"O ser humano é estômago e sexo" diálogo de outro incrível nacional que se encaixa bem aqui, Amarelo manga. O verdadeiro sentido da popular artimanha de conquistar pela barriga, em todas as esferas, seja a fome de miséria no boteco, a fome erudita, a fome de afeto e a fome de ascensão do chão ao mais próximo do teto, o beliche alto.
Parece que foi feito com o intuito de desmascarar aqueles que assistem ao filme para resumir o livro. É sem sentindo analisar obras cinematográficas comparando às obras literárias, os recursos são absolutamente distintos, mas ainda assim uma fidelidade mínima é necessária para fazer a adaptação, do escrito ao audiovisual. Uma leve pincelada da grandiosa obra que é a história de uma infância abandonada.
A discussão sobre o conceito de "ser normal" ser apenas excesso de socialização e adaptação. John em sua insanidade traz lucidez ao casal esterótipo de normalidade, algo exemplar que sucumbe ao declínio individual pelo peso de estarem juntos. Sonhos, vontades, medos e desejos silenciados por um sorriso que agrada a vizinhança e te faz querer ser um Wheeler. As personagens estão tão acostumadas com a abstenção de si em detrimento ao outro que o mascarar do desespero nem sequer requer grande esforço. Sorria e acene e tudo parecerá normal.
Os trilhos do trem que nos levam de um lugar a outro. Nos unem nas estações mas quando chegam os destinos nos separam. Alegoria perfeita para a vida, relacionamentos abusivos e suas facetas escancaradas. O mito da mulher louca, histérica assegurados por uma estrutura social misógina que nos genocida. Se somos loucas, quem é que nos deixou assim?
É quase uma obrigação para todos assistirem a esse documentário. Uma construção incrível, uma viagem histórica do cinema através do cinema para enxergar uma realidade, um contexto histórico. É indispensável analisar o que a indústria cultural fornecia ao seu público, o que era consumido por este para entender em que tipo de sociedade estavam inseridos e confrontar com outras. Se a vida imita a arte, certamente a arte é um retrato da vida assim o documentário nos mostra a massificação cultural que legitima a segregação racial e nos conta a história dos EUA através do olhar do oprimido, tentando romper uma construção cinematográfica de décadas onde essa voz era impossível. O que mais assusta ao final é perceber que além de ser recente historicamente, é atual, é contemporâneo e acontece agora. É só ligar a TV.
Começo 2017 com esse filme... Mulher resista, que dá terra não há quem arranque as pegadas da sua batalha... "Se for um menino lhe ensinarei sobre o amor, se for uma menina, lhe direi que o mundo é dela"
Um filme feito de cenas marcantes, de uma críticidade poética, depois de alguns minutos me pego reconfortada na cadeira, em posição fetal pela intensidade com que recebi os diálogos dilacerantes e os recortes críticos num período histórico e em outro momento algo mais contemporâneo. Fiz alguns paralelos ao filme do Ingmar Bergman: Morangos Silvestres, a questão do envelhecimento, do estar só, consigo mesmo... o surrealismo no filme só reforça o tom crítico das atrocidades, cenas lindíssimas e desconfortantes...
Eu tinha cenas e diálogos que não me saiam da cabeça desde a infância. Lembrava das repetidas vezes em que assistia o VHS do filme que considerava meu favorito na época... Perguntei para vários amigos, pesquisei em grupos se alguém já havia assistido um filme... (contava as cenas que mais me marcaram e os diálogos exatos) e sempre ouvia a mesma resposta negativa. Conversando com a minha mãe sobre as coisas que eu gostava de fazer quando ainda não tinha nem 10 anos chegamos às velhas lembranças de como eu gostava de ver esse filme, uma pesquisa mais trabalhada me trouxe o título do filme seguido de um link para assisti-lo online... Revi, anos depois. Reconheci atrizes que me agradaram em outros trabalhos, mas que já havia feito algo que eu julgava extraordinário quando pequena... Moral da história: puta que pariu como os meus gostos eram peculiares na infância. kkkkkk
O ano é 1988, ou a cada 11 minutos no ano de 2016 no Brasil. Como a culpabilização da vítima e a cultura do estupro se consolidou através de um Estado patriarcal que fere mulheres todos os dias. Um filme real e necessário, a culpa nunca é da vítima. Pelo fim da cultura do estupro.
"Nos dê um carro e uma televisão, mas nos conceda também a liberdade." O confronto do que é considerado masculino e o ideal de o que deve ser feminino, em plenos anos 60. O cunho Marxista e o embasamento poético só me deixaram cada vez mais apaixonada. A sexualidade, a política e a sociedade deixando o senso comum através da adolescência e a sede de conhecimento, vi um pouco de mim em cada personagem. "Não sei por que estou rindo. No fundo, estou triste."
