Assisti e não reconheci o Jared Leto. Por sinal, "Dallas Buyers Club" é a prova cabal de que o Matthew McConaughey é um dos maiores atores dessa geração. Salvo alguns erros pequenos de direção de arte pouco percebidos (objetos em cena que não existiam à época), o filme é impecável. Maravilha!
A sinopse é bastante interessante e criativa, mas o elenco é fraquíssimo e o desenrolar beira o ridículo. Infelizmente, porque renderia um excelente suspense.
como a Maja do "futuro" foi surgir na casa do vizinho? Como foi parar ali? Como soube da passagem? Como ia saber do vizinho, entende? Imperdoável falha.
Se perdi algum lance por favor me apontem porque esse problema me saltou os olhos e, até agora, ninguém percebeu isso aqui. No mais, é um grande filme que, por essa e outras falhas na história, teve seu brilho um tanto apagado.
O suspense é sustentado muito bem até o final e o desfecho não poderia ser melhor, sem obviedades. Mateus Solano provando que sabe fazer muito mais que novela da Globo numa interpretação vigorosa e expressiva. Ótimo!
Que reunião incrível de gente tão perversamente criativa! Claro, nem todos os curtas merecem aplauso nem conseguem chamar tanto a atenção, mas o conjunto transita muito bem entre o grotesco e o cômico numa facilidade impressionante. Destaque absoluto para a sexualidade nojenta e desviada do "L de Libido" de Tim Tjahjanto, o absurdo do norueguês Thomas Cappellen Malling, o visual arrebatador do "Dog Fight" de Marcel Sarmiento, a irreverência do cartunista dinamarquês Anders Morganthaler, a morbidez e neurose do Xavier Gens e, por fim, o máximo da sátira do japonês Noboru Iguchi e suas meninas flatulentas. Não é para qualquer público. Ótimo!
Ótima sátira dos padrões de sustos cinematográficos misturados com perspicácia à violência e humor no limite. Divertido e bem feito, quer mais o quê? Divagações profundas sobre a juventude norte-americana e os clichês do terror? Não, né? Funciona!
É difícil de acreditar, mas absolutamente tudo presente no filme, do início ao fim, faz o maior sentido na trama, moldando a mensagem final e não está ali despropositadamente. Pra mim foi uma grata surpresa ter Walden do Henry-David Thoreau como "start" das lembranças dos sujeitos afetados pelo verme, pelo fato de eu ter iniciado a leitura desse livro há pouco tempo. Pensado, produzido, escrito, dirigido, estrelado... O filme literalmente pertence ao Shane Carruth. Upstream Colors é bastante especial. Muito bom!
Como disse um amigo mais abaixo: a primeira parte do filme é narrada arrastadamente enquanto a segunda é rápida e apressada; o resultado é a inconstância. Achei superestimado e bastante razoável. Nada demais.
O filme tem um quê documental muito presente na primeira metade, enquanto ambienta a realidade das crianças bruxas do norte do Congo. Talvez pela edição apressada que ocasionou a pouca duração, acaba por passar batido em diversos aspectos e deixar rasos os trechos mais dramáticos. Apesar, a mensagem foi transmitida.
Incrível imersão na histórica colonização da floresta, focando principalmente no tocante à enlouquecida exploração durante o "ciclo da borracha" do início do século XX, a alucinada projeção da Transamazônica e demais aspectos históricos e sociais desse bem maior da humanidade. Com o lucro desmedido, governos e governantes mal intencionados, condições de trabalho absurdas e desrespeito à natureza, será que a biopirataria (oficialmente, dizem muitos, a primeira da história) responsável pelo declínio do ciclo do látex foi num todo positiva para a manutenção da vida na Amazônia ou negativa? Aí mora a subjetividade do documentário. Se as tentativas de lucrativizar a natureza não restassem constantemente fracassadas, o que restaria da nossa floresta?
A história é lindamente contada em cenários muito bem acabados com personagens nada rasos. A frase "He hit me and it felt just like a kiss" foi inspiração da Carole King em música quase homônima ("He Hit Me (and it felt like a kiss)"), em que ela supostamente falava de maus tratos sofridos. Muito bom!
Esqueça os exageros de palermice e romantismo que acompanham a Tautou na filmografia pretérita: neste há um perfeito equilíbrio. A trilha sonora é composta pela Emilie Simón, aquela do documentário dos pinguins. O filme mostra a dor e sua redenção através de um carinho calmo, delicado e despretensioso. São personagens que só querem e merecem ser felizes, mas se encontram num meio pútrido de egos doídos e colegas faladores. O desfecho é de deixar marmanjo no chão, pensativo e impactado por um simples olhar; olhar de uma mulher envolta pelo amor paciente e cavalheiro de um homem sincero. Gratíssima surpresa assistir "Lá Délicatesse", ainda mais para uma pessoa que sempre cismou com a insistente patetice dos papéis da Audrey. Maravilha!
