A estrutura do filme, com dois atos claramente distintos - a primeira metade consistindo no brutal treinamento sob o comando do sádico Sargebto Hartman, num papel excepcional do R. Lee Ermey, e a segunda nos transportando para o conflito no Vietnã, sob os olhos do protagonista vivido por Mathew Modine - é realmente interessante, tornando talvez esse filme único dentre os diversos que trabalham com a temática da mais controversa guerra da qual os EUA já participaram. Entretanto, é justamente nessa abrupta divisão que o filme se revela irregular: pelo menos pra mim, a primeira metade é claramente superior à segunda (mesmo que essa ganhe pontos por retratar a guerra urbana no Vietnã), principalmente pelas atuações magistrais de Ermey e de Vincent D'Onofrio. Ainda assim, este é um grande filme, superior às outras duas obras de Kubrick que já assistiu (embora admita que precise assistir mais filmes dele para emitir minha opinião se devo me juntar ao coro dos que aclamam sua filmografia ou questionar a validade de tanta ovação).
"Nós íamos fazer uma versão chechena de Dora a Aventureira, mas acabou sendo um grande fracasso"
Tá aí um filme que posso assistir mil vezes e chorar de rir mil vezes HAUSAUSHAUSHAUSHAUHSUAHSUAHSU uma das minhas comédias favoritas, ctz. A química entre os personagens do Ferrell e do Whalberg é impagável, especialmente pelos contrastes gritantes entre os dois personagens. O humor nonsense (as lindas mulheres apaixonadas pelo personagem leso e trouxa do Ferrell, o capitão do Michael Keaton que recita versos do TLC...
Tá aí um filme do qual eu não sabia o que esperar e me surpreendeu bastante. A história é intrigante, te prende desde o começo. Ótimas atuações, especialmente do Will Poulter (que consegue fazer um fdp pior do que o Eustáquio das Crônicas de Nárnia). Mostra porque mesmo que essa "onda" de distopias infanto-juvenis esteja caminhando pra uma clara saturação, ainda é mil vezes melhor do que a "onda" anterior de romances com seres sobrenaturais. Me deixou no instiga pra sequência.
Que filme foda! Gyllenhall apenas monstruoso em sua atuação. Um crime a Academia tê-lo esnobado e ao filme em geral. Pior é pensar em como esse noticiário sangrento, manipulador e sensacionalista é muito bem conhecido por nós aqui no Brasil...
Não esperava algo do filme, e fui bastante surpreendido por uma ótima história. Um desempenho incrível do Frank Langella na pele de um velho ladrão cuja memória se deteriora gradativamente, e cuja vida cada vez mais debilitada acaba ganhando um novo sentido com a chegada do robô, num futuro não tão distante. Recomendado.
"There are no two words in the English language more harmful than 'good job'."
A primeira vez que ouvi falar foi de Whiplash foi aqui no Filmow, numa matéria mostrando o cartaz do filme. Como um baterista há quase cinco anos e alguém apaixonado pelo jazz (ainda que declaradamente leigo nesse último aspecto), fui imediatamente atraído pelo filme, um interesse que só cresceu com ele cada vez mais coletando nomeações e vitórias nessa temporada de prêmios. E agora que o assisti, posso dizer com toda a sinceridade que poucas vezes minhas expectativas quanto a uma obra cinematográfica foram tão bem-atendidas.
Por onde começar? O subtítulo nacional já dá a ideia, mas aqui somos confrontados com a ambição do protagonista Andrew, uma ambição quase sem limites quanto os métodos abusivos e extremamente questionáveis (ainda mais em tempos tão "politicamente corretos") quanto os do professor Fletcher, o selvagem, genial e monstruoso mentor de Andrew. Se você já assistiu algum filme com o JK Simmons (que pros que não o reconhecerem, foi o JJ Jameson da trilogia do Spider-Man de Sam Raimi), sabe que o cara tem um tino pra fazer personagens adoravelmente detestáveis. Mas é impossível simpatizar com Fletcher. Mesmo quando ele tem algum momento de "redenção", comete logo em seguida uma barbaridade com algum de seus alunos pra nos lembrar do quão odiável pode ser. E de porque o ator é de longe o favorito pra ganhar o Oscar de ator coadjuvante nesse ano.
Miles Teller não fica atrás. Seu Andrew é antissocial, orgulhoso, de uma arrogância inicialmente escondida, que vai crescendo e explodindo diversas vezes na tela. Sua dedicação exaustiva, quase psicótica e (por que não) sangrenta, é reflexo de toda a pressão que Fletcher faz sobre ele. A pergunta é: vale a pena tamanha dedicação, a ponto de se perder no processo? Felizmente o filme não nos dá respostas. Isso é algo que ficará a cargo do espectador.
Ao final, você vai suar tanto quanto Andrew em sua busca desenfreada e sem limites pela perfeição que ele vê em homens como seus ídolos do jazz e até mesmo no próprio Fletcher. Ao final, tudo o que lhe restará é acompanhar com os olhos vidrados todo o empenho do personagem em se superar, no que rende um dos clímaxes mais impressionantes que já pude assistir. Como baterista e apaixonado poro jazz, apenas posso ficar extasiado, completamente aturdido.
*Batem as palmas da mão* *Batem de punhos fechados* *Tra-lá-lá-lá-lá-lá*
Virou a saudação entre eu e minha irmãzinha HUAHAUAHAUAHAUHAUAHAUA mas sério, valeu muito a pena! Num ano sem animações da Pixar e que se provou um dos melhores do gênero dos últimos tempos, tivemos essa deliciosa obra-prima aos "quarenta e cinco minutos do segundo tempo de 2014". A história, é claro, não é original ou imprevisível (eu já suspeitava da identidade do vilão desde o começo), mas vale a pena pelo cenário incrível (quem diria que misturar São Francisco com Tóquio daria tão certo?) e por seus personagens tão carismáticos, o melhor deles sendo obviamente Baymax, o nosso agente pessoal de saúde tão protetor e que também pode ser uma máquina mortífera. Tinha expectativas altas pra esse filme e elas foram plenamente atendidas! 5 estrelas!
