- em uma cena em que o Calum está escovando os dentes, ele pergunta para a Sophie se está tudo bem com ela, ao que ela responde: "Eu não sei, acho que sim.Só me sinto um pouco pra baixo ou algo do tipo.Você já sentiu como... se tivesse tido um dia incrível, e então chega em casa, se sente cansado e pra baixo, e...parece que seus ossos não funcionam. Eles estão cansados e tudo está cansado. Como se você estivesse afundando. Não sei, é estranho." E quando ele ouve essa resposta ele se encara no espelho com uma cara de "é, sei como é", o que dá margem para especulações do que pode ter vindo a acontecer com ele mais à frente no filme.
- a música do final é bem clara em relação ao enredo do filme, mas as outras apresentadas durante o filme talvez passe desapercebido por nós, como por exemplo a "Tubthumping" do Chumbawamba que diz "Ele canta as músicas que o fazem lembrar / Dos bons tempos / Ele canta as músicas que o fazem lembrar / De tempos melhores" logo após Calum não querer cantar no karaokê com a Sophie e ela, lembrando dos bons tempos, canta sozinha. O último estrofe da música diz "Nós estaremos cantando / Quando nós estivermos ganhando / Nós estaremos cantando" e bom, eles não estavam ganhando (em sua relação) e por isso não cantaram juntos, diferente do que faziam desde que a Sophie tinha 5 anos.
- não tinha reparado na primeira vez, mas algumas cenas aparecem com a ordem invertida, como por exemplo quando a Sophie está se filmando no espelho e dá um zoom em seu rosto fazendo uma careta e alguns minutos mais à frente, ela pergunta a seu pai como dar zoom naquela câmera. São pequenos acenos indicando que a pessoa narrando a história é a Sophie e que a gente vê as coisas sob o ponto de vista dela e do que ela sabe, talvez daí venha a incerteza que paira no filme sobre o que de fato (de fato mesmo, sem especulações) aconteceu com o Calum.
O filme parece uma grande alegoria às fases de luto, onde algumas vezes, por não o enfrentar no momento "certo", muitas vezes as consequência disso aparece lá na frente. Foi o que aconteceu com a protagonista.
Ao pensar que estava tudo resolvido entre ela e seu ex, apenas por ela não pensar mais nele, ela pensava que aquilo era uma ferida cicatrizada, quando na verdade, era só uma casquinha que estava esperando para ser cutucada e voltar a sangrar (e isso se aplica à mãe da protagonista também).
talvez tenha sido porque eu estava com a expectativa muito alta em virtude de alguns comentários que vi por aqui, mas olha...
eu gosto bastante de filmes que deixam em aberto as possibilidades que o enredo mostra - ou que não mostra - mas a execução dessa ideia nesse filme eu acho que não colou não, pois não é um filme que não explica (e tá tudo bem) e que nem ao menos deixa pistas ou possibilidades de discussão do que pode ter acontecido no pós filme.
a Rebecca de fato está muito bem em grande parte das cenas, principalmente na parte do monólogo, mas, além do início do filme que é bem dinâmico, a atuação dela é o único ponto forte do filme.
ao perceber que sua filha estava prestes a sair de casa, foi acionado um gatilho na Margaret que fez ela lembrar de traumas mal resolvidos mentalmente em seu passado, que foi a perda do primeiro filho, e que, assim como na primeira vez, agora ao "perder" a filha para a faculdade, ela sente que precisa "tampar" esse vazio que ficaria aberto sem a filha, assim como antes teve ao perder o filho e assim, procurar logo ter outra criança a qualquer custo, como ela disse no diálogo da cafeteria com o David.
uma coisa que me incomodou foi o fato de que no início do filme, a Margareth demonstra ter uma personalidade forte (dando conselhos incisivos, sendo uma influência no trabalho e sendo a "mandante" em uma aparente relação com o P.A. do trabalho dela) e simplesmente DO NADA (ok, podemos citar o episódio da bicicleta? podemos, mas se usarmos esse episódio seria uma baita forçada de barra) ela muda completamente a personalidade de uma pessoa proativa, bem resolvida e segura de si para uma pessoa completamente submissa e destoante do que o filme construíra até então.
