Killing Eve mostra a sua força desde o primeiro episódio e permanece numa crescente durante toda a temporada. Minha principal motivação para acompanhar foi ver Sandra Oh estrelando a produção, mas a série tem muito mais a oferecer além do seu elenco competente. O enredo conta a história de Eve, uma investigadora que está agarrada na ideia de que vários homicídios ao redor do mundo estão sendo cometidos por um único criminoso, ou melhor, criminosa. Logo nos primeiros episódios, confirmamos sua hipótese e começamos a acompanhar a busca incessante de Eve para confrontar Villanelle, a assassina de aluguel em questão, extremamente apegada as vaidades de seu “trabalho”.
Um dos pontos altos da série é a beleza das suas ambientações: já que o desenrolar dos fatos acontecem em diferentes cidades europeias, a fotografia enche os olhos, sem falar dos múltiplos sotaques e idiomas que são utilizados no decorrer da trama. Outro ponto alto e, sem dúvidas, o grande destaque do conjunto geral, é a personagem peculiar de Villanelle. Eu já conhecia Jodie Comer pelo seu papel em Doctor Foster, mas a atriz passou completamente despercebida aos meus olhos. Dessa vez, ela pôde mostrar muito do seu talento, interpretando uma psicopata cheia de nuances, extremamente sarcástica e divertida.
No mais, confesso que queria ter visto alguma reviravolta mais impactante ao final da temporada, mas nada que estrague o charme dessa série que soube reunir muito bem um thriller policial com diversas pitadas de humor ácido em seus oito episódios. Se fosse pra definir a série em dois adjetivos, a chamaria de elegante e envolvente. Ansioso para a segunda temporada!
"Hello Sister Barbara, blessed be the fruit". Icônico!
Em relação à primeira temporada, sinto que nesta segunda focaram mais no contexto dramático da série. O crescimento dos personagens permitiu desenvolver um roteiro ainda mais palpável e, consequentemente, abordado com mais sutileza. Foi muito interessante acompanhar o surgimento da primeira namorada de Elena e os obstáculos de Penelope ao enfrentar seus distúrbios psicológicos, por exemplo. No mais, Rita Moreno continua impecável, as atuações estão mais convincentes e a season finale foi uma das mais emocionantes que já pude acompanhar. Espero por uma terceira temporada que consiga misturar o melhor da comédia presente na primeira e o melhor do drama da segunda. Adorei!
Ao passo que as temporadas avançam, percebo uma intensa preocupação dos roteiristas em tornar ainda mais palpável a temática da velhice e seus desafios. O enredo é mais dramático do que o normal, mas aborda muitas questões interessantes, como a homossexualidade, o sentimento de solidão, relacionamento aberto e morte, tudo inserido no contexto da terceira idade. Sinto que não há tanta comédia como nas temporadas anteriores, o que me deixou um pouco desanimado com o conjunto geral. Além disso, algumas participações especiais do elenco (Lisa Kudrow, Talie Shire) poderiam ter feito parte da série por um período mais longo, sendo inaproveitáveis pro desenvolvimento da trama. Há muito pano pra manga para uma quinta temporada, mas a sensação é que a quarta andou em círculos.
- Lily Tomlin e June Diane Raphael continuam sendo as grandes estrelas do elenco, com personagens extremamente cativantes. A segunda temporada continua sendo a minha preferida.
- Destaque para uma das cenas mais lindas de toda a série: goo.gl/22zyBg
Eu acho que nunca gargalhei tão alto com uma série, gente! Mesmo sendo comédia em sua excelência, One Day at a Time é aquele tipo de sitcom que você sempre vai aprender ou tirar algo de positivo no final de cada episódio. Os personagens, cada um com suas peculiaridades, dão brecha para que assuntos como machismo, misoginia, xenofobia e homofobia sejam colocados em pauta. Destaques do elenco para Isabella Gomez, que possui carisma o suficiente para representar essa nova geração de jovens envolvidos nas causas sociais, e Rita Moreno, que é simplesmente um grande tesouro da comédia porto-riquenha. Mesmo forçando um pouco o patriotismo americano e a carga emocional das situações - acho que o elenco só convence completamente nas cenas de drama nos últimos dois episódios - ainda vale muito a pena assistir essas temáticas tão importantes sendo abordadas de um jeito leve e divertido.
