Essa cena ficou imortalizada e copiada por toda a história do cinema. Vale uma curiosidade: Gene Kelly ficou receoso ao fazer essa cena, pois estava gripado. Então, ao invés de água, fizeram uma chuva de leite.
Mas quem roubou a cena mesmo foram os coadjuvantes Donald O'Connor e Jean Hagen, que foi indicada ao Oscar.
Uma viagem de avião, duas mulheres armando um ataque no restaurante, uma briga na estrada, um engenheiro com problemas pessoais, uma proposta para inibir um crime e uma festa de casamento que tinha tudo para dar certo.
Essas são histórias do filme Relatos Selvagens. Cada uma dessas histórias tem em comum: o desafio extremo de lidar com o cotidiano, testar os limites da razão humana e entender como alguém pode superar uma tragédia.
Damian Szifron captou bem a mensagem de "todo mundo tem um dia de fúria", ao filmar essa película argentina, indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
O filme é dramático, mas tem momentos de comédia e cenas tensas.
Como fã de Rock, sei de toda a história do Queen. Pra começar a falar do filme em si, quero deixar bem claro que o que vale é o legado que a banda deixou. Isso todo fã de carteirinha do Queen tá careca de saber. Vamos aos fatos:
A banda anterior do Queen se chamava Smile, e era um trio (baixo, guitarra e bateria). Freddie Mercury acompanhava a banda, que passou a ser o vocalista e gravou um compacto, hoje item disputado dos fãs;
A relação entre os músicos do Queen não era das melhores, principalmente quando o Roger Taylor deu um ultimato à banda para que coloquem a música dele no compacto do Bohemian Rhapsody, caso contrário, ele sairia da banda;
O primeiro show do Queen no Brasil foi em 1981, e não nos anos 70 (como foi mostrado no filme);
A doença do Freddie Mercury só foi comentada pelos companheiros no começo dos anos 90, e não na época do Live-Aid;
O primeiro integrante do Queen a gravar um disco solo não foi o Freddie. Foi o Roger Taylor, que incluiu algumas musicas rejeitadas pelos outros companheiros.
Depois desses fatos, vão perguntar: "porque vc deu cinco estrelas para o filme?"
Ora, apesar dos erros cronológicos, o filme é puro entretenimento para levar prêmios, como o já recebido Globo de Ouro e recebeu quatro Oscars, incluindo Melhor Ator.
Os destaques são as interpretações dos integrantes, principalmente o do Rami Malek, que "viveu" o icônico vocalista, da cabeça aos pés (e os dentes) e as músicas que passaram do teste do tempo.
Mesmo com os erros, vale a pena ver o Filme, só por causa das músicas e lembrar como o Freddie Mercury tinha culhão.
Nos anos 70, pra se fazer um filme de terror, precisa ter criatividade e muito sangue nos olhos. Tá certo que vários filmes clássicos de terror, como Dracula e Frankenstein foram referências ao gênero. Mas isso tudo mudou.
Depois de assombrarem o mundo com A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, e de O Exorcista, de William Friedkin, outro diretor resolveu que era a hora de pegar mais pesado. E atende pelo nome de Tobe Hooper.
Ele escreveu, produziu e dirigiu O Massacre da Serra Elétrica, baseado na história real de Ed Gein, um serial killer famoso. E criou um dos monstros mais conhecidos e implacáveis de que se tem história: o Leatherface, com sua letal motosserra, que nunca desliga e fica sem gasolina.
O filme começa com a narração feita pelo então jovem John Larroquette, contando os fatos ocorridos no Texas, com o assassinato de 33 pessoas, por uma família de sádicos trabalhadores rurais.
É aí que cinco jovens ripongas resolvem seguir viagem para investigar um suposto vandalismo de um cemitério. Porém, o que não esperavam é que essa jornada se transformaria em um perigoso jogo de gato e rato mortal.
Um a um seriam mortos pelo Leatherface, deixando a pobre Sally sozinha e assustada. Um verdadeiro inferno, regado a um banquete canibal.
O resultado foi primoroso, para uma produção de orçamento ultrabaixo. O filme foi agraciado pela crítica e público, elegendo um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Marilyn Burns fez da Sally seu papel mais marcante, transformando-a em a Rainha do Grito.
Depois disso, o longa teve continuações e remakes. Mas isso não tira o brilho sádico e perturbador de O Massacre da Serra Elétrica.
Um nascer do sol e um novo rei inicia a mais clássica e marcante obra cinematográfica de todos os tempos: O Rei Leão. A Disney só apostou nesse desenho por acaso.
O estúdio estava apostando no Pocahontas, um outro filme que investiu milhões e uma equipe principal para realizá-lo. Porém, a Disney também estava fazendo um outro desenho, mas com uma equipe reserva.
Ao invés da Disney soltar o Pocahontas, que era a aposta do estúdio, um dos executivos decidiu que era para estrear nos cinemas o filme feito pela equipe reserva: O Rei Leão.
Inspirado no clássico Hamlet, de Sheakespeare, o filme conta a história de Simba, um pequeno leão que se torna o herdeiro do reino e do Ciclo da Vida. Mas o seu tio Scar quer porque quer ocupar o lugar do trono, com a ajuda das hienas.
Um dos momentos mais tocantes e emocionantes do filme é quando o Mufasa salva Simba e morre quando Scar joga-o no desfiladeiro. Quem nunca se emocionou, que atire a primeira pedra.
É quando Simba é encontrado por dois seres, Timão e Pumba, que mostra ao leãozinho, um novo conceito de viver a vida, sem regras.
O Rei Leão bateu todos os recordes de bilheteria, ganhou dois Oscars (Trilha sonora e melhor canção) e foi o vídeo mais vendido do mundo.
Por causa da fantástica trilha musical, composta por Hans Zimmer, Elton John e Tim Rice, o filme virou um musical da Broadway. E ganhou um live-action em 2019.
Brian De Palma sempre será marcado como o discípulo de Alfred Hitchcock. Seus filmes foram contestados por conterem resquícios do mestre do suspense, como Um Tiro na Noite, Vestida para Matar e Carrie A Estranha, essa última que foi inspirada na obra do outro mestre Stephen King.
Ele também é conhecido por adaptar clássicos para o cinema, como Os Intocáveis e Scarface, esse último um remake do filme de 1932, contando a ascensão e queda de Al Capone.
Nesse filme, De Palma ambienta a Cuba, em um momento de restauração do povo, que portam em Florida e entre um deles está Tony Montana (Al Pacino), um criminoso pé de chinelo que sonha em subir na vida. Mas, para isso, resolve virar traficante e entra no mundo do crime organizado.
O que se mostra é como a sorte pode transformar a vida de um homem. Antes, era um homem fudido e sem perspectiva de vida. Mais tarde, ele ganha o mundo. A célebre frase "O Mundo é Seu", conquistou Lemmy Kilmister, ao gravar o antepenúltimo disco do Motörhead.
