Embora eu tenha achado alguns dos temas abordados nessa temporada relevantes, como a diversidade de personagens (principalmente no referente às orientação sexual, coisa que vemos muito pouco no gênero do terror), adoção e suicídio, novamente achei que a temporada deixou a desejar. Ela foi estruturada em basicamente os mesmos moldes da primeira: uma família, que nos inspira simpatia, assombrada por uma presença maligna, que possui a matriarca (nesse caso o patriarca, Andy) e daí em diante assistimos a um show de cenas tediosas em que diversas referências aos filmes são feitas e o nome de Deus é mencionado centenas de vezes. Nesse quesito, o seriado errou feio. Também achei desnecessária a presença da Cassey (ou melhor, do demônio tomando a forma da Cassey afim de tentar Tomás), bem como o drama entre Mouse e Marcus ( a cena do flashback foi ridiculamente desnecessária). O season finale, no entanto, salvou (ou quase) a temporada toda: que referência maravilhosamente assustadora ao terceiro filme da franquia foi aquela durante a cena do hospital; uma das cenas mais assustadoras do terror brilhantemente reproduzida no seriado; gostei da atuação do Ben Daniels, como sempre. A cena em que ele finalmente ouve a voz de Deus é só inferior à cena no season finale anterior, em que ele recorda quando viu a face de Deus pela primeira vez ... No geral, achei uma temporada fraca, e não tenho certeza de que quero a série renovada.
Achei os primeiros episódios bem pretensiosos e chatos. Pensei que fosse continuar assim, e, deliciosamente, me enganei. À medida em que os episódios vão decorrendo, e a trama vai se expandindo, Dark se torna cada vez mais interessante. À parte dos principais temas
[/spoiler] - viagem no tempo, paradoxo, destino e livre arbítrio -,[spoiler]
também apresentou uma miscelânea de personagens todas enlaçadas numa só narrativa; achei isso muito legal. Outra coisa bem interessante foi como o caráter de algumas personagens e seus dramas pessoais foram explorados: isso enriqueceu bem a história.
[/spoiler]A obsessão de Hannah por Ulrich e o quão longe ela estava disposta a ir motivada por essa obsessão; a alusão ao romance lésbico entre Agnes Nielsen e Doris, na zona temporal de 1953; a pobre Regina, assombrada pelo bullying de Katharina d Ulrich, mesmo anos mais tarde. Tudo, claro, sem perder o foco nos temas principais já mencionados. Fascinantes os papos entre o Jonas mais velho e o cientista lá. Não gostei muito do final, porque uma quarta linha temporal (no futuro) pode vir a tornar maçante a narrativa.[spoiler]
Ainda muitas perguntas não respondidas; espero que a segunda temporada mantenha a qualidade narrativa da primeira.
Sensacional. Magistral. Essa temporada foi simplesmente perfeita. Claire Foy mais uma vez arrasando no papel de Elizabeth II; destaques para Vanessa Kirby, no espetacular papel da controversa e geniosa Princesa Margaret e Victoria Hamilton, como a Rainha Mãe
[/spoiler](vide o monólogo dela no episódio 5, "Marionettes", em que ela discute como o monarca inglês tem sido depravado de seu poder ao longo dos séculos, até ser reduzido a "nada, marionetes"; a complexidade e poder daquela cena, pra mim, só compara-se à cena que antecede a coroação da Elizabeth na temporada passada, em que a Rainha Maria de Teck prosta-se diante da avó e afirma que "a Coroa deve prevalecer; ela deve sempre prevalecer"; adorei, também, a jornada de descobrimento e afirmação de Margaret, e seu relacionamento peculiar com o marido Anthony Armstrong-Jones; a participação especial da Primeira Dama mais celebrada da história americana, Jackie Kennedy e seu marido; o drama com o pobre Príncipe Charles no internato; o passado sombrio do Príncipe Philip, sua relação conturbada com a esposa; o escândalo dos Arquivos de Marburg ...[spoiler]
tudo capturado com elegância e beleza durante os dez epísódios. Adorei; muito ansioso pelo desempenho da Olivia Colman como a Rainha, e pelos acontecimentos que vão ser explorados nas próximas temporadas.
O retrato de uma mulher que, de certa maneira, esmoreceu as bases da sociedade canadense do final do século XIX. Independentemente de sua culpa ou inocência, o âmago da história da Grace Marks de Atwood, brilhantemente interpretada pela talentosa Sarah Gadon, não está no fato de ter assassinado o senhor Kinnear e sua amante Nancy, mas sim no vários mantos que essa mulher, como todas as demais que viveram naquela época, afim de ora parecer vulnerável e tola, ora desejável, ora imponente e assustadora; tudo aquilo que se esperava que ela fosse, jamais podendo exercer a liberdade de ser quem é. É genial como no seriado Grace, ao longo de sua vida terrível e amarga, assimilou as três grandes figuras femininas presentes em sua jornada (como vemos por meio da analogia da colcha de retalhos): a mãe, de quem Grace é senão uma continuação, submissa, asfixiada pelos homens ao seu redor; Mary, por vezes rebelde e geniosa, mas que acreditava que a única maneira pela qual uma mulher poderia encontrar sua felicidade era casando-se com o homem certo e, finalmente, a bela e instável Nancy, que construiu uma vida para si sendo a amante de um homem relativamente poderoso. Foram essas, na minha concepção, as faces da Grace que vimos serem trabalhadas através dos episódios; as mulheres do século XIX contidas em uma só: a todo momento submissa, sempre tentando agradar afim de sobreviver, uma assassina, uma louca, uma puta; qualquer dos rótulos que a sociedade lhe outorgasse. Essa visão tão precisa e crua da vida de uma mulher, que não obstante fosse uma cruel assassina ou uma menina influenciável, viveu e sofreu sob a égide do sexismo e da misoginia sua vida inteira, sendo traída e usadas pelos homens ao seu redor.
