O melhor da comédia politicamente incorreta, e do humor negro mesclado com questões existenciais e temas polêmicos. Confesso que ri até do que não devia.
Tatiana Maslany fez história na televisão ao interpretar tantas personagens únicas e distintas. Aquela cena em que as personagens principais - Alison, Helena, Cosima & Sarah. - estão conversando, você pode jurar que são atrizes diferentes. Olha, vai fazer falta.
Raramente uma série consegue me cativar tanto quanto "Desperate Housewives." Simplesmente não conseguia parar de assistir; cada episódio uma mistura de humor de qualidade, drama e mistério; cada protagonista mais cativante que a outra. Já estou vendo que essa vai se tornar uma das minhas séries prediletas
Senti uma vibe "Orange is the New Black" ao assistir "GLOW". Um elenco feminino divertido, com certo desenvolvimento individual das personagens ( algumas mais exploradas, outras menos ) e muito humor. Acho que a série capturou bem a estética dos anos 80: as drogas, o figurino, os carros, as cores, a trilha sonora. Alison Brie fez um excelente trabalho como Ruth, uma protagonista entusiasta e cativante. E toda a ideia de mulheres lutadoras é bastante peculiar e interessante. O seriado também tratou de assuntos sérios, como o aborto. No geral, achei legal e divertido, mas não sei se uma segunda temporada seria uma boa opção ...
[/spoiler]Ver o Piscatella morrer vítima da própria ineficiência e violência do sisema foi bem irônico.[spoiler]
Um pouco enrolada demais, com poucos dias expremidos em 13 episódios, deixou um pouco a desejar. Acho que não conseguiu dar continuidade à mistura de humor e crítica social da temporada passada ...
Skam tratou de assuntos muito pertinentes à sociedade atual, principalmente em países europeus e de Primeiro Mundo: uso de tecnologia, imigração, tolerância religiosa, sexo na adolescência, homossexualidade ... Enfim, essa série, em quatro curtas temporadas, nos deu um casal LGBT inesquecível ( Even e Isak ), e trouxe perfomances muito boas de seus respectivos protagonistas. Dito isso, acho que já estava na hora de acabar mesmo. Sinto que a trama já foi esticada o máximo possível, e que essa temporada final, com a Sana, uma jovem mulçumana lidando com a própria fé e o cyberbullying, meio que fechou com chava de ouro o seriado. Não acho que uma outra temporada seria uma boa ideia; os arcos das personagens já foram bem fechados ( alguns, como o da Eva e do Jonas, até de maneira repentina demais pro meu gosto ) e, basicamente, não deixou nada a desejar. Um dos seriados desse gênero "teen" mais relevantes e bem-escritas no momento.
Deixou a desejar, quando comparada à primeira temporada? Sim. Teve momentos desnecessários, bobos e monótonos? Sim. Mas, apesar disso, "Twin Peaks" permanece uma das melhores séries de TV de todos os tempos. O que eu sempre gostei nas produções "Lynchianas" foi a maneira como esse diretor - aqui com a ajuda do Mark Frost. - consegue enlaçar bem uma miscelânia de cenas e personagens diferentes, e centralizar tudo numa trama,que apesar das falhas:
[/spoiler]Vide a confusão que foi a vida amorosa da personagem da Audrey Horne, o final quase anti-climático do último episódio, o comic relief exagerado da personagem do Andy, a "novela mexicana" entre a Donna ( que ficou completamente sem-graça nessa temporada ) e o James, Windom Earle ( que apesar de bem interpretado, chegou tarde demais na trama ), Evelyn Marsh, que, a não ser para ser objetificada e sensualizada, não teve nenhuma outra aplicação prática na trama, o Little Nicky e o ignóbil Richard "Dick" Tremayne, a adição da Annie Blackburn e um dos casais mais forçados da história da dramaturgia, ela e Cooper. Enfim, essa temporada foi mesmo controversa e, em qualidade, teve momentos definitivamente inferiores à primeira. Mas, ainda assim, a capacidade criativa de Lynch & Frost, as personagens inesquecíveis ( como Lucy, uma das personagens mais amáveis que já vi, Killer Bob, uma das mais assustadoras, Catherine, uma vilã icônica e Harry, um do sheriffes mais doces da história da televisão), e a profunda complexidade da personagem da Laura Palmer, merecem reconhecimento.
