Um dos melhores filmes do ano com o melhor elenco do ano. Jake é maravilhoso e a sequência da cabana é das melhores de sua carreira. Adams faz uma personagem super contida, mas que tem bons momentos em cena também. Aaron está irreconhecível e está muito bem tbm.
Achei bem ruim, o casal não tem química nenhuma e os atores são bem fracos, além da trilha sonora ser péssima. Faltou clímax, faltou uma narrativa melhor e faltou um elenco de apoio e um elenco principal melhor também, enfim, não gostei de quase nada.
A Chegada é um filme tão perfeito naquilo que se propõe, todo o arco dramático da Louise é bem feito, logo nas primeiras cenas podemos ver Adams com sua carga dramática intensa, acompanhada de uma trilha-sonora extremamente bem aplicada, com os violinos suaves... Todas as soluções visuais que deram para os Aliens e para o casulo deles é bem feita, ele consegue manter o clímax de suspense até o fim do filme, fazendo com que a gente tente decifrar as linguagens e o vai e vem que Louise faz em sua vida. Ele é complexo sem tentar ser complexo, não é explicativo, é crível, real e muito bem dirigido. Que o Oscar finalmente reconheça Denis como um excelente diretor e que o filme ganhe vários prêmios, pq merece.
O filme é inferior ao argentino, mas passa longe de ser ruim, passa longe dessa revolta toda dos pseudo-cult que tem pro aqui... Julia Roberts dá um show de performance e isso já vale muito.
A Escolha Perfeita têm qualidades e defeitos muito extremos, é uma mistura de Glee com High School Musical que dá certos em algumas partes e em outras se torna muito piegas.
Beca é uma típica adolescente revoltadinha, aspirante a DJ. Ela sonha em ir para Los Angeles para tentar se fazer lá e se vê sem saída quando é obrigada a fazer faculdade na mesma escola que seu pai leciona. Lá ela se junta ao grupo de vocal acapela The Barden Bellas e o filme se desenrola daí.
Pitch Perfect é um filme de estreantes (no cinema), a roteirista é novata e o diretor também, mas não se iluda, vemos temas bem comuns e que foram usados bastante nos últimos anos.
O diretor é o Jason Moore e ele é estreante nas telonas, levando em consideração que é seu primeiro longa, Moore consegue um resultado levemente positivo. Como eu disse lá em cima, o problema do filme, é que ele fica no limite do legal para o piegas, e tanto as qualidades, como os defeitos do filme, são gritantes.
A escolha das canções é duvidosa, o grupo que deveria fazer todos os sons com a boca (na apresentação final, CLARAMENTE não é acapela) não faz e a falta de risco deixam a sensação de que o filme não teve o potencial que poderia, mas Moore dirige o elenco de uma forma incrível, e é o elenco que nos faz ficar, . Kay Cannon é a roteirista, ela é conhecida pela série 30 Rock, mas estreia nas telonas com um roteiro leve, sem pretensões e que arrisca pouco. As cenas absurdas com vômito, as tiradas da Fat Amy e o romance Crepúsculo central, mostram que Kay não está querendo nada além de entreter, e se formos olhar por esse lado, ela consegue fazer bem, o roteiro pode não ser incrível, mas é bem amarradinho.
O elenco é o ponto chave no filme, principalmente o elenco coadjuvante. Anna Kendrick faz o papel principal, ela se encaixa bem como Beca, mas quem rouba a cena são as coadjuvantes: Anna Camp e Rebel Wilson. Camp é a antagonista e está perfeita aqui já Wilson é uma garota sincera e engraçada que dá os bons momentos de humor no filme. Elizabeth Banks e John Michael Higgins dão o ar da graça com seus comentários venenosos e afiados em todas as competições. O resto do atores estão entrosados e fazem bons papéis.
A Escolha Perfeita têm seus defeitos e não corre muitos riscos, mas levando em conta que é um filme sem pretensões e de um diretor estreante, o resultado ainda é positivo, é um entretenimento razoável.
Os gêneros de terror e suspense têm tantos clichês e sustos manjados, que It Follows chega como um alivio repleto de elementos que tornam o filme um futuro clássico.
Jay é uma jovem bonita que começa a se apaixonar pelo seu namorado Jeff, até eles terem relações sexuais pela primeira vez, à partir daí ela é "amaldiçoada" com uma entidade que pode ter qualquer forma humana e que caminha lentamente em sua direção, independentemente do lugar em que ela esteja. Com a ajuda de seus amigos, Jay tenta desvendar os mistérios que a cerca e o filme começa a se desenrolar daí.
Parece um filme adolescente bobo né? Mas não é. Existe uma razão clara para It Follows ter sido aclamado pelos críticos, por mais que sua história não seja espetacular, há uma série de elementos que tornam o filme bom e isso se deve ao diretor e roteirista David Robert Mitchell.
David está em seu segundo longa, mas o primeiro filme do americano passou despercebido pelo público e não era um terror, era um drama, depois do sucesso de A Corrente do Mal, esperamos que ele continue no gênero de terror,
David cria todo um "climax" para o filme, principalmente pela trilha sonora que é excelente, a melhor trilha de um filme de terror em anos (arrisco em dizer décadas). David filma como ninguém, nos ambientes fechados, ele filma em planos fechados, causando aquela sensação de claustrofobia, nos ambientes abertos, ele filma em um plano aberto, ou abre lentamente, muito bonito de se ver. As cores são bem escolhidas, tudo sempre em tons opacos,o que deixa a fotografia linda.
Como eu disse lá em cima, a história não é extraordinária, dá a entender que é uma premissa de filmes de terror piegas, que mais parecem comédias bizarras, mas David transforma essa premissa em um roteiro incrível, cheio de sacadas ótimas, que mantém o suspense até o final do filme.
Por mais que pareça algo surreal (e é) David conduz os personagens com louvor, não tem esteriótipos aqui, não tem a gostosona da escola, o burro, o fortão e nem o nerd chato, tem adolescentes comuns que tentam achar uma forma de ajudar a amiga.