Adorei a performance do Noah Schnapp; amei a talentosíssima e linda Winona Ryder; amei a participação especial do Sean Astin (o eterno Samwise Gamgee); gostei da adição da personagem Max, já que o show tava pedindo por mais presença feminina no elenco mirim (não curti os produtores terem colocado a Eleven contra ela, por ciúmes do Mike, o que foi BEM desnecessário). Falando em desnecessário, essa é a palavra perfeita para descrever o arco da Nancy/Jonathan nessa temporada, foi muito chato! Quase tão chato quanto
[/spoiler] o arco da Eleven/Jane. Tá certo que ver um pouco do passado da personagem é teoricamente uma ideia interessante, e a adição de uma nova personagem com super poderes foi bem legal, mas eu achei mal realizada; foi praticamente um filler entre o antepenúltimo ep. e o season finale. Falando nele, adorei a sequência dos "demo-dogs" e do ataque ao laboratório, mais uma vez pontuado pelas atuações maravilhosas do Schnapp e da Ryder.[spoiler]
Minha coisa predileta da temporada foi o Dustin mesmo; esse menino é uma graça.
Detestei o queerbaiting do Alfred e Drummond; a cada dia amando mais Jenna Coleman como Rainha Victoria. Adorei , também, a participação da excelente Diana Rigg como a Duquesa de Buccleuch.
Certamente uma das mais poderosas minisséries que já assisti. O retrato de uma mulher solitário, batalhando seus demônios interiores, brilhantemente emoldurado por Frances McDormand, esse monstro da atuação; sua Olive Kitteridge me fez rir, emocionou-me, indignou-me em algumas cenas, mas acima de tudo, me conquistou; e eu pude ver a mim mesmo nela, solitária e desajustada, mas ao mesmo tempo tão cheia de paixão ("It baffles me, this world; I don't want to leave it yet"). Julgo a Olive uma das personagens femininas mais complexas da televisão nos últimos tempos, e sobre a performance da McDormand, não tenho palavras mais para descrever; também o Richard Jenkins merece louros por sua atuação como o doce e amável Henry; as interações entre Olive e seu marido eram simplesmente de tirar o fôlego (vide a cena do assalto ao hospital no episódio 3), e os dois atores tinham um toma lá dá cá excepcional; as discussões entre Olive e seu filho problemático Christopher também eram incríveis; as expressões faciais da McDormand nessas cenas, a maneira como ele demonstrava emoção por meio da voz, dos olhos, tudo perfeito. Por fim, adorei a participação do Bill Murray, que é tão antagônico, mas ao mesmo tempo tão análogo à Olive, e como ambos se completam. A fotografia era linda.
Curto, mas a Conjuração da Pólvora teve um fim rápido, então é compreensível. Inglaterra do início do século XVII como ela era: visceral, violenta e anti-papista. Achei impressionante as cenas de tortura, mas achei que foram distribuídas bem pela trama, de modo que não ficou gore demais. Achei a atuação do Harington medíocre, como sempre, e esperava que a personagem enigmática do Guy Fawkes tivesse sido melhor explorada ... Pra mim, os destaques da minissérie foram a sempre linda e talentosa Liv Tyler como a corajosa e dividida Anne Vaux, principalmente os diálogos entre ela e o padre Garnet, em que Tyler demonstra emoção brilhantemente pelos olhos e pelo tom de voz e o veterano Mark Gatiss como o sociopata, manipulador, astucioso e ardiloso Robert Cecil. Achei o retrato que Gunpowder traçou do reinado de James I naquele momento específico interessante, a fotografia era bem bonita, e a gente tinha a impressão de estar mesmo em Londres no século XVII.
Uma adaptação mágica e linda de uma obra profundamente emocional, repleta de ciúmes, mágoas, arrependimentos e o melhor e pior que o ser humano tem a oferecer, que era o forte do Machado, esse escritor fenomenal. A trilha sonora é linda, a pegada teatral deu um charme à minissérie, e eu adorei as participações especiais de atores consagrados, como a Eliane Giardini.
O que dizer desse elenco incrível? Helen McCrory deu um show de interpretação nessa temporada, simplesmente amei a Aunt Polly; amei como sua relação com o filho foi explorada; as cenas entre ela e o Sam Neill foram de tirar o fôlego. Amei a interação entre o Cillian e o Tom Hardy também, interpretaram muito bem ambos. Gostei da personagem da May Carleton, e a cena entre ela e a Grace, no season finale. Adorei essa temporada; esperando por mais.
Fascinante. A premissa do seriado é simplesmente incrível, os diálogos (principalmente aqueles entre o Holden e a Wendy) fenomenais, direção impecável do David Fincher e demais envolvidos. Adorei como o conceito de "serial killer" foi sendo construído durante o desenvolvimento da narrativa, a metodologia desenvolvida pela doutora Carr sendo aplicada aos assassinos visitados pelo Holden e Tench; gostei também das performances, principalmente a da Anna Torv - simplesmente me apaixonei pela personagem da Wendy Carr, uma mulher decidida, inteligente, elegante e extremamente interessante -, dos atores que encarnaram os psicopatas - especialmente o Cameron Britton, que fez o Ed Kemper -, do Zachary Scott Ross, que deu vida a um homem atormentado pela relação com o filho e a esposa, e que tem de lidar com toda aquela loucura diária; finalmente, apesar de um tanto hesitante no começo, amei também a performance do Jonathan Groff como Holden - principalmente nos episódios finais, quando o comportamento dele começa a ser influenciado por seu trabalho ( a sequência de cenas final foi sensacional!). Enfim, pra mim, a melhor estreia desse segundo semestre, com tema fantástico e um ritmo ao mesmo tempo sombrio e eletrizante.
