O ep de Hip Hop achei um tanto superficial por ser bem disperso mas fala tangencialmente de problemas maiores que foram trabalhados de forma mais especifica em outros momentos (como o episódio da censura na China)
Já to meio de saco cheio de certas gags intermináveis e coisas bem datadas como os recorentes blackfaces, yellowfaces e piada onde a punchline é apenas ~aparecer uma mulher gostosa~. O pior episodio nesse quesito foi The Cycling Tour de longe.
O doido é que mesmo com todas essas atitudes arcaicas o que temos hoje não chega perto de Monty Phyton e de suas doses de filosofia, história, política, anarquia e completa imbecilidade
Consegue ser ainda melhor que primeira temporada com o grupo aumentando a aposta na metalinguagem e non-sense, que vai se estendendo até para os créditos e aberturas da série. Tem alguns dos maiores clássicos do grupo com a da Inquisição, Ministério das Andadas Malucas, Scott do Ártico, Spam...
Que potencial extremamente desperdiçado. O começo pena em desenvolver de forma satisfatória a relação entre os principais mas ainda segura por seu charme. Tem ótimas cenas como a das máscaras na cama e o encontro duplo, mas em contrapartida temos vários elementos que vão contra o espirito de consentimento e profissionalismo do BDMS, como Pete muitas vezes sendo coagido a fazer algo que não esta confortável.
Chega então o final e a serie simplesmente cai ladeira a baixo com uma briga forçada para criar conflito, um subplot desnecessário de Tiff ter sido abusada reforçando esteriótipos da industria e um clímax puxado para o suspense mas executada de forma mal pensada e totalmente fora do tom do resto da temporada (o cara foi EXPULSO do calabouço que ela trabalhava, não faz SENTIDO ela ir para o apartamento dele). Alem disso a direção de câmera e atores deixam a desejar demais. Ainda sim tenho esperança em uma segunda temporada que seja mais reflexiva, tenha mais dinheiro e tempo para contar suas histórias.
É quase impossível não se sentir um pouco decepcionado com este final dada a proporção que a serie ganhou e a queda na qualidade da escrita por não ter os livros como base. Gostei bastante de vários momentos do arco da Arya, Theon, Jon, Sansa e Dany, porém parece um resumo mal feito do que virá a ser os livros, que com certeza será melhor construído e desenvolvido. Outra coisa que me incomoda foi o final do Jaime, que não acho condizente com a construção do personagem. Tyrion e Bran pouco fazem na temporada inteira e são importantes apenas nos finalmentes.
O melhor episódio foi de longe o quinto, mostrando os horrores da guerra e questiona até onde devemos levar nossa sede por poder e perfeição. Ainda acho a mensagem final um tanto reacionária, com as antigas estruturas de poder ainda intactas em Westeros com pequenas modificações. Faltou um pouco de coragem por parte dos escritores. Outra trama decepcionante foi a ameaça do Rei da Noite. Entendo que um clímax com eles dificilmente não seria maniqueísta mas é algo que poderia estar integrada a derrocada de Dany.
Na primeira temporada eu tinha raiva do Mark (principalmente por ter mijado nas coisas alheias). Agora com ele stalkeando geral por 3 episódios eu tenho medo.
O POV, diálogo interno e humor depreciativo fazem a série se diferenciar do resto e trazer uma intimidade extremamente forte. É um dos melhores exemplos de humor negro que existem, porém funciona em uma veia mais depressiva e realista do que polêmica e repugnante.
Para minha incrível surpresa isto NÃO é uma paródia de Hamtaro, que veio depois. Extremamente engraçado mas chega no final já um tanto repetitivo. E que dó do bichinho, apanha demais.
"Eu queria fazer Twin Peaks para rappers". E Donald Glover conseguiu. Apesar do tom mais leve de Atlanta, os dois show lidam em grande parte com problemas mundanos e extremamente reais como pobreza ou a morte de uma adolescente, porém possuem um "molho" especial de surrealismo perpassando todas as histórias.
