Normalmente os filmes de comédia adolescente que eu paro para assistir são um pouco antigos, então mesmo que ainda sejam bons, acabam sendo mais do mesmo por estarem ambientados em um contexto similar. Então quando vi “Fora de Série”, que é uma produção bem atual, me surpreendi de várias formas (todas de um jeito positivo). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Faz um tempinho que eu não dou tanta risada assim com um filme. O timing das tiradas são perfeitos e o plot twist definitivamente torna a história mais divertida. O ponto aqui é que as pessoas não são melhores por serem arduamente dedicadas aos estudos, e o mesmo vale para aqueles mais inclinados a só ligar para festas. É o pacotão da soma de tudo que faz as experiências valerem a pena, ainda mais nessa idade.
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“Vanilla Sky” é uma adaptação do longa “Preso na Escuridão” (1997) e ambos têm Penélope Cruz no mesmo papel, isso me deixou curiosa para ir atrás desse original, então vem aí. Mas enfim, esse remake de 2001 com o Tom Cruise no papel principal, pode ser considerado um filme sobre expectativas e idealizações sobre como é viver um amor verdadeiro e, ao mesmo tempo, sobre como cada decisão, ainda que pequena, pode mudar totalmente a vida de uma pessoa.
O ponto aqui não é ser uma história de suspense em cima da confusão mental do protagonista, mas sim as projeções de sua mente para lidar com o acidente sofrido e como a aceitação da verdade pode ser a chave para a fuga dessa prisão que ele mesmo construiu, afinal viver na ilusão é uma rota de fuga para adiar mais ainda o que precisa ser encarado.
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As divagações de Henry Barthes (Adrien Brody) sobre sua vida e a realidade de ser um professor, especificamente substituto, são extremamente poéticas e me arrancaram boas reflexões, mas pelo amor de Deus, que filme triste. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Os traumas que Barthes sofreu na infância o fizeram evitar o máximo possível de se conectar com as pessoas, mas ao mesmo tempo que ele sente um eterno vazio, as dores do mundo o atingem de uma forma inexplicável. Além de fazer seu papel como educador, ele exercita um tipo de bondade que desconfio que só pessoas que lidam diretamente com outras em suas profissões possuem - ainda que não a recebam de volta na maioria das vezes.
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Em “Demolição”, Davis (Jake Gyllenhaal) nos apresenta um processo de luto talvez um tanto fora do convencional, podendo até ser interpretado como maluquice ou falta de tato com a perda da esposa. É bem interessante ver os estágios pelos quais ele passa até a ficha cair sobre a tragédia, principalmente pelo comportamento curioso de transformar metáforas em atos literais — aí que entra o título do filme. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Outro ponto que gostei foi que não houve a substituição de uma figura feminina por outra em um aspecto amoroso. Karen (Naomi Watts) e Davis são um exemplo de apoio mútuo, e a sinceridade de ambos na amizade é o que torna as coisas mais bonitas (ou suportáveis, dependendo do ponto de vista).
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Ao mesmo tempo que cansei de ver o Benedict Cumberbatch fazendo o mais do mesmo papel, não vejo outra pessoa melhor para interpretar gênios incompreendidos por aí. Alex Lawther como versão mais jovem do matemático também não fica para trás; as cenas de flashback que mostram a afeição entre ele e seu amigo Christopher são essenciais para entendermos outros pontos de sua vida, principalmente a questão da homossexualidade, que na época era considerada um crime. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É uma história sobre alguém extremamente inteligente que possui pouco tempo para salvar o mundo, precisa enfrentar alguns problemas no caminho e que conta com a ajuda dos colegas ao redor e sua melhor amiga Joan Clarke, interpretada por ninguém menos que Keira Knightley. Ou seja, é basicamente uma jornada do herói em contexto de guerra baseada na vida do incrível Alan Turing.
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Nesse filme aconteceu de tudo, menos a conversa sobre o Kevin. O menino tem sérios problemas desde cedo e ninguém cogitou levar ele em um psicólogo ou psiquiatra. Em partes porque Eva olha para o comportamento do filho como uma consequência por não ter conseguido estabelecer uma conexão afetiva desde que ele nasceu. Logo, qualquer ato ou fala de Kevin é culpa de Eva — ainda que não seja, até a sociedade a crucifica, e isso é espelho da carga que colocam nas mães e isentam os pais. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A culpa de não amar o filho basicamente fez Eva suportar desde comportamentos frios até situações de extremo terror vindos de Kevin, que não apresenta remorso algum e só pensa em si mesmo. Tudo isso trouxe consequências insuperáveis.
