Um avanço enorme da dupla gaúcha depois de Beira-Mar. É um filme que poderia ser muito mais, inclusive perdeu belas oportunidades de adicionar algum suspense na trama, principalmente com relação ao caso do tribunal. Só que ao mesmo tempo ele é uma obra de fácil identificação (infelizmente), trazendo um retrato bem natural dessa geração solitária da internet. O final é marcante!
Um romance diferente, com toques dramáticos e melancólicos. Depois desse e "Em Trânsito", já posso anunciar meu crush pelo fofíssimo Franz Rogowski e é ótimo ver Sandra Huller arrasando pós Toni Erdmann.
Acredito nas boas intenções da mensagem do diretor, mas é um filme extremamente raso e previsível. Foi vendido como algo artístico, mas não foge muito do nível das produções gospel de mal gosto que pintam por aí todo ano.
Acredito que o filme foca em muitas coisas e acerta em todas elas. A maior hipocrisia é ver o povo julgando e "exorcizando" uma pessoa pela aparência, enquanto vivem de mentiras e todo tipo de sentimento ruim.
Obra-prima! Um filme que retrata e denuncia muita coisa da situação das mulheres no Irã, sem ser didático, muito pelo contrário, apresentando muito mais coisas subjetivas e simbólicas. Saudades dos longas de ficção desse gênio que é Panahi.
Esse final pode até gerar controvérsias, mas eu não poderia esperar nada diferente depois de tudo que eu vi antes. Divertido, exótico (pra dizer o mínimo) e com momentos memoráveis.
Esse filme me pegou pela identificação e pela condução séria e adulta do tema. Essa cobrança religiosa da cura, essa muitas vezes "falsa esperança" que pode ser devastadora e te deixar com uma sensação de impotência e péssimo por não conseguir alcançar aquilo. Pior ainda é o filme se passar em um lugar colocado como sagrado, mas onde personagens só transmitem sentimentos como inveja, luxúria, mentira e etc...
Nunca passei tanta raiva e ódio na minha vida. É um filme que toca na ferida mesmo, sem sutilezas e mostrando situações limites, que pra alguns podem parecer exageradas, mas basta ligar a TV e se deparar com algo semelhante. Outra coisa que causa desconforto é a passividade da protagonista perante os acontecimentos, mas é uma baita representação da impotência e medo da vítima nessas situações, além de um reflexo do momento que ela estava passando na vida pessoal. Cruel, cruel.
A cena da dança/ritual onde Zaida vira uma "mulher" é fantástica! Se passando em um local tão exótico e belo, o visual de cada frame não poderia deixar de ser o destaque. Como filme, é um legítimo exemplar do estilo gângster, com tráfico, conflitos familiares, violência, mas com o diferencial de contar com todo o riquíssimo aspecto cultural colombiano que envolve o filme. Trata-se de um povo com tradições, respeito pelos antepassados e valores fortíssimos.
Foi o filme pra abrir as portas pro Kornel em todos os festivais mesmo - lento, planos longos, uma trama polêmica e filmagem bem crua e realista. Não é uma experiência ruim, muito pelo contrário, mas é um filme comum, ainda mais já tendo conhecimento das criativas (embora irregulares) obras que o diretor lançou depois, como "Filho Terno", "Deus Branco" e "Lua de Júpiter".
Acredito ser a obra mais dentro da casinha de Ken Loach, lembrando até alguns filmes americanos "de Oscar". Acho que o distanciamento que ele cria com seus personagens, acaba prejudicando um pouco a experiência ao ver o filme, funcionando mais como um documento da situação política na Irlanda naquela época.
Acho que o pessoal de fora que assiste alguns filmes do Glauber Rocha, devem ter quase a mesma sensação que nós daqui temos ao assistir esse "A Luz". É um filme que fala sobre temas universais, como conflitos familiares e de relacionamentos, mas também existe muito folclore e particularidades que só quem tem conhecimento na cultura local consegue captar por completo. É um filme muito bom, mas sinto que existe muito mais filme do que eu compreendi.