Conserta muita coisa em relação ao corte original, porém ainda é um tanto decepcionante. O ritmo melhora tremendamente com os ep. menores e não mais focados em um só personagem, o clímax do Cinco de Quatro é mais forte agora que a historia se passa cronologicamente e conseguem terminar quase todos os ep com um bom gancho. O arcos dos personagens (principalmente Buster, George Sr. e Michael) funcionam melhor agora que são consumidos em pequenas doses e não senti que estavam tão separados.
Infelizmente esse corte foi feito para sindicação (venda de programas para outros canais, como Demolidor para a Sony) então temos uma tonelada de recapitulações desnecessárias. Além disso ganhamos narração sobrando, piadas faltando e estragam algumas surpresas que tinham na narrativa não-cronológica.
Tão boa quanto a segunda temporada. O arco da Rita, a luta zuando seriados japoneses e o episodio sobre seu próprio cancelamento e as ideias idiotas dos executivos da FOX para salva-lo (cenas em 3D, mortes chocantes e um final ao vivo) estão entre as melhores coisas já feitas pela série.
O pico da série. Quase todas as piadas mais marcantes de Arrested estão nessa temporada: Tobias azul, o gancho, Franklin, "Her?", Motherboy, Maybe produtora de cinema, a caminhada triste...
A melhor zueira com Dragon Ball ever. Mocando o background trágico dos personagens, designs idiotas, treinamentos esdrúxulos, personagens sem poderes, etc... (Fica bem na cara com o Lord Boros, semelhante ao Broly e aquele carinha do começo que tem as anteninhas do Piccolo)
Deve ser porque eu não ligo muito para as coisas, mas Saitama é o personagem de anime que mais me identifiquei na vida. Apenas um carinha de boas querendo achar algo legal para fazer, o completo oposto da chatice de vingança e gana de se provar do Genos.
E ainda bem que o Saitama não chegou a nível S, porque ele já não tem nenhum obstáculo quanto a inimigos físicos, então a falta de reconhecimento e de desafio são coisas que ainda o deixam interessante. Sem isso acaba todo o conflito do personagem.
Helen Mirren dona do meu cu, chutando bundas de escrotos nessa ambiente tão tóxico que é a polícia. Mostra a realidade de várias mulheres no mercado de trabalho, que muitas vezes possuem mais responsabilidades que os homem e tem dificuldade em equilibrar a vida pessoal com a carreira. John Bowe rouba a cena como George Marlow. A perseguição final é ótima, me lembrou "Operação França".
Legião é um personagem tão poderoso e apelão, comparável a um Semi-Deus, que dificulta muito a criação de tensão em uma história convencional (como aconteceu com o filme Lucy). Uma saída boa para esse problema foi a usada aqui: tramas mais simbólicas, subjetivas, surreais, sem muita preocupação com as leis da física ou com o mundo real em geral.
É uma historia básica do seu lado "ruim" (raiva, vícios, descaso, etc.) contra seu lado "bom" (amor, compaixão, sabedoria, etc), porém unido ao elemento psicológico da esquizofrenia introduzido na narrativa. Geralmente não sabemos se o que estamos vendo é o passado, sonho, ilusão ou realidade. Inegável que a trama por vezes desacelera muito para brincar com essa questão da confusão do personagem, porém não me afetou muito.
A parte estética é o forte da série. A direção é inventiva, por vezes utilizando a câmera de ponta cabeça, na diagonal, distorcida, primeira-pessoa. Há também muita mudança na de proporção de tela do show, dando um ar cinematográfico para certas cenas. Tem algumas coisas um tanto toscas como o cabeção de papel machê do "menino mais raivoso do mundo" e a sala de gelo com paredes de vidro e papel celofane, mas é uma saída mais digna do que usar um CGI mequetrefe, além de dar um charme tosco meio Doctor Who para a série.
Genial não só em mostrar o inovador processo investigativo responsável por pegar o Unabomber, como também por apresentar seu pensamento anarcoprimitivista e argumentar se seus criticismo a sociedade moderna são válidos, discutir seu psicológico, métodos e legado. De quebra mostra o poder da interdisciplinariedade e a incompetência e teimosia do FBI na época, ao ignorar uma fonte GIGANTE de informações.