Onde o primeiro filme residia numa simplicidade de roteiro, sustentado pelas suas (fantásticas) cenas de ação, esta sequência revela-se desde o início bastante mais ampla e ambiciosa. Alguns dos temas superficialmente tocados na história do antecessor, como corrupção e as redes criminosas de Jakarta, são expandidas como o mote principal da história deste. Rama, um dos poucos sobreviventes do massacre do primeiro filme, é conduzido para o submundo das máfias e gangues que controlam o crime na cidade. Sendo um dos poucos policiais honestos da corporação, ele recebe a missão de se aproximar de Uco, o rebelde e ambicioso filho de um dos chefões do crime. Conquistando a confiança do rapaz, ele vai se infiltrando e descobrindo segredos cada vez mais sujos, enquanto novas figuras tentam tomar esse poder.
É um filme bem mais complexo do que o primeiro, com uma temática totalmente diferente. Mesmo assim não deixa de ser uma sequência direta, começando poucas horas após a última cena de Redemption. Uma leva inteira de novos personagens são introduzidos, a grande maioria mafiosos e assassinos profissionais, e em determinados momentos o personagem de Rama chega ser deslocado da história quando esta foca em outros personagens como Uco, Bejo, Prakoso (que corrijam se estou enganado, mas é interpretado por um ator que também esteve no filme anterior em outro papel). Felizmente, no ato final bastante foco é dado ao protagonista, num ponto onde a história já tomou rumos bastante surpreendentes, ainda que alguns de seus conceitos me soem familiares de outros filmes do gênero.
Mas é claro, o grande destaque da obra são as cenas de luta. Pode se dizer que com a duração consideravelmente maior deste em relação ao seu antecessor (50 minutos a mais de duração), há mais espaços para diálogos e momentos para "respirar". Mas quando as sequências de ação acontecem, seja no pátio ou banheiro de uma prisão, num clube de dança, numa intensa perseguição de carro, elas não decepcionam, mantendo o padrão de violência, brutalidade e qualidade(digo qualidade no sentido de coreografia e até da tensão causada em nós, espectadores) daquelas que vimos no anterior. Fazendo de ambos uma das melhores produções do gênero ação/policial dos últimos anos, e revelando ao mundo uma nova arte marcial, o pencak silat.
5 estrelas sem hesitação. Já entraram pra minha lista de favoritos de um dos meus gêneros cinematográficos favoritos. E que venha The Raid 3!
Melhor filme de ação/policial que assisti há muitos tempos. A qualidade das lutas, pqp, o que foi isso? Frenético, violento, eletrizante. A luta final mesmo me deixou com o coração na mão de tanta angústia. Parecia que não ia terminar nunca. Espetacular, um dos melhores filmes do gênero.
"Ao final, em seus últimos minutos, o espectador/leitor vai sendo tomado de uma sensação nostálgica, na medida em que a obra vai fazendo suas conexões com O Senhor dos Anéis - conexões essas sugeridas ao longo dos três filmes, mas mais enfatizadas aqui. A última cena é a ponte entre as duas trilogias, quase uma convocação para que enfim as assistamos em ordem, como deve ser feito.(...)"
Quão épico e humano um filme pode ser? Quão satisfeito pode ser o seu hype? Hoje assisti uma obra-prima que não apenas sobrevive à própria ambição, mas a transcende. Obrigado Nolan, minha confiança em você não foi à toa. Vida e morte, amor e sacrifício, ciência e espiritualidade, epicidade e intimismo: todos esses opostos se fazem presentes em Interestelar, mas de maneira alguma o limitam ou o explicam. Apenas minhas lágrimas o fazem. Lágrimas diante de uma filme tão grandiosamente íntimo, tão belo e poderoso.
David Fincher acerta mais uma vez. E como acerta. Claro que falar de "Gone Girl" e limitar seu mérito apenas ao diretor é uma tremenda injustiça. O roteiro, adaptado pela própria autora do livro original, a montagem de Kirk Baxter, a trilha sonora de Reznor e Ross e acima de tudo o conjunto das atuações (com um destaque merecidíssimo pra Rosamund Pike como a garota exemplar - deem logo o Oscar a essa mulher) é o que torna esse filme um dos melhores do ano e forte candidato na temporada de premiações. Ele não pende ao exagero, mas é justamente em sua sutileza que se revela tão genial - e perverso e diabólico. O final pode não agradar a todos, mas é um dos melhores que já tive o prazer de ver e está par-a-par com o icônico clímax de Seven. 5 estrelas mais do que justas. Um filme que ainda vai gerar um bom falatório.
"E quando o grande dia chegar, tudo o que eu direi será: VALEU A PENA ESPERAR."
Apesar da torrente de complicações até chegar no shopping consegui assistir o meu filme mais esperado nos últimos meses e tudo o que posso dizer: QUE FILMAÇO! Correspondeu as minhas expectativas, me fez rir pra caramba e mostrou porque eu amo o Universo Cinemático da Marvel. Quer dizer, eu nunca tinha ouvido falar dos Guardiões da Galáxia antes desse filme ser anunciado e agora tô aqui, fanboyzando loucamente!
Num ano dominado por filmes de super heróis aquele que lá no início chegou a ser pintado como uma bomba e uma aposta arriscadíssima acabou se revelando o mais fantástico de todos. Peter Qu... Star Lord, man, a sexy Gamora (essa Zoe Saldana maravilhosa), o furioso e literal Drax e os imbatíveis Rocket e Groot (você os amará mais do que qualquer outra coisa) ownam num filme que nos deixou com um hype danado e agora está aqui para ser saciado por todos. Que venha Os Vingadores 2 e a fase 3 da Marvel!
Bom, o que dizer? E pensar que há um mês eu nem estava tão interessado nesse filme. Mas caramba, o que eu vi hoje me impressionou! Não apenas superou o (ótimo) primeiro - tarefa, convenhamos, nada fácil - como figura fácil fácil entre os melhores do ano. "Somos todos macacos"? Depois desse filme, é difícil responder. É um mundo definitivamente assustador esse em que símios ascendem como uma civilização poderosamente organizada enquanto os homens regressam à barbárie.
Este blockbuster nos faz pensar, coisa rara pra essas produções, vamos admitir. Mesmo com os esforços de César e Malcolm em promover a paz entre as duas espécies, há aqueles dos dois lados que não podem abrir mão de seus ódios e preconceitos. Isso me faz refletir bastante sobre nossos dias, onde judeus e palestinos se matam e mísseis derrubam aviões na Ucrânia.
