A terceira temporada de Rick and Morty mantém o nível humorístico das anteriores, mas sem muita inovação. Apesar disso, os episódios "Pickle Rick" e "The Ricklantis Mixup" são fantásticos! Com certeza entraram na minha lista de favoritos.
As sacadas continuam muito boas, mas as surpresas mais impactantes, como as que acontecem na primeira e na segunda temporada, dão uma pausa. O final deixa algumas questões interessantes para explorar no futuro, mas o episódio final não tem o mesmo peso dos anteriores.
Por outro lado, o nonsense continua o seu reinado em uma série cheia de potencial. Com certeza o nível de qualidade é mantido, vale a pena conferir o que virá! Ótimo!
Ruptura é The Office em sua versão thriller, e isso é excelente.
Pra quem já assistiu The Office, sabe aquelas situações extremamente constrangedoras que provocam risos de tão absurdas? Aqui acontece o mesmo, mas sem a conotação humorística. Ruptura tem trama curiosa, estranha e com várias reflexões da vida real sobre trabalho e como encaramos a experiência da vida profissional em "deixar de lado" nossa vida pessoal quando estamos na ativa.
A série não tem muita ação, pois seu foco é justamente o suspense e os mistérios que englobam aquela situação e como as pessoas se submeteram àquele procedimento. Ben Stiller teve uma ótima pegada na condução da série, que em cada episódio consegue provocar e te deixar louco pelo próximo (o problema é que isso também acontece no último, o que causa uma agonia tremenda).
Adam Scott, Britt Lower e Patricia Arquette são ótimos destaques, mas no geral todo o elenco é bem afiado, inclusive as aparições rápidas que te deixam com sede de tela causadas por Chritopher Walken.
A série possui um estilo muito próprio, e esse é seu principal ponto positivo. Ela se compromete e é muito fiel em mostrar a dualidade dos mundos, um quase robotizado com muita claridade e fotografia intensa, e outro mais denso e melancólico, o mundo real. Até a abertura vale a pena ser assistida em todo episódio.
Ruptura impressiona pela sua história simples, mas perturbadora, e a condução enigmática das ações. Pra quem gosta de conclusões, a primeira temporada deixa várias perguntas abertas, o que pra mim é valioso. São justamente as dúvidas que constroem uma boa história, e assim acredito que Ruptura esteja na direção certa. Excelente!
Excelentes efeitos especiais em ficção científica lotada de mistérios e suspense, Westworld vale, pelo menos, sua primeira temporada de tirar o fôlego!
Sim, todos os elogios fazem sentido. Esperei muito tempo até ter coragem de conferir a primeira temporada de Westworld, derivada do filme escrito e dirigido pelo admirável Michael Crichton. Toda essa espera foi recompensada, pois Westworld traz uma história divertida, cheia de ação, com aquele ar distópico e ao mesmo tempo cheia de enigmas. Pra quem curte histórias com inteligência artificial e robótica, é um deleite, pois várias são as cenas de questionamento existencial a la Isaac Asimov.
Sobre a parte técnica, tudo é muito bem desempenhado, e não tem nem o que falar desse elenco.. Anthony Hopkins usa cada minuto de aparição para roubar toda a atenção para si, outros ótimos destaques ficam para Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandiwe Newton e, nosso brazuca, Rodrigo Santoro! No geral, o elenco todo manda muito bem.
O visual é bem fiel e consistente durante todos os episódios, trazendo um ótimo contraste do high tech com o rústico western. As cenas de criação dos androides são simplesmente fantásticas!
Nem tudo são flores.. alguns núcleos acabam enrolando bem mais do que precisariam, e a trama em volta da personagem de Thandiwe Newton é bem forçada e exagerada. Às vezes será necessário um pouco de persistência pra seguir nos episódios, mas sempre conseguem colocar alguma indicação de nova informação para que veja o próximo episódio.
A conclusão não tem palavras, esplêndida! Espere várias reviravoltas e um final tão bem concluído que nem consigo imaginar motivo para a existência de mais temporadas (as quais não darei chance para assistir). O único defeito sobre o último episódio talvez seja ele ter respostas demais, que poderiam ser facilmente diluídas se alguns núcleos sem sentido fossem removidos.
Segunda temporada de Rick and Morty prossegue com a solidez humorística do non sense iniciada na primeira e explora mais profundamente até seus personagens secundários.
Todo o contexto do multiverso é muito mais expandido, e com isso as questões não resolvidas não somente de Rick e Morty, mas de Jerry, Summer e Beth vem a tona. As histórias continuam hilárias e com o bom e velho humor esperto de antes, até superando os temas da primeira temporada.
Destaque especial para o episódio 01, "A Rickle in Time", (maluquice total) e um dos meus prediletos da série, o episódio 04, "Total Rickall", simplesmente incrível!
O mais interessante da série é sua sutileza em, através do non sense e das bizarrices, conseguir trazer temas pesados como o amor entre os membros da família, depressão e passados sombrios. Reviravoltas e novos personagens de origem misteriosa são certos! Assista sem medo de se divertir! Ótimo!
Lotada de referências geek e a união entre humor ácido e non sense trazem a originalidade infame de Rick and Morty.
Não, não é como Simpsons, nem Futurama, nem nada. Rick and Morty possui uma ideia extremamente simples de entender que se traduz em episódios no ápice maluquice, com humor nada politicamente correto e animação muito bem construída. Outro mega ponto positivo fica para o criador/dublador Justin Roiland, que consegue viver ambos os personagens.
As histórias possuem variedade e singularidade nas tramas, não sendo exatamente sequenciais, mas que acabam fazendo uma ou outra referência a episódios anteriores, tudo sempre beirando o ridículo, e por isso é divertido. O tempo mais curto dos episódios causa uma sensação de emergência em saber no que foi pensado no próximo, e claro, não se esqueça nunca de conferir as cenas pós-créditos.
Por mais que a série animada seja cheia de elogios, algo negativo impressiona: o episódio piloto é um SACO. Sério, acho que não lembro que alguma série com um piloto tão chato e que evolui de forma tão boa.
