Um fantasioso curta-metragem em que o diretor traz à tela palavra por palavra da obra homônima do escritor britânico Roald Dahl (A Fantástica Fábrica De Chocolate, Matilda, O Fantástico Senhor Raposo). Ou seja, os incomodados com esquematização fílmica odiarão a estrutura semiteatral apresentada, com a quarta parede sendo quebrada a todo instante e os mesmos atores fazendo personagens menores noutras cenas. Já os de mente e coração abertos saborearão um espetáculo visual cheio de avisos e lições ao mundo adulto, principalmente o de enxergar além do que se vê. Se bem que os apenas 39 minutos da fita ajudam a não deixar a narrativa verborrágica cansativa, o que causa efeito de fluidez. Um pequeno deleite.
Achar que pessoas surdas são menos eficazes é o estigma que este bom documentário quer derrubar. Ao acompanhar um time de futebol americano formado e treinado por surdos, são expostos todos os temas que também permeiam a vida dessas pessoas. Sexualidade, competição, suicídio e o bullying como forma de desinformação são expostos em 39 minutos esclarecedores. Como é impossível escutar pelos seus ouvidos, que tal enxergar um pouco através de seus olhos para que o mundo seja mais audível? Que possamos praticar esta etnografia.
Produção suíça sobre as tradições do Quirguistão (inclusive falado no idioma quirguiz), trata do sequestro de noivas (ala kachuu) nesse país, onde a honra sanguínea religiosa familiar é mais valiosa que a escolha individual da mulher, mesmo que para apenas estudar. Como se tocasse um difícil acorde pra chamar atenção, este curta abre os olhos para um drama rotineiro e com certa aceitabilidade social. E que as vítimas de tais acontecimentos possam ser ouvidas para que o costume do cachimbo não entorte a boca.
Simples, objetivo e efetivo. Uma autobiografia compacta de Lucy Harris, uma gigante do basquete feminino dos EUA nos anos 70 que foi a primeira mulher convocada pra disputar a machíssima NBA. Com o close fechado no rosto intercalando com vibrantes imagens ilustrativas, uma história até então pouco conhecida vai ganhando forma e interesse sob sorrisos fartos, sinceridade imodesta e serenidade esportiva. Principalmente quando homens ganham bem mais que mulheres praticando a mesma modalidade.
A bela e a fera podem se apaixonar e terem uma vida feliz juntos. Para isso, precisam de sonhos, sacrifícios, esperança e persistência, além do amor obviamente. E este curta russo entrega tudo com senso de humor, profundidade emocional e um quê de magia que os contos de fada exigem. Porque ser e parecer é a dualidade mais metafísica entre as formas e conteúdos. Os contrastes estão no ar.
Uma pergunta de infinitas respostas: o que é o amor? Ao perceber os múltiplos espectros de tal questão, o cineasta espanhol Alberto Mielgo percorreu por diversas partes do mundo, entre pessoas de gêneros e idades diferentes, para chegar à sua conclusão - o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual. Mesmo os mediados por um clique tecnológico. Uma grata surpresa.
Baseado numa história real de uma mulher violenta que trabalhava para o governo de Pinochet, este curta é uma pulsação de emoções, que, propositalmente, rememoram os horrores causados pela ditadura chilena. Os danos psicológicos são iguais a um tiro na cabeça. E, nesta viagem em stop motion, a expressão da protagonista é a mesma do início ao fim, sem sentimento, sem alma, sem vida. Importantíssima animação.
Quantas obsessões uma família pode ter? E todas essas obsessões são arte? Pois para a família de uma proletária dona de casa toda excentricidade é uma celebração turbulenta e emocionante da arte. Ou da obsessão pela arte. De estilo visual fluido e dinâmico, os traços soltos e largos do desenho em 2D são compatíveis com o humor empregado no curta. Porém, muito carregado de morbidez e idiossincrasias.
A situação dos moradores de rua retratada de forma humanitária. E essas pessoas apresentam as versões da realidade vistas do lado de fora das nossas janelas, com suas dores, necessidades e desejos iguais aos nossos. É um contraste absurdo e assustador sobre as mazelas contemporânea da (des)humanidade.