[/spoiler]A melhor temporada até o momento, pra mim. Tive que dar 5 estrelas. Robin Wright simplesmente arrebentou no papel de Claire, mostrando toda a vulnerabilidade, culpa e, ao mesmo tempo, força e independência dessa, que na minha opinião, é uma das personagens femininas melhor escritas da televisão ultimamente. A maneira como a relação dela com o Francis foi explorada nessa temporada foi genial, sob os olhos do observador neutro, o escritor Tom Yates. Aquela cena em que a Claire, num momento de frqueza, em que sua armadura de frieza e cortesia finalmente cai, enquanto ela está doando sangue, e a personagem, pela primeira vez na série, mostra total honestidade e compara sua vida com o Frank à "flertar com a beirada de uma ponte" foi simplesmente a melhor cena do seriado até o momento. Robin Wright mostrou todo o seu talento com aquela cena, e muitas outras nessa temporada. Toda a trama relacionada aos conflitos no Oriente Médio, à diplomacia com a Rússia, à campanha política Heather vs. Frank, tudo muito relevante ( como sempre ) pro cenário político atual. Sinceramente, uma das melhores séries originais da Netflix, se não a melhor.
Deixou-me com muita vontade de ler o romance da Margaret Atwood. Achei a série sensacional: a maneira como ela explorou um governo totalitário que parece quase utópico, mas ao mesmo conecta-se tanto com o que vivemos hoje: se um grupo de pessoas dispostas a estabelecer uma nova forma de governo, com a crise pela qual os E .U.A e outros países do mundo têm passado, quem pode afirmar que eles não teriam sucesso como os Filhos de Jacó, na série e no livro? Adorei e achei bem pertinente a maneira como o seriado explorou o conceito de feminilidade, e o papel da mulher numa sociedade que - não muito diferente da nossa. - as classifica em esposas, mãe e objetos sexuais. Foi interessante ver como Serena Joy, uma escritora e uma mulher inteligente, foi capaz de ajudar a estabelecer uma ditadura tão misógina e sexista, tudo por uma ideia egoísta de que aquela era a mudança de que o mundo necessitava. Elisabeth Moss, mais uma vez, provou todo o seu talento como mais uma personagem que passou por extrema dificuldade e ainda assim permaneceu forte e decidida a "não ser aquela garota na caixa de música". Ela é uma forte candidata a um Emmy esse ano. O seriado explorou bem o poder do fanatismo religioso e de como ele pode ser usado para justificar atrocidades, e os conceitos de livre-arbítrio, opressão e busca por liberdade. Uma das melhores surpresas de 2017, por enquanto.
[/spoiler]Achei essa temporada mais fluida do que as anteriores, e com acontecimentos mais definitivos: como a morte da Siggy ( coitada ) e do Athelstan (coitado ), bem como a Ragnar lidando com as primeiras crises de autoridade em seu reinado, e todo aquela trama com o Harbard. Também gostei bastante de ver Paris figurando entre as áreas exploradas nessa temporada, e a Princesa Gisla ( inspirada na figura real da Princesa Gisela da França ) foi uma personagem super interessante, determinada e forte. A parte em Wessex também foi bastante interessante, e as tramas políticas e traições dessa temporada passaram uma vibe bem "Game of Thrones." Também percebi a importância do papel da religião, ou religiões, nas decisões das personagens nessa terceira temporada: Floki mata Athelstan por achar que aquela era a vontade dos deuses ( embora ele também odiasse o coitado desde a primeira temporada, principalmente por motivos religiosos ), Aethelwulf mostra seu lado mais fanático religioso, Gisla utiliza a bandeira de um santo católico para motivar os soldados defendendo Paris, Odin parece ter feito uma visita à Kattergat, ou seja, lendas e religiosidade tiveram um papel fundamental nessa temporada, e eu adorei isso. As cenas de batalha incríveis como sempre, e as sementes pra quarta temporada devidamente plantadas.
