entre as muitas virtudes do filme eu percebi que nele nenhuma intimidade deixa de ser bastante (e lindamente) explorada, o que talvez seja raro. atuações (e significações) inesquecíveis. nó na garganta de lembrar do filme (que vi há alguns dias). nota máxima.
é, ela tem um estilo. quando eu vi "maria antonieta", todo mundo apontava só aquele desfile de figurinos ricos, e eu insistia naquilo que já era visível e maior (e brilhante) em sofia coppola: mostrar pouquíssimo e dizer muitíssimo. mas com "um lugar qualquer" ela resolveu dar aquela estragada nisso tudo. a maior parte do filme é uma sucessão de cenas burocráticas; dessa vez sofia chegou bem perto do absoluto nada. bom, aí veio uma cena na piscina, momento finalmente mais bem preenchido de alma; com muito atraso, era, afinal, a beleza que sofia coppola sabe criar.
o problema é que parecia ser o final, sabe? mas o filme continuava... e ainda trazia burocracia e algum outro falso final. só que chegou a viagem de carro rumo ao acampamento - de novo beleza; o telefonema aos soluços... e então o fim, propriamente - e, ironicamente, belíssimo como o estilo sofia coppola.
as vidas que você não sabe o que são nem onde; os planos paralelos (e o famoso palco e a cortina) com suas passagens... lynch tá todo aí. e sempe inesgotável, e sempre perturbador. demorei tanto pra ver esse filme, não sei por que. e por que saber por quê?
a partir da cena da assinatura do "contrato" meu queixo foi caindo, caindo... e eu me vi em contato direto com o que mais gosto no mundo, pelo menos quando é no das artes visuais: o delírio (e a total redutibilidade no termo empregado).
tudo o que o filme mostra, da forma como o faz, como projeções das vontades do protagonista durante sua inalcançável agonia, especialmente a vontade de tomar refrigerante (e isso eu digo sem o menor pudor), é de uma genuinidade dilacerante.
e o sofá... aquele recorrente sofá... metáfora sensibilíssima!
olha, me lascou todinho, esse filme. eu já sabia há algum tempo da fama de "um dos melhores atores de todos os tempos" que tem o laurence olivier - e vi o hamlet que ele fez no cinema. ok, o cara era bom. arthur miller... bem, esse me deu uma porrada com sua peça "a morte de um caixeiro-viajante", da qual já encenei trechos no curso de teatro que eu faço. e, que legal!, os dois estão lá no filme. que ainda tem a vivien leigh! ela, tão linda, tão grande, quando protagonizou com blanche dubois o filme de estréia do marlon brando - brando! -, "um bonde chamado desejo" (da peça do tennessee williams, também linda de lascar, trecho da qual eu também já andei encenando). é muita coisa, né? rs. e marilyn, rapaz... marilyn monroe. parece ser mesmo um mito estratosférico. sempre me deu curiosidade, também, e eu ainda pouco conheço. nunca senti propriamente admiração, mas uma grande curiosidade. acho que o único filme inteiro com ela que eu vi foi "o que terá acontecido a baby jane?" (estupendo trabalho de atriz da minha querida bette davis) - se não me engano, simplesmente a estréia de marilyn na tela grande. "sete dias com marilyn" me perturbou especialmente pela suposta forma de como aquela mulher, aquela criança frágil - melhor dizendo -, se sentia de fato. e a relação desse sentimento com sua própria busca como atriz. e, finalmente, como isso, que provavelmente resultaria nalgo desastroso - ou tão somente em nada -, se tornou uma alquimia tal que alimenta o mito - um mito de verdade, difícil de alcançar - até os dias de hoje. os momentos de profunda insegurança da marilyn no set, no filme - eu preciso confessar - de alguma forma, com alguma outra proporção e outros contextos, são alguns dos meus como ator em cena. buscando... buscando. e não é fácil. até um durão laurence olivier em "sete dias com marilyn" deve saber disso. ah, e à michelle williams... muito obrigado. é hora de ver mais filmes com marilyn, e compreender mais daquele ser humano artista. concordam? :)
nos momentos em que faltou FILME, aconteciam o que se tornou mais comum hoje em dia com esses filmes: sustos, com o volume bem alto no efeito sonoro. e apesar dessa fraqueza irritante, "a mulher de preto" é um entretenimento razoável... ah, é que eu gosto muuuito de filme de terror, vai!
