Não deixa de ser curioso quando a melhor coisa de um filme é a participação do diretor Sam Raimi ("Evil Dead") como figurante em papel cômico. Seu personagem chama-se Stick, mas a legenda em português toscamente rebatizou-o como "Pica"!!!
Quando Raimi não está em cena, a coisa fica entre o xarope e o constrangedor, intercalando piadas sem graça, romances sem sal e draminhas patéticos que jamais chegam a interessar ao espectador. Sem contar que é uma vergonha-alheia total ver um bando de marmanjões comportando-se como se fossem moleques num acampamento de férias.
Eu sei que é piada pronta, mas não posso evitar: se esse é "o melhor verão" da vida dos caras, não quero nem saber como foram os piores, ou mesmo os razoáveis...
Uma boa surpresa dos tempos em que comédias estreladas por mulheres não eram produzidas apenas para patricinhas ou para românticas xaropes. Trata-se de uma sátira política inteligentíssima, sem esquecer de piadas divertidas e exageradas (como a "recepção" ao emir no bar de strip-tease). Só o discurso da protagonista no final, quando ela diz que, como cidadã, não sabia o que seu governo fazia, já vale por uma aula de sociologia inteira.
Um ótimo suspense, infelizmente pouco comentado e quase desconhecido, que serve como interessante complemento ao "Targets", do Peter Bogdanovich. Recomendado!
A primeira parte é melhor do que a segunda (e a segunda parte parece cópia de "Tratamento de Choque", com Adam Sandler e Jack Nicholson). Mas é um dos filmes menos grosseiros do diretor Todd Phillips, e tem algumas tiradas bem legais. Pena terem dado todo aquele espaço para o Ben Stiller ao invés de apenas uma participação especial. Ô cara mais chato e sem graça...
Quem será que teve a infeliz ideia de transformar uma das HQs de faroeste mais violentas da história em um filme "censura livre" sem sangue nem violência explícita? É uma ideia tão imbecil quanto fazer um filme do game "Mortal Kombat" sem os fatalities - opa, mas espere aí, já fizeram isso TAMBÉM!!! Aqui a picaretagem é total, dá a maior pena de todos os envolvidos (Josh Brolin chegou a pedir desculpas pelo filme num programa de TV norte-americano), e a duração mal chega a 1h10min, confirmando que não havia nem mesmo história para contar.
Tudo que o original tem de sutil e inteligente, esse tem de brucutu e imbecil. Aí você tenta ver como um filme de ação genérico comum, sem relação com o do Bronson, e a coisa só piora - com destaque para cenas ridículas como a pancadaria num ônibus convenientemente vazio. E é claro que eles não teriam coragem de manter a mesma conclusão do original, não é? Triste constatar como o cinema ficou burro e covarde num período de 40 anos...
Enquanto eu agonizava vendo essa bobagem, me peguei pensando em inúmeras soluções simples que poderiam ter feito o filme ficar legal. Tipo uma cena em que os policiais gritassem "Entrem na água!", satirizando o clássico alerta de "Saiam da água!" da franquia 'Tubarão'. Ou mais situações envolvendo gente fazendo coisa típica de praia e morrendo por causa disso.
Antes que apareça alguém reclamando que levei o filme muito a sério, esclareço: não levei. É questão do filme ser divertido, original e de a piada funcionar. Não é, não é, e não funciona.
Ok, tubarões na areia. A surpresa está garantida na primeira cena, mas e depois? Torna-se piada repetida porque os caras não conseguem criar situações interessantes em cima disso. É como um "filme de tubarão" normal, só que na areia, e não na água. O filme nunca consegue criar cenas diferentes ou divertidas envolvendo a possibilidade dos bichos se locomoverem na areia. Por isso, é apenas um filme com monstros subterrâneos, e já temos um bem parecido que é "O Ataque dos Vermes Malditos". Muito mais divertido, por sinal.
Aí eu pensei que o filme poderia funcionar com mais gore, nudez gratuita, enfim, essas coisas que valorizavam os filmes cretinos com monstros assassinos absurdos do passado. Mas não tem nem um peitinho de fora, enquanto o sangue é mantido num nível baixíssimo, com duas ceninhas mais elaboradas na parte final. Inclusive você pode pular o filme todo para os 20 minutos finais sem perder absolutamente nada.
Eu já escrevi que todos esses filmes com bichos assassinos malucos de hoje (esse, 'Sharktopus'...) ficariam muito melhores como trailers falsos do que como longas, porque a criatividade da ideia não se sustenta por um filme inteiro. É triste, mas os caras não conseguem criar situações legais com tubarões que atacam no solo!