Quando comparado à sua predecessora, "The White Queen", "The White Princess" deixa muito a desejar: os fatos históricos não são tão precisos, a protagonista do seriado - Rainha Elizabeth de Iorque. - não é tão cativante quanto sua mãe foi, a narrativa em si não foi tão excitante e dramática quanto a de "The White Queen." Mas, eu acho que compensando por essa parte, temos o forte protagonismo feminino - já marca registrada da Philippa Gregory e das adaptações de seus trabalhos. - e a performance fenomenal de atrizes já consagradas por trabalhos anteriores: Michelle Fairley deu mais um show de talento como a Rainha-Mãe Margaret Beaufort, outra personagem fortemente maternal, como a Catelyn em "Game of Thrones"; gostei também da participação da Joanne Whalley, que já tinha feito a Rainha Catarina de Aragão em "Wolf Hall", e a amante do Papa Alexandre VI, Vanozza, em "The Borgias", a personagem dela nesse seriado foi bastante interessante e forte e, por último, achei a performance da Essie Davis como Elizabeth Woodville muito competente, embora Rebecca Fergunson vá ficar eternizada como essa rainha consorte inglesa fenomenal na minha mente, e a Jodie Comer interpretou bem o papel da nova rainha. Deixou a desejar, mas ainda é bem assitível.
O que dizer desse seriado que apenas na primeira temporada já mostrou performances sensacionais e estabeleceu uma narrativa inteligente e envolvente? Apesar de bastante lento e parado em algumas partes, a narrativa é muito criativa e rica. David Chase pega um dos temas mais lucrativos da história do cinema e televisão - gangsters - e adiciona um lado mais sentimental e dramático a ele. Através das atuações incríveis do James Gandolfini - no papel clássico do anti-heroi sociopata, porém amável -, da Lorraine Bracco - a psicóloga e a voz da razão e consciência do Tony num grupo de personagens cinzentas -, Edie Falco - a esposa cúmplice e hipócrita, que escolhe fechar os olhos à corrupção do marido, e no entanto é uma das personagens mais simpáticas e amáveis do seriado -, e finalmente da Nancy Marchand, (que mais do que mereceu o Globo de Ouro dela), que brilhantemente deu vida à manipuladora, narcissista, egoísta Olivia Soprana, a grande matriarca dos traumas do Tony, a narrativa se torna complexa e tensa, tudo sem perder a violência e a brutalidade dignas de "O Poderoso Chefão", o jogo de poder que todos amamos ver desde "Game of Thrones" a "Mad Men" e a eventual objetificação feminina. No geral, um obra-prima da televisão moderna; esperando bastante das próximas temporadas.
Mais uma obra-prima da HBO. O roteiro é genial, os diálogos muito bem escritos; a trama centralizada na Lei da Proibição no início dos anos 20, e o império de contrabando, prostituição, apostas e luta de facções por controle de território é muito envolvente e as personagens, bastante interessantes. Eu adorei o Nucky Thompson, o típico anti-herói irônico e ao mesmo tempo sensível que está lutando pra exercer controle sobre uma Atlantic City dividida; o Jimmy Darmody, assombrado pela sua experiência na Primeira Guerra me lembrou bastante o protagonista de "Peaky Blinders", que passa pelos mesmos traumas. Amei também a pegada política da série, e como a corrupção já dominava as votações e decisões políticas nos E.U.A desde bem cedo, apenas usando meios diferentes com o passar das décadas. Eu adorei também as personagens femininas de "Boardwalk Empire", principalmente a Gillian Darmody e a Margaret Schroeder, ambas mulheres de determinação e ambição, a primeira tendo sida vítima de estupro tão jovem e ainda assim se recusando a sera vítima, mantendo um senso de sobrevivência grande e a última sabendo que necessita da ajuda do Nucky para dar uma vida melhor aos filhos, mas ao mesmo tempo tentenado manter-se fiel aos seus princípios, e meio que desenvolvendo uma ambição própria ao longo da temporada.Achei interessante, também, a personagem do Nelson van Alden, o agente policial tão fanático com um senso de justiça torcido, que me lembrou o arquétipo do Inspetor Javert de "Os Miseráveis", bem como a personagem do Sam Neill em "Peaky Blinders", ambos têm uma obsessão doentia com os interesses românticos dos respectivos protagonistas. Foi uma primeira temporada simplesmente incrível. Os figurinos e a recriação do ambiente da Nova Jersey nos anos 20 merecem parabéns também, bem como a adição de um relacionamento lésbico bem nos início do século XX, o que eu achei bem interessante. Vamos ver o que as próximas temporadas trazem.
