"Você já sentiu que sua vida se transformou em algo que você nunca quis?"
Esse é definitivamente um dos melhores filmes de vingança que assisti na vida. Não tem motivações baratas ou exibicionismo hollywoodiano. Troque isso por personagens que transmitem verdade, cenas pesadas e uma história com camadas muito bem contada.
"Não acho que estou sonhando. Não tenho capacidade para inventar tudo isso."
A ideia de expandir o universo foi bem aproveitada no filme: há a apresentação de outras escolas de magia, aprofundamento na relação bruxos-trouxas e o estabelecimento de elos com a saga anterior; mas o longa não consegue encontrar um ritmo adequado. É tão cansativo que me fez dormir antes da primeira hora ter passado. Daí, claro, acordei, tomei um café e retomei de onde havia parado. "Força, esse é só o primeiro de cinco!" Mas talvez eu esteja sendo injusto... O filme não tem tanto valor de entretenimento comparado à Harry Potter, mas dali pro final ele só melhorou. Gostei dos personagens e vou esperar pelo próximo.
Filmaço. Ficção científica bem dosada, momentos reflexivos na medida e uma trama que vai ficar na sua cabeça por um bom tempo. Poderia pesar menos em certos estereótipos, é verdade, mas nada diminui a experiência. Assista sabendo o mínimo possível e surpreenda-se.
Inconsistente. A premissa é bem boa, mas o filme se perde muito rápido... quer dizer, você quer contar sobre como um grupo de jovens, que podem ou não representar uma geração inteira, têm suas derrotas recompensadas e como isso pode influenciar no futuro profissional de cada um? Ótimo, primeiro passo: não deixe que o roteiro seja escrito por um adolescente! Todos os personagens parecem ter uma idade mental de 17 anos. Uma abordagem muito melhor e completa desse tema foi feita pelo comediante Bo Burnham em seu stand-up "Make Happy": foi um monólogo de 4 minutos.
O melhor filme de zumbis que assisto em muito tempo. Os personagens são bem explorados, há um bom balanço entre cenas dentro e fora do trem e o roteiro funciona bem tanto em sua trama superficial quanto em seu subtexto.
"O mundo não é um ambiente sensorial amigável, e é lá que ele precisa aprender a viver."
Plot. Twist. Plot. Twist. Plot. Twist. Plot. Twist. É, uma hora cansa. O roteiro é bem feito e os personagens são todos interessantes, mas o filme não soube lidar com tanta reviravolta. Nem todas são boas e uma é ridiculamente previsível, mas o problema maior é que são todas verbalizadas. Cabe aqui a máxima: "show, don't tell".
"Se só fizer o que sabe, nunca será mais do que é agora."
Tem qualidade comparável à de seus dois predecessores, o que aqui quer dizer "não muito alta", mas, mesmo com uma história previsível, o filme consegue passar mensagens profundas. O tema do Kai, do Imagine Dragons, é pop demais pra se passar por música oriental e muito incompatível com o vilão. Ainda assim, o filme acerta mais do que erra.
"Assim que a arma dispara, nada pode te deter. Nem cor, nem dinheiro, nem medo e nem mesmo ódio. Não existe preto e branco, somente rápido e devagar."
Não é um filme memorável e nem estabelece uma das melhores relações atleta-treinador do cinema, mas executa de forma bem honesta o que propõe. A história por si só já é interessante, mas o filme ainda encontra um ritmo muito bom para contá-la, nos mantendo envolvidos na trama. E tem um plano-sequência que é bem legal, apesar de expor o CGI tosco do filme.
Os personagens são muito pouco explorados, sendo que alguns você fica até sem entender por que se juntou ao grupo. A maior parte dos clichês do gênero estão presentes, mas são bem explorados (tirando o que envolve o Ethan Hawke, que chega a ser insultante). Eu vinha assistindo vários faroestes excelentes, como Os 8 Odiados, Bone Tomahawk e Hell or High Water, todos nota acima de 9 pra mim; então, mesmo o filme não sendo assim tão ruim, acabou sendo decepcionante. De qualquer forma, vale como entretenimento.
Caraca, o segundo ato desse filme é uma das paradas mais tensas que assisti nos últimos tempos! A ameaça crescente, junto à violência explicita, cria sequências excepcionais. O primeiro e o terceiro ato desperdiçam um pouco de tempo, mas o filme ainda termina em uma nota alta, recompensando seu público, mas sem se resignar a convenções baratas.