Eu comecei pouco convencido por achar a temática muito nonsense, mas aos poucos fui mergulhando de cabeça na história e criando um vínculo com James e Alyssa (que funcionam muito bem juntos). A fotografia é linda e o humor extravagante da série funciona principalmente pelo jogo de cenas: preciso e muito diferente do que costumo assistir. Não anseio descontroladamente por uma segunda temporada, mas gostaria de um desfecho um pouco mais redondinho.
Adorei a terceira temporada, então achei um pouco frustrante todo o conjunto da quarta. Minhas impressões sobre cada episódio, elencados do pior para o melhor:
Arkangel acompanha a história de uma mãe que decide implantar um sistema de monitoramento em sua filha, após um trauma envolvendo as duas. A premissa é a cara da série e poderia render um bom episódio sobre relacionamentos parentais abusivos, mas eu esperei até o último minuto por alguma coisa que fizesse me apaixonar pela história, o que não aconteceu. O elenco não é nada carismático, a gente não consegue criar empatia pelos personagens, as ferramentas utilizadas no monitoramento são bem medíocres e a história segue uma linha bem tênue para acabar em um desfecho monótono. Interessante para assistir com a família, mas só.
Crocodile não me desceu de jeito nenhum, gente. A história é protagonizada por uma arquiteta que tenta guardar um terrível segredo após estar envolvida em um acidente de carro que matou um ciclista. O mais interessante aqui é ir acompanhando todo o desenvolvimento do episódio e a queda da protagonista, a atmosfera de tensão foi super funcional pra mim. De qualquer forma, há inúmeros furos no roteiro, sem falar que eu não vou engolir que um hamster teve papel decisivo no desfecho do episódio. Gente, assim não dá.
É inegável que Black Museum é um episódio complexo e cheio de suas simbologias, mas o que me incomoda é a direção. São contadas três histórias diferentes, cada uma envolvendo algum tipo de tragédia envolvendo seus aparatos tecnológicos. Meu principal problema com o episódio é exatamente esse: tudo é muito mal estruturado e as ideias poderiam ter sido utilizadas individualmente. Mais do que isso, as questões raciais presentes foram abordadas sem profundidade e, pelo nome do episódio, esperava que a história fosse girar em torno disso. O elenco, entretanto, é dedicado: destaque para Letitia Wright e Daniel Lapaine (eu fiquei eletrizado com a história do médico, um dos melhores momentos da temporada). Em suma, o episódio tentou falar muito em pouco tempo. Não fiquei satisfeito e não achei tão impactante quanto a maioria.
Uma matéria interessante sobre a ligação do episódio com a queda de Lúcifer, banalidade do mal e sociedade do espetáculo: goo.gl/MfGUae
Eu vou ser bastante criticado por colocar Metalhead acima dos outros episódios. Se até a Anitta não entendeu nada (goo.gl/2qNpcV), por que eu deveria? O episódio é um thriller pós-apocalíptico dominado pelo descontrole tecnológico, ponto. Fotografia que ganha seu charme por ser em preto e branco, desfecho simbólico que funciona pra mim e uma dinâmica que realmente gosto em histórias de perseguições. Ninguém precisa de um contexto elaborado e de explicações mastigadas o tempo todo, galera. Vamos todos sobreviver a isso.
Hang the DJ, também conhecido como o San Junipero que não será indicado ao Emmy. O episódio aborda os relacionamentos modernos sendo a tecnologia o seu principal facilitador. Nós temos aqui Georgina Campbell e Joe Cole vivendo este sistema e procurando cada um a sua alma gêmea. É provavelmente o episódio mais redondo da temporada, os protagonistas são carismáticos e funcionam muito bem juntos, além de mostrar que a série não precisa chocar o tempo todo pra trazer um bom material.
O último episódio que assisti foi USS Callister: pela sinopse era o que menos me interessava, mas acabou se tornando o meu preferido. A trama transita deliciosamente entre o cotidiano de uma empresa de games e a realidade virtual do jogo produzido. O alívio cômico é ótimo, o contraste de fotografia entre os dois extremos é muito bem feito e o elenco é super competente. Enquanto a maioria dos outros episódios utilizam de tecnologias abordadas em temporadas anteriores, este me conquista pelo enredo criativo e pela competência da sua produção.
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The White Lotus (1ª Temporada)
3.9 400 Assista AgoraPELO AMOR DE DEUS UM EMMY PARA JENNIFER COOLIDGE !!!!!!!!!!!
The Act
4.3 392qualquer pessoa: a
eu: você já conhece a história da dee dee e da gypsy????
The Act
4.3 392PODE ENTRAR SÉRIE DO MILÊNIO
Killing Eve - Dupla Obsessão (1ª Temporada)
4.3 384 Assista AgoraPor que as séries da BBC pisam tanto?