Maika Monroe interpreta a Jay e faz um trabalho memorável aqui, além de ter carga dramática ótima em todas as cenas que lhe foi solicitada, Monroe passa todos os medos e incertezas que Jay sente, o resto do elenco, embora desconhecidos do público, é bem dirigido e entrega um bom resultado.
Os dois primeiros atos são EXCELENTES, de verdade, todo o desfecho é impecável, o suspense está ali, a trilha sonora dá o tom certo pro filme e as cenas que as coisas acontecem, são de tirar o fôlego, mas o terceiro ato é um pouco complicado, as últimas cenas são bem fracas, embora a cena final tenha me agradado muito, poderiam ter dado um fim melhor para o filme e é só por isso que a nota não é a máxima.
Still Alice é um bom drama, com uma performance excelente da Julianne Moore, um bom roteiro, uma fotografia impecável, mas é um filme que arrisca pouco e não chega a surpreender.
Alice Howland é uma renomada professora linguística, que está no ápice de sua bem sucedida carreira, Com o passar do tempo, Alice vai se esquecendo de pequenas coisas, palavras, uma receita antiga e entre outras coisas, até que procura auxílio médico e é diagnosticada com Alzheimer precocemente, com apenas 50 anos, o que coloca em cheque tudo o que havia construído em sua carreira.
O filme têm dois diretores, Richard Glatzer e Wash West, que também são roteiristas, e como eu disse lá em cima, não arriscam muito, mas fazem bem feito o que se propuseram a fazer. O roteiro é bem escrito, a cena do discurso, ou o diálogo da Alice com sua filha mais nova, sobre como é ter essa doença, são muito bem feitas, e os dois dirigem todo o elenco muito bem. Talvez se o drama excessivo fosse um pouquinho só menor no filme, ou tivesse algumas cenas mais felizes, retratando os momentos bons, o filme seria perfeito, mas eles apostam no drama pesado que a Alice está passando e deixam um pouco das cenas menos melancólicas de lado.
A fotografia é bonita, eles filmam muito bem, de maneira sutil, simples, em uma cena que a Alice está com seu marido na praia, você enche os olhos, a cena é filmada de uma maneira linda, com um plano de fundo impecável. A trilha sonora é funcional e a edição é bem feita.
Julianne Moore é o nome do filme, ela retrata a deterioração da doença de uma maneira incrível, as poucas explosões que a personagem tem são bem executadas, mas Moore arrasa nos momentos mais melancólicos, sem fala, fazia tempo que eu não via uma personagem tão real, não há essa coisa de um ator fazendo um papel de um doente, não! É a Alice ali e nesse sentido, Moore é perfeita. o elenco de coadjuvantes é bom também, principalmente o Alec Baldwin, que está ótimo no papel do marido de Alice, já Kristen Stewart, que todos estavam elogiando, continua a mesma "sem expressão" facial de sempre, mas agora se envolvendo em filmes de qualidade, o que já é um ponto positivo pra moça, o resto do elenco é bom.
Para Sempre Alice não veio com propostas novas, nem tão pouco fazer coisas chocantes, mas cumpre bem seu papel, dentro de suas propostas, com uma atuação perfeita e um filme bonito, que retrata com realismo o literalmente MAL de Alzheimer.
Esqueçam tudo sobre ação que vocês viram antes, Mad Max é alucinante, dilacerante e simplesmente acima do excelente.
George Miller é o diretor, chamem de diretor, gênio, idealizador ou qualquer adjetivo que seja mais que bom, cara, tudo está em perfeita sincronia, ele deixa sua marca, com toda sua loucura, quase sendo um Tarantino do gênero de ação, o que é o quase trio elétrico com a guitarra e os tambores? É insano. O orçamento foi gigantesco, e pasmem, ele está todo em tela, o filme é visualmente incrível, as cenas no deserto, as perseguições, as cenas com sinalizadores, são todas impecáveis, não é aquele filme gravado em tela verde não, é tudo muito bem feito e por isso demorou tanto tempo para ser feito, a fotografia é impecável, do começo ao fim, impecável. Os efeitos sonoros são de morrer ( no bom sentido), a trilha está perfeita e muito do que o filme causa, no sentido de prender mesmo do começo ao fim, se deve a ela. O Miller é tão foda, que além de diretor, ele é um dos roteiristas e produtores.
O roteiro é básico, o filme tem poucos diálogos, o que é bem assertivo, já que sobra espaço de sobra para as cenas de ação. Nada de muita explicação aqui, ou tiradas de bom-humor em momentos desnecessários (Vingadores feelings), tudo está muito bem amarrado.
A escolha de Miller, em focar mais na Furiosa, é muito bem pensada, o filme é praticamente dominado pelas mulheres e isso é só mais um ponto positivo para o diretor.
O elenco está bom, embora não seja um filme de performance, Charlize Theron é a que mais se destaca, de longe, o filme é dela, ela é densa, mas sem deixar seu lado humano de lado, e Charlize consegue fazer isso muito bem mesmo, ela literalmente engole o Tom Hardy, que embora já tenha feito bons papéis (Locke e Bronson), não consegue se impor muito bem aqui, não compromete, mas passa longe de entregar um bom trabalho. Nicholas Hoult está ótimo, nos faz ir do ódio ao amor em 2 segundos e embora seu personagem ajude muito, o ator não decepciona. Hugh Keays-Byrne deu um ótimo vilão também, não muito caricato, não muito apagado, na medida.
Com uma trilha-sonora excelente, uma fotografia impecável, cenas de ação de tirar o fôlego, gerando um resultado final perfeito, George Miller se firma como o melhor diretor do gênero, deixando todos os outros filmes de ação (incluindo Marvel e cia) comendo poeira.