Vale super a pena conferir o humor ácido e impaciente de Rick e o desespero juvenil e exagerado (qualquer comparação com jovens atuais é mera coincidência) de Morty, esse contraste é o que traz todo o gosto da série, junto ao seu assumido senso do impossível e do ridículo. Ótimo!
A terceira temporada de Anne with an E encontra o ápice dos desesperos em mais temas atuais e na jornada do amadurecimento.
Qualidade tornou-se um sinônimo da série em vários sentidos, pois todos os padrões técnicos são mantidos desde a primeira temporada, que se estende da atuação impecável de todos os atores (inclusive personagens secundários) até a belíssima fotografia.
Quanto aos temas, existe uma evolução quanto as temporadas são comparadas. Corrigindo os erros da segunda, aqui não temos uma Anne tão infantil em uma atriz mais velha, mas sim uma jovem com novos dilemas, dentre eles a saída da escola para a faculdade e a compreensão do amor.
Não somente com seus temas pessoais, a série traz racismo contra nativos, conflitos políticos de gênero, censura e até abusos sexuais. Ver o amadurecimento dos personagens em conjunto com assuntos mais pesados traz uma ótima consistência pra a trama, mesmo que alguns desses temas não tenham um desfecho feliz.
Agoniante em grande parte do tempo, a série preserva o intenso conflito de emoções entre os episódios e finaliza grandiosamente, mesmo que de forma corrida, devido ao cancelamento da produção. O peso das decisões é o grande tema final, trazendo lições valiosas tanto para os jovens quanto para os adultos sobre tomar as rédeas do próprio futuro. A maior lição carregada nos episódios de Anne é pensar que a grande maioria dos temas são assuntos ainda atuais, desde aqueles que merecem repúdio até os mais banais, mas ainda preciosos, como o amor e amizade. Perfeita!
Mantendo o nível de qualidade da temporada anterior e com novos personagens, a segunda temporada de Anne preserva a excelência e o misto de emoções.
Qualquer dúvida referente a figurinos, cenários externos, fotografia e atuação seja sanada: o padrão de qualidade continua! Tudo muito lindo, exuberante e detalhado ao ponto de transportar o telespectador para o mundo rural do passado canadense de Anne.
A chegada dos novos personagens se encaixa muito bem com a trama, trazendo emoção para novos núcleos, principalmente de Sebastian, Sra. Stacy e, principalmente, Cole. Novos temas, com a chegada deles, são amplamente abordados, dentre eles o preconceito, medo, vaidade, desonestidade, bullying (mesmo com uma divergência entre época/conceito escancarada) e o pavor da inovação.
Cada vez com mais polêmicas, Green Gables se vê obrigada a refletir seus costumes com essas chegadas, e isso é extremamente positivo na temporada. Talvez o único ponto de atenção que começa a incomodar é a síndrome de High School Musical, onde os atores mirins (já não tão mirins) tem algumas atitudes e conflitos bem infantis.
O misto de alívios e raiva acontece do início ao fim, e isso é uma marca registrada de Anne. Ver os personagens acertarem e errarem (de forma explícita, inclusive da protagonista) é o que fomenta nosso amor por cada um deles. O tom poético da obra mantém-se justamente por escancarar os humanos com seus desejos e medos, sejam eles crianças ou adultos. Excelente!
The Office é tão orgânica, despretensiosa e real que é impossível não rir do embaraço causado.
O elenco é simples e maravilhoso justamente por isso, a proposta de parecer um documentário realmente se cumpre da melhor forma, trazendo sequências de situações embaraçosas e hilárias. Steve Carell é um show a parte, mas o restante do elenco, por menor que seja sua participação nos episódios, não deixa nada a dever.
Essa série é uma prova de que o banal e o real são as principais situações de onde o humor ganha vida! The Office não tem roteiro complexo, é desinibido e extremamente fidedigno ao que se propõe. É um excelente início para milhares de situações possíveis para se imaginar em um escritório, criticando ou até zombando da vida real, afinal, não existe nada mais engraçado do que rir da realidade, mesmo que mudando para o teor sério sobre escritórios, chefes e empregos, ela possa ser assustadora.
Rir dessas situações causa também a reflexão, mesmo que coberta pelo riso da vergonha, onde The Office usufrui como sua fonte valiosa. Ótimo!
Delicada, sensível e poética são adjetivos perfeitos para Anne With An E, série tristemente cancelada, mas que deixa muito sentimento e inspiração.
É de impressionar o nível de qualidade da série, que conta com locações externas deslumbrantes, atores mirins impressionantes (sem contar a protagonista), vestuário impecável, trilha sonora simples e profunda, entre outros cuidados técnicos. Não existe se quer um figurante ou personagem de poucas falas ruim, todos são muito dedicados.
Nunca li os livros, mas na série a maneira que as histórias são apresentadas conseguem prender até o fim e fazer com que você deseje os próximos episódios para verificar a resolução dos inúmeros problemas que aparecem. Se você tem coração fraco para conflitos, fuja dessa série, pois aqui o que não falta são confusões e assuntos delicados. O roteiro é nota 10, principalmente em apresentações de personagens e reviravoltas.
A maior façanha de Anne With An E é a capacidade de causar emoções no telespectador com suas problemáticas ingênuas, mas profundas. Anne é uma personagem esperta, que vê o mundo de forma brilhante, mas ao mesmo tempo uma criança aprendendo a viver, e seus erros e os erros dos personagens em volta são tão imersivos que podem ser até desconfortáveis, e isso é uma qualidade gigante. Seu aprendizado em relação a amizade, fraternidade e ao amor são tão sinceros que é impossível não se comover.
Sem muitas delongas, com certeza vale a pena conferir. Finaliza despertando intensa curiosidade para os próximos episódios. Excelente!
The Promised Neverland mostra história de simples entendimento, porém cativante! As crianças, praticamente superdotadas, dirigem o rumo de uma escapada aparentemente impossível, que permeia a dúvida até os últimos minutos.