Ambos os lados querem sobreviver, ambos os personagens (homem e macaco) querem o melhor para os seus semelhantes. Mas até que ponto isso é possível sem interferir no direito do outro? Como o filme mostra, o limite para isso é tênue e inevitavelmente será quebrado. O confronto anunciado no título é construído lentamente, através de discursos inflamados de ódio, momentos de tensão, traições e por fim, um golpe de estado. E então vem a guerra, e as consequências dela ainda vão repercutir e muito.
Dito essas coisas, não posso deixar de elogiar o trabalho de atuações, tanto as de capture motion quanto as humanas. Não achei o trabalho dos atores tão mal assim, embora o mais memorável seja realmente do Malcolm de Jason Clarke, mas é óbvio que o destaque são os macacos perfeitamente construídos em CGI. A evolução da tecnologia é assombrosa. Se em Rise of Planet of Apes os efeitos visuais e a captura de movimentos já eram louváveis, aqui são mais ainda. Academia, não ignore o trabalho do Andy Serkis! Seu César está mais velho, mais sábio, mais cansado - ele se importa com seu povo, e é por isso que não quer agir precipitadamente. Por outro lado, o Koba de Toby Kebbel é tremendamente assustador: ouso dizer, o melhor vilão do ano até agora. Mesmo assim, suas ações tem justificativas. E esse é um dos maiores méritos do filme: nenhuma ação é tomada do nada, objetivando apenas o caos, mas sempre há um "porquê". Humanos perderam muito, macacos querem se proteger deste mundo pós-apocalíptico e hostil. Ambos os lados tem suas razões.
Não é o melhor da franquia (pra mim esse mérito é do terceiro filme), mas cumpre sim o que promete. Quem vai assistir Michael Bay não espera nada além de explosões, ação, moças gostosas, slow-motion, ângulos holandeses, bandeiras americanas tremulando. Se já sabe a fórmula do cara, pra que perder seu tempo indo assistir e criticar? Não ganha nada. Eu pelo contrário, que gosto de filmes exagerados e com cenas de ação mentirosas, sempre sou recompensando com esses blockbusters desmiolados. E não tenho nenhuma vergonha disso.
O filme me deixou sem palavras. Não só pela qualidade das cenas de luta, mas pela intensidade da história e o primor das atuações do Edgerton, Hardy e Nolte. Filmaço.
(pena que a Globo, obivamente, cortou um bocado de parte)
Days of a Future Past tinha a missão de juntar as duas linhas do tempo da franquia, corrigir o máximo possível dos erros de continuidade e manter a série viva e páreo ao Marvel Cinematic Universe. E conseguiu. Ele não resolve todos os problemas de continuidade que os filmes anteriores deixaram (à essa altura isso é impossível, só um reboot completo pra salvar de tanta confusão), em alguns aspectos tinha potencial para ser melhor, mas sinceramente? No conjunto geral esse filme é épico. Bate de frente facinho com Winter Soldier e Amazing Spider-Man 2, embora pra mim ainda seja difícil definir qual dos três é melhor (talvez WS ganhe por uma margem extremamente pequena). Curti muito as atuações, apesar de desejar que o núcleo do futuro fosse mais bem-explorado (mesmo aparecendo mais do que eu esperava). A dinâmica Charles/Erik foi um dos pontos mais fortes do filme, assim como foi no First Class. McAvoy e Fassbender são atores espetaculares. Jackman como Wolverine é o protagonista mais uma vez, mas eu não compartilho do mimimi da galera, embora entenda esse povo. Lawrence como Mística também foi top, ainda mais que suas ações são o fio do condutor dos eventos que conduzem o filme. E palmas pro Mercúrio do Evan Peters, que não só calou a boca de quem esperava uma aparição ridícula do personagem como foi responsável pela melhor cena do filme (onde o uso do slow motion se mostrou melhor empregado).
Enfim, poderia falar mais e mais, mas não é como se nego tivesse paciência pra chegar até aqui. O fato é que o filme é muito bom sim, não é perfeito mas realmente presta um grande serviço à série e sua cronologia, e eu mal posso esperar pelo próximo em 2016.
A despeito do desperdício imperdoável de um certo personagem, do ritmo às vezes irregular, este novo Godzilla é realmente surpreendente em sua grandeza. O rei dos monstros nunca se mostrou tão imponente, e seus adversários são assustadores e à sua altura (no caso de um deles, literalmente à altura). Há uma certa temática "Spielbergiana" no filme, principalmente no tocante à família - imagino como seria se o próprio Spielberg fosse o diretor aqui. Mas justamente pelo seu "menos é mais", apresentando o(s) monstro(s) parte por parte, até exibi-los por completo que o filme convence, rendendo inclusive alguns momentos assustadores e bastante tensos. A trilha sonora de Alexandre Desplat é um dos pontos altos do filme: nervosa, angustiante, bizarra e épica. E embora estivesse achando o filme de certa forma monótono e abaixo das expectativas em sua maior parte, o clímax estendido em São Francisco mudou tudo. Uma das melhores cenas de ação que eu já vi.
Recomendadíssimo. Sei que não vai agradar a todos, e tem sim suas falhas, mas é um filme à altura do rei dos monstros e mil vezes superior àquele patético do Emmerich.
Sobre esse filme: dois polegares de aprovação pra ele e um dedo médio pros críticos.
Sério, 54% de aprovação no RottenTomatoes? MENOS DO QUE HOMEM-ARANHA 3? Só pode ser sacanagem. Esse filme é foda. Muito, muito foda. Melhor que o primeiro, tão bom quanto o primeiro e o segundo da primeira trilogia. Assumidamente cartunesco, mentiroso, "CGIstico" e pra lá de divertido. Depois de Andrew Garfield não sinto saudades do Tobey Maguire, me julguem. E sua química com a Gwen Stacy da linda da Emma Stone é algo fenomenal, um dos pontos fortes do filme (vê-se que Webb tem talento pro lado romântico da história).
Embora o filme beire o ridículo muitas vezes (algo que eu interpreto como proposital), as motivações dos vilões soem risíveis (Jamie Foxx como Max Dillon é melhor do que como Electro, Paul Giamatti é apenas uma participação especial com um sotaque russo horrível - apenas Dane DeHaan é inteiramente convincente e sua transformação para o Duende Verde é incrível) e a trilha sonora de Hans Zimmer seja pra lá de bizarra (sério Hans, dubstep? E nem vou falar nada da música-tema do Electro), o filme cumpre sua proposta e é definitivamente fascinante, intenso seja pra ação, pros efeitos especiais ou pro drama. Espetacular, de fato.