Killing Eve mostra a sua força desde o primeiro episódio e permanece numa crescente durante toda a temporada. Minha principal motivação para acompanhar foi ver Sandra Oh estrelando a produção, mas a série tem muito mais a oferecer além do seu elenco competente. O enredo conta a história de Eve, uma investigadora que está agarrada na ideia de que vários homicídios ao redor do mundo estão sendo cometidos por um único criminoso, ou melhor, criminosa. Logo nos primeiros episódios, confirmamos sua hipótese e começamos a acompanhar a busca incessante de Eve para confrontar Villanelle, a assassina de aluguel em questão, extremamente apegada as vaidades de seu “trabalho”.
Um dos pontos altos da série é a beleza das suas ambientações: já que o desenrolar dos fatos acontecem em diferentes cidades europeias, a fotografia enche os olhos, sem falar dos múltiplos sotaques e idiomas que são utilizados no decorrer da trama. Outro ponto alto e, sem dúvidas, o grande destaque do conjunto geral, é a personagem peculiar de Villanelle. Eu já conhecia Jodie Comer pelo seu papel em Doctor Foster, mas a atriz passou completamente despercebida aos meus olhos. Dessa vez, ela pôde mostrar muito do seu talento, interpretando uma psicopata cheia de nuances, extremamente sarcástica e divertida.
No mais, confesso que queria ter visto alguma reviravolta mais impactante ao final da temporada, mas nada que estrague o charme dessa série que soube reunir muito bem um thriller policial com diversas pitadas de humor ácido em seus oito episódios. Se fosse pra definir a série em dois adjetivos, a chamaria de elegante e envolvente. Ansioso para a segunda temporada!
Um Dia de Cada Vez (2ª Temporada)
4.5 130 Assista Agora"Hello Sister Barbara, blessed be the fruit". Icônico!
Em relação à primeira temporada, sinto que nesta segunda focaram mais no contexto dramático da série. O crescimento dos personagens permitiu desenvolver um roteiro ainda mais palpável e, consequentemente, abordado com mais sutileza. Foi muito interessante acompanhar o surgimento da primeira namorada de Elena e os obstáculos de Penelope ao enfrentar seus distúrbios psicológicos, por exemplo. No mais, Rita Moreno continua impecável, as atuações estão mais convincentes e a season finale foi uma das mais emocionantes que já pude acompanhar. Espero por uma terceira temporada que consiga misturar o melhor da comédia presente na primeira e o melhor do drama da segunda. Adorei!
Grace and Frankie (4ª Temporada)
4.4 113Ao passo que as temporadas avançam, percebo uma intensa preocupação dos roteiristas em tornar ainda mais palpável a temática da velhice e seus desafios. O enredo é mais dramático do que o normal, mas aborda muitas questões interessantes, como a homossexualidade, o sentimento de solidão, relacionamento aberto e morte, tudo inserido no contexto da terceira idade. Sinto que não há tanta comédia como nas temporadas anteriores, o que me deixou um pouco desanimado com o conjunto geral. Além disso, algumas participações especiais do elenco (Lisa Kudrow, Talie Shire) poderiam ter feito parte da série por um período mais longo, sendo inaproveitáveis pro desenvolvimento da trama. Há muito pano pra manga para uma quinta temporada, mas a sensação é que a quarta andou em círculos.
- Lily Tomlin e June Diane Raphael continuam sendo as grandes estrelas do elenco, com personagens extremamente cativantes. A segunda temporada continua sendo a minha preferida.
- Destaque para uma das cenas mais lindas de toda a série: goo.gl/22zyBg
Um Dia de Cada Vez (1ª Temporada)
4.5 219 Assista AgoraEu acho que nunca gargalhei tão alto com uma série, gente! Mesmo sendo comédia em sua excelência, One Day at a Time é aquele tipo de sitcom que você sempre vai aprender ou tirar algo de positivo no final de cada episódio. Os personagens, cada um com suas peculiaridades, dão brecha para que assuntos como machismo, misoginia, xenofobia e homofobia sejam colocados em pauta. Destaques do elenco para Isabella Gomez, que possui carisma o suficiente para representar essa nova geração de jovens envolvidos nas causas sociais, e Rita Moreno, que é simplesmente um grande tesouro da comédia porto-riquenha. Mesmo forçando um pouco o patriotismo americano e a carga emocional das situações - acho que o elenco só convence completamente nas cenas de drama nos últimos dois episódios - ainda vale muito a pena assistir essas temáticas tão importantes sendo abordadas de um jeito leve e divertido.
