Consegue ser ainda melhor que a primeira temporada. E ambas são maravilhosas. E parece que tudo o que os Waddington tocam, sai perfeito também. Trabalho documental incrível!
A politização que a série tem é interessante. Entrega alguns aspectos sociais que tem sido cada vez mais presentes nos EUA de hoje. Falta de moradia, controle midiático usado para fins políticos, black lives matter... É interessante ver tudo isso no bojo da série, mas desconfio até que ponto isso bate com a realidade dos jovens da elite nova-iorquina. Esse aspecto político que tem na série ficou bem oculto na segunda parte. Espero que retomem a isso, principalmente por meio de Zoya.
Dom é uma série muito bem construída. Os tempos serem alternados ajuda muito a história e imprevisibilidade entre a ação e o drama tá presente quase todo o tempo, principalmente mostrando que existem semelhanças entre as duas relações de pai e filho mostradas. A fotografia, a composição dos cenários de época são muito boas. Algumas atuações se destacam muito, outras, nem tanto.
Do ponto de vista do enredo, o negócio é: a série mostra a visão do pai, que é um ex-policial do antigo esquadrão da morte Le Cocq. Isso não é mostrado ao longo da série, pelo contrário, a visão que se constrói do ex-policial é talvez muito distinta da realidade por não colocar esse fato. Algumas situações que aconteceram com o verdadeiro Pedro Dom também poderiam dar um encaixe melhor na série, mas aí estamos diante da visão do pai novamente.
/spoiler/ Sobre o final: um pouco previsível, porém, teria sido mais interessante mostrar de fato o que e como aconteceu. /spoiler/
O melhor dessa série é que passam-se anos e anos nela e as tiazinhas reacionárias de continuam lá no mesmo lugar: na praia ou no apartamento, arrotando preconceitos, julgando a vida alheia e dando pitacos sem sentido sobre a política e a sociedade. Melhor que a definição da ditadura, é a definição que essa série conseguiu fazer da classe média rancorosa que se conserva da mesma forma até os dias de hoje.
Essa série me lembrou vários aprendizados. Ludismo, Darcy Ribeiro e muitas outras coisas. Todos os personagens construídos perfeitamente e uma simbiose mais que real de temas que vivem entranhados: exploração da Amazônia, super-mineração, lobby político, genocídio indígena. É isso aí que são nossas noites do Norte.
Como diria Maria Bethânia: "Livre do meu oficio Eu gosto de cantar o Brasil Caboclo Tão longe de tudo aqui, e eu canto esse Brasil, como quem faz uma prece Para que ele resista, apesar da mão do progresso vazio Que insiste em dizimá-lo..."
A série continua em alto nível. Deixou seu lado Gossip Girl da primeira temporada e focou no lado House of Cards nessa. Pra mim só perde ponto pelo desfecho muito apressado em alçar Payton e na construção da figura da mãe dele enquanto candidata que até certo ponto me parece deslocado da realidade. No mais, souberam resumir muito bem o jogo político e anti-ético por trás de uma eleição, colocando claro uma certa perfeição em todos os personagens na execução das ações que tangem isso tudo. Personagens que buscam ser impecáveis no tato pra ganhar a eleição, independente das maneiras. Aquela velha história de que "os fins justificam os meios".
Enfim, dito isso, creio que o melhor pra série seria deixar de lado essa abordagem eleitoreira que já foi dada tanto na primeira quanto na segunda temporada e focar na política por dentro. Como ele age para conseguir o que deseja, quais os contatos e etc. Talvez isso seja abordado na terceira temporada. Mas creio que seria melhor e mais real ir com um passo de cada vez.
"Essa poderia ser a típica história de um garoto descoberto nas ruas que acaba conquistando o mundo. Mas você já viu essa história umas 20 vezes. Essa é a história de todos aqueles que exploram esse garoto."
Em alguns momentos que assisti essa série fiz um paralelo com O Mecanismo e ficou bastante claro como El Presidente soube contar um caso de corrupção/investigação policial sem entrar na velha dicotomia de mocinhos e vilões, bem como caracterizar os personagens sem muita caricatura. Enfim, uma série que vale a pena você ter como base pra entender o escândalo.
Muito boa a minissérie. O clímax fica por conta das incertezas que reinavam na política nos anos 50 (tentativa de afastar o golpe, construção de Brasília e afins). Seria melhor ainda se a passagem de tempo não fosse tão breve após o fim da presidência, pois daria pra entender melhor como alguns personagens estiveram apensos ao golpe militar (a exemplo do Zé Maria Alkmin, que foi o primeiro vice-presidente da ditadura). De qualquer forma, JK muito bem representado por José Wilker e Wagner Moura. Nota dez pra essas duas atuações.
