A celebração de uma carreira longeva, que, não se consolida de maneira isolada. O ego dela é enorme, mas ainda maior demonstra ser seu impacto social na cultura mundial, que a torna inevitavelmente coletiva. Madonna celebra a si e a diversidade inerente à sua história, que, nessas décadas de atuação artística e política, enfrentaram epidemia da Aids, aumento do conservadorismo e constantes ameaças à libertação dos corpos através das guerras cotidianas. Mesmo marcada por práticas industriais que a inscrevem, ela segue fazendo história disruptiva, rompendo barreiras, provocando um bocado, com a gente e para a gente. Pelo meu eu dos 12 anos de idade, pelo meu eu de hoje, pelo meu eu do futuro e pelos meus: muito obrigado, Madonna!
Merecia mais reconhecimento pela importância da pauta e forma de abordagem. Sem dúvidas, é de provocar autocrítica e transformação, independente de quem gostou ou não do filme. Eu tô bastante surpreso como aborda a relação gênero, sexualidade e amor nas dimensões corpo, mente, social e espiritual.
Assistir esse filme hoje casou totalmente com um texto que li mais cedo, sobre a noção da experiência (casando ainda com a quarentena). Pra mim, o que mais importa aqui é a transição, o instante, a continuidade, sem muito vício sobre como "aproveitar" o tempo do expectador ou ganhar créditos com uma grande reviravolta. Ser afetado pela experiência é compartilhar o que há de mais difícil nela, segundo nosso universo consumista e acelerado: é lidar com o acaso, com o tempo real das coisas e com a contingência. A gente ainda não tá preparado para vidas como essa.
Absurdamente hipnotizante e encantador, mas também fortemente triste. Em cada habitat explorado com muita sensibilidade, conseguimos perceber dedo humano, aniquilando terras, águas e vidas. Diante disso, me vejo aqui percebendo a quarentena pelo coronavírus como uma chance para o recomeço, diante da tragédia. Espero que a quarentena seja do tamanho que tenha que ser, para o planeta se restaurar. Espero ainda que mudemos práticas e mentalidades, na tentativa de evitar mais desastre mundial.
Excelente e altamente recomendável, excepcionalmente neste momento de crise global na saúde e no meio ambiente.
Quanto mais locação italiana, matriarcalismo e moda na filmografia de Luca, mais eu me encanto. Daquelas produções que precisam ser revisitadas com certa frequência, pelo mistério e pela boa sensação que causa.
Em tempos de conservadorismo excessivo e anti-artístico, desenvolver essa memória audiovisual sobre homoafeto entre mulheres é imprescindível para a evolução dos direitos sexuais em todo mundo. Para que jamais se esqueçam do que houve, que não queiram manipular ainda mais a história e que possamos daqui pra frente só progredir! Gostaria que esse filme tivesse mais reconhecimento! Para Elisa, Marcela, os que morreram pela AIDS e outros tantos dissidentes, vai o meu: obrigado.
Trash e cômico em quase tudo (narrativa, atuação, diálogos etc), mas de alguma forma me vi fisgado e sorrindo o tempo todo. Que amor. É o cinema gay brasileiro ocupando espaços inimagináveis e eu gosto disso.
Muito suspeito pra falar de Madonna, que amo há tanto tempo, mas é inegável o ensaio experimental e político-social que ela fez em 23min. Achei que não fosse gostar de ser curta, preferia um longa, mas ele é suficiente e completo no tempo que tem.
Ter abordado o potencial colonizador da história de Portugal foi essencial para demarcar os atores, atrizes e as vozes que Madonna ao longo de sua carreira tanto fez ecoar. Não faria sentido esquecer disso, ainda mais separando espaço para falar do Brasil e ter trazido elementos africanos que configuram o novo trabalho. Ainda bem que Madonna em Lisboa escolheu a tribo certa para andar, onde a arte estava efetivamente acontecendo e as pessoas eram diversas. Madame X demonstra visualmente seu trabalho mais globalizado (o que os videoclipes dessa era já vêm fazendo por si só), que não é nem um pouco forçado. É inspirador, contemplativo e pedagógico.
Apresenta versatilidade, direitos humanos e gêneros musicais plurais de territórios marginalizados. Obrigado mais uma vez, Madonna.
