A década de 80 foi marcada por uma revolução musical, conhecido como o Metal Brasileiro, com o primeiro registro fonográfico, da banda paraense Stress.
A partir daí, várias bandas pesadas resolveram unir forças e lançar compactos e coletâneas, com a ajuda de gente graúda e perseverante.
Os shows foram o cartão de visita para que fãs sedentos por material inédito descubram mais coisas do cenário. Foi daí que surgiram os fanzines.
Mas... o melhor estava por vir, quando foi anunciado o Rock In Rio. A Ditadura foi pro espaço e uma nova democracia amanhece no céu brasileiro.
Essas e outras histórias são contadas no documentário Brasil Heavy Metal, produzido e dirigido por Ricardo "Micka" Michaelis, ex-guitarrista do Santuário é dono do Ideia House.
O que não falta são depoimentos de músicos, jornalistas, fanzineiros, empresários e roadies, contando desde o momento político até o musical, passando por procura de informações de bandas gringas e trocas de k7 e vinil.
O filme só peca por conter uma dramatização no meio dos depoimentos, se tivessem tirado, o documentário seria excepcional. Faz parecer novela ou telecurso.
Há sessenta anos, a Disney lançava mais um clássico animado: A Dama e o Vagabundo, protagonizado por cachorros.
Lady é uma cadela doce e delicada, que tem tudo a seu direito. Vive com seus donos em uma chique casa, quando recebem a notícia mais especial, que irá mudar a vida de todos.
Enquanto o Tramp é um vira-lata doce e boa-praça, que vive livre e consegue comida por onde quer que esteja.
Eis que o destino resolve unir os dois lados: Tramp encontra Lady, desiludida com a boa vida que levava. Tramp diz que a vida com os humanos não é fácil. E vivem situações como qualquer cachorro.
Uma das cenas mais icônicas e que entrou na história do cinema é quando estão em um restaurante e dividem um prato de macarronada com almôndegas. É aí que a mágica acontece.
A Dama e o Vagabundo não é só um desenho de amor humano, mas é também pra quem ama cachorros.
É sempre bom falar de Walt Disney, quando o assunto são as renomadas animações de qualidade. Desde Branca de Neve e os Sete Anões, é que o número de clássicos dos contos de fada traçaram nos lápis dos desenhistas da companhia.
Mas a Disney se superou. E baseou no balé de Tchaikovsky (o conto teve várias versões, como o do Charles Perrault e dos Irmãos Grimm) para criar um dos mais ambiciosos filmes: A Bela Adormecida. Pra isso, fez uma pesquisa árdua, para criar um tema medieval, com cores e traços de causar inveja. E conseguiram.
A história começa quando um casal imperial concebe um bebê, com o nome de Aurora. Eis que três fadas simpáticas presenteiam a pequena princesa. Porém, a bruxa Malévola amaldiçoa-a, com um presente mortal.
Desde então, Aurora se torna uma bela moça e encantadora, sob o cuidado das três fadas. Mas o que não imaginavam é que Malévola planeja uma emboscada para acabar com a felicidade de ambas.
O desenho se tornou um clássico, co-dirigido por Wolfgang Reitherman, e virou um Live-action com spin-off Malévola, interpretado por Angelina Jolie.
Qualquer roqueiro que se preze, sabe da importância do Elton John para a música. Suas musicas ficaram no imaginário da população ávida por sentimento.
E foi com esse sentimento que surgiu Rocketman, sua cinebiografia. Depois do bem-sucedido Bohemian Raphsody, agora é a vez do outro inglês fazer bonito.
Toda a história é contada, desde a infância humilde na Inglaterra, como quando seus pais viviam em conflito, seu amor pela música e o ingresso a uma conceituada escola.
Depois de tocar em pequenos clubes, ele teve uma chance de se tornar compositor, e foi daí que conheceu Bernie Taupin, um letrista fora de série, que se tornou parceiro do Elton John até hoje.
As turnês incessantes, as roupas espalhafatosas, as drogas e o álcool marcaram a vida do xiliquento Inglês. Mas também mostra um lado sombrio e melancólico dele, que nos faz refletir sobre o que é ser amado.
Taron Egerton entregou de corpo e alma para fazer a vez e a voz do Elton John, que não exigiu nada e pediu pra não esconder os vícios exagerados.
Rocketman ganhou um Oscar de Melhor canção, com a assinatura de Elton com Taupin.
Para falar desse filme, eu tenho que fazer uma confissão pessoal. Quando eu era criança, minha mãe me levava pra psicóloga e na volta a gente passava na banca de jornal e comprava muitos gibis. A maioria deles é da Turma da Mônica. E eu lia várias vezes e sentia aquele gosto de uma infância feliz e sadia. Até hoje eu guardo com carinho os gibis, que contabilizam mais de 200 exemplares.
Como todos sabem, o Maurício de Sousa é um ícone dos quadrinhos brasileiro. Assim como o Stan Lee é cultuado lá fora. Mas o Maurício tem algo a mais, porque ele é humano e sabe contar muitas histórias do cotidiano, já que ele foi repórter policial.
Ele já foi lido e relido em vários países e tem mais de 100 personagens. Possui um marketing de respeito, contabilizando milhares de produtos, além de parques temáticos. E também foi adaptado por diversos cartunistas.
E dois deles são Vítor e Lu Cafaggi, que criaram Laços, uma graphic novel. Foi com essa obra que o cinema brasileiro resolveu fazer um filme de carne e osso da Turma da Mônica. Foram anos de testes e muito mistério, para saber quem interpretariam os famosos personagens.
Com direção de Daniel Rezende, Turma da Mônica - Laços conta a história da famosa Turma da Rua do Limoeiro, onde os personagens mais conhecidos vivem o dia a dia, como o Cebolinha, que junto com o Cascão, planejam o roubo do coelho Sansão, da Mônica.
Porém, o seu cachorro Floquinho foi sequestrado por um misterioso bandido. É aí que o garoto que fala errado resolve se juntar com o resto da Turma para investigar o paradeiro do cachorrinho.
O que se vê é um misto de Stranger Things com Conta Comigo. As atuações das crianças foram melhores, destaque para o Rodrigo Santoro como o Louco. Além da cenografia, que ficou maravilhosa.
No cinema, não há um ser humano que surpreende mais, como Quentin Tarantino. Desde que se tornou atendente de vídeo locadora, ele já respirava cinema 24 horas por dia, falava de todos os diretores da sétima arte e não parou mais, quando, um certo dia, ele escreveu roteiros para se distrair.
Foi com essa introdução que começo a falar de Era Uma Vez... em Hollywood, fazendo referências a trilogia Era Uma Vez de Sergio Leone. O nono filme do Tarantino (e o primeiro como co-produtor) é uma homenagem à sétima arte, com a transição da TV para o cinema, ou será o contrário? Quem sabe?
Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de uma famosa série de TV, que se vê numa encruzilhada, quando lhe oferece um contrato para atuar no cinema italiano, nos chamados Western Spaghetti. Ao lado dele, está o dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre se tornou o pau-para-toda-obra. Até mesmo sendo acusado de matar a sua mulher e se safar.
Por outro lado, entra em cena a Sharon Tate (Margot Robbie), uma ninfeta de parar o trânsito, casada com Roman Polanski, e uma atriz em ascensão. Sem saber que, mais tarde, sua vida vai transformar da noite para o dia.
No filme, vemos hippies marginais, festas glamorosas e uma trilha sonora regada à psicodelia do final dos anos 60.
