Melhor que o primeiro, mas ainda precisa de muito pra ser considerado bom de verdade. É um bom filme se você não for exigente e querer apenas entretenimento. Me diverti assistindo já esperando a mesma pegada do primeiro, apesar de me fazer sentir assistindo uma mistura de Independence day com Círculo de fogo. Não há desenvolvimento algum de personagens, a direção trapaceia demais usando coincidências de roteiro (que aliás, é uma salada de coisas) e não se decide direito pra onde quer seguir, até metade do filme ainda há personagens sendo introduzidos ( e ainda assim, sem aprofundamento), diálogos rasos ou piegas demais... Enfim, quiseram contar muita coisa e acabou ficando confuso. Os efeitos especiais são bons e convencem. O filme tem uma premissa bacana e acho que nas mãos certas renderia uma história mais bem construída.
Um monstro esse Daniel Day-Lewis!!! E o Paul Dano não fica pra trás não. Sem dúvida, a atuação dos dois é o que mais se sobressai no filme. São ótimos!
Não sei qual a fórmula mágica da Pixar, mas ela continua funcionando muito bem. Que filme lindo! Desde as personagens interessantes, arcos narrativos bem conectados, cenários ricos e a cultura mexicana bem ilustrados. Mundo dos mortos cheio de cruzes e agourento? Esqueça! Muita cor e principalmente música. Trilha sonora gostosa de ouvir. Tem que se segurar bem pra não chorar em algumas cenas, especialmente nos momentos finais. Uma pena que aqui no Brasil o título "Coco" tenha sido substituído, já que tem papel importante na estória e dá sentido ao filme. Não tem como não se apaixonar pelo Dante s2 !!!
É uma pena que essa bipolarização e extremismo político afetem tanto a avaliação do filme por parte (grande) da galera. Acho que um bom jeito de minimizar esse rancor todo com a obra é assisti-la como tal: um road movie sobre dois amigos que partem em uma viagem pela América Latina. A politicagem é tão braba que cega os detentores da verdade política pra aspectos da trama em si: a bonita fotografia, a montagem das cenas, a jornada dos personagens, os diferentes rostos que cruzam seu caminho. Assisti de novo ontem depois de tanto tempo e parece que é a primeira vez que vejo, continuo rindo e me divertindo do mesmo jeito, e também me emocionando. Pra longe de toda essa controvérsia sobre a figura do Che, é um baita de um filme bonito. Melhor ainda, por ser produto de um brasileiro.
Não é difícil traçar um paralelo com Into The Wild (2007) até porque possui os elementos que quase todo road-movie usa: protagonista com problemas mal resolvidos que parte em uma viagem de descobrimento; pessoas que encontra no meio do caminho; uma ou outra situação de perigo que põe o viajante em risco; redenção no final da jornada... Mas dá pra sentir aqui um pé mais no chão e uma visão pouco romantizada do que seria se aventurar sozinho. O filme é ótimo por saber utilizar de uma protagonista mulher pra mostrar as dificuldades, os riscos ou até as situações mais corriqueiras que acabam sendo mais comuns a elas por serem, infelizmente, consideradas mais 'frágeis'. Fotografia ótima e cenários mais lindos ainda. Acho que pecou em não aproveitar muito dos personagens secundários, muitos nem fariam diferença se não aparecessem no filme. Tudo bem que se trata da redenção da Cheryl, e a Reese passou muito bem a sensação de pessoa que carrega o peso do passado nas costas, quase sempre aflita ou até despreparada, mas acho que faltou um pouco mais de emoção no fim da jornada pra convencer que algo ali dentro mudou de fato. Mas o filme é muito bom.
É bem contemplativo e faz jus ao título usado. Posso arriscar em dizer que praticamente toda a trilha sonora do filme é composta em sua grande maioria pelo som ambiente, o que pra mim conferiu um desenvolvimento mais orgânico pras cenas. O tema tem um potencial interessantíssimo e alimenta durante todo o filme a discussão sobre o choque religioso, cultural e de poder frente às tentativas de consolidação do Catolicismo no Japão. Não consegui me envolver completamente na história, acredito que por conta do ritmo arrastado que o filme adota desde os primeiros momentos, que mesmo não chegando a ser monótono, foi em alguns momentos um pouco cansativo. Andrew Garfield tá muito bem no papel e o conflito interno que ele apresenta ao longo do filme fazem valer a pena acompanhar o seu desenvolvimento. O Liam Neeson, embora não tão presente, entrega um personagem muito bom e que tem impacto importante na vida do personagem vivido pelo Andrew. O filme é bom, mas poderia ter gostado mais...