Achei bem cansativo e, com relação ao mundo da moda, apenas "mais do mesmo"; mas o filme se sustenta bem em sua estética peculiar e na excentricidade da direção. Alguns simbolismos também são bem explorados, mas nada mascara o roteiro superficial e a história vaga. Eu gostei bastante do caminho que o filme escolheu tomar no final, é uma metáfora que, mesmo sendo bem simples, tem bastante força. As atuações da Elle Fanning e da Jena Malone merecem destaque: a primeira por conseguir transparecer o interior de sua personagem e a segunda exatamente pelo contrário, por encobrir muito bem suas reais motivações.
Vale como entretenimento e como crítica ao mundo moderno, mas não espere nada muito profundo. Os dois primeiros atos conseguem te prender muito bem, mas o final chega a ser broxante de tão convencional e óbvio.
"Se eu tivesse uma caixa cheia de coisas ruins, te colocaria dentro e fecharia a tampa."
Eu já não esperava muito dessa adaptação, pra falar a verdade; mas o elenco mandou bem. No livro, a Melanie é branca enquanto a professora Justineau é negra. Inverteram isso no filme e não houve prejuízo algum pra história. Algo parecido está sendo feito pra adaptação de A Torre Negra e, embora alterações desse tipo danifiquem a identidade visual preconcebida do personagem, não acho que seja razão para grandes reclamações.
Razões para reclamações estão é em alguns detalhes da história. O filme focou demais no relacionamento entre a Melanie e a Justineau, mas as relações mais bacanas do livro são as existentes entre o Gallagher e a Melanie, entre a Justineau e a Caldwell e entre o Parks e a Justineau. Todas são ao menos pinceladas no filme, mas de forma superficial demais. A cena em que o Gallagher morre é muito significativa no livro, exatamente pela relação que ele criou com a Melanie, mas no filme isso é abordado em uma ceninha de no máximo um minuto. Não quero ser o babaca hipster que cospe no filme, aponta e diz "o livro é muito melhor!", mas já que começamos, vamos até o fim: a primeira metade do filme é muito bem adaptada. Ele soube retirar elementos não muito importantes pro enredo e simplificar cenas que seriam extensas demais. Mas na segunda metade ele se desvia muito do material fonte. Várias coisas que funcionavam bem no livro são desconsideradas ou rigorosamente modificadas no filme. Algumas dessas coisas acabam funcionando de maneira diferente (como a torre de filamentos de Ophiocordyceps), mas outras são um desastre (como a forma que Caldwell e Parks morrem). A ambientação criada é boa, mas a trilha sonora e as cenas em slow motion enchem o saco. Pelo menos mantiveram o final que, na minha opinião, é o mais corajoso de todos os romances envolvendo zumbis. Se você assistiu esse filme e gostou, faça um favor a si próprio e vá procurar pelo livro.
É aquela jornada do herói clássica, mas realizada de uma forma linda. Não é só um filme infantil: ele tem peso, tem essência. A mensagem que o filme passa, que explica seu título original, é muito bonita e marcante. A qualidade da animação, aliada às sequências musicais, criam uma realidade imaginativa quase palpável.
"Estou aqui para cuspir na cara do meu pai. Não posso garantir que seja uma metáfora."
Chataaaaço! Esse é o tipo de filme que me impede de ser um crítico cinematográfico de qualidade. Eu reconheço a excelência na atuação de Isabelle Huppert, entendo a toxicidade de sua personagem... mas não consigo concordar com as listas que colocam Elle como um dos melhores filmes de 2016. Pra mim, mais forte do que o brilhantismo do roteiro é o cansaço que ele provoca.
Assisti sem saber nem quem estava no elenco e me surpreendi com mais um filme protagonizado por Jesse Eisenberg e Kristen Stewart. Felizmente, esse é o melhor com os dois juntos. Woody Allen conseguiu extrair boas atuações de todos, principalmente de Eisenberg, seu alter ego da vez. Sua direção se faz presente e o filme se torna um dos melhores dessa sua nova safra.
"Moralmente, temos que superar nossos impulsos, mas às vezes não queremos superá-los."
O filme inteiro se passa em um único cenário, e considerando que o diretor aqui é Roman Polanski, esse cenário é um apartamento. Talvez eu tenha assistido o filme com a perspectiva errada e me frustrado um pouco: a história não é importante, esse é um filme, principalmente, sobre performances. Sobre como quatro atores de alto nível são capazes de transmitir emoções tão primitivas de forma natural e crível. Obs.: O celular de Waltz rende boas cenas, mas é um elemento de roteiro superutilizado.
