Achei melhor do que o esperado, embora os 40 minutos iniciais tenha sido realmente quase um bingo de estilos premiados anteriormente, e que ao meu ver aqui, comprometeu bastante o resultado final. A mistura foi: ritmo e tom de Woody Allen na década de 90, musical perfeitinho de Steven S., dinâmica mimiografada de Johnny & June.
Quando fui a Auschwitz que era o meu sonho, sai com a cabeça doendo, e olha que eu já sabia como era. Uma das coisas que fiquei pensando foi sobre como seria para as pessoas que trabalhavam lá, a que ponto elas conseguem assimilar e não se deixar atingir pelo clima pesado que tem no campo... Vendo então o final, achei genial o paralelismo paradoxal do rotineiro com o grotesco singular que envolve o lugar. Aquele enquadramento na câmara de gás me fez sentir como se eu estivesse lá outra vez, revivendo um momento muito louco que foi quando o guia disse para os turistas que conversavam: "Por favor, silêncio, morreram milhares de pessoas aqui". Ninguém mais deu um pio, foi um silêncio realmente que eu nunca tinha escutado antes.
Merecia um valor de produção maior, poderia ser mais ambicioso, poderia ser uma obra prima do cinema, mas de todo modo o principal foi feito, registrar com detalhes a história que a gente só conhecia pelo vídeo viral do Youtube. A história por si só já é muito poderosa, e fica de consolo cinematográfico o fato de que ele foi interpretado pelo ator mais luxuoso que poderia ter. Emocionante!
Cinematograficamente falando é um estouro, ainda que o recorte discursivo político-judicial não seja dos mais interessantes para mim. Mas é aquela coisa, O Jogo da Imitação tem muito mais apelo narrativo, porém filmograficamente Oppenheimer é superior a enésima potência, e olha que sempre achei o Nolan superestimado. Dessa vez, o Oscar vem para as mãos dele, e o que é melhor, de fato, merecidamente.
Tá longe de ser perfeito. O som, as aparentes conveniências narrativas, mas ainda assim é acima da média, sem falar da importância do tema, que eu por exemplo, mesmo morando na Europa, não fazia ideia que havia essa rota ilegal, tive até que procurar noticias para ver se realmente acontecia, ou era uma distopia, porque de Senegal à Itália via Líbano, parece mesmo coisa só de filme.
5 estrelas porque ver aula de atuação mirim está cada vez mais raro, e para completar, a atuação da protagonista está num nível Marion Cotillard em Piaf, ou Isabelle Huppert em Elle. Sem falar do roteiro que não cai na tentação do maniqueísmo em nenhum momento.
Sempre gostei do argumento de mulher rica que se apaixona por homem pobre, e embora eu deteste cigarro, gostei da atmosfera de amor proibido. Um ponto forte também é a trilha sonora.
Acho que o grande ponto fraco é a repetição do texto da voz off, chega uma hora que mais parece falta de criatividade do que organicidade da psicologia do personagem. P.S: Sophie merecia uma indicação ao Oscar só pela transformação. Assisti aos 80 capítulos de Todas as Flores e não percebi que era ela no filme.
Nunca vi diálogos tão mau escritos para uma série de orçamento considerável. Diálogos óbvios, expositivos, sem nenhuma sutileza no objetivo de mostrar o jeito de ser dos personagens. Parece aqueles áudios que o povo manda quando a intenção já é usar o áudio num processo judicial ou fazer um exposed na internet/programas de TV se autodefendendo. Junta-se isso à falta de camadas.... A menina é praticamente uma santa beatificada e não um ser humano, ainda tem os flashes back que são de um surrealismo mais açucarado que cocada de doce de leite com mel. Soa falso e descolado demais da atmosfera tensa do contexto histórico que é retratado.
Vale mesmo só pelo fato de se tratar do Silvio e de toda nostalgia que envolve o SBT, mas como produção audiovisual deixa muuuito a desejar. Não somente pela roteiro, que abriu mão de verossimilhança interna e externa no que se diz respeito ao tempo, como também pelo elenco muito irregular, cenografia capenga, caracterização fajuta, diálogos rasos... A Netflix teria que fazer uma com pelo menos uns 30% da qualidade de uma The Crown para ser minimamente digna com o grande Silvio Santos.
Eita, que palhaçada. Fui ver a season finale porque disseram que ia aparecer a Samantha, daí ela surge 30 segundos só para dizer que não vai aparecer. kkkkkk Que piada.
Por favor, 3,2 é muuuuuita má vontade, birra ou TDAH, a série é ótima, e tem menos personagens burros do que de costume. O ponto fraco são algumas convenções narrativas, situações que não parecem lá muito críveis, e talvez algumas incoerências a depender da interpretação do espectador, porém não chega a comprometer o roteiro, e consegue fazer o principal sem que a gente precise forçar a barra: ficar aflito e roer as unhas.