Ps.: as toneladas de easter eggs são de enlouquecer os fãs *-*
Depois de muito sacrifício consegui assistir esse filme! E valeu a pena... era o que eu tava mais esperando esse ano, e não me decepcionou (embora à essa altura já tivesse tomado uma porrada de spoilers, o que tirou muito da surpresa do filme pra mim, confesso). Se não fosse pelo nome "Capitão América", você diria que é um legítimo filme de espionagem e ação... e de fato o filme é desses gêneros mais do que do de super-herói, se parar pra analisar.
O roteiro foi bem-sucedido em trazer essa moralidade cinza e dúbia dos nossos dias, jogando o Capitão numa rede de intrigas que vai contra todos os seus valores "antiquados" (e como fazem falta tais valores hoje em dia...). É algo surpreendente pra um filme desse gênero, embora esteja tudo diluído em doses de fácil digestão pro grande público, é claro.
Este é um filme repleto de grandes atuações, a começar pelo próprio Chris Evans como o personagem-título, que prova ser mais que apto pro papel principal. As atuações da linda da Scarlett Johanson e do "motherfucker" Samuel L. Jackson também são louváveis, de todas as produções do MCU este é definitivamente aquele em que eles obtiveram maior destaque. Robert Redford como um burocrata é uma surpresa bem-vinda, ainda mais quando lembramos do seu histórico de thrillers políticos dos anos 70 - não é à toa que ele está aqui, mesmo que
seja num papel oposto ao que ele fez no passado, já que aqui ele é o grande vilão - algo que, sinceramente, eu já esperava.
E na verdade o fato de Jasper Sitwell e Senador Stern (ambos já vistos em filmes anteriores do MCU) serem traidores da HYDRA também foi surpreendente.
Mas o que mais me impressionou nesse filme foi o modo como os irmãos Russo, dois tradicionais diretores de comédia, conseguiram executar com tamanha maestria as cenas de ação desse filme. Com uma pegada mais realista, estilo "Bourne" - a exceção fica pro clímax destruidor e cheio de CGI - o filme se sobressai em relação aos outros nesse sentido. A coreografia das lutas ficou excelente, só fiquei ligeiramente decepcionado com a luta no elevador, achava que ia ser mais dinâmica.
Enfim, que bom que minhas expectativas foram atendidas. E mais do que Iron Man 3 ou Thor-The Dark World, os eventos de The Winter Soldier terão um peso muito grande pro futuro do universo cinematográfico da Marvel nos cinemas. Ansioso pelo que está por vir!
Ps.: as cenas pós-créditos (em particular a primeira)... <3
Não vou falar sobre os aspectos do filme que já foram dissecados, analisados e elogiados por todos aqui. Quero focar em uma cena em particular, aquela em que
Mr. Orange treina sua história do banheiro, para tornar seu disfarce credível aos demais bandidos.
Essa cena é de uma metalinguagem tão soberba, que é facilmente a minha preferida aqui junto com a abertura e o interrogatório de Mr. Blonde. Representa exatamente o papel de um ator. De fazer seu público acreditar na história, de incorporá-la. Desde o momento em que ele está lá falando para si mesmo, decorando o texto, até o momento em que conta o "fato" (pois à essa altura se tornou um fato, não mais uma invenção), vivenciando o ocorrido, temos a transformação de um mero roteiro em uma história da qual estamos desejosos de saber o final.
Essa é a importância de um ator, e o que temos aqui é uma lição de cinema brilhantemente ensinada pelo Tarantino. Parabéns cara, você é um dos meus diretores favoritos e um dos mais fodas ever.
A despeito das críticas negativas que vi por aí, eu achei esse filme tão bom quanto o primeiro. Particularmente, prefiro o estilo de direção do Matthew Vaughn, mas as atuações (em particular a da Chloe, que é uma linda <3 ) não deixaram a desejar. A segunda metade do filme foi surpreendente, com várias reviravoltas e mortes, mas não vou comentar pra não dar spoiler.
"Moonrise Kingdom" é o primeiro filme do Wes Anderson que eu assisto, e wow, que belo começo. Adorei esse estilo peculiar e excêntrico do diretor, trata-se de um filme que é um primor em seus detalhes, que encanta pela delicadeza - delicadeza essa que se reflete desde o romance do casal principal (um dos mais bonitos e divertidos que já vi) até a esplendorosa fotografia, passando pela trilha sonora magnífica (e de certa forma minimalista) de Alexandre Desplat, os planos sequências (adoro o modo como a câmera se desloca, gira, evidenciando os atores e os ambientes) e tudo mais que há de técnico.
Anderson e Roman Coppola (irmão de sua ex Sofia Coppola) têm um tino em criar personagens cativantes e singulares, cujas próprias essências conferem um ar "fantástico" a esse filme que, como muitos apontaram, tem um forte cheiro de nostalgia. Dentre os adultos, os melhores papéis pra mim foram o do Willis e do Norton (e também do Schwartzman, companheiro de Anderson em seus filmes e que faz uma excelentíssima ponta no filme). Mas os louros vão para os dois protagonistas. Kara Hayward e Jared Gilman esbanjam talento, não com atuações caricatas e bombásticas, mas sim complementando-se de uma forma maravilhosa com seus personagens desajustados, melancólicos e excêntricos, criando um romance ao mesmo tempo ousado e puro. Você se pega torcendo pela felicidade dos dois; é inevitável.
5 estrelas. Preciso ir atrás da filmografia desse cara!
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraA estrutura do filme, com dois atos claramente distintos - a primeira metade consistindo no brutal treinamento sob o comando do sádico Sargebto Hartman, num papel excepcional do R. Lee Ermey, e a segunda nos transportando para o conflito no Vietnã, sob os olhos do protagonista vivido por Mathew Modine - é realmente interessante, tornando talvez esse filme único dentre os diversos que trabalham com a temática da mais controversa guerra da qual os EUA já participaram. Entretanto, é justamente nessa abrupta divisão que o filme se revela irregular: pelo menos pra mim, a primeira metade é claramente superior à segunda (mesmo que essa ganhe pontos por retratar a guerra urbana no Vietnã), principalmente pelas atuações magistrais de Ermey e de Vincent D'Onofrio. Ainda assim, este é um grande filme, superior às outras duas obras de Kubrick que já assistiu (embora admita que precise assistir mais filmes dele para emitir minha opinião se devo me juntar ao coro dos que aclamam sua filmografia ou questionar a validade de tanta ovação).