Perfume: A História de um Assassino
4.0 2,2Kvi hoje pela 2a vez (desde 2006, quando vi no cinema). continua o mesmo. bendita enfleurage!
As Sessões
3.8 629 Assista Agoraentre as muitas virtudes do filme eu percebi que nele nenhuma intimidade deixa de ser bastante (e lindamente) explorada, o que talvez seja raro. atuações (e significações) inesquecíveis. nó na garganta de lembrar do filme (que vi há alguns dias). nota máxima.
V/H/S
3.0 747 Assista Agorao cara da floresta, que a câmera não conseguia filmar direito.. 'uôu!' também.
V/H/S
3.0 747 Assista Agoraa casa na última fita.. uôu!
O Jardim Secreto
4.0 1,2K Assista Agorauma história em que a primavera finalmente chega e invade tudo (e todos).
Faroeste Caboclo
3.2 2,4Ktão bom, que me fez enxergar a música (sem e com trocadilho).
Marina Abramovic: A Artista Está Presente
4.5 150e em 31 de maio, já verão, marina se levanta da cadeira no MoMA pela última vez, e é ovacionada.
um artista brutalmente entregue a seu ofício, como marina abramovic, me assusta e me impele. valeu, marina.
A Garota das Laranjas
4.1 8momentos bem, bem, etéreos.. valeu a pena ver, tão por acaso.
Django Livre
4.4 5,8K Assista Agoraos 'sangues' do tarantino são mesmo catárticos.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista Agora'we need to' see this movie.
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista Agora"and the oscar for best foreign language film goes to..."
Um Lugar Qualquer
3.3 810 Assista Agoraé, ela tem um estilo. quando eu vi "maria antonieta", todo mundo apontava só aquele desfile de figurinos ricos, e eu insistia naquilo que já era visível e maior (e brilhante) em sofia coppola: mostrar pouquíssimo e dizer muitíssimo. mas com "um lugar qualquer" ela resolveu dar aquela estragada nisso tudo. a maior parte do filme é uma sucessão de cenas burocráticas; dessa vez sofia chegou bem perto do absoluto nada. bom, aí veio uma cena na piscina, momento finalmente mais bem preenchido de alma; com muito atraso, era, afinal, a beleza que sofia coppola sabe criar.
o problema é que parecia ser o final, sabe? mas o filme continuava... e ainda trazia burocracia e algum outro falso final. só que chegou a viagem de carro rumo ao acampamento - de novo beleza; o telefonema aos soluços... e então o fim, propriamente - e, ironicamente, belíssimo como o estilo sofia coppola.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista Agoravou optar conscientemente pelo trocadilho barato: "intocáveis" é realmente tocante.
Eraserhead
3.9 922 Assista Agoraas vidas que você não sabe o que são nem onde; os planos paralelos (e o famoso palco e a cortina) com suas passagens... lynch tá todo aí. e sempe inesgotável, e sempre perturbador. demorei tanto pra ver esse filme, não sei por que. e por que saber por quê?
O Labirinto de Kubrick
3.4 181mas cadê o documentário? ainda não foi lançado?
A Casa Silenciosa
2.5 718 Assista Agoramania $$ irritante dos EUA fazerem remakes de filmes de fora.
[REC]³ Gênesis
2.2 1,5K Assista Agoranitidamente o filme tem uma 'capa' de piada. parece até ter se inspirado em
"kill bill".
minha frustração é porque eu achei que o 'gênesis' aí em questão remetesse à origem da coisa toda, e não ao
início da bíblia.
cadê a história da menina medeiros? impressionante como boas continuações são mesmo raríssimas.