A relevância do conteúdo é mil, agora a forma do discurso, sinceramente, é muito simplória e cheia de lugares comuns, clichê, batida mesmo. Acho que serve como entretenimento com uma pincelada de crítica social, ainda que enchargada de maniqueísmo, didatismo e convenções do gênero da comédia romântica. O mérito maior está mesmo na estética filmográfica, porém igual não é nenhuma obra-prima da sétima arte. O que eu vejo é o hype nem sempre justificado que dão a Greta somado com a empolgação por se tratar de um tema super popular e cheio de nostalgia para quem já brincou de boneca Barbie.
Vale como um filme da Barbie, minimamente, sociológico, mas não espere nenhuma discussão realmente encorpada. A cena inicial, que referencia a 2001 Uma Odisséia, é a única sequência de fato memorável.
O argumento é ótimo, porém os diálogos e as interpretações teatrais acabaram fazendo o que geralmente acontece com adaptações advindas do teatro: um verniz de antinaturalidade.
Entendo que talvez para o Lázaro, o importante fosse mesmo registrar o texto no cinema e passar a mensagem de reflexão, mas acho uma pena ele não ter ido numa linha de distopia naturalista. Poderia ter sido O Ensaio sobre a Cegueira 100% brazuca. Acho que o filme foi realizado muito mais enquanto discurso, do que enquanto peça cinematográfica, o que acho um erro, pois o segundo aumentaria o alcance do primeiro.
O filme praticamente não tem sentido de urgência, como se vê magistralmente em Cidade de Deus, Carandiru, Tropa de Elite e até mesmo Bacurau (que é um tanto irregular comparando com os três anteriores).
Muito melhor que o primeiro, pelo menos na questão da verossimilhança interna, porque o da Sandra da metade pro fim, foi só ladeira abaixo em termos de roteiro. Esse já é bem mais amarrado, subverter aquela coisa repetitiva do heroi que tem como objetivo salvar a família, a mãe, o papagaio, o periquito... O deméritos do filme são algumas interpretações e alguns diálogos, mas de resto, super operante. Ah, outro ponto negativo é que não aparece a Sagrada Família em nenhum momento, mesmo a ação se passando ao lado da Plaza de Toros La Monumental que fica ao lado.
O pior filme dele até aqui era o Igual a Tudo na Vida, mas agora a coisa mudou, este ganhou o título. Já vi quase todos os filmes dele, sou fã, gosto até daqueles que o povo pega no pé, como Magia ao Luar, acho ótimo, mas este daqui parece um rascunho preguiçoso de outros que ele já fez.
Quase abandonei a série pq os episódios 4, 5, 6 e 7 foram osso. Eu querendo saber do Silo e a mulher chorando, consertando engrenagem e buscando pistas sem sentido do amor ingrato.
Se não tivessem pesado tanto a mão na falta de verossimilhança seria melhor, ou então se a pessoa assistir já comprando que de fato a lenda sobre ele seja verdadeira.
Eu gostei, porém a quantidade de capítulos se sente pesada. Se tivesse 8 episódio a menos, seria 5 estrelas. Mas de fato, entre o episódio 12 e o 18, haja pleonasmo.
Assisti no avião, daí não pude pular fora. Tem um amadorismo nos diálogos somado à uma afetação de clichês e interpretações duvidosas que acabam por comprometer muito o resultado final. Conseguiu ser pior que aquele das Estrelas que eu tive o sofrimento de ver no cinema. Quer ver algo com premissa parecida e que realmente vale a pena: 1 Litro de Lágrimas (série japonesa impecável e insuperável), Uma Prova de Amor e 100 Metros (não é uma obra de arte, mas tá na média).
O Mal Que Nos Habita
3.6 534 Assista AgoraDa metade para o final vira uma espécie de Telecurso 2000
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraDesign de produção muito louco com um pouco de Tim Burton e umas esquisitices meio The Lobster. É cult instantâneo.
Maestro
3.1 260Achei melhor do que o esperado, embora os 40 minutos iniciais tenha sido realmente quase um bingo de estilos premiados anteriormente, e que ao meu ver aqui, comprometeu bastante o resultado final. A mistura foi: ritmo e tom de Woody Allen na década de 90, musical perfeitinho de Steven S., dinâmica mimiografada de Johnny & June.