Interessante também é a forma como descobrimos sobre o passado do Unabomber e seu envolvimento com o MK Ultra, que danifica de forma permanente sua relação com o mundo e as pessoas. Engraçado pensar como os EUA literalmente criaram seu terrorista domestico mais famoso (assim como o terrorista internacional também né). Seus embates com Fitz parecem ser o único elemento inteiramente ficcional na história mas funcionam MUITO bem na série.
Tiro meia estrela pela presença do fantoche animatrónico mais famoso de Hollywood: Sam Worthington. Infelizmente não conseguiram aperfeiçoar seu modelo para exprimir mais de 2 emoções, mas estou esperançoso pelo futuro. A edição de série TV velha também não ajuda. Ainda sim é uma obra esplendida.
USS Callister: ótima ideia de lidar com a psique do nerd frustado, rancoroso e purista (bem comum nesse meio). Mas esse negócio de memória dentro do DNA me deixou cabreiro e tem um final corrido, cheio situações muito convenientes.
Arkangel: Bem provocativo, em especial para os pais de primeira viagem, geralmente superprotetores. Tem uma estrutura de mito grego semelhante ao conto de Édipo, onde a falha da mãe acaba se voltando contra ela.
Crocodile: Bom episódio, mas o diretor não conseguiu transmitir tensão como pede a história. Precisava de um Tarantino ali no comando. E tem umas soluções de roteiro estranhas (tipo ela matar o cara estrangulando ele ao invés de com a garrafa, sendo que ela é claramente bem mais fraca).
Hang The DJ: O pior fácil. É "A Lagosta" sem o surrealismo e acabei não comprando o que estava acontecendo em momento algum. Também odeio o final "foi tudo mentira", parece que pedi meu tempo.
Metalhead: Vazio de conteúdo, mas a perseguição é legal. Me lembrou Duel do Spielberg.
Black Museum: É BEM exagerado e estranho, por isso algumas pessoas podem não curti. Adorei.
Continua a mesma estrutura do primeiro mas achei que integraram mais o resto da família nas aventuras, o que considero ótimo para sair da padrão Rick-Morty na historia principal e Summer-Beth-Jerry com uma historia paralela de sempre.
Melhores eps: The Ricks Must Be Crazy (lidando com o lado hipócrita de Rick de forma bem inventiva enquanto faz uma critica ao capitalismo como dominação), Mortynight Run (tem tantos elementos geniais: a nuvem, o joginho do Roy, a historia do Jerry) e Auto Erotic Assimilation.
Piores eps: Interdimensional Cable 2: Tempting Fate (o começo é muito bom mas as piadas de pinto começam a ficar repetitivas) e Total Rickall (o mesmo: boa ideia que foi se esticando demais e ficou previsível...)
David Fincher, psicologia, começo do estudo de serial killers. Tinha TUDO para ser um gol de placa, mas acabou que o final deu uma estabacada e a bola entrou, mas entrou um tanto feia. Isso porque a série realmente começa bem e introduz de forma acertada seus personagens, conflitos, tom e objetivos, porém não consegue trabalhar com eles.
Holden começa inocente, curioso e relacionável. Se torna irritante e seu relacionamento parece nunca funcionar. Sua história com o diretor da escola poderia muito bem ser cortada. E por que ele está na escola falando de seu trabalho no dia das profissões se não tem filho? Tench e o drama com seu filho nunca chega a afetar em nada no seu personagem. A trama do gato é apenas uma alegoria desnecessária. As cenas com o assassino de bigode parecem que vão ter importância na season finale e... nada, é tudo deixado para a temporada seguinte. E que finale xoxa, anti-climática.
Ainda sim tem muitos elementos bons. Toda a mensagem de buscar sair dos dogmas das instituições, ir atras da interdisciplinaridade, planejamento, análise e se livrar de uma metodologia medíocre é o ponto forte da série e pode ser aplicada em qualquer área de trabalho. Anna Torv é ótima e sua personagem é a mais competente do trio. A parte das entrevistas são o coração de Mindhunters e fazem você ficar perturbado apenas pelo diálogo e linguagem corporal, com um destaque para todas as cenas do Kemper .