Simplesmente adorei. Confesso ter achado um tanto parada nos primeiros episódios, mas lá pros 4 ou 3 finais a espera foi recompensada. Gostei muito de como essa temporada refletiu alguns dos aspectos do filme dos irmãos Coen (1996), como a figura da intrépida, cativante,gentil e grávida Molly Solverson, que remete imediatamente à Marge Gunderson, do original; out Lester Nygaard, que remete vagamente ao protagonista do filme, embora Lester seja claramente um sociopata , muito mais do que uma personagem trapalhona e bem intencionada, como no filme. Ele certamente começa desse jeito, mas passa por um processo similar ao de Walter White , em "Breaking Bad", resultando em que eu o odeio tanto quanto o Walter; gostei também da figura sinistra, diabólica e cruel, quase o mal encarnado, inevitável e calculista que é o Lorne Malvo, claramente reflete outro vilão célebre, também adaptado para a tela pelos irmãos Coen, o predator Anton Chigurh, de "Onde os Fracos não Têm Vez" ( 2007 ), ambos os atores estando de parabéns por suas respectivas performances; gostei também de como o seriado meio que casa com o filme Fargo na subtrama do atormentado dono de uma franquia de supermercados , que supostamente encontrou sua fortuna enterrada na neve, como acontece no filme original e vê sua vida desmoronar por causa dela ( aliás, eu achei a interpretação do Oliver Platt maravilhosa; ele simplesmente arrasou no papel de Stavros). Uma coisa nessa primeira temporada me incomodou, no entanto, e ela foi a maneira como os roteiristas trataram as personagens femininas dentro da trama; claro, eu amei a Molly, ela certamente foi minha personagem predileta durante a temporada, sua personalidade ao mesmo tempo gentil e compassiva, e determinada e forte ganhou o meu coração desde o primeiro episódio; mas e quanto às demais mulheres do show? Todas escritas como vadias oportunistas ( vide as esposas de Stavros e Hess ), ou mulheres mesquinhas e autoritárias ( como a primeira senhora Nygaard e a cunhada de Lester ), puros objetos sexuais ( como a coitada da Jemma, que Lorne mata na choquante cena do elevador, não antes de ela ser reduzida à uma fala sobre sexo, e ser objeto de um diálogo sobre ...bem, sexo ), ou ainda vítimas submissas e ingênuas ( como a segunda senhora Nygaard ). Esse tratamento a suas mulheres me decepcionou um tanto em Fargo, e por isso não lhe dou 5 estrelas. De resto, gostei bastante, certamente uma série policial bem diferente.
Simplesmente sensacional! Um marco na história televisiva. Alguns dos meus episódios favoritos foram: * Where is Everybody? * Escape Clause * Time Enough at Last * And When the Sky was Opened * Third from the Sun * The Hitch-Hiker * Long Live Walter Jameson * Mr. Bevis * A Nice Place to Visit * The Sixteen-Millimeter Shrine * A World of His Own * The After Hours
Amei! A arte da abertura é MARAVILHOSA, a temática cristã do arrebatamento, os diálogos maravilhosos, a atuação do elenco super talentoso (destaque pra Carrie Coon, Ann Dowd, Christopher Eccleston, Liv Tyler, Justin Theroux), a fotografia dos episódios, a maneira como a trama te prende, e a emoção das personagens é explorada. Simplesmente incrível. Mal posso esperar por assistir à segunda temporada!
A temporada mais interessante até o momento, principalmente a segunda metade: as cenas de batalha simplesmente incríveis, sangrentas e viscerais; o desenvolvimento da personagem do Ivar e a exploração de sua relação com o pai; a performance magistral do Linus Roache como o atormentado Rei Ecbert, suas cenas com o Travis Fimmel;
[/spoiler] o destino da personagem da Aslaug, que eu achei muito bem escrito; duas cenas com ela que achei muito bem-escritas e atuadas foram aquela do episódio 12, em que Ragnar admite suas faltas como marido e lhe agradece por nunca ter posto a mentes de seus filhos contra ele, e conseguimos perceber a tristeza e mágoa que a Rainha de Kattegat trz dentro de si, depois de anos de um casamento desastroso, bem como a cena de sua morte, no episódio 14, que, em seu discurso, Aslaug diz ter cumprido seu papel naquela saga, e, quando Lagertha a mata, ela sorri, como quem já esperasse que as coisas fossem acontecer daquela maneira; simplesmente adorei a personagem dela, e acho o ódio do fandom contra ela muito imerecido; mereciam mais também Helga e Yidu, principalmente a primeira, visto que o seu foi foi MUITO ruim, e poderia ter sido melhor escrito; gostei também do desenvolvimento da personagem da Lagertha, que começou à sombra do Ragnar, e passou a construir seu próprio poderio ao passar das quatro temporadas, finalmente tomando o título de Rainha nessa temporada e, finalmente, a infame execução de Ragnar, e a performance do Fimmel nessa cena, bem como durante toda a temporada [spoiler]
Foi uma temporada boa, apesar da monotonia de algumas cenas, e da falta de profundidade de alguns diálogos.
[/spoiler]Essa temporada, pra mim, foi bastante transitória: mostrou o desenvolvimento da Peggy tanto no ambiente da empresa, como como ser humano ( eu amei a cena em que ela revela ao Pete que tinha engravidado dele e fornece aquele monólogo maravilhoso sobre como há partes de nós mesmos que perdemos ), um pouco do passado do Don, sua relação de altos e baixos com a Betty ( que a propósito eu simplesmente amei nessa temporada; sua constante luta por independência do marido, seu inconformismo com o papel de esposa condescente ), o conflito entre Don e Duck, e a gravidez da Betty. Tudo isso dá realmente um senso de transição pra novos eventos na trama da terceira temporada em diante. Uma cena que eu particularmente achei choquante foi a cena do estupro da Joan; foi difícil de assistir, e simplesmente revoltante constantar que ela simplesmente não tinha uma voz, que seu noivo simplesmente saiu impune. Aliás, é pelas mulheres que assisto a essa série: Betty, Peggy e Joan são de longe as personagens mais interessantes, que, enfrentam o sexismo e a violência de um mundo extremamente machista, e buscam sua liberdade e independência acima de tudo. Os pequenos detalhes da temporada, os diálogos e o jogo de cores e luz também foram incríveis.[spoiler]
David Lynch mais uma vez faz história: não entendi praticamente nada, estou agora com mais perguntas do que antes da estreia da terceira temporada, mas estou feliz por isso. Simplesmente Lynched.