Ótimo documentário que acompanha de perto a difícil vida de casal que acabou de se tornar famoso. Como eles lidam com a fama um tanto repentina, a intimidade familiar do Glen, as peculiaridades dos humores de ambos... Muito bom e abrangente.
O jogo psicológico abusivo o qual Martha é constantemente submetida é tão absurdo e agoniante que leva o espectador a uma dualidade: "já que, em certo ponto, ela é tão conivente com a situação desesperadora e histérica que Helmut impõe, será que não merece?". Algo parecido como em Dancer In The Dark do Lars Von Trier quando a Selma Jesková (Björk), em um meio de cobras e falsos amigos, mantém sua palavra até o fim derradeiro. A bondade e o amor explicam tal submissão? Justificam a perda da identidade pessoal e da sanidade por culpa de outra pessoa tão amada? Até quando? Os closes nos atores e as cenas externas que brincam com a luminosidade são, como sempre, marca registrada desse mestre alemão. O desfecho é sufocante, possível e por isso mesmo incomoda tanto. Junto ao "Desespero de Veronika Voss" é, até o momento, o meu preferido do Fassbinder. Obra-prima!
Desastroso. O início é sem dúvida a pior parte, em que a tentativa de explicar a coisa toda do tráfico e o aliciamento das meninas resulta numa verdadeira comédia sem sentido nem noção. O envolvimento dos dois dá sinais de que o enredo vai engrenar, mas... Nada. Rosto bonito não é o suficiente pra conduzir histórias mal pensadas e atores até o momento medíocres como o George Pistereanu não operam milagres.
As personagens são extremamente bem moldadas por um enredo incrível e um elenco competente. Retrata perfeitamente a loucura do governo suíço em tomar as crianças de suas famílias transformando-as em verdadeiras mercadorias, trabalhadores forçados do campo à mercê de figuras muitas vezes abusivas. Max representa os sonhos e as ambições que resistem aos mais cruéis e desgostosos tratamentos, a persistência mantida mesmo perante as desilusões de uma vida fadada à merda e ao ostracismo. Mergulhamos fundo em um mundo em que a Igreja Católica e o Estado são coniventes com o ódio e trabalham em favor dessa "tradição" com a desculpa de servir ao bem. A raiva, o destrato e os insultos são os "pagamentos" pelo teto e trabalho que lhe dão, uma gratidão às avessas e cruel. "Da fonte para o mar", a música redentora e calmante de todas as dores num desfecho esperançoso e triunfal. Excelente!
Uma autêntica fábula sobre a dedicação de uma vida toda por uma causa, perseverança e amor; o poder transformador das atitudes positivas e esforço coletivo. Ótimo!
Muito bem escrito, bem pensado e realizado. A relação das paredes medianeras com as vidas e os conflitos das personagens são geniais. É a tal da comédia romântica que funciona sem pieguismo.
Os pontos positivos desse filme são diversos: excelente ambientação em tons cinza, objetos de cenografia muito bem pensados, detalhes do enredo muito bem costurados e assim por diante. Os problemas surgem com a demora na reviravolta dessa história tão simples, o que demanda objetividade. Os sustos são extremamente limitados ao usual: efeitos de som repentinos (até quando) e um arremedo de "terror asiático" como na cena do estupro no bosque (por sinal, bem feita). O resultado geral é satisfatório, mas poderia ser muito melhor.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista AgoraTentei dar outra chance pra essa chatice assistindo tarde da noite e... Vai ter que ficar pra próxima.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraAssisti e não reconheci o Jared Leto. Por sinal, "Dallas Buyers Club" é a prova cabal de que o Matthew McConaughey é um dos maiores atores dessa geração. Salvo alguns erros pequenos de direção de arte pouco percebidos (objetos em cena que não existiam à época), o filme é impecável.
Maravilha!
Armadilha
2.2 589A sinopse é bastante interessante e criativa, mas o elenco é fraquíssimo e o desenrolar beira o ridículo. Infelizmente, porque renderia um excelente suspense.
O Que a Carne Herda
4.0 32O sorriso no rosto ao final, após incontáveis nós na garganta, é inevitável. Vale a pena.