Várias cenas ganharam destaque, como a cena da motosserra e quando ele se entope de cocaína e armado de metralhadora grita: "Diga alô para minha amiguinha!"
Scarface virou um marco na história do cinema e um marco na carreira do diretor. Outro mérito fica por conta do Oliver Stone, que criou um roteiro doentio e cheio de nuances.
Qualquer ser desse planeta já leu, viu e ouviu a história do arqueiro mais habilidoso da Inglaterra, roubando dos ricos para dar aos pobres, lutando contra a tirania de um príncipe ganancioso e de um xerife implacável.
Várias versões de Robin Hood foram parar nos cinemas, em diversas épocas. Mas a mais divertida é a versão da Disney, de 1973, produzido e dirigido por Wolfgang Reitherman, conhecido por títulos, como Mogli - O Menino Lobo, 101 Dálmatas e Aristogatas.
Só que, ao invés de humanos, são os animais que fazem os papéis dos personagens, para os padrões da Disney. Robin Hood é a raposa, João Pequeno é o urso, remetendo ao famoso Balu, de Mogli; Príncipe João é um leão, Shio é a cobra (também remetendo a Kaa, de Mogli), Xerife de Nottingham como o Lobo.
A história se passa na antiga Inglaterra, quando o Rei Ricardo parte para uma cruzada, e o Príncipe João o usurpou no trono, tornando-se ganancioso e cobrando enormes impostos.
Robin Hood e João Pequeno saem da Floresta de Sherwood e surrupiam o mimado príncipe. Na cidade de Nottingham, o xerife pega todos os impostos do povo, que luta por justiça. O arqueiro também encontra um tempo de conquistar o coração da bela Marian. Mas o destaque fica por conta da narração do Galo Trovador, e sua música inicial.
Outras musicas se destacam no decorrer do filme, mas isso é só para quem quer conferir Robin Hood.
Cansado de fazer Western, o cultuado diretor Sam Peckinpah se aprofundou na Segunda Guerra Mundial e fez um dos melhores filmes de guerra: A Cruz de Ferro.
Em 1943, no front de guerra do extremo leste soviético, está no auge o conflito entre os russos e alemães nazistas. Entre esses alemães, está o sargento Steiner (James Coburn), um experiente combatente.
Do outro, está o coronel Brandy (James Mason), que quer possuir a Cruz de Ferro, a mais alta comenda para um militar alemão.
Outro que quer possuir a medalha é o comandante Stransky (Maximilian Schel), nem que para isso tenha que enviar seus soldados diretamente à Morte.
Os destaques são a fotografia, o roteiro e as belas atuações de Coburn e Mason.
No início do século 21, o Metallica estava iniciando as gravações do seu disco. Porém, o baixista Jason Newsted sai da banda, após 14 anos e três contribuições de músicas, alegando falta de espaço para suas novas ideias e de se dedicar a sua então nova banda, o Echobrain.
Com isso, os Três remanescentes resolvem contratar um psiquiatra para que eles lidem com alguns de seus fantasmas. Mas o que ninguém imaginava é que esses fantasmas atormentassem todos os envolvidos.
Esse é o foco do documentário Some Kind of Monster, dirigido pela dupla Bruce Sinofsky e Joe Berlinger (Da trilogia Paraíso Perdido), que conta como a banda mais bem-sucedida do Metal passou por um drama hollywoodiano.
James Hetfield teve que se internar em uma clínica de reabilitação, para se tratar do alcoolismo. Sobrou pro Lars Ulrich e Kirk Hammett tomarem as rédeas da situação.
O que se vê é uma disputa de egos, entre o baterista e o vocalista, as intervenções do produtor Bob Rock e do psiquiatra, a insegurança do guitarrista de se manter na paz na banda. Tudo isso regado a muito Rock.
O momento mais emocionante é quando o ex-guitarrista Dave Mustaine (Megadeth), fica cara-à-cara com Lars Ulrich e comenta sobre sua demissão do Metallica, por conta do alcoolismo.
Outros destaques são o encontro com fãs, imagens dos filhos, além da famosa audição para baixista da banda.
O motivo do documentário é para mostrar que, mesmo com os problemas internos, sempre temos que superar tudo. Até mesmo os diretores tiveram suas diferenças, mas com o decorrer do filme, eles ficaram de bem.
Some Kind of Monster é muito além de ser um DVD do Metallica.
Considerado como o último filme de Sam Peckinpah, O Casal Osterman foi produzido quando a Guerra Fria estava mais próxima do fim. O filme é uma adaptação do livro de Robert Ludlum, o criador do personagem Jason Bourne.
Desde os tempos da faculdade, o crítico de TV John Tanner (Rutger Hauer) tem como tradição chamar seus três amigos para um fim de semana no campo.
Porém, antes do início do evento, o agente da CIA Lawrence Fassett (John Hurt) procura Tanner para lhe contar que seus amigos são, na verdade, espiões da KGB.
Confuso, Tanner passa a ajudar o agente, apesar de conhecer muito bem os seus companheiros, e por ser um grande democrata americano.
Mas os planos não saem como planejados e o fim de semana terá um clima diferente.
Pode não ser tão violento como nos seus filmes que o fizeram ficar famoso, mas Sam Peckinpah se aprofundou no tema da Guerra Fria e fez um trabalho excelente.
Indo na contramão do famoso Western Spaghetti, o diretor Sam Peckinpah resolve fazer o que mais queria no cinema americano: encher de sangue e tiros, sem se preocupar de nada.
Meu Ódio Será Sua Herança começa com um grupo de militares galopando pela cidade, enquanto vejam um grupo de crianças brincando com um escorpião, num meio de famintas formigas.
Enquanto a cidade dançava conforme a música, um grande tiroteio se explode e muitas pessoas inocentes são mortas. Pike Bishop quer se aposentar, mas resolve fazer seu último golpe: dar dez mil dólares para quem roubar um carregamento de armas, transportadas por um general mexicano.
Um grupo de foras da lei quer porque quer toda essa fortuna, tudo em nome da lealdade e honra. O que não imaginavam é que um banho de sangue irá acontecer.
Com um elenco de peso, incluindo Ernest Borgnine, Warren Oates, William Holden e Emílio Fernandez, o filme é tão sangrento, que digladiava com outro clássico do Peckinpah, o Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia.
E, ainda por cima, chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Pode não ter ganhado, mas se tornou um épico.
Considerado como um gênio da animação, Walt Disney, mais uma vez, adaptou um dos contos de fada mais famosos, depois dos bem-sucedidos Branca de Neve e os Sete Anões e Fantasia.
Pinóquio conta a história de Gepeto, um artesão que constrói bonecos e relógios de madeira, quando resolve fazer um boneco de madeira especial, e dá o nome de Pinóquio. Ao ver uma estrela cadente, deseja que o boneco se torne um menino de verdade.
Eis que aparece uma fada azul, que transforma o sonho de Gepeto em realidade. Só por uma condição: se mentir, o seu nariz cresce. E conta com a ajuda do Grilo Falante, que torna sua consciência.