É uma série que começa meio que tateando para achar seu objetivo, parecendo que iria apenas ser uma paródia de "De volta para o futuro" e "Doctor Who", mas ao chegar no final vemos que realmente tem algo próprio e original ali. A animação concede uma liberdade incrível em relação a lugares a onde ir, criaturas e situações. Rick é um hedonista nato e serve muito para o proposito da serie de procurar ter cada vez mais e mais aventuras insanas.
Melhores eps.: O dos Meeseeks é genial na forma como um conceito simples extrapola de forma insana. O final do Rick Potions #9 é um dos momentos mais marcantes e emocionais, você realmente SENTE o trauma do Morty. O ep. do diabo faz uma ótima critica sobre consumismo e a facilidade que temos de apoiar algo que fode a sociedade para nos beneficiar (além de ter uma montagem de exercícios e surras show). A parte do Jerry no ep. da simulação deveria ser emoldurado e colocado no Louvre.
Piores eps: O do parque dos dinossauros não trouxe nada de muito interessante. O da tv infinita tem uma ideia bem legal com relação ao casal e a irmã de Morty porém meu problema ficam com aquelas "sketches" que eram claramente improvisadas pelos roteiristas. Ideia legal, mas algumas não tinham muita graça e outras se alongavam demais.
Patriot Act with Hasan Minhaj (3ª Temporada)
4.5 2 Assista AgoraBrasil-sil-sil
Patriot Act with Hasan Minhaj (2ª Temporada)
4.5 3 Assista AgoraO ep de Hip Hop achei um tanto superficial por ser bem disperso mas fala tangencialmente de problemas maiores que foram trabalhados de forma mais especifica em outros momentos (como o episódio da censura na China)
Monty Python's Flying Circus (4ª Temporada)
4.3 11John Cleese infelizmente estava certo. Um tanto repetitivo e mediocre. Pelo menos tem uns 2 episódios ótimos.
Monty Python's Flying Circus (3ª Temporada)
4.5 12Já to meio de saco cheio de certas gags intermináveis e coisas bem datadas como os recorentes blackfaces, yellowfaces e piada onde a punchline é apenas ~aparecer uma mulher gostosa~. O pior episodio nesse quesito foi The Cycling Tour de longe.
O doido é que mesmo com todas essas atitudes arcaicas o que temos hoje não chega perto de Monty Phyton e de suas doses de filosofia, história, política, anarquia e completa imbecilidade
Monty Python's Flying Circus (2ª Temporada)
4.6 18Consegue ser ainda melhor que primeira temporada com o grupo aumentando a aposta na metalinguagem e non-sense, que vai se estendendo até para os créditos e aberturas da série. Tem alguns dos maiores clássicos do grupo com a da Inquisição, Ministério das Andadas Malucas, Scott do Ártico, Spam...
Amizade Dolorida (1ª Temporada)
3.6 134 Assista AgoraQue potencial extremamente desperdiçado. O começo pena em desenvolver de forma satisfatória a relação entre os principais mas ainda segura por seu charme. Tem ótimas cenas como a das máscaras na cama e o encontro duplo, mas em contrapartida temos vários elementos que vão contra o espirito de consentimento e profissionalismo do BDMS, como Pete muitas vezes sendo coagido a fazer algo que não esta confortável.
Chega então o final e a serie simplesmente cai ladeira a baixo com uma briga forçada para criar conflito, um subplot desnecessário de Tiff ter sido abusada reforçando esteriótipos da industria e um clímax puxado para o suspense mas executada de forma mal pensada e totalmente fora do tom do resto da temporada (o cara foi EXPULSO do calabouço que ela trabalhava, não faz SENTIDO ela ir para o apartamento dele). Alem disso a direção de câmera e atores deixam a desejar demais. Ainda sim tenho esperança em uma segunda temporada que seja mais reflexiva, tenha mais dinheiro e tempo para contar suas histórias.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraÉ quase impossível não se sentir um pouco decepcionado com este final dada a proporção que a serie ganhou e a queda na qualidade da escrita por não ter os livros como base. Gostei bastante de vários momentos do arco da Arya, Theon, Jon, Sansa e Dany, porém parece um resumo mal feito do que virá a ser os livros, que com certeza será melhor construído e desenvolvido. Outra coisa que me incomoda foi o final do Jaime, que não acho condizente com a construção do personagem. Tyrion e Bran pouco fazem na temporada inteira e são importantes apenas nos finalmentes.