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Como você reagiria se o amor da sua vida revelasse que na verdade não se identifica com o gênero biológico? E se a situação fosse contrária? Como você contaria para seu/sua namorado(a) que, depois de anos de conflitos internos, finalmente conseguiu reunir toda a sua coragem para ser quem realmente é? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Entre trilha sonora estupidamente impecável e cenas lindas e poéticas, “Laurence Anyways” consegue abordar as duas perspectivas de forma justa, mostrando reações cruas e sentimentos sinceros por parte de ambos. Enquanto Laurence precisa lidar com questões individuais e identitárias, ao mesmo tempo deve pensar como parte de um relacionamento. A questão nunca foi sua sexualidade, e sim o gênero -- o que muitos podem confundir. No caso de Fred, é como essa mudança afeta seu olhar para Laurence. O que muda? Como sua sexualidade é afetada? E o que importa? A essência de Laurence e a personalidade que a fez se apaixonar, ou a masculinidade em si para reafirmar um rótulo? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No final das contas, tudo que tenho a dizer é: “It’s Laurence, anyways”.
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Ver a Rosamund Pike e a Eiza Gonzalez como um casal trambiqueiro foi tentador. Sou do time que torce para as produções saírem da mesma fórmula quando se trata de casais lésbicos e que não aguenta mais estereótipos ou enredos que fazem a sexualidade da protagonista ser o foco em vez de um detalhe. Sinceramente, a nota 2 que eu dei foi em consideração às duas — ainda que tenha seguido um clichê ruim, valeu o esforço — , se eu considerasse só a história, a nota seria menor. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Quando Marla acha que encontrou a vítima perfeita para seu esquema, na verdade, ela acaba mexendo com pessoas perigosas. Digo, perigosas em tese, porque da forma que a trama se desenrola, a personagem consegue se safar tão facilmente que às vezes tenho a impressão de que estavam testando a inteligência dos espectadores.
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Sinto que Agatha Christie daria boas risadas com esse filme e provavelmente anotaria uma ideia ou outra para eventualmente um novo mistério. “Entre Facas e Segredos” é um filme divertido de assistir por mexer com as estruturas de uma narrativa padrão e surpreender, de certa forma, com a resolução do final. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A dinâmica da família também é interessante de observar e cada detalhezinho acaba sendo importante para o desenrolar da trama. Sem contar que todos os membros da família são um exemplo claro daquela máxima de que tudo está perfeito, mas se o assunto financeiro entrar em jogo, aí o cenário muda.
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Talvez eu esteja atrasada uns 9 anos no hype desse filme, mas finalmente parei para assistir. Na época eu li o livro, e, agora vendo o filme, acho engraçado demais o fato de que eu fui uma dessas adolescentes que se achava a melhor por ouvir The Smiths, Bowie e etc e considerava o suprassumo da literatura escreverem um livro com essas referências. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Hoje, claro que fico feliz ouvindo essa trilha sonora, mas foi a história em si que se destacou desta vez e a complexidade de levantar pautas relacionadas a traumas e perspectivas de forma que ainda converse com o público da faixa etária jovem. O Logan Lerman tem talento para fazer papéis delicados e abordar os sentimentos de forma sutil, tanto que me lembrou o papel dele em Ligados Pelo Amor (2012) também - ambos lançaram no mesmo ano, então acho que o Lerman estava numa época sentimental e encarnou pra valer o personagem. O elenco num todo foi bem escolhido e aqui deixo a menção honrosa (talvez de forma óbvia) à Emma Watson e ao Ezra Miller. Essa foi uma das adaptações mais fiéis que já vi, definitivamente Lerman pagou seus pecados nessa pelo fiasco que foi Percy Jackson e o Ladrão de Raios.