Os traços são agradáveis, mas aqui não existe nada surpreendente com exceção da história e de seus personagens. O mistério envolvido faz com que você queira saber muito mais desse sistema criado e qual o rumo do restante da humanidade.
Não tendo feito a leitura do mangá e não pretendendo assistir a segunda temporada (lotada de críticas negativas dos acompanhantes), vejo que a primeira temporada se conclui muito bem, mesmo não tendo entregue todas as respostas. Não ter explicado tudo em 100% traz inclusive um reforço da mitologia que foi criada e os tons de terror ressaltados. Vale a pena conferir pela história e pelos momentos de tensão. Boa temporada!
Pose prossegue com seu misto de glamour e drama, menos equilibrado do que na primeira temporada, porém segue consistente nos objetivos de seus personagens e aumenta as tensões.
Se por um lado aqui temos o nascimento incrível e presente do movimento Vogue, também temos a desgraça causada pela AIDS, já iniciada na primeira temporada. Morte de personagens, uso de drogas e conflitos de relacionamento são o enfoque dos empecilhos dessa temporada.
As atuações seguem afiadas, porém apesar da grande relevância dos temas, a sensação que fica é a de repetição e até enrolação em alguns episódios. Apesar de ter cenas INCRÍVEIS (como o fechamento do episódio "Never Knew Love Like This Before", um dos melhores momentos que já vi em séries) e com situações agoniantes e assustadoras (como o episódio maravilhoso "Butterfly/Cocoon"), alguns outros trazem bastante tédio, como números musicais tremendamente extensos e os famosos episódios que parecem um bônus, totalmente desvinculados da trama.
Apesar das críticas, o final da série traz o tom redondo para um final. Já nasce uma pulga atrás da orelha para a necessidade de uma terceira temporada onde, mesmo sem ter assistido, já dá pra imaginar que os mesmos temas serão processados.
Pose tem toda a criatividade, relevância e contexto histórico para ser uma ótima série, mas repetir a mesma fórmula tantas vezes pode indicar um vazio somente em busca de audiência barata. Torcendo pela melhoria na terceira temporada, porém não deixa de ser uma boa temporada!
Os 3 primeiros episódios foi o máximo que consegui assistir, as histórias até tem ideias interessantes, mas ocorrem de maneira extremamente forçada, com piadinhas a cada 30 segundos.. Não dá, Marvel.
Incrível como o nível decaiu comparando com as primeiras temporadas de American Horror Story, dando lugar a muita lacração e histórias vazias. Tentei assistir, mas não consegui passar do primeiro episódio, muito ruim.. uma pena.
Glamour, impacto, realidade e muita emoção estão presentes em Pose. É uma série de drama mas também com muitos momentos cômicos e outros de celebração. É mais um resultado do incrível Ryan Murphy que conseguiu unir um elenco excelente para demonstrar uma série ao mesmo tempo histórica e atual. Os atores são magníficos, conseguindo transmitir toda a emoção da maneira certa e nos momentos certos. Os desfiles e os figurinos trazem o pioneirismo para o que vemos hoje em muita coisa, como no reality Ru Paul's Drag Race, unidos a músicas clássicas da época. Não só feita de beleza é a vida, assim também é na série, mostrando a realidade da miséria, criminalidade, uso de drogas e o preconceito dentro do próprio mundo LGBT, traçando grandes paralelos com os dias de hoje, principalmente voltados a intolerância e exigências estéticas. Também mostra a ascensão da AIDS, abalando os climas e provocando a chance de eliminar personagens amados. Mudaria apenas algumas coisas relacionadas a condução da história, com algumas partes que ficam parecendo feitas para preencher tempo (mesmo sendo uma série curta), como os números musicais cantados no hospital. No demais, uma série excelente que vale a pena conferir!
Um documentário de imagens e histórias fortes, bem filmado e cheio de filmagens passadas dos cultos que foram realizados, o que colabora na riqueza de detalhes, com alguns extremamente bizarros. Os pontos altos ficam com a boa separação em linha do tempo para entender a história completa para quem não conseguiu acompanhar de perto as várias reportagens e com as várias filmagens dos cultos. As vítimas também conseguem trazer relatos bem detalhados, o que ajuda na compreensão total das experiências e das emoções que ocorriam. Porém, em certo ponto o documentário parece só uma união de entrevistas jornalísticas, o que não é um defeito, mas também acaba preso nesse patamar. Outro ponto bom é conseguir os depoimentos de quem trabalhava na própria casa, assim como os passos do processo registrado e das batalhas, emocionais e jurídicas, pelas quais os envolvidos vivenciaram. Um bom documentário que, ao contrário das promessas de cura de João de Deus, é extremamente lamentável de tão real.
Quando comecei a assistir essa série, só queria um motivo: por quê acompanhar mais uma história policial sobre assassinatos e desaparecimentos? Depois de alguns minutos do primeiro episódio e principalmente após o final da história tive o relance: com o roteiro e atuação adequados, sempre vale a pena. O elenco é cheio de gente boa, como os incríveis Evan Peters e Julianne Nicholson, mas é Kate Winslet que domina as cenas com muito poder e um show de atuação. É realmente impressionante ver ela passar de "xerife durona" para "avó sensível" e "mãe repreensiva". Os episódios são bem estruturados, dando a instigada necessária para querer terminar o mais rápido possível e resolver os mistérios. A sensação que a série provoca é a de que as coisas sempre podem piorar e ficar cada vez mais enroscadas, parte pela atmosfera característica da cidade que consegue ser sustentada muito bem ao longo da série, mantendo a tensão e o suspense. Mare of Easttown traz o antigo embate entre a frieza moral da justiça e os poucos relacionamentos que valem a pena, colocando todos a prova em relação ao que defendem. Todos os detalhes que fazem a qualidade da série ser superior a tornam excelente!
