Octavia Spencer sempre rouba a cena em todos os filmes que faz, que mulher. Achei a história bem bonita e o filme bem fácil de se envolver, a protagonista cativa de imediato quem assiste e o interesse dela pela tal criatura é contextualizado de maneira bem simples e muito tocante. Gostei bastante.
Gosto muito de cinema pois ele nos desperta sensações reais, nos provoca psicologicamente através de tudo o que nos mostra, desde as imagens aos sons, e tudo aquilo que também não estamos vendo. Os ruídos que ouvimos da cabeça do Peter provocam uma sensação alarmante: estamos compartilhando seus medos, seus zunidos. Estamos vivendo junto com ele a agonia de ser perseguido por si mesmo. O filme parece ser arrastado até certo ponto, mas ao final tudo se encaixa muito bem. Greene convence muito rápido de que ele é um esquizofrênico passando por, talvez, o pior de seus momentos.
A cena que ele aparece para a Nicky e a chama para ir à praia é assustadora e bonita ao mesmo tempo. Digo assustadora pela feição cheia de medo dele. O rosto suado, a voz trêmula, a respiração ofegante. O rosto da menina está coberto de dúvidas e curiosidade, e ela aceita de imediato ir com ele. Na praia, ele diz que tinha um "rádio" na cabeça e que precisou retirar um transmissor pela unha (aquela cena dele arrancando a unha é uma agonia infinita). A cena final desse filme é outra mistura de "beleza assustadora", quando ela pega um rádio e tenta sintonizar com seu pai.
Me perturbou bastante, sinto que precisaria revê-lo para entender melhor, mas me recuso fazer isso tão cedo.
A condução do filme nas cenas onde o suicida surge, que estava mais pra um potencial serial killer, chega a ser cômica por ser tão fantasiosa. Claro, tudo bem o cinema ter suas fantasias, mas neste caso não era um filme de fantasia, poderia ter tido menos devaneios e "eu vi isso na TV".
Tommy Lee Jones está em ótima forma no filme e junto de Sarandon fazem uma boa dupla no bate e rebate que se estende até o final, talvez os dois sustentem bem a tensão do filme. Por parte do garoto, parece ter se esforçado em parecer um pirralho metido a esperto e valente, ele cumpre o papel de irritar do começo ao fim. Fora as fantasias e algumas atuações toscas, se menos arrastado, teria convencido mais. Mesmo assim, vale a pena ver se gosta do trabalho dos dois citados.
Narrativa interessante e também uma boa ferramenta de ensino para professores. Instiga a querer conhecer a história do próprio país, que como aqui colocada, tende a ser apagada ou escondida de nós pelo interesse dos poderosos arrombados.
um filme que toca alanis morissette é um filme nada menos do que GOSTOSÃO lady bird representa as mirnina do coração bom perdidas indecisas curiosas com tesão decepcionadíssimas porém com vontade de mais te amo greta gerwig amo estar viva pra ver você brilhar GO GIRL
Maria Ribeiro carregou a história, a emoção, o suspense, a dramaticidade e tudo mais nesse filme que, me desculpem os que estão idolatrando, me irritou profundamente em algumas coisas específicas. Uma das coisas foi as escolhas de atrizes e atores, alguns são figurinhas carimbadas nas telenovelas da Rede Globo (sim, eu vi sim o selo da Globo Filmes no começo) e digo mais, o que diabos o Paulinho Vilhena tá fazendo no elenco do filme? Que coisa escabrosa. O filme desconstruiloide combina muito com a fase desconstruidona da Rede Globo, que coloca uma pauta diferente nas manhãs da semana sobre assuntos "atuais" mas não tão atuais, como por exemplo a luta pela liberdade política, econômica, sexual e de vida digna sem medo de morrer por ser mulher, da mulher. Tudo aqui não é à toa. Ter ganho prêmios na casa do caralho não faz desse filme uma joia rara do cinema, só mostra que o peso pende pra onde tem de pesar. Tudo é muito mal construído, desde as histórias paralelas, as emoções frias, os diálogos frios e etc.
Ler o livro me parece necessário pra poder complementar toda essa história, que ficou incrivelmente linda e de uma delicadeza e sensibilidade sem tamanho. Grande Truffaut, tenho gostado de tudo que vi até agora do diretor.
Quando começou a tocar "Sugar Man" do Rodríguez meu corpo arrepiou-se no mesmo minuto. A música e o cantor são bem desconhecidos, há um documentário de 2012 sobre esse cidadão espetacular. Depois de tudo o que vimos e mais do que viria, a música se encaixou como nunca vi igual. Descanse em paz, Heath.
