Kristen Stewart merece a indicação e o reconhecimento, pois tira de letra um papel icônico e difícil. Dito isso, ela é a alma do filme, até porque os outros personagens, mesmo Charles e Elizabeth, não têm maiores oportunidades. O filme é forte, é bom e tecnicamente impecável, mas por vezes beira o marasmo. Segue o estilo de "Jackie", mas o drama protagonizado por Natalie Portman é mais visceral.
Cecile Sciamma dirige e escreve essa história forte, dura, sobre uma garota sem muitas escolhas na vida. Ser mulher negra periférica não é fácil nem no primeiro mundo, desconstruindo o glamour eurocêntrico. Mas a jornada de Marieme tem momentos ternos e emocionantes, especialmente na união com as outras garotas, quando ela vai se impondo no mundo. Não há muitas escolhas, nao há muitas possibilidades, especialmente quando o abuso vem de uma pessoa próxima. A cena das quatro garotas performando Diamonds da Rihanna é tão rica, tão significativa. Quase o fim da inocência. Assim como a cena em que Marieme relembra momentos na Euro Disney.
Forte, hein? Paul Verhoeven é especialista nessas obras. Em "Benedetta" ele também é responsável pelo roteiro. É um filme ousado, gostei das associações entre o profano e o sagrado, o filme brinca muito com símbolos religiosos e faz isso de forma eficaz. Produção caprichada, não há dúvidas, tudo do ponto de vista técnico é um deleite. As cenas de sexo são muito boas também. O que me deixa meio assim são algumas resoluções preguiçosas, não entendi as intenções da Bartolomea e parece que algumas coisas são meio jogadas e soam pretensiosas. Sei que a personagem é real, a propósito. Gostei do filme, mas ele é um tanto megalomaníaco. O trio de atrizes principais é muito bom.
Produção caprichada, mas o filme não convence. Fica claro que quer pegar carona em Anne Frank e acaba que a protagonista mal tem história própria, sempre à sombra de Frank. Anne Frank surge bem diferente da literatura e de outras adaptações cinematográficas, o que pode ser um problema. O filme peca em forçar umas barras no terço final, que são difíceis de engolir. Não consegui comprar a ideia.
Achei que não ia curtir, pelo hype, mas é bem divertido e com uma crítica social consistente. A sátira chega a dialogar assustadoramente com o tempo presente. Dicaprio está excelente, provando saber escolher muito bem seus personagens. Por outro lado, Timothée Chalamet tem um papel irrelevante e sua presença não se justifica.
Grande direção de David Mackenzie. O filme já inicia com um plano-sequência irrepreensível, um primor. Segue com belas imagens e cenas de batalhas pra ninguém botar defeito. Tem vida própria e não cabe comparação com Coração Valente. Para assistir sem medo, pois é alto nível. Chris Pine está irregular como Robert The Bruce, em alguns momentos arrebenta, em outros soa apático. O destaque no elenco fica com Florença Pugh e Aaron Taylor-Johnson. Pugh dá prova de seu enorme talento e torna o romance plausível, fazendo com que a gente torça pelo casal. Por sua vez, Johnson está insano e rouba a cena como James Douglas.
Um filme diferente e que, pelo visto, não rendeu tantos irmãos. Outro dia li uma crítica falando que o cinema nacional não dá continuidade aos gêneros experimentais e isso é um tanto verdade, não desmerecendo nosso cinema de qualidade, mas gostaria de ver mais filmes como esses. Cheio de reviravoltas e criativo, o cineasta possivelmente se inspirou no "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" e fez um filme bem legal e original. O único porém é que não consegui torcer pelo Edgar, não me importei com ele, não sei se é falta de carisma do ator. Pra se ter ideia, gostei mais do Marat Descartes, que faz o Maicon, do que do Edgar. Caco Ciocler tem pouco a fazer, também foram desperdiçados os ótimos Thaíde e Robson Nunes. O destaque fica para Alessandra Negrini, Júlia é a alma do filme. O final é meio jogado às pressas e sem muito fundamento.
Da mesma linhagem de obras como "Se...", esse anárquico filme é uma obra surpreendente e muito prazerosa de assistir. Pura nostalgia, embalada por uma trilha sonora foda. O filme, embora extremo, traça de forma sólida uma geração. É uma pérola cinematográfica que traz um Matt Dillon pirralho, mas já esbanjando carisma.
