Gostei e gostei muito! Série brasileira com cara de brasileiro — e caprichada na escalação de atores nesse sentido: elenco rico e diversificado. Já vi filme por aqui em que ator negro só aparece para servir água, então é ótimo ver atores negros interpretando personagens interessantes.
Acho que o grande ponto fraco é o roteiro e é preciso relevar muito para aproveitar a história. Mas confesso que quando fui assistir, já não esperava muito do roteiro. Sejamos honestos, qual foi a última distopia que realmente se sobressaiu? Hunger Games está longe disso. Para mim, qualquer coisa depois de 1984, Admirável Mundo Novo e A Máquina do Tempo soa pobrezinha. A série tem momentos interessantes no roteiro, mas não dá profundidade e fica no clima de distopia já estabelecido por outras séries. (Se bem que Stranger Things também não veio com nada novo e está sendo louvada há quatro meses.)
Quanto a atuação, não gostei muito de como o João Miguel está, mas em algumas cenas ele está bem. Bianca Comparato está maravilhosa, o que eu já esperava, e a acompanho desde o A Menina Sem Qualidades.
As críticas internacionais estão louvando a atuação. Ela está bem novelesca, mas isso tem influência do que se conhece como atuação para a tevê aqui no Brasil. Isto é, não dá para assistir uma série brasileira querendo atuação americana. Quando eu vejo seriado japonês, por exemplo, eu me desapego do que estou acostumado a ver como atuação.
Alguns momentos poderiam ter sido abordados de outra forma, sim, mas isso precisaria de uma direção experiente e roteiristas experientes, o que não é o caso: a Netflix trouxe os colaboradores do projeto que têm pouca ou nenhuma experiência com direção, ainda mais desse tipo de produção.
3% é bem relevante e atual, por mais que seja futurista. Tem personagens carismáticos (Joana maravilhosa, beijo Rafael) e momentos bem divertidos. Há um esforço na direção de arte, a fotografia é inspirada, a trilha sonora toca Elza!, ignorando os erros de produções nacionais de renderem sua trilha ao internacional. A captação de áudio está surpreendente de tão boa!
O que faltou na série foi que os criadores tivessem sentado e pensado em cada detalhe desse mundo deles, para que não ficassem algumas lacunas estranhas — aquilo da família Álvaro (?) não faz muito sentido.
Agora é esperar que os próximos projetos da Netflix venham com mais qualidade, um olhar mais apurado aos detalhes e mais investimentos!
Por falta de inspiração, por preguiça ou por qualquer outro motivo, você decide dar uma pesquisada nos oradores mais famosos do período. Você se depara com um discurso muito bem estruturado, muito convincente e decide (por que não?) retirar uma linha inteira dele e colocar no seu texto. Só uma linha mesmo. Daí você começa a ler outros textos e se depara com um muito engraçado, de um comediante muito famoso, mas que ninguém mais lembra o nome. Daí você retira desse outro uma linha, e apenas uma linha. De um cronista, uma linha, de um jornalista, outra linha, de um escritor, um parágrafo.
Você decide não acrescentar nada além de um título nesse seu discurso, afinal, com tanta base assim, ele já não está pronto? E sim, o seu texto é interessante, muito divertido, bem escrito, bom de verdade. Mas ele é bom porque você criou alguma coisa, ou simplesmente é bom porque você tirou de um lugar bom? Obviamente a segunda resposta.
Stranger Things é isso.
É um trabalho de colagem que recicla tudo o que deu certo nas últimas quatro décadas na tevê e no cinema, sem se dar ao trabalho de criar nada. É divertido, é bom, mas pelos motivos errados, e nenhum desses envolve algum mérito da série ou de seus criadores.
A fórmula do filme já foi tão usada e reutilizada em outras produções desde seu lançamento que assisti-lo hoje em dia pela primeira vez acaba tornando-o previsível. Entretanto, ele acaba por ser aquela viagem que, mesmo já sabendo o destino, não conseguimos deixar de aproveitar todo o espetáculo do caminho. (Ainda mais com Bette Davis como companhia.)
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraGostei e gostei muito! Série brasileira com cara de brasileiro — e caprichada na escalação de atores nesse sentido: elenco rico e diversificado. Já vi filme por aqui em que ator negro só aparece para servir água, então é ótimo ver atores negros interpretando personagens interessantes.
Acho que o grande ponto fraco é o roteiro e é preciso relevar muito para aproveitar a história. Mas confesso que quando fui assistir, já não esperava muito do roteiro. Sejamos honestos, qual foi a última distopia que realmente se sobressaiu? Hunger Games está longe disso. Para mim, qualquer coisa depois de 1984, Admirável Mundo Novo e A Máquina do Tempo soa pobrezinha. A série tem momentos interessantes no roteiro, mas não dá profundidade e fica no clima de distopia já estabelecido por outras séries. (Se bem que Stranger Things também não veio com nada novo e está sendo louvada há quatro meses.)
Quanto a atuação, não gostei muito de como o João Miguel está, mas em algumas cenas ele está bem. Bianca Comparato está maravilhosa, o que eu já esperava, e a acompanho desde o A Menina Sem Qualidades.