Fica difícil falar sobre tal obra tão delicada. Parece que estamos com binóculos vendo os gestos mais simples, os olhares mais curiosos, os sorrisos mais soltos, a ingenuidade e um turbilhão de sentimentos diferentes em algumas crianças que aprendem muito cedo a se virar como podem, aprendem a sobreviver sem ao menos saberem o motivo de tantas dúvidas, de atitudes inesperadas de alguém que é como o nosso refúgio, nossa fortaleza. "Ninguém pode saber" é um título que traz muita curiosidade. E percebo que essa curiosidade é marca registrada do diretor. Como o nome da mostra no CCSP, "O extraordinário comum" tudo fica claro em alguns minutos de filme. É extraordinário o dia a dia, são incríveis as tantas situações, o inesperado da rotina. Uma família sem estrutura financeira, sem um cuidado materno ou paterno, ou de algum adulto, mas com educação e companheirismo de sobra entre irmãos de diferentes idades. Foi agoniante todas as vezes que eu via o Akira andando sozinho pela cidade com seus 12 anos e tanta responsabilidade nas costas e nas mãos. Sacolas e sacolas. Depósitos de dinheiro, lugares novos, amigos. Cuidar de 3 irmãos mais novos, com diversos temperamentos, em momentos diferentes em suas descobertas mundanas. Na medida em que a casa vai ficando mais bagunçada e a louça suja, a porta da geladeira suja, os papeis grudados nas paredes com desenhos, as crianças sujas, suadas, descalças, comendo qualquer coisa. O diretor explora bem o mal estar, e eu admiro diretores que não tem medida certa ou errada quando querem contar uma história, exploram o real, tudo aquilo que existe. Sofrimento, desilusão, pobreza, abandono...é extraordinário ver o comum.
Maquiagem e construção do cenário impecáveis. Os anos 70 ficaram nítidos na tela. E como previsto, pela sinopse do filme, carregá-lo nas costas era a tarefa da protagonista e ela o fez com excelência, ótima atuação de Rebecca Hall. Olhar, expressões sempre muito tristes, algo pesado sobre seus ombros, o jeito de andar, a fala...tudo. Bom filme.
É gratificante ver qualquer trabalho no qual Conrad Veidt esteja no elenco. Um ator excepcional. É uma pena ser tão complicado achar seus trabalhos pela vasta imensidão da internet e do mundo, mas infelizmente é o que acontece conforme o tempo passa. E é gratificante mesmo sendo a sua história, sobre Ivan, o Terrível, a mais confusa das três. Mas talvez isso pouco importa, a beleza do filme está no que ele quis transmitir: nos mostrar a maldade humana. Em diferentes épocas, de diferentes formas, a maldade e a loucura nos pertence e nos rodeia, está presente sempre de alguma forma. Inclusive nos nossos pensamentos assombrosos. O expressionismo alemão é incontestavelmente belo.
Marty é uma coleção completa do que foi os anos 50 nos Estados Unidos, especificamente, é claro, no Bronx. Família italiana (praticamente lê-se "católica" seguindo a década e a situação dos que imigraram para os EUA), nenhum negro nem de relance nas cenas, moralismo, rebeldia de terceiros, mulheres independentes. Junte tudo ao existencialismo excelente que é invocado em diálogos, olhares, o indivíduo Marty, a mãe de Marty, a tia, a mulher que ele conhece.
O próprio título do filme. Eis que temos uma grande pérola do cinema que foi esquecida. Farei minha parte em recomendá-lo.
Um Rosto de Mulher
4.2 22Conrad Veidt rouba a cena fi
A Forma da Água
3.9 2,7KOctavia Spencer sempre rouba a cena em todos os filmes que faz, que mulher.
Achei a história bem bonita e o filme bem fácil de se envolver, a protagonista cativa de imediato quem assiste e o interesse dela pela tal criatura é contextualizado de maneira bem simples e muito tocante. Gostei bastante.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 617 Assista AgoraQuem fala mal da Sofia Coppola ou de qualquer filme que ela fez na vida pra mim tem mais é que tomar no cu.
Clean, Shaven
3.6 9Gosto muito de cinema pois ele nos desperta sensações reais, nos provoca psicologicamente através de tudo o que nos mostra, desde as imagens aos sons, e tudo aquilo que também não estamos vendo.
Os ruídos que ouvimos da cabeça do Peter provocam uma sensação alarmante: estamos compartilhando seus medos, seus zunidos. Estamos vivendo junto com ele a agonia de ser perseguido por si mesmo.
O filme parece ser arrastado até certo ponto, mas ao final tudo se encaixa muito bem. Greene convence muito rápido de que ele é um esquizofrênico passando por, talvez, o pior de seus momentos.