Gepeto não acredita e leva Pinóquio para a escola. Mas aí, o boneco se mete em confusões, como ser levado por um malvado dono de circo.
É aí que a vida de Pinóquio vira de cabeça para baixo. Como quando se torna um burro e é engolido por uma baleia-azul.
Pinóquio ganhou dois Oscars, de trilha sonora e canção original.
O cinema sempre busca algo para revolucionar o imaginário das pessoas. E Walt Disney foi além do seu tempo ao adaptar uma obra dos contos de Fadas para as telas.
Baseado no conto dos irmãos Grimm, Branca de Neve e os Sete Anões se tornou um marco ao virar a primeira animação em longa-metragem da história.
Uma madrasta pergunta para o seu espelho quem é a mais bela de todas. E ele responde que é a princesa Branca de Neve. Então, a rainha malvada manda o caçador levar a pobre moça para a floresta e, depois, matar ela.
Porém, o caçador não consegue e diz pra ela fugir pra longe. Desde então, Branca de Neve encontra uma casa pequena e resolve ajeita-la.
Mas o que ela não sabia é que essa casa moram os mineiros, conhecidos como os Sete Anões. Quando eles voltam para casa, se assustam com a presença da Branca de Neve e, então, convidam ela para morar junto.
O que não imaginavam é que a rainha malvada descobriu que a princesa ainda vive. E resolve fazer uma armadilha mortal pra ela.
Várias cenas causavam medo (e ainda causam) nos espectadores. Mas isso não tirou o brilho desse, que recebeu um Oscar honorário e mais sete mini-estatuetas.
Branca dez Neve e os Sete Anões ainda emociona várias gerações e transformou Walt Disney em gênio da animação.
Ainda se mantendo em evidência na indústria da animação, a Walt Disney Productions resolve produzir um longa, ambientado em Paris e protagonizado por gatos. Eis que surge Aristogatas.
A madame Adelaide resolve deixar toda sua fortuna para Duquesa e seus três filhotes Toullouse, Berlioz e Marie. Mas o que ela não sabia é que seu mordomo Edgar foi deixado de lado e ouviu toda a conversa.
Daí, ele planeja um golpe para ficar toda a fortuna da senhora. Ele abandona os gatos em um riacho e some. Ao acordarem, percebem que estão longe de Paris.
Foi assim que Duquesa conhece Thomás O'Marlley, um gato vira-lata e boa praça, que a conquista com seu charme. Disposto a ajudar ela e seus filhos, O'Marlley percorre até Paris e mostra para eles a vida simples e pacata (ou não) da cidade.
No decorrer do desenho, há vários animais roubando-me a cena, como os cachorros Lafayette e Napoleão, as gansas Amélia e Abigail Garbo e seu tio Waldo, além da turma de gatos vira-latas, comandado por Gato Pilantra.
O que não falta é boa música e farra na vida desses gatos. Porém, eles precisam enfrentar o Edgar.
Aristogatas é indicado para quem ama gatos e outros animais.
Muita gente sabe da história do Rei Arthur, mas, na época, o Walt Disney resolveu adaptar um romance inglês para contar a origem do enigmático monarca britânico em A Espada Era a Lei.
Houve uma época em que um rei foi morto e um milagre se fez na praça, quando uma espada misteriosa surgiu em uma pedra, com os dizeres: "Quem conseguir retirar a espada da pedra, será coroado o legítimo Rei da Inglaterra".
Muitos tentaram, mas ninguém conseguiram fazer esse milagre. A Inglaterra continuava sem o Rei e, com o decorrer do tempo, a Espada foi esquecida.
Eis que surge o simpático mago Merlin, que morava na floresta, com sua coruja falante Arquimedes. Merlin prevê no futuro uma visita especial, mas ele não (ou acha que) imaginava que o jovem Arthur aparecesse em sua vista.
Foi então que Merlin e Arthur se tornaram amigos, e o mago resolve ensinar ao garoto que a inteligência é melhor do que a força bruta, apesar de o garoto Arthur morar com seu tutor Ector e seu filho Key, que sobrar de músculos, só falta de cérebro.
Nessa história, Merlin faz uma de suas mágicas, seja transformando o Arthur em peixe, ou em esquilo, ou em pássaro. E resolve ensinar as coisas da vida, como a coragem e o amor, em uma cena o Arthur esquilo fica em apuros, quando uma esquila se apaixona perdidamente.
Mas o mais interessante é quando há um duelo de magos, entre o Merlin e a Madame Mim, de fazer torcer pelo mais corajoso e justo.
Quando ocorre um desafio de cavaleiros na Inglaterra, valendo a coroa, haverá muitas surpresas a seguir.
Pode não ser tão marcante como as animações anteriores, mas A Espada Era a Lei se destaca pela direção maravilhosa de Wolfgang Reitherman, que dirigiu 101 Dálmatas, Mogli - O Menino Lobo e Aristogatas.
A espera acabou. Depois de muita polêmica quanto a exibição do live-action de O Rei Leão, pelo menos o público aceitou e relembrou a marcante obra da Disney.
Quem viu o desenho, já sabe da história de Simba, que se torna o herdeiro do trono e do Ciclo da Vida. Mas, terá que enfrentar a inveja do seu tio Scar, que quer porque quer tomar o seu lugar do reino.
Várias cenas não foram ignoradas. E aqui no Brasil, o único ponto fraco é a dublagem. Colocar a cantora Iza e o ator Ícaro Silva para dublarem Nala e Simba é um erro falho.
Mas o filme tá valendo a pena, para quem reviveu a infância.
Orson Welles era um visionário ator de teatro, quando fez uma falsa notícia da invasão dos alienígenas na Terra, em 1938, baseado no livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Por tudo isso, fez fama no mundo todo e se tornou diretor de cinema, ao ser contratado pelo estúdio RKO.
Seu primeiro filme foi o que, mais tarde, anos depois, se tornaria um marco na história do cinema: Cidadão Kane. Baseado na história de William Randolph Hearst, um magnata da imprensa da época, Welles produziu, co-escreveu, dirigiu e estrelou (com louvor!) a fatídica trajetória de Charles Foster Kane.
Kane nasceu pobre, mas enriqueceu por conta de uma mina de ouro herdada pela mãe. Na juventude, começa a erguer um império de mídia, casando com a sobrinha do presidente e candidatando a governador. Porém, a sua ambição por poder faz com que ele se torne violento com as mulheres e se torna solitário em seu próprio castelo.
"Rosebud" é um mistério que os investigadores estavam buscando desde a morte de Kane, quando disse à sua última palavra. O que significa?
O que não falta no filme são os flashbacks da vida do magnata, além da poderosa fotografia. Orson Welles se destacou, não só na realização do filme, mas na sua interpretação. Juraria que eu estava vendo Marlon Brando.