e o final... bom, tirando o gore, para mim nada se aproveita e parece que foi pensada como uma solução fácil para fechar o filme sem dar explicação tentando parecer mais cabeça do que ele de fato é. Não funcionou - pra mim, pelo menos.
foi muito inteligente usar as fotografias, desenhos e outros elementos para dar pistas de quando as coisas aconteceram, uma vez que o filme não segue a todo momento uma linearidade de tempo. Coincidência ou não, anos depois, o Nolan fez um filme sobre um amnésico que tirava fotos para se lembrar das coisas e a história era contada de trás para frente.
além disso, outro ponto genial são as alegorias usadas (espelhos, destruição das casas e o coelho, que pode ser uma sinalização de como finda a história).
achei o ritmo lento, mas para quem gosta de cinema oriental, noventista é uma ótima pedida.
a sensação que dá ao final de Aftersun é que você foi abraçado - só que por um cacto
o sentimento que a Sophie adulta passa, ainda que a gente não tenha certeza do que aconteceu, o sentimento de perda - seja ele estabelecido por fronteiras territoriais ou pelo oceano que separa os planos físicos e espirituais - que paira na atmosfera nostálgica e analógica do filme pesa um caminhão no peito de quem tá assistindo
me fez lembrar o Theodore, no filme Her dizendo que "às vezes acho que já senti tudo o que vou sentir na vida. E daqui pra frente, não vou sentir nada novo, só versões inferiores do que já senti" aquela famosa saudade que a gente não pode matar, por ser de coisas / pessoas que não existem mais.
tem um tempo já que parei de procurar entender o exato motivo pelo qual, no final, me aquece o coração e me deixa uma sensação de esperança de que as coisas vão melhorar, independente da situação <3
certamente é um dos meus filmes favoritos, mas nem sempre foi assim, sendo que na verdade, quando eu o assisti pela primeira vez o achei enfadonho e me apeguei mais aos exageros dos estereótipos culturais do que ao filme em si, mas por sorte, resolvi dar uma nova chance a esse filme anos depois e me agradeço horrores por isso, pois acho que esse é um daqueles filmes que mudam sua percepção sobre ele dependendo da época em que você o assiste.
Dito isso, um conselho a quem assistiu e não gostou: reassista daqui uns anos, capaz que sua percepção mude ;)
- quem abandona cachorro é cuzão - a Keira é perfeita - o Carell fazendo drama é muito bom - ninguém está emocionalmente preparado para o final do filme - o "pra sempre" é relativo e nem sempre tem a ver com a quantidade de tempo
Não lembro de ter visto um filme que tenha me deixado com tanta raiva das personagens como esse, puta que pariu!
É impressionante como desde o início do filme vai construindo uma sensação de estranheza nas atitudes de uma das protagonistas, como o olhar torto dela em direção à faxineira da escola, por sua vez, latina ou depois quando lê-se na jaqueta da Leslie escrito "Liebe Zu Hassen" (amo odiar, em alemão) até quando a torta é mostrada e vem aquele tapa na cara da audiência... e depois daí só escala a escancaração dessa cultura odiosa, seja através de coisas mais desconhecidas, como o sinal de "ok" que significa wh1t3 pr1d3 ou os sinais mais claros, como o nome do grupo que faz alusão a suposta raça ariana.
O filme faz a gente pensar em como tem gente de pensamentos assim deploráveis ao nosso redor e muitas vezes a gente não sabe, mas que estão somente esperando algum sinal para sair do armário e espalhar esse discurso de ódio. E o mais triste disso tudo é saber que vai ter gente que vai assistir o filme e balançar a cabeça dando razão ao que as personagens estão falando, triste.
Por fim, fica o lembrete: fasc1sm0 / naz1sm0 não se debate, SE COMBATE! Discurso de ódio não é liberdade de expressão e naz1 tem que ser tratado igual alho.