Numa das cenas, o Bruce Lee se paga de fodão e desafia o Cliff a uma luta amadora. Outra cena é quando o Rick Dalton dialoga com uma atriz mirim e se emociona. Outra cena é pra deliciar as moças, com o Cliff Booth sem camisa (Brad Pitt nos auge dos seus 55 anos).
Mas o que o fã do Mestre espera? Isso mesmo, sangue e muita violência. Embora seja o mais maduro filme da sua carreira.
O que não falta são as estupendas interpretações de DiCaprio e Pitt, além de um elenco de peso, no calibre de Al Paccino, Kurt Russell, Dakota Fainning, Emile Hirsch, Zoe Bell, Bruce Dern e Michael Madsen. A Academia consagrou o Brad, com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além do Oscar de Design de Produção. Poderia ter merecido mais.
E eu pergunto: é o melhor filme que o Tarantino dirigiu? Como eu disse antes, é o mais maduro na sua carreira, e bate de frente com Django Livre e Os Oito Odiados. A minha nota é 9,8.
Nunca um filme foi tão perturbador e violento como foi o Laranja Mecânica, escrito, produzido e dirigido por Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess.
Em uma Inglaterra futurista, Alex De Large (Malcolm McDowell) e sua gangue devastam tudo e todos com sua ultraviolência, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, além de sua compulsão por pornografia. Sempre vestidos de macacões brancos e usando chapéu-coco pretos, eles bebem leite e se preparam para um ataque brutal.
Porém, após assassinar uma de suas vítimas, ele é traído por seus companheiros e eh preso.
E não para por aí: ele é submetido a uma reabilitação, conhecido como Ludovico, na qual ele se torne uma pessoa normal e sem defesa. É aí que a vida do Alex vira um inferno.
Numa das cenas, a mais perturbadora é quando a gangue invade a casa de um casal, espanca o idoso e estupra a mulher ao som de Singin' In The Rain.
Mas o que Alex não esperava eh que o mesmo senhor que foi atacado "salva" ele e submete a uma experiência aterradora.
Malcolm McDowell foi muito bem em seu papel ora psicótico, ora sensível. Kubrick deve ter ficado alucinado, com tanta violência gratuita.
Embora não seja tão fiel à obra de Burgess, Laranja Mecânica conseguiu vários feitos, como os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York, além de ser indicado aos quatro Oscars, incluindo Melhor Filme.
Mas, nem tudo são flores: o filme foi retirado de circulação pelo próprio Kubrick durante quase 30 anos, e no Brasil também, durante a Ditadura Militar.
Pois é, além disso o grupo de Metal Sepultura gravou o Disco A-Lex, baseado na obra de Burgess, e não no filme.
Mantendo o ritmo de Por Um Punhado de Dólares, o cultuado diretor Sergio Leone fez uma continuação tão boa quanto. Por Uns Dólares a Mais segue a mesma cartilha de sangue e tiroteio, com as belas paisagens napolitanas.
Clint Eastwood é Manco, um caçador de recompensas, que perambula pelas cidades do velho oeste americano em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê um cartaz descrito procurado de Indio, um perigoso bandido, que esconde um segredo obscuro.
Indio é também procurado pelo coronel Douglas Mortimer (Lee Van Cleef), outro caçador de recompensas, que também esconde um segredo que só ele sabe. Tanto Manco quanto Mortimer partem em busca de Indio, mas sem sucesso.
Então, eles decidem unir forças para enfrentar o perigoso bandido e sua gangue. O que se vê é balas arremessadas e efeitos visuais da década, com direito a uma trilha sonora hipnótica de Ennio Morricone.
Quando se fala em Sergio Leone, se fala em Western Spaghetti. Depois da sua fracassada estreia O Colosso de Rodes, o diretor resolveu abrilhantar, no idioma italiano, o velho Oeste americano, com o seu primeiro Western Spaghetti Por Um Punhado de Dólares.
Para protagonizar o filme, foi chamado o então jovem Clint Eastwood, como o homem sem nome, conhecido como Joe. A história começa com Joe chegando a San Miguel, uma pequena cidade, comandada por duas gangues de contrabandistas, causando o terror.
Nesse caso, o homem sem nome resolve trabalhar em dobro para as duas gangues e, quem sabe, salvar a cidade de todos os malfeitores.
O que se vê é tiroteios e mortes aos montes, sob o olhar clínico do Leone, com direito à trilha sonora de Ennio Morricone.
Um verdadeiro início da famosa trilogia dos Dólares.
O Nordeste brasileiro é rico em cultura popular e diversa. Mas, imagina uma região tomada por coisas estranhas e sobrenaturais, com rajadas de balas e mortes, por onde passa.
Esse é o tema de Bacurau, produção brasileira, dirigida por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, em que uma cidade do sertão pernambucano dá adeus a uma antiga moradora idosa, para que, a partir daí, pessoas estranhas começam a visitar a cidade e resolvem tocar o terror.
Com uma mistura de ficção científica, ação e toques de Quentin Tarantino, Bacurau tinha tudo para ser indicado ao Oscar, mas pelo menos foi agraciado com um prêmio do júri no Festival de Cannes.
Comentar um filme de Martin Scorsese é falar do verdadeiro cinema, bem feito e bem editado. Desde que foi anunciado, o filme em questão gerava muitas dúvidas e discussões. Primeiro, se a estreia seria em um cinema, antes do serviço de streaming lançar. Segundo, qual seria a reação do público ao ver essa peça.
Depois de muita expectativa, finalmente a Netflix lança O Irlandês. Só por ter no elenco Robert De Niro, Al Paccino e Joe Pesci dá pra ter vários motivos de se deliciar com essa obra. Scorsese se aprofundou de seus maiores sucessos, como Os Bons Companheiros, Cassino e Os Infiltrados, para dirigir seu canto do cisne dos filmes de gângster.
De Niro é Frank Sheeran, um condecorado aposentado, que conciliava o seu trabalho como caminhoneiro com o de assassino de aluguel. Ele conta sua história de como organizou um assassinato de um presidente de uma organização Jimmy Hoffa (Al Paccino). Ao lado de Russell Bufalino (Joe Pesci), eles tocavam o terror em Nova York.
Contendo mais de três horas, O Irlandês promete calar a boca de muitos pseudo-críticos e geeks nutella, que acham que o Universo Marvel é cinema de verdade. Se o Scorsese disse que os filmes de super-heróis são parques de diversões, não podemos discordar.
Stephen King resolveu dar sequência para o seu primeiro filme Creepshow, novamente, ao lado do cultuado e saudoso George A. Romero, que assina o roteiro.
O longa é acompanhado de uma animação, em que um garoto pega uma revista em quadrinhos, dada por um sinistro Bicho-papão. E lá, tem apenas três contos.
O primeiro é sobre um índio de madeira de lei, que ganha vida para se vingar dos ladroes. O segundo conto é quando quatro jovens vão a um lago, e são surpreendidos por uma mancha-viva assassinato. E, por último, um conto sobre uma mulher infiel, que atropela um caroneiro, e é perseguida.
Pode não ser um clássico Gore, como foi o primeiro, mas tem seu momento humor negro, toque do Romero e do Tom Savini, que interpreta o Bicho-papão.
A receita é simples: junte um escritor de sucesso, com o diretor cultuado. Voila! Está aí uma das adaptações de contos horripilantes e aterrorizantes (para a época). Estou falando do Creepshow: Show de Horrores, baseado nos contos, escritos pelo mestre do Terror Stephen King e dirigido pelo saudoso George A. Romero.