É bem arrastado e confuso, mas apresenta algumas poucas cenas bonitas, com diálogos interessantes. A mensagem que o filme transmite no final é bacana, mas o desenvolvimento do roteiro prejudica bastante essa transmissão. Tom Hanks está bem, como sempre, mas é um esforço em vão. É uma pena que a frase destacada seja a que melhor representa o filme.
"– Sabia que também sou parte mexicano? – É, bem, vou chegar lá quando acabarem os insultos indígenas."
Caraca, fazia tempo que eu não assistia um filme tão bom! Todos os comentários aí pra baixo já destacaram a excelente atuação de todos no elenco e a fotografia foda, mas o melhor do filme, disparado, é o roteiro. É como os diálogos são escritos e como a história é desenvolvida. Várias cenas por si só já são memoráveis, mas elas ainda estão organizadas em uma crescente inacreditável. Vou reassistir ainda esse ano, com certeza.
"Você realmente acha que esses pães vão fazer fila para serem preenchidas por você?"
Eu já esperava uma porcaria inacreditável, mas acabei me surpreendendo positivamente! O filme é da mesma patotinha do Seth Rogen que fez "This Is The End", aquele filme em que a Rihanna morre (não se incomode em tomar spoiler de filme ruim, estou te fazendo um favor). No entanto, diferentemente do que fizeram em 2013, aqui eles aproveitam bem a ideia e têm um saldo de piadas boas maior do que de piadas ruins. Só não assista se você já se ofendeu com a frase destacada acima.
"Vou te dizer uma coisa que nunca me disseram: eu acredito em você."
Não sei bem o porquê, mas sempre começo filmes de terror com a expectativa lá embaixo. Felizmente, nesse último ano, isso me favoreceu bastante. "Lights Out" consegue se manter objetivo, se contendo à ideia inicial de uma entidade que só se manifesta nas sombras e oferecendo soluções simples para as problemáticas criadas. É claro que isso acaba tornando o final bem previsível, mas você continua engajado na trama pela qualidade com que ela é desenvolvida.
"– Tem prostitutas aqui e coisa e tal. – Querida, quantas vezes tenho que dizer? Não diga 'coisa e tal'"
Começa muito bem, satirizando o gênero e fazendo um bom balanço entre comédia e ação. O filme é despretensioso, a ambientação é bem feita e o timing cômico dos dois protagonistas me surpreendeu. Mas o terceiro ato é bem desorganizado e a partir da metade as piadas deixam de se encaixar tão bem.
"Fazia tempo que Nova Iorque não tinha notícias tão boas. Especialmente envolvendo um avião."
Não achei que os conflitos internos do piloto fossem desnecessários e nem que o filme se tornou repetitivo. O roteiro tinha que estruturar um filme inteiro com um enredo que você não leva nem cinco minutos pra contar. E conseguiu fazer isso bem, na minha opinião. Ele não é tão apelativo, é direto e consegue te manter envolvido em uma história que você já conhece o final.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 029 / 200 )
"Você já sentiu que sua vida se transformou em algo que você nunca quis?"
Esse é definitivamente um dos melhores filmes de vingança que assisti na vida. Não tem motivações baratas ou exibicionismo hollywoodiano. Troque isso por personagens que transmitem verdade, cenas pesadas e uma história com camadas muito bem contada.
Obras de arte: 9,8 / 10
Jason Bourne
3.5 460 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 028 / 200 )
"Eu me lembro de tudo."
É bem legal, mas... chega de Bourne, né?
Escutas: 6,7 / 10
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 027 / 200 )
"Não acho que estou sonhando. Não tenho capacidade para inventar tudo isso."
A ideia de expandir o universo foi bem aproveitada no filme: há a apresentação de outras escolas de magia, aprofundamento na relação bruxos-trouxas e o estabelecimento de elos com a saga anterior; mas o longa não consegue encontrar um ritmo adequado. É tão cansativo que me fez dormir antes da primeira hora ter passado.
Daí, claro, acordei, tomei um café e retomei de onde havia parado. "Força, esse é só o primeiro de cinco!" Mas talvez eu esteja sendo injusto... O filme não tem tanto valor de entretenimento comparado à Harry Potter, mas dali pro final ele só melhorou. Gostei dos personagens e vou esperar pelo próximo.
Varinhas: 6,9 / 10
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 026 / 200 )
"Holy fuck."