Gosto bastante de filmes alemães que se passam nesse momento histórico, porém, para mim, ele soou meio arrastado no começo e demorou para me prender à trama. É um filme bom, mas creio que o ritmo poderia ter sido melhor aproveitado.
certamente o filme está beeem longe de ser perfeito, mas acho que não merece tantas críticas negativas como estão nos comentários.
ele peca em vários aspectos e traz mesmo uns elementos numa vibe meio Edukators (tipo o trio de protagonistas, as viagens de van, o encontro com uma pessoa mais velha que já foi de esquerda / militante e até uma citação sobre ser de esquerda antes e depois dos 30, que tem nos dois filmes - de repente é um ditador popular que eu não conheço), mas não se aprofunda tanto na ideologia, que creio eu, não ter sido abordada tão a fundo pelos criadores por esses suporem que a ação dos grupos Antifas seja algo que o telespectador já conheça e nem sempre isso ocorre, vale lembrar, inclusive, que a abordagem / conhecimento dessa temática é muuuuito diferente aqui no Brasil e na Alemanha, onde o filme foi feito. Lá o movimento Antifaschistische Aktion é meio que parte do cotidiano deles, então talvez o filme funcione melhor com o público alemão.
por fim, concordo que a abordagem foi bem superficial, mas nada que desabone o filme como um todo
Esse é um exemplo de filme que vale muito a pena rever em diferentes fases e anos da vida. Todo adolescente já odiou a Summer e todo adulto já odiou o Tom.
queria só deixar registrado que eu pensei que esse era o filme do Cusack em que ele segura um radio acima da cabeça hahahaha o filme acabou sem eu ver essa cena e eu fiquei "ué"
o filme aborda muitas das "dores" e conflitos internos e pessoais de cada um dia personagens, alguns deles bem sutis, como por exemplo (é longo, mas vale a pena hahaha):
os acenos aos "desejos" da aniversariante, sejam eles físicos, ao beijar um um dos personagens ou os desejos simbólicos, quando ela assopra as velas ou quando tenta adivinhar qual é a cor de dentro daquelas bolinhas de chocolate, que segundo um dos personagens, se ela acertasse, teria o seu desejo realizado. A angústia da descoberta da sexualidade do personagem Moko mostra-se desde o comecinho, quando tem a atenção transferida da revista (pelo que eu entendi da sinopse e de uma passagem mais a frente no filme) erótica para o amigo que se vestia depois do banho passando pelos desejos reprimidos expressados em fantasias que naquele momento ele naonentendia bem o motivo pelo qual as tinha. O personagem Flama, por sua vez, demonstra um grande deslocamento dentro de sua própria família, que a princípio parece ser somente atrelado a puberdade, porém, mais a frente temos um aceno de que esse deslocamento é também literal: ele não é um filho de sangue daquela família. E por fim, talvez a alegoria mais interessante do filme, que é em relação ao Ulisses e o quanto ele é preso a alguma coisa ou alguém, notem: ele queria fazer uma faculdade a qual sua ex-namorada interferiu que ele fizesse, depois ele se vê preso a uma parente doente, sem poder se mudar, ele é preso a seu trabalho, onde seu chefe o liga insistentemente cobrando-o, dentre seus empregos anteriores, ele cita um abrigo, onde mostram diversas vezes gaiolas onde os cachorros ficam presos (um aceno novamente à própria prisão dele) e depois ele fala sobre o casal de pássaros que deseja comprar para vender os filhotes e para isso, ele precisa guardar dinheiro para investir no quarto onde durante esse ano, os pássaros ficaram trancados. E aqui é engraçado a história usar da alegoria de pássaros para representar a liberdade em contraste ao aprisionamento do Ulisses. Aqui outra passagem interessante: quando os adolescentes dizem "vamos para Acapulco" e dão um salto de suas cadeiras, Ulisses é o único que não se move e literalmente diz que não pode se mover, uma clara manifestação de seu subconsciente. Daí, depois disso, ele se imagina em um lago aberto, liberto até de suas roupas e de seu trabalho, ao mandar seu chefe para aquele lugar rs. Nota-se nessa cena, além dos patos que aparecem em sua fantasia, um patinho de borracha também na banheira e na crença popular, diz-se que o pato é o animal que voa, mas não é a melhor ave para isso, que sabe nadar, mas não é tão ágil na água, bem como também não é rápido em terra... ou seja, sabe fazer muitas coisas, mas não é o melhor em nenhuma delas, um aceno ao próprio Ulisses, que conhece várias coisas, sobre vários assuntos, mas que não é especialista em nenhum deles. Ao fim, o arco do Ulisses nos dá um ar de esperança ao ver ele levar o quadro embora: um quadro de patos voando da forma mais livre que poderia ser - fora da prisão de uma parede.