A proposta é contar cinco histórias, com uma introdução bem interessante. O pai fica puto com o filho, porque ele estava lendo uma revista de contos de terror. Mal sabia o pai, que o seu filho planeja uma vingança cruel.
É aí que começa a festa do horror. Na primeira história, uma família planeja uma comemoração, para lembrar o dia dos pais. O que não sabiam é que o patriarca, já morto, volta da tumba e deseja o seu bolo. Nem que tenha que matar toda sua família.
Na segunda história, um fazendeiro encontra um meteorito e vende por uma quantia de US$ 200,00. Porém, ele traz uma surpresa aterradora.
No terceiro conto, um marido ciumento enterra sua esposa e seu amante na areia, até o pescoço. E coisas assustadoras vão acontecer.
Já no quarto, um zelador encontra uma caixa estranha e avisa ao professor da universidade. O que parecia ser uma simples caixa, era uma armadilha mortal. E envolve o professor e seu colega, que vai arranjar um jeito de usar essa caixa.
E, no último conto, um milionário ranzinza e maníaco por limpeza enfrenta um perigo mais que abominável: Baratas.
George A. Romero deu um toque peculiar nesses contos, baseando nessas obras, os clássicos filmes de Zumbis. Stephen King usou toda sua inteligência para adaptar seus contos para essa filme.
Depois da bem sucedida franquia Trinity, o comediante e ator Terence Hill vive um novo personagem desse faroeste spaghetti, Meu Nome é Ninguém.
Baseado em um texto de Sergio Leone (que assume a co-produção) e dirigido por Tonino Valeril, o jovem e ambicioso, conhecido como Ninguém (Hill) fica de olho em seu ídolo, Jack Beauregard (Henry Fonda), que está a um passo de se aposentar.
Para evitar que o velho pistoleiro pendure sua pistola, Ninguém resolve armar uma arapuca, para provar se ele é bom no gatilho.
O que se vê é uma comédia de ação, com ótimas interpretações de Hill e Fonda, que continua com aquele olhar de tigre, que fez em Era Uma Vez No Oeste, clássico do Leone.
A trilha sonora, composta por Ennio Morricone, é divertidíssima, com alguns toques de música erudita.
Antes de falar desse filme, vocês têm que conhecer a história do realizador: Ed Wood. Antes de nascer, sua mãe queria uma menina. Depois de nascer menino e crescer, o pequeno Ed era obrigado, por sua mãe, a vestir roupas de menina. Com isso, ele passou a ter fetiche por roupas femininas e se travestir como elas.
Então, ele fez seu primeiro filme, Glen ou Glenda?. A partir daí, ele realizou diversos filmes, com a atuação do seu melhor amigo, o aclamado ator de terror Bela Lugosi, tais como A Noiva do Monstro, remetendo ao clássico White Zombie.
Lugosi morreu em 1956, e Ed Wood homenageou, colocando algumas cenas dele, em seu filme, que seria seu Cidadão Kane: Plano 9 do Espaço Sideral.
Nesse filme, os alienígenas ficam putos, com a bestialidade dos humanos e montam sua base, em um cemitério. E lá acontecem coisas sinistras, como a ressurreição dos Mortos, sob o uso de um eletrodo.
Jeff Trent, um piloto da linha aérea, que vive perto do cemitério, precisa salvar sua mulher desses seres. Entre os zumbis, estão a Vampira.
A crítica não perdoou. E tachou esse filme, como o pior de todos os tempos. Sem falar que o Ed Wood, foi considerado o pior diretor da história do cinema.
Anos mais tarde, toda a filmografia se tornou cult, para os amantes da sétima arte. Até o Tim Burton ficou encantado, que resolveu fazer a cinebiografia Ed Wood (1994), protagonizado por Johnny Depp.
Nova York, a cidade que não dorme. Repleto de pessoas estranhas, vis e frias. Nas palavras de Travis Bickle: "Qualquer dia, uma forte chuva vai limpar a cidade dessa escória".
Um retrato bem realista de um ex-fuzileiro naval, que se torna um motorista de táxi, perambulando nos bairros mais Barra-Pesada.
Querendo ser alguém numa sociedade mais avessa às suas necessidades, Travis tenta conquistar seu coração com a voluntária da campanha presidencial Betsy.
Percebendo que a cidade não quer saber de gente, como ele, ele parte para uma guerra pessoal. Se torna um atirador de elite e protege uma jovem prostituta, Íris, dos cafetões.
Martin Scorsese retrata a solidão e a transformação de um homem comum, em meio à cidade que vive. Esse é o enredo de Taxi Driver.
Robert DeNiro deu um show de interpretação. Sem falar das beldades Cybil Shepard e a jovem Jodie Foster.
O longa foi indicado a quatro Oscares, incluindo o de melhor filme. A trilha sonora, composta por Bernard Hermann, foi seu último suspiro, já que ele morreu, depois da conclusão da obra.
Nesses tempos de pandemia, por conta do coronavírus, alguns filmes com temática zumbi são ótimos para perceber que estamos isolados no mundo, enquanto o vírus se espalha, como mosca.
Poderia citar os famosos filmes do saudoso George A. Romero, mas, para dar risada, tem um filme que é peça fundamental: Zumbilandia.
Nesse filme, Columbus narra sua própria jornada, dando dicas de como sobreviver aos ataques de zumbi. Então, ele conhece Tallahassee, um caçador implacável e sarcástico. Podem não ser uma dupla, como Starciky & Hutch, mas se completam.
No meio do caminho, encontram duas irmãs, ambas caçadoras de zumbis: Wichita e Little Rock. Como ninguém confia em ninguém, precisam sobreviver.
Pode achar o roteiro sem-noção, mas, com certeza, é diversão garantida. Pra assistir em quarentena, sem medo de cara feia.
Antes de falar sobre esse filme, tem duas coisas à respeito sobre a temática. Em 1935, um jovem negro foi condenado a morte pelo assassinato de duas meninas brancas. Anos depois da sentença ser concluída, foi alegado a sua inocência, depois da sua morte, na cadeira elétrica. Isso, talvez, fez o escritor Stephen King buscar inspiração para escrever seu livro The Green Mille.
A Warner se encantou por essa obra e criou um dos filmes mais comoventes dos anos 90: A Espera de um Milagre. Para a direção, foi chamado Frank Darabont, que dirigiu outro filme, baseado na mesma obra de Stephen King, Um Sonho de Liberdade.
Paul (Tom Hanks) é o chefe de carceragem do corredor da Morte, conhecido como Milha Verde. Ele recebe um prisioneiro, John Coffey (Michael Clarke Duncan), acusado de estuprar e matar duas garotinhas.
Mas, Paul percebe que o Coffey não tenha feito isso. E, desde então, os dois se tornam amigos, apesar das diferenças. Tanto é que os guardas da prisão se encantaram com o grandalhão.
O que se vê nesse filme são dons sobrenaturais, fe e injustiça. A Academia lembrou o desempenho de Duncan, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante, além de outras indicações, como o de melhor filme.
Os anos 80 foram marcados por um movimento, que se tornou global: o Heavy Metal. Várias bandas surgiram para registrarem seus discos, fãs se espalharam como um vírus em tempos de pandemia e shows se tornaram presença obrigatória.
Porém, o que parecia ser uma maravilha para uns, se tornou um perigo para os pais e religiosos, com o advento da PMRC, liderado por Tipper Gore, ex-esposa de Al Gore, então senador e ex-vice-presidente dos EUA. Classificando o estilo musical como perigoso e armando uma cruzada.
