A primeira parte do filme é imensamente superior à segunda. É na primeira metade que estão as cenas mais dramaticamente impressionantes e visualmente elaboradas. Provavelmente por ter sido dirigido por 3 cineastas em diferentes momentos e por ter sido escrito por incontáveis mãos, o filme tem passagens soltas, que parecem não contribuir para a totalidade da história que está sendo contada. O desfecho soa corrido e, por isso, inverossímil.
Eu, particularmente, desejava que Scarlett tivesse se tornado apenas uma mulher forte e independente, libertando-se inclusive da paixão platônica por Ashley, mas a personagem carrega o sentimento o filme inteiro e isso a faz perder um pouco da grandeza.
Ainda assim, Scarlett é uma das personagens femininas mais importantes e inspiradoras da história do cinema, muito em parte pela atuação de Vivien Leigh- as performances do elenco, aliás, são todas irretocáveis. Como disse o usuário Vagner Pereira, abaixo, a grande mensagem do filme é a da luta por esperança, o que lhe concede ar edificante. "...E o Vento Levou" permanece um épico que envelheceu muito bem, repleto de cenas que impressionam pela complexidade, apesar das limitações tecnológicas do período.
Discordo da maioria das críticas, que consideram o filme maçante. Na verdade a trama é bastante envolvente, não só pelos assassinatos misteriosos, mas também pelos aspectos psicológicos dos personagens - claro que tudo apresentado com certa dose de exagero nas interpretações, caracterizações dos atores e direção de arte, afinal, foi produzido nos anos 90. É pena, no entanto, que a parte final do filme, onde os segredos são revelados e os mistérios dissolvidos, seja tão corrida, fazendo com que o tempo empregado à apresentação dos personagens seja muito maior do que aquele despejado para explicá-los. Outro defeito do filme é que os personagens secundários, de personalidades tão interessantes, chegam ao final da história praticamente sem final.
É possível que este seja o melhor filme que já assisti. Alegórico, edificante em todas as suas possíveis leituras e tecnicamente impecável. Embora seja um filme de aplausos efusivos ou vaias indignadas, "Mãe!" é fundamental. Nenhuma fala dos personagens é em vão, todas as frases podem ser interpretadas dentro do contexto em que se passam ou numa esfera muito mais ampla. Boa parte das pessoas que não gostaram, não entenderam. Pode parecer arrogante, mas se o espectador tiver alguma informação prévia a respeito do que o roteiro pretende, for ao cinema com a mente aberta e permitir-se mergulhar na história, vai perceber que ele fala de todos e de cada um de nós, do mundo em que vivemos, de Deus, da natureza, da Bíblia, da relação doentia que o mundo historicamente tem com religiões, de empatia (ou falta de), de família, das relações sociais... Ao invés de sair do cinema esbravejando "é o pior filme que já vi na vida", "gastei 20 reais assistindo essa merda" ou frases do gênero, que ouvi antes mesmo do término da sessão em que o assisti. Já tive reações muito fortes a alguns filmes, mas nunca a sensação de claustrofobia foi tão forte a ponto de eu precisar me retirar do meu assento e ir para um ponto isolado da sala de cinema, a fim de me distanciar daquela história sufocante, em busca de mais ar pra respirar. E eu realmente penso que se um filme te causa desconforto, ele já é relevante. "Mãe!" é uma obra prima e um filme definitivo.
Sempre digo que uma boa história não é garantia de um bom filme. Apesar da belíssima fotografia e da edição impressionante, o roteiro de "Neve Negra" é mal desenvolvido, os personagens são mal construídos, as cenas são repetitivas e nem as atuações de Ricardo Darín e Leonardo Sbaraglia - de "Relatos Selvagens" e "O Silêncio do Céu" - salvam. A grande revelação final não exerce o efeito esperado justamente pelo enfraquecimento desses elementos. Enfim, nem sempre o cinema argentino acerta.
Baseada em fatos reais, a história de um ator pornô - o twink Brent Corrigan - que se envolve no assassinato do dono do estúdio que o contrata é mesmo cinematográfica. Até por isso, espera-se que seja um filmaço, mas se a temática é gay e tem o James Franco envolvido - além de atuar, ele é um dos produtores -, o resultado só pode ser broxante.
Não é de hoje que se questiona o interesse de Franco pelo universo homossexual. Em seu "documentário" "Interior. Leather Bar.", ele expõe uma suposta revolta pela ausência do sexo gay no cinema mainstream. Por quê? A julgar pelo tal "documentário" - MUITAS aspas - e por este "King Cobra", ou trata-se de um fetiche pessoal muito mal resolvido ou de uma piada interna da qual só ele riu.