Feliz pela honestidade de terem feito uma minissérie e não uma série, pois pelo contrário acredito que não se sustentaria por muito tempo. De qualquer forma, tem muita coisa boa aí em relação à fotografia, atuação, alguns ângulos de câmera super legais, várias cenas marcantes e ambientação bem feita. Os pontos fracos, ao meu ver, ocorrem no roteiro quando levado para o meio da trama, com Beth conhecendo suas paixonites e também a facilidade e superficialidade ao enfrentar seus maiores inimigos no vício. De qualquer forma, uma ótima minissérie, tendo os primeiros episódios como meus prediletos. Acredito que se fosse uma série prolongada, seria exaustiva e sem muita exploração.
Simplesmente magnífica essa temporada. Consegue consertar os erros cometidos na anterior em relação a uso do elenco isolado nos episódios para mescla-los de forma natural nessa temporada com uso inteligente dos conflitos políticos e pessoais da família real. A presença de Gillian Anderson como Tatcher e Emma Corrin como Princesa Diana consegue deixar a série ainda mais impressionante. Os debates políticos entre Tatcher e a rainha são desafiadores, tanto pelas escolhas quanto por suas posturas, cobrando também de Olivia Colman não mais somente uma rainha acomodada, mas uma rainha incomodada por uma primeira ministra que toma muitas ações pela mudança e a chegada de uma nora que toma o foco das atenções. Corrin entrega tudo como Diana, inclusive na irritação do príncipe Charles, trazendo cenas chocantes de brigas conjugais. Mostra uma princesa belíssima, divertida, e ao longo da série, deprimida, derrotada e frustrada com a realidade em que foi inserida. Uma ótima performance. Atuações incríveis, fotografia que prossegue belíssima, músicas bem inseridas em momentos certos e uma trama envolvente fazem da quarta temporada minha predileta até agora. Perfeita!
A série é ousada em trocar praticamente todo o elenco para representar a passagem do tempo, e nisso reconheço muito, pois consegue manter o mesmo clima das outras temporadas com excelência. Em relação a vestuário, cenários e temas da trama, tudo é muito bem proposto e segue com fidelidade o que foi apresentado antes, com algumas exceções. As mudanças no elenco tem impactos, positivos e negativos, em como ocorre o foco dos personagens na trama. Ao meu ver, o maior pecado da temporada é que acaba havendo uma desvalorização de alguns personagens, e aí surgem episódios específicos pra falar sobre eles, o que tira a naturalidade. Um dos maiores exemplos é Margaret, interpretada pela maravilhosa Boham Carter, mas que acaba tendo sua história isolada em dois episódios ao invés de mesclar na trama. Sinto falta da sua representatividade como houve nas duas primeiras temporadas. Nas mudanças também temos ótimas notícias, como a chegada de Josh O'Connor, como príncipe Charles, Erin Doherty como princesa Anne, e algumas ruins como o novo Phillip, sem um pingo de emoção e deixando saudade do Phillip das outras duas temporadas. A mais grata surpresa é a rainha interpretada por Olivia Colman, que encaixa muito bem nessa fase mais madura da história, apesar de ter menos presença na trama do que a rainha teve nas temporadas anteriores. Meu episódio favorito é Aberfan, que no meu ponto de vista resume um pouco da sensação que tive com a série nessa época retratada: uma família real despretensiosa com o mundo caindo aos pedaços. A rainha parece mais conformada pela sua posição (e pelas suas maldições), em uma trama que isola tramas ao invés de mistura-las. De qualquer forma, uma ótima série com show de atuação do elenco, quando a oportunidade é entregue a eles.
Esse documentário é um show completo! Mostra muito bem as intenções, pontos fracos e malícias dos dois lados da história, unido a vídeos reais e entrevistas muito sinceras. É arrepiante pensar em como uma ideia pode parecer formidável e ter um impacto catastrófico na vida de outros. A frieza nos depoimentos e nas entrevistas antigas demonstra o poder, ao mesmo tempo, construtivo e destrutivo do ser humano. A trilha sonora e as belíssimas imagens se complementam e talvez o que mais torne essa história fantástica e apavorante é o fato de ser real.
Incrível como o que é feito na primeira temporada consegue ser super aprimorado na segunda, mostrando ângulos mais profundos de outros personagens. Phoebe é um talento único, que consegue fazer você rir e chorar no mesmo episódio, assim como o sentimento mais discutido na temporada, o amor. A trama consegue mostrar por vários motivos e jeitos diferentes como o amor pode ser uma dor, seja pela memória de uma amiga querida, a culpa ou um romance proibido. O elenco é cheio de jóias, que se encaixam muito bem. Um ponto forte são os poucos episódios, que não estendem a série desnecessariamente, mas passam a mensagem e divertem. Excelente!
Muito divertido! Phoebe Waller-Bridge traz o humor dramático de forma brilhante, sincera e sutil. Ter poucos episódios também contribui pra que não seja arrastado demais. A história é "simples", mas cativante. Atuações muito boas do elenco, vale a pena!
Mantém a produção impecável também observada na primeira temporada, porém com temas muito mais humanos, o que não necessariamente é um defeito, mas acaba desviando as tensões entre o ser humano e político da rainha que vemos na primeira temporada com tanta presença. O elenco continua maravilhoso, mesmo com a perda de alguns personagens. Destaque para o quinto episódio, meu predileto, Marionettes, que debate duras críticas à rainha, mesmo que pareçam fúteis ao primeiro momento, mas que fazem aproximar um pouco mais a coroa ao povo. Ótima temporada!
Rick and Morty (4ª Temporada)
4.3 205 Assista AgoraLogo nos primeiros episódios já vi que perdeu a força das temporadas anteriores, acabei desistindo por falta de paciência mesmo. Uma pena.
Rick and Morty (3ª Temporada)
4.5 262 Assista AgoraA terceira temporada de Rick and Morty mantém o nível humorístico das anteriores, mas sem muita inovação. Apesar disso, os episódios "Pickle Rick" e "The Ricklantis Mixup" são fantásticos! Com certeza entraram na minha lista de favoritos.
As sacadas continuam muito boas, mas as surpresas mais impactantes, como as que acontecem na primeira e na segunda temporada, dão uma pausa. O final deixa algumas questões interessantes para explorar no futuro, mas o episódio final não tem o mesmo peso dos anteriores.
