Quem esperava terror estilo Corra, pode ter se decepcionado, mas Nope é um filme muito divertido, com toques sombrios, e com selo Jordan Peele de qualidade. Entretenimento de primeira, com uma atmosfera envolvente e produção caprichada.
Slasher demais pra mim, questão de gosto, mas o filme é bem elaborado e caprichado. Mia Goth e Jenna Ortega roubam a cena, comprovando porque são estrelas promissoras.
Belíssimo filme, dirigido com grande sensibilidade. Excelente ver um filme sobre uma família brasileira e periférica cercada de ternura, ainda que envolta com realidade social que os aflige. Os personagens são extremamente cativantes e é impossível não torcer por cada um deles e para que o final seja feliz. Cinema de qualidade.
Com uma atmosfera sombria e inquietante, o filme nos deixa imersos em sua trama bem elaborada. Não saquei o plot, curti bastante o filme. O elenco jovem é ótimo, especialmente George MacKay, muito bem como o protagonista. Ótima reconstituição de época.
O roteiro tem certas fragilidades, mas é um filme muito divertido e que tem momentos marcantes e personagens fascinantes, especialmente Kelly e Fabíola. Gaby Amarantos está um estouro como a cantora de forró Kelly e abrilhanta mais ainda a produção, que mostra belas imagens do Nordeste. Trilha sonora impecável.
Um novo estilo de cinema é a chamada cinebiografia da infância de diretores consagrados. O filme tem suas qualidades, mas longe de ser um Belfast, por exemplo. James Gray já fez melhor, mas o longa tem bons momentos e emociona, embora o roteiro, também de Gray, não explore as possibilidades da premissa. O elenco é bom, mas o diretor também não explora melhor, assim Anne Hathaway e, especialmente, Anthony Hopkins se destacam por serem talentosos. Realmente, o filme não tem força para a temporada de premiações, mas longe de ser ruim.
Uma história sinistra e que eu desconhecia. De forma assertiva, o documentário aborda questões como homofobia e a decadência do velho mundo de maneira satisfatória, com detalhes surpreendentes e sempre mantendo o nível de tensão. Eu assistiria por mais uma hora tranquilamente. Conseguiu cumprir o papel de documentário de forma satisfatória.
É o filme que menos gostei do Sean Baker. Ao contrário dos ótimos Projeto Flórida e Tangerina, esse não tem personagens cativantes, aliás, tirando a Lil e a Leondria, ninguém ali ganha o coração do espectador. Mikey é bem desagradável, zero carisma e difícil de torcer e alguns outros personagens, como a Lexi, só dão pena. Como comédia deixou a desejar, fora umas duas piadas, e como drama não cativa. É um retrato de personagens à margem da sociedade, como Baker trabalha, porém, mesmo com o talento do diretor, o resultado fica no meio do caminho.
Odeio o capitalismo, real. Toritama aborda bem o capitalismo contemporâneo, em uma dinâmica em que as pessoas têm autonomia no trabalho, contudo, a carga horária é pesada e o dinheiro nem rende o suficiente para ir pular o Carnaval sem ter que vender os próprios bens. É uma falsa autonomia que o sistema capitalista dá para essas pessoas. É bem legal conhecer a história dessas pessoas, o filme é bem incisivo na crítica, embora alguns arcos soem repetitivo e a questão da infância do diretor poderia ser melhor retratada, sei lá, imagens de arquivo ou algo, soa meio vago ele relembrando sem parâmetro visual para comparar com o tempo atual. Léo é um ícone, falastrão mas acha que o silêncio vale ouro e sabe curtir os prazeres da vida mas a culpa cristã lhe acompanha. Grande figura.
Um drama desolador, uma história baseada em fatos reais e bastante incômoda. As cenas ambientadas no manicômio são estarrecedoras. A direção de Laís Bodanzky consegue passar todo a realidade sufocante da vida do protagonista. Rodrigo Santoro tem desempenho grandioso como o protagonista. Destaque, também, para as grandes atuações de Othon Bastos, Caco Ciocler e Gero Camilo.
É uma temática raramente abordada, e o filme o faz ao mesmo tempo com crueza e sutileza. Alex é fascinante enquanto personagem e Darin tem uma atuação afetiva e sensível como o pai da protagonista. O personagem cirurgião é um lixo, mas em compensação, o rapaz que faz o filho dele se mostra um personagem bem rico. O belo cenário e os diálogos sensíveis contrastam com a crueza dos fatos e de algumas sequências. Bom drama argentino.
