Tadeu Jungle já nos brincou com programas underground como o extinto "Fábrica do Som". Não podia se esperar outra coisa nesse seu primeiro longa. Fantástica alegoria sobre o tempo e seus contratempos. Ao contrário dos que me antecederam, adorei o filme pela fina ironia e pela sua dinâmica frenética. Sem falar no seu senso de humor devastador. Tadeu Jungle e sua visão ácida e esperta sobre as agruras de uma cidade grande e seus tipos histriônicos. Filme bem bacana, com destaque pra mim, da atriz Fernanda Machado que eu não via em cena já a algum tempo, pq falar da atuação sempre competente de Lázaro Ramos, é ser redundante!
Um Lindo filme, que não faz concessão à demagogias. Sensível sem ser oportunista. Trata do tema da imigração e das relações interpessoais tal como elas são. Fiquei cativado pelo enredo, embora tenha ficado c a impressão que o Prof. abriu mão muito facilmente de tudo que parecia importante que cruzou pela sua vida, depois do incidente do apartamento. O final é arrabatador, ainda q previsível, o que não tira o mérito do conjunto.
Sergio Roberto Broder A meu ver, Haneke tenta fazer um painel psicossocial da relação entre dominado/dominador. Não é a toa que a nacionalidade de Majid é argelina, país símbolo da opressão francesa. Esse colonialismo tem seus reflexos até hoje, mas o diretor usa o microcosmo de uma família francesa pra denunciar a xenofobia que se deu, após a independência desses países que estavam sob o seu jugo. O sentimento de culpa dos franceses à época era muito grande. o que explica a acolhida de Majid por parte dos pais de George, idéia essa que não foi bem digerida pelo filho natural. Pierrot, por ser de uma outra geração, não compartilha desse divisionismo, e ao meu ver, tomou sim conhecimento das mazelas do seu pai. Basta ver como ele reage ao contato com os pais. Ora distante, ora raivoso. O filho de Majid, por sua vez, demonstra resignação à morte do pai, como se já previsse esse desfecho. Até a coisa do corte da cabeça do galo tem sua conotação. O galo é o mascote da França... Pra encerrar, dois detalhes: o comentário de Georges de que os desenhos tinham características infantis e o encontro dos filhos à porta do colégio...Ah! outro detalhe... Tem dois posteres no quarto de Pierrot : um do Eminem e outro de Zinedine Zidane, ex-jogador de futebol francês...neto de argelinos. Preciso dizer mais alguma coisa???
Divertidíssimo!! Filme de ação com todos os ingredientes pra um bolo escatológico. Elenco de primeira linha,corajoso até, pra aceitar participar de um filme tão underground. Cinema fantástico, no melhor sentido da palavra, com cenas absolutamente surreais com altas doses de non sense. Que venha logo a continuação, vai ser de pirar!! rs
Não é dos meu preferidos do Ricardo Darín, nemos ainda do ótimo diretor Pablo Trapero.
A destacar, a precariedade dos hospitais dos nossos hermanos,que, em relação aos nossos terá sido mera coinscidência!!
Gostei mesmo da atuação de Martina Gusman, a quem eu pouco conhecia como atriz. A única informação que eu tinha sobre ela até esse filme é que era esposa do diretor. Me surpreendeu com uma interpretação visceral. Gosto mais das atuação de Darín em filmes como "Nove rainhas", por exemplo, onde ele parece mais à vontade. Mas, nunca um filme com essa dupla pode ser rotulada como sofrível. No mínimo, ele é regular, salvo se vc for muito do contra ou ter uma predisposição negativa em relação ao cinema dos nossos vizinhos.
Que saudade da Praça Saes Peña!!! Da época em que nem metrô tinha ainda...rs A entrevista com o Aldir Blanc é impagável!! rs Outra informação importante é que eu não sabia que tanta gente ilustre já tinha morado na Tijuca. Filme que me trouxe saudosismo, mas concordo c algumas opiniões quando dizem que o filme, a certa altura, se tornou disperso e sem amarração, e a história da família, descontextualizada. Mas vale pelo retrato da capital da zona norte. Bons tempos!!!