Por que será que é tão difícil fazer um novo 'Piranha 2 - Assassinas Voadoras' ou um novo 'Humanoids From the Deep'? Respondo: porque os caras são acomodados. Eles acham que criar um monstro legal já faz valer o filme inteiro. Não faz. E tranqueiras tipo essa são a comprovação disso.
Uma deliciosa picaretagem criada a partir da colagem de cenas dos outros filmes da série. Os atores olham para os lados e pimba, desenrola-se uma luta de "Deathstalker 1". A mocinha conta a história de como seu povo foi atacado por malfeitores e pimba, lá está um "flashback" na verdade formado por cenas de "Deathstalker 3". E assim vai, até chegar num ponto em que você não sabe mais o que foi realmente filmado para este quarto filme e o que é cena reaproveitada dos três anteriores. A tática barateira dá um ar divertidíssimo ao negócio: tentar decifrar o que é original e o que é colagem.
Fora isso, uma aventura simples, rápida e rasteira. Falta-lhe mais sangue, mas a quantidade de criaturas esquisitas, frases de efeito e mulheres peladas garantem o programa para públicos específicos.
Já tinham me avisado que era um filme parado e "silencioso", então eu vi preparado e gostei da experiência. Sim, é extremamente lento e introspectivo, mas eficaz no que se propõe: uma aventura diferente sobre fé, loucura e sacrifício, com um quê de "Aguirre - a Coléra dos Deuses", do Herzog (inclusive na "lentidão" da narrativa).
Não vá muito na onda dos cinéfilos "cultis" que querem achar mil-e-um significados ocultos e mensagens subliminares nas imagens. O próprio diretor Refn já declarou em entrevistas que concebeu o filme como se fosse "uma viagem lisérgica", mais de imagens do que de história, e que pensava até em colocar uma nave espacial em determinado momento da trama. Ou seja, é impossível querer levar tão a sério e nem há muito de tão profundo para "desvendar" no filme. Tampouco é preciso fazer doutorado em mitologia nórdica para supostamente entender a "mensagem" - encarem como uma aventura diferente e "artística", e pronto!
Por fim, também discordo dos que negativaram dizendo que não acontece nada no filme. PQP, perto das desgraças de caras chatos como Von Trier, Glauber e Tarkovski, "Valhalla Rising" até parece um "Velozes e Furiosos", inclusive com várias cenas de luta e/ou sangrentas para manter o espectador acordado.
Um filme para ver de cabeça aberta, DE DIA (para não correr o risco de pegar no sono), sabendo que é parado e silencioso, mas principalmente despido de preconceitos e sem tentar encontrar mensagens ocultas em cada frame, como muita gente está tentando fazer aqui... ;-)
Você sabe que está vendo um filme inesquecível quando o herói se posiciona no meio da pista de um aeroporto para enfrentar um avião que decola... apenas com um revólver!!!
Sujo, sangrento e amoral, com um massacre final que cita abertamente Sam Peckinpah e "Meu Ódio Será Sua Herança". É um filme mexicano, mas não deve nada aos grandes clássicos do western spaghetti. Grata surpresa e direto para a lista dos meus filmes preferidos!
O filme "quase" é foda. Me explica aí: qual a vantagem de usar monstros animatrônicos e maquiagem "old school" ao invés de computação gráfica se os caras tremem tanto a porra da câmera que não dá para entender nada do que acontece nas cenas de ataque/morte? Pior: o negócio é tão picotado e tremido que IRRITA! Sempre que os monstros atacavam, eu torcia para matarem logo a vítima (eu não entendia nada do que se passava mesmo), porque só assim a câmera parava de sacudir...
Children of the Living Dead
1.3 4Uwe Boll já pode sair de casa de cabeça erguida: conseguiram fazer um filme de zumbis muito, mas muito pior do que "House of the Dead"...
O Melhor Verão de Nossas Vidas
3.1 14Não deixa de ser curioso quando a melhor coisa de um filme é a participação do diretor Sam Raimi ("Evil Dead") como figurante em papel cômico. Seu personagem chama-se Stick, mas a legenda em português toscamente rebatizou-o como "Pica"!!!
Quando Raimi não está em cena, a coisa fica entre o xarope e o constrangedor, intercalando piadas sem graça, romances sem sal e draminhas patéticos que jamais chegam a interessar ao espectador. Sem contar que é uma vergonha-alheia total ver um bando de marmanjões comportando-se como se fossem moleques num acampamento de férias.
Eu sei que é piada pronta, mas não posso evitar: se esse é "o melhor verão" da vida dos caras, não quero nem saber como foram os piores, ou mesmo os razoáveis...
Hércules e a Rainha da Lídia
2.9 4 Assista AgoraDos tempos em que as aventuras de época eram feitas com talento e improviso, não com computação gráfica e na frente de uma tela verde...