Filmaço. Ficção científica bem dosada, momentos reflexivos na medida e uma trama que vai ficar na sua cabeça por um bom tempo. Poderia pesar menos em certos estereótipos, é verdade, mas nada diminui a experiência. Assista sabendo o mínimo possível e surpreenda-se.
Heptapods: 9,7 / 10
Arrume um Emprego
2.5 138 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 025 / 200 )
"Eu não te devo nada."
Inconsistente. A premissa é bem boa, mas o filme se perde muito rápido... quer dizer, você quer contar sobre como um grupo de jovens, que podem ou não representar uma geração inteira, têm suas derrotas recompensadas e como isso pode influenciar no futuro profissional de cada um? Ótimo, primeiro passo: não deixe que o roteiro seja escrito por um adolescente! Todos os personagens parecem ter uma idade mental de 17 anos. Uma abordagem muito melhor e completa desse tema foi feita pelo comediante Bo Burnham em seu stand-up "Make Happy": foi um monólogo de 4 minutos.
Bongs: 2,3 / 10
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 024 / 200 )
"Você já está infectado."
O melhor filme de zumbis que assisto em muito tempo. Os personagens são bem explorados, há um bom balanço entre cenas dentro e fora do trem e o roteiro funciona bem tanto em sua trama superficial quanto em seu subtexto.
Trens: 9,2 / 10
O Contador
3.7 647 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 023 / 200 )
"O mundo não é um ambiente sensorial amigável, e é lá que ele precisa aprender a viver."
Plot. Twist. Plot. Twist. Plot. Twist. Plot. Twist. É, uma hora cansa.
O roteiro é bem feito e os personagens são todos interessantes, mas o filme não soube lidar com tanta reviravolta. Nem todas são boas e uma é ridiculamente previsível, mas o problema maior é que são todas verbalizadas. Cabe aqui a máxima: "show, don't tell".
Pollocks: 7,8 / 10
Kung Fu Panda 3
3.6 309 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 022 / 200 )
"Se só fizer o que sabe, nunca será mais do que é agora."
Tem qualidade comparável à de seus dois predecessores, o que aqui quer dizer "não muito alta", mas, mesmo com uma história previsível, o filme consegue passar mensagens profundas.
O tema do Kai, do Imagine Dragons, é pop demais pra se passar por música oriental e muito incompatível com o vilão. Ainda assim, o filme acerta mais do que erra.
Pastéis: 6,2 / 10
Raça
3.9 139 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 021 / 200 )
"Assim que a arma dispara, nada pode te deter. Nem cor, nem dinheiro, nem medo e nem mesmo ódio. Não existe preto e branco, somente rápido e devagar."
Não é um filme memorável e nem estabelece uma das melhores relações atleta-treinador do cinema, mas executa de forma bem honesta o que propõe. A história por si só já é interessante, mas o filme ainda encontra um ritmo muito bom para contá-la, nos mantendo envolvidos na trama. E tem um plano-sequência que é bem legal, apesar de expor o CGI tosco do filme.
Medalhas: 9,1 / 10
Sete Homens e Um Destino
3.6 575 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 020 / 200 )
"O que perdemos no fogo, encontramos nas cinzas."
Os personagens são muito pouco explorados, sendo que alguns você fica até sem entender por que se juntou ao grupo. A maior parte dos clichês do gênero estão presentes, mas são bem explorados (tirando o que envolve o Ethan Hawke, que chega a ser insultante).
Eu vinha assistindo vários faroestes excelentes, como Os 8 Odiados, Bone Tomahawk e Hell or High Water, todos nota acima de 9 pra mim; então, mesmo o filme não sendo assim tão ruim, acabou sendo decepcionante. De qualquer forma, vale como entretenimento.
Espingardas: 6,4 / 10
Sala Verde
3.3 546 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 019 / 200 )
"Tell somebody who gives a shit."
Caraca, o segundo ato desse filme é uma das paradas mais tensas que assisti nos últimos tempos! A ameaça crescente, junto à violência explicita, cria sequências excepcionais. O primeiro e o terceiro ato desperdiçam um pouco de tempo, mas o filme ainda termina em uma nota alta, recompensando seu público, mas sem se resignar a convenções baratas.
Silver tapes: 8,3 / 10
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 018 / 200 )
"Eu não quero ser eles. Eles querem ser eu."
