filmow.com/usuario/tatiandoavida
    Você está em
  1. > Home
  2. > Usuários
  3. > tatiandoavida
52 years Rio de Janeiro - (BRA)
Usuária desde Agosto de 2017
Grau de compatibilidade cinéfila
Baseado em 0 avaliações em comum

Amo cinema. Simples assim!
tatiandoavida.com

Últimas opiniões enviadas

  • Tatiane

    Estão em cartaz dois filmes que se passam na Segunda Guerra Mundial: “Dunkirk”, dirigido por Christopher Nolan, e “Os meninos que enganavam os nazistas’, de Christian Duguay. Ambos, para quem já assistiu a inúmeras produções sobre a guerra, tratam um pouco do mesmo. Tem gente dizendo até que são clichês. Para mim, no entanto, continuam tendo seu valor. O primeiro envolve o espectador pela ação intensa e alucinante; o segundo, com lirismo e uma maravilhosa sintonia entre os dois atores-mirins na interpretação dos personagens principais que são irmãos na história, prende a gente na cadeira do cinema do início ao fim e até nos faz chorar de emoção. Valem muito a pena!

    tatiandoavida.com

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Tatiane

    Até que ponto uma mulher pode ir para conquistar aquilo de mais precioso que lhe foi roubado: a liberdade de escolha; a liberdade de ir e vir; a liberdade para dizer não; a liberdade de se entregar a quem quiser, quando quiser?!

    Até que ponto a morte física de um homem custa mais que a morte moral, a morte social, a morte psíquica de tantas mulheres?

    O filme Lady Macbeth, que acabou de estrear esta semana, nos faz refletir sobre isso. Se, por um lado, podemos dizer que a personagem que dá nome ao filme, interpretada muito bem pela atriz Florence Pugh, parece ter algo que beira à loucura de um serial killer; por outro, é possível entender (justificar?!) suas ações como um acerto de contas de todas as mulheres que foram (e são?!) “assassinadas” em suas vidas pela sociedade patriarcal, dominadas pelos machos, que tudo podiam (podem?!) sobre elas. As cenas repetidas do início do filme mostram bem a prisão feminina, numa rotina entediante, sufocante e limitada das mulheres, e a total oposição em relação aos homens.

    O mais curioso é que toda a força e coragem de Lady Macbeth não faz dela uma heroína feminista. Embora tenha invertido um possível estupro (que poderia ter sofrido) em uma relação na qual ela parece ser a cabeça pensante e dominadora, sua força e suas ações têm uma determinação específica: viver a grande e avassaladora paixão por um homem. O final, entretanto, deixou-me uma dúvida: foi mesmo somente um grito de desespero contra a opressão ou havia ali também uma loucura incontinente?

    tatiandoavida.com

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Tatiane

    Assistam!!! Assistam!!! Assistam!!!
    Imagine sair do cinema completamente arrepiado, emocionado, extasiado, e a pessoa que te acompanha se mostra frustrada e decepcionada. Foi o que aconteceu na sexta-feira, dia 11, comigo e com João, meu marido. Eu amei o filme “A garota ocidental: entre o coração e a tradição”, premiado no Festival de Toronto em 2016, do diretor Stephan Streker. E ele odiou.

    É um filme seco e lento, sem trilha sonora que o encorpe. Entretanto, essa escolha, a meu ver, provoca o esperado: a intensificação da carga dramática enfrentada pela personagem principal. Tudo é dito no quase não-dito, que se expressa por meio dos implícitos descortinados nos rostos de todos os personagens após pequenos diálogos.

    O filme nos leva a refletir sobre as diferenças culturais, que devem ser respeitadas, mas, mais especificamente sobre os direitos do indivíduo em relação às imposições das tradições. É bem complexo o tema! A vida de cada um de nós se constrói sob valores familiares, sob as tradições e aspectos culturais de um povo e, ainda para alguns, sob os preceitos religiosos que a família segue e nos quais acredita. No entanto, em determinadas situações, esses valores podem esbarrar nos desejos individuais e criar verdadeiros impasses entre o que se quer e o que se tem de seguir. “Noces”, título original do filme, possibilita várias discussões temáticas, mas a principal delas pode ser resumida em uma visão transmitida à protagonista, Zahira, por sua irmã mais velha: “É claro que a vida é injusta. Somos mulheres.” Afinal, o corpo da mulher é sempre de vários homens (pai, irmão, marido…), menos dela própria.

    Embora o fechamento seja previsível (uma das reclamações de João), ele é tristemente coerente com toda a realidade que se abre aos nossos olhos. Até que ponto o ser humano, ou melhor, alguns seres humanos devem se cercear, se castigar, se reprimir em prol de um coletivo? Qual o peso e o preço das decisões que você toma para sua vida e pela sua cabeça? Até que ponto você é livre para decidir? Até que ponto suas decisões interferem (seriamente) na vida do outro? E mais: até que ponto o outro tem direito de interferir na sua liberdade?

    O mais interessante é que o grito de Zahira não é um grito de rebeldia pela rebeldia, de uma jovem de 18 anos que se acha onipotente e precisa se rebelar contra tudo e contra todos. O grito de Zahira vem carregado de fé (ela pratica, onde estiver, seus costumes religiosos), de amor à família (ela não quer vê-los sofrer), de respeito a tudo o que aprendeu e ao que a constituiu como um ser pensante (seu bebê só tem alma a partir do 3o mês, mas ela já o ama desde a fase embrionária). O grito de Zahira é o grito da vida, da súplica por oxigênio, da sobrevivência básica de um ser humano que se entende como gente, e não como uma marionete nas mãos dos outros. O grito de Zahira é o grito de milhões de mulheres do Oriente, mas também do Ocidente. Mulheres abandonadas, usadas, abusadas, rotuladas, criminalizadas e discriminadas por escolherem ser livres.

    tatiandoavida.com

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.

Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.

Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.