Assim como ocorreu com Ouija 2, a sequencia de Annabelle tem méritos em superar (e muito) seu filme original, mesmo não sendo os originais excelentes exemplos de filmes de terror. Ainda sim é preciso reconhecer que temos aqui um ótimo exemplo de filme de terror, ainda mais considerando a década atual.
O grande trunfo do filme são as atuações, costumeiro calcanhar de Aquiles de filmes do gênero, tanto garotas Lulu Wilson e Talitha Bateman, ambas ótimas em cena, quanto do veterano Anthony LaPaglia.
A direção do excelente diretor de curtas David F. Sandberg é segura e eficiente, acompanhada de uma ótima iluminação, ela mostra evolução em relação a seu último longa 'Quando as luzes se apagam'. Aqui ele alterna cenas com os famosos jumpscares com algumas outras sem este recurso tão criticado por muitos.
Se há algo que pode ser criticado na produção é o fato de ter mostrado demais. Quem aprecia filmes de terror com temática sobrenatural, sabe bem que a sugestão e o medo do desconhecido, causam mais horror do que a própria materialização destes medos. No entanto, esta sequencia caiu na mesma armadilha que 'Invocação do Mal 2' e abusou do numero de "criaturas" utilizado na projeção (existem horas em que o filme mais parece uma viagem em um trem fantasma do que um filme com assunto especifico).
Em suma, embora não seja perfeito e nem inovador, o filme consegue reverter um certo desgaste da serie de filmes iniciada com Invocação do Mal, deve-se também louvar a estrategia de concatenar este com o primeiro filme.
Um filme muito bem feito, que conta com uma atuação precisa e bem encaixada, tudo feito sem perder o rumo. Assim é Bingo, filme nacional que se junta a outros tantos que merecem ser vistos no cinema e não na tv.
O roteiro do filme é mais uma prova de que estórias reais podem ser ainda mais interessantes do que as inventadas por um roteirista. Ressalta-se que as adaptações feitas a estória real são necessárias para manter o equilíbrio do filme e torna-lo condizente com sua duração, sendo mais um mérito do roteiro o fato de que em momento algum este perde a mão ou se deixa levar para apelação.
A direção é ágil e bem feita, acompanhada de uma iluminação interessante, além de introduzir bons planos sequencia, algo incomum no cinema nacional.
Nas atuações, todas de bom nível, o grande destaque é Vladimir Brichta que conseguiu se encaixar extremamente bem no personagem, além de evitar certos vícios comuns á sua atuação.
Um dos poucos problemas do filme é o fato de em alguns breves momentos nos perguntarmos se a duração não está levemente exagerada, mas nada que atrapalhe muito a experiencia.
Contando com ótimas sequencias de ação quase ininterruptas, separadas por breves pausas e esporádicas cenas de alivio cômico, o fato é que a produção consegue êxito em manter a atenção do espectador e seu respectivo interesse pela próxima cena. Em parte, este sucesso acontece pelo fato da produção conseguir nos fazer simpatizar com o casal de protagonistas, pai e filha, mesmo o primeiro não sendo um personagem tão simpático.
O clima de tensão do filme é muito bem valorizado pelo seu ritmo e sua direção, sem comentar que já ganha pontos pelo clima claustrofóbico criado pelo próprio trem, realmente uma ideia muito boa. O filme segue sempre caminhando para situações cada vez mais complicadas e as esperanças do espectador quanto ao destino dos protagonistas vão se esvaindo, conforme se afunilam as chances dos sobreviventes. Isto tudo, aliado ao roteiro bem amarrado fazem com que as praticamente duas horas de duração não incomodem muito (embora 10 ou 15 min a menos não fariam muita falta).
As atuações, encabeçadas pelos astros coreanos Gong Yoo e Ma Dong-Seok (respectivamente pai e futuro pai de família) são de bom nível. A garotinha Kim Soo-Ahn também não faz feito.
Os efeitos especiais são simples, porém muito bem feitos. O estilo dos infectados é o mesmo de Guerra Mundial Z, a diferença é que aqui não temos o clima investigativo do filme americano, o foco é mesmo na ação. Portanto, podemos até imaginar Train to Busan quase como uma especie de prequel.
Em suma, muito superior aos filmes semelhantes lançados nos últimos anos, este é um filme que definitivamente vale a pena ser conferido.
Segundo remake lançado do mesmo filme e sempre com o mesmo nome, antecedido pelo belga (2008) do mesmo diretor e por um holandês de (2010). The Loft é um suspense interessante, marcado por um alto numero de plot twists, fato que deve agradar aos amantes de filmes com reviravoltas, mas que pode desagradar alguns espectadores, justamente pelo seu possível uso em excesso.
Como todas as tramas que giram em torno de um assassinato, o desafio aqui é manter a curiosidade dos espectadores pelo desfecho, algo que a produção consegue, muito graças ao roteiro bem escrito e bem amarrado.
Embora mostradas em segundo plano, já que o foco é mesmo os cinco protagonistas, o filme é recheado de belíssimas mulheres, mais conhecidas por suas participações em séries de tv, como: Rhona Mitra, Rachael Taylor e Margarita Levieva.
Nas atuações, nada de excepcional, os maiores destaques são Karl Urban e James Marsden, ambos conseguem acertar o tom dos personagens e gerar mais empatia que seus outros colegas de cena.
Embora haja quem possa criticar o uso de certo abuso de plot twists, é preciso admitir que todos são muito bem encaixados, exceto o último, que poderia ter sido dispensado ou substituído por algo mais crível.
Uma produção leve e divertida, mas que não deixa de passar boas mensagens para o espectador, principalmente sobre valores como a sinceridade e a honestidade. Fatos que tornam o filme interessante para os adultos e sem deixar de atrair a atenção das crianças.
As tramas paralelas dos personagens, apesar de seu alto numero, foram bem distribuídas e bem montadas, talvez com uma única exceção. Mas seu forte mesmo são as canções, que felizmente mesmo na versão dublada foram mantidas no idioma original.
A dublagem nacional é boa, só incomoda mesmo a voz de Sandy, devido a dificuldade natural de conseguirmos associar a mesma com a personagem. Já o 3D é inexistente e completamente desnecessário.
Em suma, Sing é uma produção interessante que atinge os objetivos a que se propõe e que vale a pena ser vista.
É obvio que não se pode ter a intenção de comparar este filme com o Frankenstein de Kenneth Branagh, por exemplo. No entanto, se considerarmos o elenco e o orçamento, o resultado aqui é mais do que decepcionante.
O roteiro faz quase um reboot/recriação livre da estória original, sem conseguir acrescentar nada de interessante, nem mesmo a básica discussão sobre vida e morte é bem feita (algo que deveria ser o principal foco de Frankenstein).
As atuações não são ruins, mas James McAvoy exagera no personagem e não chega nem perto de torna-lo simpático ao público. Aliás seu Victor é praticamente um personagem nulo, não causa empatia e nem ódio em quem assiste. Radcliffe praticamente toma conta do filme, algo que o ator definitivamente não está preparado para fazer, não sem poderes mágicos.
As criaturas de Victor são na verdade um reflexo do filme, incapazes de gerar algum tipo fascínio, acabam sendo descartadas sem o menor sacrifício. E assim o roteiro segue se desenrolando por uma série de cenas pouco envolventes, culminando com um final digno de séries de TV de segunda linha, deixando uma latente sensação de desperdício de tempo.
Mamula não deixa de ser um filme interessante, ainda mais por se tratar de um filme de baixo orçamento e que trás um tema que atrai a atenção de muitos. Contando com um cenário belíssimo, belas atrizes e o sempre bem vindo Franco Nero, o filme consegue garantir um bom clima de suspense, ao menos durante a sequencia da ilha
Convenhamos que foi extremamente desnecessário mostrar diversas sereias nadando em direção a cidade em busca de vingança. Acaba sendo uma mera banalização de um ser que deveria ser raro
.
A sereia, considerando os recursos limitados, é bem feita. E o fato de aparecer somente nos minutos finais, ajuda a manter o suspense pela sua aparência (embora poderiam haver menos cenas em CGI). A trilha sonora também funciona bem e ajuda na ambientação adequada.