A direção tem boas sacadas, como o ótimo plano-sequência inicial mostrando o protagonista andando pela favela em que o filme é ambientado. Mas, no geral, existem alguns problemas notórios. A começar por Caio Blat que soa forçado em muitos momentos. Aliás, do trio protagonista, o melhor é Sílvio Guindane, ótimo como Pibe. Jonathan Haagensen é sempre competente, mas o personagem não conquista. Existem bons momentos, como as sequências mostrando a favela paulista, mas também derrapadas, como a figura caricata do vilão vivido por Antônio Petrin e algumas gírias que não saem naturais. O resultado é irregular.
Revi depois de anos e se tornou ainda mais relevante e emblemático. Um dos filmes mais importantes do cinema nacional e que trata dos anos de chumbo de forma incisiva, e, ainda assim, emocionante. O contraste entre a empolgação da Copa do Mundo e a ditadura, retrata de forma pertinente o que vivemos constantemente no Brasil. Visto no Brasil de Bolsonaro o filme se torna mais necessário que nunca. Uma pena que Elizabeth Savalla não tenha feito mais cinema, pois sua interpretação como Mariana é maravilhosa. Reginaldo Faria e o saudoso Carlos Zara também têm grandes performances.
Esteticamente deslumbrante e dirigido com maestria, A Tragédia de Macbeth é, facilmente, um dos melhores filmes do ano passado. Com elementos expressionistas e uma bela fotografia, o filme não é para quem busca entretenimento descompromissado. Contudo, é uma obra fascinante, um grande acerto de Joel Coen sem a habitual parceria do irmão. Denzel Washington está formidável e Frances McDormand idem, aliás, o elenco todo é muito talentoso.
É louvável que o filme, que tem um argumento poderoso, esteja fazendo sucesso. Dito isso, é preciso dizer que embora seja uma estreia promissora de Lázaro Ramos na direção, poderia ir além e tem umas fragilidades. A ideia central do filme é muito boa, uma distopia que rende ótimos momentos. Contudo, o segundo terço do filme se rende a algumas soluções fáceis e um tanto formulaicas. Mas não há como negar que o final é poderoso e eleva a qualidade do filme. Seu Jorge e Taís Araújo brilham em cena, enquanto Alfred Enoch, embora expressivo e carismático, escorrega no sotaque e soa artificial em algumas cenas emblemáticas. Renata Sorrah, mesmo em um papel coadjuvante e indefensável, mostra o seu absurdo talento. Mesmo com alguns escorregões, é uma boa estreia e fica a vontade de ver mais coisas do Lázaro Ramos versão diretor.
Eletrizante suspense de David Fincher, demora um pouco a engrenar, mas quando o faz vai até as últimas consequências. É selo Fincher de qualidade, imperdível para quem admira a filmografia do diretor. Michael Douglas e Sean Penn têm grandes interpretações.
Sempre contundente, Spike Lee aqui aborda a chacina contra corpos negros, uma mazela social que segue sendo naturalizada. Sempre relevante, o diretor aborda temáticas espinhosas de forma assertiva. Mekhi Pfifer está ótimo como protagonista, contando com um time fenomenal de coadjuvantes que inclui os experientes Delroy Lindo, Harvey Keitel e John Turturro.
Um filme sóbrio, sem excessos e dirigido de maneira irrepreensível por Robert Redford. A única ressalva é que fiquei incomodado com o quão o advogado era condescendente com Van Doren. Grandes atuações de Ralph Fiennes e Paul Scofield.
Poderosa crônica de Spike Lee, um filme forte, mas com uma pegada de sátira. As críticas sociais, característica do cinema do diretor, são poderosas e atemporais. Aliás, uma das maiores qualidades da filmografia de Lee é que seus filmes não perdem a relevância com o passar do tempo. O elenco é ótimo, mas o destaque vai para Samuel L. Jackson, intenso e formidável como um dependente químico.
Um retrato preciso e eletrizante sobre um dos grupos antifascistas mais radicais que já existiu. O filme tem muita energia e consegue ser bem preciso sobre as duas primeiras gerações do grupo. O elenco é excelente e a direção de Uli Edel (também um dos responsáveis pelo roteiro) é inspiradíssima. Um filme necessário.