A Academia consagrou-o com uma estatueta de Melhor Roteiro. Em 1962 a revista Sight and Sound fez uma lista dos melhores filmes de todos os tempos e colocou Cidadão Kane em primeiro lugar. O American Film Institute também qualificou-o em primeiro na lista.
Qualquer cinéfilo de carteirinha conhece esse clássico de guerra. Em uma época em que a sétima arte estava se destacando, com excelentes filmes, alguns grandes obras-primas, outros considerados cult ou injustiçados, mas esse não é o caso de Casablanca.
O filmes também conta com um elenco cult, frases de efeito, clichês e um descaramento hollywoodiano. Rick (Humprey Bogart) é um dono de um bar, que fica em Casablanca, uma rota francesa de quem quer fugir dos nazistas da Segunda Guerra Mundial.
O bar tem de tudo, políticos, soldados, homens de negócios e jogatina ilegal. Mas o que não contava é a presença de sua ex-amante Ilsa (Ingrid Bergman).
O filme tem seus momentos de paixão melodramático, flashbacks, além do tema musical mais famoso "As Time Goes By".
Mas, o melhor estava por vir, quando Rick (de sobretudo) e Ilda (com um figurino classudo) em um momento mais romântico e melancólico, como se fosse uma despedida e a frase mais icônica: "Louis, acho que esse é o começo de uma bela amizade".
Casablanca foi um sucesso cultuado, ganhou os principais Oscars de Melhor Filme, Direção e Roteiro. Um belo programa para os namorados de plantão.
O cinema dos anos 60 estava cada vez mais lotado do gênero Western Spaghetti. O diretor que mais contribuiu para o crescimento do segmento é Sergio Leone, com suas famosas trilogias. Mas quem também fez bonito é Sergio Corbucci.
De crítico de cinema a diretor-assistente, Corbucci dirigiu diversos filmes. Mas o seu maior trabalho foi Django, de 1966. Em uma fronteira do México, duas gangues rivais tocam o terror em uma pequena cidade sem lei. De um lado, a gangue é liderada por Major Whinchester Jack e a outra por General H. Rodrigues.
Porém, eles não contavam com a astúcia de um certo pistoleiro chamado Django (Franco Nero). Carregando um misterioso caixão, ele retorna à cidade para vingar a morte de sua esposa e encher de sangue as ruas da cidade.
O que se vê no filme é uma amostra de violência gratuita e sangue derramado, com direito a belas paisagens da Itália. Ao som do tema inicial, composta por Luís Bacalov.
Django fez muito sucesso e o nome de Franco Nero fez história. O filme teve várias sátiras e continuações não-oficiais, sendo que a sequência oficial é Django -A Volta do Vingador (1987). E não é só isso, um certo Quentin Tarantino se inspirou no filme original para realizar Django Livre (2012), com direito a participação do mesmo Franco Nero.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraCom toda a certeza o cinema ganhou (e muito) com a existência do Cinema Paradiso. Uma belíssima homenagem à sétima arte, com direito a uma história de amor e de amizade.
Salvatore, ou Totó, é um cineasta de sucesso que, ao receber a notícia que um tal de Alfredo tinha falecido, relembra a infância em uma pequena cidade da Sicília. Totó ficava hipnotizado pelo cinema da região, administrado pelo Alfredo (Philippe Noiret), um projecionista ranzinza, mas com um grande coração.
A partir daí, Alfredo e Totó traçam uma bela amizade e pela paixão pelo cinema, quando, de repente, o cinema pega fogo. E Alfredo se acidenta, perdendo a visão. Totó o salva.
Totó descobre, não só sua vocação, como também o amor da bela Elena, uma jovem moça de olhos azuis. Nas frases de Alfredo: "As de olhos azuis, são as mais difíceis".
O cinema todo tem suas histórias, envolvendo fofocas, censura do padre local, molecada aprontando, entre outras. O destaque é a bela trilha sonora de Ennio Morricone, de encher os olhos de lágrimas de tão maravilhosa.
Cinema Paradiso ganhou muitos prêmios, incluindo o Oscar de Filme Estrangeiro. Além disso, o filme ganhou duas versões, a do cinema e a do diretor.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraInspirado na história de Arlindo Barreto, que interpretou o Bozo, Bingo - O Rei das Manhãs é um deleite para os nostálgicos anos 80, numa época que o politicamente correto ainda não existia.
Vladimir Brichta interpreta o ator Augusto Mendes, que fazia pornochanchadas pro cinema. Até que, um dia, ele tenta uma vaga em uma novela da TV Mundial (uma cópia da Globo). Desacreditado, ele quase desiste, quando aparece uma oportunidade que pode mudar sua vida: ele consegue uma vaga para virar o palhaço Bingo, que tem um programa da TVP (outra cópia, mas do SBT).
Com seu jeito sarcástico e cheio de piadas prontas, Augusto, ou melhor, Bingo, faz do seu programa um sucesso, mesmo com os desaforos de sua diretora Lúcia, interpretada por Leandra Leal. Fenômeno de audiência, Augusto é só alegria. O que não pode dizer o mesmo com relação ao seu filho Gabriel (Cauã Martins).
As drogas, bebedeira, sexo e muita palhaçada podem cobrar um preço alto: será que o Augusto aguenta tanta exposição do Bingo, mesmo ele não revelar sua identidade?
Destaques para as participações de Ana Lúcia Torre, que faz a mãe do Augusto; Pedro Bial, que faz o diretor da TV Mundial; e Domingos Montagner (em seu último papel), que faz o palhaço Aparício; e da Emanuelle Araújo, que faz a Gretchen.
Bingo - O Rei das Manhãs se tornou um sucesso do cinema brasileiro, inclusive foi quase indicado ao Oscar. Mas o fato é que o filme tem sua magia de retornar aos lendários tempos que não voltam nunca mais.
Antes de Partir
4.0 1,3K Assista AgoraQuem nunca criou uma lista de desejos para cumprir antes de morrer? Quem nunca saltou de paraquedas, ou dirigir um carro de corrida, ou fazer uma tatuagem, ou beijar a garota mais bonita do mundo, ou vislumbrar uma coisa grandiosa, ou ajudar um completo estranho com bondade?
Pois é essa proposta de Antes de Partir, de Rob Reiner, com as excelentes atuações de Morgan Freeman e Jack Nicholson. Um filme, ao mesmo tempo engraçado e dramático, para refletir sobre o que é viver um dia após o outro, apesar da doença.
Freeman é Carter Chambers, um mecânico que sofre de câncer e é internado em um hospital. Lá, ele conhece o empresário Edward Cole (Nicholson), que é dono do mesmo hospital em que está internado. Carter resolve fazer uma lista de desejos para fazer antes de morrer, já que está com o pé na cova. É a partir daí que Cole tem uma ideia absurda: realizar com Carter todos os desejos impossíveis.
No filme, vemos coisas engraçadas, como o Cole tenta disparar uma espingarda contra um leão, em que Carter fica apavorado quando salta de paraquedas, mas, ao mesmo tempo, tem frases para refletir, como "encontre a alegria na sua vida".