Quem quiser assistir precisa ter consciência de que não adianta reclamar das atuações, quando apenas um dos atores pode ser considerado como tal. Embora esteja um nível acima de muitas porcarias que existem por aí, o filme é uma produção B e deve ser aceito como tal.
A ideia do filme é muito boa e a produção consegue criar um bom clima de suspense, muito ajudado pelo clima claustrofóbico que o trem consegue imprimir.
Aliás, todo o filme tem uma aparência de filmes de terror antigos e a opção por efeitos mecânicos e práticos ao invés do costumeiro abuso de CGI, como sempre é algo muito bem vindo. A aparência das criaturas irá desagradar alguns, mas nada que estrague muito a experiência.
O maior problema são algumas cenas como as de desunião entre alguns personagens, por vezes são exageradas, criam um certo clima inverossímil, ainda mais neste tipo de situação em que eles se encontram.
Mesmo tendo apenas atores com pouca rodagem as atuações não são ruins. E ver Sean Pertwee em outro filme de lobisomens, por si só já é muito legal, impossível não se lembrar do Sgt.Wells (Dog Soldiers - 2002).
Filmes de terror trash devem ser apenas curtidos e não avaliados criticamente. Sim em geral é fato, mas por outro lado, quem tem simpatia pelo gênero não pode deixar de notar problemas que poderiam ter sido evitados sem tanto esforço.
Condado Macabro é um slasher nacional feito como uma clara homenagem aos filmes do gênero, principalmente Massacre da Serra Elétrica. Dadas as péssimas condições de apoio ao cinema nacional, imaginem só no caso de filmes de horror, temos que aplaudir os idealizadores e produtores por conseguir levar a ideia a frente e concretiza-la.
No entanto, o filme é demasiadamente longo, algo que fará muitos desistirem antes de terminar. A ação também demora para acontecer, mas o pior é que nem roteiro e nem diretor se aproveitam disso para nos fazer criar um vinculo positivo com os personagens e então nos importarmos com eles. Com alguns personagens acontece até o contrário.
O roteiro que obviamente comete algumas gafes propositais, é repleto de humor, pena que a maior parte das piadas não funcione e a insistência nelas acaba por cansar muitos espectadores. Claro que existem também algumas boas perolas, tipo:
"Ele matou a Mari com uma machadada na cabeça, o que eu vou dizer pros meus pais ?"
Na parte técnica, a maquiagem é bem feita, mas a produção peca em usar CGI (ainda de má qualidade) em alguns efeitos que poderiam ter sido feitos de modo mais convincente com cortes de câmera e efeitos mecânicos. Os produtores deveriam aprender um pouco com Rodrigo Aragão, este por exemplo, consegue fazer coisa melhor com menos recursos.
Em suma, o filme é diversão garantida para os fãs do gênero, mas não deve agradar muito o espectador em geral. De qualquer modo, como diria um amigo, um filme que termina com peitinhos, não pode ser de todo ruim.
É ótimo ver que o cinema nacional aos poucos vai saindo da mesmice. Que venham mais filmes assim.
Delicado e envolvente, Pequeno Segredo é um filme que merece ser assistido. Baseado em um livro homônimo escrito por Heloísa Schurmann, é difícil não se envolver com a estória da menina Kat. O filme, apesar de inicialmente trabalhar com duas estórias paralelas é centrado na relação entre mãe adotiva e filha, vividas por Júlia Lemmertz e a estreante Mariana Goulart.
Nas atuações Júlia Lemmertz está excelente, sensível ela acerta o tom em cheio. Já Mariana Goulart está longe de ir mal, no entanto, falta-lhe um pouco mais de carisma, algo que poderia fazer o espectador se sensibilizar ainda mais com a personagem. Falando em carisma, ele também falta a Erroll Shand, o neozelandês infelizmente é fraco e o personagem ganharia bastante com um ator mais experiente.
A opção por contar a estória de forma não linear (diferentemente do livro) se mostra acertada, com uma narrativa organizada e sem pontas soltas, ela consegue dar ritmo ao filme e só deve incomodar mesmo os mais preguiçosos ou aqueles que tiverem má vontade com a produção.
A direção de David Schurmann é competente, embora não nos deixe de fazer pensar que nas mãos de um diretor mais experiente, o filme poderia ter sido ainda melhor.
Se o intuito do filme é emocionar, ele definitivamente consegue. E o melhor é que consegue emocionar de forma simples, singela e não apelativa. Dadas as características da estória seria muito fácil e talvez até tentador apelar para cenas fortes de sofrimento e angustia, mas não o fazem, talvez até como forma de preservar a própria família Schurmann. Haverão aqueles que possam reclamar da existência de clichês, mas será que existem estórias de amor sem clichês ?
Antes de mais nada, quem for assistir ao filme não deve esperar nada parecido com Independence Day, mas sim por algo mais próximo aos filmes de invasão alien do passado, como Invasores de Corpos, por exemplo. Muito embora este seja inferior a ambos.
Aqui os efeitos especiais são deixados em segundo plano, tanto em quantidade, quanto em qualidade
(o efeito do capacete que detectaria os invasores então, chega a ser ridículo).
No filme, o foco é ou ao menos deveria ser o drama e o romance entre os personagens. Infelizmente nada disso funciona, nem o drama da busca pelo irmão perdido e tão pouco o envolvimento entre os personagens principais, sendo ambos rasos e forçados.
A trama é mais uma da leva de filmes sobre futuros distópicos com personagens adolescentes que assola os últimos anos, o pior é que infelizmente este é um dos piores exemplares, muito devido ao roteiro fraco e repleto de falhas e do diretor novato.
Nas atuações nenhum destaque, Chloë Grace Moretz parece ter entrado para o elenco apenas com o nome e nada mostra de útil. Já os veteranos Liev Schreiber e Maria Bello apenas desfilam excesso de canastrice.
É o tipico filme sessão da tarde que apesar da sinopse chamar a atenção e de começar bem nos primeiros minutos, em seguida decepciona, algo a ponto da segunda metade se tornar algo maçante. Parece que apesar de se basear em um livro que já tem uma segunda parte, as telas dificilmente verão a continuação.
Em que pese o inicio interessante e o bom ritmo que permeia todo o primeiro quarto do filme, na sequencia vemos uma produção que custa a se decidir exatamente o que é. Dividido entre o romance e a ação defenestradora de zumbis, ele acaba se tornando chato, justamente por não seguir com competência nenhum dos dois caminhos. Logo, a estória que eventualmente pode funcionar em um livro (eu não o li), nas telas não convence.
Nas atuações, o único destaque positivo vai mesmo para a protagonista Lily James, quase em um Downton Abbey revival, a moça mostra que tem carisma e segura a personagem dentro de padrões aceitáveis. Além dela temos o bom Charles Dance, aqui incrivelmente desperdiçado. Já os demais, apenas variam entre os excessivamente canastrões e os completamente apagados.
É preciso dar pontos para a ambientação bem realizada, tanto em locações quanto em termos de figurino, além da maquiagem bem feita. No mais, se faltou competência ao roteiro, faltou também a direção de Burr Steers, parece que atuar em filmes de Tarantino não o fez aprender muita coisa.
Em suma, este é o tipico filme que deve ser visto com boa vontade e pipoca na mão, principalmente por aqueles que não leram nenhum dos livros, nem o original e nem a versão aqui transportada para as telas.
O filme é um suspense competente, ajudado pelo elenco repleto de bons atores, algo que faz com que mesmo personagens relativamentre pequenos, como os interpretados pelos ótimos Luke Evans e Edgar Ramirez, apareçam bem.
Embora se trate de mais um filme cujo objetivo principal seja descobrir o autor de um desaparecimento e possível assassinato, a complexidade dos personagens acabam tornando a narrativa mais interessante. Aqui não existem personagens perfeitos e todos devem alguma coisa. E o roteiro usa bem as ferramentas convencionais deste tipo de filme para confundir o espectador sobre a autoria do crime, embora o foco varie tantas vezes de personagem a ponto de cansar alguns espectadores mais afoitos. Ao contrário do que alguns dizem, o final não é nada óbvio.