O cinema brasileiro vem crescendo muito nessa década e embora as comédias estejam cada vez mais sonolentas e previsíveis, estão saindo filmes maravilhosos (O Lobo Atrás da Porta, O Abismo Prateado e Jogo de Xadrez são provas vivas disso) e os dramas vem ganhando espaço, mas não se engane, Entre Abelhas não é um drama, não chega nem a ser aqueles "dramédias" realistas, é uma comédia sobre um drama pessoal
Bruno é um editor de imagens que está passando por um doloroso divórcio, com o passar dos dias, ele começa a tropeçar no vento, ver objetos se deslocando sozinhos, ônibus parando para ninguém descer e motoristas de táxis que simplesmente somem com o carro em movimento, ao captar esses sinais, Bruno percebe que as pessoas estão começando a desaparecer,mas só ele não consegue enxergar. com a ajuda de sua mãe ele tenta descobrir o que está havendo
Ian SBF é o diretor, um gênio da comédia, consegue deixar sua marca aqui. O filme tem um ritmo bom nos dois primeiros atos, mas Ian consegue botar tudo a perder no terceiro ato, o desenvolvimento ficou muito prejudicado e o final acaba deixando algumas pontas soltas, e a edição não colabora também, os cortes secos são de chorar. A fotografia é muito bonita, principalmente nos momentos sem fala, ou quando o Bruno está na multidão e mesmo assim se sente só, é de uma sutileza incrível.
O roteiro é do Fábio Porchat e do Ian e é um roteiro bom até a metade do filme depois começa a decair um pouco, com certeza, se tivesse levado a história mais para o drama, teriam tido um resultado melhor, o excesso de piadas sem graça incomoda, mas as vezes elas são assertivas. Como eu disse lá em cima, eles acertam no ritmo em mais da metade do filme, mas o final deixa a desejar, talvez uns 10 minutos a mais não matariam ninguém. A história por si só acaba sendo mais forte que as performances, o drama do protagonista é sentido com a passar do tempo, quando ele percebe que não só desconhecidos estão sumindo, seus amigos também, parece que Bruno se afunda mais e mais em uma depressão profunda e isso, é sentido na nossa pele.
Fábio Porchat é o protagonista e ele não está ruim, na verdade, em algumas cenas ele consegue se sobressair, mas ainda falta carga dramática ao ator, nas cenas de comédia ele acerta muito, mas em muitas vezes que precisava um toque mais dramático ou até melancólico, Fábio decepcionava. Irene Ravache faz a mãe do Fábio e cumpre bem seu papel. Marcos Veras é o amigo do Fábio também cumpre bem seu papel, que é sua zona de conforto (comédia). O elenco todo é linear, o único que arrisca mesmo é o Porchat e o resultado poderia mesmo ter sido melhor
É ótimo ver um filme arriscado, mesmo que não tenha sido concluído de uma forma adequada e mesmo com vários erros primários em sua edição e no seu roteiro, é muito bom ver um filme brasileiro que tenta arriscar um pouco mais, entrando em um drama pessoal, com várias metáforas que ficam no ar, mas seria melhor ainda se o filme tivesse sido de fato, bom.
Eu sempre defini Minha Mãe é uma Peça como um quadro bem sucedido do Zorra Total, e acreditem, isso não é um elogio.
Dona Hermínia é uma típica a tradicional mãe brasileira, desbocada, grossa, mas que ama seus filhos e os coloca sempre acima de qualquer outra coisa ou pessoa, mas como a maioria dos filhos adolescentes, eles não reconhecem isso, e Dona Hermínia resolve passar uns dias na casa de uma tia, para ver se os filhos começam a valorizar mais seus esforços maternos. E daí pra frente o filme começa a desenrolar
O filme tem pontos altos e baixos, fortes e fracos, mas em um geral é fraco.
Adaptado de um sucesso dos palcos, Paulo Gustavo e Fil Braz são responsáveis pelo roteiro, que embora até consiga arrancar uma ou outra risada, é bem raso, bem raso mesmo e quando eu falei sobre ser um "quadro bem sucedido do Zorra Total" era sobre o roteiro que eu me referia. A identificação imediata que fazemos com as personagens é inegável, afinal, eles são reais, Dona Hermínia é a personificação da maioria das mães e Paulo Gustavo faz bem isso, mas poderiam ter feito um roteiro de verdade sabe? Não essa sucessão de acontecimentos aleatórios, com direito a flashback e tudo mais.
Paulo Gustavo faz um bom trabalho como ator, ele é o que dá certo no filme, mesmo que não seja linear, sua performance não deixa a desejar. O resto do elenco é esquecível, Ingrid Guimarães está mais caricata e forçada que o costume e suas cenas são os momentos "vergonha alheia" do filme.
Talvez se tivesse tido menos piadas repetitivas, talvez com um roteiro mais estruturado e um elenco mais competente, Minha Mãe é uma Peça seria um marco na comédia nacional, pois com certeza deu muito certo com o público, mas de verdade? Faltou muito, muito mesmo para ser um bom filme.
Acho ótimo quando trailers revelam o mínimo possível sobre o filme, eu detesto spoilers, é totalmente prejudicial para qualquer cinéfilo, aí vem o trailer de Se Eu Ficar e revela quase tudo o que podia sobre o filme. (Não postarei aqui por isso)
Mia é uma garota tímida e talentosa, que toca violoncelo, ela tem pais super descolados, ex roqueiros e que dão apoio total as escolas da filha, no colégio ela acaba se apaixonando por Adam, um garoto popular e que toca numa banda adolescente em ascensão. Até aí, parece ir tudo bem, mas a família de Mia sofre um acidente, e ela se vê em coma, entre a vida e a morte, e à partir daí o filme começa a se desenrolar.
Embora o filme caia em alguns clichês nas partes de romance, o que é quase inevitável quando se trata de um filme para adolescentes, ainda tem um saldo positivo, gosto dos flashsbacks, acho que a narrativa é correta, tudo é visto por Mia, que está em coma, é algo seríssimo, denso, que mesmo que seja tratado com leveza, ainda sim é pesado.
O roteiro é bom, os alívios vem com os pais de Mia, as tiradas dos dois são ótimas, as referências de rock e de música clássica também são convincentes, ainda que algumas esse romance adolescente seja batido, o relacionamento de Mia com a família se torna interessante, e os desfechos principais do filme te prendem bem.