Amei. Cativante do início ao fim, mesmo nos momentos mais parados. Gostei, especialmente, do desenvolvimento das personagens da Gillian e Jimmy Darmody ( que cena choquante não foi aquela dos flashbacks no penúltimo episódio? E o que dizer então da poderosa performance de Gretchen Mol quando sua personagem finalmente canaliza o ódio e repulsa que sentia por seu estuprador naquela cena memorável em que Gillian esbofeteia repetidamente o asqueroso " Commodore "? ) e Margaret Schroeder/Thompson ( sim, protegerei até o fim o direito à independência e, por que não, à hipocrisia que as esposas dos protagonistas têm de exercer, afinal por que Margaret, Betty Draper, Skyler White, ou Claire Underwwod deveriam ser apenas degraus por meio dos quais suas contrapartes masculinas ascendem em seu jogo de corrupção e poder? Que sejam elas livres, que sejam elas contraditórias, que sejam complexas ). Toda a relação com o Agente van Alden e Lucy, sua mamente, e mãe de sua filha, foi extremamente bizarra; amei a interpretação da Paz de la Huerta nessa temporada , bem como a do Michael Shannon e por último, mas não menos importante, simplesmente adorei a adição da durona Esther Randolph, uma mulher a frente de seu tempo, e do sexy e carismático Owen Sleater ( interpretado pelo lindíssimo Charlie Cox ). Mais uma temporada incrível desse show que está caminhando pra se tornar um de meus prediletos
Abster-me-ei de comparar o seriado com a série de livros, porque tanto os diretores deste quanto o autor daquela já afirmaram que ambos tomaram rumos distintos, e não são mais a mesma coisa. Dito isso, devo expressar aqui o quão decepcionante essa temporada foi pra mim. Bem, Game of Thrones vem me decepcionando desde a quarta temporada (2014), por motivos de furos em roteiro, mudança na natureza/desenvolvimento de personagens, cenas que julguei desnecessárias ... Enfim. Lembro-me que a sexta temporada me animou um pouco: achei que o roteiro deu uma melhorada, o season finale foi simplesmente incrível; portanto, criei certa expectativa para a sétima temporada
[/spoiler] Nunca tive uma maior decepção. Mas, vamos por partes. Uma das coisas que me irritaram de cara foi a falta de protagonismo por parte da Daenerys ( e Cersei ); e o super protagonismo da personagem do Jon Snow. Pra se ter uma ideia, o Rei no Norte teve aproximadamente 129 minutos de tela, enquanto as duas rainhas - cujo desenvolvimento como personagens é no mínimo tão complexo como o dele, durante as seis temporadas anteriores - tiveram 99 minutos ( Dany ) e 57 ( Cersei ). Isso, somado a todas as frases melosas de Jon Snow sobre honra e ser verdadeiro à sua palavra, e tudo mais, provam, pra mim, que D&D estão dispostos a fazer dele o protagonista tardio do seriado. Não acho que isso fosse um problema, caso eu não notasse uma tendência, por parte dos produtores, em propositalmente reduzir Daenerys - que é de longe a personagem que veio de mais longe dentro da narrativa - ao par romântico de Aegon Targaryen, o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro. Sério, isso me irritou profundamente, porque parece que vai ser a essa condição da personagem da Dany daqui pra frente: não de independência e conquista, que é a marca da Dany através de sua trajetória em Essos, mas de instabilidade e amor cego pelo Jon-Aegon; uma mera coadjuvante. Falando nisso, o que não dizer do terrível desenvolvimento de " Jonerys "? Naquela cena deplorável durante o episódio 6, em que os roteiristas acharam por bem fazer com que a reação da Dany à morte de um de seus filhos fosse nula, mas que a mera menção de seu apelido por Jon fez com que ela se debulhasse em lágrimas; os diálogos e a química entre os dois simplesmente digna de Malhação ... Achei porcamente escrito, e extremamente forçado. Afora isso, devo mencionar a ideia grotesca que D&D parecem ter de comic relief: piadas com órgãos genitais masculinos, os comentários nojentos por parte do Tormund sobre a Brienne ... et; temos os teletransportes de personagens, mais notadamente o do episódio 6, em que um corvo aparentemente voou da Muralha a Pedra do Dragão em tempo suficiente para que Jon & cia ( afinal de contas, que plano imbecil foi aquele de catar zumbi para-lá-da-Muralha ?) não morressem de frio, e fome ou fossem atacados pelos Caminhantes até o exato momento em que Drogon Ex Machina surge. Vale também citar aquele plot ridículo entre Sansa, Arya & Mindinho: me pareceu óbvio desde o início que ele iria morrer, mas isso não podia acontecer até o season finale, então houve uma baita "encheção de linguiça", com direito à teatrinho como desculpa esfarrapada para justificar o comportamento bizarro e agressivo da Arya nessa temporada; desculpa, mas o arco de Winterfell estava realmente de dar dó de tão mal-escrito. Por fim, o Encontro no Poço dos Dragões, que me decepconou pela parca inteiração entre Daenerys e Cersei, pelo posicionamento brando da dany, o que so comprova, para mim, que a personagem está morta e enterrada. temos ainda Bran, cuja onisciência parace servir apenas aos momentos específicos estipulados pelos produtores, aquela frase desnecessária dele, em que Sansa é relembrada da noite em que foi violentada ( culpa dos roteiristas, não da personagem ), enfim ... na minha opinião, as salvações dessa temporada foram, em primeiro lugar, a fotografia e efeitos especiais, simplesmnete épicos ( vide a cena da queda da Muralha em Atalaia-Leste-do-Mar ), as interpretações magistrais de Dianna Rigg ( vide o monólogo final da personagem ), Lena Headey ( lietralmente em todas cenas, percebe-se a loucura e ódio, e rancor da Cersei espreitando por detrás de seus olhos ), principalmente na cena da tortura de Ellaria e sua filha ( inclusive que cena, que performance por Indira Varna ) e seu diálogo com Tyrion no season finale ( parabéns ao Peter Dinklage também ). No geral, achei uma temporada fraca, que forçou Jon Sno-Aegon Targaryen goela a baixo; com atuações medianas, e vários furos de roteiro.[spoiler]
Violet Evergarden
4.3 144 Assista AgoraDrama demais.