"Ela era o último caubói, uma romântica fracassada. O mundo mudava e os como ela, não tinham lugar para ir. Ser uma luz de esperança para as pessoas inferiores é um trabalho solitário"
achei uma crítica velada ao modo de vida quando os pais bancam os gêmeos versus a ideologia dos protagonistas (não, isso não é uma crítica ao socialismo rs sou simpático a ele, inclusive), mas achei uma cutucada irônica nesse ponto. Viajei, será?
Four Hours at the Capitol
3.8 19 Assista Agorabrasileiro com complexo de vira-latas copia dos EUA até as tentativas de golpe
SEM ANISTIA
Mary Está Feliz, Mary Está Feliz
3.9 9mary NÃO está feliz, mary NÃO está feliz
Aftersun
4.1 711Coisas que reparei reassistindo ao filme:
- em uma cena em que o Calum está escovando os dentes, ele pergunta para a Sophie se está tudo bem com ela, ao que ela responde: "Eu não sei, acho que sim.Só me sinto um pouco pra baixo ou algo do tipo.Você já sentiu como... se tivesse tido um dia incrível, e então chega em casa, se sente cansado e pra baixo, e...parece que seus ossos não funcionam. Eles estão cansados e tudo está cansado. Como se você estivesse afundando. Não sei, é estranho." E quando ele ouve essa resposta ele se encara no espelho com uma cara de "é, sei como é", o que dá margem para especulações do que pode ter vindo a acontecer com ele mais à frente no filme.
- a música do final é bem clara em relação ao enredo do filme, mas as outras apresentadas durante o filme talvez passe desapercebido por nós, como por exemplo a "Tubthumping" do Chumbawamba que diz "Ele canta as músicas que o fazem lembrar / Dos bons tempos / Ele canta as músicas que o fazem lembrar / De tempos melhores" logo após Calum não querer cantar no karaokê com a Sophie e ela, lembrando dos bons tempos, canta sozinha. O último estrofe da música diz "Nós estaremos cantando / Quando nós estivermos ganhando / Nós estaremos cantando" e bom, eles não estavam ganhando (em sua relação) e por isso não cantaram juntos, diferente do que faziam desde que a Sophie tinha 5 anos.
- não tinha reparado na primeira vez, mas algumas cenas aparecem com a ordem invertida, como por exemplo quando a Sophie está se filmando no espelho e dá um zoom em seu rosto fazendo uma careta e alguns minutos mais à frente, ela pergunta a seu pai como dar zoom naquela câmera. São pequenos acenos indicando que a pessoa narrando a história é a Sophie e que a gente vê as coisas sob o ponto de vista dela e do que ela sabe, talvez daí venha a incerteza que paira no filme sobre o que de fato (de fato mesmo, sem especulações) aconteceu com o Calum.
Happy Old Year
4.0 46O filme parece uma grande alegoria às fases de luto, onde algumas vezes, por não o enfrentar no momento "certo", muitas vezes as consequência disso aparece lá na frente. Foi o que aconteceu com a protagonista.
Ao pensar que estava tudo resolvido entre ela e seu ex, apenas por ela não pensar mais nele, ela pensava que aquilo era uma ferida cicatrizada, quando na verdade, era só uma casquinha que estava esperando para ser cutucada e voltar a sangrar (e isso se aplica à mãe da protagonista também).
Fiquei muito contente com o final
pois por alguns instantes pensei que o casal iria voltar, o que de forma bem madura, o filme não deixou que acontecesse, ufa!