"There's a darkness in you, Mary Ann". Primeiro eu gostaria de parabenizar a Joanne Froggatt pela performance maravilhosa nessa micro-série. A personagem da Mary Ann é o simétrico oposto da Anna Bates em "Downton Abbey", e a atriz interpretou ambas brilhantemente. Achei a fidelidade do seriado para com os eventos reais muito acurada, em dois episódios os produtores conseguiram nos passar uma crônica bem detalhada da vida dessa mulher intrigante; uma das primeiras assassinas da história a ter um comportamento correspondente ao que hoje se chama "serial killer". Dito isso, eu achei que o diretor forçou demais o lado "girl power", feminista da Mary. É justamente a falta de informações precisas de como era a personalidade dessa mulher que proporciona a qualquer produtor ou diretor moldar o caráter de Mary Ann Cotton, fazendo dela uma mulher fria e sem remorso, ou, como no caso desse seriado, uma mulher em busca de independência em uma sociedade fundamentalmente patriarcal e sexista, como era a Era Vitoriana, Enquanto eu achei essa ideia super interessante - dar um aspecto de humanidade a uma pessoa capaz de cometer tantos assassinatos quanto Mary Ann foi acusada.-, eu não acho que tenha colado muito. Continuo sob a impressão de que havia mais de uma sociopata em Mary do que de uma mulher lutando por sua libertação das normas da sociedade. Apesar disso, gostei bastante dos dois episódios, e foi legal saber um pouco mais sobre a vida de uma das primeiras serial killers da Grã-Bretanha.
[/spoiler]De mórbido, maçante e lento a cenas de tirar o fôlego ( como os tiroteios em que a Dom DiPierro esteve envolvida ), essa temporada de "Mr. Robot" me deixou com mais questões do que respostas, mas ainda assim foi a minha favorita. Rami Malek deu um show como Elliot, tanto que em vários momentos da temporada eu ficava zangado com a ignorância da personagem de suas próprias ações, e a loucura e paranoia dele já estava dando nos meus nervos. Eu gostei da também da adição da DiPierro, que na minha opinião, meio que representa o vazio existencial que as pessoas da nossa geração sentem, mas mesmo assim me passou uma vibe bem agente Scully de "The X-Files" no sentido do compromisso que ela tinha com o trabalho dela; adorei também o desenvolvimento da personagem da Angela Moss, que eu achei que foi muito bem representado por aquela cena em que ela canta "Everybody Wants to Rule the Worls", no sentido de que ela escolheu deliberadamente, apesar de todos os obstáculos que essa decisão acarretou, trabalhar na firma que matou a mãe dela; tudo com o objetivo de destruí-la por dentro. Acho que isso mostra um senso de determinação muito grande na personagem e uma busca por independência. Gostei de ver mais da Joanna, que nessa temporada finalmente ganhou o protagonismo que ela merecia e através de uma performance maravilhosa da Stephanie Corneliuessen mostrou o quão sombria e manipulativa podia ser. Achei o encaixe entre a situação política atual no tocante às relações entre a China e os E.U.A na vida real e as relações mostradas no seriado muito bom; me lembrou bastante a segunda temporada de "House of Cards". Finalmente, eu preciso falar sobre a genialidade dos produtores em acertar bem no coração do mundo contemporâneo: internet, conglomerados comerciais, celulares, hacker, espionagem. Todos esses temas são super recorrentes na sociedade hoje em dia e uma trama que gira em torno deles, tão bem escrita e capaz de nos fazer pensar como a de "Mr. Robot" merece reconhecimento. Apesar de bastante confusos e caóticos, eu não conseguia parar assistir os episódios dessa série.