O Exorcista (2ª Temporada)
3.9 124 Assista AgoraEmbora eu tenha achado alguns dos temas abordados nessa temporada relevantes, como a diversidade de personagens (principalmente no referente às orientação sexual, coisa que vemos muito pouco no gênero do terror), adoção e suicídio, novamente achei que a temporada deixou a desejar. Ela foi estruturada em basicamente os mesmos moldes da primeira: uma família, que nos inspira simpatia, assombrada por uma presença maligna, que possui a matriarca (nesse caso o patriarca, Andy) e daí em diante assistimos a um show de cenas tediosas em que diversas referências aos filmes são feitas e o nome de Deus é mencionado centenas de vezes. Nesse quesito, o seriado errou feio. Também achei desnecessária a presença da Cassey (ou melhor, do demônio tomando a forma da Cassey afim de tentar Tomás), bem como o drama entre Mouse e Marcus ( a cena do flashback foi ridiculamente desnecessária). O season finale, no entanto, salvou (ou quase) a temporada toda: que referência maravilhosamente assustadora ao terceiro filme da franquia foi aquela durante a cena do hospital; uma das cenas mais assustadoras do terror brilhantemente reproduzida no seriado; gostei da atuação do Ben Daniels, como sempre. A cena em que ele finalmente ouve a voz de Deus é só inferior à cena no season finale anterior, em que ele recorda quando viu a face de Deus pela primeira vez ... No geral, achei uma temporada fraca, e não tenho certeza de que quero a série renovada.
Devilman Crybaby
4.1 190 Assista AgoraNem mesmo Milton pensou em dar peitos a Satanás.
Grace and Frankie (1ª Temporada)
4.3 299 Assista AgoraTotalmente viciante. Jane Fonda e Lily Tomlin, minhas vovós. <3
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KAchei os primeiros episódios bem pretensiosos e chatos. Pensei que fosse continuar assim, e, deliciosamente, me enganei. À medida em que os episódios vão decorrendo, e a trama vai se expandindo, Dark se torna cada vez mais interessante. À parte dos principais temas
[/spoiler] - viagem no tempo, paradoxo, destino e livre arbítrio -,[spoiler]
[/spoiler]A obsessão de Hannah por Ulrich e o quão longe ela estava disposta a ir motivada por essa obsessão; a alusão ao romance lésbico entre Agnes Nielsen e Doris, na zona temporal de 1953; a pobre Regina, assombrada pelo bullying de Katharina d Ulrich, mesmo anos mais tarde. Tudo, claro, sem perder o foco nos temas principais já mencionados. Fascinantes os papos entre o Jonas mais velho e o cientista lá. Não gostei muito do final, porque uma quarta linha temporal (no futuro) pode vir a tornar maçante a narrativa.[spoiler]
The Crown (2ª Temporada)
4.5 253 Assista AgoraSensacional. Magistral. Essa temporada foi simplesmente perfeita. Claire Foy mais uma vez arrasando no papel de Elizabeth II; destaques para Vanessa Kirby, no espetacular papel da controversa e geniosa Princesa Margaret e Victoria Hamilton, como a Rainha Mãe
[/spoiler](vide o monólogo dela no episódio 5, "Marionettes", em que ela discute como o monarca inglês tem sido depravado de seu poder ao longo dos séculos, até ser reduzido a "nada, marionetes"; a complexidade e poder daquela cena, pra mim, só compara-se à cena que antecede a coroação da Elizabeth na temporada passada, em que a Rainha Maria de Teck prosta-se diante da avó e afirma que "a Coroa deve prevalecer; ela deve sempre prevalecer"; adorei, também, a jornada de descobrimento e afirmação de Margaret, e seu relacionamento peculiar com o marido Anthony Armstrong-Jones; a participação especial da Primeira Dama mais celebrada da história americana, Jackie Kennedy e seu marido; o drama com o pobre Príncipe Charles no internato; o passado sombrio do Príncipe Philip, sua relação conturbada com a esposa; o escândalo dos Arquivos de Marburg ...[spoiler]
Alias Grace
4.1 278 Assista AgoraO retrato de uma mulher que, de certa maneira, esmoreceu as bases da sociedade canadense do final do século XIX. Independentemente de sua culpa ou inocência, o âmago da história da Grace Marks de Atwood, brilhantemente interpretada pela talentosa Sarah Gadon, não está no fato de ter assassinado o senhor Kinnear e sua amante Nancy, mas sim no vários mantos que essa mulher, como todas as demais que viveram naquela época, afim de ora parecer vulnerável e tola, ora desejável, ora imponente e assustadora; tudo aquilo que se esperava que ela fosse, jamais podendo exercer a liberdade de ser quem é. É genial como no seriado Grace, ao longo de sua vida terrível e amarga, assimilou as três grandes figuras femininas presentes em sua jornada (como vemos por meio da analogia da colcha de retalhos): a mãe, de quem Grace é senão uma continuação, submissa, asfixiada pelos homens ao seu redor; Mary, por vezes rebelde e geniosa, mas que acreditava que a única maneira pela qual uma mulher poderia encontrar sua felicidade era casando-se com o homem certo e, finalmente, a bela e instável Nancy, que construiu uma vida para si sendo a amante de um homem relativamente poderoso. Foram essas, na minha concepção, as faces da Grace que vimos serem trabalhadas através dos episódios; as mulheres do século XIX contidas em uma só: a todo momento submissa, sempre tentando agradar afim de sobreviver, uma assassina, uma louca, uma puta; qualquer dos rótulos que a sociedade lhe outorgasse. Essa visão tão precisa e crua da vida de uma mulher, que não obstante fosse uma cruel assassina ou uma menina influenciável, viveu e sofreu sob a égide do sexismo e da misoginia sua vida inteira, sendo traída e usadas pelos homens ao seu redor.