Me comoveu bastante. Acho que não precisou utilizar de um roteiro inovador ou de cenas dramáticas apelativas pra mostrar como a doença avança e desconstrói a Alice ao longo do filme. A própria Julianne Moore é tão competente no papel que fica difícil não se emocionar com a transformação da personagem. A direção é eficiente retratando o problema de forma sensível mas impactante ao mesmo tempo. Me colocando no lugar da Alice ou dos seus familiares, talvez a sensação que mais prevaleceu em mim foi a de angústia, por saber que em determinado momento você vai perder suas lembranças e tudo aquilo que você sabe a respeito de si mesmo: seus laços, sua história, conquistas e tudo o que você é... é devastador e tocante na mesma intensidade.
Queria ter curtido mais o filme. Longe de ser péssimo, mas também não inova. O filme todo é uma mistura de Alien (1979) com Gravidade (2013) e até me lembrou de Evolução (2001), o que é bom, pois usa de fórmulas consagradas já usadas em filmes Sci-fi (como nos dois primeiros) mas que também já são tão batidas que tornam a história previsível na maior parte do tempo. Começou bem, mas foi caindo nos velhos clichês de filmes do gênero. A direção não pesa muito no quesito atuação e desenvolvimento dos personagens e o resultado é a falta de uma maior identificação pela tripulação e, sendo clichê, já assistimos sabendo o que vai acontecer a cada um deles. Mesmo assim, não dá pra sentir tanto o impacto de suas perdas já que os mesmo não tem peso suficiente. Os efeitos são bons, mas em alguns momentos deixam a desejar, principalmente por ter sido um filme com orçamento alto, mas nada que atrapalhe a experiencia visual. Poderia ser melhor, mas consegue divertir enquanto se assiste.
Apaixonado pela trilha sonora desse filme! Os cenários do Velho Oeste mostrados através dos planos são muito bonitos. Apesar de achar o desenvolvimento da história um tanto massante, o filme compensa muito depois dos minutos iniciais. A atuação dos atores e a naturalidade na qual conduzem as cenas e principalmente os diálogos são ótimos. Western de primeira!
Gostei bastante! Acho que muita gente se frustra quando espera por um filme de terror estilo gore ou com bastante jump scare, e acaba vendo um terror/suspense mais psicológico, morno. O mesmo aconteceu com "A Bruxa" (2015) e recentemente com "Ao cair da Noite" (2017), que também se desenvolvem num ritmo lento e focam mais na ambientação como elemento de maior impacto na narrativa. Em "Corra", os diálogos são muito bons em mostrar o racismo velado de cada dia e pelo menos em mim, se não conseguiram me deixar tenso, ao menos me fizeram sentir na pele o incômodo vivido pelo Chris (Daniel Kaluuya) em meio a um ambiente racista, realmente bem desconfortante. As atuações são muito boas e a trilha sonora ajuda no clima de suspense. O filme ainda sabe dosar bem os momentos de alívio cômico com a tensão das cenas, nada exagerado e todas no momento certo. Filme muito bom.
Digamos que o grande 'tiro no próprio pé' do Shyamalan começou com "O Sexto Sentido", seu grande trunfo que por vezes se torna sua própria sentença, e faz dele ser refém das próprias idéias. De lá pra cá é bem comum encontrar quem espera em suas obras um final arrebatador ou um plot twist que supere os demais filmes da carreira dele. Fragmentado pode não ser seu melhor filme, mas é inegavelmente original, tem substância, e não chega a ser refém daquela receita que o diretor tenta seguir na maioria de suas obras. Sou mais um que ficou de boca aberta com a facilidade do James McAvoy em mostrar diferentes personalidades sem nem mesmo precisar de cortes de câmera pra isso. Os planos fechados, além de passarem a ideia de ambiente claustrofóbico, também ajudam a gente a notar os detalhes da expressão na mudança de personalidade. Prendeu do começo ao fim com o suspense psicológico. Feliz que vai ter continuação.