O melhor episódio foi de longe o quinto, mostrando os horrores da guerra e questiona até onde devemos levar nossa sede por poder e perfeição. Ainda acho a mensagem final um tanto reacionária, com as antigas estruturas de poder ainda intactas em Westeros com pequenas modificações. Faltou um pouco de coragem por parte dos escritores. Outra trama decepcionante foi a ameaça do Rei da Noite. Entendo que um clímax com eles dificilmente não seria maniqueísta mas é algo que poderia estar integrada a derrocada de Dany.
Peep Show (2ª Temporada)
4.3 5 Assista AgoraNa primeira temporada eu tinha raiva do Mark (principalmente por ter mijado nas coisas alheias). Agora com ele stalkeando geral por 3 episódios eu tenho medo.
Peep Show (1ª Temporada)
4.2 19 Assista AgoraO POV, diálogo interno e humor depreciativo fazem a série se diferenciar do resto e trazer uma intimidade extremamente forte. É um dos melhores exemplos de humor negro que existem, porém funciona em uma veia mais depressiva e realista do que polêmica e repugnante.
Oruchuban Ebichu
4.1 14Para minha incrível surpresa isto NÃO é uma paródia de Hamtaro, que veio depois. Extremamente engraçado mas chega no final já um tanto repetitivo. E que dó do bichinho, apanha demais.
Monty Python's Flying Circus (1ª Temporada)
4.5 45 Assista AgoraImpossível não dar a nota máxima pelo anarquismo, non-sense, metalinguagem e junção perfeita entre o besteirol completo e o erudito.
Atlanta (1ª Temporada)
4.5 294 Assista Agora"Eu queria fazer Twin Peaks para rappers". E Donald Glover conseguiu. Apesar do tom mais leve de Atlanta, os dois show lidam em grande parte com problemas mundanos e extremamente reais como pobreza ou a morte de uma adolescente, porém possuem um "molho" especial de surrealismo perpassando todas as histórias.
Arrested Development (4ª Temporada: Consequências Fatais)
3.3 31Conserta muita coisa em relação ao corte original, porém ainda é um tanto decepcionante. O ritmo melhora tremendamente com os ep. menores e não mais focados em um só personagem, o clímax do Cinco de Quatro é mais forte agora que a historia se passa cronologicamente e conseguem terminar quase todos os ep com um bom gancho. O arcos dos personagens (principalmente Buster, George Sr. e Michael) funcionam melhor agora que são consumidos em pequenas doses e não senti que estavam tão separados.
Infelizmente esse corte foi feito para sindicação (venda de programas para outros canais, como Demolidor para a Sony) então temos uma tonelada de recapitulações desnecessárias. Além disso ganhamos narração sobrando, piadas faltando e estragam algumas surpresas que tinham na narrativa não-cronológica.
Arrested Development (3ª Temporada)
4.4 79 Assista AgoraTão boa quanto a segunda temporada. O arco da Rita, a luta zuando seriados japoneses e o episodio sobre seu próprio cancelamento e as ideias idiotas dos executivos da FOX para salva-lo (cenas em 3D, mortes chocantes e um final ao vivo) estão entre as melhores coisas já feitas pela série.
Arrested Development (2ª Temporada)
4.4 102 Assista AgoraO pico da série. Quase todas as piadas mais marcantes de Arrested estão nessa temporada: Tobias azul, o gancho, Franklin, "Her?", Motherboy, Maybe produtora de cinema, a caminhada triste...
Arrested Development (1ª Temporada)
4.3 213 Assista AgoraUma intrincada rede de bordões e piadas recorrentes se transformando e ganhando novos significados. Basicamente um Zorra Total que deu certo.
One Punch Man (1ª Temporada)
4.3 333 Assista AgoraA melhor zueira com Dragon Ball ever. Mocando o background trágico dos personagens, designs idiotas, treinamentos esdrúxulos, personagens sem poderes, etc... (Fica bem na cara com o Lord Boros, semelhante ao Broly e aquele carinha do começo que tem as anteninhas do Piccolo)
Deve ser porque eu não ligo muito para as coisas, mas Saitama é o personagem de anime que mais me identifiquei na vida. Apenas um carinha de boas querendo achar algo legal para fazer, o completo oposto da chatice de vingança e gana de se provar do Genos.