O filme não apresenta um estudo psicológico dos dramas e traumas de um adolescente que se envolve na indústria do pornô gay com a ajuda de um quarentão solteiro e problemático - interpretado por Christian Slater, um ótimo ator, com uma voz ótima, mas mal aproveitado. Ele também não foca na arquitetura do crime que mata o diretor de filmes adultos, não desenvolve um roteiro para além de sua morte - já que se trata de uma história real, cujo final qualquer um que se interesse em assistir o filme já conhece, era o que se esperava, né?!
"Então ele foca no aspecto sexual", você deve pensar. Não alimente essa esperança! As cenas de sexo gay além de poucas e rápidas, não são nada sensuais, fica aquém de qualquer clássico do Cine Privé! Tanto neste quesito quanto no humano, "Bruna Surfistinha" cumpre imensamente melhor seu papel.
A presença de Molly Ringwald - ela mesma, dos clássicos adolescentes de John Hughes nos anos 80 - e Alicia Silverstone - a eterna Cher, de "As Patricinhas de Beverly Hills" - também são dispensáveis, considerando a participação ínfima de suas personagens na história, cada uma com duas e três cenas no filme, respectivamente.
Não chega a ser um filme desnecessário, tratando-se de uma história com tanto potencial. É, na verdade, um perfeito roteiro entregue pela vida real, mas desperdiçado pela ficção.
O filme tem uma história interessante. Embora a montagem pudesse engrandecê-la ainda mais, apresentando os elementos da juventude do protagonista Hermano já no início, vinculando-as a seu presente, a relação entre os dois momentos da vida do personagem propicia reflexões e tem densidade. Armando Babaioff e Mariana Ximenes são bons atores, mas precisavam apresentar essa mesma densidade que a história pede, o que me parece uma falha de direção, que poderia ter adotado planos mais fechados nos momentos de conflito, para elucidar o transtorno individual do casal. Gosto muito do fato do filme se passar no Rio Grande do Sul, mas levando isso em consideração, um casal de protagonistas gaúchos não seria mais indicado?
Um elenco totalmente desperdiçado! Com nomes como Robert DeNiro, Diane Keaton, Susan Sarandon e Robin Williams, contando ainda com nomes talentosos da nova geração como Katherine Heigl (esta, muito bem em seu papel, que possui alguma complexidade dramática), Amanda Seyfried, Topher Grace e Ben Barnes, espera-se que haja ao menos um roteiro minimamente inventivo, pra fugir à obviedade dos filmes familiares com um casamento de pano de fundo. Não Há. Nem mesmo constam cenas realmente engraçadas. Se já não fosse suficiente, o filme ainda conta com uma representação da jovem mulher latina que chega a ser ASQUEROSA! Por mais fã que se possa ser de algum dos atores citados, não vale a pena desperdiçar uma hora e meia com um filme tão desnecessário.
Ainda não vi os outros indicados, mas a vitória do Casey Affleck no Globo de Ouro foi revoltante. Nem dá pra chamar o que ele faz em "Manchester" de atuação, não existe investimento, ele aproveitou a inércia do personagem pra não fazer nada. A indicação pra mim se justifica apenas por ele ter influência em Hollywood, ele dirige, produz, já escreveu roteiros... E está num filme de gente ainda mais influente, porque o Matt Damon é o produtor esse filme. A indicação por si só já é injusta, imagina a vitória...
Não acrescenta absolutamente NA-DA de novo ao "gênero"! Dá aquela agonia nos momentos de perigo, uns poucos sustos, mas os aspectos dramáticos do roteiro e a moral da história são piegas e, principalmente, já vistas anteriormente - e apresentadas de forma melhor!
A maioria das críticas por aqui acusam o filme de não possuir roteiro, o que não chega a ser apurado. Desde sempre essa história é uma comédia de situações, as piadas são extraídas de passagens cotidianas. Há sim uma linha cronológica menos crescente e um enredo menos evolutivo nesse filme, se comparado ao primeiro, mas não chega a prejudicá-lo. Os principais problemas são o final fraco, as passagens arrastadas e, como já foi dito anteriormente aqui na página, as cenas dramáticas, que não possuem a carga emotiva necessária para envolver a platéia. Ainda assim, é muito engraçado durante 70% da projeção, então cumpre seu papel. Só não é perfeito, inclusive porque o propósito de apresentar a vida de uma mãe de família que vai aos poucos lidando com a fase adulta dos filhos foi feito pelo cinema nacional recentemente, em "Divã", com Lília Cabral. Mas Paulo Gustavo está, mais uma vez, com seu potencial interpretativo em alta.
É como um filme do Woody Allen, mas com mais recursos de comédia romântica do que ironia. O roteiro consegue unir todos os personagens de forma divertida e até crível, criando situações que surpreendem e divertem. A produção executiva do Wes Anderson (diretor de "Os Excêntricos Tenenbaums" e "O Grande Hotel Budapeste") mantém o filme fora dos trilhos do besteirol. As referências cinematográficas no texto deixam claro a ode à era de ouro do cinema e a aparição do Tarantino no final é a cereja do bolo!