Stranger Things (2ª Temporada)
4.3 1,6KAdorei a performance do Noah Schnapp; amei a talentosíssima e linda Winona Ryder; amei a participação especial do Sean Astin (o eterno Samwise Gamgee); gostei da adição da personagem Max, já que o show tava pedindo por mais presença feminina no elenco mirim (não curti os produtores terem colocado a Eleven contra ela, por ciúmes do Mike, o que foi BEM desnecessário). Falando em desnecessário, essa é a palavra perfeita para descrever o arco da Nancy/Jonathan nessa temporada, foi muito chato! Quase tão chato quanto
[/spoiler] o arco da Eleven/Jane. Tá certo que ver um pouco do passado da personagem é teoricamente uma ideia interessante, e a adição de uma nova personagem com super poderes foi bem legal, mas eu achei mal realizada; foi praticamente um filler entre o antepenúltimo ep. e o season finale. Falando nele, adorei a sequência dos "demo-dogs" e do ataque ao laboratório, mais uma vez pontuado pelas atuações maravilhosas do Schnapp e da Ryder.[spoiler]
Vitória: A Vida de uma Rainha (2ª temporada)
4.3 14Detestei o queerbaiting do Alfred e Drummond; a cada dia amando mais Jenna Coleman como Rainha Victoria. Adorei , também, a participação da excelente Diana Rigg como a Duquesa de Buccleuch.
Olive Kitteridge
4.5 103 Assista AgoraCertamente uma das mais poderosas minisséries que já assisti. O retrato de uma mulher solitário, batalhando seus demônios interiores, brilhantemente emoldurado por Frances McDormand, esse monstro da atuação; sua Olive Kitteridge me fez rir, emocionou-me, indignou-me em algumas cenas, mas acima de tudo, me conquistou; e eu pude ver a mim mesmo nela, solitária e desajustada, mas ao mesmo tempo tão cheia de paixão ("It baffles me, this world; I don't want to leave it yet"). Julgo a Olive uma das personagens femininas mais complexas da televisão nos últimos tempos, e sobre a performance da McDormand, não tenho palavras mais para descrever; também o Richard Jenkins merece louros por sua atuação como o doce e amável Henry; as interações entre Olive e seu marido eram simplesmente de tirar o fôlego (vide a cena do assalto ao hospital no episódio 3), e os dois atores tinham um toma lá dá cá excepcional; as discussões entre Olive e seu filho problemático Christopher também eram incríveis; as expressões faciais da McDormand nessas cenas, a maneira como ele demonstrava emoção por meio da voz, dos olhos, tudo perfeito. Por fim, adorei a participação do Bill Murray, que é tão antagônico, mas ao mesmo tempo tão análogo à Olive, e como ambos se completam. A fotografia era linda.
Gunpowder
3.3 11 Assista AgoraCurto, mas a Conjuração da Pólvora teve um fim rápido, então é compreensível. Inglaterra do início do século XVII como ela era: visceral, violenta e anti-papista. Achei impressionante as cenas de tortura, mas achei que foram distribuídas bem pela trama, de modo que não ficou gore demais. Achei a atuação do Harington medíocre, como sempre, e esperava que a personagem enigmática do Guy Fawkes tivesse sido melhor explorada ... Pra mim, os destaques da minissérie foram a sempre linda e talentosa Liv Tyler como a corajosa e dividida Anne Vaux, principalmente os diálogos entre ela e o padre Garnet, em que Tyler demonstra emoção brilhantemente pelos olhos e pelo tom de voz e o veterano Mark Gatiss como o sociopata, manipulador, astucioso e ardiloso Robert Cecil. Achei o retrato que Gunpowder traçou do reinado de James I naquele momento específico interessante, a fotografia era bem bonita, e a gente tinha a impressão de estar mesmo em Londres no século XVII.
Capitu
4.5 629Uma adaptação mágica e linda de uma obra profundamente emocional, repleta de ciúmes, mágoas, arrependimentos e o melhor e pior que o ser humano tem a oferecer, que era o forte do Machado, esse escritor fenomenal. A trilha sonora é linda, a pegada teatral deu um charme à minissérie, e eu adorei as participações especiais de atores consagrados, como a Eliane Giardini.
A Casa da Raven (1ª Temporada)
4.0 80Achei hilário. E o último episódio deu a maior nostalgia.
Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas (2ª Temporada)
4.4 260 Assista AgoraO que dizer desse elenco incrível? Helen McCrory deu um show de interpretação nessa temporada, simplesmente amei a Aunt Polly; amei como sua relação com o filho foi explorada; as cenas entre ela e o Sam Neill foram de tirar o fôlego. Amei a interação entre o Cillian e o Tom Hardy também, interpretaram muito bem ambos. Gostei da personagem da May Carleton, e a cena entre ela e a Grace, no season finale. Adorei essa temporada; esperando por mais.
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 803 Assista AgoraFascinante. A premissa do seriado é simplesmente incrível, os diálogos (principalmente aqueles entre o Holden e a Wendy) fenomenais, direção impecável do David Fincher e demais envolvidos. Adorei como o conceito de "serial killer" foi sendo construído durante o desenvolvimento da narrativa, a metodologia desenvolvida pela doutora Carr sendo aplicada aos assassinos visitados pelo Holden e Tench; gostei também das performances, principalmente a da Anna Torv - simplesmente me apaixonei pela personagem da Wendy Carr, uma mulher decidida, inteligente, elegante e extremamente interessante -, dos atores que encarnaram os psicopatas - especialmente o Cameron Britton, que fez o Ed Kemper -, do Zachary Scott Ross, que deu vida a um homem atormentado pela relação com o filho e a esposa, e que tem de lidar com toda aquela loucura diária; finalmente, apesar de um tanto hesitante no começo, amei também a performance do Jonathan Groff como Holden - principalmente nos episódios finais, quando o comportamento dele começa a ser influenciado por seu trabalho ( a sequência de cenas final foi sensacional!). Enfim, pra mim, a melhor estreia desse segundo semestre, com tema fantástico e um ritmo ao mesmo tempo sombrio e eletrizante.