As críticas internacionais estão louvando a atuação. Ela está bem novelesca, mas isso tem influência do que se conhece como atuação para a tevê aqui no Brasil. Isto é, não dá para assistir uma série brasileira querendo atuação americana. Quando eu vejo seriado japonês, por exemplo, eu me desapego do que estou acostumado a ver como atuação.
Alguns momentos poderiam ter sido abordados de outra forma, sim, mas isso precisaria de uma direção experiente e roteiristas experientes, o que não é o caso: a Netflix trouxe os colaboradores do projeto que têm pouca ou nenhuma experiência com direção, ainda mais desse tipo de produção.
3% é bem relevante e atual, por mais que seja futurista. Tem personagens carismáticos (Joana maravilhosa, beijo Rafael) e momentos bem divertidos. Há um esforço na direção de arte, a fotografia é inspirada, a trilha sonora toca Elza!, ignorando os erros de produções nacionais de renderem sua trilha ao internacional. A captação de áudio está surpreendente de tão boa!
O que faltou na série foi que os criadores tivessem sentado e pensado em cada detalhe desse mundo deles, para que não ficassem algumas lacunas estranhas — aquilo da família Álvaro (?) não faz muito sentido.
Agora é esperar que os próximos projetos da Netflix venham com mais qualidade, um olhar mais apurado aos detalhes e mais investimentos!
Boi Neon
3.6 461Gostei, mas não sei por quê.
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraTudo a respeito dessa série é fascinante. Planejo seguir Phoebe Waller-Bridge para sempre!
Amores Urbanos
3.3 98white people problems.
Amor, Plástico e Barulho
3.5 75Como essa Maeve Jinkings é maravilhosa, hein? Cada vez mais apaixonado por ela.
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agoraps: não há nada de político nesse filme. é tudo alegoria de sua cabeça. ;)
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agora(ainda tentando entender por que as pessoas estavam gritando "fora temer" para a tela de projeção do cinema. ué.)
As Criaturas Atrás das Paredes
3.3 197 Assista AgoraEita Wes Craven que faz falta! ♥
Mãe Só Há Uma
3.5 408 Assista AgoraPassando para comentar que o titulo internacional (em inglês) é melhor que o original.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraDigamos que você precise escrever um discurso.
Um texto sobre determinada época.
Por falta de inspiração, por preguiça ou por qualquer outro motivo, você decide dar uma pesquisada nos oradores mais famosos do período. Você se depara com um discurso muito bem estruturado, muito convincente e decide (por que não?) retirar uma linha inteira dele e colocar no seu texto. Só uma linha mesmo. Daí você começa a ler outros textos e se depara com um muito engraçado, de um comediante muito famoso, mas que ninguém mais lembra o nome. Daí você retira desse outro uma linha, e apenas uma linha. De um cronista, uma linha, de um jornalista, outra linha, de um escritor, um parágrafo.
Você decide não acrescentar nada além de um título nesse seu discurso, afinal, com tanta base assim, ele já não está pronto? E sim, o seu texto é interessante, muito divertido, bem escrito, bom de verdade. Mas ele é bom porque você criou alguma coisa, ou simplesmente é bom porque você tirou de um lugar bom? Obviamente a segunda resposta.
Stranger Things é isso.
É um trabalho de colagem que recicla tudo o que deu certo nas últimas quatro décadas na tevê e no cinema, sem se dar ao trabalho de criar nada. É divertido, é bom, mas pelos motivos errados, e nenhum desses envolve algum mérito da série ou de seus criadores.
Bates Motel (4ª Temporada)
4.4 722Eu estou bem mal com esse último episódio de um jeito, mas de um jeito que eu nem consigo chorar.
Penny Dreadful (2ª Temporada)
4.5 620 Assista AgoraE é por isso que sou tão exigente com roteiro de séries!
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraAlguém devorou alguns romances da Agatha Christie entre um roteiro e outro, não?
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraA fórmula do filme já foi tão usada e reutilizada em outras produções desde seu lançamento que assisti-lo hoje em dia pela primeira vez acaba tornando-o previsível. Entretanto, ele acaba por ser aquela viagem que, mesmo já sabendo o destino, não conseguimos deixar de aproveitar todo o espetáculo do caminho. (Ainda mais com Bette Davis como companhia.)
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraO filme é perfeito, mas eu ainda estou tentando entender como estavam tentando jogar a Rooney Mara como coadjuvante.
Pânico (1ª Temporada)
3.6 759É um Pretty Little Liars com menos carisma.
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838 Assista Agoraa melhor temporada da série.
Entre Abelhas
3.4 830A impressão é de que o filme só tem o final que tem por não ser capaz de responder as perguntas que ele mesmo se propõe.
Temporário 12
4.3 590quando você sente que quer abraçar um filme e se sentir abraçado ao mesmo tempo, pois não sabe qual dos dois precisa de mais conforto.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraEu quero valsar com a fotografia desse filme.
Atração Fatal
3.6 444 Assista Agoraacabei o filme com muita dó da Alex. ué.
Tudo Que Aprendemos Juntos
3.6 71ps: cadê o pessoal que adora falar da tradução de títulos para comentar como esse ficou em inglês?
Tudo Que Aprendemos Juntos
3.6 71por que a gente não vai mais à Orquestra com mais frequência mesmo?
Hoje
3.3 91Eu falei o "hoje" junto com a protagonista e vibrei com a repercussão de seu gesto. Foi libertador!