Não havendo supressão de personagens da obra literária, o filme apresenta uma multidão de personagens instigantes, mas que são tristemente pouco desenvolvidos. Havendo mais foco no drama dos protagonistas, o filme talvez pudesse ser mais envolvente. As atuações são boas, mas o próprio Amaro de Gael, reconhecidamente um ótimo ator, não demonstra os sentimentos conflitantes que o personagem enfrenta.
O mais interessante é que, mesmo com processos judiciais, problemas de saúde, uma morte, vícios e ostracismo, o filme não tem o tom amargurado que se espera. Longe de agradar só fãs de Madonna, é uma história surpreendente sobre reconhecer que o ápice de sua vida ficou no passado e sobre o que acontece depois que os sonhos se realizam. Quem ler sobre ele na internet pode acabar sabendo mais do que deveria: alguns segredos são revelados no filme e o impacto é muito maior sem o aviso prévio. O documentário dá conta de quase tudo: o período da turnê, a relação entre eles e com Madonna, o processo movido por 3 dos dançarinos contra a cantora, o que fizeram depois de "Na Cama com Madonna" e como levam a vida agora. É um filme emocionante que trata de representatividade, dificuldades e sobrevivência.
Tive o privilégio de assistir à quarta exibição de "Entre os Homens de Bem", a segunda no Rio, depois de duas sessões em Brasília. O documentário retrata acima de tudo o Jean Wyllys deputado, intercalando momentos do Jean ex-BBB e do Jean "pessoa física", evidenciando o que quem o conhece e o acompanha antes da política e a atuação dele na Câmara sabe: que não existe distinção entre as personas, o que ele defende é o resultado de sua própria experiência de vida. É provável que as muitas pessoas que odeiam e — algumas — difamam Jean jamais vejam o filme. Deveriam. Longe de ser didático ao apresentar seu raciocínio e seus projetos, o documentário foca na verdadeira batalha que Jean enfrenta contra seus adversários políticos num momento em que o poder legislativo brasileiro é o mais conservador desde a Ditadura Militar, além de todo o ódio de que é alvo via internet. Serve ainda como um enorme exemplo prático da importância de sua presença no cenário político atual, sendo ele o único deputado federal abertamente gay do país e, portanto, representante de toda a comunidade LGBT, incluindo aqueles membros que dizem que ele não os representa. Para quem não tem interesse particular no personagem retratado, mas é fã de cinema, vale igualmente a pena: trata-se de um filme independente, financiado por crowdfunding e de muita qualidade técnica, dirigido pelos jornalistas Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini, este último, ex-integrante do time de repórteres do "Profissão Repórter", e nenhum dos dois, homossexuais, o que para alguns conferiria menos credibilidade ao projeto. O documentário pode ser interessante até pros eleitores de Felicianos, Bolsonaros e afins: estão lá todas as atrocidades que pensam, ditas pelos próprios diretamente à equipe do filme. O resultado não é nada maniqueísta, dando ao espectador a chance de chegar às suas próprias conclusões.
Um exercício audacioso o de retratar dois personagens tão vanguardistas e fundamentais para o - e além do - século XX, simultaneamente e de forma tão íntima, ainda mais quando não há confirmação de um caso entre os dois. A ficção do envolvimento do compositor com a estilista não diminui em nada a grandeza do filme, pelo contrário, torna o exercício de liberdade e o conflituoso romance que retrata ainda mais belos. A atuação dos protagonistas é irretocável e, num caso de personagens históricos, isso é essencial para o resultado do filme. Mads Mikkelsen e sua frieza dinamarquesa é perfeita para a sisudez russa de Stravinsky, e de todas as 3 personificações cinematográficas de Chanel que já assisti, essa é de longe a mais interessante. A intensidade, o profissionalismo e o ego dos personagens são apresentados de forma engrandecedora e o fato de o recorte cronológico se dar entre a premiére de "A Sagração da Primavera" e a criação do perfume Chanel N° 5 equilibra o peso de cada um na história. Se o roteiro - escrito pelo autor do romance que inspirou o filme - é impecável, os demais aspectos técnicos embrulham o filme pra presente! Os mínimos detalhes de figurinos, cenários e toda a direção de arte em geral são embasbacantes e as escolhas da direção são inquestionáveis.
O roteiro é ótimo, o esforço em retratar uma região abandonada pelo poder público e parada no tempo é louvável, mas o áudio prejudica a compreensão das falas e a própria forma de contar a história, por mais que seja uma escolha, deixa lacunas que o espectador sozinho não é capaz de preencher. Ainda assim, vale a pena ver porque é, sem dúvidas, um filme bem feito e que deve provocar opiniões e reações muito distintas.