As atuações estão todas em ótimo nível, destaque para a interpretação de Emily Blunt que é segura e nada clichê, algo comum de ocorrer em personagens alcoólatras. A atriz a muito tempo vinha devendo uma personagem complexa e que lhe exigisse mais de seu talento. Também não se pode deixar de perceber como a semelhança física de Haley Bennett com Jennifer Lawrence é realmente impressionante.
Em que pese, a existência de clichês do gênero e de algumas partes relativamente monótonas, o filme é uma boa pedida para fãs de suspenses investigativos, um gênero de filme que parece ter se tornado cada vez mais raro no cinema.
A despeito da comparação imediata com o original, comédia que marcou época nos anos 80, e todas as possíveis criticas que advém disto, o filme consegue ser competente e acaba por se transformar em uma justa homenagem ao clássico.
Como se fosse um mix de remake com reboot, mesmo contando com algumas situações idênticas, o filme possui uma identidade própria, contando com piadas e referencias devidamente atualizadas, flui bem aproveitando-se do carisma de Ed Helms.
Nas atuações, toda a família se apresenta bem, Ed Helms e Christina Applegate inclusive demonstram uma química muito parecida com a que, Clark e Ellen, o casal original possuía. Aliás, o casal rapidamente aparece lá pelas tantas para dar o ar da graça. Impossível não ter a impressão de que Chevy Chase parece ter perdido o timing de comédia que apresentou em diversos filmes no passado.
Pena que desta vez, a chegada em Walley World não tenha o mesmo peso que havia no filme de 83. Assim como também faz falta, a corrida em câmera lenta no estacionamento do parque, cena clássica e absolutamente inesquecível
Se de fato não é uma comédia excepcional, e tão pouco é melhor que o original, não deve nada ao nível das comédias dos últimos anos e serve para os hoje adultos relembrarem a comédia que marcou a infância e a adolescência de muita gente.
Pets é um tipico filme infantil que também deve agradar aos adultos, embora não tantos como ocorreu em outras grandes animações recentes. O fato é que o filme não apela para o drama ou para o mero sentimentalismo, o que torna a produção ainda mais divertida e agradável, porém sem conseguir tocar os sentimentos do espectador.
Verdade que as melhores cenas estão mesmo nos trailers que focam especificamente no que seria a rotina dos animais de estimação quando estão desacompanhados de seus donos
(o problema é que 90% destas cenas já estavam contidas nos trailers).
Além disso a produção mostra uma aventura dos pets pelas ruas e esgotos de Nova York, lembrando consequentemente Toy Story.
A dupla de personagens principais, os cãezinhos Max e Duke, funciona perfeitamente e dificilmente não ganharam uma continuação, assim como seus parceiros. Já o vilão Snowball soa um tanto apelativo e por que não dizer sem proposito.
Em suma, a produção é uma boa pedida para crianças e para adultos que possuam pets em casa. Mas deve possivelmente deve passar em branco para aqueles que não se enquadrarem em uma destas opções.
Para mim, não há dúvidas que o melhor produto de Star Trek é mesmo a sua série original. Sendo os demais produtos (séries e filmes) mera tentativa de alcançar, sem sucesso, aquilo que originalmente, Kirk e sua tripulação conseguiram.
No entanto, em matéria de cinema, sempre achei os filmes da série original muito lentos e quase sem ação. Sendo que na ampla maioria das vezes haviam problemas "complexos", resolvidos apenas no final e com soluções rápidas e fáceis. O fato é que tanto estes filmes, quanto a série, sempre valorizaram mais os diálogos e os dilemas morais e existenciais dos personagens em detrimento da ação ou do que poderia se chamar de aventura intergalática. Algo que não necessariamente é ruim, mas que deixava sempre um ar de que faltou algo.
Pois, tive a mesma sensação ao ver os dois primeiros filmes desta nova trilogia, algo que não me agradou (ainda que o segundo fosse mais dinâmico e tivesse um pouco mais de ação envolvida).
Neste filme, a situação é diferente, ponto para o ator e roteirista Simon Pegg, e também para o diretor, que faz um ótimo trabalho em evitar o uso dos já tão conhecidos dilemas dos personagens e partir para ação (dentro e fora da nave), explorando bem as habilidades de cada personagem. Aqui finalmente, temos batalhas espaciais dignas, garantindo uma ótima experiência em IMAX e espaços bem distribuídos para quase todos os personagens principais (Uhura aqui, não foi uma sorteada).
Alguns podem reclamar que não houve um bom desenvolvimento dos personagens, mas na verdade isto não era necessário, pois não há personagens novos na tripulação, e suas histórias já haviam sido bem caracterizadas nos outros dois filmes. Em suma, era mesmo a hora de partir para a ação e nos brindar com mais diversão.
As atuações estão todas de bom nível, mas com destaque especial para Karl Urban que conseguiu relembrar o saudoso DeForest Kelley em sua melhor fase como Dr. MacCoy. E mais uma vez para Zachary Quinto, mostrando novamente ter sido a melhor escolha possível para o papel de Spock.
Um dos pontos negativos do filme é a grande quantidade de cenas escuras em sua primeira metade, algo que definitivamente não combina com a câmera frenética de Justin Lin. O 3D inexistente (não há sequer uma cena que o justifique) é algo que precisa ser amplamente divulgado, pois é preciso acabar com este tipo de enganação com urgência.
Em suma, parece ter sido um ótimo fechamento e uma excelente oportunidade de encerrar esta "nova fase" nos cinemas. Se por acaso havia uma homenagem a ser feita, esta já foi realizada. Como tudo na vida é preciso saber a hora de parar.
Não só pelas locações, como pelo estilo de desenvolvimento, este é um filme que podemos classificar como um tipico filme de ação europeu. Contando com um roteiro com o estilo característico de Luc Besson, aqui a ação acaba servindo mesmo é como pano de fundo para o drama familiar do protagonista. Uma ótima ideia que talvez não tenha sido abordada como poderia.
Nas atuações temos um burocrático e envelhecido Kevin Costner que infelizmente parece meio "pesado", como se não conseguisse se entregar completamente ao personagem. Cercado pelo interessante elenco feminino, composto pela sempre belíssima Connie Nielsen (prometia uma carreira mais interessante) que infelizmente aparece pouco, a atualmente promissora Hailee Steinfeld que vai bem apesar de possuir um par de cenas clichês e a outrora boa aposta Amber Heard em um personagem meramente decorativo e que aparentemente tem como único objetivo mostrar seu belo rosto e suas belas pernas.
As cenas de ação são bem conduzidas e bem balanceadas com cenas de humor leve. O roteiro simples e honesto, sem reviravoltas desnecessárias ou tramas complicadas, agrada. Assim como agrada também o método realístico de filmagens (com uma ou outra exceção) sem apelação para coreografias extremamente elaboradas ou recursos computacionais.
Em suma, trata-se de um tipico filme de sábado a noite ou domingo a tarde. Daqueles que se deve acompanhar sem muitas expectativas.
Visions é mais uma vitima fatal do péssimo e já notoriamente conhecido, processo de escolha de títulos nacionais. É um filme de ritmo lento, mais focado no suspense e que tem como seu melhor ponto um roteiro pé no chão e dotado de explicações lógicas. Algo pouco comum atualmente.
Baseados na velha formula dos sustos por jump scares, o filme até consegue inovar, infelizmente no caso. Em uma cena, ouvimos um estampido sem que absolutamente nada aconteça. Seria mesmo intenção de lançar esta invenção do longa? poderíamos chama-lo talvez de jump sem scare? Quem sabe.
As atuações definitivamente são o ponto fraco do filme, incrível como todos tem atuações quase robóticas e não conseguem gerar empatia no espectador. A protagonista Isla Fisher (sinceramente não me lembrava dela antes) que domina 80% das cenas é sonsa e desinteressante. Os mais conhecidos Eva Longoria e Jim Parsons, a primeira estranhamente feia e o segundo estranhamente sem carisma, também passam completamente em branco no pouco que aparecem.
O final, apesar de não possuir um twist bombástico, consegue ser surpreendente e garante sozinho uns bons pontos para avaliação do filme que apesar de não ser de todo ruim é mesmo no estilo daqueles que a tv aberta gosta de exibir nos sábados a noite.