São filmes como esse q me fazem gostar cada vez mais dos clássicos da era de ouro de Hollywood. Um duelo de atuações IRRETOCÁVEIS, no fim fiquei na dúvida de qual das 2 foi melhor, Anne Bancroft ou Patty Duke. Ambas fantásticas! Maravilhoso!!! (2)
O primeiro ponto positivo do documentário é nos mostrar uma faceta do estado do Rio de Janeiro, diferente do que sempre nos exibe a Vênus Platinada, que só conhece e só quer que se faça conhecer, a excrescência da zona sul carioca que ela exibe em toda e qualquer novela que produz. Só por isso, já nos presta um grande serviço esse tipo de documentário da vida real. Assim como os favelas-movies, que nos retrata o mesmo tipo de vicissitude dessas populações.
Quanto ao documentário, confesso que fiquei tocado em alguns momentos, com a simplicidade das pessoas que dele participaram. A crueza das cenas quando se descortina o habitat dessas pessoas é de embrulhar o estômago. Muitas vezes, se tem a impressão que o lar dessas pessoas é uma extensão do lugar onde labutam. Fico imaginando em que condições crescem aquelas crianças, como o da menina, que ao final do filme, já espera o seu terceiro filho, e que vive em condições sub-humanas, abaixo da linha de pobreza mesmo. Os que criticam a iniciativa de Vick Muniz devem ser aqueles que não saem do discurso vazio e recriminam os que resolvem agir. Belíssima a cena em que Zumbi acompanha com Vick um leilão em Londres das obras urdidas com a participação da comunidade do Jardim Gramacho. Isso não diminui em nada a vergonha de ver o Brasil, e mais especificamente, o Rio, como cenário dessa degradação humana. Não pelas pessoas lançarem mão do lixo como ferramentas da sua subsistência, mas pelo fato de serem tratadas como verdadeiras escórias humanas pelas autoridades que as deviam representar. É só ver o total descaso com que são vistas, ou ignoradas, os protagonistas dessa História. Quem cuida delas? Existe exemplo mais gritante de exclusão social? Onde estão os equipamentos de segurança pra essas pessoas terem minimamente atendidas as suas condições pra trabalhar em ambiente tão insalubre?? E as pessoas que deviam cobrar essas condições? Porque todo esse destaque aos supostos "líderes" da Associação desses catadores se eles não conferem condições mínimas de dignidade aos seus membros?
Bem, voltemos ao filme.. Malgrado todos esses contratempos, o filme tem uma carga emotiva que não pode ser desprezada. Os depoimentos são naturais e convincentes, a resignação idem. Curioso foi observar que nenhum dos envolvidos, depois de conhecer o outro lado da moeda, ratificou aquele discurso de amor eterno e orgulho por estar quase que literalmente, chafurdado no xorume do Jardim Gramacho.
Existem, claro, lições positivas no documentário que concorreu ao Oscar. Vick ensina a todos, que podemos mudar o destino e não desistir dos sonhos. Até aí... Bom foi saber que os dividendos das obras, reverteu em benefício daquela comunidade
Mais um filme superestimado. Se não fosse pela Natalie Portman seria mais um filme prosaico, comum, inconsistente. E um tanto inverossímil, ao meu ver. Quando que um diretor fala pra sua bailarina : "Quero que vc vá pra casa e se masturbe". Como se o ato de se masturbar, não fosse espontâneo e natural, tivesse que ser programado e imposto.
Comparado a outros filmes seus,esse eu considero o menor de Aronofsky. Natalie Portman, sim, está magnífica, mas isso é pouco pra credenciar esse filme à melhor do ano no Oscar. Muito embora, a safra atual seja medíocre. Nem a cena final me pareceu bem elaborada. Me lembro de um filme da década de 60 de Hitchcock ,chamado "Cortina rasgada", em que a cena do balé é muito superior em tudo à "Cisne...". Ou eu tô ficando saudosista, exigente ou chato mesmo. O fato é que não vi nada demais em "Cisne..". Quem sabe trocando os óculos...!!