Costumam classificá-lo clichê, mas o filme traz a tona uma questão mais presente do que alguns gostam de admitir: preconceito. Apesar do tema sério, o filme o aborda com leveza talvez datada, mas certamente divertida. Todos os atores dão o tom certo a seus personagens e as situações desenvolvidas se encaixam perfeitamente na história, merecendo até serem exploradas num espaço maior de tempo, talvez numa série. Seria excelente! Disponível no Netflix.
A tensão está presente, mas falta alguma coisa, que não são diálogos, já que toda a história se baseia no não dito entre os personagens. Acontece que, ao fim da projeção, não fica claro a que o filme veio. Carolina Dieckmann perdeu uma grande oportunidade de se provar uma grande atriz, o que definitivamente não é. Outra atriz em seu lugar teria transformado essa personagem em indicações a inúmeros prêmios e, de quebra, tornado o filme algo muito melhor.
O mote do filme não faz o menor sentido. Isso seria perdoável se o filme fosse engraçado, mas até nisso deixa a desejar. A força dos diálogos iniciais vai se esvaindo progressivamente, conforme a história avança. Os conflitos dramáticos estão longe de emocionar e o filme vai dando cada vez mais espaço pros aspectos moralistas do roteiro, o que não causa e nem deveria provocar reflexão, já que se trata de uma comédia despretensiosa que leva as pessoas ao cinema apenas para gargalhar. Acaba não alcançando nem esse objetivo. Com exceção de Samantha Schmutz, todo o elenco é desperdiçado em personagens que não tem chance de se destacarem, dada a falta de vigor da história e de seus papéis.
O melhor motivo pra assistir é aproveitar enquanto está disponível no Netflix, já que os filmes de temática gay por lá são tão limitados. Dito isso, o filme envolve o espectador na relação dualística dos protagonistas graças aos pequenos detalhes daquela amizade mal resolvida. Ambos os personagens e suas histórias são críveis, apesar dos excessos do roteiro no que se refere à manipulação de Sebastian sobre Charlie. É pena que o filme se perca no final, dando a impressão de que o tom hipster, adotado até então, foi a única possibilidade cogitada pelos criadores para a conclusão. Foi aí que erraram: um encerramento clichê seria melhor do que o final vazio a que a história chega.
Thomas Vinterberg dirigiu "A Caça", um dos melhores filmes da década, então é inevitável ter altas expectativas. Uma pena que a frustração seja igualmente inevitável. Numa história com tantos personagens e um mote cheio de possibilidades como o convívio de diferentes famílias e pessoas solteiras na mesma casa nos anos 70, o filme se aprofundar nos conflitos de apenas um personagem é um desperdício imperdoável!
A melhor cena do filme é, sem dúvidas, a emblemática passagem do telefonema no engarrafamento, emblemática em termos sócio-históricos (o tráfico nas grandes metrópoles e sua relação com os avanços tecnológicas) e cinematográficos (pela tensão que atinge o espectador). Kiefer Sutherland tem atuação marcante, mas Ed Harris e principalmente Sally Field parecem não mergulhar nas emoções de seus personagens. Tratando-se de um filme com final exposto no título, grandes atuações seriam um diferencial, mas não acontecem. Ainda assim, a forma como o plano de vingança é apresentado pode gerar alguma surpresa e valer o filme.
Quando se ouviu falar do projeto, ninguém sabia do que se tratava. Os atores que participaram ficaram sem entender qual o objetivo do filme, como bem mostra o documentário. Quem assistiu, também não faz ideia de qual é o propósito. Poderia ser uma homenagem a Al Pacino e a "Parceiros da Noite", mas não é. Poderia ser uma forma de contribuir com assuntos relevantes para a comunidade LGBTTQ, mas passou longe. Poderia ser um depoimento provocador sobre a ausência da representação do sexo gay no cinema mainstream, um exercício de liberdade criativa, mas fosse esse o caso, James Franco teria simplesmente produzido um filme e inserido uma cena mais "gráfica" de teor homossexual, o que geraria uma polêmica saudável e um debate construtivo pra indústria cinematográfica. Conclui-se que trata-se apenas da satisfação do fetiche e da curiosidade do próprio Franco, que aliás, realiza sua fantasia de um jeito bastante sádico, quase doentio e 100% ruim!
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraA primeira parte do filme é imensamente superior à segunda. É na primeira metade que estão as cenas mais dramaticamente impressionantes e visualmente elaboradas. Provavelmente por ter sido dirigido por 3 cineastas em diferentes momentos e por ter sido escrito por incontáveis mãos, o filme tem passagens soltas, que parecem não contribuir para a totalidade da história que está sendo contada. O desfecho soa corrido e, por isso, inverossímil.
Eu, particularmente, desejava que Scarlett tivesse se tornado apenas uma mulher forte e independente, libertando-se inclusive da paixão platônica por Ashley, mas a personagem carrega o sentimento o filme inteiro e isso a faz perder um pouco da grandeza.