O filme é um road movie competente, inspirado no padrão americano, conta com um bom elenco que consegue sustentar a estória sem dificuldades. Viajando entre o drama e a comédia leve, ele agrada com facilidade, e é capaz de levar qualquer pessoa a refletir sobre situações da própria vida.
Todo o elenco se comporta bem e consegue manter a trama em ótimo nível, principalmente o trio de protagonistas Braga/Guimarães/Assunção. A primeira dispensa apresentações e mantém seu nível habitual. Ingrid Guimarães fugindo um pouco de comédias rasgadas (Brazilian style) faz aqui algo que deveria fazer com mais frequência e Fábio Assunção, a um passo de assumir o galã quarentão, mostra que é mesmo um bom ator, infelizmente marcado por sua vida pessoal.
O roteiro sem grandes reviravoltas de fato o torna um pouco cansativo em alguns momentos, algo absolutamente normal para um filme do gênero.
Em suma, pode não ser excepcional, mas é uma boa resposta para quem cobra novidades do cinema nacional.
Apenas para esclarecer, pois não me lembro muito do filme, The Source foi feito para ser uma trilogia. Por isso, o final pouco conclusivo. Foi uma produção do canal Sci-fi feita direto para TV, mas devido as péssimas criticas, a ideia da trilogia morreu por aqui. De bom aqui só a coragem de fazer um filme 18 anos, embora nem seja para tanto.
Dizer que o "O Conto dos Contos" não é um filme para qualquer um, apesar de ser bastante tentador, não seria justo. Na verdade, alcançar empatia para com o filme é mais complexo para quem não estiver disposto a aceitar a proposta da produção.
Baseado na obra de Gianbattista Basile, o verdadeiro pai dos contos de fadas. O longa mostra os contos de fadas como eles realmente são: fantasiosos, deslumbrantes e não necessariamente felizes. O filme é um verdadeiro primor em todos os quesitos técnicos, esteticamente perfeito, ele é mais uma prova de que é possível fazer muito, mesmo sem tanto orçamento.
Contando com um elenco excelente, onde é difícil apontar quem mais tenha se destacado (fato que Salma Hayek e Toby Jones roubam a cena sempre que aparecem), cabe uma menção honrosa à jovem Bebe Cave que conseguiu se sair bem como uma "donzela indefesa" sem cair no clichê.
É fato que a opção das três estórias terem sido distribuídas ao longo de toda a produção, atrapalha um pouco o andamento do filme, quebrando o ritmo de determinadas sequencias. Apesar dos efeitos de fade in e fade out ajudarem a não deixar o espectador confuso, forçar o público a pausar seu conto favorito, para por vezes acompanhar parte daquele que menos lhe agrada, definitivamente não foi uma boa escolha. Talvez a única aqui presente.
Seguindo um ritmo extremamente familiar aos adeptos da leitura, esta produção européia, sem os maneirismos e didatismos das produções americanas, consegue com sua direção segura aliada à perfeita fotografia, que muito bem se utiliza dos belíssimos cenários e das cores aplicadas da forma correta, ajudam o espectador a mergulhar de cabeça nas estórias. E por que não dizer, ansiar por outras produções semelhantes.
Nocaute não é apenas mais um filme sobre boxe (esporte que está atualmente em baixa fora dos EUA, mas que nunca deixou de empolgar no cinema), mas sim um drama familiar e de superação competente. Apesar de não haver nada aqui que não tenha sido mostrado em algum filme da série Rocky, ainda sim a experiência em assisti-lo é extremamente positiva.
A coreografia das lutas é muito bem feita e as pontuais cenas de luta em primeira pessoal empolgam e felizmente não enjoam, pois não ocorrem em demasia. A parte dramática pode possuir alguns clichês inevitáveis do cinema, mais criticar isso seria um exagero. O roteiro consegue se desenvolver bem sem ser apelativo, além de não ser nada cansativo, apesar das duas horas de duração.
A direção firme e ágil de Antoine Fuqua, adaptada a filmes de ação, faz aqui mais um ótimo trabalho.
Nas atuações Jake Gyllenhaal faz mais um excelente trabalho e mostra novamente que já se consolidou como um dos grandes atores da atualidade, faltando-lhe apenas participar de filmes com potencial em vencer prêmios. Além disso é preciso comentar o admirável esforço do ator na preparação para interpretar um lutador, a exigência de trabalhar meses para alcançar as transformações físicas necessárias é algo admirável e atores como Gyllenhaal e Bale devem ser louvados por isso. Forest Whitaker e 50 Cent vão bem, mas no segundo falta espontaneidade e incomoda um pouco o fato dele aparecer quase sempre de lado e com a meio cabeça baixa.
Em suma, o filme certamente não irá decepcionar aqueles que são fãs de filmes sobre boxe. Aqueles que não são fãs do esporte também merecem dar-lhe uma chance e assisti-lo.
Este é um daqueles filmes cujos quesitos técnicos são praticamente os únicos pontos a se destacar positivamente. Sem dúvidas, o visual e os efeitos especiais são os pontos fortes da produção, mas infelizmente o roteiro é um elo fraco em demasia e a falta de conteúdo do filme é obvia. Em filmes assim, a única recomendação possível é a de assistir de mente aberta e sem exigir muito.
Trata-se de um filme infantil, mas filmes infantis não necessariamente precisam abusar da falta de profundidade no desenvolvimento dos personagens e tão pouco evitar embasar suas atitudes. As melhores animações da atualidade são a maior prova disto, vide Divertidamente e Zootopia .
Nas atuações, Mia Wasikowska é o grande destaque, mais segura e a vontade do que no filme anterior, ela praticamente carrega a trama costas. Enquanto que Johnny Depp e Anne Hathaway aparecem sem graça e em atuações quase robóticas (piloto automático on). Helena Bonham Carter, cujo personagem não tem tanto destaque está bem, muito pouco para o que sempre se espera dela.
A direção de James Bobin é boa e atenta aos detalhes, mas sem megalomânica e o excesso de repetição de Tim Burton, mas infelizmente perde um pouco a mão em alguns momentos e deixa o filme correr solto, demonstrando certa falta de objetividade.
Em suma, trata-se de um filme que agradará as crianças, mas infelizmente não fará o mesmo com a maioria dos adultos. Fosse uma obra 100% original, menos mal, mas adaptações de obras literárias devem carregar em si a obrigação de fazer bem mais do que encontramos aqui.
O filme é um thriller interessante, embora não seja uma estória nada original é daqueles filmes que valem ser vistos. Ao menos em dias de chuva e sem muitas expectativas. O clima claustrofóbico criado pela maioria das cenas se passarem em um lugar fechado é um ponto positivo, mas poderia ter sido mais bem aproveitado.
As atuações não fazem feio, mas são apenas adequadas, John Cusack repete aqui um tipo de personagem que lhe cai bem, mas que já ficou muito recorrente em sua filmografia. Ele que tem talento para comédia deveria investir um pouco mais em filmes que tenham um clima menos pesado. Malin Akerman linda como sempre, vai bem, mas não conseguiu angariar toda a simpatia pretendida para o casal de protagonistas, este era o objetivo da personagem.
Infelizmente, além de deixar de explorar melhor os personagens, como o relacionamento entre Emerson e Grey, também existem alguns furos no roteiro que poderiam ser evitados.
O que mais me incomodou, por exemplo, foi lançar a ideia de que os terroristas estavam tentando perfurar a porta de entrada da instalação para forçar a entrada e depois abandona-la sem explicação e inclusive sem marcas na suposta porta.
Em resumo pode não ser excepcional, mas também não é decepcionante, e sim está acima da média.
Annabelle 2: A Criação do Mal
3.3 1,1K Assista AgoraAssim como ocorreu com Ouija 2, a sequencia de Annabelle tem méritos em superar (e muito) seu filme original, mesmo não sendo os originais excelentes exemplos de filmes de terror. Ainda sim é preciso reconhecer que temos aqui um ótimo exemplo de filme de terror, ainda mais considerando a década atual.