Achei a ideia do seriado bastante original, e muito de acordo com protagonismo feminino que todos queremos ver - bem, pelo menos eu quero ver. O tema de prostituição, uma das primeiras maneiras em que a mulher foi objetificada na história, e principalmente nos subúrbios de Londres do século XVIII foi muito bem abordado pela série. O que essas mulheres sofreram e sofrem, aqueles que tomam vantagem de seu sofrimento, a perda de inocência, tudo isso foi muito bem inserido na trama; os figurinos eram de tirar o fôlego, as cores e a fotografia muito bonitas, e a série se propôs a tratar de temas cada vez mais recorrentes em seriados: homossexualidade ( a relação da Amelia com uma prostituta, e ainda uma negra, me deixou muito feliz, pois raramente vemos tamanha criatividade da parte de roteiristas, ainda mais no tocante a uma relação lésbica que não é sexualizada), estupro ( principalmente experienciado pela personagem da Lucy Wells ), machismo e gravidez não planejada. Mas, minha intuição me diz que Harlots provavelmente não vai ser renovada para uma segunda temporada, apesar de o season finale meio que sugerir isso. Acho que faltou alguma coisa à história; talvez o ritmo da série tenha sido muito lento, e o episódio final tenha acelerado muito as coisas. Enfim, creio que apesar de uma primeira temporada boa, Harlots provavelmente não verá uma segunda.
Tensa, inteligente, triste, de tirar o fôlego. Breaking Bad é todas essas coisas e mais, com uma estética de cenas e simbolismo impressionantemente organizadas por Vince Gilligan, com uma miscelânea de personagens complexos e variados. Temos um protagonista, Walter White, que na primeira temporada é simetricamente o oposto da personagem que ele se torna na quinta. Walter passa por uma saga de loucura, violência e crime, que o transforma de um professor de ensino médio comum em um sociopata pelo qual ainda é possível sentir alguma empatia. No seu caminho, White destrói a família que se propôs a salvar, corrompe Jesse Pinkman ( seu ex-aluno que passa por muitas de suas desventuras ) ao ponto de enlouquecê-lo de culpa e remorso, acaba com seu casamento com Skyler e deixa para sem´pre uma mancha na vida de seus filhos e esposa. Existe um complexidade no casal White que eu gostaria muito de falar sobre: Walt é um antiheroi, não um mocinho. Ele mata, envenena e rouba e o tempo todo mente para si mesmo, afirmando que fez todas essas coisas pelo bem de sua família, quando no fundo ( como ele finalmente admite no series finale ), Walter fez todas aquelas coisas porque o faziam sentir-se vivo. Todo mundo amo o Walte "say my name" and all that shit. Concordo, ele é um personagem interessante, ainda que arrogante nas duas últimas temporadas. Ao passo que o fandom em massa odeia a Skyler, e isso me irrita profundamente porque é fundamentalmente sexista: Skyler White não é santa, mas definitivamente também não é a vilã que a pintam. Sky foi uma mulher confrontada por uma gravidez inesperada, um marido com câncer que cada vez se distancia mais dela, quem ela percebe estar escondendo algo dela, então ela descobre a verdade inacreditável: Walter White, o homem com quem esteve casada por décadas é um traficante de drogas, e ela precisa se posicionar com relação a isso: ela deve ir à polícia e arriscar perder seus filhos para o governo? Deve tornar-se uma cúmplice para as atividades ilícitas do esposo? A personagem estava diante de uma decisão quase impossível, e ela - uma mulher pragmática e inteligente.- decide que é melhor ajudar o marido estranhado a arriscar destruir sua família e ir presa como cúmplice do Walter ( o que inevitavelmente aconteceria caso ela informasse a polícia). Visto a posição em que Walter põe a esposa, e a maneira quase violenta com a qual ele a trata nas duas últimas temporadas do seriado, não me admira que ela se sinta impotente e fria com relação ao Walter. A atuação da Anna Gunn foi sensacional nesse momento da narrativa, em que Skyler sente-se desamparada e sem saída ( vide a cena da piscina, por exemplo). Em suma, Skyler era uma persongem cinzenta, como todas as outras de Breaking Bad e merece mais reconhecimento. Dito isso, essa foi uma das minhas séries prediletas, digna do hall do qual fazem parte The Sopranos, Game of Thrones, House of Cards , Mad Men, etc.
Rick and Morty (1ª Temporada)
4.5 414 Assista AgoraO melhor da comédia politicamente incorreta, e do humor negro mesclado com questões existenciais e temas polêmicos. Confesso que ri até do que não devia.