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel
4.4 1,9K Assista Agorahttps://youtu.be/AEyCX9ExkFg
Melhor tema pra melhor saga.
Os Outros Caras
3.0 496 Assista Agora"Nós íamos fazer uma versão chechena de Dora a Aventureira, mas acabou sendo um grande fracasso"
Tá aí um filme que posso assistir mil vezes e chorar de rir mil vezes HAUSAUSHAUSHAUSHAUHSUAHSUAHSU uma das minhas comédias favoritas, ctz. A química entre os personagens do Ferrell e do Whalberg é impagável, especialmente pelos contrastes gritantes entre os dois personagens. O humor nonsense (as lindas mulheres apaixonadas pelo personagem leso e trouxa do Ferrell, o capitão do Michael Keaton que recita versos do TLC...
... a morte patética dos policiais do The Rock e do Samuel L. Jackson com "My Hero" ao fundo)
só contribuem pra eu rir mais ainda, por mais insano e idiota que esse filme seja.
Maze Runner: Correr ou Morrer
3.6 2,1K Assista AgoraTá aí um filme do qual eu não sabia o que esperar e me surpreendeu bastante. A história é intrigante, te prende desde o começo. Ótimas atuações, especialmente do Will Poulter (que consegue fazer um fdp pior do que o Eustáquio das Crônicas de Nárnia). Mostra porque mesmo que essa "onda" de distopias infanto-juvenis esteja caminhando pra uma clara saturação, ainda é mil vezes melhor do que a "onda" anterior de romances com seres sobrenaturais. Me deixou no instiga pra sequência.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraQue filme foda! Gyllenhall apenas monstruoso em sua atuação. Um crime a Academia tê-lo esnobado e ao filme em geral. Pior é pensar em como esse noticiário sangrento, manipulador e sensacionalista é muito bem conhecido por nós aqui no Brasil...
Frank e o Robô
3.5 142 Assista AgoraNão esperava algo do filme, e fui bastante surpreendido por uma ótima história. Um desempenho incrível do Frank Langella na pele de um velho ladrão cuja memória se deteriora gradativamente, e cuja vida cada vez mais debilitada acaba ganhando um novo sentido com a chegada do robô, num futuro não tão distante. Recomendado.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista Agora"There are no two words in the English language more harmful than 'good job'."
A primeira vez que ouvi falar foi de Whiplash foi aqui no Filmow, numa matéria mostrando o cartaz do filme. Como um baterista há quase cinco anos e alguém apaixonado pelo jazz (ainda que declaradamente leigo nesse último aspecto), fui imediatamente atraído pelo filme, um interesse que só cresceu com ele cada vez mais coletando nomeações e vitórias nessa temporada de prêmios. E agora que o assisti, posso dizer com toda a sinceridade que poucas vezes minhas expectativas quanto a uma obra cinematográfica foram tão bem-atendidas.
Por onde começar? O subtítulo nacional já dá a ideia, mas aqui somos confrontados com a ambição do protagonista Andrew, uma ambição quase sem limites quanto os métodos abusivos e extremamente questionáveis (ainda mais em tempos tão "politicamente corretos") quanto os do professor Fletcher, o selvagem, genial e monstruoso mentor de Andrew. Se você já assistiu algum filme com o JK Simmons (que pros que não o reconhecerem, foi o JJ Jameson da trilogia do Spider-Man de Sam Raimi), sabe que o cara tem um tino pra fazer personagens adoravelmente detestáveis. Mas é impossível simpatizar com Fletcher. Mesmo quando ele tem algum momento de "redenção", comete logo em seguida uma barbaridade com algum de seus alunos pra nos lembrar do quão odiável pode ser. E de porque o ator é de longe o favorito pra ganhar o Oscar de ator coadjuvante nesse ano.
Miles Teller não fica atrás. Seu Andrew é antissocial, orgulhoso, de uma arrogância inicialmente escondida, que vai crescendo e explodindo diversas vezes na tela. Sua dedicação exaustiva, quase psicótica e (por que não) sangrenta, é reflexo de toda a pressão que Fletcher faz sobre ele. A pergunta é: vale a pena tamanha dedicação, a ponto de se perder no processo? Felizmente o filme não nos dá respostas. Isso é algo que ficará a cargo do espectador.
Ao final, você vai suar tanto quanto Andrew em sua busca desenfreada e sem limites pela perfeição que ele vê em homens como seus ídolos do jazz e até mesmo no próprio Fletcher. Ao final, tudo o que lhe restará é acompanhar com os olhos vidrados todo o empenho do personagem em se superar, no que rende um dos clímaxes mais impressionantes que já pude assistir. Como baterista e apaixonado poro jazz, apenas posso ficar extasiado, completamente aturdido.
Um dos melhores filmes do ano, sem mais.
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista Agora*Batem as palmas da mão*
*Batem de punhos fechados*
*Tra-lá-lá-lá-lá-lá*
Virou a saudação entre eu e minha irmãzinha HUAHAUAHAUAHAUHAUAHAUA mas sério, valeu muito a pena! Num ano sem animações da Pixar e que se provou um dos melhores do gênero dos últimos tempos, tivemos essa deliciosa obra-prima aos "quarenta e cinco minutos do segundo tempo de 2014". A história, é claro, não é original ou imprevisível (eu já suspeitava da identidade do vilão desde o começo), mas vale a pena pelo cenário incrível (quem diria que misturar São Francisco com Tóquio daria tão certo?) e por seus personagens tão carismáticos, o melhor deles sendo obviamente Baymax, o nosso agente pessoal de saúde tão protetor e que também pode ser uma máquina mortífera. Tinha expectativas altas pra esse filme e elas foram plenamente atendidas! 5 estrelas!