No início o pano de fundo foi o que mais me atraiu a atenção, mas é impressionante como uma história tão simples, com um pai autoritário que tem fixação em voltar para sua terra natal, acaba tomando rumos tão "fora da casinha". A meia hora final é um claro exemplo disso, com uma reviravolta nos rumos da trama e que surpreendente muito, até porque como já citaram aqui, os personagens desse estilo de filmes asiáticos transmitem um ar de inocência. Mais um trabalho muito acima da média do diretor Xiaoshuai Wang.
Bertrand Blier segue forte no meu pódio de diretores mais instigantes do cinema. Aqui, ele volta a tratar um tema que de início parece meio bizarro - a inversão de um "padrão", onde um homem larga a mulher bonita e desejada para ficar com uma mais velha e não muito atraente. É com essa ideia central até problemática que ele desenvolve diversos temas, entre eles como estar com uma pessoa perfeita demais, desejada demais, pode ser massante.
Poderia ser um filme incrível, mas Loznitsa errou na mão. Não cheguei a ficar incomodado com a longa duração, mas ele poderia trazer as mesmas críticas sociais de uma forma menos burocrática. Quando chega os 30 minutos finais, finalmente surge uma certa ousadia, invertendo totalmente o tom do filme, mas escorrega ao ser excessivamente pretensioso e frustrante ao cair no didatismo e mastigar pro espectador tudo o que ele representou no restante do filme.
Zvyagintsev decidiu brincar de Tarkovisky logo no seu segundo longa-metragem, se tornando uma obra bastante pretensiosa artisticamente. O enredo é ótimo, com gratas surpresas e os cenários e a fotografia são belíssimos e refinados. Agora, apesar de entender a proposta de usar a longa duração para criar aquela atmosfera inquietante, por vezes isso parece desnecessário e o diretor conseguiria causar o mesmo efeito com alguns bons minutos reduzidos. Fica na dúvida também se a intenção foi realmente essa ou filmar uma correnteza de água por três minutos e usar tudo o que aprendeu ou admirou com suas referências no cinema. Ah, não poderia deixar de citar as atuações intensas de Maria Bonnevie e Konstantin Lavronenko, merecidamente premiado em Cannes.
Amo o filme anterior de Mitchell (Corrente do Mal) e por isso criei grande expectativas, tornando a experiência meio frustrante. Até gosto muito de filmes com simbolismos, referências, mas esse pecou por ser um pouco massante e ter uma trama pouco envolvente e que parece girar em círculos. Acabou sendo um filme com boas intenções, mas de execução pífia.
Já quero correr pra ver outros filmes do Sergei Loznitsa. Um filme lento, mas perfeitamente executado e pensado, desde a condução do enredo, a forma como o espectador analisa e tem o direito de tomar suas próprias conclusões sobre os personagens, até a fotografia em perfeita sintonia e trazendo uma conexão com tudo que aparece em tela, sendo o final a demonstração perfeita disso.
O Confeiteiro
3.7 102 Assista AgoraUm drama simples e sensível, feito pra aquecer o coração e virar "guilty pleasure". O fato de envolver culinária dá um toque ainda mais especial.
Tinta Bruta
3.5 87 Assista AgoraUm avanço enorme da dupla gaúcha depois de Beira-Mar. É um filme que poderia ser muito mais, inclusive perdeu belas oportunidades de adicionar algum suspense na trama, principalmente com relação ao caso do tribunal. Só que ao mesmo tempo ele é uma obra de fácil identificação (infelizmente), trazendo um retrato bem natural dessa geração solitária da internet. O final é marcante!
Nos Corredores
3.7 17Um romance diferente, com toques dramáticos e melancólicos. Depois desse e "Em Trânsito", já posso anunciar meu crush pelo fofíssimo Franz Rogowski e é ótimo ver Sandra Huller arrasando pós Toni Erdmann.