Estou particularmente chocado comigo mesmo ao fazer com a afirmação seguinte pareça um demérito, mas, de fato, o filme é inferior ao livro: se aquele reles depoimento de uma garota fútil e mimada tinha de interessante somente as minúcias pornográficas e as reminiscências biográficas da adolescência de sua protagonista, o filme faz questão de omitir justamente isto e entrega-nos uma personagem vazia, ainda mais vazia do que já parecia antes. Deborah Secco até se esforça para obter uma caracterização decente, mas ela não é uma boa atriz. Bonita, sim, mas não uma boa atriz (pelo menos, não ainda). Apesar do elenco subaproveitado e do roteiro omisso, o que mais me irritou neste filme foi a trilha sonora anglofílica: como me pareceu xaroposa e insossa. Incomodou-me sobremaneira, quase tanto quanto o ranço conservador disfarçado de apologia à libertinagem (ou seria o inverso?) que o filme apresenta. (2) E alguém sabe me dizer o que tá fazendo a Fabíula Nascimento em um filme tão chinfrim?? É o típico caso de se dizer, não veja o filme, menos ainda leia o livro. Mas, a escolha é sua!!
Um bom filme sobre a tenacidade de dois jornalistas que perseguem obstinadamente a verdade sobre os meandros das atuações paramilitares na Espanha dos anos 80. Excelente radiografia da guerra suja que se trava entre os terroristas do ETA e o governo institucional. Mas, com bem diz um personagem, os dois lados agem à margem da lei. O destaque do filme é todo voltado pra investigação dos jornalistas acerca das arbitrariedades cometida por esse grupo, formado por elementos do próprio governo e seus asseclas. Como diz o editor-chefe do jornal para o qual trabalham, é um Watergate à moda espanhola, e como nesse, o trabalho dos jornalistas é coroado com êxito, apesar das turbulências que atravessam pelo caminho, como não podia deixar de ser. Vale como documento histórico, saber que a Espanha, superou não só o ditador Francisco Franco, como também os radicais dos dois lados e consolidou sua democracia apesar deles. Por essas e outras, vale uma espiada.
Bond demais!! Mas não deixa de ser curioso, pra não dizer, tosco, pra mim, ver Mathieu Amalric e Judi Dench num filme de ação sem que é pura forma, sem conteúdo algum. Mas vale pela diversão e pelas belas paisagens...
Acho que o que muita gente não entendeu, é que o filme é propositalmente focado no carcereiro de Mandela. E muitas dessas figuras que consideramos acessórias é que mudam substancialmente a vida daqueles que consideramos celebridades sim. Imagino que quem não gostou, esperava que o filme fosse uma apologia egocêntrica do expoente máximo do que se conhece como liberdade, que responde pelo nome de Nelson. Mas não há muito o que se falar desse longo período de reclusão a que ele foi submetido. Sua história fala por si. Desse que o maior ser humano vivo, na minha modesta opinião. Portanto, o filme cumpriu o seu papel, ao mostrar a conjuntura que emoldurava aqueles dias. E,James Gregory foi destemido sim, ao desafiar todas as convenções que se impunham, ao se aliar, e mais do que isso, colaborar, pra que Mandela resgatasse a sua liberdade, em detrimento até do seu futuro profissional. Cumpre lembrar a mudança de comportamento de sua esposa, papel de Diane Kruger, que a princípio contra, entendeu as razões de seu marido e cerrou fileiras com ele, enfrentando também toda sorte de adversidades, como ameaça à sua vida e de sua família. Confesso que o filme, em algumas passagens, me comoveu, e isso já é suficiente pra te-lo como diferenciado.
Um exemplo bem acabado de como um sentimento mefistofélico pode ser acalentado até que o momento da desforra se apresente. "A vingança é um prato que se come frio". Ainda assim, Mélanie ultrapassa todos os parâmetros, atingindo em cheio o âmago de uma família. Filme que trata do desapontamento e suas consequências. Dos sentimentos e suas nuances. Da sedução e suas armadilhas. Final incrivelmente original, revelando os limites ou a falta deles, quando se trata de desforra, fruto de não aceitação mal resolvida. Muita boa abordagem de um tema delicado, em que quase tudo fica subentendido, nada é explícito. Bom programa!