As sequências do último ato são bem feitas, a cena com o avô de Mia são a cereja do bolo, se o filme estava tendo um resultado médio até ali, naquela cena percebemos o quão difícil é lidar com acidentes desse nível, e o quão sério é tudo o que está acontecendo ali, considero essa a melhor cena do filme, junto com uma outra que eu não posso dizer (spoiler) mas que corta o coração de qualquer um e que a Chloe consegue fazer bem.
Chloe Grace Moretz tem uma performance instável, algumas cenas ela faz bem, outras falta carga dramática, penso que Saoirse Ronan teria feito tão melhor esse papel (Já que em Um Olhar do Paraíso la arregaça). Jamie Blackley é fraco, embora seja esforçado, falta carisma, falta drama, falta tudo. Mireille Enos e Joshua Leonard (que fazem os pais de Mia) cumprem bem os papeis, dão o toque de com´dia que o filme precisa. Stacy Kach aparece pouquíssimo, mas emociona e se a melhor cena do filme é impecável, deve-se a ele.
O diretor tenta nos fazer engolir a seco o romance quase que fajuto dos protagonistas, no qual a química é inexistente, mas não rola, já que o envolvimento da Mia com a família e com a amiga são muito mais interessantes, ainda que a performance da protagonista seja frágil, o filme melhora depois da metade e termina com um saldo positivo.
Eu acho engraçado como filmes ruins conseguem agradar tanto o público, as comédias nacionais quase nunca são de fato boas (o Casamento de Romeu e Julieta é uma exceção), mas Superpai consegue ser de longe, uma das piores que eu já vi.
Diogo é um adulto e pai de família (risos), mas parece um adolescente de 40 anos, ele fica todo eufórico porque terá uma festa de reencontro do pessoal do colégio e finalmente vai poder pegar a gostosona Patricia, já que quando era mais novo, teve a oportunidade de tirar a virgindade dela e não tirou (pasmem, ele é casado e fala em comer a Patricia como se fosse algo normal), nesse meio tempo, sua sogra fica doente e Diogo tem que ficar com o filho, já que sua esposa foi cuidar da mãe. Diogo acha um creche noturna, mas na hora de buscar seu filho, ele percebe que pegou a criança errada e à partir daí, todas as situações clichês que já vimos em Se Beber Não Casa e Superbad começam a acontecer.
Pedro Amorim é o diretor, ele tinha feito um bom trabalho em Mato Sem Cachorro, mas aqui a situação é diferente, enquanto o outro filme era uma comédia-romântica com dois dos maiores atores de suas gerações (Leandra Leal e Bruno Gagliasso), aqui temos o apático Danton Mello, e todo o lado romântico deu espaço para um humor negro que não funcionou.
Pedro consegue acertar nas cenas do carro, são bem filmadas e até conseguem arrancar um sorriso de vez em quando, ele também acerta nas cenas com a esposa do Diogo, Monica Iozzi que consegue fazer na medida em sua personagem, a carga dramática é bem aplicada, ela está muito bem mesmo no papel.
O roteiro é fraquíssimo, nem o elenco de apoio repleto de humoristas conseguiu salvar, lembro de ter rido uma ou das vezes com a Dani Calabresa e só. Os personagens não tem introdução nenhuma, eles só estão ali, não se sabe absolutamente nada sobre eles, ou o que levam eles a ser assim, eles só são. O que incomoda mesmo, é essa necessidade de querer parecer com alguma comédia estadunidense. não é legal, não é funcional e não é aplicável para o filme. A cada situação nova que Diogo e os três amigos se colocam, é uma tortura (isso porque o filme é curto). Além de ser fraco, o roteiro é cheio de lacunas e situações que são impossíveis de acontecer, piadas manjadas sobre orientais, humor negro (que eu adoro) que não foi funcional para o filme, enfim, uma sucessão de erros, que os acertos que o filme tem não conseguem camuflar as lambanças.
Danton Mello não é um mau ator, mas passa longe do que se esperava, além de não ter uma veia cômica (talvez seja por isso que o elenco de apoio só tem humoristas), ele não convence, seu personagem também não ajuda viu. Monica Iozzi faz um bom papel, mas aparece pouco, quando aparece rouba a cena e isso é ótimo, emprega bem sua carga dramática e traz um pouco de realidade para essa comédia fantasiosa e sem nexo. E restante do elenco está ok, ninguém destoa, mas ninguém se destaca.
Para concluir, vou usar uma frase do Roberto Justus que eu adoro, o que define o filme é uma SUCESSÃO DE LAMBANÇAS! Tudo muito mal manjado e mal escrito, ainda que as cenas no carro sejam bem feitas, todo o resto é esquecível, conseguiu ser pior do que Minha Mãe é Uma Peça e eu achei que seria bem difícil alguém superar isso.
Amor.com
2.8 176Achei que seria um feel good movie e me lasquei...
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraKristen Wiig estará no filme
Outras Pessoas
3.7 116Que filme lindo né gente? Que performances incríveis da Molly e do Jesse.
A Luz Entre Oceanos
3.8 357 Assista AgoraQue elenco perfeito gente. Alicia destrói, de verdade, tem umas duas cenas ali que são clipes de Oscar ali na certa
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraUm dos melhores filmes do ano com o melhor elenco do ano. Jake é maravilhoso e a sequência da cabana é das melhores de sua carreira. Adams faz uma personagem super contida, mas que tem bons momentos em cena também. Aaron está irreconhecível e está muito bem tbm.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraAchei bem ruim, o casal não tem química nenhuma e os atores são bem fracos, além da trilha sonora ser péssima. Faltou clímax, faltou uma narrativa melhor e faltou um elenco de apoio e um elenco principal melhor também, enfim, não gostei de quase nada.
It’s What I Do
4.5 10Será que não vai rolar tão cedo esse filme?