Zona de Interesse
3.6 593 Assista AgoraQuando fui a Auschwitz que era o meu sonho, sai com a cabeça doendo, e olha que eu já sabia como era. Uma das coisas que fiquei pensando foi sobre como seria para as pessoas que trabalhavam lá, a que ponto elas conseguem assimilar e não se deixar atingir pelo clima pesado que tem no campo... Vendo então o final, achei genial o paralelismo paradoxal do rotineiro com o grotesco singular que envolve o lugar. Aquele enquadramento na câmara de gás me fez sentir como se eu estivesse lá outra vez, revivendo um momento muito louco que foi quando o guia disse para os turistas que conversavam: "Por favor, silêncio, morreram milhares de pessoas aqui". Ninguém mais deu um pio, foi um silêncio realmente que eu nunca tinha escutado antes.
Uma Vida: A História de Nicholas Winton
3.9 25 Assista AgoraMerecia um valor de produção maior, poderia ser mais ambicioso, poderia ser uma obra prima do cinema, mas de todo modo o principal foi feito, registrar com detalhes a história que a gente só conhecia pelo vídeo viral do Youtube. A história por si só já é muito poderosa, e fica de consolo cinematográfico o fato de que ele foi interpretado pelo ator mais luxuoso que poderia ter. Emocionante!
Oppenheimer
4.0 1,1KCinematograficamente falando é um estouro, ainda que o recorte discursivo político-judicial não seja dos mais interessantes para mim. Mas é aquela coisa, O Jogo da Imitação tem muito mais apelo narrativo, porém filmograficamente Oppenheimer é superior a enésima potência, e olha que sempre achei o Nolan superestimado. Dessa vez, o Oscar vem para as mãos dele, e o que é melhor, de fato, merecidamente.
Eu, Capitão
4.0 70 Assista AgoraTá longe de ser perfeito. O som, as aparentes conveniências narrativas, mas ainda assim é acima da média, sem falar da importância do tema, que eu por exemplo, mesmo morando na Europa, não fazia ideia que havia essa rota ilegal, tive até que procurar noticias para ver se realmente acontecia, ou era uma distopia, porque de Senegal à Itália via Líbano, parece mesmo coisa só de filme.
Anatomia de uma Queda
4.0 807 Assista Agora5 estrelas porque ver aula de atuação mirim está cada vez mais raro, e para completar, a atuação da protagonista está num nível Marion Cotillard em Piaf, ou Isabelle Huppert em Elle. Sem falar do roteiro que não cai na tentação do maniqueísmo em nenhum momento.
A Garota do Cigarro (1ª Temporada)
3.6 8Sempre gostei do argumento de mulher rica que se apaixona por homem pobre, e embora eu deteste cigarro, gostei da atmosfera de amor proibido. Um ponto forte também é a trilha sonora.
O Assassino
3.3 514Acho que o grande ponto fraco é a repetição do texto da voz off, chega uma hora que mais parece falta de criatividade do que organicidade da psicologia do personagem. P.S: Sophie merecia uma indicação ao Oscar só pela transformação. Assisti aos 80 capítulos de Todas as Flores e não percebi que era ela no filme.
Amor Esquecido
4.0 73 Assista AgoraUma telenovela que não fica dever em nada a um Victor Hugo ou Charles Dickens.
Toda Luz que Não Podemos Ver
3.8 78 Assista AgoraNunca vi diálogos tão mau escritos para uma série de orçamento considerável. Diálogos óbvios, expositivos, sem nenhuma sutileza no objetivo de mostrar o jeito de ser dos personagens. Parece aqueles áudios que o povo manda quando a intenção já é usar o áudio num processo judicial ou fazer um exposed na internet/programas de TV se autodefendendo. Junta-se isso à falta de camadas.... A menina é praticamente uma santa beatificada e não um ser humano, ainda tem os flashes back que são de um surrealismo mais açucarado que cocada de doce de leite com mel. Soa falso e descolado demais da atmosfera tensa do contexto histórico que é retratado.
Megatubarão 2
2.3 278 Assista AgoraVários tubarões do tamanho de um arranha-céu e os vilões são 4 humanos que não sabem nem que dia é hoje.
O Rei da TV (2ª Temporada)
3.6 38 Assista AgoraVale mesmo só pelo fato de se tratar do Silvio e de toda nostalgia que envolve o SBT, mas como produção audiovisual deixa muuuito a desejar. Não somente pela roteiro, que abriu mão de verossimilhança interna e externa no que se diz respeito ao tempo, como também pelo elenco muito irregular, cenografia capenga, caracterização fajuta, diálogos rasos... A Netflix teria que fazer uma com pelo menos uns 30% da qualidade de uma The Crown para ser minimamente digna com o grande Silvio Santos.
And Just Like That... (2ª Temporada)
3.5 41 Assista AgoraEita, que palhaçada. Fui ver a season finale porque disseram que ia aparecer a Samantha, daí ela surge 30 segundos só para dizer que não vai aparecer. kkkkkk Que piada.