Sombras do Passado
3.3 87 Assista Agoratalvez tenha sido porque eu estava com a expectativa muito alta em virtude de alguns comentários que vi por aqui, mas olha...
eu gosto bastante de filmes que deixam em aberto as possibilidades que o enredo mostra - ou que não mostra - mas a execução dessa ideia nesse filme eu acho que não colou não, pois não é um filme que não explica (e tá tudo bem) e que nem ao menos deixa pistas ou possibilidades de discussão do que pode ter acontecido no pós filme.
a Rebecca de fato está muito bem em grande parte das cenas, principalmente na parte do monólogo, mas, além do início do filme que é bem dinâmico, a atuação dela é o único ponto forte do filme.
tentando tirar leite de pedra, parece que
ao perceber que sua filha estava prestes a sair de casa, foi acionado um gatilho na Margaret que fez ela lembrar de traumas mal resolvidos mentalmente em seu passado, que foi a perda do primeiro filho, e que, assim como na primeira vez, agora ao "perder" a filha para a faculdade, ela sente que precisa "tampar" esse vazio que ficaria aberto sem a filha, assim como antes teve ao perder o filho e assim, procurar logo ter outra criança a qualquer custo, como ela disse no diálogo da cafeteria com o David.
uma coisa que me incomodou foi o fato de que no início do filme, a Margareth demonstra ter uma personalidade forte (dando conselhos incisivos, sendo uma influência no trabalho e sendo a "mandante" em uma aparente relação com o P.A. do trabalho dela) e simplesmente DO NADA (ok, podemos citar o episódio da bicicleta? podemos, mas se usarmos esse episódio seria uma baita forçada de barra) ela muda completamente a personalidade de uma pessoa proativa, bem resolvida e segura de si para uma pessoa completamente submissa e destoante do que o filme construíra até então.
e o final... bom, tirando o gore, para mim nada se aproveita e parece que foi pensada como uma solução fácil para fechar o filme sem dar explicação tentando parecer mais cabeça do que ele de fato é. Não funcionou - pra mim, pelo menos.
Política para Leigos
4.6 1o Camejo é um dos - se não "o" - melhores comediantes pautando política no Brasil atualmente.
March Comes in Like a Lion
3.8 8foi muito inteligente usar as fotografias, desenhos e outros elementos para dar pistas de quando as coisas aconteceram, uma vez que o filme não segue a todo momento uma linearidade de tempo. Coincidência ou não, anos depois, o Nolan fez um filme sobre um amnésico que tirava fotos para se lembrar das coisas e a história era contada de trás para frente.
além disso, outro ponto genial são as alegorias usadas (espelhos, destruição das casas e o coelho, que pode ser uma sinalização de como finda a história).
achei o ritmo lento, mas para quem gosta de cinema oriental, noventista é uma ótima pedida.
O Menu
3.6 1,0K Assista Agoraum cardápio de matar
Aftersun
4.1 711a sensação que dá ao final de Aftersun é que você foi abraçado - só que por um cacto
o sentimento que a Sophie adulta passa, ainda que a gente não tenha certeza do que aconteceu, o sentimento de perda - seja ele estabelecido por fronteiras territoriais ou pelo oceano que separa os planos físicos e espirituais - que paira na atmosfera nostálgica e analógica do filme pesa um caminhão no peito de quem tá assistindo
agora no final do filme
ao ver a Sophie adulta,
Que pancada de filme, meusa migo.
Demolição
3.8 448 Assista Agoratem um tempo já que parei de procurar entender o exato motivo pelo qual, no final, me aquece o coração e me deixa uma sensação de esperança de que as coisas vão melhorar, independente da situação <3
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista Agoracertamente é um dos meus filmes favoritos, mas nem sempre foi assim, sendo que na verdade, quando eu o assisti pela primeira vez o achei enfadonho e me apeguei mais aos exageros dos estereótipos culturais do que ao filme em si, mas por sorte, resolvi dar uma nova chance a esse filme anos depois e me agradeço horrores por isso, pois acho que esse é um daqueles filmes que mudam sua percepção sobre ele dependendo da época em que você o assiste.