Cara,eu tô chocado!! Que turbilhão de sensações esse filme provoca. E que viagem no túnel do tempo! Começa pegando um trio de quase adolescentes imberbes, com um talento absurdo, e nos apresenta, pra quem desconhecia,a mais original e desbundante banda daqueles tempos,em que a criatividade fervilhava, no caldo cultural da época dos festivais. E tendo como padrinho, ninguém menos que Gilberto Gil. Áureos tempos! O filme avança, e mostra a trajetória dos Mutantes, desde o começo em programas de auditório à consagração internacional em sua turnê pela Europa. Nesse momento, ao que parece, começa a dissidência entre os integrantes da banda, seja pelo egocentrismo de Arnaldo, seja pela mudança de rumo das preferências musicais, uma vez que se começa a notar, a influência do rock progressivo no repertório do grupo. A isso soma-se a separação de Rita e Arnaldo quase simultaneamente. Desse ponto em diante, o documentário dá uma guinada e passa a acompanhar o calvário que se tornou a vida de Arnaldo pós-separação. Percebe-se claramente, que ele nunca superou a ausência quase insuportável da sua grande parceira musical. E afetiva, quem sabe! A atmosfera niilista, então, passa a acompanhar os passos que o artista percorre. As músicas tornam-se deprês, quase confessionais. E isso só tem fim, segundo suas próprias palavras quando ele "podou os galhos podres para crescerem mais fortes". Malgrado isso tivesse que se dar, com uma tentativa de suicídio. Arnaldo, então, ressucita. E ganha, enfim, a sua companheira definitiva. Incrível, que se vc fechar os olhos, até a voz nos remete à Rita. A partir desse episódio, explode com mais força a genialidade de Arnaldo Baptista. O resto é história! O reconhecimento na Câmara, o show do aniversário de SP, a apresentação com Julian Lennon, a apresentação em Londres, o reconhecimento internacional, muito mais do que em terras tupiniquins. Merece registro o silêncio de Rita Lee... Talvez nunca saibamos o que, de fato, aconteceu... Talvez um dia, tudo venha à tona... Assim, como veio, em bom tempo, esse "mea culpa" dos críticos e produtores musicais brasileiros a respeito de Arnaldo. Por fim, cabe aquele sempre boa e velha reflexão: os gênios são seres solitários e incompreendidos, em sua maioria. E quase sempre também, à frente do seu tempo. Isso se aplica à Arnaldo, e por extensão, aos Mutantes. Pena que, pra usar outro paroxismo, tudo o que é bom, dura pouco. Vida longa à Arnaldo !!!
Maravilhoso!!! Conflitos existenciais, elucubrações sem fim, Sartre, negações absolutas, discussões temáticas de larga complexidade...misture tudo isso num liquidificador e ligue na velocidade máxima. Eis, waking life...
"Quem se mistura com porcos, farelos come". Se ele foi mesmo esse "X-9" que nos relata o seu ex-contador, o que lhe aconteceu ainda foi pouco. Merecia mesmo é passar por tudo pelas quais as vítimas de suas delações passaram. Repito: isso, se for realmente verdadeiro o depoimento do ex-contador, segundo o qual, havia uma estreita relação entre o artista e o DOI-CODI. Aliás, Cláudio Manoel, Marcelo Madureira e os outros cassetas, é que parecem filhotes da ditadura, vide o último comentário deste a respeito do presidente Lula. Coisa típica de intolerante, preconceituoso e elitista. Quem sabe se eles tivessem vivido àquela época...
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraUma linda história de amor, maculada pela inconsistência no pertencimento a mundos diferentes.
Amanhã Nunca Mais
2.8 166Tadeu Jungle já nos brincou com programas underground como o extinto "Fábrica do Som". Não podia se esperar outra coisa nesse seu primeiro longa. Fantástica alegoria sobre o tempo e seus contratempos. Ao contrário dos que me antecederam, adorei o filme pela fina ironia e pela sua dinâmica frenética. Sem falar no seu senso de humor devastador. Tadeu Jungle e sua visão ácida e esperta sobre as agruras de uma cidade grande e seus tipos histriônicos. Filme bem bacana, com destaque pra mim, da atriz Fernanda Machado que eu não via em cena já a algum tempo, pq falar da atuação sempre competente de Lázaro Ramos, é ser redundante!