A Porta
3.5 75A analogia aos recomeços da vida é genial, mas infelizmente o enredo tem furos imperdoáveis. Por exemplo:
como a Maja do "futuro" foi surgir na casa do vizinho? Como foi parar ali? Como soube da passagem? Como ia saber do vizinho, entende? Imperdoável falha.
No mais, é um grande filme que, por essa e outras falhas na história, teve seu brilho um tanto apagado.
Confia em Mim
3.2 284 Assista AgoraO suspense é sustentado muito bem até o final e o desfecho não poderia ser melhor, sem obviedades. Mateus Solano provando que sabe fazer muito mais que novela da Globo numa interpretação vigorosa e expressiva.
Ótimo!
Protegida por um Anjo
3.2 162A história tem boas reviravoltas e é exatamente isso que sustenta o interesse no filme até o fim.
Caché
3.8 384 Assista AgoraNão.
Eu gosto de tudo que já vi até hoje do Haneke, mas esse: não. Disfarçar falta de imaginação com "subjetividade" não colou.
O ABC da Morte
2.6 301Que reunião incrível de gente tão perversamente criativa! Claro, nem todos os curtas merecem aplauso nem conseguem chamar tanto a atenção, mas o conjunto transita muito bem entre o grotesco e o cômico numa facilidade impressionante.
Destaque absoluto para a sexualidade nojenta e desviada do "L de Libido" de Tim Tjahjanto, o absurdo do norueguês Thomas Cappellen Malling, o visual arrebatador do "Dog Fight" de Marcel Sarmiento, a irreverência do cartunista dinamarquês Anders Morganthaler, a morbidez e neurose do Xavier Gens e, por fim, o máximo da sátira do japonês Noboru Iguchi e suas meninas flatulentas.
Não é para qualquer público.
Ótimo!
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KÓtima sátira dos padrões de sustos cinematográficos misturados com perspicácia à violência e humor no limite.
Divertido e bem feito, quer mais o quê? Divagações profundas sobre a juventude norte-americana e os clichês do terror? Não, né?
Funciona!
Cores do Destino
3.5 196 Assista AgoraÉ difícil de acreditar, mas absolutamente tudo presente no filme, do início ao fim, faz o maior sentido na trama, moldando a mensagem final e não está ali despropositadamente.
Pra mim foi uma grata surpresa ter Walden do Henry-David Thoreau como "start" das lembranças dos sujeitos afetados pelo verme, pelo fato de eu ter iniciado a leitura desse livro há pouco tempo.
Pensado, produzido, escrito, dirigido, estrelado... O filme literalmente pertence ao Shane Carruth. Upstream Colors é bastante especial. Muito bom!
O Beijo da Mulher-Aranha
3.9 256 Assista AgoraComo disse um amigo mais abaixo: a primeira parte do filme é narrada arrastadamente enquanto a segunda é rápida e apressada; o resultado é a inconstância.
Achei superestimado e bastante razoável. Nada demais.
Os Meninos de Kinshasa
3.8 4O filme tem um quê documental muito presente na primeira metade, enquanto ambienta a realidade das crianças bruxas do norte do Congo.
Talvez pela edição apressada que ocasionou a pouca duração, acaba por passar batido em diversos aspectos e deixar rasos os trechos mais dramáticos. Apesar, a mensagem foi transmitida.
Amazônia - Heranças de Uma Utopia
3.8 2Incrível imersão na histórica colonização da floresta, focando principalmente no tocante à enlouquecida exploração durante o "ciclo da borracha" do início do século XX, a alucinada projeção da Transamazônica e demais aspectos históricos e sociais desse bem maior da humanidade.
Com o lucro desmedido, governos e governantes mal intencionados, condições de trabalho absurdas e desrespeito à natureza, será que a biopirataria (oficialmente, dizem muitos, a primeira da história) responsável pelo declínio do ciclo do látex foi num todo positiva para a manutenção da vida na Amazônia ou negativa? Aí mora a subjetividade do documentário. Se as tentativas de lucrativizar a natureza não restassem constantemente fracassadas, o que restaria da nossa floresta?
Liliom
3.5 2A história é lindamente contada em cenários muito bem acabados com personagens nada rasos.
A frase "He hit me and it felt just like a kiss" foi inspiração da Carole King em música quase homônima ("He Hit Me (and it felt like a kiss)"), em que ela supostamente falava de maus tratos sofridos.
Muito bom!
A Delicadeza do Amor
3.9 920 Assista AgoraEsqueça os exageros de palermice e romantismo que acompanham a Tautou na filmografia pretérita: neste há um perfeito equilíbrio. A trilha sonora é composta pela Emilie Simón, aquela do documentário dos pinguins.