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Nem todos os alívios cômicos possíveis de “Quase 18” me impediram de chorar com esse filme. A Hailee no papel da protagonista Nadine emociona com sua autenticidade e representa bem todos aqueles que passaram pelo limbo dos 17 anos de forma complicada, independente dos motivos - o que torna uma produção um tanto quanto pessoal. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Além disso, a atriz faz uma dupla e tanto com o Woody Harrelson, que interpreta o professor Bruner. Na trama, em meio a uma relação de ódio e admiração, os dois descobrem mais sobre a vida um do outro, mudando as perspectivas e se ajudando, de certa forma, uma vez que esse momento solitário de Nadine revela uma falta da proteção do pai e ela acaba reencontrando essa figura paterna no professor.
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A Batida Perfeita não é nenhuma obra-prima, mas sabe quando o filme tem tudo para ser ruim, só que de alguma forma acaba mostrando elementos que fazem ele ser bom? Esse é o caso. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A produção entregou o que se propôs e mostra que não precisa arriscar muito, uma vez que a base foi bem construída. Uma comédia simples com começo, clímax, resolução e desfecho, sem dores de cabeça. Chega até ser um clichê daqueles que a gente dá play pra descansar a mente. Sem contar que tem a Dakota Johnson falando de música como protagonista, isso já é o suficiente pra mim.
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Um filme com protagonismo lésbico e um quê de jornalismo misturado com cinema era tudo o que eu precisava, sinceramente. Ainda que seja ficção e a “Mulher Melancia” não exista, Dunye levanta pautas importantes de forma descontraída e responsável dentro e fora das telas, como atriz e diretora. Enquanto eu assistia ao longa e acompanhava a busca incansável de Cheryl pela história da mulher por trás dessa personagem, tudo me pareceu muito familiar, e então tive o clique: existe de fato alguém na vida real com descrições semelhantes. Hattie McDaniel (recomendo pesquisarem sobre essa mulher incrível). Ela foi mencionada durante o longa e não por coincidência, uma vez que sua história de vida como mulher negra e lésbica no mundo cinematográfico, apesar de dolorida, foi um retrato de inspiração e luta para as gerações seguintes. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para mais críticas e conteúdos massas, sigam o periscopioinc no Instagram! :)
Eu gosto muito de filmes com cenário adolescente nos anos 1980, principalmente por usarem a moda como um elemento essencial para a narrativa e compor um conceito estético que dá gosto de ver. Heathers se encontra nesse mesmo barco, sem contar que aqui é Deus no céu e Winona Ryder na terra. Ela serviu demais, como sempre. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Enfim, esse longa simplesmente engatinhou para que Meninas Malvadas pudesse andar. Mas em vez de só focar nas consequências da hierarquia de poder entre tribos na escola, o longa de 1988 mostra uma solução um tanto quanto radical vinda de Jason Dean, um dos desajustados, fazendo com que Veronica experimente o pior dos dois mundos. De um lado, as amigas humilhando todos os outros grupos, do outro, o namorado literalmente exterminando os populares e fazendo parecer suicídios. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Uma coisa que achei importante foi como o filme retrata o fato de que todos querem estar por cima. É uma verdadeira corrida para conquistar a popularidade, e até pessoas inofensivas acabam se transformando em prol do poder. Heathers deixa bem claro que vale de tudo para ter o trono privilegiado, e é exatamente isso que Veronica questiona durante o filme. Ela faz sua parte remando contra a maré e tentando não contribuir mais para a ordem “natural” e cruel das coisas, buscando um meio termo ao repensar seu comportamento diante os outros.
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Apesar do nome remeter a suspense ou terror, A Ghost Story traz um propósito mais reflexivo sobre a camada que paira entre a vida e as possibilidades que vêm depois dela. É um filme sensível que não trabalha com grandes acontecimentos para impactar seu público e amarra sua história de um jeito melancólico e subjetivo. Ok, a premissa é a morte do personagem e sim, quando falamos de tragédias, é bem desconfortável. Mas a forma como é quebrado esse choque quando retratam um luto mais parecido com o que conhecemos na pele e fora das telas, cria-se uma atmosfera em que o fato do C ter morrido foi apenas um passe para a complexidade que vem a seguir. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Boa parte do filme eu fiquei pensando “como o espírito ainda tem consciência e o que ele está fazendo pela casa ainda?”. Pode ser óbvio que ele tem questões internas mal resolvidas e a não aceita sua morte, mas o retrato de alguém fora de sua carne tendo que olhar para a sua vida como espectador, sem estar imerso em suas verdades, é assustador. É nesse ponto que volto atrás e digo que pode ser considerado um filme de terror, sim, porque existem poucas coisas mais aterrorizantes que conhecer a si mesmo e aceitar que algumas certezas podem não ter sido como interpretamos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Sem entregar tudo de bandeja, o enredo trabalha de forma delicada a perspectiva de um tempo não linear e cíclico, arrematando com o possível conceito de destino. Aliás, o longa se articula com falas escassas e pontuais, deixando uma grande margem para o silêncio. Além de ter interpretado isso como um possível vazio compartilhado com o fantasma do protagonista, sinto que foi uma forma de dar espaço aos vários pensamentos que foram surgindo — tanto na mente do homem, quanto em nós, público —, como se a existência já fosse barulhenta o suficiente.
