Um filme tao simples quanto bonito. Assisti-lo hoje, mais de 20 anos após a sua realização - e duas décadas após a virada do milênio - gera um mix de sentimentos: saudade, tristeza e ganas por recuperar a esperança perdida.
Para quem é boomer ou geração X, é impressionante observar como que alguns filmes do neorrealismo italiano exerceram forte influência sobre parte da teledramaturgia brasileira! Umberto D. parece um novelão com crítica social, onde o realizador faz uso das estratégias possíveis para gerar empatia entre o espectador e o drama vivido pelo protagonista. Hoje em dia, para o público em geral, o filme pode parecer ingênuo ou até mesmo datado. mas se devidamente contextualizado, continua um clássico. Há sequencias memoráveis (
como a já citada passagem em que Umberto estende a mão por uma esmola)
. E há um diretor cônscio da sua missão em entregar uma obra de entretenimento de massa com alguma reflexão sobre a realidade, sem abandonar a técnica cinematográfica. Obrigatório!
Umberto brincando com o cão Flike ao fundo e as crianças que surgem correndo, encobrindo a visão que temos do protagonista (a nova geração se sobrepondo a geração crepuscular)
Boa montagem, roteiro com alguns furos e conveniências, tema batido... Não acrescenta nada de novo. Até porquê, é bastante influenciado pelo ótimo filme francês "A Noite Devorou O Mundo".
Bem montado, entrevistas com pessoas significativas (profissionais do ramo e pesquisadores do tema) para o assunto tratado e trechos ficcionais que ilustram o que é apresentado e explicando.
É Charlie Kaufman emulando Alain Resnais (de novo...), disfarçando com musical. Deveria ter entregue o roteiro a outro diretor. Aliás, Kaufman parece o elo perdido entre os clips da MTV e os algoritmos da Nétifliquish. O filme é "doce" em comparação ao livro que lhe deu origem. Poderia dizer que
Esse tipo de material é sempre válido como documento histórico. Mas nõa passa das memórias selecionadas de uma ex-pela-saco de nazista que saiu no lucro
Apesar de algumas conveniências de roteiro irritantes, é um filme que cumpre o seu papel didático.Mas é só! Prefira "Brexit" (Toby Haynes, 2019) para entender o uso de algoritmos no resultado de eleições e campanhas políticas.
Um filme sobre a captura da subjetividade da classe trabalhadora pelo sistema. Foi vendido a sua época como um filme de discoteca, quando na verdade a cena disco é mero pano de fundo para a representação da face mais obscura do individualismo exacerbado que caracteriza a primeira década da reestruturação produtiva em terras ianques. Curiosamente, a misoginia, o racismo, a xenofobia e uma juventude sem perspectivas vistas aqui também são retratadas num filme de 15 anos antes e de nome similar: o clássico do cinema new wave britânico "Saturday Night, Sunday Morning".
Assisti ao filme logo após ler o livro "Flores Para Algernon" e talvez por isso não achei esta adaptação tão tocante. A narrativa flui bem e algumas opções do roteiro quanto a adaptação da história do livro podem ser questionadas, mas me pareceram adequadas. Entretanto, é um filme datado. O uso da música de fundo para capturar a emoção do espectador é muito piegas e a edição tem dificuldades em unir um clima de soft sci-fi com o drama dos protagonistas.
Apesar da duração e de um roteiro extenso, o filme tem um bom ritmo e prende a atenção. Tilda Swinton dá um show e sustenta a trama até o final. De qualquer modo, vou procurar outros filmes deste diretor!
Sugere algumas discussões interessantes sobre a presença dos imigrantes nas sociedades europeias, o fim da solidariedade gerada pelo Estado de bem-estar social e a militarização e polarização da política. Fora isso, o filme não se desenvolve bem e tudo parece previsível.
A África colonial francesa do pós 2a. Guerra (no caso, Camarões) a partir das sutilezas da dominação burocrática, onde uma cultura invasora até negocia com a cultura local, mas não deixa de subjugar as subjetividades dos nativos.
O Conformista
4.1 83 Assista AgoraÉ um cinema muito bem feito - tecnicamente e esteticamente -, mas... não me cativou tanto. Ainda prefiro o Bertolucci tardio.
A Vida Sobre a Terra
4.0 7Um filme tao simples quanto bonito. Assisti-lo hoje, mais de 20 anos após a sua realização - e duas décadas após a virada do milênio - gera um mix de sentimentos: saudade, tristeza e ganas por recuperar a esperança perdida.
Umberto D.
4.4 124 Assista AgoraPara quem é boomer ou geração X, é impressionante observar como que alguns filmes do neorrealismo italiano exerceram forte influência sobre parte da teledramaturgia brasileira!
Umberto D. parece um novelão com crítica social, onde o realizador faz uso das estratégias possíveis para gerar empatia entre o espectador e o drama vivido pelo protagonista.