Protocolo
2.9 5 Assista AgoraUma boa surpresa dos tempos em que comédias estreladas por mulheres não eram produzidas apenas para patricinhas ou para românticas xaropes. Trata-se de uma sátira política inteligentíssima, sem esquecer de piadas divertidas e exageradas (como a "recepção" ao emir no bar de strip-tease). Só o discurso da protagonista no final, quando ela diz que, como cidadã, não sabia o que seu governo fazia, já vale por uma aula de sociologia inteira.
Pânico na Multidão
3.2 17Um ótimo suspense, infelizmente pouco comentado e quase desconhecido, que serve como interessante complemento ao "Targets", do Peter Bogdanovich. Recomendado!
Escola de Idiotas
2.8 107A primeira parte é melhor do que a segunda (e a segunda parte parece cópia de "Tratamento de Choque", com Adam Sandler e Jack Nicholson). Mas é um dos filmes menos grosseiros do diretor Todd Phillips, e tem algumas tiradas bem legais. Pena terem dado todo aquele espaço para o Ben Stiller ao invés de apenas uma participação especial. Ô cara mais chato e sem graça...
The Cocktail Hostesses
3.8 1A "Sexopéia Humana" de Ed Wood:
Jonah Hex: Caçador de Recompensas
2.6 535 Assista AgoraQuem será que teve a infeliz ideia de transformar uma das HQs de faroeste mais violentas da história em um filme "censura livre" sem sangue nem violência explícita? É uma ideia tão imbecil quanto fazer um filme do game "Mortal Kombat" sem os fatalities - opa, mas espere aí, já fizeram isso TAMBÉM!!! Aqui a picaretagem é total, dá a maior pena de todos os envolvidos (Josh Brolin chegou a pedir desculpas pelo filme num programa de TV norte-americano), e a duração mal chega a 1h10min, confirmando que não havia nem mesmo história para contar.
Assassino a Preço Fixo
3.4 470 Assista AgoraTudo que o original tem de sutil e inteligente, esse tem de brucutu e imbecil. Aí você tenta ver como um filme de ação genérico comum, sem relação com o do Bronson, e a coisa só piora - com destaque para cenas ridículas como a pancadaria num ônibus convenientemente vazio. E é claro que eles não teriam coragem de manter a mesma conclusão do original, não é? Triste constatar como o cinema ficou burro e covarde num período de 40 anos...
Voluntários da Fuzarca
3.1 10Ah, que saudade daqueles tempos em que até as comédias mais debilóides eram interessantes e REALMENTE engraçadas...
Tubarões da Areia
2.2 46 Assista AgoraEnquanto eu agonizava vendo essa bobagem, me peguei pensando em inúmeras soluções simples que poderiam ter feito o filme ficar legal. Tipo uma cena em que os policiais gritassem "Entrem na água!", satirizando o clássico alerta de "Saiam da água!" da franquia 'Tubarão'. Ou mais situações envolvendo gente fazendo coisa típica de praia e morrendo por causa disso.
Antes que apareça alguém reclamando que levei o filme muito a sério, esclareço: não levei. É questão do filme ser divertido, original e de a piada funcionar. Não é, não é, e não funciona.
Ok, tubarões na areia. A surpresa está garantida na primeira cena, mas e depois? Torna-se piada repetida porque os caras não conseguem criar situações interessantes em cima disso. É como um "filme de tubarão" normal, só que na areia, e não na água. O filme nunca consegue criar cenas diferentes ou divertidas envolvendo a possibilidade dos bichos se locomoverem na areia. Por isso, é apenas um filme com monstros subterrâneos, e já temos um bem parecido que é "O Ataque dos Vermes Malditos". Muito mais divertido, por sinal.
Aí eu pensei que o filme poderia funcionar com mais gore, nudez gratuita, enfim, essas coisas que valorizavam os filmes cretinos com monstros assassinos absurdos do passado. Mas não tem nem um peitinho de fora, enquanto o sangue é mantido num nível baixíssimo, com duas ceninhas mais elaboradas na parte final. Inclusive você pode pular o filme todo para os 20 minutos finais sem perder absolutamente nada.
Eu já escrevi que todos esses filmes com bichos assassinos malucos de hoje (esse, 'Sharktopus'...) ficariam muito melhores como trailers falsos do que como longas, porque a criatividade da ideia não se sustenta por um filme inteiro. É triste, mas os caras não conseguem criar situações legais com tubarões que atacam no solo!
Por que será que é tão difícil fazer um novo 'Piranha 2 - Assassinas Voadoras' ou um novo 'Humanoids From the Deep'? Respondo: porque os caras são acomodados. Eles acham que criar um monstro legal já faz valer o filme inteiro. Não faz. E tranqueiras tipo essa são a comprovação disso.