Para contar essa história, nada melhor do que ver e ouvir o documentário Metal - Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal, dirigido por Sam Dunn, um antropólogo fã de Metal que, com toda sua experiência e amor pelo Metal, percorreu o Mundo para desvendar o porquê do estilo ser amado e odiado.
Pra quem não é fã de Metal, não vai dar a mínima sobre o tema, mas, pra quem é fanático pelo som pesado (eu inclusive!), se deliciará com o que há de melhor da música pesada.
Sam Dunn foi até o fundo da história e entrevistou gente graúda, como Geddy Lee, Tony Iommi, Alice Cooper, Bob Ezrin, Rob Zombie, Lemmy Kilmister, Ronnie James Dio, Bruce Dickinson, para falarem quais são as pioneiras do Metal, as origens sonoras, o meio em que viveram, além de fãs e groupies.
Bandas como Slayer, Lamb of God, Arch Enemy, Cannibal Corpse, Slipknot, Mayhem, também deram suas palavras.
O que podemos ver no documentário é como o Metal aborda os temas, sem medo de cara feia, como Violência, Sexo, Drogas, Religião e sangue. Além da árvore genealógica de subgeneros da música pesada. Sam Dunn viajou para o Wacken Open Air até a Noruega, berço do Black Metal Norueguês.
Metal é ótimo para pesquisas sobre o estilo. E é pra ser visto com uma cerveja na mão. Maloik!
Parece incrível, mas o Western Spaghetti foi, sem sombra de dúvidas, um dos gêneros mais únicos da sétima arte. Seus filmes foram peças marcantes na história. E poderia citar alguns, como as famosas trilogias dos Dólares e Era Uma Vez, de Sergio Leone.
Quem também investiu pesado foi o cultuado diretor Sergio Corbucci. Depois do sucesso de Django, ele fez outro que, mais tarde, se tornaria cult: Joe, O Pistoleiro Implacável.
O filme começa com um massacre de um povo indígena, comandado pelo cruel forasteiro Duncan e seu bando, apenas para conseguir e vender escalpes.
Porém, não contavam com a astúcia do Joe (Burt Reynolds), que sobreviveu ao massacre e quer vingança. Ao seu lado, estão as prostitutas, que testemunharam um plano de roubo ao banco.
Com isso, Joe fará de tudo para salvar o povo dessa ameaça e vingar dos que mataram sua mulher.
O filme aborda a questão indígena, durante a época da ferrovia. Os destaques são a fotografia e a magnífica trilha sonora, composta por Ennio Morricone (que assinou como Leo Nichols).
Como foi dito, Joe, O Pistoleiro Implacável se tornou cult. Inclusive, um certo fã chamado Quentin Tarantino usou referências desse filme. A trilha sonora foi usada para o Kill Bill volume 2, e a cena de escalpos foi para os Bastardos Inglórios, além da temática sobre vingança.
Se existe um filme que pode ser uma premonição para os dias atuais (em tempos de pandemia global), esse é o filme certo.
Um grupo de pessoas se isola em uma fazenda, enquanto um exercito de zumbis se alastraram, desprovidos de massa cinzenta, mas com um apetite monstruoso por carne humana.
Enquanto isso, o pobre líder da fazenda clama por ajuda, a não ser que tenha que se sacrificar para salvar essas pessoas de uma ameaça mundial. O número de zumbis cresce misteriosamente.
Poderia ser um filme de comédia ou mais um filme gótico do passado, mas George A. Romero investiu pouco para realizar A Noite dos Mortos-Vivos. E deu certo. Se tornou, não só lucrativo, como criou um subgênero, para os filmes de terror, os chamados Apocalipse Zumbi, com temática documental, um pouco de realismo e senso de humor.
Em uma época em que o cinema mundial investia pesado nos Universos da Marvel e DC Comics, um lendário cineasta resolveu apostar na sua antiga fórmula para brilhar na história.
Depois da trilogia agradar gregos e troianos, o George Miller investiu pesado para revisitar o Mad Max. Como o Mel Gibson estava impossibilitado para interpretar o protagonista, coube a Tom Hardy ser o Max.
Atormentado por seu passado, em um futuro pôs-apocalíptico, Max é capturado por seus capangas do cruel Immortan Joe, que impõe uma ditadura em seu povo.
Depois, ele se junta a imperatriz de elite Furiosa, que é acompanhada por um grupo de mulheres, que eram as "esposas" de Immortan Joe.
O que se vê é ação e adrenalina, do começo ao fim. A fotografia, os efeitos visuais, a edição e os efeitos sonoros são os destaques desse, que é o melhor filme da segunda década de 2000.
Com isso, a Academia presenteou-o com seis homenzinhos dourados, todos técnicos. Charlize Theron se destacou como a Furiosa, sem falar que George Miller apostou no empoderamento feminino.
Um filme que será cravado na memória de quem respira cinema de verdade.
Uma coisa nós sabemos: depois da fase horrível com St. Anger, o Metallica saiu do coma e lançou Death Magnetic, em 2008, marcando uma nova e excelente fase. O então novo disco agradou os antigos e os novos fãs e a banda resolveu sair em turnê para divulgá-lo.
Foi então que chegaram na América Latina e aterrissaram no México para filmar as três noites de apresentações, que, mais tarde, virou DVD, chamado Orgulho, Paixão e Glória.
Com um ser matador, Lars Ulrich desce a porrada com Creeping Death. Pérolas, como Ride The Lightning, Fight Fire with Fire, For Whois The Bell Tolls, Disposable Heroes, Master of Puppets, Sad But True, One e The Memory Remains fizeram a alegria dos fãs mexicanos.
Sem falar que a performance dos músicos estão tinindo, principalmente o James Hetfield, que, além de ser um riff master, é também um vocalista de responsa. Outro que também se saiu bem eh o Rob Trujillo, brilhando como nos tempos do Suicidal Tendencies e Infectious Groovies.
O DVD mostra a chegada da banda ao México, os bastidores, a expectativa dos fãs, o encontro mais que esperado.
Como sempre, um show do Metallica é um investimento bem gasto.
A Coréia do Sul tem sua própria cultura diversificada, desde a música até o cinema. E foi com esse tópico que o mundo se rendeu à Parasita, produzido, coescrito e dirigido por Bong Joon-ho.
Nessa peça, uma família de sem-teto tenta sobreviver à periferia de Seoul, quando o filho mais velho resolve arrumar um emprego em uma casa chique, para ensinar a filha da patroa.
Ele convence a família a trabalhar na casa e curtem o que há de melhor da boa vida. O que eles não sabem eh que coisas estranhas vão acontecer. E é melhor a família Ki-taek se cuidar, antes que seja tarde demais.
O que não falta é humor negro (no melhor estilo Tarantino), suspense e um roteiro bem escrito. Não a toa que a Academia resolveu premiar com quatro principais homenzinhos dourados (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original).
Realmente, o cinema mundial nunca mais será o mesmo.
Brasil Heavy Metal
4.0 5A década de 80 foi marcada por uma revolução musical, conhecido como o Metal Brasileiro, com o primeiro registro fonográfico, da banda paraense Stress.
A partir daí, várias bandas pesadas resolveram unir forças e lançar compactos e coletâneas, com a ajuda de gente graúda e perseverante.
Os shows foram o cartão de visita para que fãs sedentos por material inédito descubram mais coisas do cenário. Foi daí que surgiram os fanzines.
Mas... o melhor estava por vir, quando foi anunciado o Rock In Rio. A Ditadura foi pro espaço e uma nova democracia amanhece no céu brasileiro.