Dito isso, um conselho a quem assistiu e não gostou: reassista daqui uns anos, capaz que sua percepção mude ;)
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraVerdades incontestáveis que esse filme nos traz:
- quem abandona cachorro é cuzão
- a Keira é perfeita
- o Carell fazendo drama é muito bom
- ninguém está emocionalmente preparado para o final do filme
- o "pra sempre" é relativo e nem sempre tem a ver com a quantidade de tempo
Soft & Quiet
3.5 243Não lembro de ter visto um filme que tenha me deixado com tanta raiva das personagens como esse, puta que pariu!
É impressionante como desde o início do filme vai construindo uma sensação de estranheza nas atitudes de uma das protagonistas, como o olhar torto dela em direção à faxineira da escola, por sua vez, latina ou depois quando lê-se na jaqueta da Leslie escrito "Liebe Zu Hassen" (amo odiar, em alemão) até quando a torta é mostrada e vem aquele tapa na cara da audiência... e depois daí só escala a escancaração dessa cultura odiosa, seja através de coisas mais desconhecidas, como o sinal de "ok" que significa wh1t3 pr1d3 ou os sinais mais claros, como o nome do grupo que faz alusão a suposta raça ariana.
O filme faz a gente pensar em como tem gente de pensamentos assim deploráveis ao nosso redor e muitas vezes a gente não sabe, mas que estão somente esperando algum sinal para sair do armário e espalhar esse discurso de ódio. E o mais triste disso tudo é saber que vai ter gente que vai assistir o filme e balançar a cabeça dando razão ao que as personagens estão falando, triste.
Por fim, fica o lembrete: fasc1sm0 / naz1sm0 não se debate, SE COMBATE! Discurso de ódio não é liberdade de expressão e naz1 tem que ser tratado igual alho.
A Vida dos Outros
4.3 645Gosto bastante de filmes alemães que se passam nesse momento histórico, porém, para mim, ele soou meio arrastado no começo e demorou para me prender à trama. É um filme bom, mas creio que o ritmo poderia ter sido melhor aproveitado.
E Amanhã...O Mundo Todo
2.6 20 Assista Agoracertamente o filme está beeem longe de ser perfeito, mas acho que não merece tantas críticas negativas como estão nos comentários.
ele peca em vários aspectos e traz mesmo uns elementos numa vibe meio Edukators (tipo o trio de protagonistas, as viagens de van, o encontro com uma pessoa mais velha que já foi de esquerda / militante e até uma citação sobre ser de esquerda antes e depois dos 30, que tem nos dois filmes - de repente é um ditador popular que eu não conheço), mas não se aprofunda tanto na ideologia, que creio eu, não ter sido abordada tão a fundo pelos criadores por esses suporem que a ação dos grupos Antifas seja algo que o telespectador já conheça e nem sempre isso ocorre, vale lembrar, inclusive, que a abordagem / conhecimento dessa temática é muuuuito diferente aqui no Brasil e na Alemanha, onde o filme foi feito. Lá o movimento Antifaschistische Aktion é meio que parte do cotidiano deles, então talvez o filme funcione melhor com o público alemão.
por fim, concordo que a abordagem foi bem superficial, mas nada que desabone o filme como um todo
e o finalzinho me fez lembrar
as explosões do final de Clube da Luta hahahaha
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraEsse é um exemplo de filme que vale muito a pena rever em diferentes fases e anos da vida. Todo adolescente já odiou a Summer e todo adulto já odiou o Tom.
Alta Fidelidade
3.8 691 Assista Agoraqueria só deixar registrado que eu pensei que esse era o filme do Cusack em que ele segura um radio acima da cabeça hahahaha o filme acabou sem eu ver essa cena e eu fiquei "ué"
rasguei minha carteirinha de cinéfilo kkkkk
Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo
4.4 163importante saber que esse doc NÃO É SÓ sobre um grupo de rap. Ele fala de muito mais: ele fala de um movimento!
trabalho monstro!