Se algum dia, alguém se sensibilizar e disponibilizar um link pra eu ver esse coisa linda, que só vejo cenas e cenas pelo youtube... Eu até choraria de emoção.
Os diálogos que perfuram a alma, os manequins sem expressões e a mórbida expressão de alguém que realmente amou e sofreu calado. Aquela dor ao ver as máscaras de Petra caírem, segura de si e desvencilhada dos parâmetros sociais para com relacionamentos, essa se deixa desabar em sua criação sua persona de amor ideal, que se encontra em obsessão. Acho que fomos destinados a sempre precisar de alguém, mas não ensinados a viver com o outro.
Apesar dos pesares... a mensagem do final do filme concretizou meu pensamento sobre o mesmo, acho que se tratava mais de uma crítica contra a exposição de outras culturas, com o entendimento e posicionamento do homem "civilizado" se achar superior e denotar todas as outras culturas como selvagens, trouxe ao meu ver a reflexão de "o que é exatamente ser civilizado?" O que na minha opinião só torna o filme ainda mais impactante, isso numa visão geral. Minha ideologia vegetariana não me permitiu ser tão empática com a proposta estabelecida, apesar do contexto histórico, mas como dito logo de início, apesar dos pesares me trouxe alguma reflexão. Quem são mesmo os canibais?
Estômago
4.2 1,6K Assista Agora"O ser humano é estômago e sexo" diálogo de outro incrível nacional que se encaixa bem aqui, Amarelo manga. O verdadeiro sentido da popular artimanha de conquistar pela barriga, em todas as esferas, seja a fome de miséria no boteco, a fome erudita, a fome de afeto e a fome de ascensão do chão ao mais próximo do teto, o beliche alto.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraÉ genial, simplesmente...
Capitães da Areia
3.3 669 Assista AgoraParece que foi feito com o intuito de desmascarar aqueles que assistem ao filme para resumir o livro. É sem sentindo analisar obras cinematográficas comparando às obras literárias, os recursos são absolutamente distintos, mas ainda assim uma fidelidade mínima é necessária para fazer a adaptação, do escrito ao audiovisual. Uma leve pincelada da grandiosa obra que é a história de uma infância abandonada.
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraA discussão sobre o conceito de "ser normal" ser apenas excesso de socialização e adaptação. John em sua insanidade traz lucidez ao casal esterótipo de normalidade, algo exemplar que sucumbe ao declínio individual pelo peso de estarem juntos. Sonhos, vontades, medos e desejos silenciados por um sorriso que agrada a vizinhança e te faz querer ser um Wheeler. As personagens estão tão acostumadas com a abstenção de si em detrimento ao outro que o mascarar do desespero nem sequer requer grande esforço. Sorria e acene e tudo parecerá normal.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraOs trilhos do trem que nos levam de um lugar a outro. Nos unem nas estações mas quando chegam os destinos nos separam. Alegoria perfeita para a vida, relacionamentos abusivos e suas facetas escancaradas. O mito da mulher louca, histérica assegurados por uma estrutura social misógina que nos genocida. Se somos loucas, quem é que nos deixou assim?
Peles
3.4 590 Assista AgoraNão sei nem o que dizer....
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 136 Assista AgoraÉ quase uma obrigação para todos assistirem a esse documentário. Uma construção incrível, uma viagem histórica do cinema através do cinema para enxergar uma realidade, um contexto histórico. É indispensável analisar o que a indústria cultural fornecia ao seu público, o que era consumido por este para entender em que tipo de sociedade estavam inseridos e confrontar com outras. Se a vida imita a arte, certamente a arte é um retrato da vida assim o documentário nos mostra a massificação cultural que legitima a segregação racial e nos conta a história dos EUA através do olhar do oprimido, tentando romper uma construção cinematográfica de décadas onde essa voz era impossível. O que mais assusta ao final é perceber que além de ser recente historicamente, é atual, é contemporâneo e acontece agora. É só ligar a TV.
As Pequenas Margaridas
4.2 267 Assista AgoraGirls just wanna have fun
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraTalvez estejamos nós escrevendo o livro de nossas vidas...
"E quem é que não escreve sobre si próprio?"
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraTalvez o filme mais humano que eu veja esse ano...
Politécnica
4.0 197Começo 2017 com esse filme... Mulher resista, que dá terra não há quem arranque as pegadas da sua batalha...