A cena que ele aparece para a Nicky e a chama para ir à praia é assustadora e bonita ao mesmo tempo. Digo assustadora pela feição cheia de medo dele. O rosto suado, a voz trêmula, a respiração ofegante. O rosto da menina está coberto de dúvidas e curiosidade, e ela aceita de imediato ir com ele. Na praia, ele diz que tinha um "rádio" na cabeça e que precisou retirar um transmissor pela unha (aquela cena dele arrancando a unha é uma agonia infinita). A cena final desse filme é outra mistura de "beleza assustadora", quando ela pega um rádio e tenta sintonizar com seu pai.
Me perturbou bastante, sinto que precisaria revê-lo para entender melhor, mas me recuso fazer isso tão cedo.
O Cliente
3.6 179 Assista AgoraO filme de fato inicia quando Susan Sarandon da as caras pela primeira vez, tendo em vista que o começo do filme por si só não colabora.
A condução do filme nas cenas onde o suicida surge, que estava mais pra um potencial serial killer, chega a ser cômica por ser tão fantasiosa. Claro, tudo bem o cinema ter suas fantasias, mas neste caso não era um filme de fantasia, poderia ter tido menos devaneios e "eu vi isso na TV".
Tommy Lee Jones está em ótima forma no filme e junto de Sarandon fazem uma boa dupla no bate e rebate que se estende até o final, talvez os dois sustentem bem a tensão do filme.
Por parte do garoto, parece ter se esforçado em parecer um pirralho metido a esperto e valente, ele cumpre o papel de irritar do começo ao fim.
Fora as fantasias e algumas atuações toscas, se menos arrastado, teria convencido mais. Mesmo assim, vale a pena ver se gosta do trabalho dos dois citados.
Lilo & Stitch
3.9 591 Assista AgoraMinha namorada chegou à conclusão de que eu sou a Lilo.
1817, a Revolução Esquecida
3.8 4Narrativa interessante e também uma boa ferramenta de ensino para professores. Instiga a querer conhecer a história do próprio país, que como aqui colocada, tende a ser apagada ou escondida de nós pelo interesse dos poderosos arrombados.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista Agoraum filme que toca alanis morissette é um filme nada menos do que GOSTOSÃO
lady bird representa as mirnina do coração bom perdidas indecisas curiosas com tesão decepcionadíssimas porém com vontade de mais
te amo greta gerwig amo estar viva pra ver você brilhar GO GIRL
Confronto no Pavilhão 99
3.7 218 Assista AgoraUm filme sobre amar.
Os Anarquistas
2.8 38 Assista AgoraComo sempre mulheres sendo resumidas em amorzinhos pegação (traição bonitinha aqui) beijinho ali acolá e história que é bom PORRA NINHUMA
Como Nossos Pais
3.8 444Maria Ribeiro carregou a história, a emoção, o suspense, a dramaticidade e tudo mais nesse filme que, me desculpem os que estão idolatrando, me irritou profundamente em algumas coisas específicas. Uma das coisas foi as escolhas de atrizes e atores, alguns são figurinhas carimbadas nas telenovelas da Rede Globo (sim, eu vi sim o selo da Globo Filmes no começo) e digo mais, o que diabos o Paulinho Vilhena tá fazendo no elenco do filme? Que coisa escabrosa.
O filme desconstruiloide combina muito com a fase desconstruidona da Rede Globo, que coloca uma pauta diferente nas manhãs da semana sobre assuntos "atuais" mas não tão atuais, como por exemplo a luta pela liberdade política, econômica, sexual e de vida digna sem medo de morrer por ser mulher, da mulher. Tudo aqui não é à toa.
Ter ganho prêmios na casa do caralho não faz desse filme uma joia rara do cinema, só mostra que o peso pende pra onde tem de pesar.
Tudo é muito mal construído, desde as histórias paralelas, as emoções frias, os diálogos frios e etc.
Bem mediano, fora a atuação da Maria Ribeiro.
Fahrenheit 451
4.2 419Ler o livro me parece necessário pra poder complementar toda essa história, que ficou incrivelmente linda e de uma delicadeza e sensibilidade sem tamanho. Grande Truffaut, tenho gostado de tudo que vi até agora do diretor.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraUm filme que toca T-Rex é um filme que se deve respeito
Candy
4.0 601Quando começou a tocar "Sugar Man" do Rodríguez meu corpo arrepiou-se no mesmo minuto. A música e o cantor são bem desconhecidos, há um documentário de 2012 sobre esse cidadão espetacular. Depois de tudo o que vimos e mais do que viria, a música se encaixou como nunca vi igual.
Descanse em paz, Heath.