No último episódio deixou escapar alguns fatos como a revolta do Encouraçado Potemkin, de 1905, e a mudança do nome de São Petersburgo para Petrogrado em 1914. Ainda assim, documento bastante primoroso para compreender o czarismo russo. Se fosse listar muitas outras coisas, com certeza dariam vários outros episódios.
Construção dos personagens doleiros e empresários: boa. Inclusive o Enrique Diaz como Alberto Youssef e o ator que interpretou o Marcelo Odebrecht. Mas na parte dos políticos, caricato, cansativo e até mesmo chegou a ser mentiroso. Desde Dilma até Aécio. Fora a atribuição indevida de uma fala do Jucá de 2016 para o personagem do Lula em 2013/14. No mais, vale a pena assistir e julgar livre dos excessos que ela trás.
PS: Personagem do João Pedro Rangel praticamente sumiu em certa parte da trama. PS (2): Apesar da série ter um aspecto anti-petista ou até anti-partidos por completo, o Enrique Diaz foi um dos atores que lutaram contra o golpe em 2016, principalmente na ocupação do Ministério da Cultura.
Pra início de conversa: a trilha sonora é muita boa. Com Queen, Bowie, The Cure e por aí vai. A série abordou muito bem a questão da guerra fria, não se deixou levar por chavões, mas algumas partes do roteiro foram um tanto fracas. Diferente do The Americans, onde os espiões se mostram muito mais treinados e preparados, Martin se deixa levar bastante pela emoção. Outra coisa que não curti foi quando nos primeiros episódios pontuaram de uma forma um tanto implícita o não-conhecimento dele por algumas coisas da 'vida ocidental'. Pareceu um tanto exagerado. No mais, a série tem ótimas referências históricas da época, citam até mesmo Carlos El Chacal no episódio da explosão.
A série não pareceu romantizar pra nenhum dos lados. Alto nível, do começo ao fim. E fora que tem as citações históricas mais fodas, como: os protestos do Solidarieda na Polônia, o tiro no Reagan e até falam sobre quando capturam Rudolf Abel. Pra quem deseja aprender sobre guerra fria, é um prato cheio.
Boa, mas adotou um formato muito novela. Focaram em tramas inexpressivas pro contexto futebolístico da série, como o casamento de Potro, o sumiço de Chava, a vida de Mary Luz e por aí segue. No mais, a disputa presidencial foi bem enaltecida.
Nessa temporada a série sentiu muito a ausência da atriz que interpretava a Vivian. E a nova não se identifica com a anterior. Ainda rolou um sarcasmo quanto a saída da atriz antiga no primeiro episódio.
Episódio do carro, muito tocante. E menção honrosa pra: - Seu tio já combateu casos de discriminação, foi o primeiro negro a ter bolsa de estudos. - Tudo isso e sobrou tempo pra votar no Reagan.
"Não preciso acabar com o capitalismo, o capitalismo plantou as sementes de sua própria destruição" (Alex, segundo episódio). Sétimo episódio, de longe o melhor da temporada, talvez o melhor da série. Vidas Secas vive em BoJack no processo de animalização dos humanos e humanização dos animais.
Muito legal de se ver, principalmente pra quem curte artes maciais (no caso o boxe), as imperfeições não existem, a movimentação dos personagens e toda a história é muito boa, vale a pena assistir!
Viajando com os Gil (2ª Temporada)
4.3 9Consegue ser ainda melhor que a primeira temporada. E ambas são maravilhosas. E parece que tudo o que os Waddington tocam, sai perfeito também. Trabalho documental incrível!
Verdades Secretas 2
2.2 158Esteticamente é uma obra prima. Mas em questão de roteiro, alguém perdeu a mão total.
Gossip Girl (1ª Temporada)
2.9 109 Assista AgoraA politização que a série tem é interessante. Entrega alguns aspectos sociais que tem sido cada vez mais presentes nos EUA de hoje. Falta de moradia, controle midiático usado para fins políticos, black lives matter... É interessante ver tudo isso no bojo da série, mas desconfio até que ponto isso bate com a realidade dos jovens da elite nova-iorquina. Esse aspecto político que tem na série ficou bem oculto na segunda parte. Espero que retomem a isso, principalmente por meio de Zoya.