"Se for um menino lhe ensinarei sobre o amor, se for uma menina, lhe direi que o mundo é dela"
Sangue do Meu Sangue
3.2 17 Assista AgoraUm filme feito de cenas marcantes, de uma críticidade poética, depois de alguns minutos me pego reconfortada na cadeira, em posição fetal pela intensidade com que recebi os diálogos dilacerantes e os recortes críticos num período histórico e em outro momento algo mais contemporâneo. Fiz alguns paralelos ao filme do Ingmar Bergman: Morangos Silvestres, a questão do envelhecimento, do estar só, consigo mesmo... o surrealismo no filme só reforça o tom crítico das atrocidades, cenas lindíssimas e desconfortantes...
Olmo e a Gaivota
3.9 149Petra e suas críticas ácidas em tom de poesia... <3
O Buraco
2.8 326Eu tinha cenas e diálogos que não me saiam da cabeça desde a infância. Lembrava das repetidas vezes em que assistia o VHS do filme que considerava meu favorito na época...
Perguntei para vários amigos, pesquisei em grupos se alguém já havia assistido um filme... (contava as cenas que mais me marcaram e os diálogos exatos) e sempre ouvia a mesma resposta negativa. Conversando com a minha mãe sobre as coisas que eu gostava de fazer quando ainda não tinha nem 10 anos chegamos às velhas lembranças de como eu gostava de ver esse filme, uma pesquisa mais trabalhada me trouxe o título do filme seguido de um link para assisti-lo online... Revi, anos depois. Reconheci atrizes que me agradaram em outros trabalhos, mas que já havia feito algo que eu julgava extraordinário quando pequena...
Moral da história: puta que pariu como os meus gostos eram peculiares na infância. kkkkkk
A Excêntrica Família de Antonia
4.3 359Eu tô apaixonada <333
Encaixotando Helena
3.1 307Só estou aqui para dizer: Sherilyn Fenn <3
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraEsse sol em câncer me fez sentir mais do que empatia. Foi dor e sofrimento mesmo... Uma mescla de raiva, melancolia e angustia.
Acusados
3.9 202 Assista AgoraO ano é 1988, ou a cada 11 minutos no ano de 2016 no Brasil. Como a culpabilização da vítima e a cultura do estupro se consolidou através de um Estado patriarcal que fere mulheres todos os dias. Um filme real e necessário, a culpa nunca é da vítima. Pelo fim da cultura do estupro.
Um Belo Verão
3.9 115 Assista AgoraUm filme feito por mulher, com mulher e para mulher. Empoderado e lindo, não podia emanar mais amor. <3
Masculino-Feminino
3.9 159 Assista Agora"Nos dê um carro e uma televisão, mas nos conceda também a liberdade."
O confronto do que é considerado masculino e o ideal de o que deve ser feminino, em plenos anos 60. O cunho Marxista e o embasamento poético só me deixaram cada vez mais apaixonada. A sexualidade, a política e a sociedade deixando o senso comum através da adolescência e a sede de conhecimento, vi um pouco de mim em cada personagem.
"Não sei por que estou rindo. No fundo, estou triste."
Pink Flamingos
3.4 878Aquelas cenas que nos perguntamos, por que raios estou rindo disso? que nojo...
Boas risadas e desconforto, uma mistura improvável para os anos 70.
O Tesouro das Ilhas Caninas
4.4 1Se algum dia, alguém se sensibilizar e disponibilizar um link pra eu ver esse coisa linda, que só vejo cenas e cenas pelo youtube... Eu até choraria de emoção.
As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant
4.2 103Os diálogos que perfuram a alma, os manequins sem expressões e a mórbida expressão de alguém que realmente amou e sofreu calado. Aquela dor ao ver as máscaras de Petra caírem, segura de si e desvencilhada dos parâmetros sociais para com relacionamentos, essa se deixa desabar em sua criação sua persona de amor ideal, que se encontra em obsessão.
Acho que fomos destinados a sempre precisar de alguém, mas não ensinados a viver com o outro.
Holocausto Canibal
3.1 833Apesar dos pesares... a mensagem do final do filme concretizou meu pensamento sobre o mesmo, acho que se tratava mais de uma crítica contra a exposição de outras culturas, com o entendimento e posicionamento do homem "civilizado" se achar superior e denotar todas as outras culturas como selvagens, trouxe ao meu ver a reflexão de "o que é exatamente ser civilizado?" O que na minha opinião só torna o filme ainda mais impactante, isso numa visão geral. Minha ideologia vegetariana não me permitiu ser tão empática com a proposta estabelecida, apesar do contexto histórico, mas como dito logo de início, apesar dos pesares me trouxe alguma reflexão.
Quem são mesmo os canibais?