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Como seria se quatro vampiros rachassem o aluguel de um flat/uma casa em tempos atuais? Os primeiros minutos do filme já entregam o rumo: vampires don’t do dishes! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Com um conceito repleto de humor & boas sacadas, What We Do in the Shadows acaba com essa imagem classuda dos vampiros de obras literárias e cinematográficas, mostrando como seria se eles fossem gente como a gente dividindo tarefas domésticas, pagando contas e lidando com pessoas - obviamente com a graça e as skills de ser um vampiro. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Eu, particularmente, ri do começo ao fim. O elenco é de peso e claramente a dupla dinâmica Taika e Jemaine entrega muito dentro e fora das telas. É impossível não se apegar ao Viago (Waititi), seu sotaque e o jeitinho metódico de ser. Não é sempre que se vê um vampiro forrando o chão com jornal para não sujar na hora do “jantar” ou um bando de vampiros reunidos em frente a um notebook para ver como é o pôr do sol via Youtube.
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Pra quem veio dos efeitos péssimos de Teen Wolf, foi um life changing para o Dylan O'Brien fazer um filme que de fato tem efeitos bons e até ao Oscar está concorrendo. É uma história bem a lá Viagem ao Centro da Terra, boa de passar o tempo.
Um ótimo filme sobre como o governo lida com pessoas chegando na terceira idade (em questões médicas e aposentadoria, por exemplo, fazendo com que essas pessoas ainda precisem de trabalhos extras), além de abordar muito a solidão e escolhas de vida. A fotografia é linda e a escolha de não atores para atuar com Frances foi certeira.
Esse filme é genial porque apesar de antigo, retrata muito bem situações que ainda acontecem hoje (e quem tem preconceito contra filmes antigos, só digo que tá perdendo muito tempo porque, em matéria de conteúdo, eles transbordam muito mais que diversos filmes da atualidade). Muitas coisas podem ser analisadas e associadas nessa obra mas o que destacou ao meu viés foi o fato de muitos dos jurados apresentarem lógicas superficiais, uma vez que se acomodaram com a verdade fácil que foi implícita no julgamento...
Sem contar a posição daquele jurado que se recusou a entrar em debate e ouvir o outro lado da situação. Nesse ponto está bem claro a irracionalidade do homem e o domínio da emoção exaltada que mistura a história pessoal que ele está vivendo em relação ao próprio filho com o julgamento decisivo em questão da vida ou morte de um rapaz.
Há uma pressão para se obter a decisão unanime e isso faz com que ao invés de focar no caso e chegar a uma opinião sincera e racional, muitos desistem e cedem ao ''tanto faz, desde que acabe logo''. Lembrando que se trata de uma vida. Lembrando também, que quem garante que não existem problemáticas assim - mascaradas em outros aspectos - deixadas a mercê do ''tanto faz'' em nosso governo?
Arrisco julgar que é uma versão mais leve que Efeito Borboleta... Voltada pro romance e pra acontecimentos do cotidiano. Mas isso não tira sua graça e no fim das contas é maravilhoso do mesmo jeito!
Fora de Série
3.9 493 Assista AgoraNormalmente os filmes de comédia adolescente que eu paro para assistir são um pouco antigos, então mesmo que ainda sejam bons, acabam sendo mais do mesmo por estarem ambientados em um contexto similar. Então quando vi “Fora de Série”, que é uma produção bem atual, me surpreendi de várias formas (todas de um jeito positivo).