Deathstalker: Desafio Mortal
2.4 2Uma deliciosa picaretagem criada a partir da colagem de cenas dos outros filmes da série. Os atores olham para os lados e pimba, desenrola-se uma luta de "Deathstalker 1". A mocinha conta a história de como seu povo foi atacado por malfeitores e pimba, lá está um "flashback" na verdade formado por cenas de "Deathstalker 3". E assim vai, até chegar num ponto em que você não sabe mais o que foi realmente filmado para este quarto filme e o que é cena reaproveitada dos três anteriores. A tática barateira dá um ar divertidíssimo ao negócio: tentar decifrar o que é original e o que é colagem.
Fora isso, uma aventura simples, rápida e rasteira. Falta-lhe mais sangue, mas a quantidade de criaturas esquisitas, frases de efeito e mulheres peladas garantem o programa para públicos específicos.
O Guerreiro Silencioso
3.1 277 Assista AgoraJá tinham me avisado que era um filme parado e "silencioso", então eu vi preparado e gostei da experiência. Sim, é extremamente lento e introspectivo, mas eficaz no que se propõe: uma aventura diferente sobre fé, loucura e sacrifício, com um quê de "Aguirre - a Coléra dos Deuses", do Herzog (inclusive na "lentidão" da narrativa).
Não vá muito na onda dos cinéfilos "cultis" que querem achar mil-e-um significados ocultos e mensagens subliminares nas imagens. O próprio diretor Refn já declarou em entrevistas que concebeu o filme como se fosse "uma viagem lisérgica", mais de imagens do que de história, e que pensava até em colocar uma nave espacial em determinado momento da trama. Ou seja, é impossível querer levar tão a sério e nem há muito de tão profundo para "desvendar" no filme. Tampouco é preciso fazer doutorado em mitologia nórdica para supostamente entender a "mensagem" - encarem como uma aventura diferente e "artística", e pronto!
Por fim, também discordo dos que negativaram dizendo que não acontece nada no filme. PQP, perto das desgraças de caras chatos como Von Trier, Glauber e Tarkovski, "Valhalla Rising" até parece um "Velozes e Furiosos", inclusive com várias cenas de luta e/ou sangrentas para manter o espectador acordado.
Um filme para ver de cabeça aberta, DE DIA (para não correr o risco de pegar no sono), sabendo que é parado e silencioso, mas principalmente despido de preconceitos e sem tentar encontrar mensagens ocultas em cada frame, como muita gente está tentando fazer aqui... ;-)
Satans Lust
3.8 1Rituais satânicos, cintas-ligas e George 'Buck' Flower num filme pornô!
No Calor do Buraco
2.8 61Sobre porcos falantes, psicopatas necrófilos e um cara pregando a própria língua numa tábua no meio de uma suruba...
Drive: Tensão Máxima
3.5 43Já que todo mundo está falando apenas sobre o outro "Drive"...
Guerreiro Americano
2.7 80 Assista AgoraCrônicas de um ninja americano que não sabia lutar:
Fast Gun: Na Mira de uma Arma
3.4 1Você sabe que está vendo um filme inesquecível quando o herói se posiciona no meio da pista de um aeroporto para enfrentar um avião que decola... apenas com um revólver!!!
Cracking Up: As Loucuras de Jerry Lewis
3.6 13Não é o melhor filme de Jerry Lewis, mas certamente é um dos mais engraçados.
Las Viboras Cambian de Piel
4.1 1 Assista AgoraSujo, sangrento e amoral, com um massacre final que cita abertamente Sam Peckinpah e "Meu Ódio Será Sua Herança". É um filme mexicano, mas não deve nada aos grandes clássicos do western spaghetti. Grata surpresa e direto para a lista dos meus filmes preferidos!
Execução Sumária
2.9 12Michael Paré tentou ser Chuck Norris:
Terror Dentro da Noite
2.7 12Quando a cobra assassina é o integrante mais simpático do elenco:
O Nerd Vai à Guerra
2.4 16 Assista AgoraSerá que pagaram alguma coisa para o cara que fez essa capinha ridícula e esse título brasileiro medonho?
Banquete no Inferno
2.9 189O filme "quase" é foda. Me explica aí: qual a vantagem de usar monstros animatrônicos e maquiagem "old school" ao invés de computação gráfica se os caras tremem tanto a porra da câmera que não dá para entender nada do que acontece nas cenas de ataque/morte? Pior: o negócio é tão picotado e tremido que IRRITA! Sempre que os monstros atacavam, eu torcia para matarem logo a vítima (eu não entendia nada do que se passava mesmo), porque só assim a câmera parava de sacudir...