Hoje em dia, para o público em geral, o filme pode parecer ingênuo ou até mesmo datado. mas se devidamente contextualizado, continua um clássico. Há sequencias memoráveis (
como a já citada passagem em que Umberto estende a mão por uma esmola)
Obrigatório!
p.s.: A cena final, com
Umberto brincando com o cão Flike ao fundo e as crianças que surgem correndo, encobrindo a visão que temos do protagonista (a nova geração se sobrepondo a geração crepuscular)
Negação
3.8 132Um bom filme de tribunal, baseado em fatos e sobre um tema atual: a pós-verdade!
#Alive
3.2 494Boa montagem, roteiro com alguns furos e conveniências, tema batido... Não acrescenta nada de novo. Até porquê, é bastante influenciado pelo ótimo filme francês "A Noite Devorou O Mundo".
O Dilema das Redes
4.0 594Bem montado, entrevistas com pessoas significativas (profissionais do ramo e pesquisadores do tema) para o assunto tratado e trechos ficcionais que ilustram o que é apresentado e explicando.
Uma Boa História
2.4 3Não perca seu tempo!
Crítica pra lá de superficial, com cacoetes de filminho indie do início do século.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0KÉ Charlie Kaufman emulando Alain Resnais (de novo...), disfarçando com musical. Deveria ter entregue o roteiro a outro diretor.
Aliás, Kaufman parece o elo perdido entre os clips da MTV e os algoritmos da Nétifliquish.
O filme é "doce" em comparação ao livro que lhe deu origem. Poderia dizer que
o filme está para La La Land assim como o livro está para Coringa
Uma Vida Alemã
4.4 3Esse tipo de material é sempre válido como documento histórico. Mas nõa passa das memórias selecionadas de uma ex-pela-saco de nazista que saiu no lucro
por só pegar 5 anos de cana e ainda retornar ao seu antigo emprego numa rádio estatal!
É preferível assistir à ficção "Uma Cidade Sem Passado" (Michael Verhoeven, 1990).
Rede de Ódio
3.7 362Apesar de algumas conveniências de roteiro irritantes, é um filme que cumpre o seu papel didático.Mas é só! Prefira "Brexit" (Toby Haynes, 2019) para entender o uso de algoritmos no resultado de eleições e campanhas políticas.
Os Embalos de Sábado à Noite
3.4 661 Assista AgoraUm filme sobre a captura da subjetividade da classe trabalhadora pelo sistema.
Foi vendido a sua época como um filme de discoteca, quando na verdade a cena disco é mero pano de fundo para a representação da face mais obscura do individualismo exacerbado que caracteriza a primeira década da reestruturação produtiva em terras ianques.
Curiosamente, a misoginia, o racismo, a xenofobia e uma juventude sem perspectivas vistas aqui também são retratadas num filme de 15 anos antes e de nome similar: o clássico do cinema new wave britânico "Saturday Night, Sunday Morning".
Sonhos de Mulheres
3.9 28Os personagens do Bergman mandam a letra real, na lata, sem rodeios!
Muito bom!
Os Dois Mundos de Charly
3.3 25Assisti ao filme logo após ler o livro "Flores Para Algernon" e talvez por isso não achei esta adaptação tão tocante. A narrativa flui bem e algumas opções do roteiro quanto a adaptação da história do livro podem ser questionadas, mas me pareceram adequadas. Entretanto, é um filme datado. O uso da música de fundo para capturar a emoção do espectador é muito piegas e a edição tem dificuldades em unir um clima de soft sci-fi com o drama dos protagonistas.
Julia
3.8 44Apesar da duração e de um roteiro extenso, o filme tem um bom ritmo e prende a atenção. Tilda Swinton dá um show e sustenta a trama até o final. De qualquer modo, vou procurar outros filmes deste diretor!
A Câmara do Medo
2.1 16Sugere algumas discussões interessantes sobre a presença dos imigrantes nas sociedades europeias, o fim da solidariedade gerada pelo Estado de bem-estar social e a militarização e polarização da política. Fora isso, o filme não se desenvolve bem e tudo parece previsível.
Cuidado Com Quem Chama
3.4 630Host é o novo (atividade para) normal!
Mais do mesmo. Deve agradar e surpreender a quem está chegando agora.
Chocolate
3.8 13 Assista AgoraA África colonial francesa do pós 2a. Guerra (no caso, Camarões) a partir das sutilezas da dominação burocrática, onde uma cultura invasora até negocia com a cultura local, mas não deixa de subjugar as subjetividades dos nativos.
Fobia
2.7 37Entre o precariado imigrante na Big Apple, não há espaço para consciência ou solidariedade de classe - nem muito menos "SUS"!
A General
4.4 175 Assista AgoraMuito bom!!
Um Homem com uma Câmera
4.4 196 Assista AgoraEssencial e antológico!
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraMais um belo e melancólico retrato de vidas e de uma juventude que acontece longe demais das capitais.
Desejo e Obsessão
3.3 73 Assista AgoraVisceral!
A trama e a caracterização do protagonista me lembraram os filmes do Cronemberg!
Cargo
3.1 457Mais do mesmo... É Nétifliquish. Então não poderia ser diferente.
Instinto Materno
3.5 24O uso da música de fundo e a edição me lembraram muito as realizações de Brian de Palma.
É um bom thriller.