Essas e outras histórias são contadas no documentário Brasil Heavy Metal, produzido e dirigido por Ricardo "Micka" Michaelis, ex-guitarrista do Santuário é dono do Ideia House.
O que não falta são depoimentos de músicos, jornalistas, fanzineiros, empresários e roadies, contando desde o momento político até o musical, passando por procura de informações de bandas gringas e trocas de k7 e vinil.
O filme só peca por conter uma dramatização no meio dos depoimentos, se tivessem tirado, o documentário seria excepcional. Faz parecer novela ou telecurso.
A Dama e o Vagabundo
3.8 517 Assista AgoraHá sessenta anos, a Disney lançava mais um clássico animado: A Dama e o Vagabundo, protagonizado por cachorros.
Lady é uma cadela doce e delicada, que tem tudo a seu direito. Vive com seus donos em uma chique casa, quando recebem a notícia mais especial, que irá mudar a vida de todos.
Enquanto o Tramp é um vira-lata doce e boa-praça, que vive livre e consegue comida por onde quer que esteja.
Eis que o destino resolve unir os dois lados: Tramp encontra Lady, desiludida com a boa vida que levava. Tramp diz que a vida com os humanos não é fácil. E vivem situações como qualquer cachorro.
Uma das cenas mais icônicas e que entrou na história do cinema é quando estão em um restaurante e dividem um prato de macarronada com almôndegas. É aí que a mágica acontece.
A Dama e o Vagabundo não é só um desenho de amor humano, mas é também pra quem ama cachorros.
A Bela Adormecida
3.6 454 Assista AgoraÉ sempre bom falar de Walt Disney, quando o assunto são as renomadas animações de qualidade. Desde Branca de Neve e os Sete Anões, é que o número de clássicos dos contos de fada traçaram nos lápis dos desenhistas da companhia.
Mas a Disney se superou. E baseou no balé de Tchaikovsky (o conto teve várias versões, como o do Charles Perrault e dos Irmãos Grimm) para criar um dos mais ambiciosos filmes: A Bela Adormecida. Pra isso, fez uma pesquisa árdua, para criar um tema medieval, com cores e traços de causar inveja. E conseguiram.
A história começa quando um casal imperial concebe um bebê, com o nome de Aurora. Eis que três fadas simpáticas presenteiam a pequena princesa. Porém, a bruxa Malévola amaldiçoa-a, com um presente mortal.
Desde então, Aurora se torna uma bela moça e encantadora, sob o cuidado das três fadas. Mas o que não imaginavam é que Malévola planeja uma emboscada para acabar com a felicidade de ambas.
O desenho se tornou um clássico, co-dirigido por Wolfgang Reitherman, e virou um Live-action com spin-off Malévola, interpretado por Angelina Jolie.
Rocketman
4.0 922 Assista AgoraQualquer roqueiro que se preze, sabe da importância do Elton John para a música. Suas musicas ficaram no imaginário da população ávida por sentimento.
E foi com esse sentimento que surgiu Rocketman, sua cinebiografia. Depois do bem-sucedido Bohemian Raphsody, agora é a vez do outro inglês fazer bonito.
Toda a história é contada, desde a infância humilde na Inglaterra, como quando seus pais viviam em conflito, seu amor pela música e o ingresso a uma conceituada escola.
Depois de tocar em pequenos clubes, ele teve uma chance de se tornar compositor, e foi daí que conheceu Bernie Taupin, um letrista fora de série, que se tornou parceiro do Elton John até hoje.
As turnês incessantes, as roupas espalhafatosas, as drogas e o álcool marcaram a vida do xiliquento Inglês. Mas também mostra um lado sombrio e melancólico dele, que nos faz refletir sobre o que é ser amado.
Taron Egerton entregou de corpo e alma para fazer a vez e a voz do Elton John, que não exigiu nada e pediu pra não esconder os vícios exagerados.
Rocketman ganhou um Oscar de Melhor canção, com a assinatura de Elton com Taupin.
Turma da Mônica: Laços
3.6 607 Assista AgoraPara falar desse filme, eu tenho que fazer uma confissão pessoal. Quando eu era criança, minha mãe me levava pra psicóloga e na volta a gente passava na banca de jornal e comprava muitos gibis. A maioria deles é da Turma da Mônica. E eu lia várias vezes e sentia aquele gosto de uma infância feliz e sadia. Até hoje eu guardo com carinho os gibis, que contabilizam mais de 200 exemplares.
Como todos sabem, o Maurício de Sousa é um ícone dos quadrinhos brasileiro. Assim como o Stan Lee é cultuado lá fora. Mas o Maurício tem algo a mais, porque ele é humano e sabe contar muitas histórias do cotidiano, já que ele foi repórter policial.
Ele já foi lido e relido em vários países e tem mais de 100 personagens. Possui um marketing de respeito, contabilizando milhares de produtos, além de parques temáticos. E também foi adaptado por diversos cartunistas.
E dois deles são Vítor e Lu Cafaggi, que criaram Laços, uma graphic novel. Foi com essa obra que o cinema brasileiro resolveu fazer um filme de carne e osso da Turma da Mônica. Foram anos de testes e muito mistério, para saber quem interpretariam os famosos personagens.
Com direção de Daniel Rezende, Turma da Mônica - Laços conta a história da famosa Turma da Rua do Limoeiro, onde os personagens mais conhecidos vivem o dia a dia, como o Cebolinha, que junto com o Cascão, planejam o roubo do coelho Sansão, da Mônica.
Porém, o seu cachorro Floquinho foi sequestrado por um misterioso bandido. É aí que o garoto que fala errado resolve se juntar com o resto da Turma para investigar o paradeiro do cachorrinho.
O que se vê é um misto de Stranger Things com Conta Comigo. As atuações das crianças foram melhores, destaque para o Rodrigo Santoro como o Louco. Além da cenografia, que ficou maravilhosa.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNo cinema, não há um ser humano que surpreende mais, como Quentin Tarantino. Desde que se tornou atendente de vídeo locadora, ele já respirava cinema 24 horas por dia, falava de todos os diretores da sétima arte e não parou mais, quando, um certo dia, ele escreveu roteiros para se distrair.
Foi com essa introdução que começo a falar de Era Uma Vez... em Hollywood, fazendo referências a trilogia Era Uma Vez de Sergio Leone. O nono filme do Tarantino (e o primeiro como co-produtor) é uma homenagem à sétima arte, com a transição da TV para o cinema, ou será o contrário? Quem sabe?
Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de uma famosa série de TV, que se vê numa encruzilhada, quando lhe oferece um contrato para atuar no cinema italiano, nos chamados Western Spaghetti. Ao lado dele, está o dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que sempre se tornou o pau-para-toda-obra. Até mesmo sendo acusado de matar a sua mulher e se safar.
Por outro lado, entra em cena a Sharon Tate (Margot Robbie), uma ninfeta de parar o trânsito, casada com Roman Polanski, e uma atriz em ascensão. Sem saber que, mais tarde, sua vida vai transformar da noite para o dia.
No filme, vemos hippies marginais, festas glamorosas e uma trilha sonora regada à psicodelia do final dos anos 60.
Numa das cenas, o Bruce Lee se paga de fodão e desafia o Cliff a uma luta amadora. Outra cena é quando o Rick Dalton dialoga com uma atriz mirim e se emociona. Outra cena é pra deliciar as moças, com o Cliff Booth sem camisa (Brad Pitt nos auge dos seus 55 anos).