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraA Chegada é um filme tão perfeito naquilo que se propõe, todo o arco dramático da Louise é bem feito, logo nas primeiras cenas podemos ver Adams com sua carga dramática intensa, acompanhada de uma trilha-sonora extremamente bem aplicada, com os violinos suaves... Todas as soluções visuais que deram para os Aliens e para o casulo deles é bem feita, ele consegue manter o clímax de suspense até o fim do filme, fazendo com que a gente tente decifrar as linguagens e o vai e vem que Louise faz em sua vida. Ele é complexo sem tentar ser complexo, não é explicativo, é crível, real e muito bem dirigido. Que o Oscar finalmente reconheça Denis como um excelente diretor e que o filme ganhe vários prêmios, pq merece.
Olhos da Justiça
3.2 449 Assista AgoraO filme é inferior ao argentino, mas passa longe de ser ruim, passa longe dessa revolta toda dos pseudo-cult que tem pro aqui... Julia Roberts dá um show de performance e isso já vale muito.
Brooklin
3.8 1,1KE entre os indicados, é o filme com maior porcentagem no Rotten, com 98% de críticas positivas.
Brooklin
3.8 1,1KTem data de estréia no Brasil?
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraJenn se envolvendo em projetos ótimos, gosto assim
Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer
4.0 888 Assista AgoraNão quero baixar :/ quando vai lançar aqui no Brasil?
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraA Escolha Perfeita (Pitch Perfect - 2012)
A Escolha Perfeita têm qualidades e defeitos muito extremos, é uma mistura de Glee com High School Musical que dá certos em algumas partes e em outras se torna muito piegas.
Beca é uma típica adolescente revoltadinha, aspirante a DJ. Ela sonha em ir para Los Angeles para tentar se fazer lá e se vê sem saída quando é obrigada a fazer faculdade na mesma escola que seu pai leciona. Lá ela se junta ao grupo de vocal acapela The Barden Bellas e o filme se desenrola daí.
Pitch Perfect é um filme de estreantes (no cinema), a roteirista é novata e o diretor também, mas não se iluda, vemos temas bem comuns e que foram usados bastante nos últimos anos.
O diretor é o Jason Moore e ele é estreante nas telonas, levando em consideração que é seu primeiro longa, Moore consegue um resultado levemente positivo. Como eu disse lá em cima, o problema do filme, é que ele fica no limite do legal para o piegas, e tanto as qualidades, como os defeitos do filme, são gritantes.
A escolha das canções é duvidosa, o grupo que deveria fazer todos os sons com a boca (na apresentação final, CLARAMENTE não é acapela) não faz e a falta de risco deixam a sensação de que o filme não teve o potencial que poderia, mas Moore dirige o elenco de uma forma incrível, e é o elenco que nos faz ficar,
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Kay Cannon é a roteirista, ela é conhecida pela série 30 Rock, mas estreia nas telonas com um roteiro leve, sem pretensões e que arrisca pouco. As cenas absurdas com vômito, as tiradas da Fat Amy e o romance Crepúsculo central, mostram que Kay não está querendo nada além de entreter, e se formos olhar por esse lado, ela consegue fazer bem, o roteiro pode não ser incrível, mas é bem amarradinho.
O elenco é o ponto chave no filme, principalmente o elenco coadjuvante. Anna Kendrick faz o papel principal, ela se encaixa bem como Beca, mas quem rouba a cena são as coadjuvantes: Anna Camp e Rebel Wilson. Camp é a antagonista e está perfeita aqui já Wilson é uma garota sincera e engraçada que dá os bons momentos de humor no filme. Elizabeth Banks e John Michael Higgins dão o ar da graça com seus comentários venenosos e afiados em todas as competições. O resto do atores estão entrosados e fazem bons papéis.
A Escolha Perfeita têm seus defeitos e não corre muitos riscos, mas levando em conta que é um filme sem pretensões e de um diretor estreante, o resultado ainda é positivo, é um entretenimento razoável.
3.0/5
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraA Corrente do Mal ( It Follows - 2015)
Os gêneros de terror e suspense têm tantos clichês e sustos manjados, que It Follows chega como um alivio repleto de elementos que tornam o filme um futuro clássico.
Jay é uma jovem bonita que começa a se apaixonar pelo seu namorado Jeff, até eles terem relações sexuais pela primeira vez, à partir daí ela é "amaldiçoada" com uma entidade que pode ter qualquer forma humana e que caminha lentamente em sua direção, independentemente do lugar em que ela esteja. Com a ajuda de seus amigos, Jay tenta desvendar os mistérios que a cerca e o filme começa a se desenrolar daí.
Parece um filme adolescente bobo né? Mas não é. Existe uma razão clara para It Follows ter sido aclamado pelos críticos, por mais que sua história não seja espetacular, há uma série de elementos que tornam o filme bom e isso se deve ao diretor e roteirista David Robert Mitchell.
David está em seu segundo longa, mas o primeiro filme do americano passou despercebido pelo público e não era um terror, era um drama, depois do sucesso de A Corrente do Mal, esperamos que ele continue no gênero de terror,
David cria todo um "climax" para o filme, principalmente pela trilha sonora que é excelente, a melhor trilha de um filme de terror em anos (arrisco em dizer décadas). David filma como ninguém, nos ambientes fechados, ele filma em planos fechados, causando aquela sensação de claustrofobia, nos ambientes abertos, ele filma em um plano aberto, ou abre lentamente, muito bonito de se ver. As cores são bem escolhidas, tudo sempre em tons opacos,o que deixa a fotografia linda.
Como eu disse lá em cima, a história não é extraordinária, dá a entender que é uma premissa de filmes de terror piegas, que mais parecem comédias bizarras, mas David transforma essa premissa em um roteiro incrível, cheio de sacadas ótimas, que mantém o suspense até o final do filme.
Por mais que pareça algo surreal (e é) David conduz os personagens com louvor, não tem esteriótipos aqui, não tem a gostosona da escola, o burro, o fortão e nem o nerd chato, tem adolescentes comuns que tentam achar uma forma de ajudar a amiga.