A parte mais emocionante é a cena final em que Carter envia uma carta a Cole para continuar o plano da lista. Na dublagem espetacular de Márcio Seixas, ele emociona até o mais cálido coração.
Antes de Partir não é indicado para maiores de 60. Senão, eles não aguentariam.
Carro Bomba - A Máquina Não Para - Ao Vivo
5.0 1Hoje em dia, a verdadeira música brasileira está infestada desse ritmo do Funk e do Sertanojo Universitário, sempre bombando nas rádios e nas redes sociais.
Mas há salvação: o DVD da banda mais explosiva do Rock Brazuka, o Carro Bomba, gravado em 2016, no Sesc Belenzinho (SP).
Formado por Marcello Schevano (g), Rogério Fernandes (v), Ricardo Schevano (bx) e Heitor Schewchenko (bt), a banda despeja o que há de mais puro, pesado e bem tocado Heavy Metal. Um misto de Golpe de Estado com Motörhead.
Contando com as participações de Edu Ardanuy, Clemente e Tom Cremon, todas as músicas ganharam um brilho espetacular. Uma pena que o Heitor saiu depois do lançamento do DVD, mas o que vale é ver e sentir o sangue ferver.
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
4.0 668 Assista AgoraComo tudo começou!
Steven Spielberg e George Lucas uniram suas forças para criar um universo recheado de relíquias preciosas, perigos e muita adrenalina.
Os Caçadores da Arca Perdida reúne o que há mais de gostoso nessa aventura. Para viver Indiana Jones, George Lucas chamou Harrison Ford, que fez fama como Han Solo, do Star Wars.
No filme, Indy é um professor que, nas horas vagas, vai atrás de relíquias antigas e enfrenta perigosas armadilhas e gente ambiciosa.
Porém, ele recebe uma missão do governo americano que os nazistas querem obter a Arca da Aliança, que contém as tábuas dos Dez Mandamentos, e que possuem poderes inigualáveis.
Para fazer isso, contará com a ajuda de sua ex-namorada Marion. Ambos enfrentam perigosos marginais, capangas nazistas e serpentes venenosas.
As cenas são o destaque, como a do Indy fugindo da bola gigante em uma caverna. Além da ótima fotografia e edição de brindar.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraToda vez que falam de filmes musicais, sempre falam de Cantando na Chuva. Por quê? Porque foi com esse filme que o mundo todo conheceu a magia da Era de Ouro do Cinema. E também por mostrar toda a ginga de Gene Kelly, que, além de atuar, também co-dirigiu essa produção.
Gene é Don Lockwood, um grande ator do cinema mudo bem-sucedido, juntamente com Lina Lamont (Jean Hagen), formando o casal mais famoso de Hollywood.
Porém, a indústria do cinema se viu à beira do precipício, com a chegada do cinema falado. O problema? Lina não só não sabe cantar, como sua fala é igual ao do Pato Donald.
Então, juntamente com Cosmo Brown (Donald O'Connor), encontram em Kathy Selden (Debbie Reynolds), uma dançarina e aspirante a atriz, o triunfo que precisava. Mas Don acaba se apaixonando por Kathy, o que acaba piorando tudo.
As cenas de dança e as músicas se destacam, principalmente o solo, em que Gene dança no meio da chuva. Essa cena ficou imortalizada e copiada por toda a história do cinema. Vale uma curiosidade: Gene Kelly ficou receoso ao fazer essa cena, pois estava gripado. Então, ao invés de água, fizeram uma chuva de leite.
Mas quem roubou a cena mesmo foram os coadjuvantes Donald O'Connor e Jean Hagen, que foi indicada ao Oscar.
"Se viu um, já viu todos"
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraUma viagem de avião, duas mulheres armando um ataque no restaurante, uma briga na estrada, um engenheiro com problemas pessoais, uma proposta para inibir um crime e uma festa de casamento que tinha tudo para dar certo.
Essas são histórias do filme Relatos Selvagens. Cada uma dessas histórias tem em comum: o desafio extremo de lidar com o cotidiano, testar os limites da razão humana e entender como alguém pode superar uma tragédia.
Damian Szifron captou bem a mensagem de "todo mundo tem um dia de fúria", ao filmar essa película argentina, indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
O filme é dramático, mas tem momentos de comédia e cenas tensas.
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraComo fã de Rock, sei de toda a história do Queen. Pra começar a falar do filme em si, quero deixar bem claro que o que vale é o legado que a banda deixou. Isso todo fã de carteirinha do Queen tá careca de saber. Vamos aos fatos:
A banda anterior do Queen se chamava Smile, e era um trio (baixo, guitarra e bateria). Freddie Mercury acompanhava a banda, que passou a ser o vocalista e gravou um compacto, hoje item disputado dos fãs;
A relação entre os músicos do Queen não era das melhores, principalmente quando o Roger Taylor deu um ultimato à banda para que coloquem a música dele no compacto do Bohemian Rhapsody, caso contrário, ele sairia da banda;
O primeiro show do Queen no Brasil foi em 1981, e não nos anos 70 (como foi mostrado no filme);
A doença do Freddie Mercury só foi comentada pelos companheiros no começo dos anos 90, e não na época do Live-Aid;
O primeiro integrante do Queen a gravar um disco solo não foi o Freddie. Foi o Roger Taylor, que incluiu algumas musicas rejeitadas pelos outros companheiros.
Depois desses fatos, vão perguntar: "porque vc deu cinco estrelas para o filme?"
Ora, apesar dos erros cronológicos, o filme é puro entretenimento para levar prêmios, como o já recebido Globo de Ouro e recebeu quatro Oscars, incluindo Melhor Ator.
Os destaques são as interpretações dos integrantes, principalmente o do Rami Malek, que "viveu" o icônico vocalista, da cabeça aos pés (e os dentes) e as músicas que passaram do teste do tempo.
Mesmo com os erros, vale a pena ver o Filme, só por causa das músicas e lembrar como o Freddie Mercury tinha culhão.
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1K Assista AgoraNos anos 70, pra se fazer um filme de terror, precisa ter criatividade e muito sangue nos olhos. Tá certo que vários filmes clássicos de terror, como Dracula e Frankenstein foram referências ao gênero. Mas isso tudo mudou.
Depois de assombrarem o mundo com A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, e de O Exorcista, de William Friedkin, outro diretor resolveu que era a hora de pegar mais pesado. E atende pelo nome de Tobe Hooper.
Ele escreveu, produziu e dirigiu O Massacre da Serra Elétrica, baseado na história real de Ed Gein, um serial killer famoso. E criou um dos monstros mais conhecidos e implacáveis de que se tem história: o Leatherface, com sua letal motosserra, que nunca desliga e fica sem gasolina.
O filme começa com a narração feita pelo então jovem John Larroquette, contando os fatos ocorridos no Texas, com o assassinato de 33 pessoas, por uma família de sádicos trabalhadores rurais.