Parada em Pleno Curso
3.8 19Um dos filmes mais humanos sobre câncer que eu já vi. Parece um documentário de tão real tudo que acontece aqui.
A Prece
3.0 15Acredito nas boas intenções da mensagem do diretor, mas é um filme extremamente raso e previsível. Foi vendido como algo artístico, mas não foge muito do nível das produções gospel de mal gosto que pintam por aí todo ano.
O Rosto
3.4 11Acredito que o filme foca em muitas coisas e acerta em todas elas. A maior hipocrisia é ver o povo julgando e "exorcizando" uma pessoa pela aparência, enquanto vivem de mentiras e todo tipo de sentimento ruim.
O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
3.6 22Não é um filme inesquecível, mas só de mostrar um lado humanizado (e até cruel) dentro da temática do mundo do boxe, merece uns pontinhos.
A Noiva do Deserto
3.6 12 Assista AgoraAcho que não precisa assistir muitos filmes com Paulina Garcia pra ter certeza que ela é uma das melhores atrizes da atualidade.
O Círculo
4.1 33Obra-prima! Um filme que retrata e denuncia muita coisa da situação das mulheres no Irã, sem ser didático, muito pelo contrário, apresentando muito mais coisas subjetivas e simbólicas. Saudades dos longas de ficção desse gênio que é Panahi.
O Sabor da Melancia
3.3 113Esse final pode até gerar controvérsias, mas eu não poderia esperar nada diferente depois de tudo que eu vi antes. Divertido, exótico (pra dizer o mínimo) e com momentos memoráveis.
Lourdes
3.7 12Esse filme me pegou pela identificação e pela condução séria e adulta do tema. Essa cobrança religiosa da cura, essa muitas vezes "falsa esperança" que pode ser devastadora e te deixar com uma sensação de impotência e péssimo por não conseguir alcançar aquilo. Pior ainda é o filme se passar em um lugar colocado como sagrado, mas onde personagens só transmitem sentimentos como inveja, luxúria, mentira e etc...
Depois de Lúcia
3.8 1,1KNunca passei tanta raiva e ódio na minha vida. É um filme que toca na ferida mesmo, sem sutilezas e mostrando situações limites, que pra alguns podem parecer exageradas, mas basta ligar a TV e se deparar com algo semelhante. Outra coisa que causa desconforto é a passividade da protagonista perante os acontecimentos, mas é uma baita representação da impotência e medo da vítima nessas situações, além de um reflexo do momento que ela estava passando na vida pessoal. Cruel, cruel.
Na Cama com Victoria
3.0 32 Assista AgoraÉ bacana, mas é um filme muito leve e descompromissado para alguns temas importantes que quer levantar.
Pássaros de Verão
4.0 77A cena da dança/ritual onde Zaida vira uma "mulher" é fantástica! Se passando em um local tão exótico e belo, o visual de cada frame não poderia deixar de ser o destaque. Como filme, é um legítimo exemplar do estilo gângster, com tráfico, conflitos familiares, violência, mas com o diferencial de contar com todo o riquíssimo aspecto cultural colombiano que envolve o filme. Trata-se de um povo com tradições, respeito pelos antepassados e valores fortíssimos.
Delta
3.3 11Foi o filme pra abrir as portas pro Kornel em todos os festivais mesmo - lento, planos longos, uma trama polêmica e filmagem bem crua e realista. Não é uma experiência ruim, muito pelo contrário, mas é um filme comum, ainda mais já tendo conhecimento das criativas (embora irregulares) obras que o diretor lançou depois, como "Filho Terno", "Deus Branco" e "Lua de Júpiter".
Agenda Secreta
3.5 7Acredito ser a obra mais dentro da casinha de Ken Loach, lembrando até alguns filmes americanos "de Oscar". Acho que o distanciamento que ele cria com seus personagens, acaba prejudicando um pouco a experiência ao ver o filme, funcionando mais como um documento da situação política na Irlanda naquela época.
