O que seria um drama promissor que se desenvolve diante da dor da perda de sua protagonista se converte em um suspense mediano com reviravoltas sobrenaturais mal resolvidas. A trilha sonora de Brett Rosenberg, no entanto, é uma das mais belas já compostas.
O mistério que envolve a morte de um soldado dentro do exército tem resolução impressionante e o elenco central tem ótimo desempenho. Só faltou um pouco mais de pulso na direção de Rob Reiner.
Este segundo encontro nas telas entre Demi Moore e Michael Caine rendeu um thriller fabuloso e inteligente que se sobressai diante de outros filmes de roubos recentes por contar com personagens fascinantes.
"Zumbilândia" ocupa um cargo no cinema contemporâneo que não deveria pertencer a "Todo Mundo Quase Morto": o de sátira de filmes de zumbis mais cool existente. Impossível não cair da cadeira de tanto rir diante da participação especial de Bill Murray.
Embora Meryl Streep protagonize uma sequência intrigante, onde questiona sobre os rumos que a sua própria profissão de jornalista a conduz, o filme se perde ao apagar qualquer chance de tensão em troca de diálogos que, se importantes por discutirem o quadro atual dos Estados Unidos na Guerra no Iraque, parecem não acabar mais.
Trata-se de uma comédia que desenvolve aquele problema bem velho dentro do gênero, que é o de esticar uma piada mais do que deveria. E o pior: repeti-la no finalzinho do seu segundo ato. Sorte que temos Fernanda Torres para contrapor os defeitos, vendo que há sequências que só funcionam por causa de seu invejável talento cômico.
O cineasta Ulrich Seidl trabalha aqui com temas que, assim como o título de sua obra, se comportam de formas totalmente distintas. Mas não é interessante como se espera, pois comete tanto o erro de alongar a história quanto preenche-la com situações muito banais. Mas é interessante acompanhar a jornada da jovem Olga.
É engraçado como Rebecca Miller consegue fazer algo inverso em consideração do seu trabalho mais famoso, sendo "O Tempo de Cada Um", pois enquanto neste belo drama ela tinha o que dizer usando como base três histórias dolorosas, aqui ela nos deixa indiferente. Nem o elenco nota dez, com destaque para Winona Ryder e especialmente Blake Lively (que obtem um desempenho extraordinariamente superior ao de Robin Wright Penn - elas vivem a mesma personagem), levanta os ânimos.
Entre todos os filmes lançados no último ano que mostram os seus episódios particulares dentro do Holocausto, este "Um Ato de Liberdade" é o menos bem-sucedido ao lado de "Operação Valquíria". Mas a história, baseado em um fato verídico, tem o seu valor e consegue envolver.
Em seu primeiro trabalho como diretor, Billy Crystal (que também é protagonista e um dos nomes por trás do roteiro) molda uma adorável comédia romântica cujas virtudes se encontram no humor que remete ao cinema de Woody Allen e na forma original que é vista o amor, com todos os seus altos e baixos.
Apesar de considerado quase por unanimidade como o melhor blockbuster a rolar neste ano nos cinemas, "Star Trek" não passa de uma aventura científica cuja diversão é deletada da memória ao final dos créditos, embora alguns ótimos personagens coadjuvantes (com exceção do insosso vilão interpretado pelo insosso Eric Bana) tentem elevar as coisas.
Chegou com muito atraso no mês de julho “Halloween – O Início”, refilmagem de uma das obras mais cultuadas de John Carpenter, um terror modesto de 1978 estrelada por Jamie Lee Curtis e Donald Pleasence. Mas a fita aterrissou em circuito nacional acompanhada de uma grande polêmica: foi exibida uma versão somente com oitenta e três minutos de duração para obter a leve censura de catorze anos, com a descrição de conter agressão física e assassinato. A versão original pegaria dezoito anos acompanhada com o aviso de apresentar suicídio, crueldade e assassinato.