Maika Monroe interpreta a Jay e faz um trabalho memorável aqui, além de ter carga dramática ótima em todas as cenas que lhe foi solicitada, Monroe passa todos os medos e incertezas que Jay sente, o resto do elenco, embora desconhecidos do público, é bem dirigido e entrega um bom resultado.
Os dois primeiros atos são EXCELENTES, de verdade, todo o desfecho é impecável, o suspense está ali, a trilha sonora dá o tom certo pro filme e as cenas que as coisas acontecem, são de tirar o fôlego, mas o terceiro ato é um pouco complicado, as últimas cenas são bem fracas, embora a cena final tenha me agradado muito, poderiam ter dado um fim melhor para o filme e é só por isso que a nota não é a máxima.
4.5/5
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraPara Sempre Alice (Still Alice -2014)
Still Alice é um bom drama, com uma performance excelente da Julianne Moore, um bom roteiro, uma fotografia impecável, mas é um filme que arrisca pouco e não chega a surpreender.
Alice Howland é uma renomada professora linguística, que está no ápice de sua bem sucedida carreira, Com o passar do tempo, Alice vai se esquecendo de pequenas coisas, palavras, uma receita antiga e entre outras coisas, até que procura auxílio médico e é diagnosticada com Alzheimer precocemente, com apenas 50 anos, o que coloca em cheque tudo o que havia construído em sua carreira.
O filme têm dois diretores, Richard Glatzer e Wash West, que também são roteiristas, e como eu disse lá em cima, não arriscam muito, mas fazem bem feito o que se propuseram a fazer. O roteiro é bem escrito, a cena do discurso, ou o diálogo da Alice com sua filha mais nova, sobre como é ter essa doença, são muito bem feitas, e os dois dirigem todo o elenco muito bem. Talvez se o drama excessivo fosse um pouquinho só menor no filme, ou tivesse algumas cenas mais felizes, retratando os momentos bons, o filme seria perfeito, mas eles apostam no drama pesado que a Alice está passando e deixam um pouco das cenas menos melancólicas de lado.
A fotografia é bonita, eles filmam muito bem, de maneira sutil, simples, em uma cena que a Alice está com seu marido na praia, você enche os olhos, a cena é filmada de uma maneira linda, com um plano de fundo impecável. A trilha sonora é funcional e a edição é bem feita.
Julianne Moore é o nome do filme, ela retrata a deterioração da doença de uma maneira incrível, as poucas explosões que a personagem tem são bem executadas, mas Moore arrasa nos momentos mais melancólicos, sem fala, fazia tempo que eu não via uma personagem tão real, não há essa coisa de um ator fazendo um papel de um doente, não! É a Alice ali e nesse sentido, Moore é perfeita. o elenco de coadjuvantes é bom também, principalmente o Alec Baldwin, que está ótimo no papel do marido de Alice, já Kristen Stewart, que todos estavam elogiando, continua a mesma "sem expressão" facial de sempre, mas agora se envolvendo em filmes de qualidade, o que já é um ponto positivo pra moça, o resto do elenco é bom.
Para Sempre Alice não veio com propostas novas, nem tão pouco fazer coisas chocantes, mas cumpre bem seu papel, dentro de suas propostas, com uma atuação perfeita e um filme bonito, que retrata com realismo o literalmente MAL de Alzheimer.
4.0/5
O Diário de uma Adolescente
3.6 151 Assista AgoraQuero Wiig foda, como de costume
Amor por Acidente
2.0 92 Assista AgoraEsse filme teve tantos problemas para ser lançado, David foi contra desde o inicio, mudou gente na produção, etc..
It’s What I Do
4.5 10No aguardo desse samba
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraMad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road)
Esqueçam tudo sobre ação que vocês viram antes, Mad Max é alucinante, dilacerante e simplesmente acima do excelente.
George Miller é o diretor, chamem de diretor, gênio, idealizador ou qualquer adjetivo que seja mais que bom, cara, tudo está em perfeita sincronia, ele deixa sua marca, com toda sua loucura, quase sendo um Tarantino do gênero de ação, o que é o quase trio elétrico com a guitarra e os tambores? É insano. O orçamento foi gigantesco, e pasmem, ele está todo em tela, o filme é visualmente incrível, as cenas no deserto, as perseguições, as cenas com sinalizadores, são todas impecáveis, não é aquele filme gravado em tela verde não, é tudo muito bem feito e por isso demorou tanto tempo para ser feito, a fotografia é impecável, do começo ao fim, impecável. Os efeitos sonoros são de morrer ( no bom sentido), a trilha está perfeita e muito do que o filme causa, no sentido de prender mesmo do começo ao fim, se deve a ela. O Miller é tão foda, que além de diretor, ele é um dos roteiristas e produtores.
O roteiro é básico, o filme tem poucos diálogos, o que é bem assertivo, já que sobra espaço de sobra para as cenas de ação. Nada de muita explicação aqui, ou tiradas de bom-humor em momentos desnecessários (Vingadores feelings), tudo está muito bem amarrado.
A escolha de Miller, em focar mais na Furiosa, é muito bem pensada, o filme é praticamente dominado pelas mulheres e isso é só mais um ponto positivo para o diretor.
O elenco está bom, embora não seja um filme de performance, Charlize Theron é a que mais se destaca, de longe, o filme é dela, ela é densa, mas sem deixar seu lado humano de lado, e Charlize consegue fazer isso muito bem mesmo, ela literalmente engole o Tom Hardy, que embora já tenha feito bons papéis (Locke e Bronson), não consegue se impor muito bem aqui, não compromete, mas passa longe de entregar um bom trabalho. Nicholas Hoult está ótimo, nos faz ir do ódio ao amor em 2 segundos e embora seu personagem ajude muito, o ator não decepciona. Hugh Keays-Byrne deu um ótimo vilão também, não muito caricato, não muito apagado, na medida.
Com uma trilha-sonora excelente, uma fotografia impecável, cenas de ação de tirar o fôlego, gerando um resultado final perfeito, George Miller se firma como o melhor diretor do gênero, deixando todos os outros filmes de ação (incluindo Marvel e cia) comendo poeira.