E ainda bem que o Saitama não chegou a nível S, porque ele já não tem nenhum obstáculo quanto a inimigos físicos, então a falta de reconhecimento e de desafio são coisas que ainda o deixam interessante. Sem isso acaba todo o conflito do personagem.
Prime Suspect
4.2 5Helen Mirren dona do meu cu, chutando bundas de escrotos nessa ambiente tão tóxico que é a polícia. Mostra a realidade de várias mulheres no mercado de trabalho, que muitas vezes possuem mais responsabilidades que os homem e tem dificuldade em equilibrar a vida pessoal com a carreira. John Bowe rouba a cena como George Marlow. A perseguição final é ótima, me lembrou "Operação França".
Legion (1ª Temporada)
4.2 286 Assista AgoraLegião é um personagem tão poderoso e apelão, comparável a um Semi-Deus, que dificulta muito a criação de tensão em uma história convencional (como aconteceu com o filme Lucy). Uma saída boa para esse problema foi a usada aqui: tramas mais simbólicas, subjetivas, surreais, sem muita preocupação com as leis da física ou com o mundo real em geral.
É uma historia básica do seu lado "ruim" (raiva, vícios, descaso, etc.) contra seu lado "bom" (amor, compaixão, sabedoria, etc), porém unido ao elemento psicológico da esquizofrenia introduzido na narrativa. Geralmente não sabemos se o que estamos vendo é o passado, sonho, ilusão ou realidade. Inegável que a trama por vezes desacelera muito para brincar com essa questão da confusão do personagem, porém não me afetou muito.
A parte estética é o forte da série. A direção é inventiva, por vezes utilizando a câmera de ponta cabeça, na diagonal, distorcida, primeira-pessoa. Há também muita mudança na de proporção de tela do show, dando um ar cinematográfico para certas cenas. Tem algumas coisas um tanto toscas como o cabeção de papel machê do "menino mais raivoso do mundo" e a sala de gelo com paredes de vidro e papel celofane, mas é uma saída mais digna do que usar um CGI mequetrefe, além de dar um charme tosco meio Doctor Who para a série.
Manhunt: Unabomber (1ª Temporada)
4.2 165 Assista AgoraGenial não só em mostrar o inovador processo investigativo responsável por pegar o Unabomber, como também por apresentar seu pensamento anarcoprimitivista e argumentar se seus criticismo a sociedade moderna são válidos, discutir seu psicológico, métodos e legado. De quebra mostra o poder da interdisciplinariedade e a incompetência e teimosia do FBI na época, ao ignorar uma fonte GIGANTE de informações.
Interessante também é a forma como descobrimos sobre o passado do Unabomber e seu envolvimento com o MK Ultra, que danifica de forma permanente sua relação com o mundo e as pessoas. Engraçado pensar como os EUA literalmente criaram seu terrorista domestico mais famoso (assim como o terrorista internacional também né). Seus embates com Fitz parecem ser o único elemento inteiramente ficcional na história mas funcionam MUITO bem na série.
Tiro meia estrela pela presença do fantoche animatrónico mais famoso de Hollywood: Sam Worthington. Infelizmente não conseguiram aperfeiçoar seu modelo para exprimir mais de 2 emoções, mas estou esperançoso pelo futuro. A edição de série TV velha também não ajuda. Ainda sim é uma obra esplendida.
Black Mirror (4ª Temporada)
3.8 1,3K Assista AgoraUSS Callister: ótima ideia de lidar com a psique do nerd frustado, rancoroso e purista (bem comum nesse meio). Mas esse negócio de memória dentro do DNA me deixou cabreiro e tem um final corrido, cheio situações muito convenientes.
Arkangel: Bem provocativo, em especial para os pais de primeira viagem, geralmente superprotetores. Tem uma estrutura de mito grego semelhante ao conto de Édipo, onde a falha da mãe acaba se voltando contra ela.
Crocodile: Bom episódio, mas o diretor não conseguiu transmitir tensão como pede a história. Precisava de um Tarantino ali no comando. E tem umas soluções de roteiro estranhas (tipo ela matar o cara estrangulando ele ao invés de com a garrafa, sendo que ela é claramente bem mais fraca).