Protagonizado por um belo e expressivo Guilherme Fontes, ainda muito novo, A Cor do Seu Destino é um drama que tem como pano de fundo a ditadura chilena, mesmo se passando em um Brasil recém-saído dos seus próprios anos de chumbo. O filme é interessante, mas as tramas paralelas afrouxam um pouco a história principal. O protagonista é irritante por vezes, o que também torna difícil criar maior simpatia pelo personagem na segunda metade. Artisticamente o longa tem boas sacadas e o elenco coadjuvante é bem competente. Curiosa participação de Paulinho Moska (como ator) e do Biquini Cavadão.
A disposição de Clint Eastwood para produzir, dirigir e atuar em um filme aos 90 anos é fenomenal, mas Cry Macho não corresponde às expectativas. O co-protagonista é irritante, algumas soluções são formulaicas e a trama não empolga. Resta apreciar as belas paisagens e a atuação de Clint, dessa vez em um tipo um pouco menos ranzinza e mais sensível.
Ótima cinebiografia sobre Loretta Lynn, artista que não conhecia, confesso. A direção inspirada de Michael Apted valoriza ainda mais o trabalho, juntamente com a performance sensível e forte de Sissy Spacek. A reconstituição de época é muito boa e as cenas do Sul são muito bonitas. Um dos acertos do filme é na relação de Loretta com seus familiares, é bem orgânica.
O documentário consegue traçar bem sua grandeza enquanto artista e a polêmica que sepultou sua carreira. Não dá pra saber exatamente como ocorreu, mas por um erro rude e por não se posicionar em um momento político terrível, o cantor pagou caro. Infelizmente, a régua para os pretos é diferente. Nem todos os depoimentos somam, na verdade Chico Anysio tem uma fala bem problemática (mesmo defendendo Simonal), mas a presença de Tony Tornado, Miele e Nelson Motta somam positivamente.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraQuem esperava terror estilo Corra, pode ter se decepcionado, mas Nope é um filme muito divertido, com toques sombrios, e com selo Jordan Peele de qualidade. Entretenimento de primeira, com uma atmosfera envolvente e produção caprichada.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraSlasher demais pra mim, questão de gosto, mas o filme é bem elaborado e caprichado. Mia Goth e Jenna Ortega roubam a cena, comprovando porque são estrelas promissoras.
Marte Um
4.1 302 Assista AgoraBelíssimo filme, dirigido com grande sensibilidade. Excelente ver um filme sobre uma família brasileira e periférica cercada de ternura, ainda que envolta com realidade social que os aflige. Os personagens são extremamente cativantes e é impossível não torcer por cada um deles e para que o final seja feliz. Cinema de qualidade.
O Segredo de Marrowbone
3.7 435 Assista AgoraCom uma atmosfera sombria e inquietante, o filme nos deixa imersos em sua trama bem elaborada. Não saquei o plot, curti bastante o filme. O elenco jovem é ótimo, especialmente George MacKay, muito bem como o protagonista. Ótima reconstituição de época.
Serial Kelly
2.8 51O roteiro tem certas fragilidades, mas é um filme muito divertido e que tem momentos marcantes e personagens fascinantes, especialmente Kelly e Fabíola.
Gaby Amarantos está um estouro como a cantora de forró Kelly e abrilhanta mais ainda a produção, que mostra belas imagens do Nordeste. Trilha sonora impecável.
Armageddon Time
3.3 46 Assista AgoraUm novo estilo de cinema é a chamada cinebiografia da infância de diretores consagrados. O filme tem suas qualidades, mas longe de ser um Belfast, por exemplo.
James Gray já fez melhor, mas o longa tem bons momentos e emociona, embora o roteiro, também de Gray, não explore as possibilidades da premissa.
O elenco é bom, mas o diretor também não explora melhor, assim Anne Hathaway e, especialmente, Anthony Hopkins se destacam por serem talentosos.
Realmente, o filme não tem força para a temporada de premiações, mas longe de ser ruim.
Arquivos de um Serial Killer
3.2 39 Assista AgoraUma história sinistra e que eu desconhecia. De forma assertiva, o documentário aborda questões como homofobia e a decadência do velho mundo de maneira satisfatória, com detalhes surpreendentes e sempre mantendo o nível de tensão.
Eu assistiria por mais uma hora tranquilamente. Conseguiu cumprir o papel de documentário de forma satisfatória.
Red Rocket
3.6 60 Assista AgoraÉ o filme que menos gostei do Sean Baker. Ao contrário dos ótimos Projeto Flórida e Tangerina, esse não tem personagens cativantes, aliás, tirando a Lil e a Leondria, ninguém ali ganha o coração do espectador.