Marighella
4.1 112Paz entre nós, guerra aos senhores! ✊
Temporada de Patos
3.9 30o filme aborda muitas das "dores" e conflitos internos e pessoais de cada um dia personagens, alguns deles bem sutis, como por exemplo (é longo, mas vale a pena hahaha):
os acenos aos "desejos" da aniversariante, sejam eles físicos, ao beijar um um dos personagens ou os desejos simbólicos, quando ela assopra as velas ou quando tenta adivinhar qual é a cor de dentro daquelas bolinhas de chocolate, que segundo um dos personagens, se ela acertasse, teria o seu desejo realizado. A angústia da descoberta da sexualidade do personagem Moko mostra-se desde o comecinho, quando tem a atenção transferida da revista (pelo que eu entendi da sinopse e de uma passagem mais a frente no filme) erótica para o amigo que se vestia depois do banho passando pelos desejos reprimidos expressados em fantasias que naquele momento ele naonentendia bem o motivo pelo qual as tinha. O personagem Flama, por sua vez, demonstra um grande deslocamento dentro de sua própria família, que a princípio parece ser somente atrelado a puberdade, porém, mais a frente temos um aceno de que esse deslocamento é também literal: ele não é um filho de sangue daquela família. E por fim, talvez a alegoria mais interessante do filme, que é em relação ao Ulisses e o quanto ele é preso a alguma coisa ou alguém, notem: ele queria fazer uma faculdade a qual sua ex-namorada interferiu que ele fizesse, depois ele se vê preso a uma parente doente, sem poder se mudar, ele é preso a seu trabalho, onde seu chefe o liga insistentemente cobrando-o, dentre seus empregos anteriores, ele cita um abrigo, onde mostram diversas vezes gaiolas onde os cachorros ficam presos (um aceno novamente à própria prisão dele) e depois ele fala sobre o casal de pássaros que deseja comprar para vender os filhotes e para isso, ele precisa guardar dinheiro para investir no quarto onde durante esse ano, os pássaros ficaram trancados. E aqui é engraçado a história usar da alegoria de pássaros para representar a liberdade em contraste ao aprisionamento do Ulisses. Aqui outra passagem interessante: quando os adolescentes dizem "vamos para Acapulco" e dão um salto de suas cadeiras, Ulisses é o único que não se move e literalmente diz que não pode se mover, uma clara manifestação de seu subconsciente. Daí, depois disso, ele se imagina em um lago aberto, liberto até de suas roupas e de seu trabalho, ao mandar seu chefe para aquele lugar rs. Nota-se nessa cena, além dos patos que aparecem em sua fantasia, um patinho de borracha também na banheira e na crença popular, diz-se que o pato é o animal que voa, mas não é a melhor ave para isso, que sabe nadar, mas não é tão ágil na água, bem como também não é rápido em terra... ou seja, sabe fazer muitas coisas, mas não é o melhor em nenhuma delas, um aceno ao próprio Ulisses, que conhece várias coisas, sobre vários assuntos, mas que não é especialista em nenhum deles. Ao fim, o arco do Ulisses nos dá um ar de esperança ao ver ele levar o quadro embora: um quadro de patos voando da forma mais livre que poderia ser - fora da prisão de uma parede.
Mistress America
3.5 210"Ela era o último caubói, uma romântica fracassada. O mundo mudava e os como ela, não tinham lugar para ir. Ser uma luz de esperança para as pessoas inferiores é um trabalho solitário"
aaaah as narrações em off perfeitas desse filme ♡
Os Sonhadores
4.1 2,0K Assista Agoraachei uma crítica velada ao modo de vida quando os pais bancam os gêmeos versus a ideologia dos protagonistas (não, isso não é uma crítica ao socialismo rs sou simpático a ele, inclusive), mas achei uma cutucada irônica nesse ponto. Viajei, será?
Noites de Paris
3.7 17o filme me trouxe aquela curiosa sensação de sentir a nostalgia de algo que eu nunca vivi. Ambientação linda demais ♡
Morte Morte Morte
3.1 638 Assista Agoralive action de among us
lembrem-se, pessoal:
sempre usem a faca no sentido OPOSTO ao corpo de vocês