Tem furos de roteiro? Tem! As atuações são ótimas? Não! Tem como levar a sério um filme sobre Power Rangers? Claro que não!!! É galhofa, mas das mais divertidas e despretensiosas. Assisti com um saudosismo tão grande que me fez curtir muito o filme, principalmente porque eu esperava algo ruim, e o que assisti não me decepcionou. Nem preciso dizer que me arrepiei ao som do tema clássico como quase todo mundo que curtia muito essa bagaça na infância. Espero que o segundo filme contorne as falhas do primeiro. Go Go!!!
Não consegui me empolgar muito com o filme, não sei se por ter criado expectativa ou ter esperado demais (desde a primeira vez que vi o trailer) e só agora poder assistir. Mas gostei bastante, principalmente da ambientação. O cenário pós apocalíptico convence muito, as cores com aspecto dessaturado, ambiente sujo, escuro, o figurino dos personagens... tudo passa a credibilidade de um futuro sem esperança, sombrio. Dá pra perceber que a intenção do filme não é explicar as causas do desastre, e muito menos se propõe a ser uma história de aventura típica sobre o fim do mundo. Aqui o foco é a relação entre pai e filho em meio a uma situação de caos, de perigo, de falta de humanidade e principalmente sobre o que seríamos capazes de fazer para proteger quem amamos frente à situações extremas. A fotografia, muito bonita em tons escuros ou pardos, sempre evidencia isso ao mostrar na maioria das vezes apenas pai e filho ao longo da jornada para o Sul, quase como um retrato intimista dos dois. A opção de deixar em aberto a explicação dos eventos ou a conclusão da história complementa bem o clima de mistério que o filme precisa.
Tento tomar cuidado ao assistir filmes considerados clássicos e reconhecidos como cult, aclamados pela crítica atual ou aparentemente superestimados, já que as expectativas podem atrapalhar na experiência. Mas aqui realmente o resultado foi ótimo!!! O trabalho desenvolvido por Kubrick é fantástico quanto ao quesito tensão. Faz muito tempo que não me via tenso assistindo a um filme, e reconheço que muito disso se deve principalmente pela fantástica e eficiente trilha sonora que conduz todos esses momentos de inquietação, ora traduzindo a confusão mental do Jack Torrance (Nicholson) ou como avisos prévios daqueles momentos em que algo aparentemente vai dar errado. E por falar em Nicholson, o cara tá um monstro nesse filme, me fazendo entender o porque de sua atuação ser memorável. Enquadramentos, cinematografia, planos-sequencia... todos bem característicos do diretor, de uma forma quase didática. Foi impossível não lembrar das polêmicas que envolviam a Shelley Duvall e o diretor, o que teriam refletido no ótimo e convincente estado de pânico da sua personagem. Não li o livro, mas a experiência com o filme foi bem gratificante.
Acho que não dá pra descrever o quanto Cowboy Bebop me conquistou, principalmente a série animada de 26 episódios. Felizmente, todos os elementos presentes na série se encontram no filme, isso vai desde a qualidade técnica do roteiro, os diálogos, o carisma dos personagens, a insistência nas ideias de existencialismo e sem dúvida, a sempre ótima trilha sonora. Não à toa é considerado como um anime diferenciado e de identidade própria. "Are you living in the real world?" s2
Na vida real nunca foi novidade a forma na qual a indústria trata a questão sobre os direitos dos animais assim como na ficção também não é grande novidade histórias protagonizadas por crianças/adolescentes e seus parceiros animais. Mesmo assim, "Okja" consegue unir de forma eficiente esses dois pontos e transmitir a mensagem que se propõe, ao meu ver, de uma importância tremenda uma vez que hoje a gente discute muito sobre ética e direito dos animais utilizados pela indústria como também a forma em que essa última considera os consumidores. O filme consegue fácil cativar e definir cada lado dessa história. A Seo-Hyeon tá muito bem no papel e transmite bem a transformação da personagem ao longo da jornada, Tilda Swinton é ótima nesses papeis um tanto quanto excêntricos, Paul Dano me pareceu convincente. Só achei um tanto esquisito e forçado o Jake Gyllenhaal,que não me deixou claro a real sobre o personagem dele. Os cenários naturais são lindos, assim como a fotografia ajuda na montagem ou caracterização dos ambientes, como no laboratório de testes ou no abatedouro. É um filme que dosa bem os momentos engraçados com o drama necessário pra passar o seu recado.