Ainda assim, Scarlett é uma das personagens femininas mais importantes e inspiradoras da história do cinema, muito em parte pela atuação de Vivien Leigh- as performances do elenco, aliás, são todas irretocáveis. Como disse o usuário Vagner Pereira, abaixo, a grande mensagem do filme é a da luta por esperança, o que lhe concede ar edificante. "...E o Vento Levou" permanece um épico que envelheceu muito bem, repleto de cenas que impressionam pela complexidade, apesar das limitações tecnológicas do período.
A Cor da Noite
2.9 70Discordo da maioria das críticas, que consideram o filme maçante. Na verdade a trama é bastante envolvente, não só pelos assassinatos misteriosos, mas também pelos aspectos psicológicos dos personagens - claro que tudo apresentado com certa dose de exagero nas interpretações, caracterizações dos atores e direção de arte, afinal, foi produzido nos anos 90. É pena, no entanto, que a parte final do filme, onde os segredos são revelados e os mistérios dissolvidos, seja tão corrida, fazendo com que o tempo empregado à apresentação dos personagens seja muito maior do que aquele despejado para explicá-los. Outro defeito do filme é que os personagens secundários, de personalidades tão interessantes, chegam ao final da história praticamente sem final.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraO filme é bem realizado, com ótimas interpretações, mas o roteiro é fraco...
Por não saber o que estava acontecendo com as pessoas que as levava a adoecer, o espectador não se envolve.
O sentido do filme fica completamente esvaziado porque você termina de vê-lo do mesmo jeito que começou.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraÉ possível que este seja o melhor filme que já assisti. Alegórico, edificante em todas as suas possíveis leituras e tecnicamente impecável. Embora seja um filme de aplausos efusivos ou vaias indignadas, "Mãe!" é fundamental. Nenhuma fala dos personagens é em vão, todas as frases podem ser interpretadas dentro do contexto em que se passam ou numa esfera muito mais ampla. Boa parte das pessoas que não gostaram, não entenderam. Pode parecer arrogante, mas se o espectador tiver alguma informação prévia a respeito do que o roteiro pretende, for ao cinema com a mente aberta e permitir-se mergulhar na história, vai perceber que ele fala de todos e de cada um de nós, do mundo em que vivemos, de Deus, da natureza, da Bíblia, da relação doentia que o mundo historicamente tem com religiões, de empatia (ou falta de), de família, das relações sociais... Ao invés de sair do cinema esbravejando "é o pior filme que já vi na vida", "gastei 20 reais assistindo essa merda" ou frases do gênero, que ouvi antes mesmo do término da sessão em que o assisti. Já tive reações muito fortes a alguns filmes, mas nunca a sensação de claustrofobia foi tão forte a ponto de eu precisar me retirar do meu assento e ir para um ponto isolado da sala de cinema, a fim de me distanciar daquela história sufocante, em busca de mais ar pra respirar. E eu realmente penso que se um filme te causa desconforto, ele já é relevante. "Mãe!" é uma obra prima e um filme definitivo.
Neve Negra
3.4 159Sempre digo que uma boa história não é garantia de um bom filme. Apesar da belíssima fotografia e da edição impressionante, o roteiro de "Neve Negra" é mal desenvolvido, os personagens são mal construídos, as cenas são repetitivas e nem as atuações de Ricardo Darín e Leonardo Sbaraglia - de "Relatos Selvagens" e "O Silêncio do Céu" - salvam. A grande revelação final não exerce o efeito esperado justamente pelo enfraquecimento desses elementos. Enfim, nem sempre o cinema argentino acerta.
King Cobra
2.6 254Baseada em fatos reais, a história de um ator pornô - o twink Brent Corrigan - que se envolve no assassinato do dono do estúdio que o contrata é mesmo cinematográfica. Até por isso, espera-se que seja um filmaço, mas se a temática é gay e tem o James Franco envolvido - além de atuar, ele é um dos produtores -, o resultado só pode ser broxante.
Não é de hoje que se questiona o interesse de Franco pelo universo homossexual. Em seu "documentário" "Interior. Leather Bar.", ele expõe uma suposta revolta pela ausência do sexo gay no cinema mainstream. Por quê? A julgar pelo tal "documentário" - MUITAS aspas - e por este "King Cobra", ou trata-se de um fetiche pessoal muito mal resolvido ou de uma piada interna da qual só ele riu.
O filme não apresenta um estudo psicológico dos dramas e traumas de um adolescente que se envolve na indústria do pornô gay com a ajuda de um quarentão solteiro e problemático - interpretado por Christian Slater, um ótimo ator, com uma voz ótima, mas mal aproveitado. Ele também não foca na arquitetura do crime que mata o diretor de filmes adultos, não desenvolve um roteiro para além de sua morte - já que se trata de uma história real, cujo final qualquer um que se interesse em assistir o filme já conhece, era o que se esperava, né?!