A Luz
3.7 24Acho que o pessoal de fora que assiste alguns filmes do Glauber Rocha, devem ter quase a mesma sensação que nós daqui temos ao assistir esse "A Luz". É um filme que fala sobre temas universais, como conflitos familiares e de relacionamentos, mas também existe muito folclore e particularidades que só quem tem conhecimento na cultura local consegue captar por completo. É um filme muito bom, mas sinto que existe muito mais filme do que eu compreendi.
Sonhos com Xangai
3.7 7No início o pano de fundo foi o que mais me atraiu a atenção, mas é impressionante como uma história tão simples, com um pai autoritário que tem fixação em voltar para sua terra natal, acaba tomando rumos tão "fora da casinha". A meia hora final é um claro exemplo disso, com uma reviravolta nos rumos da trama e que surpreendente muito, até porque como já citaram aqui, os personagens desse estilo de filmes asiáticos transmitem um ar de inocência. Mais um trabalho muito acima da média do diretor Xiaoshuai Wang.
Linda Demais para Você
3.5 9Bertrand Blier segue forte no meu pódio de diretores mais instigantes do cinema. Aqui, ele volta a tratar um tema que de início parece meio bizarro - a inversão de um "padrão", onde um homem larga a mulher bonita e desejada para ficar com uma mais velha e não muito atraente. É com essa ideia central até problemática que ele desenvolve diversos temas, entre eles como estar com uma pessoa perfeita demais, desejada demais, pode ser massante.
Vida Cigana
4.3 36Um épico do diretor Emir Kusturica e na minha opinião seu melhor trabalho. Essa sequência do pôster é uma das coisas mais lindas já filmadas.
Uma Criatura Gentil
3.1 9Poderia ser um filme incrível, mas Loznitsa errou na mão. Não cheguei a ficar incomodado com a longa duração, mas ele poderia trazer as mesmas críticas sociais de uma forma menos burocrática. Quando chega os 30 minutos finais, finalmente surge uma certa ousadia, invertendo totalmente o tom do filme, mas escorrega ao ser excessivamente pretensioso e frustrante ao cair no didatismo e mastigar pro espectador tudo o que ele representou no restante do filme.
O Desterro
3.9 25Zvyagintsev decidiu brincar de Tarkovisky logo no seu segundo longa-metragem, se tornando uma obra bastante pretensiosa artisticamente. O enredo é ótimo, com gratas surpresas e os cenários e a fotografia são belíssimos e refinados. Agora, apesar de entender a proposta de usar a longa duração para criar aquela atmosfera inquietante, por vezes isso parece desnecessário e o diretor conseguiria causar o mesmo efeito com alguns bons minutos reduzidos. Fica na dúvida também se a intenção foi realmente essa ou filmar uma correnteza de água por três minutos e usar tudo o que aprendeu ou admirou com suas referências no cinema. Ah, não poderia deixar de citar as atuações intensas de Maria Bonnevie e Konstantin Lavronenko, merecidamente premiado em Cannes.
O Mistério de Silver Lake
3.0 291 Assista AgoraAmo o filme anterior de Mitchell (Corrente do Mal) e por isso criei grande expectativas, tornando a experiência meio frustrante. Até gosto muito de filmes com simbolismos, referências, mas esse pecou por ser um pouco massante e ter uma trama pouco envolvente e que parece girar em círculos. Acabou sendo um filme com boas intenções, mas de execução pífia.
Na Neblina
3.6 43Já quero correr pra ver outros filmes do Sergei Loznitsa. Um filme lento, mas perfeitamente executado e pensado, desde a condução do enredo, a forma como o espectador analisa e tem o direito de tomar suas próprias conclusões sobre os personagens, até a fotografia em perfeita sintonia e trazendo uma conexão com tudo que aparece em tela, sendo o final a demonstração perfeita disso.