Orphan Black (5ª Temporada)
4.4 335 Assista AgoraTatiana Maslany fez história na televisão ao interpretar tantas personagens únicas e distintas. Aquela cena em que as personagens principais - Alison, Helena, Cosima & Sarah. - estão conversando, você pode jurar que são atrizes diferentes. Olha, vai fazer falta.
Desperate Housewives (1ª Temporada)
4.5 202 Assista AgoraRaramente uma série consegue me cativar tanto quanto "Desperate Housewives." Simplesmente não conseguia parar de assistir; cada episódio uma mistura de humor de qualidade, drama e mistério; cada protagonista mais cativante que a outra. Já estou vendo que essa vai se tornar uma das minhas séries prediletas
Arquivo X (5ª Temporada)
4.5 58 Assista AgoraAmei o trabalho da Gillian nessa temporada; vimos um lado mais vulnerável e emocional da Scully nessa temporada.
GLOW (1ª Temporada)
3.9 161 Assista AgoraSenti uma vibe "Orange is the New Black" ao assistir "GLOW". Um elenco feminino divertido, com certo desenvolvimento individual das personagens ( algumas mais exploradas, outras menos ) e muito humor. Acho que a série capturou bem a estética dos anos 80: as drogas, o figurino, os carros, as cores, a trilha sonora. Alison Brie fez um excelente trabalho como Ruth, uma protagonista entusiasta e cativante. E toda a ideia de mulheres lutadoras é bastante peculiar e interessante. O seriado também tratou de assuntos sérios, como o aborto. No geral, achei legal e divertido, mas não sei se uma segunda temporada seria uma boa opção ...
House of Cards (5ª Temporada)
4.0 249 Assista Agora"My turn". Claire Underwood empoderada, independente e lindíssima.
Elizabeth I: A Rainha Virgem
3.8 35Precisão histórica e atuação magistral de Anne-Marie Duff. Muito bem-escrito, e ofereceu uma visão mais pessoal à vida dessa mulher icônica.
Orange Is the New Black (5ª Temporada)
4.2 434[/spoiler]Ver o Piscatella morrer vítima da própria ineficiência e violência do sisema foi bem irônico.[spoiler]
Um pouco enrolada demais, com poucos dias expremidos em 13 episódios, deixou um pouco a desejar. Acho que não conseguiu dar continuidade à mistura de humor e crítica social da temporada passada ...
Skam (4ª Temporada)
4.5 140Skam tratou de assuntos muito pertinentes à sociedade atual, principalmente em países europeus e de Primeiro Mundo: uso de tecnologia, imigração, tolerância religiosa, sexo na adolescência, homossexualidade ... Enfim, essa série, em quatro curtas temporadas, nos deu um casal LGBT inesquecível ( Even e Isak ), e trouxe perfomances muito boas de seus respectivos protagonistas. Dito isso, acho que já estava na hora de acabar mesmo. Sinto que a trama já foi esticada o máximo possível, e que essa temporada final, com a Sana, uma jovem mulçumana lidando com a própria fé e o cyberbullying, meio que fechou com chava de ouro o seriado. Não acho que uma outra temporada seria uma boa ideia; os arcos das personagens já foram bem fechados ( alguns, como o da Eva e do Jonas, até de maneira repentina demais pro meu gosto ) e, basicamente, não deixou nada a desejar. Um dos seriados desse gênero "teen" mais relevantes e bem-escritas no momento.
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraGente, ???????
Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299Deixou a desejar, quando comparada à primeira temporada? Sim. Teve momentos desnecessários, bobos e monótonos? Sim. Mas, apesar disso, "Twin Peaks" permanece uma das melhores séries de TV de todos os tempos. O que eu sempre gostei nas produções "Lynchianas" foi a maneira como esse diretor - aqui com a ajuda do Mark Frost. - consegue enlaçar bem uma miscelânia de cenas e personagens diferentes, e centralizar tudo numa trama,que apesar das falhas:
[/spoiler]Vide a confusão que foi a vida amorosa da personagem da Audrey Horne, o final quase anti-climático do último episódio, o comic relief exagerado da personagem do Andy, a "novela mexicana" entre a Donna ( que ficou completamente sem-graça nessa temporada ) e o James, Windom Earle ( que apesar de bem interpretado, chegou tarde demais na trama ), Evelyn Marsh, que, a não ser para ser objetificada e sensualizada, não teve nenhuma outra aplicação prática na trama, o Little Nicky e o ignóbil Richard "Dick" Tremayne, a adição da Annie Blackburn e um dos casais mais forçados da história da dramaturgia, ela e Cooper. Enfim, essa temporada foi mesmo controversa e, em qualidade, teve momentos definitivamente inferiores à primeira. Mas, ainda assim, a capacidade criativa de Lynch & Frost, as personagens inesquecíveis ( como Lucy, uma das personagens mais amáveis que já vi, Killer Bob, uma das mais assustadoras, Catherine, uma vilã icônica e Harry, um do sheriffes mais doces da história da televisão), e a profunda complexidade da personagem da Laura Palmer, merecem reconhecimento.