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Faz um tempinho que eu não dou tanta risada assim com um filme. O timing das tiradas são perfeitos e o plot twist definitivamente torna a história mais divertida. O ponto aqui é que as pessoas não são melhores por serem arduamente dedicadas aos estudos, e o mesmo vale para aqueles mais inclinados a só ligar para festas. É o pacotão da soma de tudo que faz as experiências valerem a pena, ainda mais nessa idade.
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Vanilla Sky
3.8 2,0K Assista Agora“Vanilla Sky” é uma adaptação do longa “Preso na Escuridão” (1997) e ambos têm Penélope Cruz no mesmo papel, isso me deixou curiosa para ir atrás desse original, então vem aí. Mas enfim, esse remake de 2001 com o Tom Cruise no papel principal, pode ser considerado um filme sobre expectativas e idealizações sobre como é viver um amor verdadeiro e, ao mesmo tempo, sobre como cada decisão, ainda que pequena, pode mudar totalmente a vida de uma pessoa.
O ponto aqui não é ser uma história de suspense em cima da confusão mental do protagonista, mas sim as projeções de sua mente para lidar com o acidente sofrido e como a aceitação da verdade pode ser a chave para a fuga dessa prisão que ele mesmo construiu, afinal viver na ilusão é uma rota de fuga para adiar mais ainda o que precisa ser encarado.
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O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraAs divagações de Henry Barthes (Adrien Brody) sobre sua vida e a realidade de ser um professor, especificamente substituto, são extremamente poéticas e me arrancaram boas reflexões, mas pelo amor de Deus, que filme triste.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Os traumas que Barthes sofreu na infância o fizeram evitar o máximo possível de se conectar com as pessoas, mas ao mesmo tempo que ele sente um eterno vazio, as dores do mundo o atingem de uma forma inexplicável. Além de fazer seu papel como educador, ele exercita um tipo de bondade que desconfio que só pessoas que lidam diretamente com outras em suas profissões possuem - ainda que não a recebam de volta na maioria das vezes.
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Demolição
3.8 448 Assista AgoraEm “Demolição”, Davis (Jake Gyllenhaal) nos apresenta um processo de luto talvez um tanto fora do convencional, podendo até ser interpretado como maluquice ou falta de tato com a perda da esposa. É bem interessante ver os estágios pelos quais ele passa até a ficha cair sobre a tragédia, principalmente pelo comportamento curioso de transformar metáforas em atos literais — aí que entra o título do filme.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Outro ponto que gostei foi que não houve a substituição de uma figura feminina por outra em um aspecto amoroso. Karen (Naomi Watts) e Davis são um exemplo de apoio mútuo, e a sinceridade de ambos na amizade é o que torna as coisas mais bonitas (ou suportáveis, dependendo do ponto de vista).
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O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraAo mesmo tempo que cansei de ver o Benedict Cumberbatch fazendo o mais do mesmo papel, não vejo outra pessoa melhor para interpretar gênios incompreendidos por aí. Alex Lawther como versão mais jovem do matemático também não fica para trás; as cenas de flashback que mostram a afeição entre ele e seu amigo Christopher são essenciais para entendermos outros pontos de sua vida, principalmente a questão da homossexualidade, que na época era considerada um crime.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
É uma história sobre alguém extremamente inteligente que possui pouco tempo para salvar o mundo, precisa enfrentar alguns problemas no caminho e que conta com a ajuda dos colegas ao redor e sua melhor amiga Joan Clarke, interpretada por ninguém menos que Keira Knightley. Ou seja, é basicamente uma jornada do herói em contexto de guerra baseada na vida do incrível Alan Turing.
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Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraNesse filme aconteceu de tudo, menos a conversa sobre o Kevin. O menino tem sérios problemas desde cedo e ninguém cogitou levar ele em um psicólogo ou psiquiatra. Em partes porque Eva olha para o comportamento do filho como uma consequência por não ter conseguido estabelecer uma conexão afetiva desde que ele nasceu. Logo, qualquer ato ou fala de Kevin é culpa de Eva — ainda que não seja, até a sociedade a crucifica, e isso é espelho da carga que colocam nas mães e isentam os pais.
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A culpa de não amar o filho basicamente fez Eva suportar desde comportamentos frios até situações de extremo terror vindos de Kevin, que não apresenta remorso algum e só pensa em si mesmo. Tudo isso trouxe consequências insuperáveis.