O Visitante
3.8 190Um Lindo filme, que não faz concessão à demagogias. Sensível sem ser oportunista. Trata do tema da imigração e das relações interpessoais tal como elas são. Fiquei cativado pelo enredo, embora tenha ficado c a impressão que o Prof. abriu mão muito facilmente de tudo que parecia importante que cruzou pela sua vida, depois do incidente do apartamento. O final é arrabatador, ainda q previsível, o que não tira o mérito do conjunto.
Caché
3.8 384 Assista AgoraSergio Roberto Broder
A meu ver, Haneke tenta fazer um painel psicossocial da relação entre dominado/dominador. Não é a toa que a nacionalidade de Majid é argelina, país símbolo da opressão francesa. Esse colonialismo tem seus reflexos até hoje, mas o diretor usa o microcosmo de uma família francesa pra denunciar a xenofobia que se deu, após a independência desses países que estavam sob o seu jugo. O sentimento de culpa dos franceses à época era muito grande. o que explica a acolhida de Majid por parte dos pais de George, idéia essa que não foi bem digerida pelo filho natural. Pierrot, por ser de uma outra geração, não compartilha desse divisionismo, e ao meu ver, tomou sim conhecimento das mazelas do seu pai. Basta ver como ele reage ao contato com os pais. Ora distante, ora raivoso. O filho de Majid, por sua vez, demonstra resignação à morte do pai, como se já previsse esse desfecho. Até a coisa do corte da cabeça do galo tem sua conotação. O galo é o mascote da França... Pra encerrar, dois detalhes: o comentário de Georges de que os desenhos tinham características infantis e o encontro dos filhos à porta do colégio...Ah! outro detalhe... Tem dois posteres no quarto de Pierrot : um do Eminem e outro de Zinedine Zidane, ex-jogador de futebol francês...neto de argelinos. Preciso dizer mais alguma coisa???
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraA vida é mesmo absurda (2)
Machete
3.6 1,5K Assista AgoraDivertidíssimo!! Filme de ação com todos os ingredientes pra um bolo escatológico. Elenco de primeira linha,corajoso até, pra aceitar participar de um filme tão underground. Cinema fantástico, no melhor sentido da palavra, com cenas absolutamente surreais com altas doses de non sense. Que venha logo a continuação, vai ser de pirar!! rs
Dzi Croquettes
4.4 244Agora sei de que fonte beberam "Secos e Molhados" e outros grupos menos votados...
Dzi Croquettes
4.4 244Absurdamente genial!! Ou seria genialmente absurdo??
Abutres
3.7 217 Assista AgoraNão é dos meu preferidos do Ricardo Darín, nemos ainda do ótimo diretor Pablo Trapero.
A destacar, a precariedade dos hospitais dos nossos hermanos,que, em relação aos nossos terá sido mera coinscidência!!
Gostei mesmo da atuação de Martina Gusman, a quem eu pouco conhecia como atriz. A única informação que eu tinha sobre ela até esse filme é que era esposa do diretor. Me surpreendeu com uma interpretação visceral.
Gosto mais das atuação de Darín em filmes como "Nove rainhas", por exemplo, onde ele parece mais à vontade. Mas, nunca um filme com essa dupla pode ser rotulada como sofrível. No mínimo, ele é regular, salvo se vc for muito do contra ou ter uma predisposição negativa em relação ao cinema dos nossos vizinhos.
Praça Saens Peña
2.7 32Que saudade da Praça Saes Peña!!!
Da época em que nem metrô tinha ainda...rs
A entrevista com o Aldir Blanc é impagável!! rs
Outra informação importante é que eu não sabia que tanta gente ilustre já tinha morado na Tijuca.
Filme que me trouxe saudosismo, mas concordo c algumas opiniões quando dizem que o filme, a certa altura, se tornou disperso e sem amarração, e a história da família, descontextualizada.
Mas vale pelo retrato da capital da zona norte. Bons tempos!!!
O Milagre de Anne Sullivan
4.4 217 Assista AgoraSão filmes como esse q me fazem gostar cada vez mais dos clássicos da era de ouro de Hollywood.