O filme mostra a dor e sua redenção através de um carinho calmo, delicado e despretensioso. São personagens que só querem e merecem ser felizes, mas se encontram num meio pútrido de egos doídos e colegas faladores.
O desfecho é de deixar marmanjo no chão, pensativo e impactado por um simples olhar; olhar de uma mulher envolta pelo amor paciente e cavalheiro de um homem sincero.
Gratíssima surpresa assistir "Lá Délicatesse", ainda mais para uma pessoa que sempre cismou com a insistente patetice dos papéis da Audrey. Maravilha!
The Swell Season
4.3 10Ótimo documentário que acompanha de perto a difícil vida de casal que acabou de se tornar famoso.
Como eles lidam com a fama um tanto repentina, a intimidade familiar do Glen, as peculiaridades dos humores de ambos... Muito bom e abrangente.
Martha
4.0 24O jogo psicológico abusivo o qual Martha é constantemente submetida é tão absurdo e agoniante que leva o espectador a uma dualidade: "já que, em certo ponto, ela é tão conivente com a situação desesperadora e histérica que Helmut impõe, será que não merece?". Algo parecido como em Dancer In The Dark do Lars Von Trier quando a Selma Jesková (Björk), em um meio de cobras e falsos amigos, mantém sua palavra até o fim derradeiro.
A bondade e o amor explicam tal submissão? Justificam a perda da identidade pessoal e da sanidade por culpa de outra pessoa tão amada? Até quando?
Os closes nos atores e as cenas externas que brincam com a luminosidade são, como sempre, marca registrada desse mestre alemão.
O desfecho é sufocante, possível e por isso mesmo incomoda tanto.
Junto ao "Desespero de Veronika Voss" é, até o momento, o meu preferido do Fassbinder. Obra-prima!
Loverboy
2.2 21Desastroso. O início é sem dúvida a pior parte, em que a tentativa de explicar a coisa toda do tráfico e o aliciamento das meninas resulta numa verdadeira comédia sem sentido nem noção. O envolvimento dos dois dá sinais de que o enredo vai engrenar, mas... Nada.
Rosto bonito não é o suficiente pra conduzir histórias mal pensadas e atores até o momento medíocres como o George Pistereanu não operam milagres.
A corneada faltando menos de meia hora pro filme acabar poderia ter sido introduzida bem antes pra dar um "up" no desenrolar.
Bem ruim.
Infância Roubada
4.2 13As personagens são extremamente bem moldadas por um enredo incrível e um elenco competente.
Retrata perfeitamente a loucura do governo suíço em tomar as crianças de suas famílias transformando-as em verdadeiras mercadorias, trabalhadores forçados do campo à mercê de figuras muitas vezes abusivas.
Max representa os sonhos e as ambições que resistem aos mais cruéis e desgostosos tratamentos, a persistência mantida mesmo perante as desilusões de uma vida fadada à merda e ao ostracismo.
Mergulhamos fundo em um mundo em que a Igreja Católica e o Estado são coniventes com o ódio e trabalham em favor dessa "tradição" com a desculpa de servir ao bem.
A raiva, o destrato e os insultos são os "pagamentos" pelo teto e trabalho que lhe dão, uma gratidão às avessas e cruel.
"Da fonte para o mar", a música redentora e calmante de todas as dores num desfecho esperançoso e triunfal.
Excelente!
De Ilusão Também Se Vive
3.9 91 Assista AgoraMaravilha!
Prova absoluta (nem sempre total) de que é difícil recriar um clássico.
Nunca é Tarde para Amar
3.6 3Uma autêntica fábula sobre a dedicação de uma vida toda por uma causa, perseverança e amor; o poder transformador das atitudes positivas e esforço coletivo.
Ótimo!
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraMuito bem escrito, bem pensado e realizado.
A relação das paredes medianeras com as vidas e os conflitos das personagens são geniais.
É a tal da comédia romântica que funciona sem pieguismo.
O Despertar
3.4 914 Assista AgoraOs pontos positivos desse filme são diversos: excelente ambientação em tons cinza, objetos de cenografia muito bem pensados, detalhes do enredo muito bem costurados e assim por diante. Os problemas surgem com a demora na reviravolta dessa história tão simples, o que demanda objetividade. Os sustos são extremamente limitados ao usual: efeitos de som repentinos (até quando) e um arremedo de "terror asiático" como na cena do estupro no bosque (por sinal, bem feita).
O resultado geral é satisfatório, mas poderia ser muito melhor.