Sequestro no Ar
3.6 55 Assista AgoraPor favor, 3,2 é muuuuuita má vontade, birra ou TDAH, a série é ótima, e tem menos personagens burros do que de costume. O ponto fraco são algumas convenções narrativas, situações que não parecem lá muito críveis, e talvez algumas incoerências a depender da interpretação do espectador, porém não chega a comprometer o roteiro, e consegue fazer o principal sem que a gente precise forçar a barra: ficar aflito e roer as unhas.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraUma Sessão da Tarde gourmet.
A relevância do conteúdo é mil, agora a forma do discurso, sinceramente, é muito simplória e cheia de lugares comuns, clichê, batida mesmo. Acho que serve como entretenimento com uma pincelada de crítica social, ainda que enchargada de maniqueísmo, didatismo e convenções do gênero da comédia romântica. O mérito maior está mesmo na estética filmográfica, porém igual não é nenhuma obra-prima da sétima arte. O que eu vejo é o hype nem sempre justificado que dão a Greta somado com a empolgação por se tratar de um tema super popular e cheio de nostalgia para quem já brincou de boneca Barbie.
Vale como um filme da Barbie, minimamente, sociológico, mas não espere nenhuma discussão realmente encorpada. A cena inicial, que referencia a 2001 Uma Odisséia, é a única sequência de fato memorável.
Medida Provisória
3.6 432O argumento é ótimo, porém os diálogos e as interpretações teatrais acabaram fazendo o que geralmente acontece com adaptações advindas do teatro: um verniz de antinaturalidade.
Entendo que talvez para o Lázaro, o importante fosse mesmo registrar o texto no cinema e passar a mensagem de reflexão, mas acho uma pena ele não ter ido numa linha de distopia naturalista. Poderia ter sido O Ensaio sobre a Cegueira 100% brazuca. Acho que o filme foi realizado muito mais enquanto discurso, do que enquanto peça cinematográfica, o que acho um erro, pois o segundo aumentaria o alcance do primeiro.
O filme praticamente não tem sentido de urgência, como se vê magistralmente em Cidade de Deus, Carandiru, Tropa de Elite e até mesmo Bacurau (que é um tanto irregular comparando com os três anteriores).
Bird Box Barcelona
2.5 190Muito melhor que o primeiro, pelo menos na questão da verossimilhança interna, porque o da Sandra da metade pro fim, foi só ladeira abaixo em termos de roteiro. Esse já é bem mais amarrado, subverter aquela coisa repetitiva do heroi que tem como objetivo salvar a família, a mãe, o papagaio, o periquito... O deméritos do filme são algumas interpretações e alguns diálogos, mas de resto, super operante. Ah, outro ponto negativo é que não aparece a Sagrada Família em nenhum momento, mesmo a ação se passando ao lado da Plaza de Toros La Monumental que fica ao lado.
Um Dia de Chuva em Nova York
3.2 294 Assista AgoraO pior filme dele até aqui era o Igual a Tudo na Vida, mas agora a coisa mudou, este ganhou o título. Já vi quase todos os filmes dele, sou fã, gosto até daqueles que o povo pega no pé, como Magia ao Luar, acho ótimo, mas este daqui parece um rascunho preguiçoso de outros que ele já fez.
Silo (1ª Temporada)
4.0 144 Assista AgoraQuase abandonei a série pq os episódios 4, 5, 6 e 7 foram osso. Eu querendo saber do Silo e a mulher chorando, consertando engrenagem e buscando pistas sem sentido do amor ingrato.
Sisu: Uma História De Determinação
3.5 225 Assista AgoraSe não tivessem pesado tanto a mão na falta de verossimilhança seria melhor, ou então se a pessoa assistir já comprando que de fato a lenda sobre ele seja verdadeira.
Mr. Sunshine - Um Raio de Sol
4.5 72 Assista AgoraEu gostei, porém a quantidade de capítulos se sente pesada. Se tivesse 8 episódio a menos, seria 5 estrelas. Mas de fato, entre o episódio 12 e o 18, haja pleonasmo.
Depois do Universo
3.3 158 Assista AgoraAssisti no avião, daí não pude pular fora. Tem um amadorismo nos diálogos somado à uma afetação de clichês e interpretações duvidosas que acabam por comprometer muito o resultado final. Conseguiu ser pior que aquele das Estrelas que eu tive o sofrimento de ver no cinema. Quer ver algo com premissa parecida e que realmente vale a pena: 1 Litro de Lágrimas (série japonesa impecável e insuperável), Uma Prova de Amor e 100 Metros (não é uma obra de arte, mas tá na média).