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511Simplesmente adorei. Confesso ter achado um tanto parada nos primeiros episódios, mas lá pros 4 ou 3 finais a espera foi recompensada. Gostei muito de como essa temporada refletiu alguns dos aspectos do filme dos irmãos Coen (1996), como a figura da intrépida, cativante,gentil e grávida Molly Solverson, que remete imediatamente à Marge Gunderson, do original; out Lester Nygaard, que remete vagamente ao protagonista do filme, embora Lester seja claramente um sociopata , muito mais do que uma personagem trapalhona e bem intencionada, como no filme. Ele certamente começa desse jeito, mas passa por um processo similar ao de Walter White , em "Breaking Bad", resultando em que eu o odeio tanto quanto o Walter; gostei também da figura sinistra, diabólica e cruel, quase o mal encarnado, inevitável e calculista que é o Lorne Malvo, claramente reflete outro vilão célebre, também adaptado para a tela pelos irmãos Coen, o predator Anton Chigurh, de "Onde os Fracos não Têm Vez" ( 2007 ), ambos os atores estando de parabéns por suas respectivas performances; gostei também de como o seriado meio que casa com o filme Fargo na subtrama do atormentado dono de uma franquia de supermercados , que supostamente encontrou sua fortuna enterrada na neve, como acontece no filme original e vê sua vida desmoronar por causa dela ( aliás, eu achei a interpretação do Oliver Platt maravilhosa; ele simplesmente arrasou no papel de Stavros). Uma coisa nessa primeira temporada me incomodou, no entanto, e ela foi a maneira como os roteiristas trataram as personagens femininas dentro da trama; claro, eu amei a Molly, ela certamente foi minha personagem predileta durante a temporada, sua personalidade ao mesmo tempo gentil e compassiva, e determinada e forte ganhou o meu coração desde o primeiro episódio; mas e quanto às demais mulheres do show? Todas escritas como vadias oportunistas ( vide as esposas de Stavros e Hess ), ou mulheres mesquinhas e autoritárias ( como a primeira senhora Nygaard e a cunhada de Lester ), puros objetos sexuais ( como a coitada da Jemma, que Lorne mata na choquante cena do elevador, não antes de ela ser reduzida à uma fala sobre sexo, e ser objeto de um diálogo sobre ...bem, sexo ), ou ainda vítimas submissas e ingênuas ( como a segunda senhora Nygaard ). Esse tratamento a suas mulheres me decepcionou um tanto em Fargo, e por isso não lhe dou 5 estrelas. De resto, gostei bastante, certamente uma série policial bem diferente.
Além da Imaginação (1ª Temporada)
4.6 111Simplesmente sensacional! Um marco na história televisiva. Alguns dos meus episódios favoritos foram:
* Where is Everybody?
* Escape Clause
* Time Enough at Last
* And When the Sky was Opened
* Third from the Sun
* The Hitch-Hiker
* Long Live Walter Jameson
* Mr. Bevis
* A Nice Place to Visit
* The Sixteen-Millimeter Shrine
* A World of His Own
* The After Hours
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraAmei! A arte da abertura é MARAVILHOSA, a temática cristã do arrebatamento, os diálogos maravilhosos, a atuação do elenco super talentoso (destaque pra Carrie Coon, Ann Dowd, Christopher Eccleston, Liv Tyler, Justin Theroux), a fotografia dos episódios, a maneira como a trama te prende, e a emoção das personagens é explorada. Simplesmente incrível. Mal posso esperar por assistir à segunda temporada!
Vikings (4ª Temporada)
4.4 530 Assista AgoraA temporada mais interessante até o momento, principalmente a segunda metade: as cenas de batalha simplesmente incríveis, sangrentas e viscerais; o desenvolvimento da personagem do Ivar e a exploração de sua relação com o pai; a performance magistral do Linus Roache como o atormentado Rei Ecbert, suas cenas com o Travis Fimmel;
[/spoiler] o destino da personagem da Aslaug, que eu achei muito bem escrito; duas cenas com ela que achei muito bem-escritas e atuadas foram aquela do episódio 12, em que Ragnar admite suas faltas como marido e lhe agradece por nunca ter posto a mentes de seus filhos contra ele, e conseguimos perceber a tristeza e mágoa que a Rainha de Kattegat trz dentro de si, depois de anos de um casamento desastroso, bem como a cena de sua morte, no episódio 14, que, em seu discurso, Aslaug diz ter cumprido seu papel naquela saga, e, quando Lagertha a mata, ela sorri, como quem já esperasse que as coisas fossem acontecer daquela maneira; simplesmente adorei a personagem dela, e acho o ódio do fandom contra ela muito imerecido; mereciam mais também Helga e Yidu, principalmente a primeira, visto que o seu foi foi MUITO ruim, e poderia ter sido melhor escrito; gostei também do desenvolvimento da personagem da Lagertha, que começou à sombra do Ragnar, e passou a construir seu próprio poderio ao passar das quatro temporadas, finalmente tomando o título de Rainha nessa temporada e, finalmente, a infame execução de Ragnar, e a performance do Fimmel nessa cena, bem como durante toda a temporada [spoiler]
Mad Men (2ª Temporada)
4.4 113 Assista Agora[/spoiler]Essa temporada, pra mim, foi bastante transitória: mostrou o desenvolvimento da Peggy tanto no ambiente da empresa, como como ser humano ( eu amei a cena em que ela revela ao Pete que tinha engravidado dele e fornece aquele monólogo maravilhoso sobre como há partes de nós mesmos que perdemos ), um pouco do passado do Don, sua relação de altos e baixos com a Betty ( que a propósito eu simplesmente amei nessa temporada; sua constante luta por independência do marido, seu inconformismo com o papel de esposa condescente ), o conflito entre Don e Duck, e a gravidez da Betty. Tudo isso dá realmente um senso de transição pra novos eventos na trama da terceira temporada em diante. Uma cena que eu particularmente achei choquante foi a cena do estupro da Joan; foi difícil de assistir, e simplesmente revoltante constantar que ela simplesmente não tinha uma voz, que seu noivo simplesmente saiu impune. Aliás, é pelas mulheres que assisto a essa série: Betty, Peggy e Joan são de longe as personagens mais interessantes, que, enfrentam o sexismo e a violência de um mundo extremamente machista, e buscam sua liberdade e independência acima de tudo. Os pequenos detalhes da temporada, os diálogos e o jogo de cores e luz também foram incríveis.[spoiler]
Arrested Development (1ª Temporada)
4.3 213 Assista AgoraSimplesmente hilária. Lucille Bluth é sensacional!
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraDavid Lynch mais uma vez faz história: não entendi praticamente nada, estou agora com mais perguntas do que antes da estreia da terceira temporada, mas estou feliz por isso. Simplesmente Lynched.