Mikey é bem desagradável, zero carisma e difícil de torcer e alguns outros personagens, como a Lexi, só dão pena.
Como comédia deixou a desejar, fora umas duas piadas, e como drama não cativa.
É um retrato de personagens à margem da sociedade, como Baker trabalha, porém, mesmo com o talento do diretor, o resultado fica no meio do caminho.
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 209Odeio o capitalismo, real. Toritama aborda bem o capitalismo contemporâneo, em uma dinâmica em que as pessoas têm autonomia no trabalho, contudo, a carga horária é pesada e o dinheiro nem rende o suficiente para ir pular o Carnaval sem ter que vender os próprios bens.
É uma falsa autonomia que o sistema capitalista dá para essas pessoas.
É bem legal conhecer a história dessas pessoas, o filme é bem incisivo na crítica, embora alguns arcos soem repetitivo e a questão da infância do diretor poderia ser melhor retratada, sei lá, imagens de arquivo ou algo, soa meio vago ele relembrando sem parâmetro visual para comparar com o tempo atual.
Léo é um ícone, falastrão mas acha que o silêncio vale ouro e sabe curtir os prazeres da vida mas a culpa cristã lhe acompanha. Grande figura.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraUm drama desolador, uma história baseada em fatos reais e bastante incômoda. As cenas ambientadas no manicômio são estarrecedoras. A direção de Laís Bodanzky consegue passar todo a realidade sufocante da vida do protagonista.
Rodrigo Santoro tem desempenho grandioso como o protagonista. Destaque, também, para as grandes atuações de Othon Bastos, Caco Ciocler e Gero Camilo.
XXY
3.8 507 Assista AgoraÉ uma temática raramente abordada, e o filme o faz ao mesmo tempo com crueza e sutileza.
Alex é fascinante enquanto personagem e Darin tem uma atuação afetiva e sensível como o pai da protagonista.
O personagem cirurgião é um lixo, mas em compensação, o rapaz que faz o filho dele se mostra um personagem bem rico.
O belo cenário e os diálogos sensíveis contrastam com a crueza dos fatos e de algumas sequências. Bom drama argentino.
Bróder
3.2 178 Assista AgoraA direção tem boas sacadas, como o ótimo plano-sequência inicial mostrando o protagonista andando pela favela em que o filme é ambientado.
Mas, no geral, existem alguns problemas notórios. A começar por Caio Blat que soa forçado em muitos momentos. Aliás, do trio protagonista, o melhor é Sílvio Guindane, ótimo como Pibe. Jonathan Haagensen é sempre competente, mas o personagem não conquista.
Existem bons momentos, como as sequências mostrando a favela paulista, mas também derrapadas, como a figura caricata do vilão vivido por Antônio Petrin e algumas gírias que não saem naturais. O resultado é irregular.
Pra Frente, Brasil
3.7 75Revi depois de anos e se tornou ainda mais relevante e emblemático. Um dos filmes mais importantes do cinema nacional e que trata dos anos de chumbo de forma incisiva, e, ainda assim, emocionante.
O contraste entre a empolgação da Copa do Mundo e a ditadura, retrata de forma pertinente o que vivemos constantemente no Brasil. Visto no Brasil de Bolsonaro o filme se torna mais necessário que nunca.
Uma pena que Elizabeth Savalla não tenha feito mais cinema, pois sua interpretação como Mariana é maravilhosa. Reginaldo Faria e o saudoso Carlos Zara também têm grandes performances.
A Tragédia de Macbeth
3.7 191 Assista AgoraEsteticamente deslumbrante e dirigido com maestria, A Tragédia de Macbeth é, facilmente, um dos melhores filmes do ano passado.
Com elementos expressionistas e uma bela fotografia, o filme não é para quem busca entretenimento descompromissado. Contudo, é uma obra fascinante, um grande acerto de Joel Coen sem a habitual parceria do irmão.
Denzel Washington está formidável e Frances McDormand idem, aliás, o elenco todo é muito talentoso.
Medida Provisória
3.6 432É louvável que o filme, que tem um argumento poderoso, esteja fazendo sucesso. Dito isso, é preciso dizer que embora seja uma estreia promissora de Lázaro Ramos na direção, poderia ir além e tem umas fragilidades.
A ideia central do filme é muito boa, uma distopia que rende ótimos momentos. Contudo, o segundo terço do filme se rende a algumas soluções fáceis e um tanto formulaicas.