[spoiler]
House of Cards (3ª Temporada)
4.4 413[/spoiler]A melhor temporada até o momento, pra mim. Tive que dar 5 estrelas. Robin Wright simplesmente arrebentou no papel de Claire, mostrando toda a vulnerabilidade, culpa e, ao mesmo tempo, força e independência dessa, que na minha opinião, é uma das personagens femininas melhor escritas da televisão ultimamente. A maneira como a relação dela com o Francis foi explorada nessa temporada foi genial, sob os olhos do observador neutro, o escritor Tom Yates. Aquela cena em que a Claire, num momento de frqueza, em que sua armadura de frieza e cortesia finalmente cai, enquanto ela está doando sangue, e a personagem, pela primeira vez na série, mostra total honestidade e compara sua vida com o Frank à "flertar com a beirada de uma ponte" foi simplesmente a melhor cena do seriado até o momento. Robin Wright mostrou todo o seu talento com aquela cena, e muitas outras nessa temporada. Toda a trama relacionada aos conflitos no Oriente Médio, à diplomacia com a Rússia, à campanha política Heather vs. Frank, tudo muito relevante ( como sempre ) pro cenário político atual. Sinceramente, uma das melhores séries originais da Netflix, se não a melhor.
[spoiler]
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraDeixou-me com muita vontade de ler o romance da Margaret Atwood. Achei a série sensacional: a maneira como ela explorou um governo totalitário que parece quase utópico, mas ao mesmo conecta-se tanto com o que vivemos hoje: se um grupo de pessoas dispostas a estabelecer uma nova forma de governo, com a crise pela qual os E .U.A e outros países do mundo têm passado, quem pode afirmar que eles não teriam sucesso como os Filhos de Jacó, na série e no livro? Adorei e achei bem pertinente a maneira como o seriado explorou o conceito de feminilidade, e o papel da mulher numa sociedade que - não muito diferente da nossa. - as classifica em esposas, mãe e objetos sexuais. Foi interessante ver como Serena Joy, uma escritora e uma mulher inteligente, foi capaz de ajudar a estabelecer uma ditadura tão misógina e sexista, tudo por uma ideia egoísta de que aquela era a mudança de que o mundo necessitava. Elisabeth Moss, mais uma vez, provou todo o seu talento como mais uma personagem que passou por extrema dificuldade e ainda assim permaneceu forte e decidida a "não ser aquela garota na caixa de música". Ela é uma forte candidata a um Emmy esse ano. O seriado explorou bem o poder do fanatismo religioso e de como ele pode ser usado para justificar atrocidades, e os conceitos de livre-arbítrio, opressão e busca por liberdade. Uma das melhores surpresas de 2017, por enquanto.
Vikings (3ª Temporada)
4.4 465 Assista Agora[/spoiler]Achei essa temporada mais fluida do que as anteriores, e com acontecimentos mais definitivos: como a morte da Siggy ( coitada ) e do Athelstan (coitado ), bem como a Ragnar lidando com as primeiras crises de autoridade em seu reinado, e todo aquela trama com o Harbard. Também gostei bastante de ver Paris figurando entre as áreas exploradas nessa temporada, e a Princesa Gisla ( inspirada na figura real da Princesa Gisela da França ) foi uma personagem super interessante, determinada e forte. A parte em Wessex também foi bastante interessante, e as tramas políticas e traições dessa temporada passaram uma vibe bem "Game of Thrones." Também percebi a importância do papel da religião, ou religiões, nas decisões das personagens nessa terceira temporada: Floki mata Athelstan por achar que aquela era a vontade dos deuses ( embora ele também odiasse o coitado desde a primeira temporada, principalmente por motivos religiosos ), Aethelwulf mostra seu lado mais fanático religioso, Gisla utiliza a bandeira de um santo católico para motivar os soldados defendendo Paris, Odin parece ter feito uma visita à Kattergat, ou seja, lendas e religiosidade tiveram um papel fundamental nessa temporada, e eu adorei isso. As cenas de batalha incríveis como sempre, e as sementes pra quarta temporada devidamente plantadas.