O grande trunfo do filme são as atuações, costumeiro calcanhar de Aquiles de filmes do gênero, tanto garotas Lulu Wilson e Talitha Bateman, ambas ótimas em cena, quanto do veterano Anthony LaPaglia.
A direção do excelente diretor de curtas David F. Sandberg é segura e eficiente, acompanhada de uma ótima iluminação, ela mostra evolução em relação a seu último longa 'Quando as luzes se apagam'. Aqui ele alterna cenas com os famosos jumpscares com algumas outras sem este recurso tão criticado por muitos.
Se há algo que pode ser criticado na produção é o fato de ter mostrado demais. Quem aprecia filmes de terror com temática sobrenatural, sabe bem que a sugestão e o medo do desconhecido, causam mais horror do que a própria materialização destes medos. No entanto, esta sequencia caiu na mesma armadilha que 'Invocação do Mal 2' e abusou do numero de "criaturas" utilizado na projeção (existem horas em que o filme mais parece uma viagem em um trem fantasma do que um filme com assunto especifico).
Em suma, embora não seja perfeito e nem inovador, o filme consegue reverter um certo desgaste da serie de filmes iniciada com Invocação do Mal, deve-se também louvar a estrategia de concatenar este com o primeiro filme.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraUm filme muito bem feito, que conta com uma atuação precisa e bem encaixada, tudo feito sem perder o rumo. Assim é Bingo, filme nacional que se junta a outros tantos que merecem ser vistos no cinema e não na tv.
O roteiro do filme é mais uma prova de que estórias reais podem ser ainda mais interessantes do que as inventadas por um roteirista. Ressalta-se que as adaptações feitas a estória real são necessárias para manter o equilíbrio do filme e torna-lo condizente com sua duração, sendo mais um mérito do roteiro o fato de que em momento algum este perde a mão ou se deixa levar para apelação.
A direção é ágil e bem feita, acompanhada de uma iluminação interessante, além de introduzir bons planos sequencia, algo incomum no cinema nacional.
Nas atuações, todas de bom nível, o grande destaque é Vladimir Brichta que conseguiu se encaixar extremamente bem no personagem, além de evitar certos vícios comuns á sua atuação.
Um dos poucos problemas do filme é o fato de em alguns breves momentos nos perguntarmos se a duração não está levemente exagerada, mas nada que atrapalhe muito a experiencia.
Invasão Zumbi
4.0 2,0K Assista AgoraContando com ótimas sequencias de ação quase ininterruptas, separadas por breves pausas e esporádicas cenas de alivio cômico, o fato é que a produção consegue êxito em manter a atenção do espectador e seu respectivo interesse pela próxima cena. Em parte, este sucesso acontece pelo fato da produção conseguir nos fazer simpatizar com o casal de protagonistas, pai e filha, mesmo o primeiro não sendo um personagem tão simpático.
O clima de tensão do filme é muito bem valorizado pelo seu ritmo e sua direção, sem comentar que já ganha pontos pelo clima claustrofóbico criado pelo próprio trem, realmente uma ideia muito boa. O filme segue sempre caminhando para situações cada vez mais complicadas e as esperanças do espectador quanto ao destino dos protagonistas vão se esvaindo, conforme se afunilam as chances dos sobreviventes. Isto tudo, aliado ao roteiro bem amarrado fazem com que as praticamente duas horas de duração não incomodem muito (embora 10 ou 15 min a menos não fariam muita falta).
As atuações, encabeçadas pelos astros coreanos Gong Yoo e Ma Dong-Seok (respectivamente pai e futuro pai de família) são de bom nível. A garotinha Kim Soo-Ahn também não faz feito.
Os efeitos especiais são simples, porém muito bem feitos. O estilo dos infectados é o mesmo de Guerra Mundial Z, a diferença é que aqui não temos o clima investigativo do filme americano, o foco é mesmo na ação. Portanto, podemos até imaginar Train to Busan quase como uma especie de prequel.
Em suma, muito superior aos filmes semelhantes lançados nos últimos anos, este é um filme que definitivamente vale a pena ser conferido.
Prazeres Mortais
3.3 304 Assista AgoraSegundo remake lançado do mesmo filme e sempre com o mesmo nome, antecedido pelo belga (2008) do mesmo diretor e por um holandês de (2010). The Loft é um suspense interessante, marcado por um alto numero de plot twists, fato que deve agradar aos amantes de filmes com reviravoltas, mas que pode desagradar alguns espectadores, justamente pelo seu possível uso em excesso.
Como todas as tramas que giram em torno de um assassinato, o desafio aqui é manter a curiosidade dos espectadores pelo desfecho, algo que a produção consegue, muito graças ao roteiro bem escrito e bem amarrado.
Embora mostradas em segundo plano, já que o foco é mesmo os cinco protagonistas, o filme é recheado de belíssimas mulheres, mais conhecidas por suas participações em séries de tv, como: Rhona Mitra, Rachael Taylor e Margarita Levieva.
Nas atuações, nada de excepcional, os maiores destaques são Karl Urban e James Marsden, ambos conseguem acertar o tom dos personagens e gerar mais empatia que seus outros colegas de cena.
Embora haja quem possa criticar o uso de certo abuso de plot twists, é preciso admitir que todos são muito bem encaixados, exceto o último, que poderia ter sido dispensado ou substituído por algo mais crível.
Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
3.8 569Uma produção leve e divertida, mas que não deixa de passar boas mensagens para o espectador, principalmente sobre valores como a sinceridade e a honestidade. Fatos que tornam o filme interessante para os adultos e sem deixar de atrair a atenção das crianças.
As tramas paralelas dos personagens, apesar de seu alto numero, foram bem distribuídas e bem montadas, talvez com uma única exceção. Mas seu forte mesmo são as canções, que felizmente mesmo na versão dublada foram mantidas no idioma original.
A dublagem nacional é boa, só incomoda mesmo a voz de Sandy, devido a dificuldade natural de conseguirmos associar a mesma com a personagem. Já o 3D é inexistente e completamente desnecessário.
Em suma, Sing é uma produção interessante que atinge os objetivos a que se propõe e que vale a pena ser vista.
Victor Frankenstein
3.0 423 Assista AgoraÉ obvio que não se pode ter a intenção de comparar este filme com o Frankenstein de Kenneth Branagh, por exemplo. No entanto, se considerarmos o elenco e o orçamento, o resultado aqui é mais do que decepcionante.
O roteiro faz quase um reboot/recriação livre da estória original, sem conseguir acrescentar nada de interessante, nem mesmo a básica discussão sobre vida e morte é bem feita (algo que deveria ser o principal foco de Frankenstein).
As atuações não são ruins, mas James McAvoy exagera no personagem e não chega nem perto de torna-lo simpático ao público. Aliás seu Victor é praticamente um personagem nulo, não causa empatia e nem ódio em quem assiste. Radcliffe praticamente toma conta do filme, algo que o ator definitivamente não está preparado para fazer, não sem poderes mágicos.
As criaturas de Victor são na verdade um reflexo do filme, incapazes de gerar algum tipo fascínio, acabam sendo descartadas sem o menor sacrifício. E assim o roteiro segue se desenrolando por uma série de cenas pouco envolventes, culminando com um final digno de séries de TV de segunda linha, deixando uma latente sensação de desperdício de tempo.
A Sereia Assassina
2.5 28 Assista AgoraMamula não deixa de ser um filme interessante, ainda mais por se tratar de um filme de baixo orçamento e que trás um tema que atrai a atenção de muitos. Contando com um cenário belíssimo, belas atrizes e o sempre bem vindo Franco Nero, o filme consegue garantir um bom clima de suspense, ao menos durante a sequencia da ilha
(Impossível não pensar que se o filme fosse um slasher rodado dentro do forte, o resultado poderia ser melhor).
No entanto, o prólogo longo e arrastado em demasia e a última cena são um contraponto forte.
Convenhamos que foi extremamente desnecessário mostrar diversas sereias nadando em direção a cidade em busca de vingança. Acaba sendo uma mera banalização de um ser que deveria ser raro
A sereia, considerando os recursos limitados, é bem feita. E o fato de aparecer somente nos minutos finais, ajuda a manter o suspense pela sua aparência (embora poderiam haver menos cenas em CGI). A trilha sonora também funciona bem e ajuda na ambientação adequada.