Mas o que o fã do Mestre espera? Isso mesmo, sangue e muita violência. Embora seja o mais maduro filme da sua carreira.
O que não falta são as estupendas interpretações de DiCaprio e Pitt, além de um elenco de peso, no calibre de Al Paccino, Kurt Russell, Dakota Fainning, Emile Hirsch, Zoe Bell, Bruce Dern e Michael Madsen. A Academia consagrou o Brad, com um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além do Oscar de Design de Produção. Poderia ter merecido mais.
E eu pergunto: é o melhor filme que o Tarantino dirigiu? Como eu disse antes, é o mais maduro na sua carreira, e bate de frente com Django Livre e Os Oito Odiados. A minha nota é 9,8.
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista AgoraNunca um filme foi tão perturbador e violento como foi o Laranja Mecânica, escrito, produzido e dirigido por Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess.
Em uma Inglaterra futurista, Alex De Large (Malcolm McDowell) e sua gangue devastam tudo e todos com sua ultraviolência, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, além de sua compulsão por pornografia. Sempre vestidos de macacões brancos e usando chapéu-coco pretos, eles bebem leite e se preparam para um ataque brutal.
Porém, após assassinar uma de suas vítimas, ele é traído por seus companheiros e eh preso.
E não para por aí: ele é submetido a uma reabilitação, conhecido como Ludovico, na qual ele se torne uma pessoa normal e sem defesa. É aí que a vida do Alex vira um inferno.
Numa das cenas, a mais perturbadora é quando a gangue invade a casa de um casal, espanca o idoso e estupra a mulher ao som de Singin' In The Rain.
Mas o que Alex não esperava eh que o mesmo senhor que foi atacado "salva" ele e submete a uma experiência aterradora.
Malcolm McDowell foi muito bem em seu papel ora psicótico, ora sensível. Kubrick deve ter ficado alucinado, com tanta violência gratuita.
Embora não seja tão fiel à obra de Burgess, Laranja Mecânica conseguiu vários feitos, como os prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção da Associação dos Críticos de Cinema de Nova York, além de ser indicado aos quatro Oscars, incluindo Melhor Filme.
Mas, nem tudo são flores: o filme foi retirado de circulação pelo próprio Kubrick durante quase 30 anos, e no Brasil também, durante a Ditadura Militar.
Pois é, além disso o grupo de Metal Sepultura gravou o Disco A-Lex, baseado na obra de Burgess, e não no filme.
Laranja Mecânica ainda incomoda muita gente.
Por uns Dólares a Mais
4.3 364 Assista AgoraMantendo o ritmo de Por Um Punhado de Dólares, o cultuado diretor Sergio Leone fez uma continuação tão boa quanto. Por Uns Dólares a Mais segue a mesma cartilha de sangue e tiroteio, com as belas paisagens napolitanas.
Clint Eastwood é Manco, um caçador de recompensas, que perambula pelas cidades do velho oeste americano em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê um cartaz descrito procurado de Indio, um perigoso bandido, que esconde um segredo obscuro.
Indio é também procurado pelo coronel Douglas Mortimer (Lee Van Cleef), outro caçador de recompensas, que também esconde um segredo que só ele sabe. Tanto Manco quanto Mortimer partem em busca de Indio, mas sem sucesso.
Então, eles decidem unir forças para enfrentar o perigoso bandido e sua gangue. O que se vê é balas arremessadas e efeitos visuais da década, com direito a uma trilha sonora hipnótica de Ennio Morricone.
Belíssima continuação da trilogia dos Dólares.
Por um Punhado de Dólares
4.2 421 Assista AgoraQuando se fala em Sergio Leone, se fala em Western Spaghetti. Depois da sua fracassada estreia O Colosso de Rodes, o diretor resolveu abrilhantar, no idioma italiano, o velho Oeste americano, com o seu primeiro Western Spaghetti Por Um Punhado de Dólares.
Para protagonizar o filme, foi chamado o então jovem Clint Eastwood, como o homem sem nome, conhecido como Joe. A história começa com Joe chegando a San Miguel, uma pequena cidade, comandada por duas gangues de contrabandistas, causando o terror.
Nesse caso, o homem sem nome resolve trabalhar em dobro para as duas gangues e, quem sabe, salvar a cidade de todos os malfeitores.
O que se vê é tiroteios e mortes aos montes, sob o olhar clínico do Leone, com direito à trilha sonora de Ennio Morricone.
Um verdadeiro início da famosa trilogia dos Dólares.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraO Nordeste brasileiro é rico em cultura popular e diversa. Mas, imagina uma região tomada por coisas estranhas e sobrenaturais, com rajadas de balas e mortes, por onde passa.
Esse é o tema de Bacurau, produção brasileira, dirigida por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, em que uma cidade do sertão pernambucano dá adeus a uma antiga moradora idosa, para que, a partir daí, pessoas estranhas começam a visitar a cidade e resolvem tocar o terror.
Com uma mistura de ficção científica, ação e toques de Quentin Tarantino, Bacurau tinha tudo para ser indicado ao Oscar, mas pelo menos foi agraciado com um prêmio do júri no Festival de Cannes.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraComentar um filme de Martin Scorsese é falar do verdadeiro cinema, bem feito e bem editado. Desde que foi anunciado, o filme em questão gerava muitas dúvidas e discussões. Primeiro, se a estreia seria em um cinema, antes do serviço de streaming lançar. Segundo, qual seria a reação do público ao ver essa peça.
Depois de muita expectativa, finalmente a Netflix lança O Irlandês. Só por ter no elenco Robert De Niro, Al Paccino e Joe Pesci dá pra ter vários motivos de se deliciar com essa obra. Scorsese se aprofundou de seus maiores sucessos, como Os Bons Companheiros, Cassino e Os Infiltrados, para dirigir seu canto do cisne dos filmes de gângster.
De Niro é Frank Sheeran, um condecorado aposentado, que conciliava o seu trabalho como caminhoneiro com o de assassino de aluguel. Ele conta sua história de como organizou um assassinato de um presidente de uma organização Jimmy Hoffa (Al Paccino). Ao lado de Russell Bufalino (Joe Pesci), eles tocavam o terror em Nova York.
Contendo mais de três horas, O Irlandês promete calar a boca de muitos pseudo-críticos e geeks nutella, que acham que o Universo Marvel é cinema de verdade. Se o Scorsese disse que os filmes de super-heróis são parques de diversões, não podemos discordar.
Creepshow 2: Show de Horrores
3.5 167Stephen King resolveu dar sequência para o seu primeiro filme Creepshow, novamente, ao lado do cultuado e saudoso George A. Romero, que assina o roteiro.
O longa é acompanhado de uma animação, em que um garoto pega uma revista em quadrinhos, dada por um sinistro Bicho-papão. E lá, tem apenas três contos.
O primeiro é sobre um índio de madeira de lei, que ganha vida para se vingar dos ladroes. O segundo conto é quando quatro jovens vão a um lago, e são surpreendidos por uma mancha-viva assassinato. E, por último, um conto sobre uma mulher infiel, que atropela um caroneiro, e é perseguida.
Pode não ser um clássico Gore, como foi o primeiro, mas tem seu momento humor negro, toque do Romero e do Tom Savini, que interpreta o Bicho-papão.
Creepshow: Arrepio do Medo
3.7 236 Assista AgoraA receita é simples: junte um escritor de sucesso, com o diretor cultuado. Voila! Está aí uma das adaptações de contos horripilantes e aterrorizantes (para a época). Estou falando do Creepshow: Show de Horrores, baseado nos contos, escritos pelo mestre do Terror Stephen King e dirigido pelo saudoso George A. Romero.