"Então ele foca no aspecto sexual", você deve pensar. Não alimente essa esperança! As cenas de sexo gay além de poucas e rápidas, não são nada sensuais, fica aquém de qualquer clássico do Cine Privé! Tanto neste quesito quanto no humano, "Bruna Surfistinha" cumpre imensamente melhor seu papel.
A presença de Molly Ringwald - ela mesma, dos clássicos adolescentes de John Hughes nos anos 80 - e Alicia Silverstone - a eterna Cher, de "As Patricinhas de Beverly Hills" - também são dispensáveis, considerando a participação ínfima de suas personagens na história, cada uma com duas e três cenas no filme, respectivamente.
Não chega a ser um filme desnecessário, tratando-se de uma história com tanto potencial. É, na verdade, um perfeito roteiro entregue pela vida real, mas desperdiçado pela ficção.
Prova de Coragem
2.3 20O filme tem uma história interessante. Embora a montagem pudesse engrandecê-la ainda mais, apresentando os elementos da juventude do protagonista Hermano já no início, vinculando-as a seu presente, a relação entre os dois momentos da vida do personagem propicia reflexões e tem densidade. Armando Babaioff e Mariana Ximenes são bons atores, mas precisavam apresentar essa mesma densidade que a história pede, o que me parece uma falha de direção, que poderia ter adotado planos mais fechados nos momentos de conflito, para elucidar o transtorno individual do casal. Gosto muito do fato do filme se passar no Rio Grande do Sul, mas levando isso em consideração, um casal de protagonistas gaúchos não seria mais indicado?
O Casamento do Ano
2.8 561 Assista AgoraUm elenco totalmente desperdiçado! Com nomes como Robert DeNiro, Diane Keaton, Susan Sarandon e Robin Williams, contando ainda com nomes talentosos da nova geração como Katherine Heigl (esta, muito bem em seu papel, que possui alguma complexidade dramática), Amanda Seyfried, Topher Grace e Ben Barnes, espera-se que haja ao menos um roteiro minimamente inventivo, pra fugir à obviedade dos filmes familiares com um casamento de pano de fundo. Não Há. Nem mesmo constam cenas realmente engraçadas. Se já não fosse suficiente, o filme ainda conta com uma representação da jovem mulher latina que chega a ser ASQUEROSA! Por mais fã que se possa ser de algum dos atores citados, não vale a pena desperdiçar uma hora e meia com um filme tão desnecessário.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraAinda não vi os outros indicados, mas a vitória do Casey Affleck no Globo de Ouro foi revoltante. Nem dá pra chamar o que ele faz em "Manchester" de atuação, não existe investimento, ele aproveitou a inércia do personagem pra não fazer nada. A indicação pra mim se justifica apenas por ele ter influência em Hollywood, ele dirige, produz, já escreveu roteiros... E está num filme de gente ainda mais influente, porque o Matt Damon é o produtor esse filme. A indicação por si só já é injusta, imagina a vitória...
Invasão Zumbi
4.0 2,0K Assista AgoraNão acrescenta absolutamente NA-DA de novo ao "gênero"! Dá aquela agonia nos momentos de perigo, uns poucos sustos, mas os aspectos dramáticos do roteiro e a moral da história são piegas e, principalmente, já vistas anteriormente - e apresentadas de forma melhor!
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 807A maioria das críticas por aqui acusam o filme de não possuir roteiro, o que não chega a ser apurado. Desde sempre essa história é uma comédia de situações, as piadas são extraídas de passagens cotidianas. Há sim uma linha cronológica menos crescente e um enredo menos evolutivo nesse filme, se comparado ao primeiro, mas não chega a prejudicá-lo. Os principais problemas são o final fraco, as passagens arrastadas e, como já foi dito anteriormente aqui na página, as cenas dramáticas, que não possuem a carga emotiva necessária para envolver a platéia. Ainda assim, é muito engraçado durante 70% da projeção, então cumpre seu papel. Só não é perfeito, inclusive porque o propósito de apresentar a vida de uma mãe de família que vai aos poucos lidando com a fase adulta dos filhos foi feito pelo cinema nacional recentemente, em "Divã", com Lília Cabral. Mas Paulo Gustavo está, mais uma vez, com seu potencial interpretativo em alta.
Um Amor a Cada Esquina
3.1 108 Assista AgoraÉ como um filme do Woody Allen, mas com mais recursos de comédia romântica do que ironia. O roteiro consegue unir todos os personagens de forma divertida e até crível, criando situações que surpreendem e divertem. A produção executiva do Wes Anderson (diretor de "Os Excêntricos Tenenbaums" e "O Grande Hotel Budapeste") mantém o filme fora dos trilhos do besteirol. As referências cinematográficas no texto deixam claro a ode à era de ouro do cinema e a aparição do Tarantino no final é a cereja do bolo!