Dom (1ª Temporada)
4.1 180Dom é uma série muito bem construída. Os tempos serem alternados ajuda muito a história e imprevisibilidade entre a ação e o drama tá presente quase todo o tempo, principalmente mostrando que existem semelhanças entre as duas relações de pai e filho mostradas. A fotografia, a composição dos cenários de época são muito boas. Algumas atuações se destacam muito, outras, nem tanto.
Do ponto de vista do enredo, o negócio é: a série mostra a visão do pai, que é um ex-policial do antigo esquadrão da morte Le Cocq. Isso não é mostrado ao longo da série, pelo contrário, a visão que se constrói do ex-policial é talvez muito distinta da realidade por não colocar esse fato. Algumas situações que aconteceram com o verdadeiro Pedro Dom também poderiam dar um encaixe melhor na série, mas aí estamos diante da visão do pai novamente.
/spoiler/ Sobre o final: um pouco previsível, porém, teria sido mais interessante mostrar de fato o que e como aconteceu. /spoiler/
Anos Rebeldes
4.2 54O melhor dessa série é que passam-se anos e anos nela e as tiazinhas reacionárias de continuam lá no mesmo lugar: na praia ou no apartamento, arrotando preconceitos, julgando a vida alheia e dando pitacos sem sentido sobre a política e a sociedade. Melhor que a definição da ditadura, é a definição que essa série conseguiu fazer da classe média rancorosa que se conserva da mesma forma até os dias de hoje.
Aruanas (1ª Temporada)
4.2 47Essa série me lembrou vários aprendizados. Ludismo, Darcy Ribeiro e muitas outras coisas. Todos os personagens construídos perfeitamente e uma simbiose mais que real de temas que vivem entranhados: exploração da Amazônia, super-mineração, lobby político, genocídio indígena. É isso aí que são nossas noites do Norte.
Como diria Maria Bethânia:
"Livre do meu oficio
Eu gosto de cantar o Brasil Caboclo
Tão longe de tudo aqui, e eu canto esse Brasil, como quem faz uma prece
Para que ele resista, apesar da mão do progresso vazio
Que insiste em dizimá-lo..."
The Politician (2ª Temporada)
3.8 61A série continua em alto nível. Deixou seu lado Gossip Girl da primeira temporada e focou no lado House of Cards nessa. Pra mim só perde ponto pelo desfecho muito apressado em alçar Payton e na construção da figura da mãe dele enquanto candidata que até certo ponto me parece deslocado da realidade. No mais, souberam resumir muito bem o jogo político e anti-ético por trás de uma eleição, colocando claro uma certa perfeição em todos os personagens na execução das ações que tangem isso tudo. Personagens que buscam ser impecáveis no tato pra ganhar a eleição, independente das maneiras. Aquela velha história de que "os fins justificam os meios".
Enfim, dito isso, creio que o melhor pra série seria deixar de lado essa abordagem eleitoreira que já foi dada tanto na primeira quanto na segunda temporada e focar na política por dentro. Como ele age para conseguir o que deseja, quais os contatos e etc. Talvez isso seja abordado na terceira temporada. Mas creio que seria melhor e mais real ir com um passo de cada vez.
El Presidente
4.0 10 Assista Agora"Essa poderia ser a típica história de um garoto descoberto nas ruas que acaba conquistando o mundo. Mas você já viu essa história umas 20 vezes. Essa é a história de todos aqueles que exploram esse garoto."
Em alguns momentos que assisti essa série fiz um paralelo com O Mecanismo e ficou bastante claro como El Presidente soube contar um caso de corrupção/investigação policial sem entrar na velha dicotomia de mocinhos e vilões, bem como caracterizar os personagens sem muita caricatura. Enfim, uma série que vale a pena você ter como base pra entender o escândalo.
Coisa Mais Linda (2ª Temporada)
4.1 225O casal Ivone e Miltinho é a grande revelação da temporada.
The Politician (1ª Temporada)
3.7 115Uma boa mistura de House of Cards com Gossip Girl.
JK
3.8 47Muito boa a minissérie. O clímax fica por conta das incertezas que reinavam na política nos anos 50 (tentativa de afastar o golpe, construção de Brasília e afins). Seria melhor ainda se a passagem de tempo não fosse tão breve após o fim da presidência, pois daria pra entender melhor como alguns personagens estiveram apensos ao golpe militar (a exemplo do Zé Maria Alkmin, que foi o primeiro vice-presidente da ditadura). De qualquer forma, JK muito bem representado por José Wilker e Wagner Moura. Nota dez pra essas duas atuações.