Um clássico noventista, pura adrenalina, com Keanu Reeves e Patrick Swayze - ótimos - no auge, tanto da beleza, como do talento. A ótima Kathryn Bigelow dirige com esmero esta movimentada produção, que conta com imagens paradisíacas e de tirar o fôlego. O ritmo é eletrizante e o filme não decepciona os fãs de aventura.
Gosto é pessoal e intransferível, esse é o que eu menos gostei do Yorgos Lanthimos, o que mais me causou afastamento. Longe de ser um filme ruim, a história é muito interessante de acompanhar e traz todo o universo peculiar do diretor, mas não me cativou tanto como Dente Canino, O Sacrifício do Cervo Sagrado e A Favorita. Contudo, há muito o que ser visto e ouvido. Colin Farrell, Olivia Colman e Ben Whishaw arrebentam em cena.
Esse filme ser considerado por muitos um Scorsese menor só mostra o quanto o sujeito é foda. Caminhos Perigosos tem todas as qualidades do cinema de Scorsese e ainda é uma obra intimista, sendo a mais pessoal de sua filmografia, o que já a torna emblemática. Mas trata-se de um grande trabalho, pontuado por personagens problemáticos e muito bem construídos, mostrando o lado nada glamouroso da máfia. Harvey Keitel está ótimo como Charlie, mas De Niro mostra a que veio como o deplorável Johnny Boy, tanto que no ano seguinte fez "O Poderoso Chefão 2".
É um épico empolgante e com forte carga emocional, muito bem dirigido pelo Mel Gibson. Cenários espetaculares e tudo muito natural, visto que é anterior ao boom dos grandes efeitos. O único porém do filme é o romance, meio forçadinho. Não ser um retrato 100% fiel não incomoda.
(Versão do diretor) Wolfgang Petersen realiza um épico magistral ambientado em um submarino, durante a Segunda Guerra Mundial. Produção alemã, o nazismo é apenas pincelado, o que é uma escolha sábia para simpatizar com os personagens sem ignorar o contexto histórico. Trilha sonora arrebatadora e uma angustiante sensação de claustrofobia. O filme é sensorial, a direção de Petersen permite a imersão do espectador naquele cenário aterrorizante. É possível sentir o que a tripulação passa, desde o fascínio, primeiramente, até o desgaste emocional e psicológico conforme os percalços vão aparecendo. A produção é impecável, um grande trabalho. Jürgen Prochnow está excelente como o Capitão, tem o carisma e o cinismo bem dosados, como o papel pede.
O diretor/roteirista é o mesmo de Gattaca, uma das minhas ficções favoritas, e que também traz um pano de fundo da desigualdade social, só que em tom mais sério. Aqui, nos primeiros minutos fica claro que é entretenimento tipo blockbuster. Gostei da trama, mas como pessoa de humanas raiz demorei a entender esses cálculos doidos. Boa premissa e bom entretenimento, nada mais. A realização preza mais a ação e o romance não é dos mais convincentes, embora Justin Timberlake e Amanda Seyfried tenham química. Pobre Cillian Murphy, acho que é o papel mais fraco dele que já vi. Gostei do personagem do Matt Bommer e do lance de já estar cansado de viver. Enfim, é um filme para entretenimento descompromissado.
Bastante previsível, o filme traz aquela atmosfera charmosa dos suspenses noventistas e só isso mantém o interesse. O elenco não é essas coisas, há furos visíveis de roteiro e a direção é bem fraca.
O filme vai na onda de clássicos noventistas como Pulp Fiction e Trainspotting, mas com uma pegada mais cômica e de ação. Funciona muito bem e apresentou o talento de Guy Ritchie para o mundo. São várias histórias que se cruzam e garantem a diversão, tudo embalado por uma ótima trilha sonora. Jason Statham foi lançado á fama a partir deste trabalho, mas o grande destaque do elenco é Jason Flemyng, ótimo como Tom.