Piranha 2
1.6 774 Assista Agoraé gringo e chama mesmo 'piranha'? e tem gostosa semi-nua sendo atacada? é sério? kkkkkkkkkkkkk
Fausto
3.4 220 Assista Agoraa partir da cena da assinatura do "contrato" meu queixo foi caindo, caindo... e eu me vi em contato direto com o que mais gosto no mundo, pelo menos quando é no das artes visuais: o delírio (e a total redutibilidade no termo empregado).
ou: david lynch pride. (será?)
Os Irmãos Grimm
3.3 571 Assista Agoraeu vi. sei lá, é bem bom, mas não é muito minha praia.
127 Horas
3.8 3,1K Assista Agoratudo o que o filme mostra, da forma como o faz, como projeções das vontades do protagonista durante sua inalcançável agonia, especialmente a vontade de tomar refrigerante (e isso eu digo sem o menor pudor), é de uma genuinidade dilacerante.
e o sofá... aquele recorrente sofá... metáfora sensibilíssima!
bravíssimo!
Sete Dias com Marilyn
3.7 1,7K Assista Agoraolha, me lascou todinho, esse filme.
eu já sabia há algum tempo da fama de "um dos melhores atores de todos os tempos" que tem o laurence olivier - e vi o hamlet que ele fez no cinema. ok, o cara era bom. arthur miller... bem, esse me deu uma porrada com sua peça "a morte de um caixeiro-viajante", da qual já encenei trechos no curso de teatro que eu faço. e, que legal!, os dois estão lá no filme. que ainda tem a vivien leigh! ela, tão linda, tão grande, quando protagonizou com blanche dubois o filme de estréia do marlon brando - brando! -, "um bonde chamado desejo" (da peça do tennessee williams, também linda de lascar, trecho da qual eu também já andei encenando). é muita coisa, né? rs. e marilyn, rapaz... marilyn monroe. parece ser mesmo um mito estratosférico. sempre me deu curiosidade, também, e eu ainda pouco conheço. nunca senti propriamente admiração, mas uma grande curiosidade. acho que o único filme inteiro com ela que eu vi foi "o que terá acontecido a baby jane?" (estupendo trabalho de atriz da minha querida bette davis) - se não me engano, simplesmente a estréia de marilyn na tela grande.
"sete dias com marilyn" me perturbou especialmente pela suposta forma de como aquela mulher, aquela criança frágil - melhor dizendo -, se sentia de fato. e a relação desse sentimento com sua própria busca como atriz. e, finalmente, como isso, que provavelmente resultaria nalgo desastroso - ou tão somente em nada -, se tornou uma alquimia tal que alimenta o mito - um mito de verdade, difícil de alcançar - até os dias de hoje.
os momentos de profunda insegurança da marilyn no set, no filme - eu preciso confessar - de alguma forma, com alguma outra proporção e outros contextos, são alguns dos meus como ator em cena. buscando... buscando. e não é fácil. até um durão laurence olivier em "sete dias com marilyn" deve saber disso. ah, e à michelle williams... muito obrigado.
é hora de ver mais filmes com marilyn, e compreender mais daquele ser humano artista. concordam? :)
A Mulher de Preto
3.0 2,9Knos momentos em que faltou FILME, aconteciam o que se tornou mais comum hoje em dia com esses filmes: sustos, com o volume bem alto no efeito sonoro. e apesar dessa fraqueza irritante, "a mulher de preto" é um entretenimento razoável... ah, é que eu gosto muuuito de filme de terror, vai!
Atividade Paranormal 3
2.9 1,9K Assista Agorarealmente o melhor dos 3. fazia tempo que um filme pra se ter medo não me dava..medo.
só pra mencionar uma: a cena do lençol "preenchido", perto da babysitter sentada