Hang The DJ: O pior fácil. É "A Lagosta" sem o surrealismo e acabei não comprando o que estava acontecendo em momento algum. Também odeio o final "foi tudo mentira", parece que pedi meu tempo.
Metalhead: Vazio de conteúdo, mas a perseguição é legal. Me lembrou Duel do Spielberg.
Black Museum: É BEM exagerado e estranho, por isso algumas pessoas podem não curti. Adorei.
Rick and Morty (2ª Temporada)
4.6 245 Assista AgoraContinua a mesma estrutura do primeiro mas achei que integraram mais o resto da família nas aventuras, o que considero ótimo para sair da padrão Rick-Morty na historia principal e Summer-Beth-Jerry com uma historia paralela de sempre.
Melhores eps: The Ricks Must Be Crazy (lidando com o lado hipócrita de Rick de forma bem inventiva enquanto faz uma critica ao capitalismo como dominação), Mortynight Run (tem tantos elementos geniais: a nuvem, o joginho do Roy, a historia do Jerry) e Auto Erotic Assimilation.
Piores eps: Interdimensional Cable 2: Tempting Fate (o começo é muito bom mas as piadas de pinto começam a ficar repetitivas) e Total Rickall (o mesmo: boa ideia que foi se esticando demais e ficou previsível...)
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 804 Assista AgoraDavid Fincher, psicologia, começo do estudo de serial killers. Tinha TUDO para ser um gol de placa, mas acabou que o final deu uma estabacada e a bola entrou, mas entrou um tanto feia. Isso porque a série realmente começa bem e introduz de forma acertada seus personagens, conflitos, tom e objetivos, porém não consegue trabalhar com eles.
Holden começa inocente, curioso e relacionável. Se torna irritante e seu relacionamento parece nunca funcionar. Sua história com o diretor da escola poderia muito bem ser cortada. E por que ele está na escola falando de seu trabalho no dia das profissões se não tem filho? Tench e o drama com seu filho nunca chega a afetar em nada no seu personagem. A trama do gato é apenas uma alegoria desnecessária. As cenas com o assassino de bigode parecem que vão ter importância na season finale e... nada, é tudo deixado para a temporada seguinte. E que finale xoxa, anti-climática.
Ainda sim tem muitos elementos bons. Toda a mensagem de buscar sair dos dogmas das instituições, ir atras da interdisciplinaridade, planejamento, análise e se livrar de uma metodologia medíocre é o ponto forte da série e pode ser aplicada em qualquer área de trabalho. Anna Torv é ótima e sua personagem é a mais competente do trio. A parte das entrevistas são o coração de Mindhunters e fazem você ficar perturbado apenas pelo diálogo e linguagem corporal, com um destaque para todas as cenas do Kemper .
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista AgoraÉ uma série que começa meio que tateando para achar seu objetivo, parecendo que iria apenas ser uma paródia de "De volta para o futuro" e "Doctor Who", mas ao chegar no final vemos que realmente tem algo próprio e original ali. A animação concede uma liberdade incrível em relação a lugares a onde ir, criaturas e situações. Rick é um hedonista nato e serve muito para o proposito da serie de procurar ter cada vez mais e mais aventuras insanas.
Melhores eps.: O dos Meeseeks é genial na forma como um conceito simples extrapola de forma insana.
O final do Rick Potions #9 é um dos momentos mais marcantes e emocionais, você realmente SENTE o trauma do Morty.
O ep. do diabo faz uma ótima critica sobre consumismo e a facilidade que temos de apoiar algo que fode a sociedade para nos beneficiar (além de ter uma montagem de exercícios e surras show).
A parte do Jerry no ep. da simulação deveria ser emoldurado e colocado no Louvre.
Piores eps: O do parque dos dinossauros não trouxe nada de muito interessante. O da tv infinita tem uma ideia bem legal com relação ao casal e a irmã de Morty porém meu problema ficam com aquelas "sketches" que eram claramente improvisadas pelos roteiristas. Ideia legal, mas algumas não tinham muita graça e outras se alongavam demais.