Operação Invasão 2
4.1 365 Assista AgoraOnde o primeiro filme residia numa simplicidade de roteiro, sustentado pelas suas (fantásticas) cenas de ação, esta sequência revela-se desde o início bastante mais ampla e ambiciosa. Alguns dos temas superficialmente tocados na história do antecessor, como corrupção e as redes criminosas de Jakarta, são expandidas como o mote principal da história deste. Rama, um dos poucos sobreviventes do massacre do primeiro filme, é conduzido para o submundo das máfias e gangues que controlam o crime na cidade. Sendo um dos poucos policiais honestos da corporação, ele recebe a missão de se aproximar de Uco, o rebelde e ambicioso filho de um dos chefões do crime. Conquistando a confiança do rapaz, ele vai se infiltrando e descobrindo segredos cada vez mais sujos, enquanto novas figuras tentam tomar esse poder.
É um filme bem mais complexo do que o primeiro, com uma temática totalmente diferente. Mesmo assim não deixa de ser uma sequência direta, começando poucas horas após a última cena de Redemption. Uma leva inteira de novos personagens são introduzidos, a grande maioria mafiosos e assassinos profissionais, e em determinados momentos o personagem de Rama chega ser deslocado da história quando esta foca em outros personagens como Uco, Bejo, Prakoso (que corrijam se estou enganado, mas é interpretado por um ator que também esteve no filme anterior em outro papel). Felizmente, no ato final bastante foco é dado ao protagonista, num ponto onde a história já tomou rumos bastante surpreendentes, ainda que alguns de seus conceitos me soem familiares de outros filmes do gênero.
Mas é claro, o grande destaque da obra são as cenas de luta. Pode se dizer que com a duração consideravelmente maior deste em relação ao seu antecessor (50 minutos a mais de duração), há mais espaços para diálogos e momentos para "respirar". Mas quando as sequências de ação acontecem, seja no pátio ou banheiro de uma prisão, num clube de dança, numa intensa perseguição de carro, elas não decepcionam, mantendo o padrão de violência, brutalidade e qualidade(digo qualidade no sentido de coreografia e até da tensão causada em nós, espectadores) daquelas que vimos no anterior. Fazendo de ambos uma das melhores produções do gênero ação/policial dos últimos anos, e revelando ao mundo uma nova arte marcial, o pencak silat.
5 estrelas sem hesitação. Já entraram pra minha lista de favoritos de um dos meus gêneros cinematográficos favoritos. E que venha The Raid 3!
Operação Invasão
3.9 628 Assista AgoraMelhor filme de ação/policial que assisti há muitos tempos. A qualidade das lutas, pqp, o que foi isso? Frenético, violento, eletrizante. A luta final mesmo me deixou com o coração na mão de tanta angústia. Parecia que não ia terminar nunca. Espetacular, um dos melhores filmes do gênero.
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
3.9 2,0K Assista Agora"Ao final, em seus últimos minutos, o espectador/leitor vai sendo tomado de uma sensação nostálgica, na medida em que a obra vai fazendo suas conexões com O Senhor dos Anéis - conexões essas sugeridas ao longo dos três filmes, mas mais enfatizadas aqui. A última cena é a ponte entre as duas trilogias, quase uma convocação para que enfim as assistamos em ordem, como deve ser feito.(...)"
http://blogdochup.blogspot.com.br/2014/12/as-memorias-da-terra-media.html
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraQuão épico e humano um filme pode ser? Quão satisfeito pode ser o seu hype? Hoje assisti uma obra-prima que não apenas sobrevive à própria ambição, mas a transcende. Obrigado Nolan, minha confiança em você não foi à toa. Vida e morte, amor e sacrifício, ciência e espiritualidade, epicidade e intimismo: todos esses opostos se fazem presentes em Interestelar, mas de maneira alguma o limitam ou o explicam. Apenas minhas lágrimas o fazem. Lágrimas diante de uma filme tão grandiosamente íntimo, tão belo e poderoso.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraDavid Fincher acerta mais uma vez. E como acerta. Claro que falar de "Gone Girl" e limitar seu mérito apenas ao diretor é uma tremenda injustiça. O roteiro, adaptado pela própria autora do livro original, a montagem de Kirk Baxter, a trilha sonora de Reznor e Ross e acima de tudo o conjunto das atuações (com um destaque merecidíssimo pra Rosamund Pike como a garota exemplar - deem logo o Oscar a essa mulher) é o que torna esse filme um dos melhores do ano e forte candidato na temporada de premiações. Ele não pende ao exagero, mas é justamente em sua sutileza que se revela tão genial - e perverso e diabólico. O final pode não agradar a todos, mas é um dos melhores que já tive o prazer de ver e está par-a-par com o icônico clímax de Seven. 5 estrelas mais do que justas. Um filme que ainda vai gerar um bom falatório.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista Agora"E quando o grande dia chegar, tudo o que eu direi será: VALEU A PENA ESPERAR."
Apesar da torrente de complicações até chegar no shopping consegui assistir o meu filme mais esperado nos últimos meses e tudo o que posso dizer: QUE FILMAÇO! Correspondeu as minhas expectativas, me fez rir pra caramba e mostrou porque eu amo o Universo Cinemático da Marvel. Quer dizer, eu nunca tinha ouvido falar dos Guardiões da Galáxia antes desse filme ser anunciado e agora tô aqui, fanboyzando loucamente!
Num ano dominado por filmes de super heróis aquele que lá no início chegou a ser pintado como uma bomba e uma aposta arriscadíssima acabou se revelando o mais fantástico de todos. Peter Qu... Star Lord, man, a sexy Gamora (essa Zoe Saldana maravilhosa), o furioso e literal Drax e os imbatíveis Rocket e Groot (você os amará mais do que qualquer outra coisa) ownam num filme que nos deixou com um hype danado e agora está aqui para ser saciado por todos. Que venha Os Vingadores 2 e a fase 3 da Marvel!
"We are Groot."
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraBom, o que dizer? E pensar que há um mês eu nem estava tão interessado nesse filme. Mas caramba, o que eu vi hoje me impressionou! Não apenas superou o (ótimo) primeiro - tarefa, convenhamos, nada fácil - como figura fácil fácil entre os melhores do ano. "Somos todos macacos"? Depois desse filme, é difícil responder. É um mundo definitivamente assustador esse em que símios ascendem como uma civilização poderosamente organizada enquanto os homens regressam à barbárie.