Pra mim, foi uma ótima temporada. Mesmo assim, devo concordar que começou melhor do que terminou. Eu ainda não sei se o problema é a fórmula do poder de eliminação dado às top queens da semana, pois ao mesmo tempo que vejo o senso de criticidade e estrelato nesse formato [digno de um all star, com queens evoluídas], concordo que rolam muitas injustiças, já que elas decidem quem sai da competição na qual elas mesmas estão concorrendo. Isso é BEM diferente do lugar que RuPaul ocupa nas temporadas normais, como uma jurada "imparcial". Complicado e muito paradoxal essa fórmula do all stars, ainda mais nessa temporada, que os princípios que regem à escolha de eliminação saíram da tradição. A própria Manila, que tinha tudo pra ganhar, foi bastante culpada disso e sofreu com a própria trama: queria eliminar a Valentina por ser uma ameaça, e, mesmo não eliminando, acabou sendo eliminada posteriormente, por Naomi, justamente por ser uma ameaça. Foi babado.
De qualquer forma, o nível de runway melhorou MUITO para todas as queens [mesmo as conhecidas por não serem tão boas nesse aspecto], lipsyncs poderosíssimos e muito entretenimento. Trinity merecia ganhar sozinha, mas fico bem feliz pela queridíssima Monet.
É uma boa trama, apesar de ter me provocado os piores sentimentos possíveis. Não tem um personagem que valha a pena. Mesmo o pobre Paco, que no final decepciona. Nossa, dez episódios sem torcer pra ninguém.
E ainda revela um pouco do stalker que há em você. Tenso.
Conseguiu me entreter bastante, apesar da produção ruinzinha. Impressionante como nosso contexto brasileiro foi também estruturado pelos crimes absurdos cometidos. Consegui perceber isso desde o episódio do assassinato de Isabela Nardoni, que acompanhei mais de perto e fiquei muito comovido. Foram crimes que invadiram nossos lares através da publicização e transformaram nossas relações (familiares, amorosas, etc). Assustador o episódio do cartunista Glauco, muito curioso o caso do maníaco do parque e de fato MUITO triste o crime cometido contra Ives Ota.
Apesar de alguns furos aqui e acolá, é cativante! Tinha comentado isso na página da primeira parte da série e agora só se tornou mais evidente: impressionante como nós esquecemos da moralidade e passamos a torcer para que o assalto dê certo. Não aconteceu apenas com o espectador, mas com alguns personagens na série. Muito mais que isso, conseguiram propor uma reflexão muito interessante para legitimar o grande roubo como "justo", não é a toa que o meio social espanhol se convenceu, como foi dito. O final era muito aguardado. Será que ia sair algo tão imprevisível? Que nada! Exploraram algo já um pouco previsível e um tanto utópico, mas deu certo! Quase chorei no final! Já sinto saudade dos meus assaltantes favoritos
Mistura de amor e ranço. Não consegui acreditar em algumas escolhas feitas nessa temporada. Nem a própria RuPaul engoliu Rolaskatox em alguns momentos, lamentável e irritante. Mesmo assim, é uma temporada com um potencial altíssimo. E o formato, na época bastante novo, foi muito instigante de acompanhar, mesmo que por vezes revoltante. Katya, Tatianna e Alyssa, vencedoras do meu coração. Orgulhoso demais de tanto talento, humildade e cuidado de si. Rolaskatox, não suporto vocês!
Madonna - The Celebration Tour in Rio
4.6 32A celebração de uma carreira longeva, que, não se consolida de maneira isolada. O ego dela é enorme, mas ainda maior demonstra ser seu impacto social na cultura mundial, que a torna inevitavelmente coletiva. Madonna celebra a si e a diversidade inerente à sua história, que, nessas décadas de atuação artística e política, enfrentaram epidemia da Aids, aumento do conservadorismo e constantes ameaças à libertação dos corpos através das guerras cotidianas. Mesmo marcada por práticas industriais que a inscrevem, ela segue fazendo história disruptiva, rompendo barreiras, provocando um bocado, com a gente e para a gente. Pelo meu eu dos 12 anos de idade, pelo meu eu de hoje, pelo meu eu do futuro e pelos meus: muito obrigado, Madonna!
Glee: O Preço da Fama
2.5 21 Assista AgoraRidiculamente sensacionalista, mas surpreende ao revelar uma série de coincidências trágicas.
Maldivas (1ª Temporada)
3.2 112 Assista AgoraNatália Klein tá chegando mais e vai crescer muito! Ela é humor ácido, excentricidade e pop. Contribuição boa para o cenário da comédia brasileira.