Atlanta (1ª Temporada)
4.5 294 Assista AgoraPaper Boi, Paper Boi... (8'
Empire of the Tsars: Romanov Russia
4.2 8No último episódio deixou escapar alguns fatos como a revolta do Encouraçado Potemkin, de 1905, e a mudança do nome de São Petersburgo para Petrogrado em 1914. Ainda assim, documento bastante primoroso para compreender o czarismo russo. Se fosse listar muitas outras coisas, com certeza dariam vários outros episódios.
O Mecanismo (1ª Temporada)
3.5 526Construção dos personagens doleiros e empresários: boa. Inclusive o Enrique Diaz como Alberto Youssef e o ator que interpretou o Marcelo Odebrecht. Mas na parte dos políticos, caricato, cansativo e até mesmo chegou a ser mentiroso. Desde Dilma até Aécio. Fora a atribuição indevida de uma fala do Jucá de 2016 para o personagem do Lula em 2013/14. No mais, vale a pena assistir e julgar livre dos excessos que ela trás.
PS: Personagem do João Pedro Rangel praticamente sumiu em certa parte da trama.
PS (2): Apesar da série ter um aspecto anti-petista ou até anti-partidos por completo, o Enrique Diaz foi um dos atores que lutaram contra o golpe em 2016, principalmente na ocupação do Ministério da Cultura.
Deutschland 83 (1ª Temporada)
4.3 18Pra início de conversa: a trilha sonora é muita boa. Com Queen, Bowie, The Cure e por aí vai. A série abordou muito bem a questão da guerra fria, não se deixou levar por chavões, mas algumas partes do roteiro foram um tanto fracas. Diferente do The Americans, onde os espiões se mostram muito mais treinados e preparados, Martin se deixa levar bastante pela emoção. Outra coisa que não curti foi quando nos primeiros episódios pontuaram de uma forma um tanto implícita o não-conhecimento dele por algumas coisas da 'vida ocidental'. Pareceu um tanto exagerado. No mais, a série tem ótimas referências históricas da época, citam até mesmo Carlos El Chacal no episódio da explosão.
The Americans (1ª Temporada)
4.3 126 Assista AgoraA série não pareceu romantizar pra nenhum dos lados. Alto nível, do começo ao fim. E fora que tem as citações históricas mais fodas, como: os protestos do Solidarieda na Polônia, o tiro no Reagan e até falam sobre quando capturam Rudolf Abel. Pra quem deseja aprender sobre guerra fria, é um prato cheio.
Club de Cuervos (2ª Temporada)
3.8 7 Assista AgoraBoa, mas adotou um formato muito novela. Focaram em tramas inexpressivas pro contexto futebolístico da série, como o casamento de Potro, o sumiço de Chava, a vida de Mary Luz e por aí segue. No mais, a disputa presidencial foi bem enaltecida.
Um Maluco no Pedaço (4ª Temporada)
4.2 47Nessa temporada a série sentiu muito a ausência da atriz que interpretava a Vivian. E a nova não se identifica com a anterior. Ainda rolou um sarcasmo quanto a saída da atriz antiga no primeiro episódio.
Justiça (1ª Temporada)
4.3 318Que trilha sonora!
Um Maluco no Pedaço (1ª Temporada)
4.2 368Episódio do carro, muito tocante.
E menção honrosa pra:
- Seu tio já combateu casos de discriminação, foi o primeiro negro a ter bolsa de estudos.
- Tudo isso e sobrou tempo pra votar no Reagan.
BoJack Horseman (2ª Temporada)
4.4 173"Não preciso acabar com o capitalismo, o capitalismo plantou as sementes de sua própria destruição" (Alex, segundo episódio). Sétimo episódio, de longe o melhor da temporada, talvez o melhor da série. Vidas Secas vive em BoJack no processo de animalização dos humanos e humanização dos animais.
Como Aproveitar o Fim do Mundo
3.7 119Bem engraçada, com Fernanda Young ditando novamente um ritmo a lá Os Normais. Como no episódio do motel.
Cidade dos Homens (1ª Temporada)
3.9 23" - eu tenho um sonho
- é eu também
- quero ser presidente
- e eu só quero ser alguém''
Hajime no Ippo (1ª Temporada)
4.2 32 Assista AgoraMuito legal de se ver, principalmente pra quem curte artes maciais (no caso o boxe), as imperfeições não existem, a movimentação dos personagens e toda a história é muito boa, vale a pena assistir!