Chegar ao outro lado dos arames farpados é, acima de tudo, um ato de amor, mesmo com as adversidades inatas de tal caminho. Até porque a sobrevivência é, também, um ato de amor. Muitas camadas poderiam ser discutidas, mas não couberam em 22 minutos.
A nossa verdadeira natureza independe de raça, cor, credo ou gênero. Pois até o nosso maior defeito pode ser a nossa melhor habilidade. Parafraseando Leminski, isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além.
A síndrome do ninho vazio exposta em 08 minutos de emoções verdadeiras, com bastante criatividade e eficiência na produção. Mesmo com a polidez específica da Pixar, há de enaltecer a inclusão doméstica de diversidades. E, sim, a vida passa por nós rapidamente. Encantador!
O fim de um sonho por lembranças dolorosas. É sobre amizade, racismo e resgate. Que as tragédias abruptas e desnecessárias não tenham o amargo gosto da impunidade.
Considerado o primeiro faroeste já feito e o filme mais bem-sucedido comercialmente do período pré-Griffith, gerou inúmeras imitações. Narrativa sofisticadíssima pra época, existem mais de dez cenas distintas, o que abrilhanta ainda mais o enredo. Muito a frente do seu tempo.
Fascinação e fúria num período conturbado. E doses de contracultura, iconoclastia, fetichismo, ocultismo, transgressão, homoerotismo, religião e até nazismo.
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A Incrível História de Henry Sugar
3.6 163 Assista AgoraUm fantasioso curta-metragem em que o diretor traz à tela palavra por palavra da obra homônima do escritor britânico Roald Dahl (A Fantástica Fábrica De Chocolate, Matilda, O Fantástico Senhor Raposo). Ou seja, os incomodados com esquematização fílmica odiarão a estrutura semiteatral apresentada, com a quarta parede sendo quebrada a todo instante e os mesmos atores fazendo personagens menores noutras cenas. Já os de mente e coração abertos saborearão um espetáculo visual cheio de avisos e lições ao mundo adulto, principalmente o de enxergar além do que se vê. Se bem que os apenas 39 minutos da fita ajudam a não deixar a narrativa verborrágica cansativa, o que causa efeito de fluidez. Um pequeno deleite.
Audible
3.5 32Achar que pessoas surdas são menos eficazes é o estigma que este bom documentário quer derrubar. Ao acompanhar um time de futebol americano formado e treinado por surdos, são expostos todos os temas que também permeiam a vida dessas pessoas. Sexualidade, competição, suicídio e o bullying como forma de desinformação são expostos em 39 minutos esclarecedores. Como é impossível escutar pelos seus ouvidos, que tal enxergar um pouco através de seus olhos para que o mundo seja mais audível? Que possamos praticar esta etnografia.
Ala Kachuu - Take and Run
3.9 31 Assista AgoraProdução suíça sobre as tradições do Quirguistão (inclusive falado no idioma quirguiz), trata do sequestro de noivas (ala kachuu) nesse país, onde a honra sanguínea religiosa familiar é mais valiosa que a escolha individual da mulher, mesmo que para apenas estudar. Como se tocasse um difícil acorde pra chamar atenção, este curta abre os olhos para um drama rotineiro e com certa aceitabilidade social. E que as vítimas de tais acontecimentos possam ser ouvidas para que o costume do cachimbo não entorte a boca.
The Queen of Basketball
3.8 36Simples, objetivo e efetivo. Uma autobiografia compacta de Lucy Harris, uma gigante do basquete feminino dos EUA nos anos 70 que foi a primeira mulher convocada pra disputar a machíssima NBA. Com o close fechado no rosto intercalando com vibrantes imagens ilustrativas, uma história até então pouco conhecida vai ganhando forma e interesse sob sorrisos fartos, sinceridade imodesta e serenidade esportiva. Principalmente quando homens ganham bem mais que mulheres praticando a mesma modalidade.
Boxballet
3.3 27A bela e a fera podem se apaixonar e terem uma vida feliz juntos. Para isso, precisam de sonhos, sacrifícios, esperança e persistência, além do amor obviamente. E este curta russo entrega tudo com senso de humor, profundidade emocional e um quê de magia que os contos de fada exigem. Porque ser e parecer é a dualidade mais metafísica entre as formas e conteúdos. Os contrastes estão no ar.