A proposta é contar cinco histórias, com uma introdução bem interessante. O pai fica puto com o filho, porque ele estava lendo uma revista de contos de terror. Mal sabia o pai, que o seu filho planeja uma vingança cruel.
É aí que começa a festa do horror. Na primeira história, uma família planeja uma comemoração, para lembrar o dia dos pais. O que não sabiam é que o patriarca, já morto, volta da tumba e deseja o seu bolo. Nem que tenha que matar toda sua família.
Na segunda história, um fazendeiro encontra um meteorito e vende por uma quantia de US$ 200,00. Porém, ele traz uma surpresa aterradora.
No terceiro conto, um marido ciumento enterra sua esposa e seu amante na areia, até o pescoço. E coisas assustadoras vão acontecer.
Já no quarto, um zelador encontra uma caixa estranha e avisa ao professor da universidade. O que parecia ser uma simples caixa, era uma armadilha mortal. E envolve o professor e seu colega, que vai arranjar um jeito de usar essa caixa.
E, no último conto, um milionário ranzinza e maníaco por limpeza enfrenta um perigo mais que abominável: Baratas.
George A. Romero deu um toque peculiar nesses contos, baseando nessas obras, os clássicos filmes de Zumbis. Stephen King usou toda sua inteligência para adaptar seus contos para essa filme.
Meu Nome é Ninguém
3.9 81 Assista AgoraDepois da bem sucedida franquia Trinity, o comediante e ator Terence Hill vive um novo personagem desse faroeste spaghetti, Meu Nome é Ninguém.
Baseado em um texto de Sergio Leone (que assume a co-produção) e dirigido por Tonino Valeril, o jovem e ambicioso, conhecido como Ninguém (Hill) fica de olho em seu ídolo, Jack Beauregard (Henry Fonda), que está a um passo de se aposentar.
Para evitar que o velho pistoleiro pendure sua pistola, Ninguém resolve armar uma arapuca, para provar se ele é bom no gatilho.
O que se vê é uma comédia de ação, com ótimas interpretações de Hill e Fonda, que continua com aquele olhar de tigre, que fez em Era Uma Vez No Oeste, clássico do Leone.
A trilha sonora, composta por Ennio Morricone, é divertidíssima, com alguns toques de música erudita.
Plano 9 do Espaço Sideral
3.1 227 Assista AgoraAntes de falar desse filme, vocês têm que conhecer a história do realizador: Ed Wood. Antes de nascer, sua mãe queria uma menina. Depois de nascer menino e crescer, o pequeno Ed era obrigado, por sua mãe, a vestir roupas de menina. Com isso, ele passou a ter fetiche por roupas femininas e se travestir como elas.
Então, ele fez seu primeiro filme, Glen ou Glenda?. A partir daí, ele realizou diversos filmes, com a atuação do seu melhor amigo, o aclamado ator de terror Bela Lugosi, tais como A Noiva do Monstro, remetendo ao clássico White Zombie.
Lugosi morreu em 1956, e Ed Wood homenageou, colocando algumas cenas dele, em seu filme, que seria seu Cidadão Kane: Plano 9 do Espaço Sideral.
Nesse filme, os alienígenas ficam putos, com a bestialidade dos humanos e montam sua base, em um cemitério. E lá acontecem coisas sinistras, como a ressurreição dos Mortos, sob o uso de um eletrodo.
Jeff Trent, um piloto da linha aérea, que vive perto do cemitério, precisa salvar sua mulher desses seres. Entre os zumbis, estão a Vampira.
A crítica não perdoou. E tachou esse filme, como o pior de todos os tempos. Sem falar que o Ed Wood, foi considerado o pior diretor da história do cinema.
Anos mais tarde, toda a filmografia se tornou cult, para os amantes da sétima arte. Até o Tim Burton ficou encantado, que resolveu fazer a cinebiografia Ed Wood (1994), protagonizado por Johnny Depp.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraNova York, a cidade que não dorme. Repleto de pessoas estranhas, vis e frias. Nas palavras de Travis Bickle: "Qualquer dia, uma forte chuva vai limpar a cidade dessa escória".
Um retrato bem realista de um ex-fuzileiro naval, que se torna um motorista de táxi, perambulando nos bairros mais Barra-Pesada.
Querendo ser alguém numa sociedade mais avessa às suas necessidades, Travis tenta conquistar seu coração com a voluntária da campanha presidencial Betsy.
Percebendo que a cidade não quer saber de gente, como ele, ele parte para uma guerra pessoal. Se torna um atirador de elite e protege uma jovem prostituta, Íris, dos cafetões.
Martin Scorsese retrata a solidão e a transformação de um homem comum, em meio à cidade que vive. Esse é o enredo de Taxi Driver.
Robert DeNiro deu um show de interpretação. Sem falar das beldades Cybil Shepard e a jovem Jodie Foster.
O longa foi indicado a quatro Oscares, incluindo o de melhor filme. A trilha sonora, composta por Bernard Hermann, foi seu último suspiro, já que ele morreu, depois da conclusão da obra.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraNesses tempos de pandemia, por conta do coronavírus, alguns filmes com temática zumbi são ótimos para perceber que estamos isolados no mundo, enquanto o vírus se espalha, como mosca.
Poderia citar os famosos filmes do saudoso George A. Romero, mas, para dar risada, tem um filme que é peça fundamental: Zumbilandia.
Nesse filme, Columbus narra sua própria jornada, dando dicas de como sobreviver aos ataques de zumbi. Então, ele conhece Tallahassee, um caçador implacável e sarcástico. Podem não ser uma dupla, como Starciky & Hutch, mas se completam.
No meio do caminho, encontram duas irmãs, ambas caçadoras de zumbis: Wichita e Little Rock. Como ninguém confia em ninguém, precisam sobreviver.
Pode achar o roteiro sem-noção, mas, com certeza, é diversão garantida. Pra assistir em quarentena, sem medo de cara feia.
À Espera de Um Milagre
4.4 2,1K Assista AgoraAntes de falar sobre esse filme, tem duas coisas à respeito sobre a temática. Em 1935, um jovem negro foi condenado a morte pelo assassinato de duas meninas brancas. Anos depois da sentença ser concluída, foi alegado a sua inocência, depois da sua morte, na cadeira elétrica. Isso, talvez, fez o escritor Stephen King buscar inspiração para escrever seu livro The Green Mille.
A Warner se encantou por essa obra e criou um dos filmes mais comoventes dos anos 90: A Espera de um Milagre. Para a direção, foi chamado Frank Darabont, que dirigiu outro filme, baseado na mesma obra de Stephen King, Um Sonho de Liberdade.
Paul (Tom Hanks) é o chefe de carceragem do corredor da Morte, conhecido como Milha Verde. Ele recebe um prisioneiro, John Coffey (Michael Clarke Duncan), acusado de estuprar e matar duas garotinhas.
Mas, Paul percebe que o Coffey não tenha feito isso. E, desde então, os dois se tornam amigos, apesar das diferenças. Tanto é que os guardas da prisão se encantaram com o grandalhão.
O que se vê nesse filme são dons sobrenaturais, fe e injustiça. A Academia lembrou o desempenho de Duncan, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante, além de outras indicações, como o de melhor filme.
Um filme para se emocionar e se encantar.
Metal: Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal
4.4 138Os anos 80 foram marcados por um movimento, que se tornou global: o Heavy Metal. Várias bandas surgiram para registrarem seus discos, fãs se espalharam como um vírus em tempos de pandemia e shows se tornaram presença obrigatória.