Por outro lado, o nonsense continua o seu reinado em uma série cheia de potencial. Com certeza o nível de qualidade é mantido, vale a pena conferir o que virá! Ótimo!
Ruptura (1ª Temporada)
4.5 752 Assista AgoraRuptura é The Office em sua versão thriller, e isso é excelente.
Pra quem já assistiu The Office, sabe aquelas situações extremamente constrangedoras que provocam risos de tão absurdas? Aqui acontece o mesmo, mas sem a conotação humorística. Ruptura tem trama curiosa, estranha e com várias reflexões da vida real sobre trabalho e como encaramos a experiência da vida profissional em "deixar de lado" nossa vida pessoal quando estamos na ativa.
A série não tem muita ação, pois seu foco é justamente o suspense e os mistérios que englobam aquela situação e como as pessoas se submeteram àquele procedimento. Ben Stiller teve uma ótima pegada na condução da série, que em cada episódio consegue provocar e te deixar louco pelo próximo (o problema é que isso também acontece no último, o que causa uma agonia tremenda).
Adam Scott, Britt Lower e Patricia Arquette são ótimos destaques, mas no geral todo o elenco é bem afiado, inclusive as aparições rápidas que te deixam com sede de tela causadas por Chritopher Walken.
A série possui um estilo muito próprio, e esse é seu principal ponto positivo. Ela se compromete e é muito fiel em mostrar a dualidade dos mundos, um quase robotizado com muita claridade e fotografia intensa, e outro mais denso e melancólico, o mundo real. Até a abertura vale a pena ser assistida em todo episódio.
Ruptura impressiona pela sua história simples, mas perturbadora, e a condução enigmática das ações. Pra quem gosta de conclusões, a primeira temporada deixa várias perguntas abertas, o que pra mim é valioso. São justamente as dúvidas que constroem uma boa história, e assim acredito que Ruptura esteja na direção certa. Excelente!
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KExcelentes efeitos especiais em ficção científica lotada de mistérios e suspense, Westworld vale, pelo menos, sua primeira temporada de tirar o fôlego!
Sim, todos os elogios fazem sentido. Esperei muito tempo até ter coragem de conferir a primeira temporada de Westworld, derivada do filme escrito e dirigido pelo admirável Michael Crichton. Toda essa espera foi recompensada, pois Westworld traz uma história divertida, cheia de ação, com aquele ar distópico e ao mesmo tempo cheia de enigmas. Pra quem curte histórias com inteligência artificial e robótica, é um deleite, pois várias são as cenas de questionamento existencial a la Isaac Asimov.
Sobre a parte técnica, tudo é muito bem desempenhado, e não tem nem o que falar desse elenco.. Anthony Hopkins usa cada minuto de aparição para roubar toda a atenção para si, outros ótimos destaques ficam para Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandiwe Newton e, nosso brazuca, Rodrigo Santoro! No geral, o elenco todo manda muito bem.
O visual é bem fiel e consistente durante todos os episódios, trazendo um ótimo contraste do high tech com o rústico western. As cenas de criação dos androides são simplesmente fantásticas!
Nem tudo são flores.. alguns núcleos acabam enrolando bem mais do que precisariam, e a trama em volta da personagem de Thandiwe Newton é bem forçada e exagerada. Às vezes será necessário um pouco de persistência pra seguir nos episódios, mas sempre conseguem colocar alguma indicação de nova informação para que veja o próximo episódio.
A conclusão não tem palavras, esplêndida! Espere várias reviravoltas e um final tão bem concluído que nem consigo imaginar motivo para a existência de mais temporadas (as quais não darei chance para assistir). O único defeito sobre o último episódio talvez seja ele ter respostas demais, que poderiam ser facilmente diluídas se alguns núcleos sem sentido fossem removidos.
Ótima série!
Rick and Morty (2ª Temporada)
4.6 245 Assista AgoraSegunda temporada de Rick and Morty prossegue com a solidez humorística do non sense iniciada na primeira e explora mais profundamente até seus personagens secundários.
Todo o contexto do multiverso é muito mais expandido, e com isso as questões não resolvidas não somente de Rick e Morty, mas de Jerry, Summer e Beth vem a tona. As histórias continuam hilárias e com o bom e velho humor esperto de antes, até superando os temas da primeira temporada.
Destaque especial para o episódio 01, "A Rickle in Time", (maluquice total) e um dos meus prediletos da série, o episódio 04, "Total Rickall", simplesmente incrível!
O mais interessante da série é sua sutileza em, através do non sense e das bizarrices, conseguir trazer temas pesados como o amor entre os membros da família, depressão e passados sombrios. Reviravoltas e novos personagens de origem misteriosa são certos! Assista sem medo de se divertir! Ótimo!
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista AgoraLotada de referências geek e a união entre humor ácido e non sense trazem a originalidade infame de Rick and Morty.
Não, não é como Simpsons, nem Futurama, nem nada. Rick and Morty possui uma ideia extremamente simples de entender que se traduz em episódios no ápice maluquice, com humor nada politicamente correto e animação muito bem construída. Outro mega ponto positivo fica para o criador/dublador Justin Roiland, que consegue viver ambos os personagens.
As histórias possuem variedade e singularidade nas tramas, não sendo exatamente sequenciais, mas que acabam fazendo uma ou outra referência a episódios anteriores, tudo sempre beirando o ridículo, e por isso é divertido. O tempo mais curto dos episódios causa uma sensação de emergência em saber no que foi pensado no próximo, e claro, não se esqueça nunca de conferir as cenas pós-créditos.
Por mais que a série animada seja cheia de elogios, algo negativo impressiona: o episódio piloto é um SACO. Sério, acho que não lembro que alguma série com um piloto tão chato e que evolui de forma tão boa.
Vale super a pena conferir o humor ácido e impaciente de Rick e o desespero juvenil e exagerado (qualquer comparação com jovens atuais é mera coincidência) de Morty, esse contraste é o que traz todo o gosto da série, junto ao seu assumido senso do impossível e do ridículo. Ótimo!