Quem quiser assistir precisa ter consciência de que não adianta reclamar das atuações, quando apenas um dos atores pode ser considerado como tal. Embora esteja um nível acima de muitas porcarias que existem por aí, o filme é uma produção B e deve ser aceito como tal.
O Uivo
2.7 209A ideia do filme é muito boa e a produção consegue criar um bom clima de suspense, muito ajudado pelo clima claustrofóbico que o trem consegue imprimir.
Aliás, todo o filme tem uma aparência de filmes de terror antigos e a opção por efeitos mecânicos e práticos ao invés do costumeiro abuso de CGI, como sempre é algo muito bem vindo. A aparência das criaturas irá desagradar alguns, mas nada que estrague muito a experiência.
O maior problema são algumas cenas como as de desunião entre alguns personagens, por vezes são exageradas, criam um certo clima inverossímil, ainda mais neste tipo de situação em que eles se encontram.
Mesmo tendo apenas atores com pouca rodagem as atuações não são ruins. E ver Sean Pertwee em outro filme de lobisomens, por si só já é muito legal, impossível não se lembrar do Sgt.Wells (Dog Soldiers - 2002).
Condado Macabro
2.4 147 Assista AgoraFilmes de terror trash devem ser apenas curtidos e não avaliados criticamente. Sim em geral é fato, mas por outro lado, quem tem simpatia pelo gênero não pode deixar de notar problemas que poderiam ter sido evitados sem tanto esforço.
Condado Macabro é um slasher nacional feito como uma clara homenagem aos filmes do gênero, principalmente Massacre da Serra Elétrica. Dadas as péssimas condições de apoio ao cinema nacional, imaginem só no caso de filmes de horror, temos que aplaudir os idealizadores e produtores por conseguir levar a ideia a frente e concretiza-la.
No entanto, o filme é demasiadamente longo, algo que fará muitos desistirem antes de terminar. A ação também demora para acontecer, mas o pior é que nem roteiro e nem diretor se aproveitam disso para nos fazer criar um vinculo positivo com os personagens e então nos importarmos com eles. Com alguns personagens acontece até o contrário.
O roteiro que obviamente comete algumas gafes propositais, é repleto de humor, pena que a maior parte das piadas não funcione e a insistência nelas acaba por cansar muitos espectadores. Claro que existem também algumas boas perolas, tipo:
"Ele matou a Mari com uma machadada na cabeça, o que eu vou dizer pros meus pais ?"
Na parte técnica, a maquiagem é bem feita, mas a produção peca em usar CGI (ainda de má qualidade) em alguns efeitos que poderiam ter sido feitos de modo mais convincente com cortes de câmera e efeitos mecânicos. Os produtores deveriam aprender um pouco com Rodrigo Aragão, este por exemplo, consegue fazer coisa melhor com menos recursos.
Em suma, o filme é diversão garantida para os fãs do gênero, mas não deve agradar muito o espectador em geral. De qualquer modo, como diria um amigo, um filme que termina com peitinhos, não pode ser de todo ruim.
É ótimo ver que o cinema nacional aos poucos vai saindo da mesmice. Que venham mais filmes assim.
Pequeno Segredo
3.4 118 Assista AgoraDelicado e envolvente, Pequeno Segredo é um filme que merece ser assistido. Baseado em um livro homônimo escrito por Heloísa Schurmann, é difícil não se envolver com a estória da menina Kat. O filme, apesar de inicialmente trabalhar com duas estórias paralelas é centrado na relação entre mãe adotiva e filha, vividas por Júlia Lemmertz e a estreante Mariana Goulart.
Nas atuações Júlia Lemmertz está excelente, sensível ela acerta o tom em cheio. Já
Mariana Goulart está longe de ir mal, no entanto, falta-lhe um pouco mais de carisma, algo que poderia fazer o espectador se sensibilizar ainda mais com a personagem. Falando em carisma, ele também falta a Erroll Shand, o neozelandês infelizmente é fraco e o personagem ganharia bastante com um ator mais experiente.
A opção por contar a estória de forma não linear (diferentemente do livro) se mostra acertada, com uma narrativa organizada e sem pontas soltas, ela consegue dar ritmo ao filme e só deve incomodar mesmo os mais preguiçosos ou aqueles que tiverem má vontade com a produção.
A direção de David Schurmann é competente, embora não nos deixe de fazer pensar que nas mãos de um diretor mais experiente, o filme poderia ter sido ainda melhor.
Se o intuito do filme é emocionar, ele definitivamente consegue. E o melhor é que consegue emocionar de forma simples, singela e não apelativa. Dadas as características da estória seria muito fácil e talvez até tentador apelar para cenas fortes de sofrimento e angustia, mas não o fazem, talvez até como forma de preservar a própria família Schurmann. Haverão aqueles que possam reclamar da existência de clichês, mas será que existem estórias de amor sem clichês ?
A 5ª Onda
2.6 1,4K Assista AgoraAntes de mais nada, quem for assistir ao filme não deve esperar nada parecido com Independence Day, mas sim por algo mais próximo aos filmes de invasão alien do passado, como Invasores de Corpos, por exemplo. Muito embora este seja inferior a ambos.
Aqui os efeitos especiais são deixados em segundo plano, tanto em quantidade, quanto em qualidade
(o efeito do capacete que detectaria os invasores então, chega a ser ridículo).
A trama é mais uma da leva de filmes sobre futuros distópicos com personagens adolescentes que assola os últimos anos, o pior é que infelizmente este é um dos piores exemplares, muito devido ao roteiro fraco e repleto de falhas e do diretor novato.
Nas atuações nenhum destaque, Chloë Grace Moretz parece ter entrado para o elenco apenas com o nome e nada mostra de útil. Já os veteranos Liev Schreiber e Maria Bello apenas desfilam excesso de canastrice.
É o tipico filme sessão da tarde que apesar da sinopse chamar a atenção e de começar bem nos primeiros minutos, em seguida decepciona, algo a ponto da segunda metade se tornar algo maçante. Parece que apesar de se basear em um livro que já tem uma segunda parte, as telas dificilmente verão a continuação.
Orgulho e Preconceito e Zumbis
2.7 684 Assista AgoraEm que pese o inicio interessante e o bom ritmo que permeia todo o primeiro quarto do filme, na sequencia vemos uma produção que custa a se decidir exatamente o que é. Dividido entre o romance e a ação defenestradora de zumbis, ele acaba se tornando chato, justamente por não seguir com competência nenhum dos dois caminhos. Logo, a estória que eventualmente pode funcionar em um livro (eu não o li), nas telas não convence.
Nas atuações, o único destaque positivo vai mesmo para a protagonista Lily James, quase em um Downton Abbey revival, a moça mostra que tem carisma e segura a personagem dentro de padrões aceitáveis. Além dela temos o bom Charles Dance, aqui incrivelmente desperdiçado. Já os demais, apenas variam entre os excessivamente canastrões e os completamente apagados.
É preciso dar pontos para a ambientação bem realizada, tanto em locações quanto em termos de figurino, além da maquiagem bem feita. No mais, se faltou competência ao roteiro, faltou também a direção de Burr Steers, parece que atuar em filmes de Tarantino não o fez aprender muita coisa.
Em suma, este é o tipico filme que deve ser visto com boa vontade e pipoca na mão, principalmente por aqueles que não leram nenhum dos livros, nem o original e nem a versão aqui transportada para as telas.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraO filme é um suspense competente, ajudado pelo elenco repleto de bons atores, algo que faz com que mesmo personagens relativamentre pequenos, como os interpretados pelos ótimos Luke Evans e Edgar Ramirez, apareçam bem.
Embora se trate de mais um filme cujo objetivo principal seja descobrir o autor de um desaparecimento e possível assassinato, a complexidade dos personagens acabam tornando a narrativa mais interessante. Aqui não existem personagens perfeitos e todos devem alguma coisa. E o roteiro usa bem as ferramentas convencionais deste tipo de filme para confundir o espectador sobre a autoria do crime, embora o foco varie tantas vezes de personagem a ponto de cansar alguns espectadores mais afoitos. Ao contrário do que alguns dizem, o final não é nada óbvio.