Um filme morno, dirigido sem inspiração por George Clooney. É um prazer ver Christopher Lloyd atuando em uma produção de visibilidade, mas o personagem dele é esquecido no churrasco da metade pro fim. O restante do elenco não brilha, mesmo atores carismáticos como Tye Sheridan e Lily Rabe. Aliás, sobre o que é o filme? Pouco conhecemos daquelas pessoas que frequentam o bar, o arco amoroso é tratado de qualquer forma, resta a relação com a mãe e com o tio, que ainda assim não são empolgantes. Ben Affleck não merece a indicação que teve, faz mais do mesmo. O material original deve ser muito bom, mas o que temos aqui é uma produção que beira o marasmo.
Uma obra-prima de Abbas Kiarostami, um filme sensível acerca de uma jornada que revela muitas camadas da vida no Irã e na sociedade de forma geral. O olhar sob a perspectiva de um garoto, torna a obra singela, mesmo com a dureza das situações. É uma fábula realista e um primor da Sétima Arte.
De partir o coração, é um belo drama e que traz um retrato muito preciso da Guerra Civil Espanhola. O final é um tiro. Manuel Lozano atua com a alma e tem uma interpretação arrebatadora. A bela trilha sonora é de responsabilidade do diretor Alejandro Amenábar, de "Os Outros" e "Preso na Escuridão".
Filme casca grossa, um policial bem cru e que permite ao espectador acompanhar a degradação dos protagonistas. Jennifer Jason Leigh e Jason Patric estão ótimos e possuem química explosiva em cena. Aliás, deve ser o melhor papel da carreira de Patric, nunca o vi tão entregue em um papel. Grande trilha sonora e não tinha como ser diferente, visto que foi de responsabilidade do Grande Eric Clapton.
Andrew Garfield está espetacular, o papel é mais uma prova de seu enorme talento. Grande produção, cenografia impecável e apelo visual irrepreensível. Dito isso, senti falta de algo, faltou uma conexão maior com a história. Até existem momentos emocionantes, mas no geral o filme acerta mais no espetáculo e esquece um pouco o calor humano das relações, havia mais a ser explorado.
A história é boa, gostei do plot e não conhecia essa prática phroging, rende boas situações. Gostei mais da história do que da realização. O plot é muito bom, mas faltou um roteiro e direção mais contundentes. De qualquer forma, o filme prendeu minha atenção.
Com roteiro do próprio Stephen King, A Hora do Lobisomem é um clássico oitentista que continua mantendo o charme, mesmo com o passar do tempo. O filme é sombrio e não traz muitos alívios cômicos. Além disso, é direto ao ponto, sem firulas e sem prolongar cenas de ação. Corey Haim tem grande interpretação e mostra que era um talento nato, uma pena seu trágico desfecho.
Além de ser uma atriz extraordinária, Maggie Gyllenhaal mostra talento gigante como diretora e roteirista na condução deste longa incrível. The Lost Daughter não se preocupa em dar respostas fáceis e nem em mastigar as informações, o que por si já é louvável. O filme aborda a maternidade em um tema ainda bastante espinhoso e não muito retratado que é a culpa materna, combatendo a ideia de que só as mães são felizes. A protagonista, vivida por Olivia Colman e Jessie Buckley, é imperfeita e fascinante, uma personagem densa, complexa e que desconstrói o mito da maternidade perfeita, se permitindo errar. Olivia Colman está perfeita, entregando uma interpretação cheia de nuances. Jessie Buckley não fica atrás e também brinda com uma excelente performance. O elenco ainda traz Dakota Johnson, que nunca esteve tão linda e intensa, além de Peter Sarsgaard, sempre competente, em uma participação marcante. Um filme que não vai agradar todos os públicos, mas espero que seja reconhecido por suas incontáveis qualidades.
Spencer
3.7 569 Assista AgoraKristen Stewart merece a indicação e o reconhecimento, pois tira de letra um papel icônico e difícil. Dito isso, ela é a alma do filme, até porque os outros personagens, mesmo Charles e Elizabeth, não têm maiores oportunidades.
O filme é forte, é bom e tecnicamente impecável, mas por vezes beira o marasmo. Segue o estilo de "Jackie", mas o drama protagonizado por Natalie Portman é mais visceral.