Um duelo de atuações IRRETOCÁVEIS, no fim fiquei na dúvida de qual das 2 foi melhor, Anne Bancroft ou Patty Duke. Ambas fantásticas!
Maravilhoso!!! (2)
Lixo Extraordinário
4.3 655O primeiro ponto positivo do documentário é nos mostrar uma faceta do estado do Rio de Janeiro, diferente do que sempre nos exibe a Vênus Platinada, que só conhece e só quer que se faça conhecer, a excrescência da zona sul carioca que ela exibe em toda e qualquer novela que produz. Só por isso, já nos presta um grande serviço esse tipo de documentário da vida real. Assim como os favelas-movies, que nos retrata o mesmo tipo de vicissitude dessas populações.
Quanto ao documentário, confesso que fiquei tocado em alguns momentos, com a simplicidade das pessoas que dele participaram. A crueza das cenas quando se descortina o habitat dessas pessoas é de embrulhar o estômago. Muitas vezes, se tem a impressão que o lar dessas pessoas é uma extensão do lugar onde labutam. Fico imaginando em que condições crescem aquelas crianças, como o da menina, que ao final do filme, já espera o seu terceiro filho, e que vive em condições sub-humanas, abaixo da linha de pobreza mesmo. Os que criticam a iniciativa de Vick Muniz devem ser aqueles que não saem do discurso vazio e recriminam os que resolvem agir. Belíssima a cena em que Zumbi acompanha com Vick um leilão em Londres das obras urdidas com a participação da comunidade do Jardim Gramacho. Isso não diminui em nada a vergonha de ver o Brasil, e mais especificamente, o Rio, como cenário dessa degradação humana. Não pelas pessoas lançarem mão do lixo como ferramentas da sua subsistência, mas pelo fato de serem tratadas como verdadeiras escórias humanas pelas autoridades que as deviam representar. É só ver o total descaso com que são vistas, ou ignoradas, os protagonistas dessa História. Quem cuida delas? Existe exemplo mais gritante de exclusão social? Onde estão os equipamentos de segurança pra essas pessoas terem minimamente atendidas as suas condições pra trabalhar em ambiente tão insalubre?? E as pessoas que deviam cobrar essas condições? Porque todo esse destaque aos supostos "líderes" da Associação desses catadores se eles não conferem condições mínimas de dignidade aos seus membros?
Bem, voltemos ao filme..
Malgrado todos esses contratempos, o filme tem uma carga emotiva que não pode ser desprezada. Os depoimentos são naturais e convincentes, a resignação idem. Curioso foi observar que nenhum dos envolvidos, depois de conhecer o outro lado da moeda, ratificou aquele discurso de amor eterno e orgulho por estar quase que literalmente, chafurdado no xorume do Jardim Gramacho.
Existem, claro, lições positivas no documentário que concorreu ao Oscar.
Vick ensina a todos, que podemos mudar o destino e não desistir dos sonhos. Até aí...
Bom foi saber que os dividendos das obras, reverteu em benefício daquela comunidade
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraMais um filme superestimado. Se não fosse pela Natalie Portman seria mais um filme prosaico, comum, inconsistente. E um tanto inverossímil, ao meu ver. Quando que um diretor fala pra sua bailarina : "Quero que vc vá pra casa e se masturbe". Como se o ato de se masturbar, não fosse espontâneo e natural, tivesse que ser programado e imposto.
Comparado a outros filmes seus,esse eu considero o menor de Aronofsky.
Natalie Portman, sim, está magnífica, mas isso é pouco pra credenciar esse filme à melhor do ano no Oscar. Muito embora, a safra atual seja medíocre.
Nem a cena final me pareceu bem elaborada. Me lembro de um filme da década de 60 de Hitchcock ,chamado "Cortina rasgada", em que a cena do balé é muito superior em tudo à "Cisne...". Ou eu tô ficando saudosista, exigente ou chato mesmo. O fato é que não vi nada demais em "Cisne..". Quem sabe trocando os óculos...!!