5/5
http://www.cinefiloassombroso.blogspot.com.br/2015/05/review-mad-max-estrada-da-furia.html
Entre Abelhas
3.4 832Entre Abelhas - 2015
O cinema brasileiro vem crescendo muito nessa década e embora as comédias estejam cada vez mais sonolentas e previsíveis, estão saindo filmes maravilhosos (O Lobo Atrás da Porta, O Abismo Prateado e Jogo de Xadrez são provas vivas disso) e os dramas vem ganhando espaço, mas não se engane, Entre Abelhas não é um drama, não chega nem a ser aqueles "dramédias" realistas, é uma comédia sobre um drama pessoal
Bruno é um editor de imagens que está passando por um doloroso divórcio, com o passar dos dias, ele começa a tropeçar no vento, ver objetos se deslocando sozinhos, ônibus parando para ninguém descer e motoristas de táxis que simplesmente somem com o carro em movimento, ao captar esses sinais, Bruno percebe que as pessoas estão começando a desaparecer,mas só ele não consegue enxergar. com a ajuda de sua mãe ele tenta descobrir o que está havendo
Ian SBF é o diretor, um gênio da comédia, consegue deixar sua marca aqui. O filme tem um ritmo bom nos dois primeiros atos, mas Ian consegue botar tudo a perder no terceiro ato, o desenvolvimento ficou muito prejudicado e o final acaba deixando algumas pontas soltas, e a edição não colabora também, os cortes secos são de chorar. A fotografia é muito bonita, principalmente nos momentos sem fala, ou quando o Bruno está na multidão e mesmo assim se sente só, é de uma sutileza incrível.
O roteiro é do Fábio Porchat e do Ian e é um roteiro bom até a metade do filme depois começa a decair um pouco, com certeza, se tivesse levado a história mais para o drama, teriam tido um resultado melhor, o excesso de piadas sem graça incomoda, mas as vezes elas são assertivas. Como eu disse lá em cima, eles acertam no ritmo em mais da metade do filme, mas o final deixa a desejar, talvez uns 10 minutos a mais não matariam ninguém. A história por si só acaba sendo mais forte que as performances, o drama do protagonista é sentido com a passar do tempo, quando ele percebe que não só desconhecidos estão sumindo, seus amigos também, parece que Bruno se afunda mais e mais em uma depressão profunda e isso, é sentido na nossa pele.
Fábio Porchat é o protagonista e ele não está ruim, na verdade, em algumas cenas ele consegue se sobressair, mas ainda falta carga dramática ao ator, nas cenas de comédia ele acerta muito, mas em muitas vezes que precisava um toque mais dramático ou até melancólico, Fábio decepcionava. Irene Ravache faz a mãe do Fábio e cumpre bem seu papel. Marcos Veras é o amigo do Fábio também cumpre bem seu papel, que é sua zona de conforto (comédia). O elenco todo é linear, o único que arrisca mesmo é o Porchat e o resultado poderia mesmo ter sido melhor
É ótimo ver um filme arriscado, mesmo que não tenha sido concluído de uma forma adequada e mesmo com vários erros primários em sua edição e no seu roteiro, é muito bom ver um filme brasileiro que tenta arriscar um pouco mais, entrando em um drama pessoal, com várias metáforas que ficam no ar, mas seria melhor ainda se o filme tivesse sido de fato, bom.
2.0/5
Minha Mãe é Uma Peça: O Filme
3.7 2,6K Assista AgoraMinha Mãe é uma Peça - 2013
Eu sempre defini Minha Mãe é uma Peça como um quadro bem sucedido do Zorra Total, e acreditem, isso não é um elogio.
Dona Hermínia é uma típica a tradicional mãe brasileira, desbocada, grossa, mas que ama seus filhos e os coloca sempre acima de qualquer outra coisa ou pessoa, mas como a maioria dos filhos adolescentes, eles não reconhecem isso, e Dona Hermínia resolve passar uns dias na casa de uma tia, para ver se os filhos começam a valorizar mais seus esforços maternos. E daí pra frente o filme começa a desenrolar
O filme tem pontos altos e baixos, fortes e fracos, mas em um geral é fraco.
Adaptado de um sucesso dos palcos, Paulo Gustavo e Fil Braz são responsáveis pelo roteiro, que embora até consiga arrancar uma ou outra risada, é bem raso, bem raso mesmo e quando eu falei sobre ser um "quadro bem sucedido do Zorra Total" era sobre o roteiro que eu me referia. A identificação imediata que fazemos com as personagens é inegável, afinal, eles são reais, Dona Hermínia é a personificação da maioria das mães e Paulo Gustavo faz bem isso, mas poderiam ter feito um roteiro de verdade sabe? Não essa sucessão de acontecimentos aleatórios, com direito a flashback e tudo mais.
Paulo Gustavo faz um bom trabalho como ator, ele é o que dá certo no filme, mesmo que não seja linear, sua performance não deixa a desejar. O resto do elenco é esquecível, Ingrid Guimarães está mais caricata e forçada que o costume e suas cenas são os momentos "vergonha alheia" do filme.
Talvez se tivesse tido menos piadas repetitivas, talvez com um roteiro mais estruturado e um elenco mais competente, Minha Mãe é uma Peça seria um marco na comédia nacional, pois com certeza deu muito certo com o público, mas de verdade? Faltou muito, muito mesmo para ser um bom filme.
2.0/5
http://www.cinefiloassombroso.blogspot.com.br/2015/04/reeviw-minha-mae-e-uma-peca.html
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista AgoraSe Eu Ficar (If I Stay - 2014)
Acho ótimo quando trailers revelam o mínimo possível sobre o filme, eu detesto spoilers, é totalmente prejudicial para qualquer cinéfilo, aí vem o trailer de Se Eu Ficar e revela quase tudo o que podia sobre o filme. (Não postarei aqui por isso)
Mia é uma garota tímida e talentosa, que toca violoncelo, ela tem pais super descolados, ex roqueiros e que dão apoio total as escolas da filha, no colégio ela acaba se apaixonando por Adam, um garoto popular e que toca numa banda adolescente em ascensão. Até aí, parece ir tudo bem, mas a família de Mia sofre um acidente, e ela se vê em coma, entre a vida e a morte, e à partir daí o filme começa a se desenrolar.