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Laurence Anyways
4.1 553 Assista AgoraComo você reagiria se o amor da sua vida revelasse que na verdade não se identifica com o gênero biológico? E se a situação fosse contrária? Como você contaria para seu/sua namorado(a) que, depois de anos de conflitos internos, finalmente conseguiu reunir toda a sua coragem para ser quem realmente é?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Entre trilha sonora estupidamente impecável e cenas lindas e poéticas, “Laurence Anyways” consegue abordar as duas perspectivas de forma justa, mostrando reações cruas e sentimentos sinceros por parte de ambos. Enquanto Laurence precisa lidar com questões individuais e identitárias, ao mesmo tempo deve pensar como parte de um relacionamento. A questão nunca foi sua sexualidade, e sim o gênero -- o que muitos podem confundir. No caso de Fred, é como essa mudança afeta seu olhar para Laurence. O que muda? Como sua sexualidade é afetada? E o que importa? A essência de Laurence e a personalidade que a fez se apaixonar, ou a masculinidade em si para reafirmar um rótulo?
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No final das contas, tudo que tenho a dizer é: “It’s Laurence, anyways”.
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Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraVer a Rosamund Pike e a Eiza Gonzalez como um casal trambiqueiro foi tentador. Sou do time que torce para as produções saírem da mesma fórmula quando se trata de casais lésbicos e que não aguenta mais estereótipos ou enredos que fazem a sexualidade da protagonista ser o foco em vez de um detalhe. Sinceramente, a nota 2 que eu dei foi em consideração às duas — ainda que tenha seguido um clichê ruim, valeu o esforço — , se eu considerasse só a história, a nota seria menor.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Quando Marla acha que encontrou a vítima perfeita para seu esquema, na verdade, ela acaba mexendo com pessoas perigosas. Digo, perigosas em tese, porque da forma que a trama se desenrola, a personagem consegue se safar tão facilmente que às vezes tenho a impressão de que estavam testando a inteligência dos espectadores.
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Entre Facas e Segredos
4.0 1,5K Assista AgoraSinto que Agatha Christie daria boas risadas com esse filme e provavelmente anotaria uma ideia ou outra para eventualmente um novo mistério. “Entre Facas e Segredos” é um filme divertido de assistir por mexer com as estruturas de uma narrativa padrão e surpreender, de certa forma, com a resolução do final.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A dinâmica da família também é interessante de observar e cada detalhezinho acaba sendo importante para o desenrolar da trama. Sem contar que todos os membros da família são um exemplo claro daquela máxima de que tudo está perfeito, mas se o assunto financeiro entrar em jogo, aí o cenário muda.
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As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraTalvez eu esteja atrasada uns 9 anos no hype desse filme, mas finalmente parei para assistir. Na época eu li o livro, e, agora vendo o filme, acho engraçado demais o fato de que eu fui uma dessas adolescentes que se achava a melhor por ouvir The Smiths, Bowie e etc e considerava o suprassumo da literatura escreverem um livro com essas referências.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Hoje, claro que fico feliz ouvindo essa trilha sonora, mas foi a história em si que se destacou desta vez e a complexidade de levantar pautas relacionadas a traumas e perspectivas de forma que ainda converse com o público da faixa etária jovem. O Logan Lerman tem talento para fazer papéis delicados e abordar os sentimentos de forma sutil, tanto que me lembrou o papel dele em Ligados Pelo Amor (2012) também - ambos lançaram no mesmo ano, então acho que o Lerman estava numa época sentimental e encarnou pra valer o personagem. O elenco num todo foi bem escolhido e aqui deixo a menção honrosa (talvez de forma óbvia) à Emma Watson e ao Ezra Miller. Essa foi uma das adaptações mais fiéis que já vi, definitivamente Lerman pagou seus pecados nessa pelo fiasco que foi Percy Jackson e o Ladrão de Raios.