Depois desses cortes, que nem Michael Myers seria capaz de executar com apunhaladas contra suas vítimas, temos ao todo quatro versões existentes. A primeira, que foi comentada pelo Cine Resenhas em março deste ano (leia aqui), continha um desfecho distinto da segunda versão lançada nos cinemas americanos em 2007. O motivo: a versão avaliada pelo blog foi aquela que vazou na Internet momentos antes da estreia. Assim, Rob Zombie teve que fazer os ajustes o mais depressa possível. Ajustes estes que foram bem-vindos e que estão presentes na versão do diretor, que agora iremos comentar. Mas também tempos a quarta versão lançada nos cinemas brasileiros, que é lamentável, pois excluiu todas as sequências de puro horror. No entanto, internautas afirmam que a versão já disponível nas locadoras em DVD da Playarte confere a versão completa do filme, que tem a duração aproximada de cento e nove minutos.
O que diferencia a versão de Rob Zombie lançada no mercado americano das demais é que prevalece o conceito do clássico original, mas de uma maneira bem curiosa. O antigo Michael Myers era, nas palavras do detetive Sam Loomis, “simplesmente o mal personificado”. Na refilmagem esta descrição é mantida, mas preferiu-se realizar um perfil psicológico mais complexo para esta figura eterna do cinema de horror. Na trajetória sanguinolenta cujo destino é o reencontro com a sua irmã Laurie Strode (encarnada desta vez por Scout Taylor-Compton) o que também é trabalhado é a relação da família ser a primeira fonte a influenciar a conduta de um dos membros. Myers, no caso, tinha uma família composta por uma stripper, um pai alcoólatra e uma vadia irmã mais velha. Mas havia também mais uma irmã, que ainda era um bebê. Atualmente, já na pós-adolescência, Laurie é a única pessoa a produzir algum elo de bondade com Michael Myers. Esta reflexão eleva a potência do seu terceiro ato, nesta versão ele é de fato aterrador, e nos faz também chegar ao consenso de que por mais divertidas e despretensiosas possam ser os filmes de terror eles não têm nada de ingênuos.
Protegida por um Anjo
3.2 162O que seria um drama promissor que se desenvolve diante da dor da perda de sua protagonista se converte em um suspense mediano com reviravoltas sobrenaturais mal resolvidas. A trilha sonora de Brett Rosenberg, no entanto, é uma das mais belas já compostas.
Questão de Honra
3.8 283 Assista AgoraO mistério que envolve a morte de um soldado dentro do exército tem resolução impressionante e o elenco central tem ótimo desempenho. Só faltou um pouco mais de pulso na direção de Rob Reiner.
Um Plano Brilhante
3.5 161 Assista AgoraEste segundo encontro nas telas entre Demi Moore e Michael Caine rendeu um thriller fabuloso e inteligente que se sobressai diante de outros filmes de roubos recentes por contar com personagens fascinantes.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista Agora"Zumbilândia" ocupa um cargo no cinema contemporâneo que não deveria pertencer a "Todo Mundo Quase Morto": o de sátira de filmes de zumbis mais cool existente. Impossível não cair da cadeira de tanto rir diante da participação especial de Bill Murray.
Leões e Cordeiros
3.2 186 Assista AgoraEmbora Meryl Streep protagonize uma sequência intrigante, onde questiona sobre os rumos que a sua própria profissão de jornalista a conduz, o filme se perde ao apagar qualquer chance de tensão em troca de diálogos que, se importantes por discutirem o quadro atual dos Estados Unidos na Guerra no Iraque, parecem não acabar mais.
A Mulher Invisível
3.1 1,2K Assista AgoraTrata-se de uma comédia que desenvolve aquele problema bem velho dentro do gênero, que é o de esticar uma piada mais do que deveria. E o pior: repeti-la no finalzinho do seu segundo ato. Sorte que temos Fernanda Torres para contrapor os defeitos, vendo que há sequências que só funcionam por causa de seu invejável talento cômico.
Importar Exportar
3.8 19 Assista AgoraO cineasta Ulrich Seidl trabalha aqui com temas que, assim como o título de sua obra, se comportam de formas totalmente distintas. Mas não é interessante como se espera, pois comete tanto o erro de alongar a história quanto preenche-la com situações muito banais. Mas é interessante acompanhar a jornada da jovem Olga.