Anne com um E (3ª Temporada)
4.6 571 Assista AgoraA terceira temporada de Anne with an E encontra o ápice dos desesperos em mais temas atuais e na jornada do amadurecimento.
Qualidade tornou-se um sinônimo da série em vários sentidos, pois todos os padrões técnicos são mantidos desde a primeira temporada, que se estende da atuação impecável de todos os atores (inclusive personagens secundários) até a belíssima fotografia.
Quanto aos temas, existe uma evolução quanto as temporadas são comparadas. Corrigindo os erros da segunda, aqui não temos uma Anne tão infantil em uma atriz mais velha, mas sim uma jovem com novos dilemas, dentre eles a saída da escola para a faculdade e a compreensão do amor.
Não somente com seus temas pessoais, a série traz racismo contra nativos, conflitos políticos de gênero, censura e até abusos sexuais. Ver o amadurecimento dos personagens em conjunto com assuntos mais pesados traz uma ótima consistência pra a trama, mesmo que alguns desses temas não tenham um desfecho feliz.
Agoniante em grande parte do tempo, a série preserva o intenso conflito de emoções entre os episódios e finaliza grandiosamente, mesmo que de forma corrida, devido ao cancelamento da produção. O peso das decisões é o grande tema final, trazendo lições valiosas tanto para os jovens quanto para os adultos sobre tomar as rédeas do próprio futuro. A maior lição carregada nos episódios de Anne é pensar que a grande maioria dos temas são assuntos ainda atuais, desde aqueles que merecem repúdio até os mais banais, mas ainda preciosos, como o amor e amizade. Perfeita!
Anne com um E (2ª Temporada)
4.6 443 Assista AgoraMantendo o nível de qualidade da temporada anterior e com novos personagens, a segunda temporada de Anne preserva a excelência e o misto de emoções.
Qualquer dúvida referente a figurinos, cenários externos, fotografia e atuação seja sanada: o padrão de qualidade continua! Tudo muito lindo, exuberante e detalhado ao ponto de transportar o telespectador para o mundo rural do passado canadense de Anne.
A chegada dos novos personagens se encaixa muito bem com a trama, trazendo emoção para novos núcleos, principalmente de Sebastian, Sra. Stacy e, principalmente, Cole. Novos temas, com a chegada deles, são amplamente abordados, dentre eles o preconceito, medo, vaidade, desonestidade, bullying (mesmo com uma divergência entre época/conceito escancarada) e o pavor da inovação.
Cada vez com mais polêmicas, Green Gables se vê obrigada a refletir seus costumes com essas chegadas, e isso é extremamente positivo na temporada. Talvez o único ponto de atenção que começa a incomodar é a síndrome de High School Musical, onde os atores mirins (já não tão mirins) tem algumas atitudes e conflitos bem infantis.
O misto de alívios e raiva acontece do início ao fim, e isso é uma marca registrada de Anne. Ver os personagens acertarem e errarem (de forma explícita, inclusive da protagonista) é o que fomenta nosso amor por cada um deles. O tom poético da obra mantém-se justamente por escancarar os humanos com seus desejos e medos, sejam eles crianças ou adultos. Excelente!
The Office (1ª Temporada)
4.1 557The Office é tão orgânica, despretensiosa e real que é impossível não rir do embaraço causado.
O elenco é simples e maravilhoso justamente por isso, a proposta de parecer um documentário realmente se cumpre da melhor forma, trazendo sequências de situações embaraçosas e hilárias. Steve Carell é um show a parte, mas o restante do elenco, por menor que seja sua participação nos episódios, não deixa nada a dever.
Essa série é uma prova de que o banal e o real são as principais situações de onde o humor ganha vida! The Office não tem roteiro complexo, é desinibido e extremamente fidedigno ao que se propõe. É um excelente início para milhares de situações possíveis para se imaginar em um escritório, criticando ou até zombando da vida real, afinal, não existe nada mais engraçado do que rir da realidade, mesmo que mudando para o teor sério sobre escritórios, chefes e empregos, ela possa ser assustadora.
Rir dessas situações causa também a reflexão, mesmo que coberta pelo riso da vergonha, onde The Office usufrui como sua fonte valiosa. Ótimo!
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista AgoraDelicada, sensível e poética são adjetivos perfeitos para Anne With An E, série tristemente cancelada, mas que deixa muito sentimento e inspiração.
É de impressionar o nível de qualidade da série, que conta com locações externas deslumbrantes, atores mirins impressionantes (sem contar a protagonista), vestuário impecável, trilha sonora simples e profunda, entre outros cuidados técnicos. Não existe se quer um figurante ou personagem de poucas falas ruim, todos são muito dedicados.
Nunca li os livros, mas na série a maneira que as histórias são apresentadas conseguem prender até o fim e fazer com que você deseje os próximos episódios para verificar a resolução dos inúmeros problemas que aparecem. Se você tem coração fraco para conflitos, fuja dessa série, pois aqui o que não falta são confusões e assuntos delicados. O roteiro é nota 10, principalmente em apresentações de personagens e reviravoltas.
A maior façanha de Anne With An E é a capacidade de causar emoções no telespectador com suas problemáticas ingênuas, mas profundas. Anne é uma personagem esperta, que vê o mundo de forma brilhante, mas ao mesmo tempo uma criança aprendendo a viver, e seus erros e os erros dos personagens em volta são tão imersivos que podem ser até desconfortáveis, e isso é uma qualidade gigante. Seu aprendizado em relação a amizade, fraternidade e ao amor são tão sinceros que é impossível não se comover.
Sem muitas delongas, com certeza vale a pena conferir. Finaliza despertando intensa curiosidade para os próximos episódios. Excelente!
The Promised Neverland (1ª Temporada)
4.4 152 Assista AgoraThe Promised Neverland mostra história de simples entendimento, porém cativante! As crianças, praticamente superdotadas, dirigem o rumo de uma escapada aparentemente impossível, que permeia a dúvida até os últimos minutos.
Os traços são agradáveis, mas aqui não existe nada surpreendente com exceção da história e de seus personagens. O mistério envolvido faz com que você queira saber muito mais desse sistema criado e qual o rumo do restante da humanidade.