Porém, o que parecia ser uma maravilha para uns, se tornou um perigo para os pais e religiosos, com o advento da PMRC, liderado por Tipper Gore, ex-esposa de Al Gore, então senador e ex-vice-presidente dos EUA. Classificando o estilo musical como perigoso e armando uma cruzada.
Para contar essa história, nada melhor do que ver e ouvir o documentário Metal - Uma Jornada pelo Mundo do Heavy Metal, dirigido por Sam Dunn, um antropólogo fã de Metal que, com toda sua experiência e amor pelo Metal, percorreu o Mundo para desvendar o porquê do estilo ser amado e odiado.
Pra quem não é fã de Metal, não vai dar a mínima sobre o tema, mas, pra quem é fanático pelo som pesado (eu inclusive!), se deliciará com o que há de melhor da música pesada.
Sam Dunn foi até o fundo da história e entrevistou gente graúda, como Geddy Lee, Tony Iommi, Alice Cooper, Bob Ezrin, Rob Zombie, Lemmy Kilmister, Ronnie James Dio, Bruce Dickinson, para falarem quais são as pioneiras do Metal, as origens sonoras, o meio em que viveram, além de fãs e groupies.
Bandas como Slayer, Lamb of God, Arch Enemy, Cannibal Corpse, Slipknot, Mayhem, também deram suas palavras.
O que podemos ver no documentário é como o Metal aborda os temas, sem medo de cara feia, como Violência, Sexo, Drogas, Religião e sangue. Além da árvore genealógica de subgeneros da música pesada. Sam Dunn viajou para o Wacken Open Air até a Noruega, berço do Black Metal Norueguês.
Metal é ótimo para pesquisas sobre o estilo. E é pra ser visto com uma cerveja na mão. Maloik!
Joe, O Pistoleiro Implacável
3.7 27 Assista AgoraParece incrível, mas o Western Spaghetti foi, sem sombra de dúvidas, um dos gêneros mais únicos da sétima arte. Seus filmes foram peças marcantes na história. E poderia citar alguns, como as famosas trilogias dos Dólares e Era Uma Vez, de Sergio Leone.
Quem também investiu pesado foi o cultuado diretor Sergio Corbucci. Depois do sucesso de Django, ele fez outro que, mais tarde, se tornaria cult: Joe, O Pistoleiro Implacável.
O filme começa com um massacre de um povo indígena, comandado pelo cruel forasteiro Duncan e seu bando, apenas para conseguir e vender escalpes.
Porém, não contavam com a astúcia do Joe (Burt Reynolds), que sobreviveu ao massacre e quer vingança. Ao seu lado, estão as prostitutas, que testemunharam um plano de roubo ao banco.
Com isso, Joe fará de tudo para salvar o povo dessa ameaça e vingar dos que mataram sua mulher.
O filme aborda a questão indígena, durante a época da ferrovia. Os destaques são a fotografia e a magnífica trilha sonora, composta por Ennio Morricone (que assinou como Leo Nichols).
Como foi dito, Joe, O Pistoleiro Implacável se tornou cult. Inclusive, um certo fã chamado Quentin Tarantino usou referências desse filme. A trilha sonora foi usada para o Kill Bill volume 2, e a cena de escalpos foi para os Bastardos Inglórios, além da temática sobre vingança.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraSe existe um filme que pode ser uma premonição para os dias atuais (em tempos de pandemia global), esse é o filme certo.
Um grupo de pessoas se isola em uma fazenda, enquanto um exercito de zumbis se alastraram, desprovidos de massa cinzenta, mas com um apetite monstruoso por carne humana.
Enquanto isso, o pobre líder da fazenda clama por ajuda, a não ser que tenha que se sacrificar para salvar essas pessoas de uma ameaça mundial. O número de zumbis cresce misteriosamente.
Poderia ser um filme de comédia ou mais um filme gótico do passado, mas George A. Romero investiu pouco para realizar A Noite dos Mortos-Vivos. E deu certo. Se tornou, não só lucrativo, como criou um subgênero, para os filmes de terror, os chamados Apocalipse Zumbi, com temática documental, um pouco de realismo e senso de humor.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraEm uma época em que o cinema mundial investia pesado nos Universos da Marvel e DC Comics, um lendário cineasta resolveu apostar na sua antiga fórmula para brilhar na história.
Depois da trilogia agradar gregos e troianos, o George Miller investiu pesado para revisitar o Mad Max. Como o Mel Gibson estava impossibilitado para interpretar o protagonista, coube a Tom Hardy ser o Max.
Atormentado por seu passado, em um futuro pôs-apocalíptico, Max é capturado por seus capangas do cruel Immortan Joe, que impõe uma ditadura em seu povo.
Depois, ele se junta a imperatriz de elite Furiosa, que é acompanhada por um grupo de mulheres, que eram as "esposas" de Immortan Joe.
O que se vê é ação e adrenalina, do começo ao fim. A fotografia, os efeitos visuais, a edição e os efeitos sonoros são os destaques desse, que é o melhor filme da segunda década de 2000.
Com isso, a Academia presenteou-o com seis homenzinhos dourados, todos técnicos. Charlize Theron se destacou como a Furiosa, sem falar que George Miller apostou no empoderamento feminino.
Um filme que será cravado na memória de quem respira cinema de verdade.
Metallica: Orgulho, Paixão e Glória: Três Noites na Cidade do …
4.6 32 Assista AgoraUma coisa nós sabemos: depois da fase horrível com St. Anger, o Metallica saiu do coma e lançou Death Magnetic, em 2008, marcando uma nova e excelente fase. O então novo disco agradou os antigos e os novos fãs e a banda resolveu sair em turnê para divulgá-lo.
Foi então que chegaram na América Latina e aterrissaram no México para filmar as três noites de apresentações, que, mais tarde, virou DVD, chamado Orgulho, Paixão e Glória.
Com um ser matador, Lars Ulrich desce a porrada com Creeping Death. Pérolas, como Ride The Lightning, Fight Fire with Fire, For Whois The Bell Tolls, Disposable Heroes, Master of Puppets, Sad But True, One e The Memory Remains fizeram a alegria dos fãs mexicanos.
Sem falar que a performance dos músicos estão tinindo, principalmente o James Hetfield, que, além de ser um riff master, é também um vocalista de responsa. Outro que também se saiu bem eh o Rob Trujillo, brilhando como nos tempos do Suicidal Tendencies e Infectious Groovies.
O DVD mostra a chegada da banda ao México, os bastidores, a expectativa dos fãs, o encontro mais que esperado.
Como sempre, um show do Metallica é um investimento bem gasto.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraA Coréia do Sul tem sua própria cultura diversificada, desde a música até o cinema. E foi com esse tópico que o mundo se rendeu à Parasita, produzido, coescrito e dirigido por Bong Joon-ho.
Nessa peça, uma família de sem-teto tenta sobreviver à periferia de Seoul, quando o filho mais velho resolve arrumar um emprego em uma casa chique, para ensinar a filha da patroa.
Ele convence a família a trabalhar na casa e curtem o que há de melhor da boa vida. O que eles não sabem eh que coisas estranhas vão acontecer. E é melhor a família Ki-taek se cuidar, antes que seja tarde demais.
O que não falta é humor negro (no melhor estilo Tarantino), suspense e um roteiro bem escrito. Não a toa que a Academia resolveu premiar com quatro principais homenzinhos dourados (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original).
Realmente, o cinema mundial nunca mais será o mesmo.