Framing Britney Spears: A Vida de uma Estrela
4.0 184- Sinto como se tivesse perdendo algo na vida.
- Qual parte da vida?
- A vida!
#FreeBritney
Terapia do Prazer
3.4 91Merecia mais reconhecimento pela importância da pauta e forma de abordagem. Sem dúvidas, é de provocar autocrítica e transformação, independente de quem gostou ou não do filme.
Eu tô bastante surpreso como aborda a relação gênero, sexualidade e amor nas dimensões corpo, mente, social e espiritual.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraNão seria possível uma forma de homenagear a memória de Elena senão pela arte.
Inferninho
3.7 82Excentricidade e afetividade de mãos dadas, quase esborrando nessa produção que me fisgou imprevisivelmente. Eu tô de coração quentinho.
Estranhos no Paraíso
3.9 113 Assista AgoraAssistir esse filme hoje casou totalmente com um texto que li mais cedo, sobre a noção da experiência (casando ainda com a quarentena). Pra mim, o que mais importa aqui é a transição, o instante, a continuidade, sem muito vício sobre como "aproveitar" o tempo do expectador ou ganhar créditos com uma grande reviravolta.
Ser afetado pela experiência é compartilhar o que há de mais difícil nela, segundo nosso universo consumista e acelerado: é lidar com o acaso, com o tempo real das coisas e com a contingência. A gente ainda não tá preparado para vidas como essa.
Nosso Planeta (1ª Temporada)
4.7 92 Assista AgoraAbsurdamente hipnotizante e encantador, mas também fortemente triste.
Em cada habitat explorado com muita sensibilidade, conseguimos perceber dedo humano, aniquilando terras, águas e vidas.
Diante disso, me vejo aqui percebendo a quarentena pelo coronavírus como uma chance para o recomeço, diante da tragédia.
Espero que a quarentena seja do tamanho que tenha que ser, para o planeta se restaurar.
Espero ainda que mudemos práticas e mentalidades, na tentativa de evitar mais desastre mundial.
Excelente e altamente recomendável, excepcionalmente neste momento de crise global na saúde e no meio ambiente.
The Staggering Girl
2.9 22 Assista AgoraQuanto mais locação italiana, matriarcalismo e moda na filmografia de Luca, mais eu me encanto.
Daquelas produções que precisam ser revisitadas com certa frequência, pelo mistério e pela boa sensação que causa.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraEspontânea e sensível ilustração do que significa a burocratização das relações e a institucionalização dos afetos.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraHistórico, político e insano <3
Elisa & Marcela
4.1 189 Assista AgoraEm tempos de conservadorismo excessivo e anti-artístico, desenvolver essa memória audiovisual sobre homoafeto entre mulheres é imprescindível para a evolução dos direitos sexuais em todo mundo. Para que jamais se esqueçam do que houve, que não queiram manipular ainda mais a história e que possamos daqui pra frente só progredir!
Gostaria que esse filme tivesse mais reconhecimento!
Para Elisa, Marcela, os que morreram pela AIDS e outros tantos dissidentes, vai o meu: obrigado.
Primos
2.5 158Trash e cômico em quase tudo (narrativa, atuação, diálogos etc), mas de alguma forma me vi fisgado e sorrindo o tempo todo.
Que amor. É o cinema gay brasileiro ocupando espaços inimagináveis e eu gosto disso.
Dor e Glória
4.2 619 Assista Agorafoi sobre coração isso aqui...
e sobre desejo, claro, afinal é Almodóvar!
World Of Madame X
4.7 14Muito suspeito pra falar de Madonna, que amo há tanto tempo, mas é inegável o ensaio experimental e político-social que ela fez em 23min.
Achei que não fosse gostar de ser curta, preferia um longa, mas ele é suficiente e completo no tempo que tem.
Ter abordado o potencial colonizador da história de Portugal foi essencial para demarcar os atores, atrizes e as vozes que Madonna ao longo de sua carreira tanto fez ecoar. Não faria sentido esquecer disso, ainda mais separando espaço para falar do Brasil e ter trazido elementos africanos que configuram o novo trabalho. Ainda bem que Madonna em Lisboa escolheu a tribo certa para andar, onde a arte estava efetivamente acontecendo e as pessoas eram diversas.