É aí que cinco jovens ripongas resolvem seguir viagem para investigar um suposto vandalismo de um cemitério. Porém, o que não esperavam é que essa jornada se transformaria em um perigoso jogo de gato e rato mortal.
Um a um seriam mortos pelo Leatherface, deixando a pobre Sally sozinha e assustada. Um verdadeiro inferno, regado a um banquete canibal.
O resultado foi primoroso, para uma produção de orçamento ultrabaixo. O filme foi agraciado pela crítica e público, elegendo um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Marilyn Burns fez da Sally seu papel mais marcante, transformando-a em a Rainha do Grito.
Depois disso, o longa teve continuações e remakes. Mas isso não tira o brilho sádico e perturbador de O Massacre da Serra Elétrica.
O Rei Leão
4.5 2,7K Assista AgoraUm nascer do sol e um novo rei inicia a mais clássica e marcante obra cinematográfica de todos os tempos: O Rei Leão. A Disney só apostou nesse desenho por acaso.
O estúdio estava apostando no Pocahontas, um outro filme que investiu milhões e uma equipe principal para realizá-lo. Porém, a Disney também estava fazendo um outro desenho, mas com uma equipe reserva.
Ao invés da Disney soltar o Pocahontas, que era a aposta do estúdio, um dos executivos decidiu que era para estrear nos cinemas o filme feito pela equipe reserva: O Rei Leão.
Inspirado no clássico Hamlet, de Sheakespeare, o filme conta a história de Simba, um pequeno leão que se torna o herdeiro do reino e do Ciclo da Vida. Mas o seu tio Scar quer porque quer ocupar o lugar do trono, com a ajuda das hienas.
Um dos momentos mais tocantes e emocionantes do filme é quando o Mufasa salva Simba e morre quando Scar joga-o no desfiladeiro. Quem nunca se emocionou, que atire a primeira pedra.
É quando Simba é encontrado por dois seres, Timão e Pumba, que mostra ao leãozinho, um novo conceito de viver a vida, sem regras.
O Rei Leão bateu todos os recordes de bilheteria, ganhou dois Oscars (Trilha sonora e melhor canção) e foi o vídeo mais vendido do mundo.
Por causa da fantástica trilha musical, composta por Hans Zimmer, Elton John e Tim Rice, o filme virou um musical da Broadway. E ganhou um live-action em 2019.
Se tivessem estreado o Pocahontas primeiro...
Scarface
4.4 1,8K Assista AgoraBrian De Palma sempre será marcado como o discípulo de Alfred Hitchcock. Seus filmes foram contestados por conterem resquícios do mestre do suspense, como Um Tiro na Noite, Vestida para Matar e Carrie A Estranha, essa última que foi inspirada na obra do outro mestre Stephen King.
Ele também é conhecido por adaptar clássicos para o cinema, como Os Intocáveis e Scarface, esse último um remake do filme de 1932, contando a ascensão e queda de Al Capone.
Nesse filme, De Palma ambienta a Cuba, em um momento de restauração do povo, que portam em Florida e entre um deles está Tony Montana (Al Pacino), um criminoso pé de chinelo que sonha em subir na vida. Mas, para isso, resolve virar traficante e entra no mundo do crime organizado.
O que se mostra é como a sorte pode transformar a vida de um homem. Antes, era um homem fudido e sem perspectiva de vida. Mais tarde, ele ganha o mundo. A célebre frase "O Mundo é Seu", conquistou Lemmy Kilmister, ao gravar o antepenúltimo disco do Motörhead.
Várias cenas ganharam destaque, como a cena da motosserra e quando ele se entope de cocaína e armado de metralhadora grita: "Diga alô para minha amiguinha!"
Scarface virou um marco na história do cinema e um marco na carreira do diretor. Outro mérito fica por conta do Oliver Stone, que criou um roteiro doentio e cheio de nuances.
Robin Hood
3.7 129 Assista AgoraQualquer ser desse planeta já leu, viu e ouviu a história do arqueiro mais habilidoso da Inglaterra, roubando dos ricos para dar aos pobres, lutando contra a tirania de um príncipe ganancioso e de um xerife implacável.
Várias versões de Robin Hood foram parar nos cinemas, em diversas épocas. Mas a mais divertida é a versão da Disney, de 1973, produzido e dirigido por Wolfgang Reitherman, conhecido por títulos, como Mogli - O Menino Lobo, 101 Dálmatas e Aristogatas.
Só que, ao invés de humanos, são os animais que fazem os papéis dos personagens, para os padrões da Disney. Robin Hood é a raposa, João Pequeno é o urso, remetendo ao famoso Balu, de Mogli; Príncipe João é um leão, Shio é a cobra (também remetendo a Kaa, de Mogli), Xerife de Nottingham como o Lobo.
A história se passa na antiga Inglaterra, quando o Rei Ricardo parte para uma cruzada, e o Príncipe João o usurpou no trono, tornando-se ganancioso e cobrando enormes impostos.
Robin Hood e João Pequeno saem da Floresta de Sherwood e surrupiam o mimado príncipe. Na cidade de Nottingham, o xerife pega todos os impostos do povo, que luta por justiça. O arqueiro também encontra um tempo de conquistar o coração da bela Marian. Mas o destaque fica por conta da narração do Galo Trovador, e sua música inicial.
Outras musicas se destacam no decorrer do filme, mas isso é só para quem quer conferir Robin Hood.
A Cruz de Ferro
4.0 70 Assista AgoraCansado de fazer Western, o cultuado diretor Sam Peckinpah se aprofundou na Segunda Guerra Mundial e fez um dos melhores filmes de guerra: A Cruz de Ferro.
Em 1943, no front de guerra do extremo leste soviético, está no auge o conflito entre os russos e alemães nazistas. Entre esses alemães, está o sargento Steiner (James Coburn), um experiente combatente.
Do outro, está o coronel Brandy (James Mason), que quer possuir a Cruz de Ferro, a mais alta comenda para um militar alemão.
Outro que quer possuir a medalha é o comandante Stransky (Maximilian Schel), nem que para isso tenha que enviar seus soldados diretamente à Morte.
Os destaques são a fotografia, o roteiro e as belas atuações de Coburn e Mason.
Metallica: Some Kind of Monster
3.9 100No início do século 21, o Metallica estava iniciando as gravações do seu disco. Porém, o baixista Jason Newsted sai da banda, após 14 anos e três contribuições de músicas, alegando falta de espaço para suas novas ideias e de se dedicar a sua então nova banda, o Echobrain.
Com isso, os Três remanescentes resolvem contratar um psiquiatra para que eles lidem com alguns de seus fantasmas. Mas o que ninguém imaginava é que esses fantasmas atormentassem todos os envolvidos.
Esse é o foco do documentário Some Kind of Monster, dirigido pela dupla Bruce Sinofsky e Joe Berlinger (Da trilogia Paraíso Perdido), que conta como a banda mais bem-sucedida do Metal passou por um drama hollywoodiano.