O Crime do Padre Amaro
3.5 246 Assista AgoraNão havendo supressão de personagens da obra literária, o filme apresenta uma multidão de personagens instigantes, mas que são tristemente pouco desenvolvidos. Havendo mais foco no drama dos protagonistas, o filme talvez pudesse ser mais envolvente. As atuações são boas, mas o próprio Amaro de Gael, reconhecidamente um ótimo ator, não demonstra os sentimentos conflitantes que o personagem enfrenta.
Strike a Pose
4.1 40O mais interessante é que, mesmo com processos judiciais, problemas de saúde, uma morte, vícios e ostracismo, o filme não tem o tom amargurado que se espera. Longe de agradar só fãs de Madonna, é uma história surpreendente sobre reconhecer que o ápice de sua vida ficou no passado e sobre o que acontece depois que os sonhos se realizam. Quem ler sobre ele na internet pode acabar sabendo mais do que deveria: alguns segredos são revelados no filme e o impacto é muito maior sem o aviso prévio. O documentário dá conta de quase tudo: o período da turnê, a relação entre eles e com Madonna, o processo movido por 3 dos dançarinos contra a cantora, o que fizeram depois de "Na Cama com Madonna" e como levam a vida agora. É um filme emocionante que trata de representatividade, dificuldades e sobrevivência.
Entre os Homens de Bem
3.7 14Tive o privilégio de assistir à quarta exibição de "Entre os Homens de Bem", a segunda no Rio, depois de duas sessões em Brasília. O documentário retrata acima de tudo o Jean Wyllys deputado, intercalando momentos do Jean ex-BBB e do Jean "pessoa física", evidenciando o que quem o conhece e o acompanha antes da política e a atuação dele na Câmara sabe: que não existe distinção entre as personas, o que ele defende é o resultado de sua própria experiência de vida.
É provável que as muitas pessoas que odeiam e — algumas — difamam Jean jamais vejam o filme. Deveriam. Longe de ser didático ao apresentar seu raciocínio e seus projetos, o documentário foca na verdadeira batalha que Jean enfrenta contra seus adversários políticos num momento em que o poder legislativo brasileiro é o mais conservador desde a Ditadura Militar, além de todo o ódio de que é alvo via internet. Serve ainda como um enorme exemplo prático da importância de sua presença no cenário político atual, sendo ele o único deputado federal abertamente gay do país e, portanto, representante de toda a comunidade LGBT, incluindo aqueles membros que dizem que ele não os representa.
Para quem não tem interesse particular no personagem retratado, mas é fã de cinema, vale igualmente a pena: trata-se de um filme independente, financiado por crowdfunding e de muita qualidade técnica, dirigido pelos jornalistas Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini, este último, ex-integrante do time de repórteres do "Profissão Repórter", e nenhum dos dois, homossexuais, o que para alguns conferiria menos credibilidade ao projeto. O documentário pode ser interessante até pros eleitores de Felicianos, Bolsonaros e afins: estão lá todas as atrocidades que pensam, ditas pelos próprios diretamente à equipe do filme. O resultado não é nada maniqueísta, dando ao espectador a chance de chegar às suas próprias conclusões.
Coco Chanel & Igor Stravinsky
3.6 110Um exercício audacioso o de retratar dois personagens tão vanguardistas e fundamentais para o - e além do - século XX, simultaneamente e de forma tão íntima, ainda mais quando não há confirmação de um caso entre os dois. A ficção do envolvimento do compositor com a estilista não diminui em nada a grandeza do filme, pelo contrário, torna o exercício de liberdade e o conflituoso romance que retrata ainda mais belos. A atuação dos protagonistas é irretocável e, num caso de personagens históricos, isso é essencial para o resultado do filme. Mads Mikkelsen e sua frieza dinamarquesa é perfeita para a sisudez russa de Stravinsky, e de todas as 3 personificações cinematográficas de Chanel que já assisti, essa é de longe a mais interessante. A intensidade, o profissionalismo e o ego dos personagens são apresentados de forma engrandecedora e o fato de o recorte cronológico se dar entre a premiére de "A Sagração da Primavera" e a criação do perfume Chanel N° 5 equilibra o peso de cada um na história. Se o roteiro - escrito pelo autor do romance que inspirou o filme - é impecável, os demais aspectos técnicos embrulham o filme pra presente! Os mínimos detalhes de figurinos, cenários e toda a direção de arte em geral são embasbacantes e as escolhas da direção são inquestionáveis.