Bruna Surfistinha
2.9 3,0K Assista AgoraEstou particularmente chocado comigo mesmo ao fazer com a afirmação seguinte pareça um demérito, mas, de fato, o filme é inferior ao livro: se aquele reles depoimento de uma garota fútil e mimada tinha de interessante somente as minúcias pornográficas e as reminiscências biográficas da adolescência de sua protagonista, o filme faz questão de omitir justamente isto e entrega-nos uma personagem vazia, ainda mais vazia do que já parecia antes. Deborah Secco até se esforça para obter uma caracterização decente, mas ela não é uma boa atriz. Bonita, sim, mas não uma boa atriz (pelo menos, não ainda). Apesar do elenco subaproveitado e do roteiro omisso, o que mais me irritou neste filme foi a trilha sonora anglofílica: como me pareceu xaroposa e insossa. Incomodou-me sobremaneira, quase tanto quanto o ranço conservador disfarçado de apologia à libertinagem (ou seria o inverso?) que o filme apresenta. (2)
E alguém sabe me dizer o que tá fazendo a Fabíula Nascimento em um filme tão chinfrim??
É o típico caso de se dizer, não veja o filme, menos ainda leia o livro. Mas, a escolha é sua!!
O Garoto de Liverpool
3.8 1,0K Assista grátisFraco.....(2)
O mais do mesmo. Vai ficar de bom tamanho na sessão da tarde, daqui a alguns anos...
G-A-L- Grupo Anti-Terrorista de Liberação
3.0 7Um bom filme sobre a tenacidade de dois jornalistas que perseguem obstinadamente a verdade sobre os meandros das atuações paramilitares na Espanha dos anos 80. Excelente radiografia da guerra suja que se trava entre os terroristas do ETA e o governo institucional. Mas, com bem diz um personagem, os dois lados agem à margem da lei. O destaque do filme é todo voltado pra investigação dos jornalistas acerca das arbitrariedades cometida por esse grupo, formado por elementos do próprio governo e seus asseclas. Como diz o editor-chefe do jornal para o qual trabalham, é um Watergate à moda espanhola, e como nesse, o trabalho dos jornalistas é coroado com êxito, apesar das turbulências que atravessam pelo caminho, como não podia deixar de ser. Vale como documento histórico, saber que a Espanha, superou não só o ditador Francisco Franco, como também os radicais dos dois lados e consolidou sua democracia apesar deles. Por essas e outras, vale uma espiada.
007: Quantum of Solace
3.4 683 Assista AgoraBond demais!! Mas não deixa de ser curioso, pra não dizer, tosco, pra mim, ver Mathieu Amalric e Judi Dench num filme de ação sem que é pura forma, sem conteúdo algum. Mas vale pela diversão e pelas belas paisagens...
Mandela - A Luta pela Liberdade
3.8 104Acho que o que muita gente não entendeu, é que o filme é propositalmente focado no carcereiro de Mandela. E muitas dessas figuras que consideramos acessórias é que mudam substancialmente a vida daqueles que consideramos celebridades sim. Imagino que quem não gostou, esperava que o filme fosse uma apologia egocêntrica do expoente máximo do que se conhece como liberdade, que responde pelo nome de Nelson. Mas não há muito o que se falar desse longo período de reclusão a que ele foi submetido. Sua história fala por si. Desse que o maior ser humano vivo, na minha modesta opinião. Portanto, o filme cumpriu o seu papel, ao mostrar a conjuntura que emoldurava aqueles dias. E,James Gregory foi destemido sim, ao desafiar todas as convenções que se impunham, ao se aliar, e mais do que isso, colaborar, pra que Mandela resgatasse a sua liberdade, em detrimento até do seu futuro profissional. Cumpre lembrar a mudança de comportamento de sua esposa, papel de Diane Kruger, que a princípio contra, entendeu as razões de seu marido e cerrou fileiras com ele, enfrentando também toda sorte de adversidades, como ameaça à sua vida e de sua família. Confesso que o filme, em algumas passagens, me comoveu, e isso já é suficiente pra te-lo como diferenciado.
Ao Lado da Pianista
3.6 30Um exemplo bem acabado de como um sentimento mefistofélico pode ser acalentado até que o momento da desforra se apresente. "A vingança é um prato que se come frio". Ainda assim, Mélanie ultrapassa todos os parâmetros, atingindo em cheio o âmago de uma família. Filme que trata do desapontamento e suas consequências. Dos sentimentos e suas nuances. Da sedução e suas armadilhas. Final incrivelmente original, revelando os limites ou a falta deles, quando se trata de desforra, fruto de não aceitação mal resolvida. Muita boa abordagem de um tema delicado, em que quase tudo fica subentendido, nada é explícito. Bom programa!