James Hetfield teve que se internar em uma clínica de reabilitação, para se tratar do alcoolismo. Sobrou pro Lars Ulrich e Kirk Hammett tomarem as rédeas da situação.
O que se vê é uma disputa de egos, entre o baterista e o vocalista, as intervenções do produtor Bob Rock e do psiquiatra, a insegurança do guitarrista de se manter na paz na banda. Tudo isso regado a muito Rock.
O momento mais emocionante é quando o ex-guitarrista Dave Mustaine (Megadeth), fica cara-à-cara com Lars Ulrich e comenta sobre sua demissão do Metallica, por conta do alcoolismo.
Outros destaques são o encontro com fãs, imagens dos filhos, além da famosa audição para baixista da banda.
O motivo do documentário é para mostrar que, mesmo com os problemas internos, sempre temos que superar tudo. Até mesmo os diretores tiveram suas diferenças, mas com o decorrer do filme, eles ficaram de bem.
Some Kind of Monster é muito além de ser um DVD do Metallica.
O Casal Osterman
3.2 25 Assista AgoraConsiderado como o último filme de Sam Peckinpah, O Casal Osterman foi produzido quando a Guerra Fria estava mais próxima do fim. O filme é uma adaptação do livro de Robert Ludlum, o criador do personagem Jason Bourne.
Desde os tempos da faculdade, o crítico de TV John Tanner (Rutger Hauer) tem como tradição chamar seus três amigos para um fim de semana no campo.
Porém, antes do início do evento, o agente da CIA Lawrence Fassett (John Hurt) procura Tanner para lhe contar que seus amigos são, na verdade, espiões da KGB.
Confuso, Tanner passa a ajudar o agente, apesar de conhecer muito bem os seus companheiros, e por ser um grande democrata americano.
Mas os planos não saem como planejados e o fim de semana terá um clima diferente.
Pode não ser tão violento como nos seus filmes que o fizeram ficar famoso, mas Sam Peckinpah se aprofundou no tema da Guerra Fria e fez um trabalho excelente.
Meu Ódio Será Sua Herança
4.2 204 Assista AgoraIndo na contramão do famoso Western Spaghetti, o diretor Sam Peckinpah resolve fazer o que mais queria no cinema americano: encher de sangue e tiros, sem se preocupar de nada.
Meu Ódio Será Sua Herança começa com um grupo de militares galopando pela cidade, enquanto vejam um grupo de crianças brincando com um escorpião, num meio de famintas formigas.
Enquanto a cidade dançava conforme a música, um grande tiroteio se explode e muitas pessoas inocentes são mortas. Pike Bishop quer se aposentar, mas resolve fazer seu último golpe: dar dez mil dólares para quem roubar um carregamento de armas, transportadas por um general mexicano.
Um grupo de foras da lei quer porque quer toda essa fortuna, tudo em nome da lealdade e honra. O que não imaginavam é que um banho de sangue irá acontecer.
Com um elenco de peso, incluindo Ernest Borgnine, Warren Oates, William Holden e Emílio Fernandez, o filme é tão sangrento, que digladiava com outro clássico do Peckinpah, o Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia.
E, ainda por cima, chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Pode não ter ganhado, mas se tornou um épico.
Pinóquio
3.6 424 Assista AgoraConsiderado como um gênio da animação, Walt Disney, mais uma vez, adaptou um dos contos de fada mais famosos, depois dos bem-sucedidos Branca de Neve e os Sete Anões e Fantasia.
Pinóquio conta a história de Gepeto, um artesão que constrói bonecos e relógios de madeira, quando resolve fazer um boneco de madeira especial, e dá o nome de Pinóquio. Ao ver uma estrela cadente, deseja que o boneco se torne um menino de verdade.
Eis que aparece uma fada azul, que transforma o sonho de Gepeto em realidade. Só por uma condição: se mentir, o seu nariz cresce. E conta com a ajuda do Grilo Falante, que torna sua consciência.
Gepeto não acredita e leva Pinóquio para a escola. Mas aí, o boneco se mete em confusões, como ser levado por um malvado dono de circo.
É aí que a vida de Pinóquio vira de cabeça para baixo. Como quando se torna um burro e é engolido por uma baleia-azul.
Pinóquio ganhou dois Oscars, de trilha sonora e canção original.
Branca de Neve e os Sete Anões
3.8 712O cinema sempre busca algo para revolucionar o imaginário das pessoas. E Walt Disney foi além do seu tempo ao adaptar uma obra dos contos de Fadas para as telas.
Baseado no conto dos irmãos Grimm, Branca de Neve e os Sete Anões se tornou um marco ao virar a primeira animação em longa-metragem da história.
Uma madrasta pergunta para o seu espelho quem é a mais bela de todas. E ele responde que é a princesa Branca de Neve. Então, a rainha malvada manda o caçador levar a pobre moça para a floresta e, depois, matar ela.
Porém, o caçador não consegue e diz pra ela fugir pra longe. Desde então, Branca de Neve encontra uma casa pequena e resolve ajeita-la.
Mas o que ela não sabia é que essa casa moram os mineiros, conhecidos como os Sete Anões. Quando eles voltam para casa, se assustam com a presença da Branca de Neve e, então, convidam ela para morar junto.
O que não imaginavam é que a rainha malvada descobriu que a princesa ainda vive. E resolve fazer uma armadilha mortal pra ela.
Várias cenas causavam medo (e ainda causam) nos espectadores. Mas isso não tirou o brilho desse, que recebeu um Oscar honorário e mais sete mini-estatuetas.
Branca dez Neve e os Sete Anões ainda emociona várias gerações e transformou Walt Disney em gênio da animação.
Aristogatas
3.8 312 Assista AgoraAinda se mantendo em evidência na indústria da animação, a Walt Disney Productions resolve produzir um longa, ambientado em Paris e protagonizado por gatos. Eis que surge Aristogatas.
A madame Adelaide resolve deixar toda sua fortuna para Duquesa e seus três filhotes Toullouse, Berlioz e Marie. Mas o que ela não sabia é que seu mordomo Edgar foi deixado de lado e ouviu toda a conversa.
Daí, ele planeja um golpe para ficar toda a fortuna da senhora. Ele abandona os gatos em um riacho e some. Ao acordarem, percebem que estão longe de Paris.
Foi assim que Duquesa conhece Thomás O'Marlley, um gato vira-lata e boa praça, que a conquista com seu charme. Disposto a ajudar ela e seus filhos, O'Marlley percorre até Paris e mostra para eles a vida simples e pacata (ou não) da cidade.
No decorrer do desenho, há vários animais roubando-me a cena, como os cachorros Lafayette e Napoleão, as gansas Amélia e Abigail Garbo e seu tio Waldo, além da turma de gatos vira-latas, comandado por Gato Pilantra.
O que não falta é boa música e farra na vida desses gatos. Porém, eles precisam enfrentar o Edgar.
Aristogatas é indicado para quem ama gatos e outros animais.