Madame X demonstra visualmente seu trabalho mais globalizado (o que os videoclipes dessa era já vêm fazendo por si só), que não é nem um pouco forçado. É inspirador, contemplativo e pedagógico.
Apresenta versatilidade, direitos humanos e gêneros musicais plurais de territórios marginalizados. Obrigado mais uma vez, Madonna.
Anima
4.2 124 Assista Agorasem palavras, além de: tem tudo que eu amo
obrigado, paul THOM yorke
O Menino que Descobriu o Vento
4.3 741Viva os heróis da vida real...
Foi um prazer conhecer a história de William Kamkwamba.
RuPaul's Drag Race: All Stars (4ª Temporada)
3.5 158Pra mim, foi uma ótima temporada. Mesmo assim, devo concordar que começou melhor do que terminou.
Eu ainda não sei se o problema é a fórmula do poder de eliminação dado às top queens da semana, pois ao mesmo tempo que vejo o senso de criticidade e estrelato nesse formato [digno de um all star, com queens evoluídas], concordo que rolam muitas injustiças, já que elas decidem quem sai da competição na qual elas mesmas estão concorrendo. Isso é BEM diferente do lugar que RuPaul ocupa nas temporadas normais, como uma jurada "imparcial".
Complicado e muito paradoxal essa fórmula do all stars, ainda mais nessa temporada, que os princípios que regem à escolha de eliminação saíram da tradição. A própria Manila, que tinha tudo pra ganhar, foi bastante culpada disso e sofreu com a própria trama: queria eliminar a Valentina por ser uma ameaça, e, mesmo não eliminando, acabou sendo eliminada posteriormente, por Naomi, justamente por ser uma ameaça. Foi babado.
De qualquer forma, o nível de runway melhorou MUITO para todas as queens [mesmo as conhecidas por não serem tão boas nesse aspecto], lipsyncs poderosíssimos e muito entretenimento. Trinity merecia ganhar sozinha, mas fico bem feliz pela queridíssima Monet.
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraÉ uma boa trama, apesar de ter me provocado os piores sentimentos possíveis.
Não tem um personagem que valha a pena. Mesmo o pobre Paco, que no final decepciona. Nossa, dez episódios sem torcer pra ninguém.
E ainda revela um pouco do stalker que há em você. Tenso.
Investigação Criminal (1ª Temporada)
3.9 81 Assista AgoraConseguiu me entreter bastante, apesar da produção ruinzinha.
Impressionante como nosso contexto brasileiro foi também estruturado pelos crimes absurdos cometidos. Consegui perceber isso desde o episódio do assassinato de Isabela Nardoni, que acompanhei mais de perto e fiquei muito comovido. Foram crimes que invadiram nossos lares através da publicização e transformaram nossas relações (familiares, amorosas, etc).
Assustador o episódio do cartunista Glauco, muito curioso o caso do maníaco do parque e de fato MUITO triste o crime cometido contra Ives Ota.
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 942 Assista AgoraApesar de alguns furos aqui e acolá, é cativante!
Tinha comentado isso na página da primeira parte da série e agora só se tornou mais evidente: impressionante como nós esquecemos da moralidade e passamos a torcer para que o assalto dê certo. Não aconteceu apenas com o espectador, mas com alguns personagens na série. Muito mais que isso, conseguiram propor uma reflexão muito interessante para legitimar o grande roubo como "justo", não é a toa que o meio social espanhol se convenceu, como foi dito.
O final era muito aguardado. Será que ia sair algo tão imprevisível? Que nada! Exploraram algo já um pouco previsível e um tanto utópico, mas deu certo! Quase chorei no final!
Já sinto saudade dos meus assaltantes favoritos
O Exército dos Frutas
3.4 74Queer, demasiado queer
RuPaul's Drag Race: All Stars (2° Temporada)
4.2 222Mistura de amor e ranço.
Não consegui acreditar em algumas escolhas feitas nessa temporada. Nem a própria RuPaul engoliu Rolaskatox em alguns momentos, lamentável e irritante.
Mesmo assim, é uma temporada com um potencial altíssimo. E o formato, na época bastante novo, foi muito instigante de acompanhar, mesmo que por vezes revoltante.
Katya, Tatianna e Alyssa, vencedoras do meu coração. Orgulhoso demais de tanto talento, humildade e cuidado de si.
Rolaskatox, não suporto vocês!
party
Brincadeiras à parte.
Alaska foi merecedora sim.