Loki
4.4 180 Assista AgoraCara,eu tô chocado!! Que turbilhão de sensações esse filme provoca. E que viagem no túnel do tempo! Começa pegando um trio de quase adolescentes imberbes, com um talento absurdo, e nos apresenta, pra quem desconhecia,a mais original e desbundante banda daqueles tempos,em que a criatividade fervilhava, no caldo cultural da época dos festivais. E tendo como padrinho, ninguém menos que Gilberto Gil. Áureos tempos!
O filme avança, e mostra a trajetória dos Mutantes, desde o começo em programas de auditório à consagração internacional em sua turnê pela Europa. Nesse momento, ao que parece, começa a dissidência entre os integrantes da banda, seja pelo egocentrismo de Arnaldo, seja pela mudança de rumo das preferências musicais, uma vez que se começa a notar, a influência do rock progressivo no repertório do grupo. A isso soma-se a separação de Rita e Arnaldo quase simultaneamente. Desse ponto em diante, o documentário dá uma guinada e passa a acompanhar o calvário que se tornou a vida de Arnaldo pós-separação. Percebe-se claramente, que ele nunca superou a ausência quase insuportável da sua grande parceira musical. E afetiva, quem sabe! A atmosfera niilista, então, passa a acompanhar os passos que o artista percorre. As músicas tornam-se deprês, quase confessionais. E isso só tem fim, segundo suas próprias palavras quando ele "podou os galhos podres para crescerem mais fortes". Malgrado isso tivesse que se dar, com uma tentativa de suicídio. Arnaldo, então, ressucita. E ganha, enfim, a sua companheira definitiva. Incrível, que se vc fechar os olhos, até a voz nos remete à Rita. A partir desse episódio, explode com mais força a genialidade de Arnaldo Baptista.
O resto é história! O reconhecimento na Câmara, o show do aniversário de SP, a apresentação com Julian Lennon, a apresentação em Londres, o reconhecimento internacional, muito mais do que em terras tupiniquins.
Merece registro o silêncio de Rita Lee... Talvez nunca saibamos o que, de fato, aconteceu... Talvez um dia, tudo venha à tona... Assim, como veio, em bom tempo, esse "mea culpa" dos críticos e produtores musicais brasileiros a respeito de Arnaldo. Por fim, cabe aquele sempre boa e velha reflexão: os gênios são seres solitários e incompreendidos, em sua maioria. E quase sempre também, à frente do seu tempo. Isso se aplica à Arnaldo, e por extensão, aos Mutantes. Pena que, pra usar outro paroxismo, tudo o que é bom, dura pouco. Vida longa à Arnaldo !!!
O Visitante
3.8 190Que bom seria se a generosidade e o altruísmo também fossem globalizados...
Acordar para a Vida
4.3 789Assista a pelo menos três vezes...seguidas, de preferência! rs
Acordar para a Vida
4.3 789Maravilhoso!!! Conflitos existenciais, elucubrações sem fim, Sartre, negações absolutas, discussões temáticas de larga complexidade...misture tudo isso num liquidificador e ligue na velocidade máxima. Eis, waking life...
Simonal, Ninguém Sabe o Duro que Dei
4.0 127 Assista Agora"Quem se mistura com porcos, farelos come". Se ele foi mesmo esse "X-9" que nos relata o seu ex-contador, o que lhe aconteceu ainda foi pouco. Merecia mesmo é passar por tudo pelas quais as vítimas de suas delações passaram. Repito: isso, se for realmente verdadeiro o depoimento do ex-contador, segundo o qual, havia uma estreita relação entre o artista e o DOI-CODI. Aliás, Cláudio Manoel, Marcelo Madureira e os outros cassetas, é que parecem filhotes da ditadura, vide o último comentário deste a respeito do presidente Lula. Coisa típica de intolerante, preconceituoso e elitista. Quem sabe se eles tivessem vivido àquela época...