A Espada Era a Lei
3.8 303 Assista AgoraMuita gente sabe da história do Rei Arthur, mas, na época, o Walt Disney resolveu adaptar um romance inglês para contar a origem do enigmático monarca britânico em A Espada Era a Lei.
Houve uma época em que um rei foi morto e um milagre se fez na praça, quando uma espada misteriosa surgiu em uma pedra, com os dizeres: "Quem conseguir retirar a espada da pedra, será coroado o legítimo Rei da Inglaterra".
Muitos tentaram, mas ninguém conseguiram fazer esse milagre. A Inglaterra continuava sem o Rei e, com o decorrer do tempo, a Espada foi esquecida.
Eis que surge o simpático mago Merlin, que morava na floresta, com sua coruja falante Arquimedes. Merlin prevê no futuro uma visita especial, mas ele não (ou acha que) imaginava que o jovem Arthur aparecesse em sua vista.
Foi então que Merlin e Arthur se tornaram amigos, e o mago resolve ensinar ao garoto que a inteligência é melhor do que a força bruta, apesar de o garoto Arthur morar com seu tutor Ector e seu filho Key, que sobrar de músculos, só falta de cérebro.
Nessa história, Merlin faz uma de suas mágicas, seja transformando o Arthur em peixe, ou em esquilo, ou em pássaro. E resolve ensinar as coisas da vida, como a coragem e o amor, em uma cena o Arthur esquilo fica em apuros, quando uma esquila se apaixona perdidamente.
Mas o mais interessante é quando há um duelo de magos, entre o Merlin e a Madame Mim, de fazer torcer pelo mais corajoso e justo.
Quando ocorre um desafio de cavaleiros na Inglaterra, valendo a coroa, haverá muitas surpresas a seguir.
Pode não ser tão marcante como as animações anteriores, mas A Espada Era a Lei se destaca pela direção maravilhosa de Wolfgang Reitherman, que dirigiu 101 Dálmatas, Mogli - O Menino Lobo e Aristogatas.
O Rei Leão
3.8 1,6K Assista AgoraA espera acabou. Depois de muita polêmica quanto a exibição do live-action de O Rei Leão, pelo menos o público aceitou e relembrou a marcante obra da Disney.
Quem viu o desenho, já sabe da história de Simba, que se torna o herdeiro do trono e do Ciclo da Vida. Mas, terá que enfrentar a inveja do seu tio Scar, que quer porque quer tomar o seu lugar do reino.
Várias cenas não foram ignoradas. E aqui no Brasil, o único ponto fraco é a dublagem. Colocar a cantora Iza e o ator Ícaro Silva para dublarem Nala e Simba é um erro falho.
Mas o filme tá valendo a pena, para quem reviveu a infância.
Cidadão Kane
4.3 992 Assista AgoraOrson Welles era um visionário ator de teatro, quando fez uma falsa notícia da invasão dos alienígenas na Terra, em 1938, baseado no livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Por tudo isso, fez fama no mundo todo e se tornou diretor de cinema, ao ser contratado pelo estúdio RKO.
Seu primeiro filme foi o que, mais tarde, anos depois, se tornaria um marco na história do cinema: Cidadão Kane. Baseado na história de William Randolph Hearst, um magnata da imprensa da época, Welles produziu, co-escreveu, dirigiu e estrelou (com louvor!) a fatídica trajetória de Charles Foster Kane.
Kane nasceu pobre, mas enriqueceu por conta de uma mina de ouro herdada pela mãe. Na juventude, começa a erguer um império de mídia, casando com a sobrinha do presidente e candidatando a governador. Porém, a sua ambição por poder faz com que ele se torne violento com as mulheres e se torna solitário em seu próprio castelo.
"Rosebud" é um mistério que os investigadores estavam buscando desde a morte de Kane, quando disse à sua última palavra. O que significa?
O que não falta no filme são os flashbacks da vida do magnata, além da poderosa fotografia. Orson Welles se destacou, não só na realização do filme, mas na sua interpretação. Juraria que eu estava vendo Marlon Brando.
A Academia consagrou-o com uma estatueta de Melhor Roteiro. Em 1962 a revista Sight and Sound fez uma lista dos melhores filmes de todos os tempos e colocou Cidadão Kane em primeiro lugar. O American Film Institute também qualificou-o em primeiro na lista.
Um ótimo filme para estudantes de jornalismo.
Casablanca
4.3 1,0K Assista AgoraQualquer cinéfilo de carteirinha conhece esse clássico de guerra. Em uma época em que a sétima arte estava se destacando, com excelentes filmes, alguns grandes obras-primas, outros considerados cult ou injustiçados, mas esse não é o caso de Casablanca.
O filmes também conta com um elenco cult, frases de efeito, clichês e um descaramento hollywoodiano. Rick (Humprey Bogart) é um dono de um bar, que fica em Casablanca, uma rota francesa de quem quer fugir dos nazistas da Segunda Guerra Mundial.
O bar tem de tudo, políticos, soldados, homens de negócios e jogatina ilegal. Mas o que não contava é a presença de sua ex-amante Ilsa (Ingrid Bergman).
O filme tem seus momentos de paixão melodramático, flashbacks, além do tema musical mais famoso "As Time Goes By".
Mas, o melhor estava por vir, quando Rick (de sobretudo) e Ilda (com um figurino classudo) em um momento mais romântico e melancólico, como se fosse uma despedida e a frase mais icônica: "Louis, acho que esse é o começo de uma bela amizade".
Casablanca foi um sucesso cultuado, ganhou os principais Oscars de Melhor Filme, Direção e Roteiro. Um belo programa para os namorados de plantão.
Django
3.9 203 Assista AgoraO cinema dos anos 60 estava cada vez mais lotado do gênero Western Spaghetti. O diretor que mais contribuiu para o crescimento do segmento é Sergio Leone, com suas famosas trilogias. Mas quem também fez bonito é Sergio Corbucci.
De crítico de cinema a diretor-assistente, Corbucci dirigiu diversos filmes. Mas o seu maior trabalho foi Django, de 1966. Em uma fronteira do México, duas gangues rivais tocam o terror em uma pequena cidade sem lei. De um lado, a gangue é liderada por Major Whinchester Jack e a outra por General H. Rodrigues.
Porém, eles não contavam com a astúcia de um certo pistoleiro chamado Django (Franco Nero). Carregando um misterioso caixão, ele retorna à cidade para vingar a morte de sua esposa e encher de sangue as ruas da cidade.
O que se vê no filme é uma amostra de violência gratuita e sangue derramado, com direito a belas paisagens da Itália. Ao som do tema inicial, composta por Luís Bacalov.
Django fez muito sucesso e o nome de Franco Nero fez história. O filme teve várias sátiras e continuações não-oficiais, sendo que a sequência oficial é Django -A Volta do Vingador (1987). E não é só isso, um certo Quentin Tarantino se inspirou no filme original para realizar Django Livre (2012), com direito a participação do mesmo Franco Nero.