Mais aliviado por saber que a crítica tá favorável. Tão dando destaque a qualidade técnica do filme e especialmente ao 3D, mas nada inovador na história em filmes Sci-fi. Mesmo assim, ansioso já.
Um retrato em preto e branco sobre a honra, a humanidade ou o que ainda resta dela. Kubrick mostrou de um jeito irretocável que na guerra não há espaço apenas para morte mas também para a compaixão. Excelente clássico!
É o tipo de filme que ou você odeia, ou você gosta. Em ambos os casos, a grande maioria (me incluo) termina sem entender o maior propósito. Mais confuso e misterioso ainda é o fato de ter gostado do filme mesmo sem tê-lo compreendido. Quanto a isso, sei que não tô sozinho no espaço...
De uma sensibilidade tamanha! Demora um pouco pra que a trama se desenvolva mas é do segundo ato em diante que a gente vê o quanto foi preciso acompanhar as experiencias da Laila e entender como elas vão refletir na construção e definição da personagem. O roteiro é muito eficiente em não se ancorar nas limitações físicas, muito pelo contrário, trata isso de uma forma bastante natural e leve ao longo de todo o filme. Fantástica a interpretação das atrizes mas principalmente a da Kaiki (Laila) que comove muito e já ganha a simpatia desde os primeiros minutos. O final não foge das mensagens clichês tão comuns que a gente sempre vê, mas consegue transmitir a mensagem de um jeito eficiente, bonito e leve. Filme lindo!
Visualmente falando, é uma das animações mais lindas que já assisti. A direção usa e abusa dos tons complementares de azul e vermelho ao longo de toda a história, o que ao meu ver, intensifica o sentimento de saudosismo e melancolia no cotidiano das personagens, além de ser visualmente atrativo e muito bonito. A trilha sonora se encaixa bem, principalmente dando o tom melancólico e reflexivo. A divisão em três atos (ou capítulos) ajuda a acompanhar os saltos na vida dos personagens, incluindo momentos de chegadas e partidas, importantes na proposta do filme em mostrar o que muda ou o que permanece na vida de cada um deles. Os momentos e emoções vividos pelos personagens são traduzidos na forma de detalhes: seja no reflexo de uma porta abrindo na tela de um computador, na profundidade do céu noturno e estrelado ou na neve que cai ao redor de um poste aceso. Um retrato animado sobre amores impossíveis da infância e suas consequências na vida adulta.
Que fotografia linda!!! Com esse filme, a Patagônia entra na lista de lugares que todo mundo deve conhecer. O cenário é muito lindo em todo o filme, e não se limita apenas como pano de fundo, como também ganha importância narrativa ao conduzir o desenvolvimento dos personagens. O roteiro é bastante simples, mas é eficiente em desenvolver a história (baseada em fatos reais). Não achei convincente, e até pouco natural, a forma em que a Lola e o Beto são apresentados no início ou o romance clichê previsível em histórias como essa, mas nada que comprometa demais o filme. Vale a pena pela sensibilidade mostrada, principalmente pela relação que se desenvolve entre o filho autista da Lola com o lugar, revelando o papel do contato transformador e de cura da natureza.
Adolescência retratada de forma melancólica, cinza e silenciosa, diferente da abordagem e do tom que a maioria dos filmes adolescentes costumam fazer. Os atores até convencem ao expor o lado mais introspectivo dos personagens mas deixam a desejar ao tratar os conflitos de cada um, acredito que por conta do roteiro que não ajuda na maior parte do filme, seja por não explorar mais a fundo os problemas de cada personagem (assim, não há maior identificação por parte do público), seja por usar de situações dispensáveis e que não desenvolvem a história. Fotografia ok, mas o uso de planos com fundo desfocado pode incomodar um pouco.