Achei bem cansativo e, com relação ao mundo da moda, apenas "mais do mesmo"; mas o filme se sustenta bem em sua estética peculiar e na excentricidade da direção. Alguns simbolismos também são bem explorados, mas nada mascara o roteiro superficial e a história vaga.
Eu gostei bastante do caminho que o filme escolheu tomar no final, é uma metáfora que, mesmo sendo bem simples, tem bastante força. As atuações da Elle Fanning e da Jena Malone merecem destaque: a primeira por conseguir transparecer o interior de sua personagem e a segunda exatamente pelo contrário, por encobrir muito bem suas reais motivações.
Flashes: 6,3 / 10
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 017 / 200 )
"Você é um observador ou um jogador?"
Vale como entretenimento e como crítica ao mundo moderno, mas não espere nada muito profundo. Os dois primeiros atos conseguem te prender muito bem, mas o final chega a ser broxante de tão convencional e óbvio.
Celulares: 7,1 / 10
Melanie: A Última Esperança
3.1 246 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 016 / 200 )
"Se eu tivesse uma caixa cheia de coisas ruins, te colocaria dentro e fecharia a tampa."
Eu já não esperava muito dessa adaptação, pra falar a verdade; mas o elenco mandou bem. No livro, a Melanie é branca enquanto a professora Justineau é negra. Inverteram isso no filme e não houve prejuízo algum pra história. Algo parecido está sendo feito pra adaptação de A Torre Negra e, embora alterações desse tipo danifiquem a identidade visual preconcebida do personagem, não acho que seja razão para grandes reclamações.
Razões para reclamações estão é em alguns detalhes da história. O filme focou demais no relacionamento entre a Melanie e a Justineau, mas as relações mais bacanas do livro são as existentes entre o Gallagher e a Melanie, entre a Justineau e a Caldwell e entre o Parks e a Justineau. Todas são ao menos pinceladas no filme, mas de forma superficial demais. A cena em que o Gallagher morre é muito significativa no livro, exatamente pela relação que ele criou com a Melanie, mas no filme isso é abordado em uma ceninha de no máximo um minuto.
Não quero ser o babaca hipster que cospe no filme, aponta e diz "o livro é muito melhor!", mas já que começamos, vamos até o fim: a primeira metade do filme é muito bem adaptada. Ele soube retirar elementos não muito importantes pro enredo e simplificar cenas que seriam extensas demais. Mas na segunda metade ele se desvia muito do material fonte. Várias coisas que funcionavam bem no livro são desconsideradas ou rigorosamente modificadas no filme. Algumas dessas coisas acabam funcionando de maneira diferente (como a torre de filamentos de Ophiocordyceps), mas outras são um desastre (como a forma que Caldwell e Parks morrem). A ambientação criada é boa, mas a trilha sonora e as cenas em slow motion enchem o saco. Pelo menos mantiveram o final que, na minha opinião, é o mais corajoso de todos os romances envolvendo zumbis.
Se você assistiu esse filme e gostou, faça um favor a si próprio e vá procurar pelo livro.
Fungos: 4,8 / 10
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 015 / 200 )
"Se você for piscar, pisque agora."
É aquela jornada do herói clássica, mas realizada de uma forma linda. Não é só um filme infantil: ele tem peso, tem essência. A mensagem que o filme passa, que explica seu título original, é muito bonita e marcante. A qualidade da animação, aliada às sequências musicais, criam uma realidade imaginativa quase palpável.
Cordas: 8,7 / 10
Elle
3.8 886PROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 014 / 200 )
"Estou aqui para cuspir na cara do meu pai. Não posso garantir que seja uma metáfora."
Chataaaaço!
Esse é o tipo de filme que me impede de ser um crítico cinematográfico de qualidade. Eu reconheço a excelência na atuação de Isabelle Huppert, entendo a toxicidade de sua personagem... mas não consigo concordar com as listas que colocam Elle como um dos melhores filmes de 2016. Pra mim, mais forte do que o brilhantismo do roteiro é o cansaço que ele provoca.
Jogos de videogame: 5,7 / 10
Café Society
3.3 531 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 013 / 200 )
"A vida é uma comédia escrita por um sádico."
Assisti sem saber nem quem estava no elenco e me surpreendi com mais um filme protagonizado por Jesse Eisenberg e Kristen Stewart. Felizmente, esse é o melhor com os dois juntos.
Woody Allen conseguiu extrair boas atuações de todos, principalmente de Eisenberg, seu alter ego da vez. Sua direção se faz presente e o filme se torna um dos melhores dessa sua nova safra.