Mas não há como negar que o final é poderoso e eleva a qualidade do filme. Seu Jorge e Taís Araújo brilham em cena, enquanto Alfred Enoch, embora expressivo e carismático, escorrega no sotaque e soa artificial em algumas cenas emblemáticas. Renata Sorrah, mesmo em um papel coadjuvante e indefensável, mostra o seu absurdo talento.
Mesmo com alguns escorregões, é uma boa estreia e fica a vontade de ver mais coisas do Lázaro Ramos versão diretor.
Vidas em Jogo
3.8 726 Assista AgoraEletrizante suspense de David Fincher, demora um pouco a engrenar, mas quando o faz vai até as últimas consequências. É selo Fincher de qualidade, imperdível para quem admira a filmografia do diretor. Michael Douglas e Sean Penn têm grandes interpretações.
Irmãos de Sangue
3.6 23 Assista AgoraSempre contundente, Spike Lee aqui aborda a chacina contra corpos negros, uma mazela social que segue sendo naturalizada.
Sempre relevante, o diretor aborda temáticas espinhosas de forma assertiva. Mekhi Pfifer está ótimo como protagonista, contando com um time fenomenal de coadjuvantes que inclui os experientes Delroy Lindo, Harvey Keitel e John Turturro.
Quiz Show: A Verdade dos Bastidores
3.6 91 Assista AgoraUm filme sóbrio, sem excessos e dirigido de maneira irrepreensível por Robert Redford. A única ressalva é que fiquei incomodado com o quão o advogado era condescendente com Van Doren. Grandes atuações de Ralph Fiennes e Paul Scofield.
Febre da Selva
3.8 36Poderosa crônica de Spike Lee, um filme forte, mas com uma pegada de sátira. As críticas sociais, característica do cinema do diretor, são poderosas e atemporais. Aliás, uma das maiores qualidades da filmografia de Lee é que seus filmes não perdem a relevância com o passar do tempo.
O elenco é ótimo, mas o destaque vai para Samuel L. Jackson, intenso e formidável como um dependente químico.
O Grupo Baader Meinhof
4.0 174Um retrato preciso e eletrizante sobre um dos grupos antifascistas mais radicais que já existiu. O filme tem muita energia e consegue ser bem preciso sobre as duas primeiras gerações do grupo. O elenco é excelente e a direção de Uli Edel (também um dos responsáveis pelo roteiro) é inspiradíssima. Um filme necessário.
A Cor do seu Destino
3.2 6Protagonizado por um belo e expressivo Guilherme Fontes, ainda muito novo, A Cor do Seu Destino é um drama que tem como pano de fundo a ditadura chilena, mesmo se passando em um Brasil recém-saído dos seus próprios anos de chumbo.
O filme é interessante, mas as tramas paralelas afrouxam um pouco a história principal. O protagonista é irritante por vezes, o que também torna difícil criar maior simpatia pelo personagem na segunda metade.
Artisticamente o longa tem boas sacadas e o elenco coadjuvante é bem competente. Curiosa participação de Paulinho Moska (como ator) e do Biquini Cavadão.
Cry Macho: O Caminho para Redenção
3.0 179 Assista AgoraA disposição de Clint Eastwood para produzir, dirigir e atuar em um filme aos 90 anos é fenomenal, mas Cry Macho não corresponde às expectativas.
O co-protagonista é irritante, algumas soluções são formulaicas e a trama não empolga. Resta apreciar as belas paisagens e a atuação de Clint, dessa vez em um tipo um pouco menos ranzinza e mais sensível.
O Destino Mudou Sua Vida
3.5 24 Assista AgoraÓtima cinebiografia sobre Loretta Lynn, artista que não conhecia, confesso. A direção inspirada de Michael Apted valoriza ainda mais o trabalho, juntamente com a performance sensível e forte de Sissy Spacek.
A reconstituição de época é muito boa e as cenas do Sul são muito bonitas. Um dos acertos do filme é na relação de Loretta com seus familiares, é bem orgânica.
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
4.0 127 Assista AgoraO documentário consegue traçar bem sua grandeza enquanto artista e a polêmica que sepultou sua carreira. Não dá pra saber exatamente como ocorreu, mas por um erro rude e por não se posicionar em um momento político terrível, o cantor pagou caro.
Infelizmente, a régua para os pretos é diferente. Nem todos os depoimentos somam, na verdade Chico Anysio tem uma fala bem problemática (mesmo defendendo Simonal), mas a presença de Tony Tornado, Miele e Nelson Motta somam positivamente.