As atuações estão todas em ótimo nível, destaque para a interpretação de Emily Blunt que é segura e nada clichê, algo comum de ocorrer em personagens alcoólatras. A atriz a muito tempo vinha devendo uma personagem complexa e que lhe exigisse mais de seu talento. Também não se pode deixar de perceber como a semelhança física de Haley Bennett com Jennifer Lawrence é realmente impressionante.
Em que pese, a existência de clichês do gênero e de algumas partes relativamente monótonas, o filme é uma boa pedida para fãs de suspenses investigativos, um gênero de filme que parece ter se tornado cada vez mais raro no cinema.
Férias Frustradas
3.2 598 Assista AgoraA despeito da comparação imediata com o original, comédia que marcou época nos anos 80, e todas as possíveis criticas que advém disto, o filme consegue ser competente e acaba por se transformar em uma justa homenagem ao clássico.
Como se fosse um mix de remake com reboot, mesmo contando com algumas situações idênticas, o filme possui uma identidade própria, contando com piadas e referencias devidamente atualizadas, flui bem aproveitando-se do carisma de Ed Helms.
Nas atuações, toda a família se apresenta bem, Ed Helms e Christina Applegate inclusive demonstram uma química muito parecida com a que, Clark e Ellen, o casal original possuía. Aliás, o casal rapidamente aparece lá pelas tantas para dar o ar da graça. Impossível não ter a impressão de que Chevy Chase parece ter perdido o timing de comédia que apresentou em diversos filmes no passado.
Pena que desta vez, a chegada em Walley World não tenha o mesmo peso que havia no filme de 83. Assim como também faz falta, a corrida em câmera lenta no estacionamento do parque, cena clássica e absolutamente inesquecível
Se de fato não é uma comédia excepcional, e tão pouco é melhor que o original, não deve nada ao nível das comédias dos últimos anos e serve para os hoje adultos relembrarem a comédia que marcou a infância e a adolescência de muita gente.
Pets: A Vida Secreta dos Bichos
3.5 937 Assista AgoraPets é um tipico filme infantil que também deve agradar aos adultos, embora não tantos como ocorreu em outras grandes animações recentes. O fato é que o filme não apela para o drama ou para o mero sentimentalismo, o que torna a produção ainda mais divertida e agradável, porém sem conseguir tocar os sentimentos do espectador.
Verdade que as melhores cenas estão mesmo nos trailers que focam especificamente no que seria a rotina dos animais de estimação quando estão desacompanhados de seus donos
(o problema é que 90% destas cenas já estavam contidas nos trailers).
A dupla de personagens principais, os cãezinhos Max e Duke, funciona perfeitamente e dificilmente não ganharam uma continuação, assim como seus parceiros. Já o vilão Snowball soa um tanto apelativo e por que não dizer sem proposito.
Em suma, a produção é uma boa pedida para crianças e para adultos que possuam pets em casa. Mas deve possivelmente deve passar em branco para aqueles que não se enquadrarem em uma destas opções.
Star Trek: Sem Fronteiras
3.8 566 Assista AgoraPara mim, não há dúvidas que o melhor produto de Star Trek é mesmo a sua série original. Sendo os demais produtos (séries e filmes) mera tentativa de alcançar, sem sucesso, aquilo que originalmente, Kirk e sua tripulação conseguiram.
No entanto, em matéria de cinema, sempre achei os filmes da série original muito lentos e quase sem ação. Sendo que na ampla maioria das vezes haviam problemas "complexos", resolvidos apenas no final e com soluções rápidas e fáceis. O fato é que tanto estes filmes, quanto a série, sempre valorizaram mais os diálogos e os dilemas morais e existenciais dos personagens em detrimento da ação ou do que poderia se chamar de aventura intergalática. Algo que não necessariamente é ruim, mas que deixava sempre um ar de que faltou algo.
Neste filme, a situação é diferente, ponto para o ator e roteirista Simon Pegg, e também para o diretor, que faz um ótimo trabalho em evitar o uso dos já tão conhecidos dilemas dos personagens e partir para ação (dentro e fora da nave), explorando bem as habilidades de cada personagem. Aqui finalmente, temos batalhas espaciais dignas, garantindo uma ótima experiência em IMAX e espaços bem distribuídos para quase todos os personagens principais (Uhura aqui, não foi uma sorteada).
Alguns podem reclamar que não houve um bom desenvolvimento dos personagens, mas na verdade isto não era necessário, pois não há personagens novos na tripulação, e suas histórias já haviam sido bem caracterizadas nos outros dois filmes. Em suma, era mesmo a hora de partir para a ação e nos brindar com mais diversão.
As atuações estão todas de bom nível, mas com destaque especial para Karl Urban que conseguiu relembrar o saudoso DeForest Kelley em sua melhor fase como Dr. MacCoy. E mais uma vez para Zachary Quinto, mostrando novamente ter sido a melhor escolha possível para o papel de Spock.
Um dos pontos negativos do filme é a grande quantidade de cenas escuras em sua primeira metade, algo que definitivamente não combina com a câmera frenética de Justin Lin. O 3D inexistente (não há sequer uma cena que o justifique) é algo que precisa ser amplamente divulgado, pois é preciso acabar com este tipo de enganação com urgência.
Em suma, parece ter sido um ótimo fechamento e uma excelente oportunidade de encerrar esta "nova fase" nos cinemas. Se por acaso havia uma homenagem a ser feita, esta já foi realizada. Como tudo na vida é preciso saber a hora de parar.
3 Dias Para Matar
3.1 201Não só pelas locações, como pelo estilo de desenvolvimento, este é um filme que podemos classificar como um tipico filme de ação europeu. Contando com um roteiro com o estilo característico de Luc Besson, aqui a ação acaba servindo mesmo é como pano de fundo para o drama familiar do protagonista. Uma ótima ideia que talvez não tenha sido abordada como poderia.
Nas atuações temos um burocrático e envelhecido Kevin Costner que infelizmente parece meio "pesado", como se não conseguisse se entregar completamente ao personagem. Cercado pelo interessante elenco feminino, composto pela sempre belíssima Connie Nielsen (prometia uma carreira mais interessante) que infelizmente aparece pouco, a atualmente promissora Hailee Steinfeld que vai bem apesar de possuir um par de cenas clichês e a outrora boa aposta Amber Heard em um personagem meramente decorativo e que aparentemente tem como único objetivo mostrar seu belo rosto e suas belas pernas.
As cenas de ação são bem conduzidas e bem balanceadas com cenas de humor leve. O roteiro simples e honesto, sem reviravoltas desnecessárias ou tramas complicadas, agrada. Assim como agrada também o método realístico de filmagens (com uma ou outra exceção) sem apelação para coreografias extremamente elaboradas ou recursos computacionais.
Em suma, trata-se de um tipico filme de sábado a noite ou domingo a tarde. Daqueles que se deve acompanhar sem muitas expectativas.
A Última Premonição
2.6 164 Assista AgoraVisions é mais uma vitima fatal do péssimo e já notoriamente conhecido, processo de escolha de títulos nacionais. É um filme de ritmo lento, mais focado no suspense e que tem como seu melhor ponto um roteiro pé no chão e dotado de explicações lógicas. Algo pouco comum atualmente.
Baseados na velha formula dos sustos por jump scares, o filme até consegue inovar, infelizmente no caso. Em uma cena, ouvimos um estampido sem que absolutamente nada aconteça. Seria mesmo intenção de lançar esta invenção do longa? poderíamos chama-lo talvez de jump sem scare? Quem sabe.
As atuações definitivamente são o ponto fraco do filme, incrível como todos tem atuações quase robóticas e não conseguem gerar empatia no espectador. A protagonista Isla Fisher (sinceramente não me lembrava dela antes) que domina 80% das cenas é sonsa e desinteressante. Os mais conhecidos Eva Longoria e Jim Parsons, a primeira estranhamente feia e o segundo estranhamente sem carisma, também passam completamente em branco no pouco que aparecem.