Skyline: Além do Horizonte
2.5 141 Assista AgoraMelhor que o primeiro, mas ainda precisa de muito pra ser considerado bom de verdade. É um bom filme se você não for exigente e querer apenas entretenimento. Me diverti assistindo já esperando a mesma pegada do primeiro, apesar de me fazer sentir assistindo uma mistura de Independence day com Círculo de fogo. Não há desenvolvimento algum de personagens, a direção trapaceia demais usando coincidências de roteiro (que aliás, é uma salada de coisas) e não se decide direito pra onde quer seguir, até metade do filme ainda há personagens sendo introduzidos ( e ainda assim, sem aprofundamento), diálogos rasos ou piegas demais... Enfim, quiseram contar muita coisa e acabou ficando confuso. Os efeitos especiais são bons e convencem. O filme tem uma premissa bacana e acho que nas mãos certas renderia uma história mais bem construída.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraUm monstro esse Daniel Day-Lewis!!! E o Paul Dano não fica pra trás não. Sem dúvida, a atuação dos dois é o que mais se sobressai no filme. São ótimos!
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraNão sei qual a fórmula mágica da Pixar, mas ela continua funcionando muito bem. Que filme lindo! Desde as personagens interessantes, arcos narrativos bem conectados, cenários ricos e a cultura mexicana bem ilustrados. Mundo dos mortos cheio de cruzes e agourento? Esqueça! Muita cor e principalmente música. Trilha sonora gostosa de ouvir. Tem que se segurar bem pra não chorar em algumas cenas, especialmente nos momentos finais. Uma pena que aqui no Brasil o título "Coco" tenha sido substituído, já que tem papel importante na estória e dá sentido ao filme. Não tem como não se apaixonar pelo Dante s2 !!!
Diários de Motocicleta
3.9 827É uma pena que essa bipolarização e extremismo político afetem tanto a avaliação do filme por parte (grande) da galera. Acho que um bom jeito de minimizar esse rancor todo com a obra é assisti-la como tal: um road movie sobre dois amigos que partem em uma viagem pela América Latina. A politicagem é tão braba que cega os detentores da verdade política pra aspectos da trama em si: a bonita fotografia, a montagem das cenas, a jornada dos personagens, os diferentes rostos que cruzam seu caminho. Assisti de novo ontem depois de tanto tempo e parece que é a primeira vez que vejo, continuo rindo e me divertindo do mesmo jeito, e também me emocionando. Pra longe de toda essa controvérsia sobre a figura do Che, é um baita de um filme bonito. Melhor ainda, por ser produto de um brasileiro.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraNão é difícil traçar um paralelo com Into The Wild (2007) até porque possui os elementos que quase todo road-movie usa: protagonista com problemas mal resolvidos que parte em uma viagem de descobrimento; pessoas que encontra no meio do caminho; uma ou outra situação de perigo que põe o viajante em risco; redenção no final da jornada... Mas dá pra sentir aqui um pé mais no chão e uma visão pouco romantizada do que seria se aventurar sozinho. O filme é ótimo por saber utilizar de uma protagonista mulher pra mostrar as dificuldades, os riscos ou até as situações mais corriqueiras que acabam sendo mais comuns a elas por serem, infelizmente, consideradas mais 'frágeis'. Fotografia ótima e cenários mais lindos ainda. Acho que pecou em não aproveitar muito dos personagens secundários, muitos nem fariam diferença se não aparecessem no filme. Tudo bem que se trata da redenção da Cheryl, e a Reese passou muito bem a sensação de pessoa que carrega o peso do passado nas costas, quase sempre aflita ou até despreparada, mas acho que faltou um pouco mais de emoção no fim da jornada pra convencer que algo ali dentro mudou de fato. Mas o filme é muito bom.
Silêncio
3.8 576É bem contemplativo e faz jus ao título usado. Posso arriscar em dizer que praticamente toda a trilha sonora do filme é composta em sua grande maioria pelo som ambiente, o que pra mim conferiu um desenvolvimento mais orgânico pras cenas. O tema tem um potencial interessantíssimo e alimenta durante todo o filme a discussão sobre o choque religioso, cultural e de poder frente às tentativas de consolidação do Catolicismo no Japão. Não consegui me envolver completamente na história, acredito que por conta do ritmo arrastado que o filme adota desde os primeiros momentos, que mesmo não chegando a ser monótono, foi em alguns momentos um pouco cansativo. Andrew Garfield tá muito bem no papel e o conflito interno que ele apresenta ao longo do filme fazem valer a pena acompanhar o seu desenvolvimento. O Liam Neeson, embora não tão presente, entrega um personagem muito bom e que tem impacto importante na vida do personagem vivido pelo Andrew. O filme é bom, mas poderia ter gostado mais...