Garotas
3.9 66 Assista AgoraCecile Sciamma dirige e escreve essa história forte, dura, sobre uma garota sem muitas escolhas na vida.
Ser mulher negra periférica não é fácil nem no primeiro mundo, desconstruindo o glamour eurocêntrico.
Mas a jornada de Marieme tem momentos ternos e emocionantes, especialmente na união com as outras garotas, quando ela vai se impondo no mundo.
Não há muitas escolhas, nao há muitas possibilidades, especialmente quando o abuso vem de uma pessoa próxima.
A cena das quatro garotas performando Diamonds da Rihanna é tão rica, tão significativa. Quase o fim da inocência. Assim como a cena em que Marieme relembra momentos na Euro Disney.
Benedetta
3.5 198 Assista AgoraForte, hein? Paul Verhoeven é especialista nessas obras. Em "Benedetta" ele também é responsável pelo roteiro.
É um filme ousado, gostei das associações entre o profano e o sagrado, o filme brinca muito com símbolos religiosos e faz isso de forma eficaz.
Produção caprichada, não há dúvidas, tudo do ponto de vista técnico é um deleite. As cenas de sexo são muito boas também.
O que me deixa meio assim são algumas resoluções preguiçosas, não entendi as intenções da Bartolomea e parece que algumas coisas são meio jogadas e soam pretensiosas. Sei que a personagem é real, a propósito.
Gostei do filme, mas ele é um tanto megalomaníaco. O trio de atrizes principais é muito bom.
Anne Frank, Minha Melhor Amiga
3.3 50 Assista AgoraProdução caprichada, mas o filme não convence. Fica claro que quer pegar carona em Anne Frank e acaba que a protagonista mal tem história própria, sempre à sombra de Frank.
Anne Frank surge bem diferente da literatura e de outras adaptações cinematográficas, o que pode ser um problema.
O filme peca em forçar umas barras no terço final, que são difíceis de engolir. Não consegui comprar a ideia.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraAchei que não ia curtir, pelo hype, mas é bem divertido e com uma crítica social consistente. A sátira chega a dialogar assustadoramente com o tempo presente. Dicaprio está excelente, provando saber escolher muito bem seus personagens. Por outro lado, Timothée Chalamet tem um papel irrelevante e sua presença não se justifica.
Legítimo Rei
3.5 197 Assista AgoraGrande direção de David Mackenzie. O filme já inicia com um plano-sequência irrepreensível, um primor. Segue com belas imagens e cenas de batalhas pra ninguém botar defeito.
Tem vida própria e não cabe comparação com Coração Valente. Para assistir sem medo, pois é alto nível.
Chris Pine está irregular como Robert The Bruce, em alguns momentos arrebenta, em outros soa apático. O destaque no elenco fica com Florença Pugh e Aaron Taylor-Johnson. Pugh dá prova de seu enorme talento e torna o romance plausível, fazendo com que a gente torça pelo casal. Por sua vez, Johnson está insano e rouba a cena como James Douglas.
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraUm filme diferente e que, pelo visto, não rendeu tantos irmãos. Outro dia li uma crítica falando que o cinema nacional não dá continuidade aos gêneros experimentais e isso é um tanto verdade, não desmerecendo nosso cinema de qualidade, mas gostaria de ver mais filmes como esses.
Cheio de reviravoltas e criativo, o cineasta possivelmente se inspirou no "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" e fez um filme bem legal e original.
O único porém é que não consegui torcer pelo Edgar, não me importei com ele, não sei se é falta de carisma do ator. Pra se ter ideia, gostei mais do Marat Descartes, que faz o Maicon, do que do Edgar. Caco Ciocler tem pouco a fazer, também foram desperdiçados os ótimos Thaíde e Robson Nunes. O destaque fica para Alessandra Negrini, Júlia é a alma do filme.
O final é meio jogado às pressas e sem muito fundamento.
A Um Passo do Abismo
3.9 24Da mesma linhagem de obras como "Se...", esse anárquico filme é uma obra surpreendente e muito prazerosa de assistir. Pura nostalgia, embalada por uma trilha sonora foda.
O filme, embora extremo, traça de forma sólida uma geração. É uma pérola cinematográfica que traz um Matt Dillon pirralho, mas já esbanjando carisma.