Este blockbuster nos faz pensar, coisa rara pra essas produções, vamos admitir. Mesmo com os esforços de César e Malcolm em promover a paz entre as duas espécies, há aqueles dos dois lados que não podem abrir mão de seus ódios e preconceitos. Isso me faz refletir bastante sobre nossos dias, onde judeus e palestinos se matam e mísseis derrubam aviões na Ucrânia.
Ambos os lados querem sobreviver, ambos os personagens (homem e macaco) querem o melhor para os seus semelhantes. Mas até que ponto isso é possível sem interferir no direito do outro? Como o filme mostra, o limite para isso é tênue e inevitavelmente será quebrado. O confronto anunciado no título é construído lentamente, através de discursos inflamados de ódio, momentos de tensão, traições e por fim, um golpe de estado. E então vem a guerra, e as consequências dela ainda vão repercutir e muito.
Dito essas coisas, não posso deixar de elogiar o trabalho de atuações, tanto as de capture motion quanto as humanas. Não achei o trabalho dos atores tão mal assim, embora o mais memorável seja realmente do Malcolm de Jason Clarke, mas é óbvio que o destaque são os macacos perfeitamente construídos em CGI. A evolução da tecnologia é assombrosa. Se em Rise of Planet of Apes os efeitos visuais e a captura de movimentos já eram louváveis, aqui são mais ainda. Academia, não ignore o trabalho do Andy Serkis! Seu César está mais velho, mais sábio, mais cansado - ele se importa com seu povo, e é por isso que não quer agir precipitadamente. Por outro lado, o Koba de Toby Kebbel é tremendamente assustador: ouso dizer, o melhor vilão do ano até agora. Mesmo assim, suas ações tem justificativas. E esse é um dos maiores méritos do filme: nenhuma ação é tomada do nada, objetivando apenas o caos, mas sempre há um "porquê". Humanos perderam muito, macacos querem se proteger deste mundo pós-apocalíptico e hostil. Ambos os lados tem suas razões.
E essas razões que enfim, levarão à guerra.
Transformers: A Era da Extinção
3.0 1,4K Assista AgoraNão é o melhor da franquia (pra mim esse mérito é do terceiro filme), mas cumpre sim o que promete. Quem vai assistir Michael Bay não espera nada além de explosões, ação, moças gostosas, slow-motion, ângulos holandeses, bandeiras americanas tremulando. Se já sabe a fórmula do cara, pra que perder seu tempo indo assistir e criticar? Não ganha nada. Eu pelo contrário, que gosto de filmes exagerados e com cenas de ação mentirosas, sempre sou recompensando com esses blockbusters desmiolados. E não tenho nenhuma vergonha disso.
Guerreiro
4.0 919 Assista AgoraO filme me deixou sem palavras. Não só pela qualidade das cenas de luta, mas pela intensidade da história e o primor das atuações do Edgerton, Hardy e Nolte. Filmaço.
(pena que a Globo, obivamente, cortou um bocado de parte)
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraSobre esse filme: 13/10 apenas.
Days of a Future Past tinha a missão de juntar as duas linhas do tempo da franquia, corrigir o máximo possível dos erros de continuidade e manter a série viva e páreo ao Marvel Cinematic Universe. E conseguiu. Ele não resolve todos os problemas de continuidade que os filmes anteriores deixaram (à essa altura isso é impossível, só um reboot completo pra salvar de tanta confusão), em alguns aspectos tinha potencial para ser melhor, mas sinceramente? No conjunto geral esse filme é épico. Bate de frente facinho com Winter Soldier e Amazing Spider-Man 2, embora pra mim ainda seja difícil definir qual dos três é melhor (talvez WS ganhe por uma margem extremamente pequena). Curti muito as atuações, apesar de desejar que o núcleo do futuro fosse mais bem-explorado (mesmo aparecendo mais do que eu esperava). A dinâmica Charles/Erik foi um dos pontos mais fortes do filme, assim como foi no First Class. McAvoy e Fassbender são atores espetaculares. Jackman como Wolverine é o protagonista mais uma vez, mas eu não compartilho do mimimi da galera, embora entenda esse povo. Lawrence como Mística também foi top, ainda mais que suas ações são o fio do condutor dos eventos que conduzem o filme. E palmas pro Mercúrio do Evan Peters, que não só calou a boca de quem esperava uma aparição ridícula do personagem como foi responsável pela melhor cena do filme (onde o uso do slow motion se mostrou melhor empregado).
Enfim, poderia falar mais e mais, mas não é como se nego tivesse paciência pra chegar até aqui. O fato é que o filme é muito bom sim, não é perfeito mas realmente presta um grande serviço à série e sua cronologia, e eu mal posso esperar pelo próximo em 2016.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraA despeito do desperdício imperdoável de um certo personagem, do ritmo às vezes irregular, este novo Godzilla é realmente surpreendente em sua grandeza. O rei dos monstros nunca se mostrou tão imponente, e seus adversários são assustadores e à sua altura (no caso de um deles, literalmente à altura). Há uma certa temática "Spielbergiana" no filme, principalmente no tocante à família - imagino como seria se o próprio Spielberg fosse o diretor aqui. Mas justamente pelo seu "menos é mais", apresentando o(s) monstro(s) parte por parte, até exibi-los por completo que o filme convence, rendendo inclusive alguns momentos assustadores e bastante tensos. A trilha sonora de Alexandre Desplat é um dos pontos altos do filme: nervosa, angustiante, bizarra e épica. E embora estivesse achando o filme de certa forma monótono e abaixo das expectativas em sua maior parte, o clímax estendido em São Francisco mudou tudo. Uma das melhores cenas de ação que eu já vi.
Recomendadíssimo. Sei que não vai agradar a todos, e tem sim suas falhas, mas é um filme à altura do rei dos monstros e mil vezes superior àquele patético do Emmerich.
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraSobre esse filme: dois polegares de aprovação pra ele e um dedo médio pros críticos.
Sério, 54% de aprovação no RottenTomatoes? MENOS DO QUE HOMEM-ARANHA 3? Só pode ser sacanagem. Esse filme é foda. Muito, muito foda. Melhor que o primeiro, tão bom quanto o primeiro e o segundo da primeira trilogia. Assumidamente cartunesco, mentiroso, "CGIstico" e pra lá de divertido. Depois de Andrew Garfield não sinto saudades do Tobey Maguire, me julguem. E sua química com a Gwen Stacy da linda da Emma Stone é algo fenomenal, um dos pontos fortes do filme (vê-se que Webb tem talento pro lado romântico da história).