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraMe comoveu bastante. Acho que não precisou utilizar de um roteiro inovador ou de cenas dramáticas apelativas pra mostrar como a doença avança e desconstrói a Alice ao longo do filme. A própria Julianne Moore é tão competente no papel que fica difícil não se emocionar com a transformação da personagem. A direção é eficiente retratando o problema de forma sensível mas impactante ao mesmo tempo. Me colocando no lugar da Alice ou dos seus familiares, talvez a sensação que mais prevaleceu em mim foi a de angústia, por saber que em determinado momento você vai perder suas lembranças e tudo aquilo que você sabe a respeito de si mesmo: seus laços, sua história, conquistas e tudo o que você é... é devastador e tocante na mesma intensidade.
Vida
3.4 1,2K Assista AgoraQueria ter curtido mais o filme. Longe de ser péssimo, mas também não inova. O filme todo é uma mistura de Alien (1979) com Gravidade (2013) e até me lembrou de Evolução (2001), o que é bom, pois usa de fórmulas consagradas já usadas em filmes Sci-fi (como nos dois primeiros) mas que também já são tão batidas que tornam a história previsível na maior parte do tempo. Começou bem, mas foi caindo nos velhos clichês de filmes do gênero. A direção não pesa muito no quesito atuação e desenvolvimento dos personagens e o resultado é a falta de uma maior identificação pela tripulação e, sendo clichê, já assistimos sabendo o que vai acontecer a cada um deles. Mesmo assim, não dá pra sentir tanto o impacto de suas perdas já que os mesmo não tem peso suficiente. Os efeitos são bons, mas em alguns momentos deixam a desejar, principalmente por ter sido um filme com orçamento alto, mas nada que atrapalhe a experiencia visual. Poderia ser melhor, mas consegue divertir enquanto se assiste.
Era uma Vez no Oeste
4.4 730 Assista AgoraApaixonado pela trilha sonora desse filme! Os cenários do Velho Oeste mostrados através dos planos são muito bonitos. Apesar de achar o desenvolvimento da história um tanto massante, o filme compensa muito depois dos minutos iniciais. A atuação dos atores e a naturalidade na qual conduzem as cenas e principalmente os diálogos são ótimos. Western de primeira!
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraGostei bastante! Acho que muita gente se frustra quando espera por um filme de terror estilo gore ou com bastante jump scare, e acaba vendo um terror/suspense mais psicológico, morno. O mesmo aconteceu com "A Bruxa" (2015) e recentemente com "Ao cair da Noite" (2017), que também se desenvolvem num ritmo lento e focam mais na ambientação como elemento de maior impacto na narrativa. Em "Corra", os diálogos são muito bons em mostrar o racismo velado de cada dia e pelo menos em mim, se não conseguiram me deixar tenso, ao menos me fizeram sentir na pele o incômodo vivido pelo Chris (Daniel Kaluuya) em meio a um ambiente racista, realmente bem desconfortante. As atuações são muito boas e a trilha sonora ajuda no clima de suspense. O filme ainda sabe dosar bem os momentos de alívio cômico com a tensão das cenas, nada exagerado e todas no momento certo. Filme muito bom.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraDigamos que o grande 'tiro no próprio pé' do Shyamalan começou com "O Sexto Sentido", seu grande trunfo que por vezes se torna sua própria sentença, e faz dele ser refém das próprias idéias. De lá pra cá é bem comum encontrar quem espera em suas obras um final arrebatador ou um plot twist que supere os demais filmes da carreira dele. Fragmentado pode não ser seu melhor filme, mas é inegavelmente original, tem substância, e não chega a ser refém daquela receita que o diretor tenta seguir na maioria de suas obras. Sou mais um que ficou de boca aberta com a facilidade do James McAvoy em mostrar diferentes personalidades sem nem mesmo precisar de cortes de câmera pra isso. Os planos fechados, além de passarem a ideia de ambiente claustrofóbico, também ajudam a gente a notar os detalhes da expressão na mudança de personalidade. Prendeu do começo ao fim com o suspense psicológico. Feliz que vai ter continuação.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraTem furos de roteiro? Tem! As atuações são ótimas? Não! Tem como levar a sério um filme sobre Power Rangers? Claro que não!!! É galhofa, mas das mais divertidas e despretensiosas. Assisti com um saudosismo tão grande que me fez curtir muito o filme, principalmente porque eu esperava algo ruim, e o que assisti não me decepcionou. Nem preciso dizer que me arrepiei ao som do tema clássico como quase todo mundo que curtia muito essa bagaça na infância. Espero que o segundo filme contorne as falhas do primeiro. Go Go!!!