A Vida Íntima de Pippa Lee
3.1 168É engraçado como Rebecca Miller consegue fazer algo inverso em consideração do seu trabalho mais famoso, sendo "O Tempo de Cada Um", pois enquanto neste belo drama ela tinha o que dizer usando como base três histórias dolorosas, aqui ela nos deixa indiferente. Nem o elenco nota dez, com destaque para Winona Ryder e especialmente Blake Lively (que obtem um desempenho extraordinariamente superior ao de Robin Wright Penn - elas vivem a mesma personagem), levanta os ânimos.
Um Ato de Liberdade
3.9 344Entre todos os filmes lançados no último ano que mostram os seus episódios particulares dentro do Holocausto, este "Um Ato de Liberdade" é o menos bem-sucedido ao lado de "Operação Valquíria". Mas a história, baseado em um fato verídico, tem o seu valor e consegue envolver.
Esqueça Paris
3.4 21 Assista AgoraEm seu primeiro trabalho como diretor, Billy Crystal (que também é protagonista e um dos nomes por trás do roteiro) molda uma adorável comédia romântica cujas virtudes se encontram no humor que remete ao cinema de Woody Allen e na forma original que é vista o amor, com todos os seus altos e baixos.
Star Trek
4.0 1,1K Assista AgoraApesar de considerado quase por unanimidade como o melhor blockbuster a rolar neste ano nos cinemas, "Star Trek" não passa de uma aventura científica cuja diversão é deletada da memória ao final dos créditos, embora alguns ótimos personagens coadjuvantes (com exceção do insosso vilão interpretado pelo insosso Eric Bana) tentem elevar as coisas.
Halloween: O Início
3.2 861 Assista AgoraChegou com muito atraso no mês de julho “Halloween – O Início”, refilmagem de uma das obras mais cultuadas de John Carpenter, um terror modesto de 1978 estrelada por Jamie Lee Curtis e Donald Pleasence. Mas a fita aterrissou em circuito nacional acompanhada de uma grande polêmica: foi exibida uma versão somente com oitenta e três minutos de duração para obter a leve censura de catorze anos, com a descrição de conter agressão física e assassinato. A versão original pegaria dezoito anos acompanhada com o aviso de apresentar suicídio, crueldade e assassinato.
Depois desses cortes, que nem Michael Myers seria capaz de executar com apunhaladas contra suas vítimas, temos ao todo quatro versões existentes. A primeira, que foi comentada pelo Cine Resenhas em março deste ano (leia aqui), continha um desfecho distinto da segunda versão lançada nos cinemas americanos em 2007. O motivo: a versão avaliada pelo blog foi aquela que vazou na Internet momentos antes da estreia. Assim, Rob Zombie teve que fazer os ajustes o mais depressa possível. Ajustes estes que foram bem-vindos e que estão presentes na versão do diretor, que agora iremos comentar. Mas também tempos a quarta versão lançada nos cinemas brasileiros, que é lamentável, pois excluiu todas as sequências de puro horror. No entanto, internautas afirmam que a versão já disponível nas locadoras em DVD da Playarte confere a versão completa do filme, que tem a duração aproximada de cento e nove minutos.
O que diferencia a versão de Rob Zombie lançada no mercado americano das demais é que prevalece o conceito do clássico original, mas de uma maneira bem curiosa. O antigo Michael Myers era, nas palavras do detetive Sam Loomis, “simplesmente o mal personificado”. Na refilmagem esta descrição é mantida, mas preferiu-se realizar um perfil psicológico mais complexo para esta figura eterna do cinema de horror. Na trajetória sanguinolenta cujo destino é o reencontro com a sua irmã Laurie Strode (encarnada desta vez por Scout Taylor-Compton) o que também é trabalhado é a relação da família ser a primeira fonte a influenciar a conduta de um dos membros. Myers, no caso, tinha uma família composta por uma stripper, um pai alcoólatra e uma vadia irmã mais velha. Mas havia também mais uma irmã, que ainda era um bebê. Atualmente, já na pós-adolescência, Laurie é a única pessoa a produzir algum elo de bondade com Michael Myers. Esta reflexão eleva a potência do seu terceiro ato, nesta versão ele é de fato aterrador, e nos faz também chegar ao consenso de que por mais divertidas e despretensiosas possam ser os filmes de terror eles não têm nada de ingênuos.