Caçadores de Emoção
3.7 471 Assista AgoraUm clássico noventista, pura adrenalina, com Keanu Reeves e Patrick Swayze - ótimos - no auge, tanto da beleza, como do talento.
A ótima Kathryn Bigelow dirige com esmero esta movimentada produção, que conta com imagens paradisíacas e de tirar o fôlego. O ritmo é eletrizante e o filme não decepciona os fãs de aventura.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraGosto é pessoal e intransferível, esse é o que eu menos gostei do Yorgos Lanthimos, o que mais me causou afastamento.
Longe de ser um filme ruim, a história é muito interessante de acompanhar e traz todo o universo peculiar do diretor, mas não me cativou tanto como Dente Canino, O Sacrifício do Cervo Sagrado e A Favorita. Contudo, há muito o que ser visto e ouvido.
Colin Farrell, Olivia Colman e Ben Whishaw arrebentam em cena.
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista AgoraEsse filme ser considerado por muitos um Scorsese menor só mostra o quanto o sujeito é foda. Caminhos Perigosos tem todas as qualidades do cinema de Scorsese e ainda é uma obra intimista, sendo a mais pessoal de sua filmografia, o que já a torna emblemática.
Mas trata-se de um grande trabalho, pontuado por personagens problemáticos e muito bem construídos, mostrando o lado nada glamouroso da máfia. Harvey Keitel está ótimo como Charlie, mas De Niro mostra a que veio como o deplorável Johnny Boy, tanto que no ano seguinte fez "O Poderoso Chefão 2".
Coração Valente
4.1 1,3K Assista AgoraÉ um épico empolgante e com forte carga emocional, muito bem dirigido pelo Mel Gibson. Cenários espetaculares e tudo muito natural, visto que é anterior ao boom dos grandes efeitos.
O único porém do filme é o romance, meio forçadinho. Não ser um retrato 100% fiel não incomoda.
O Barco: Inferno no Mar
4.2 175 Assista Agora(Versão do diretor)
Wolfgang Petersen realiza um épico magistral ambientado em um submarino, durante a Segunda Guerra Mundial. Produção alemã, o nazismo é apenas pincelado, o que é uma escolha sábia para simpatizar com os personagens sem ignorar o contexto histórico.
Trilha sonora arrebatadora e uma angustiante sensação de claustrofobia. O filme é sensorial, a direção de Petersen permite a imersão do espectador naquele cenário aterrorizante.
É possível sentir o que a tripulação passa, desde o fascínio, primeiramente, até o desgaste emocional e psicológico conforme os percalços vão aparecendo.
A produção é impecável, um grande trabalho. Jürgen Prochnow está excelente como o Capitão, tem o carisma e o cinismo bem dosados, como o papel pede.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraO diretor/roteirista é o mesmo de Gattaca, uma das minhas ficções favoritas, e que também traz um pano de fundo da desigualdade social, só que em tom mais sério.
Aqui, nos primeiros minutos fica claro que é entretenimento tipo blockbuster.
Gostei da trama, mas como pessoa de humanas raiz demorei a entender esses cálculos doidos. Boa premissa e bom entretenimento, nada mais.
A realização preza mais a ação e o romance não é dos mais convincentes, embora Justin Timberlake e Amanda Seyfried tenham química.
Pobre Cillian Murphy, acho que é o papel mais fraco dele que já vi. Gostei do personagem do Matt Bommer e do lance de já estar cansado de viver.
Enfim, é um filme para entretenimento descompromissado.
Indecente
2.1 127Bastante previsível, o filme traz aquela atmosfera charmosa dos suspenses noventistas e só isso mantém o interesse. O elenco não é essas coisas, há furos visíveis de roteiro e a direção é bem fraca.
Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes
4.2 580 Assista AgoraO filme vai na onda de clássicos noventistas como Pulp Fiction e Trainspotting, mas com uma pegada mais cômica e de ação. Funciona muito bem e apresentou o talento de Guy Ritchie para o mundo.
São várias histórias que se cruzam e garantem a diversão, tudo embalado por uma ótima trilha sonora. Jason Statham foi lançado á fama a partir deste trabalho, mas o grande destaque do elenco é Jason Flemyng, ótimo como Tom.