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraNão consegui me empolgar muito com o filme, não sei se por ter criado expectativa ou ter esperado demais (desde a primeira vez que vi o trailer) e só agora poder assistir. Mas gostei bastante, principalmente da ambientação. O cenário pós apocalíptico convence muito, as cores com aspecto dessaturado, ambiente sujo, escuro, o figurino dos personagens... tudo passa a credibilidade de um futuro sem esperança, sombrio. Dá pra perceber que a intenção do filme não é explicar as causas do desastre, e muito menos se propõe a ser uma história de aventura típica sobre o fim do mundo. Aqui o foco é a relação entre pai e filho em meio a uma situação de caos, de perigo, de falta de humanidade e principalmente sobre o que seríamos capazes de fazer para proteger quem amamos frente à situações extremas. A fotografia, muito bonita em tons escuros ou pardos, sempre evidencia isso ao mostrar na maioria das vezes apenas pai e filho ao longo da jornada para o Sul, quase como um retrato intimista dos dois. A opção de deixar em aberto a explicação dos eventos ou a conclusão da história complementa bem o clima de mistério que o filme precisa.
O Iluminado
4.3 4,0K Assista AgoraTento tomar cuidado ao assistir filmes considerados clássicos e reconhecidos como cult, aclamados pela crítica atual ou aparentemente superestimados, já que as expectativas podem atrapalhar na experiência. Mas aqui realmente o resultado foi ótimo!!! O trabalho desenvolvido por Kubrick é fantástico quanto ao quesito tensão. Faz muito tempo que não me via tenso assistindo a um filme, e reconheço que muito disso se deve principalmente pela fantástica e eficiente trilha sonora que conduz todos esses momentos de inquietação, ora traduzindo a confusão mental do Jack Torrance (Nicholson) ou como avisos prévios daqueles momentos em que algo aparentemente vai dar errado. E por falar em Nicholson, o cara tá um monstro nesse filme, me fazendo entender o porque de sua atuação ser memorável. Enquadramentos, cinematografia, planos-sequencia... todos bem característicos do diretor, de uma forma quase didática. Foi impossível não lembrar das polêmicas que envolviam a Shelley Duvall e o diretor, o que teriam refletido no ótimo e convincente estado de pânico da sua personagem. Não li o livro, mas a experiência com o filme foi bem gratificante.
Cowboy Bebop: O Filme
4.1 114Acho que não dá pra descrever o quanto Cowboy Bebop me conquistou, principalmente a série animada de 26 episódios. Felizmente, todos os elementos presentes na série se encontram no filme, isso vai desde a qualidade técnica do roteiro, os diálogos, o carisma dos personagens, a insistência nas ideias de existencialismo e sem dúvida, a sempre ótima trilha sonora. Não à toa é considerado como um anime diferenciado e de identidade própria. "Are you living in the real world?" s2
Okja
4.0 1,3K Assista AgoraNa vida real nunca foi novidade a forma na qual a indústria trata a questão sobre os direitos dos animais assim como na ficção também não é grande novidade histórias protagonizadas por crianças/adolescentes e seus parceiros animais. Mesmo assim, "Okja" consegue unir de forma eficiente esses dois pontos e transmitir a mensagem que se propõe, ao meu ver, de uma importância tremenda uma vez que hoje a gente discute muito sobre ética e direito dos animais utilizados pela indústria como também a forma em que essa última considera os consumidores. O filme consegue fácil cativar e definir cada lado dessa história. A Seo-Hyeon tá muito bem no papel e transmite bem a transformação da personagem ao longo da jornada, Tilda Swinton é ótima nesses papeis um tanto quanto excêntricos, Paul Dano me pareceu convincente. Só achei um tanto esquisito e forçado o Jake Gyllenhaal,que não me deixou claro a real sobre o personagem dele. Os cenários naturais são lindos, assim como a fotografia ajuda na montagem ou caracterização dos ambientes, como no laboratório de testes ou no abatedouro. É um filme que dosa bem os momentos engraçados com o drama necessário pra passar o seu recado.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraMais aliviado por saber que a crítica tá favorável. Tão dando destaque a qualidade técnica do filme e especialmente ao 3D, mas nada inovador na história em filmes Sci-fi. Mesmo assim, ansioso já.