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (2ª Temporada)
4.5 110 Assista AgoraAmei. Cativante do início ao fim, mesmo nos momentos mais parados. Gostei, especialmente, do desenvolvimento das personagens da Gillian e Jimmy Darmody ( que cena choquante não foi aquela dos flashbacks no penúltimo episódio? E o que dizer então da poderosa performance de Gretchen Mol quando sua personagem finalmente canaliza o ódio e repulsa que sentia por seu estuprador naquela cena memorável em que Gillian esbofeteia repetidamente o asqueroso " Commodore "? ) e Margaret Schroeder/Thompson ( sim, protegerei até o fim o direito à independência e, por que não, à hipocrisia que as esposas dos protagonistas têm de exercer, afinal por que Margaret, Betty Draper, Skyler White, ou Claire Underwwod deveriam ser apenas degraus por meio dos quais suas contrapartes masculinas ascendem em seu jogo de corrupção e poder? Que sejam elas livres, que sejam elas contraditórias, que sejam complexas ). Toda a relação com o Agente van Alden e Lucy, sua mamente, e mãe de sua filha, foi extremamente bizarra; amei a interpretação da Paz de la Huerta nessa temporada , bem como a do Michael Shannon e por último, mas não menos importante, simplesmente adorei a adição da durona Esther Randolph, uma mulher a frente de seu tempo, e do sexy e carismático Owen Sleater ( interpretado pelo lindíssimo Charlie Cox ). Mais uma temporada incrível desse show que está caminhando pra se tornar um de meus prediletos
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraAbster-me-ei de comparar o seriado com a série de livros, porque tanto os diretores deste quanto o autor daquela já afirmaram que ambos tomaram rumos distintos, e não são mais a mesma coisa. Dito isso, devo expressar aqui o quão decepcionante essa temporada foi pra mim. Bem, Game of Thrones vem me decepcionando desde a quarta temporada (2014), por motivos de furos em roteiro, mudança na natureza/desenvolvimento de personagens, cenas que julguei desnecessárias ... Enfim. Lembro-me que a sexta temporada me animou um pouco: achei que o roteiro deu uma melhorada, o season finale foi simplesmente incrível; portanto, criei certa expectativa para a sétima temporada
[/spoiler] Nunca tive uma maior decepção. Mas, vamos por partes. Uma das coisas que me irritaram de cara foi a falta de protagonismo por parte da Daenerys ( e Cersei ); e o super protagonismo da personagem do Jon Snow. Pra se ter uma ideia, o Rei no Norte teve aproximadamente 129 minutos de tela, enquanto as duas rainhas - cujo desenvolvimento como personagens é no mínimo tão complexo como o dele, durante as seis temporadas anteriores - tiveram 99 minutos ( Dany ) e 57 ( Cersei ). Isso, somado a todas as frases melosas de Jon Snow sobre honra e ser verdadeiro à sua palavra, e tudo mais, provam, pra mim, que D&D estão dispostos a fazer dele o protagonista tardio do seriado. Não acho que isso fosse um problema, caso eu não notasse uma tendência, por parte dos produtores, em propositalmente reduzir Daenerys - que é de longe a personagem que veio de mais longe dentro da narrativa - ao par romântico de Aegon Targaryen, o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro. Sério, isso me irritou profundamente, porque parece que vai ser a essa condição da personagem da Dany daqui pra frente: não de independência e conquista, que é a marca da Dany através de sua trajetória em Essos, mas de instabilidade e amor cego pelo Jon-Aegon; uma mera coadjuvante. Falando nisso, o que não dizer do terrível desenvolvimento de " Jonerys "? Naquela cena deplorável durante o episódio 6, em que os roteiristas acharam por bem fazer com que a reação da Dany à morte de um de seus filhos fosse nula, mas que a mera menção de seu apelido por Jon fez com que ela se debulhasse em lágrimas; os diálogos e a química entre os dois simplesmente digna de Malhação ... Achei porcamente escrito, e extremamente forçado. Afora isso, devo mencionar a ideia grotesca que D&D parecem ter de comic relief: piadas com órgãos genitais masculinos, os comentários nojentos por parte do Tormund sobre a Brienne ... et; temos os teletransportes de personagens, mais notadamente o do episódio 6, em que um corvo aparentemente voou da Muralha a Pedra do Dragão em tempo suficiente para que Jon & cia ( afinal de contas, que plano imbecil foi aquele de catar zumbi para-lá-da-Muralha ?) não morressem de frio, e fome ou fossem atacados pelos Caminhantes até o exato momento em que Drogon Ex Machina surge. Vale também citar aquele plot ridículo entre Sansa, Arya & Mindinho: me pareceu óbvio desde o início que ele iria morrer, mas isso não podia acontecer até o season finale, então houve uma baita "encheção de linguiça", com direito à teatrinho como desculpa esfarrapada para justificar o comportamento bizarro e agressivo da Arya nessa temporada; desculpa, mas o arco de Winterfell estava realmente de dar dó de tão mal-escrito. Por fim, o Encontro no Poço dos Dragões, que me decepconou pela parca inteiração entre Daenerys e Cersei, pelo posicionamento brando da dany, o que so comprova, para mim, que a personagem está morta e enterrada. temos ainda Bran, cuja onisciência parace servir apenas aos momentos específicos estipulados pelos produtores, aquela frase desnecessária dele, em que Sansa é relembrada da noite em que foi violentada ( culpa dos roteiristas, não da personagem ), enfim ... na minha opinião, as salvações dessa temporada foram, em primeiro lugar, a fotografia e efeitos especiais, simplesmnete épicos ( vide a cena da queda da Muralha em Atalaia-Leste-do-Mar ), as interpretações magistrais de Dianna Rigg ( vide o monólogo final da personagem ), Lena Headey ( lietralmente em todas cenas, percebe-se a loucura e ódio, e rancor da Cersei espreitando por detrás de seus olhos ), principalmente na cena da tortura de Ellaria e sua filha ( inclusive que cena, que performance por Indira Varna ) e seu diálogo com Tyrion no season finale ( parabéns ao Peter Dinklage também ). No geral, achei uma temporada fraca, que forçou Jon Sno-Aegon Targaryen goela a baixo; com atuações medianas, e vários furos de roteiro.[spoiler]