Totally Fucked Up
3.9 42É fácil se encontrar aqui quando se tem 21 anos, é homossexual e odeia toda essa merda. Dolorosamente belo.
1991 - The Year Punk Broke
4.4 37molequinho chato esse Thurston Moore com esse cabelinho tosco e a síndrome da atenção toda pra ele
Kim Gordon você merecia mais que isso bb
Ninguém Pode Saber
4.3 228Fica difícil falar sobre tal obra tão delicada. Parece que estamos com binóculos vendo os gestos mais simples, os olhares mais curiosos, os sorrisos mais soltos, a ingenuidade e um turbilhão de sentimentos diferentes em algumas crianças que aprendem muito cedo a se virar como podem, aprendem a sobreviver sem ao menos saberem o motivo de tantas dúvidas, de atitudes inesperadas de alguém que é como o nosso refúgio, nossa fortaleza.
"Ninguém pode saber" é um título que traz muita curiosidade. E percebo que essa curiosidade é marca registrada do diretor. Como o nome da mostra no CCSP, "O extraordinário comum" tudo fica claro em alguns minutos de filme. É extraordinário o dia a dia, são incríveis as tantas situações, o inesperado da rotina. Uma família sem estrutura financeira, sem um cuidado materno ou paterno, ou de algum adulto, mas com educação e companheirismo de sobra entre irmãos de diferentes idades.
Foi agoniante todas as vezes que eu via o Akira andando sozinho pela cidade com seus 12 anos e tanta responsabilidade nas costas e nas mãos. Sacolas e sacolas. Depósitos de dinheiro, lugares novos, amigos. Cuidar de 3 irmãos mais novos, com diversos temperamentos, em momentos diferentes em suas descobertas mundanas.
Na medida em que a casa vai ficando mais bagunçada e a louça suja, a porta da geladeira suja, os papeis grudados nas paredes com desenhos, as crianças sujas, suadas, descalças, comendo qualquer coisa. O diretor explora bem o mal estar, e eu admiro diretores que não tem medida certa ou errada quando querem contar uma história, exploram o real, tudo aquilo que existe.
Sofrimento, desilusão, pobreza, abandono...é extraordinário ver o comum.
Noites de Cabíria
4.5 382 Assista AgoraQue atuação de tirar o fôlego da Masina. Demorei um bom tempo pra me render ao filme, mas foi uma grata surpresa. Doloroso e belo.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista AgoraPrefiro ser um porco a ser um fascista.
Christine
3.7 212 Assista AgoraMaquiagem e construção do cenário impecáveis. Os anos 70 ficaram nítidos na tela.
E como previsto, pela sinopse do filme, carregá-lo nas costas era a tarefa da protagonista e ela o fez com excelência, ótima atuação de Rebecca Hall. Olhar, expressões sempre muito tristes, algo pesado sobre seus ombros, o jeito de andar, a fala...tudo.
Bom filme.
A Sangue Frio
4.1 65 Assista AgoraO título do filme se encaixa como uma luva
nas cenas onde eles estão na casa dos Clutter cometendo os crimes. A frieza das sequências das cenas me impressionou bastante.
Filmaço.
O Gabinete das Figuras de Cera
3.7 22É gratificante ver qualquer trabalho no qual Conrad Veidt esteja no elenco. Um ator excepcional. É uma pena ser tão complicado achar seus trabalhos pela vasta imensidão da internet e do mundo, mas infelizmente é o que acontece conforme o tempo passa.
E é gratificante mesmo sendo a sua história, sobre Ivan, o Terrível, a mais confusa das três. Mas talvez isso pouco importa, a beleza do filme está no que ele quis transmitir: nos mostrar a maldade humana. Em diferentes épocas, de diferentes formas, a maldade e a loucura nos pertence e nos rodeia, está presente sempre de alguma forma. Inclusive nos nossos pensamentos assombrosos.
O expressionismo alemão é incontestavelmente belo.
Pink Flamingos
3.4 878Nojento, repulsivo, grotesco, bizarro, me dá ânsia de vômito só de lembrar.
Uma obra-prima do cinema mundial. Divine vive!
Marty
3.9 67 Assista AgoraMarty é uma coleção completa do que foi os anos 50 nos Estados Unidos, especificamente, é claro, no Bronx. Família italiana (praticamente lê-se "católica" seguindo a década e a situação dos que imigraram para os EUA), nenhum negro nem de relance nas cenas, moralismo, rebeldia de terceiros, mulheres independentes. Junte tudo ao existencialismo excelente que é invocado em diálogos, olhares, o indivíduo Marty, a mãe de Marty, a tia, a mulher que ele conhece.
Eis que temos uma grande pérola do cinema que foi esquecida. Farei minha parte em recomendá-lo.