Embora o filme beire o ridículo muitas vezes (algo que eu interpreto como proposital), as motivações dos vilões soem risíveis (Jamie Foxx como Max Dillon é melhor do que como Electro, Paul Giamatti é apenas uma participação especial com um sotaque russo horrível - apenas Dane DeHaan é inteiramente convincente e sua transformação para o Duende Verde é incrível) e a trilha sonora de Hans Zimmer seja pra lá de bizarra (sério Hans, dubstep? E nem vou falar nada da música-tema do Electro), o filme cumpre sua proposta e é definitivamente fascinante, intenso seja pra ação, pros efeitos especiais ou pro drama. Espetacular, de fato.
Ps.: as toneladas de easter eggs são de enlouquecer os fãs *-*
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraDepois de muito sacrifício consegui assistir esse filme! E valeu a pena... era o que eu tava mais esperando esse ano, e não me decepcionou (embora à essa altura já tivesse tomado uma porrada de spoilers, o que tirou muito da surpresa do filme pra mim, confesso). Se não fosse pelo nome "Capitão América", você diria que é um legítimo filme de espionagem e ação... e de fato o filme é desses gêneros mais do que do de super-herói, se parar pra analisar.
O roteiro foi bem-sucedido em trazer essa moralidade cinza e dúbia dos nossos dias, jogando o Capitão numa rede de intrigas que vai contra todos os seus valores "antiquados" (e como fazem falta tais valores hoje em dia...). É algo surpreendente pra um filme desse gênero, embora esteja tudo diluído em doses de fácil digestão pro grande público, é claro.
Este é um filme repleto de grandes atuações, a começar pelo próprio Chris Evans como o personagem-título, que prova ser mais que apto pro papel principal. As atuações da linda da Scarlett Johanson e do "motherfucker" Samuel L. Jackson também são louváveis, de todas as produções do MCU este é definitivamente aquele em que eles obtiveram maior destaque. Robert Redford como um burocrata é uma surpresa bem-vinda, ainda mais quando lembramos do seu histórico de thrillers políticos dos anos 70 - não é à toa que ele está aqui, mesmo que
seja num papel oposto ao que ele fez no passado, já que aqui ele é o grande vilão - algo que, sinceramente, eu já esperava.
E na verdade o fato de Jasper Sitwell e Senador Stern (ambos já vistos em filmes anteriores do MCU) serem traidores da HYDRA também foi surpreendente.
Mas o que mais me impressionou nesse filme foi o modo como os irmãos Russo, dois tradicionais diretores de comédia, conseguiram executar com tamanha maestria as cenas de ação desse filme. Com uma pegada mais realista, estilo "Bourne" - a exceção fica pro clímax destruidor e cheio de CGI - o filme se sobressai em relação aos outros nesse sentido. A coreografia das lutas ficou excelente, só fiquei ligeiramente decepcionado com a luta no elevador, achava que ia ser mais dinâmica.
Enfim, que bom que minhas expectativas foram atendidas. E mais do que Iron Man 3 ou Thor-The Dark World, os eventos de The Winter Soldier terão um peso muito grande pro futuro do universo cinematográfico da Marvel nos cinemas. Ansioso pelo que está por vir!
Ps.: as cenas pós-créditos (em particular a primeira)... <3
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraNão vou falar sobre os aspectos do filme que já foram dissecados, analisados e elogiados por todos aqui. Quero focar em uma cena em particular, aquela em que
Mr. Orange treina sua história do banheiro, para tornar seu disfarce credível aos demais bandidos.
Essa cena é de uma metalinguagem tão soberba, que é facilmente a minha preferida aqui junto com a abertura e o interrogatório de Mr. Blonde. Representa exatamente o papel de um ator. De fazer seu público acreditar na história, de incorporá-la. Desde o momento em que ele está lá falando para si mesmo, decorando o texto, até o momento em que conta o "fato" (pois à essa altura se tornou um fato, não mais uma invenção), vivenciando o ocorrido, temos a transformação de um mero roteiro em uma história da qual estamos desejosos de saber o final.
Essa é a importância de um ator, e o que temos aqui é uma lição de cinema brilhantemente ensinada pelo Tarantino. Parabéns cara, você é um dos meus diretores favoritos e um dos mais fodas ever.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraA despeito das críticas negativas que vi por aí, eu achei esse filme tão bom quanto o primeiro. Particularmente, prefiro o estilo de direção do Matthew Vaughn, mas as atuações (em particular a da Chloe, que é uma linda <3 ) não deixaram a desejar. A segunda metade do filme foi surpreendente, com várias reviravoltas e mortes, mas não vou comentar pra não dar spoiler.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista Agora"Moonrise Kingdom" é o primeiro filme do Wes Anderson que eu assisto, e wow, que belo começo. Adorei esse estilo peculiar e excêntrico do diretor, trata-se de um filme que é um primor em seus detalhes, que encanta pela delicadeza - delicadeza essa que se reflete desde o romance do casal principal (um dos mais bonitos e divertidos que já vi) até a esplendorosa fotografia, passando pela trilha sonora magnífica (e de certa forma minimalista) de Alexandre Desplat, os planos sequências (adoro o modo como a câmera se desloca, gira, evidenciando os atores e os ambientes) e tudo mais que há de técnico.
Anderson e Roman Coppola (irmão de sua ex Sofia Coppola) têm um tino em criar personagens cativantes e singulares, cujas próprias essências conferem um ar "fantástico" a esse filme que, como muitos apontaram, tem um forte cheiro de nostalgia. Dentre os adultos, os melhores papéis pra mim foram o do Willis e do Norton (e também do Schwartzman, companheiro de Anderson em seus filmes e que faz uma excelentíssima ponta no filme). Mas os louros vão para os dois protagonistas. Kara Hayward e Jared Gilman esbanjam talento, não com atuações caricatas e bombásticas, mas sim complementando-se de uma forma maravilhosa com seus personagens desajustados, melancólicos e excêntricos, criando um romance ao mesmo tempo ousado e puro. Você se pega torcendo pela felicidade dos dois; é inevitável.
5 estrelas. Preciso ir atrás da filmografia desse cara!