Glória Feita de Sangue
4.4 448 Assista AgoraUm retrato em preto e branco sobre a honra, a humanidade ou o que ainda resta dela. Kubrick mostrou de um jeito irretocável que na guerra não há espaço apenas para morte mas também para a compaixão. Excelente clássico!
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraÉ o tipo de filme que ou você odeia, ou você gosta. Em ambos os casos, a grande maioria (me incluo) termina sem entender o maior propósito. Mais confuso e misterioso ainda é o fato de ter gostado do filme mesmo sem tê-lo compreendido. Quanto a isso, sei que não tô sozinho no espaço...
Margarita com Canudinho
3.8 93 Assista AgoraDe uma sensibilidade tamanha! Demora um pouco pra que a trama se desenvolva mas é do segundo ato em diante que a gente vê o quanto foi preciso acompanhar as experiencias da Laila e entender como elas vão refletir na construção e definição da personagem. O roteiro é muito eficiente em não se ancorar nas limitações físicas, muito pelo contrário, trata isso de uma forma bastante natural e leve ao longo de todo o filme. Fantástica a interpretação das atrizes mas principalmente a da Kaiki (Laila) que comove muito e já ganha a simpatia desde os primeiros minutos. O final não foge das mensagens clichês tão comuns que a gente sempre vê, mas consegue transmitir a mensagem de um jeito eficiente, bonito e leve. Filme lindo!
A História da Eternidade
4.3 448Forte, bonito, poético... e ela continua vendo o mar.
5 Centímetros por Segundo
3.9 383Visualmente falando, é uma das animações mais lindas que já assisti. A direção usa e abusa dos tons complementares de azul e vermelho ao longo de toda a história, o que ao meu ver, intensifica o sentimento de saudosismo e melancolia no cotidiano das personagens, além de ser visualmente atrativo e muito bonito. A trilha sonora se encaixa bem, principalmente dando o tom melancólico e reflexivo. A divisão em três atos (ou capítulos) ajuda a acompanhar os saltos na vida dos personagens, incluindo momentos de chegadas e partidas, importantes na proposta do filme em mostrar o que muda ou o que permanece na vida de cada um deles. Os momentos e emoções vividos pelos personagens são traduzidos na forma de detalhes: seja no reflexo de uma porta abrindo na tela de um computador, na profundidade do céu noturno e estrelado ou na neve que cai ao redor de um poste aceso. Um retrato animado sobre amores impossíveis da infância e suas consequências na vida adulta.
Farol das Orcas
3.7 138 Assista AgoraQue fotografia linda!!! Com esse filme, a Patagônia entra na lista de lugares que todo mundo deve conhecer. O cenário é muito lindo em todo o filme, e não se limita apenas como pano de fundo, como também ganha importância narrativa ao conduzir o desenvolvimento dos personagens. O roteiro é bastante simples, mas é eficiente em desenvolver a história (baseada em fatos reais). Não achei convincente, e até pouco natural, a forma em que a Lola e o Beto são apresentados no início ou o romance clichê previsível em histórias como essa, mas nada que comprometa demais o filme. Vale a pena pela sensibilidade mostrada, principalmente pela relação que se desenvolve entre o filho autista da Lola com o lugar, revelando o papel do contato transformador e de cura da natureza.
Beira-Mar
2.7 454Adolescência retratada de forma melancólica, cinza e silenciosa, diferente da abordagem e do tom que a maioria dos filmes adolescentes costumam fazer. Os atores até convencem ao expor o lado mais introspectivo dos personagens mas deixam a desejar ao tratar os conflitos de cada um, acredito que por conta do roteiro que não ajuda na maior parte do filme, seja por não explorar mais a fundo os problemas de cada personagem (assim, não há maior identificação por parte do público), seja por usar de situações dispensáveis e que não desenvolvem a história. Fotografia ok, mas o uso de planos com fundo desfocado pode incomodar um pouco.