Bar Doce Lar
3.5 132 Assista AgoraUm filme morno, dirigido sem inspiração por George Clooney. É um prazer ver Christopher Lloyd atuando em uma produção de visibilidade, mas o personagem dele é esquecido no churrasco da metade pro fim.
O restante do elenco não brilha, mesmo atores carismáticos como Tye Sheridan e Lily Rabe. Aliás, sobre o que é o filme? Pouco conhecemos daquelas pessoas que frequentam o bar, o arco amoroso é tratado de qualquer forma, resta a relação com a mãe e com o tio, que ainda assim não são empolgantes. Ben Affleck não merece a indicação que teve, faz mais do mesmo.
O material original deve ser muito bom, mas o que temos aqui é uma produção que beira o marasmo.
Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
4.2 145 Assista AgoraUma obra-prima de Abbas Kiarostami, um filme sensível acerca de uma jornada que revela muitas camadas da vida no Irã e na sociedade de forma geral.
O olhar sob a perspectiva de um garoto, torna a obra singela, mesmo com a dureza das situações. É uma fábula realista e um primor da Sétima Arte.
A Língua das Mariposas
4.2 216 Assista AgoraDe partir o coração, é um belo drama e que traz um retrato muito preciso da Guerra Civil Espanhola. O final é um tiro. Manuel Lozano atua com a alma e tem uma interpretação arrebatadora. A bela trilha sonora é de responsabilidade do diretor Alejandro Amenábar, de "Os Outros" e "Preso na Escuridão".
Rush - Uma Viagem Ao Inferno
3.7 42Filme casca grossa, um policial bem cru e que permite ao espectador acompanhar a degradação dos protagonistas.
Jennifer Jason Leigh e Jason Patric estão ótimos e possuem química explosiva em cena. Aliás, deve ser o melhor papel da carreira de Patric, nunca o vi tão entregue em um papel.
Grande trilha sonora e não tinha como ser diferente, visto que foi de responsabilidade do Grande Eric Clapton.
tick, tick... BOOM!
3.8 450Andrew Garfield está espetacular, o papel é mais uma prova de seu enorme talento.
Grande produção, cenografia impecável e apelo visual irrepreensível. Dito isso, senti falta de algo, faltou uma conexão maior com a história. Até existem momentos emocionantes, mas no geral o filme acerta mais no espetáculo e esquece um pouco o calor humano das relações, havia mais a ser explorado.
À Espreita do Mal
3.6 898A história é boa, gostei do plot e não conhecia essa prática phroging, rende boas situações.
Gostei mais da história do que da realização. O plot é muito bom, mas faltou um roteiro e direção mais contundentes. De qualquer forma, o filme prendeu minha atenção.
A Hora do Lobisomem
3.5 321 Assista AgoraCom roteiro do próprio Stephen King, A Hora do Lobisomem é um clássico oitentista que continua mantendo o charme, mesmo com o passar do tempo.
O filme é sombrio e não traz muitos alívios cômicos. Além disso, é direto ao ponto, sem firulas e sem prolongar cenas de ação.
Corey Haim tem grande interpretação e mostra que era um talento nato, uma pena seu trágico desfecho.
A Filha Perdida
3.6 573Além de ser uma atriz extraordinária, Maggie Gyllenhaal mostra talento gigante como diretora e roteirista na condução deste longa incrível.
The Lost Daughter não se preocupa em dar respostas fáceis e nem em mastigar as informações, o que por si já é louvável. O filme aborda a maternidade em um tema ainda bastante espinhoso e não muito retratado que é a culpa materna, combatendo a ideia de que só as mães são felizes.
A protagonista, vivida por Olivia Colman e Jessie Buckley, é imperfeita e fascinante, uma personagem densa, complexa e que desconstrói o mito da maternidade perfeita, se permitindo errar.
Olivia Colman está perfeita, entregando uma interpretação cheia de nuances. Jessie Buckley não fica atrás e também brinda com uma excelente performance.
O elenco ainda traz Dakota Johnson, que nunca esteve tão linda e intensa, além de Peter Sarsgaard, sempre competente, em uma participação marcante.
Um filme que não vai agradar todos os públicos, mas espero que seja reconhecido por suas incontáveis qualidades.