O final, apesar de não possuir um twist bombástico, consegue ser surpreendente e garante sozinho uns bons pontos para avaliação do filme que apesar de não ser de todo ruim é mesmo no estilo daqueles que a tv aberta gosta de exibir nos sábados a noite.
Entre Idas e Vindas
2.7 118O filme é um road movie competente, inspirado no padrão americano, conta com um bom elenco que consegue sustentar a estória sem dificuldades. Viajando entre o drama e a comédia leve, ele agrada com facilidade, e é capaz de levar qualquer pessoa a refletir sobre situações da própria vida.
Todo o elenco se comporta bem e consegue manter a trama em ótimo nível, principalmente o trio de protagonistas Braga/Guimarães/Assunção. A primeira dispensa apresentações e mantém seu nível habitual. Ingrid Guimarães fugindo um pouco de comédias rasgadas (Brazilian style) faz aqui algo que deveria fazer com mais frequência e Fábio Assunção, a um passo de assumir o galã quarentão, mostra que é mesmo um bom ator, infelizmente marcado por sua vida pessoal.
O roteiro sem grandes reviravoltas de fato o torna um pouco cansativo em alguns momentos, algo absolutamente normal para um filme do gênero.
Em suma, pode não ser excepcional, mas é uma boa resposta para quem cobra novidades do cinema nacional.
Highlander: A Origem
2.4 56Apenas para esclarecer, pois não me lembro muito do filme, The Source foi feito para ser uma trilogia. Por isso, o final pouco conclusivo.
Foi uma produção do canal Sci-fi feita direto para TV, mas devido as péssimas criticas, a ideia da trilogia morreu por aqui.
De bom aqui só a coragem de fazer um filme 18 anos, embora nem seja para tanto.
O Conto dos Contos
3.4 176 Assista AgoraDizer que o "O Conto dos Contos" não é um filme para qualquer um, apesar de ser bastante tentador, não seria justo. Na verdade, alcançar empatia para com o filme é mais complexo para quem não estiver disposto a aceitar a proposta da produção.
Baseado na obra de Gianbattista Basile, o verdadeiro pai dos contos de fadas. O longa mostra os contos de fadas como eles realmente são: fantasiosos, deslumbrantes e não necessariamente felizes. O filme é um verdadeiro primor em todos os quesitos técnicos, esteticamente perfeito, ele é mais uma prova de que é possível fazer muito, mesmo sem tanto orçamento.
Contando com um elenco excelente, onde é difícil apontar quem mais tenha se destacado (fato que Salma Hayek e Toby Jones roubam a cena sempre que aparecem), cabe uma menção honrosa à jovem Bebe Cave que conseguiu se sair bem como uma "donzela indefesa" sem cair no clichê.
É fato que a opção das três estórias terem sido distribuídas ao longo de toda a produção, atrapalha um pouco o andamento do filme, quebrando o ritmo de determinadas sequencias. Apesar dos efeitos de fade in e fade out ajudarem a não deixar o espectador confuso, forçar o público a pausar seu conto favorito, para por vezes acompanhar parte daquele que menos lhe agrada, definitivamente não foi uma boa escolha. Talvez a única aqui presente.
Seguindo um ritmo extremamente familiar aos adeptos da leitura, esta produção européia, sem os maneirismos e didatismos das produções americanas, consegue com sua direção segura aliada à perfeita fotografia, que muito bem se utiliza dos belíssimos cenários e das cores aplicadas da forma correta, ajudam o espectador a mergulhar de cabeça nas estórias. E por que não dizer, ansiar por outras produções semelhantes.
Nocaute
3.8 688 Assista AgoraNocaute não é apenas mais um filme sobre boxe (esporte que está atualmente em baixa fora dos EUA, mas que nunca deixou de empolgar no cinema), mas sim um drama familiar e de superação competente. Apesar de não haver nada aqui que não tenha sido mostrado em algum filme da série Rocky, ainda sim a experiência em assisti-lo é extremamente positiva.
A coreografia das lutas é muito bem feita e as pontuais cenas de luta em primeira pessoal empolgam e felizmente não enjoam, pois não ocorrem em demasia. A parte dramática pode possuir alguns clichês inevitáveis do cinema, mais criticar isso seria um exagero. O roteiro consegue se desenvolver bem sem ser apelativo, além de não ser nada cansativo, apesar das duas horas de duração.
A direção firme e ágil de Antoine Fuqua, adaptada a filmes de ação, faz aqui mais um ótimo trabalho.
Nas atuações Jake Gyllenhaal faz mais um excelente trabalho e mostra novamente que já se consolidou como um dos grandes atores da atualidade, faltando-lhe apenas participar de filmes com potencial em vencer prêmios. Além disso é preciso comentar o admirável esforço do ator na preparação para interpretar um lutador, a exigência de trabalhar meses para alcançar as transformações físicas necessárias é algo admirável e atores como Gyllenhaal e Bale devem ser louvados por isso. Forest Whitaker e 50 Cent vão bem, mas no segundo falta espontaneidade e incomoda um pouco o fato dele aparecer quase sempre de lado e com a meio cabeça baixa.
Em suma, o filme certamente não irá decepcionar aqueles que são fãs de filmes sobre boxe. Aqueles que não são fãs do esporte também merecem dar-lhe uma chance e assisti-lo.
Alice Através do Espelho
3.4 732 Assista AgoraEste é um daqueles filmes cujos quesitos técnicos são praticamente os únicos pontos a se destacar positivamente. Sem dúvidas, o visual e os efeitos especiais são os pontos fortes da produção, mas infelizmente o roteiro é um elo fraco em demasia e a falta de conteúdo do filme é obvia. Em filmes assim, a única recomendação possível é a de assistir de mente aberta e sem exigir muito.
Trata-se de um filme infantil, mas filmes infantis não necessariamente precisam abusar da falta de profundidade no desenvolvimento dos personagens e tão pouco evitar embasar suas atitudes. As melhores animações da atualidade são a maior prova disto, vide Divertidamente e Zootopia .
Nas atuações, Mia Wasikowska é o grande destaque, mais segura e a vontade do que no filme anterior, ela praticamente carrega a trama costas. Enquanto que Johnny Depp e Anne Hathaway aparecem sem graça e em atuações quase robóticas (piloto automático on). Helena Bonham Carter, cujo personagem não tem tanto destaque está bem, muito pouco para o que sempre se espera dela.
A direção de James Bobin é boa e atenta aos detalhes, mas sem megalomânica e o excesso de repetição de Tim Burton, mas infelizmente perde um pouco a mão em alguns momentos e deixa o filme correr solto, demonstrando certa falta de objetividade.
Em suma, trata-se de um filme que agradará as crianças, mas infelizmente não fará o mesmo com a maioria dos adultos. Fosse uma obra 100% original, menos mal, mas adaptações de obras literárias devem carregar em si a obrigação de fazer bem mais do que encontramos aqui.
Códigos de Defesa
2.8 102O filme é um thriller interessante, embora não seja uma estória nada original é daqueles filmes que valem ser vistos. Ao menos em dias de chuva e sem muitas expectativas. O clima claustrofóbico criado pela maioria das cenas se passarem em um lugar fechado é um ponto positivo, mas poderia ter sido mais bem aproveitado.
As atuações não fazem feio, mas são apenas adequadas, John Cusack repete aqui um tipo de personagem que lhe cai bem, mas que já ficou muito recorrente em sua filmografia. Ele que tem talento para comédia deveria investir um pouco mais em filmes que tenham um clima menos pesado. Malin Akerman linda como sempre, vai bem, mas não conseguiu angariar toda a simpatia pretendida para o casal de protagonistas, este era o objetivo da personagem.
Infelizmente, além de deixar de explorar melhor os personagens, como o relacionamento entre Emerson e Grey, também existem alguns furos no roteiro que poderiam ser evitados.
O que mais me incomodou, por exemplo, foi lançar a ideia de que os terroristas estavam tentando perfurar a porta de entrada da instalação para forçar a entrada e depois abandona-la sem explicação e inclusive sem marcas na suposta porta.
Em resumo pode não ser excepcional, mas também não é decepcionante, e sim está acima da média.