Não tendo feito a leitura do mangá e não pretendendo assistir a segunda temporada (lotada de críticas negativas dos acompanhantes), vejo que a primeira temporada se conclui muito bem, mesmo não tendo entregue todas as respostas. Não ter explicado tudo em 100% traz inclusive um reforço da mitologia que foi criada e os tons de terror ressaltados. Vale a pena conferir pela história e pelos momentos de tensão. Boa temporada!
Pose (2ª Temporada)
4.5 264 Assista AgoraPose prossegue com seu misto de glamour e drama, menos equilibrado do que na primeira temporada, porém segue consistente nos objetivos de seus personagens e aumenta as tensões.
Se por um lado aqui temos o nascimento incrível e presente do movimento Vogue, também temos a desgraça causada pela AIDS, já iniciada na primeira temporada. Morte de personagens, uso de drogas e conflitos de relacionamento são o enfoque dos empecilhos dessa temporada.
As atuações seguem afiadas, porém apesar da grande relevância dos temas, a sensação que fica é a de repetição e até enrolação em alguns episódios. Apesar de ter cenas INCRÍVEIS (como o fechamento do episódio "Never Knew Love Like This Before", um dos melhores momentos que já vi em séries) e com situações agoniantes e assustadoras (como o episódio maravilhoso "Butterfly/Cocoon"), alguns outros trazem bastante tédio, como números musicais tremendamente extensos e os famosos episódios que parecem um bônus, totalmente desvinculados da trama.
Apesar das críticas, o final da série traz o tom redondo para um final. Já nasce uma pulga atrás da orelha para a necessidade de uma terceira temporada onde, mesmo sem ter assistido, já dá pra imaginar que os mesmos temas serão processados.
Pose tem toda a criatividade, relevância e contexto histórico para ser uma ótima série, mas repetir a mesma fórmula tantas vezes pode indicar um vazio somente em busca de audiência barata. Torcendo pela melhoria na terceira temporada, porém não deixa de ser uma boa temporada!
What If...? (1ª Temporada)
3.8 279 Assista AgoraOs 3 primeiros episódios foi o máximo que consegui assistir, as histórias até tem ideias interessantes, mas ocorrem de maneira extremamente forçada, com piadinhas a cada 30 segundos.. Não dá, Marvel.
American Horror Stories (1ª Temporada)
3.0 140 Assista AgoraIncrível como o nível decaiu comparando com as primeiras temporadas de American Horror Story, dando lugar a muita lacração e histórias vazias. Tentei assistir, mas não consegui passar do primeiro episódio, muito ruim.. uma pena.
Pose (1ª Temporada)
4.7 434Glamour, impacto, realidade e muita emoção estão presentes em Pose. É uma série de drama mas também com muitos momentos cômicos e outros de celebração. É mais um resultado do incrível Ryan Murphy que conseguiu unir um elenco excelente para demonstrar uma série ao mesmo tempo histórica e atual.
Os atores são magníficos, conseguindo transmitir toda a emoção da maneira certa e nos momentos certos. Os desfiles e os figurinos trazem o pioneirismo para o que vemos hoje em muita coisa, como no reality Ru Paul's Drag Race, unidos a músicas clássicas da época.
Não só feita de beleza é a vida, assim também é na série, mostrando a realidade da miséria, criminalidade, uso de drogas e o preconceito dentro do próprio mundo LGBT, traçando grandes paralelos com os dias de hoje, principalmente voltados a intolerância e exigências estéticas. Também mostra a ascensão da AIDS, abalando os climas e provocando a chance de eliminar personagens amados.
Mudaria apenas algumas coisas relacionadas a condução da história, com algumas partes que ficam parecendo feitas para preencher tempo (mesmo sendo uma série curta), como os números musicais cantados no hospital.
No demais, uma série excelente que vale a pena conferir!
João de Deus: Cura e Crime
3.6 96Um documentário de imagens e histórias fortes, bem filmado e cheio de filmagens passadas dos cultos que foram realizados, o que colabora na riqueza de detalhes, com alguns extremamente bizarros.
Os pontos altos ficam com a boa separação em linha do tempo para entender a história completa para quem não conseguiu acompanhar de perto as várias reportagens e com as várias filmagens dos cultos. As vítimas também conseguem trazer relatos bem detalhados, o que ajuda na compreensão total das experiências e das emoções que ocorriam. Porém, em certo ponto o documentário parece só uma união de entrevistas jornalísticas, o que não é um defeito, mas também acaba preso nesse patamar.
Outro ponto bom é conseguir os depoimentos de quem trabalhava na própria casa, assim como os passos do processo registrado e das batalhas, emocionais e jurídicas, pelas quais os envolvidos vivenciaram.
Um bom documentário que, ao contrário das promessas de cura de João de Deus, é extremamente lamentável de tão real.
Mare of Easttown
4.4 656 Assista AgoraQuando comecei a assistir essa série, só queria um motivo: por quê acompanhar mais uma história policial sobre assassinatos e desaparecimentos? Depois de alguns minutos do primeiro episódio e principalmente após o final da história tive o relance: com o roteiro e atuação adequados, sempre vale a pena.
O elenco é cheio de gente boa, como os incríveis Evan Peters e Julianne Nicholson, mas é Kate Winslet que domina as cenas com muito poder e um show de atuação. É realmente impressionante ver ela passar de "xerife durona" para "avó sensível" e "mãe repreensiva".
Os episódios são bem estruturados, dando a instigada necessária para querer terminar o mais rápido possível e resolver os mistérios. A sensação que a série provoca é a de que as coisas sempre podem piorar e ficar cada vez mais enroscadas, parte pela atmosfera característica da cidade que consegue ser sustentada muito bem ao longo da série, mantendo a tensão e o suspense.
Mare of Easttown traz o antigo embate entre a frieza moral da justiça e os poucos relacionamentos que valem a pena, colocando todos a prova em relação ao que defendem. Todos os detalhes que fazem a qualidade da série ser superior a tornam excelente!