A Festa da Menina Morta
3.3 233O roteiro é ótimo, o esforço em retratar uma região abandonada pelo poder público e parada no tempo é louvável, mas o áudio prejudica a compreensão das falas e a própria forma de contar a história, por mais que seja uma escolha, deixa lacunas que o espectador sozinho não é capaz de preencher. Ainda assim, vale a pena ver porque é, sem dúvidas, um filme bem feito e que deve provocar opiniões e reações muito distintas.
Fourth Man Out
3.3 227Costumam classificá-lo clichê, mas o filme traz a tona uma questão mais presente do que alguns gostam de admitir: preconceito. Apesar do tema sério, o filme o aborda com leveza talvez datada, mas certamente divertida. Todos os atores dão o tom certo a seus personagens e as situações desenvolvidas se encaixam perfeitamente na história, merecendo até serem exploradas num espaço maior de tempo, talvez numa série. Seria excelente! Disponível no Netflix.
O Silêncio do Céu
3.5 225 Assista AgoraA tensão está presente, mas falta alguma coisa, que não são diálogos, já que toda a história se baseia no não dito entre os personagens. Acontece que, ao fim da projeção, não fica claro a que o filme veio. Carolina Dieckmann perdeu uma grande oportunidade de se provar uma grande atriz, o que definitivamente não é. Outra atriz em seu lugar teria transformado essa personagem em indicações a inúmeros prêmios e, de quebra, tornado o filme algo muito melhor.
Tô Ryca!
3.0 287 Assista AgoraO mote do filme não faz o menor sentido. Isso seria perdoável se o filme fosse engraçado, mas até nisso deixa a desejar. A força dos diálogos iniciais vai se esvaindo progressivamente, conforme a história avança. Os conflitos dramáticos estão longe de emocionar e o filme vai dando cada vez mais espaço pros aspectos moralistas do roteiro, o que não causa e nem deveria provocar reflexão, já que se trata de uma comédia despretensiosa que leva as pessoas ao cinema apenas para gargalhar. Acaba não alcançando nem esse objetivo. Com exceção de Samantha Schmutz, todo o elenco é desperdiçado em personagens que não tem chance de se destacarem, dada a falta de vigor da história e de seus papéis.
Those People
3.3 179O melhor motivo pra assistir é aproveitar enquanto está disponível no Netflix, já que os filmes de temática gay por lá são tão limitados. Dito isso, o filme envolve o espectador na relação dualística dos protagonistas graças aos pequenos detalhes daquela amizade mal resolvida. Ambos os personagens e suas histórias são críveis, apesar dos excessos do roteiro no que se refere à manipulação de Sebastian sobre Charlie. É pena que o filme se perca no final, dando a impressão de que o tom hipster, adotado até então, foi a única possibilidade cogitada pelos criadores para a conclusão. Foi aí que erraram: um encerramento clichê seria melhor do que o final vazio a que a história chega.
A Comunidade
3.4 77 Assista AgoraThomas Vinterberg dirigiu "A Caça", um dos melhores filmes da década, então é inevitável ter altas expectativas. Uma pena que a frustração seja igualmente inevitável. Numa história com tantos personagens e um mote cheio de possibilidades como o convívio de diferentes famílias e pessoas solteiras na mesma casa nos anos 70, o filme se aprofundar nos conflitos de apenas um personagem é um desperdício imperdoável!
Olho por Olho
3.3 165 Assista AgoraA melhor cena do filme é, sem dúvidas, a emblemática passagem do telefonema no engarrafamento, emblemática em termos sócio-históricos (o tráfico nas grandes metrópoles e sua relação com os avanços tecnológicas) e cinematográficos (pela tensão que atinge o espectador). Kiefer Sutherland tem atuação marcante, mas Ed Harris e principalmente Sally Field parecem não mergulhar nas emoções de seus personagens. Tratando-se de um filme com final exposto no título, grandes atuações seriam um diferencial, mas não acontecem. Ainda assim, a forma como o plano de vingança é apresentado pode gerar alguma surpresa e valer o filme.
Interior. Leather Bar.
2.5 116Quando se ouviu falar do projeto, ninguém sabia do que se tratava. Os atores que participaram ficaram sem entender qual o objetivo do filme, como bem mostra o documentário. Quem assistiu, também não faz ideia de qual é o propósito. Poderia ser uma homenagem a Al Pacino e a "Parceiros da Noite", mas não é. Poderia ser uma forma de contribuir com assuntos relevantes para a comunidade LGBTTQ, mas passou longe. Poderia ser um depoimento provocador sobre a ausência da representação do sexo gay no cinema mainstream, um exercício de liberdade criativa, mas fosse esse o caso, James Franco teria simplesmente produzido um filme e inserido uma cena mais "gráfica" de teor homossexual, o que geraria uma polêmica saudável e um debate construtivo pra indústria cinematográfica. Conclui-se que trata-se apenas da satisfação do fetiche e da curiosidade do próprio Franco, que aliás, realiza sua fantasia de um jeito bastante sádico, quase doentio e 100% ruim!