The Windshield Wiper
3.5 42Uma pergunta de infinitas respostas: o que é o amor? Ao perceber os múltiplos espectros de tal questão, o cineasta espanhol Alberto Mielgo percorreu por diversas partes do mundo, entre pessoas de gêneros e idades diferentes, para chegar à sua conclusão - o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual. Mesmo os mediados por um clique tecnológico. Uma grata surpresa.
Bestia
3.8 66Baseado numa história real de uma mulher violenta que trabalhava para o governo de Pinochet, este curta é uma pulsação de emoções, que, propositalmente, rememoram os horrores causados pela ditadura chilena. Os danos psicológicos são iguais a um tiro na cabeça. E, nesta viagem em stop motion, a expressão da protagonista é a mesma do início ao fim, sem sentimento, sem alma, sem vida. Importantíssima animação.
Affairs of the Art
2.7 32Quantas obsessões uma família pode ter? E todas essas obsessões são arte? Pois para a família de uma proletária dona de casa toda excentricidade é uma celebração turbulenta e emocionante da arte. Ou da obsessão pela arte. De estilo visual fluido e dinâmico, os traços soltos e largos do desenho em 2D são compatíveis com o humor empregado no curta. Porém, muito carregado de morbidez e idiossincrasias.
Onde Eu Moro
3.4 71 Assista AgoraA situação dos moradores de rua retratada de forma humanitária. E essas pessoas apresentam as versões da realidade vistas do lado de fora das nossas janelas, com suas dores, necessidades e desejos iguais aos nossos. É um contraste absurdo e assustador sobre as mazelas contemporânea da (des)humanidade.
Três Canções para Benazir
3.2 48 Assista AgoraChegar ao outro lado dos arames farpados é, acima de tudo, um ato de amor, mesmo com as adversidades inatas de tal caminho. Até porque a sobrevivência é, também, um ato de amor. Muitas camadas poderiam ser discutidas, mas não couberam em 22 minutos.
A Sabiá Sabiazinha
3.5 67 Assista AgoraA nossa verdadeira natureza independe de raça, cor, credo ou gênero. Pois até o nosso maior defeito pode ser a nossa melhor habilidade. Parafraseando Leminski, isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além.
Lou
4.1 79 Assista AgoraAs nossas sombras não devem sofrer bullying por nós mesmos.
Bao
4.2 197 Assista AgoraA síndrome do ninho vazio exposta em 08 minutos de emoções verdadeiras, com bastante criatividade e eficiência na produção. Mesmo com a polidez específica da Pixar, há de enaltecer a inclusão doméstica de diversidades. E, sim, a vida passa por nós rapidamente. Encantador!
Yes-People
2.5 55O diálogo se limitando à linguagem primordial sob o loop eterno da monotonia.
Genius Loci
3.1 55Dentro da cabeça ou fora dela, o caos sempre estará. Este é o espírito.
Uma Canção para Latasha
3.9 62 Assista AgoraO fim de um sonho por lembranças dolorosas. É sobre amizade, racismo e resgate. Que as tragédias abruptas e desnecessárias não tenham o amargo gosto da impunidade.
Opera
3.8 55Política, a ideia de humanidade é reflexo do círculo vicioso da história.
Se Algo Acontecer... Te Amo
4.2 356A importância da união na ressignificação de memórias no trem da vida.
Toca
4.0 93 Assista AgoraO fundo do poço não é necessariamente o fim.
O Grande Roubo do Trem
3.8 185Considerado o primeiro faroeste já feito e o filme mais bem-sucedido comercialmente do período pré-Griffith, gerou inúmeras imitações. Narrativa sofisticadíssima pra época, existem mais de dez cenas distintas, o que abrilhanta ainda mais o enredo. Muito a frente do seu tempo.
Tramas do Entardecer
4.4 94Surrealismo em êxtase. A voz do feminismo, visto aqui em forma de cotidiano doméstico, já clamava por liberdade desde os anos 40.
Zero de Conduta
4.0 34 Assista AgoraAnarquia e liberdade caminhando juntos. E a ternura guerreada da adolescência que de boba não tem nada.
Scorpio Rising
3.6 44Fascinação e fúria num período conturbado. E doses de contracultura, iconoclastia, fetichismo, ocultismo, transgressão, homoerotismo, religião e até nazismo.