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Quase 18
3.7 607 Assista AgoraNem todos os alívios cômicos possíveis de “Quase 18” me impediram de chorar com esse filme. A Hailee no papel da protagonista Nadine emociona com sua autenticidade e representa bem todos aqueles que passaram pelo limbo dos 17 anos de forma complicada, independente dos motivos - o que torna uma produção um tanto quanto pessoal.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Além disso, a atriz faz uma dupla e tanto com o Woody Harrelson, que interpreta o professor Bruner. Na trama, em meio a uma relação de ódio e admiração, os dois descobrem mais sobre a vida um do outro, mudando as perspectivas e se ajudando, de certa forma, uma vez que esse momento solitário de Nadine revela uma falta da proteção do pai e ela acaba reencontrando essa figura paterna no professor.
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A Batida Perfeita
3.4 44A Batida Perfeita não é nenhuma obra-prima, mas sabe quando o filme tem tudo para ser ruim, só que de alguma forma acaba mostrando elementos que fazem ele ser bom? Esse é o caso.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A produção entregou o que se propôs e mostra que não precisa arriscar muito, uma vez que a base foi bem construída. Uma comédia simples com começo, clímax, resolução e desfecho, sem dores de cabeça. Chega até ser um clichê daqueles que a gente dá play pra descansar a mente. Sem contar que tem a Dakota Johnson falando de música como protagonista, isso já é o suficiente pra mim.
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The Watermelon Woman
4.4 28Um filme com protagonismo lésbico e um quê de jornalismo misturado com cinema era tudo o que eu precisava, sinceramente. Ainda que seja ficção e a “Mulher Melancia” não exista, Dunye levanta pautas importantes de forma descontraída e responsável dentro e fora das telas, como atriz e diretora. Enquanto eu assistia ao longa e acompanhava a busca incansável de Cheryl pela história da mulher por trás dessa personagem, tudo me pareceu muito familiar, e então tive o clique: existe de fato alguém na vida real com descrições semelhantes. Hattie McDaniel (recomendo pesquisarem sobre essa mulher incrível). Ela foi mencionada durante o longa e não por coincidência, uma vez que sua história de vida como mulher negra e lésbica no mundo cinematográfico, apesar de dolorida, foi um retrato de inspiração e luta para as gerações seguintes.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Atração Mortal
3.7 318 Assista AgoraEu gosto muito de filmes com cenário adolescente nos anos 1980, principalmente por usarem a moda como um elemento essencial para a narrativa e compor um conceito estético que dá gosto de ver. Heathers se encontra nesse mesmo barco, sem contar que aqui é Deus no céu e Winona Ryder na terra. Ela serviu demais, como sempre.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Enfim, esse longa simplesmente engatinhou para que Meninas Malvadas pudesse andar. Mas em vez de só focar nas consequências da hierarquia de poder entre tribos na escola, o longa de 1988 mostra uma solução um tanto quanto radical vinda de Jason Dean, um dos desajustados, fazendo com que Veronica experimente o pior dos dois mundos. De um lado, as amigas humilhando todos os outros grupos, do outro, o namorado literalmente exterminando os populares e fazendo parecer suicídios.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Uma coisa que achei importante foi como o filme retrata o fato de que todos querem estar por cima. É uma verdadeira corrida para conquistar a popularidade, e até pessoas inofensivas acabam se transformando em prol do poder. Heathers deixa bem claro que vale de tudo para ter o trono privilegiado, e é exatamente isso que Veronica questiona durante o filme. Ela faz sua parte remando contra a maré e tentando não contribuir mais para a ordem “natural” e cruel das coisas, buscando um meio termo ao repensar seu comportamento diante os outros.
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Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraApesar do nome remeter a suspense ou terror, A Ghost Story traz um propósito mais reflexivo sobre a camada que paira entre a vida e as possibilidades que vêm depois dela. É um filme sensível que não trabalha com grandes acontecimentos para impactar seu público e amarra sua história de um jeito melancólico e subjetivo. Ok, a premissa é a morte do personagem e sim, quando falamos de tragédias, é bem desconfortável. Mas a forma como é quebrado esse choque quando retratam um luto mais parecido com o que conhecemos na pele e fora das telas, cria-se uma atmosfera em que o fato do C ter morrido foi apenas um passe para a complexidade que vem a seguir.