Embora o filme caia em alguns clichês nas partes de romance, o que é quase inevitável quando se trata de um filme para adolescentes, ainda tem um saldo positivo, gosto dos flashsbacks, acho que a narrativa é correta, tudo é visto por Mia, que está em coma, é algo seríssimo, denso, que mesmo que seja tratado com leveza, ainda sim é pesado.
O roteiro é bom, os alívios vem com os pais de Mia, as tiradas dos dois são ótimas, as referências de rock e de música clássica também são convincentes, ainda que algumas esse romance adolescente seja batido, o relacionamento de Mia com a família se torna interessante, e os desfechos principais do filme te prendem bem.
As sequências do último ato são bem feitas, a cena com o avô de Mia são a cereja do bolo, se o filme estava tendo um resultado médio até ali, naquela cena percebemos o quão difícil é lidar com acidentes desse nível, e o quão sério é tudo o que está acontecendo ali, considero essa a melhor cena do filme, junto com uma outra que eu não posso dizer (spoiler) mas que corta o coração de qualquer um e que a Chloe consegue fazer bem.
Chloe Grace Moretz tem uma performance instável, algumas cenas ela faz bem, outras falta carga dramática, penso que Saoirse Ronan teria feito tão melhor esse papel (Já que em Um Olhar do Paraíso la arregaça). Jamie Blackley é fraco, embora seja esforçado, falta carisma, falta drama, falta tudo. Mireille Enos e Joshua Leonard (que fazem os pais de Mia) cumprem bem os papeis, dão o toque de com´dia que o filme precisa. Stacy Kach aparece pouquíssimo, mas emociona e se a melhor cena do filme é impecável, deve-se a ele.
O diretor tenta nos fazer engolir a seco o romance quase que fajuto dos protagonistas, no qual a química é inexistente, mas não rola, já que o envolvimento da Mia com a família e com a amiga são muito mais interessantes, ainda que a performance da protagonista seja frágil, o filme melhora depois da metade e termina com um saldo positivo.
3.0/5
http://www.cinefiloassombroso.blogspot.com.br/2015/03/review-se-eu-ficar.html
Superpai
2.6 132Review: Superpai (2015)
Eu acho engraçado como filmes ruins conseguem agradar tanto o público, as comédias nacionais quase nunca são de fato boas (o Casamento de Romeu e Julieta é uma exceção), mas Superpai consegue ser de longe, uma das piores que eu já vi.
Diogo é um adulto e pai de família (risos), mas parece um adolescente de 40 anos, ele fica todo eufórico porque terá uma festa de reencontro do pessoal do colégio e finalmente vai poder pegar a gostosona Patricia, já que quando era mais novo, teve a oportunidade de tirar a virgindade dela e não tirou (pasmem, ele é casado e fala em comer a Patricia como se fosse algo normal), nesse meio tempo, sua sogra fica doente e Diogo tem que ficar com o filho, já que sua esposa foi cuidar da mãe. Diogo acha um creche noturna, mas na hora de buscar seu filho, ele percebe que pegou a criança errada e à partir daí, todas as situações clichês que já vimos em Se Beber Não Casa e Superbad começam a acontecer.
Pedro Amorim é o diretor, ele tinha feito um bom trabalho em Mato Sem Cachorro, mas aqui a situação é diferente, enquanto o outro filme era uma comédia-romântica com dois dos maiores atores de suas gerações (Leandra Leal e Bruno Gagliasso), aqui temos o apático Danton Mello, e todo o lado romântico deu espaço para um humor negro que não funcionou.
Pedro consegue acertar nas cenas do carro, são bem filmadas e até conseguem arrancar um sorriso de vez em quando, ele também acerta nas cenas com a esposa do Diogo, Monica Iozzi que consegue fazer na medida em sua personagem, a carga dramática é bem aplicada, ela está muito bem mesmo no papel.
O roteiro é fraquíssimo, nem o elenco de apoio repleto de humoristas conseguiu salvar, lembro de ter rido uma ou das vezes com a Dani Calabresa e só. Os personagens não tem introdução nenhuma, eles só estão ali, não se sabe absolutamente nada sobre eles, ou o que levam eles a ser assim, eles só são. O que incomoda mesmo, é essa necessidade de querer parecer com alguma comédia estadunidense. não é legal, não é funcional e não é aplicável para o filme. A cada situação nova que Diogo e os três amigos se colocam, é uma tortura (isso porque o filme é curto). Além de ser fraco, o roteiro é cheio de lacunas e situações que são impossíveis de acontecer, piadas manjadas sobre orientais, humor negro (que eu adoro) que não foi funcional para o filme, enfim, uma sucessão de erros, que os acertos que o filme tem não conseguem camuflar as lambanças.
Danton Mello não é um mau ator, mas passa longe do que se esperava, além de não ter uma veia cômica (talvez seja por isso que o elenco de apoio só tem humoristas), ele não convence, seu personagem também não ajuda viu. Monica Iozzi faz um bom papel, mas aparece pouco, quando aparece rouba a cena e isso é ótimo, emprega bem sua carga dramática e traz um pouco de realidade para essa comédia fantasiosa e sem nexo. E restante do elenco está ok, ninguém destoa, mas ninguém se destaca.
Para concluir, vou usar uma frase do Roberto Justus que eu adoro, o que define o filme é uma SUCESSÃO DE LAMBANÇAS! Tudo muito mal manjado e mal escrito, ainda que as cenas no carro sejam bem feitas, todo o resto é esquecível, conseguiu ser pior do que Minha Mãe é Uma Peça e eu achei que seria bem difícil alguém superar isso.
0.5/5
http://www.cinefiloassombroso.blogspot.com.br/2015/03/review-superpai.html