Taças de vinho: 6,7 / 10
Deus da Carnificina
3.8 1,4KPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 012 / 200 )
"Moralmente, temos que superar nossos impulsos, mas às vezes não queremos superá-los."
O filme inteiro se passa em um único cenário, e considerando que o diretor aqui é Roman Polanski, esse cenário é um apartamento.
Talvez eu tenha assistido o filme com a perspectiva errada e me frustrado um pouco: a história não é importante, esse é um filme, principalmente, sobre performances. Sobre como quatro atores de alto nível são capazes de transmitir emoções tão primitivas de forma natural e crível.
Obs.: O celular de Waltz rende boas cenas, mas é um elemento de roteiro superutilizado.
Gravetos: 6,6 / 10
Negócio das Arábias
2.9 178 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 011 / 200 )
"Veja, estão varrendo areia no deserto."
É bem arrastado e confuso, mas apresenta algumas poucas cenas bonitas, com diálogos interessantes. A mensagem que o filme transmite no final é bacana, mas o desenvolvimento do roteiro prejudica bastante essa transmissão.
Tom Hanks está bem, como sempre, mas é um esforço em vão. É uma pena que a frase destacada seja a que melhor representa o filme.
Hologramas: 3,1 / 10
A Qualquer Custo
3.8 803 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 010 / 200 )
"– Sabia que também sou parte mexicano?
– É, bem, vou chegar lá quando acabarem os insultos indígenas."
Caraca, fazia tempo que eu não assistia um filme tão bom!
Todos os comentários aí pra baixo já destacaram a excelente atuação de todos no elenco e a fotografia foda, mas o melhor do filme, disparado, é o roteiro. É como os diálogos são escritos e como a história é desenvolvida. Várias cenas por si só já são memoráveis, mas elas ainda estão organizadas em uma crescente inacreditável. Vou reassistir ainda esse ano, com certeza.
Notas roubadas: 10 / 10
Festa da Salsicha
2.9 816 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 009 / 200 )
"Você realmente acha que esses pães vão fazer fila para serem preenchidas por você?"
Eu já esperava uma porcaria inacreditável, mas acabei me surpreendendo positivamente! O filme é da mesma patotinha do Seth Rogen que fez "This Is The End", aquele filme em que a Rihanna morre (não se incomode em tomar spoiler de filme ruim, estou te fazendo um favor).
No entanto, diferentemente do que fizeram em 2013, aqui eles aproveitam bem a ideia e têm um saldo de piadas boas maior do que de piadas ruins. Só não assista se você já se ofendeu com a frase destacada acima.
Salsichas: 6,1 / 10
Quando as Luzes se Apagam
3.1 1,1K Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 008 / 200 )
"Vou te dizer uma coisa que nunca me disseram: eu acredito em você."
Não sei bem o porquê, mas sempre começo filmes de terror com a expectativa lá embaixo. Felizmente, nesse último ano, isso me favoreceu bastante.
"Lights Out" consegue se manter objetivo, se contendo à ideia inicial de uma entidade que só se manifesta nas sombras e oferecendo soluções simples para as problemáticas criadas. É claro que isso acaba tornando o final bem previsível, mas você continua engajado na trama pela qualidade com que ela é desenvolvida.
Sombras: 5,9 / 10
Dois Caras Legais
3.6 639 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 007 / 200 )
"– Tem prostitutas aqui e coisa e tal.
– Querida, quantas vezes tenho que dizer? Não diga 'coisa e tal'"
Começa muito bem, satirizando o gênero e fazendo um bom balanço entre comédia e ação. O filme é despretensioso, a ambientação é bem feita e o timing cômico dos dois protagonistas me surpreendeu. Mas o terceiro ato é bem desorganizado e a partir da metade as piadas deixam de se encaixar tão bem.
Filmes pornôs: 5,4 / 10
Sully: O Herói do Rio Hudson
3.6 577 Assista AgoraPROJETO: 200 FILMES COMENTADOS EM 2017 ( 006 / 200 )
"Fazia tempo que Nova Iorque não tinha notícias tão boas. Especialmente envolvendo um avião."
Não achei que os conflitos internos do piloto fossem desnecessários e nem que o filme se tornou repetitivo. O roteiro tinha que estruturar um filme inteiro com um enredo que você não leva nem cinco minutos pra contar. E conseguiu fazer isso bem, na minha opinião. Ele não é tão apelativo, é direto e consegue te manter envolvido em uma história que você já conhece o final.
Aviões: 7,9 / 10