O Gambito da Rainha
4.4 931 Assista AgoraFeliz pela honestidade de terem feito uma minissérie e não uma série, pois pelo contrário acredito que não se sustentaria por muito tempo. De qualquer forma, tem muita coisa boa aí em relação à fotografia, atuação, alguns ângulos de câmera super legais, várias cenas marcantes e ambientação bem feita.
Os pontos fracos, ao meu ver, ocorrem no roteiro quando levado para o meio da trama, com Beth conhecendo suas paixonites e também a facilidade e superficialidade ao enfrentar seus maiores inimigos no vício.
De qualquer forma, uma ótima minissérie, tendo os primeiros episódios como meus prediletos. Acredito que se fosse uma série prolongada, seria exaustiva e sem muita exploração.
The Crown (4ª Temporada)
4.5 246 Assista AgoraSimplesmente magnífica essa temporada. Consegue consertar os erros cometidos na anterior em relação a uso do elenco isolado nos episódios para mescla-los de forma natural nessa temporada com uso inteligente dos conflitos políticos e pessoais da família real.
A presença de Gillian Anderson como Tatcher e Emma Corrin como Princesa Diana consegue deixar a série ainda mais impressionante. Os debates políticos entre Tatcher e a rainha são desafiadores, tanto pelas escolhas quanto por suas posturas, cobrando também de Olivia Colman não mais somente uma rainha acomodada, mas uma rainha incomodada por uma primeira ministra que toma muitas ações pela mudança e a chegada de uma nora que toma o foco das atenções.
Corrin entrega tudo como Diana, inclusive na irritação do príncipe Charles, trazendo cenas chocantes de brigas conjugais. Mostra uma princesa belíssima, divertida, e ao longo da série, deprimida, derrotada e frustrada com a realidade em que foi inserida. Uma ótima performance.
Atuações incríveis, fotografia que prossegue belíssima, músicas bem inseridas em momentos certos e uma trama envolvente fazem da quarta temporada minha predileta até agora. Perfeita!
The Crown (3ª Temporada)
4.3 217 Assista AgoraA série é ousada em trocar praticamente todo o elenco para representar a passagem do tempo, e nisso reconheço muito, pois consegue manter o mesmo clima das outras temporadas com excelência.
Em relação a vestuário, cenários e temas da trama, tudo é muito bem proposto e segue com fidelidade o que foi apresentado antes, com algumas exceções.
As mudanças no elenco tem impactos, positivos e negativos, em como ocorre o foco dos personagens na trama. Ao meu ver, o maior pecado da temporada é que acaba havendo uma desvalorização de alguns personagens, e aí surgem episódios específicos pra falar sobre eles, o que tira a naturalidade. Um dos maiores exemplos é Margaret, interpretada pela maravilhosa Boham Carter, mas que acaba tendo sua história isolada em dois episódios ao invés de mesclar na trama. Sinto falta da sua representatividade como houve nas duas primeiras temporadas.
Nas mudanças também temos ótimas notícias, como a chegada de Josh O'Connor, como príncipe Charles, Erin Doherty como princesa Anne, e algumas ruins como o novo Phillip, sem um pingo de emoção e deixando saudade do Phillip das outras duas temporadas. A mais grata surpresa é a rainha interpretada por Olivia Colman, que encaixa muito bem nessa fase mais madura da história, apesar de ter menos presença na trama do que a rainha teve nas temporadas anteriores.
Meu episódio favorito é Aberfan, que no meu ponto de vista resume um pouco da sensação que tive com a série nessa época retratada: uma família real despretensiosa com o mundo caindo aos pedaços. A rainha parece mais conformada pela sua posição (e pelas suas maldições), em uma trama que isola tramas ao invés de mistura-las. De qualquer forma, uma ótima série com show de atuação do elenco, quando a oportunidade é entregue a eles.
Wild Wild Country
4.3 265 Assista AgoraEsse documentário é um show completo! Mostra muito bem as intenções, pontos fracos e malícias dos dois lados da história, unido a vídeos reais e entrevistas muito sinceras. É arrepiante pensar em como uma ideia pode parecer formidável e ter um impacto catastrófico na vida de outros. A frieza nos depoimentos e nas entrevistas antigas demonstra o poder, ao mesmo tempo, construtivo e destrutivo do ser humano.
A trilha sonora e as belíssimas imagens se complementam e talvez o que mais torne essa história fantástica e apavorante é o fato de ser real.
Fleabag (2ª Temporada)
4.7 889 Assista AgoraIncrível como o que é feito na primeira temporada consegue ser super aprimorado na segunda, mostrando ângulos mais profundos de outros personagens.
Phoebe é um talento único, que consegue fazer você rir e chorar no mesmo episódio, assim como o sentimento mais discutido na temporada, o amor.
A trama consegue mostrar por vários motivos e jeitos diferentes como o amor pode ser uma dor, seja pela memória de uma amiga querida, a culpa ou um romance proibido.
O elenco é cheio de jóias, que se encaixam muito bem. Um ponto forte são os poucos episódios, que não estendem a série desnecessariamente, mas passam a mensagem e divertem. Excelente!
Fleabag (1ª Temporada)
4.4 627 Assista AgoraMuito divertido! Phoebe Waller-Bridge traz o humor dramático de forma brilhante, sincera e sutil. Ter poucos episódios também contribui pra que não seja arrastado demais. A história é "simples", mas cativante. Atuações muito boas do elenco, vale a pena!
The Crown (2ª Temporada)
4.5 254 Assista AgoraMantém a produção impecável também observada na primeira temporada, porém com temas muito mais humanos, o que não necessariamente é um defeito, mas acaba desviando as tensões entre o ser humano e político da rainha que vemos na primeira temporada com tanta presença.
O elenco continua maravilhoso, mesmo com a perda de alguns personagens. Destaque para o quinto episódio, meu predileto, Marionettes, que debate duras críticas à rainha, mesmo que pareçam fúteis ao primeiro momento, mas que fazem aproximar um pouco mais a coroa ao povo.
Ótima temporada!