The End of the F***ing World (1ª Temporada)
3.8 818 Assista AgoraEu comecei pouco convencido por achar a temática muito nonsense, mas aos poucos fui mergulhando de cabeça na história e criando um vínculo com James e Alyssa (que funcionam muito bem juntos). A fotografia é linda e o humor extravagante da série funciona principalmente pelo jogo de cenas: preciso e muito diferente do que costumo assistir. Não anseio descontroladamente por uma segunda temporada, mas gostaria de um desfecho um pouco mais redondinho.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraAdorei a terceira temporada, então achei um pouco frustrante todo o conjunto da quarta. Minhas impressões sobre cada episódio, elencados do pior para o melhor:
Arkangel acompanha a história de uma mãe que decide implantar um sistema de monitoramento em sua filha, após um trauma envolvendo as duas. A premissa é a cara da série e poderia render um bom episódio sobre relacionamentos parentais abusivos, mas eu esperei até o último minuto por alguma coisa que fizesse me apaixonar pela história, o que não aconteceu. O elenco não é nada carismático, a gente não consegue criar empatia pelos personagens, as ferramentas utilizadas no monitoramento são bem medíocres e a história segue uma linha bem tênue para acabar em um desfecho monótono. Interessante para assistir com a família, mas só.
Crocodile não me desceu de jeito nenhum, gente. A história é protagonizada por uma arquiteta que tenta guardar um terrível segredo após estar envolvida em um acidente de carro que matou um ciclista. O mais interessante aqui é ir acompanhando todo o desenvolvimento do episódio e a queda da protagonista, a atmosfera de tensão foi super funcional pra mim. De qualquer forma, há inúmeros furos no roteiro, sem falar que eu não vou engolir que um hamster teve papel decisivo no desfecho do episódio. Gente, assim não dá.
É inegável que Black Museum é um episódio complexo e cheio de suas simbologias, mas o que me incomoda é a direção. São contadas três histórias diferentes, cada uma envolvendo algum tipo de tragédia envolvendo seus aparatos tecnológicos. Meu principal problema com o episódio é exatamente esse: tudo é muito mal estruturado e as ideias poderiam ter sido utilizadas individualmente. Mais do que isso, as questões raciais presentes foram abordadas sem profundidade e, pelo nome do episódio, esperava que a história fosse girar em torno disso. O elenco, entretanto, é dedicado: destaque para Letitia Wright e Daniel Lapaine (eu fiquei eletrizado com a história do médico, um dos melhores momentos da temporada). Em suma, o episódio tentou falar muito em pouco tempo. Não fiquei satisfeito e não achei tão impactante quanto a maioria.
Uma matéria interessante sobre a ligação do episódio com a queda de Lúcifer, banalidade do mal e sociedade do espetáculo: goo.gl/MfGUae
Eu vou ser bastante criticado por colocar Metalhead acima dos outros episódios. Se até a Anitta não entendeu nada (goo.gl/2qNpcV), por que eu deveria? O episódio é um thriller pós-apocalíptico dominado pelo descontrole tecnológico, ponto. Fotografia que ganha seu charme por ser em preto e branco, desfecho simbólico que funciona pra mim e uma dinâmica que realmente gosto em histórias de perseguições. Ninguém precisa de um contexto elaborado e de explicações mastigadas o tempo todo, galera. Vamos todos sobreviver a isso.
Hang the DJ, também conhecido como o San Junipero que não será indicado ao Emmy. O episódio aborda os relacionamentos modernos sendo a tecnologia o seu principal facilitador. Nós temos aqui Georgina Campbell e Joe Cole vivendo este sistema e procurando cada um a sua alma gêmea. É provavelmente o episódio mais redondo da temporada, os protagonistas são carismáticos e funcionam muito bem juntos, além de mostrar que a série não precisa chocar o tempo todo pra trazer um bom material.
O último episódio que assisti foi USS Callister: pela sinopse era o que menos me interessava, mas acabou se tornando o meu preferido. A trama transita deliciosamente entre o cotidiano de uma empresa de games e a realidade virtual do jogo produzido. O alívio cômico é ótimo, o contraste de fotografia entre os dois extremos é muito bem feito e o elenco é super competente. Enquanto a maioria dos outros episódios utilizam de tecnologias abordadas em temporadas anteriores, este me conquista pelo enredo criativo e pela competência da sua produção.