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Boa parte do filme eu fiquei pensando “como o espírito ainda tem consciência e o que ele está fazendo pela casa ainda?”. Pode ser óbvio que ele tem questões internas mal resolvidas e a não aceita sua morte, mas o retrato de alguém fora de sua carne tendo que olhar para a sua vida como espectador, sem estar imerso em suas verdades, é assustador. É nesse ponto que volto atrás e digo que pode ser considerado um filme de terror, sim, porque existem poucas coisas mais aterrorizantes que conhecer a si mesmo e aceitar que algumas certezas podem não ter sido como interpretamos.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Sem entregar tudo de bandeja, o enredo trabalha de forma delicada a perspectiva de um tempo não linear e cíclico, arrematando com o possível conceito de destino. Aliás, o longa se articula com falas escassas e pontuais, deixando uma grande margem para o silêncio. Além de ter interpretado isso como um possível vazio compartilhado com o fantasma do protagonista, sinto que foi uma forma de dar espaço aos vários pensamentos que foram surgindo — tanto na mente do homem, quanto em nós, público —, como se a existência já fosse barulhenta o suficiente.
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O Que Fazemos nas Sombras
4.0 662 Assista AgoraComo seria se quatro vampiros rachassem o aluguel de um flat/uma casa em tempos atuais? Os primeiros minutos do filme já entregam o rumo: vampires don’t do dishes!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Com um conceito repleto de humor & boas sacadas, What We Do in the Shadows acaba com essa imagem classuda dos vampiros de obras literárias e cinematográficas, mostrando como seria se eles fossem gente como a gente dividindo tarefas domésticas, pagando contas e lidando com pessoas - obviamente com a graça e as skills de ser um vampiro.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Eu, particularmente, ri do começo ao fim. O elenco é de peso e claramente a dupla dinâmica Taika e Jemaine entrega muito dentro e fora das telas. É impossível não se apegar ao Viago (Waititi), seu sotaque e o jeitinho metódico de ser. Não é sempre que se vê um vampiro forrando o chão com jornal para não sujar na hora do “jantar” ou um bando de vampiros reunidos em frente a um notebook para ver como é o pôr do sol via Youtube.
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Colectiv
4.0 99Exemplo de um jornalismo investigativo bem feito.
Laurence Anyways
4.1 553 Assista AgoraIt's Laurence, anyways.
Amor e Monstros
3.5 664 Assista AgoraPra quem veio dos efeitos péssimos de Teen Wolf, foi um life changing para o Dylan O'Brien fazer um filme que de fato tem efeitos bons e até ao Oscar está concorrendo. É uma história bem a lá Viagem ao Centro da Terra, boa de passar o tempo.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraUm ótimo filme sobre como o governo lida com pessoas chegando na terceira idade (em questões médicas e aposentadoria, por exemplo, fazendo com que essas pessoas ainda precisem de trabalhos extras), além de abordar muito a solidão e escolhas de vida. A fotografia é linda e a escolha de não atores para atuar com Frances foi certeira.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraFilmão da porra.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAnsiosa para ver mirosmar, porém com as expectativas lá embaixo
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraEsse filme é genial porque apesar de antigo, retrata muito bem situações que ainda acontecem hoje (e quem tem preconceito contra filmes antigos, só digo que tá perdendo muito tempo porque, em matéria de conteúdo, eles transbordam muito mais que diversos filmes da atualidade). Muitas coisas podem ser analisadas e associadas nessa obra mas o que destacou ao meu viés foi o fato de muitos dos jurados apresentarem lógicas superficiais, uma vez que se acomodaram com a verdade fácil que foi implícita no julgamento...
Sem contar a posição daquele jurado que se recusou a entrar em debate e ouvir o outro lado da situação. Nesse ponto está bem claro a irracionalidade do homem e o domínio da emoção exaltada que mistura a história pessoal que ele está vivendo em relação ao próprio filho com o julgamento decisivo em questão da vida ou morte de um rapaz.
Há uma pressão para se obter a decisão unanime e isso faz com que ao invés de focar no caso e chegar a uma opinião sincera e racional, muitos desistem e cedem ao ''tanto faz, desde que acabe logo''. Lembrando que se trata de uma vida. Lembrando também, que quem garante que não existem problemáticas assim - mascaradas em outros aspectos - deixadas a mercê do ''tanto faz'' em nosso governo?
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraArrisco julgar que é uma versão mais leve que Efeito Borboleta... Voltada pro romance e pra acontecimentos do cotidiano. Mas isso não tira sua graça e no fim das contas é maravilhoso do mesmo jeito!