[spoiler]
The White Princess
3.9 26 Assista AgoraQuando comparado à sua predecessora, "The White Queen", "The White Princess" deixa muito a desejar: os fatos históricos não são tão precisos, a protagonista do seriado - Rainha Elizabeth de Iorque. - não é tão cativante quanto sua mãe foi, a narrativa em si não foi tão excitante e dramática quanto a de "The White Queen." Mas, eu acho que compensando por essa parte, temos o forte protagonismo feminino - já marca registrada da Philippa Gregory e das adaptações de seus trabalhos. - e a performance fenomenal de atrizes já consagradas por trabalhos anteriores: Michelle Fairley deu mais um show de talento como a Rainha-Mãe Margaret Beaufort, outra personagem fortemente maternal, como a Catelyn em "Game of Thrones"; gostei também da participação da Joanne Whalley, que já tinha feito a Rainha Catarina de Aragão em "Wolf Hall", e a amante do Papa Alexandre VI, Vanozza, em "The Borgias", a personagem dela nesse seriado foi bastante interessante e forte e, por último, achei a performance da Essie Davis como Elizabeth Woodville muito competente, embora Rebecca Fergunson vá ficar eternizada como essa rainha consorte inglesa fenomenal na minha mente, e a Jodie Comer interpretou bem o papel da nova rainha. Deixou a desejar, mas ainda é bem assitível.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 257 Assista AgoraO que dizer desse seriado que apenas na primeira temporada já mostrou performances sensacionais e estabeleceu uma narrativa inteligente e envolvente? Apesar de bastante lento e parado em algumas partes, a narrativa é muito criativa e rica. David Chase pega um dos temas mais lucrativos da história do cinema e televisão - gangsters - e adiciona um lado mais sentimental e dramático a ele. Através das atuações incríveis do James Gandolfini - no papel clássico do anti-heroi sociopata, porém amável -, da Lorraine Bracco - a psicóloga e a voz da razão e consciência do Tony num grupo de personagens cinzentas -, Edie Falco - a esposa cúmplice e hipócrita, que escolhe fechar os olhos à corrupção do marido, e no entanto é uma das personagens mais simpáticas e amáveis do seriado -, e finalmente da Nancy Marchand, (que mais do que mereceu o Globo de Ouro dela), que brilhantemente deu vida à manipuladora, narcissista, egoísta Olivia Soprana, a grande matriarca dos traumas do Tony, a narrativa se torna complexa e tensa, tudo sem perder a violência e a brutalidade dignas de "O Poderoso Chefão", o jogo de poder que todos amamos ver desde "Game of Thrones" a "Mad Men" e a eventual objetificação feminina. No geral, um obra-prima da televisão moderna; esperando bastante das próximas temporadas.
Boardwalk Empire - O Império do Contrabando (1ª Temporada)
4.5 161Mais uma obra-prima da HBO. O roteiro é genial, os diálogos muito bem escritos; a trama centralizada na Lei da Proibição no início dos anos 20, e o império de contrabando, prostituição, apostas e luta de facções por controle de território é muito envolvente e as personagens, bastante interessantes. Eu adorei o Nucky Thompson, o típico anti-herói irônico e ao mesmo tempo sensível que está lutando pra exercer controle sobre uma Atlantic City dividida; o Jimmy Darmody, assombrado pela sua experiência na Primeira Guerra me lembrou bastante o protagonista de "Peaky Blinders", que passa pelos mesmos traumas. Amei também a pegada política da série, e como a corrupção já dominava as votações e decisões políticas nos E.U.A desde bem cedo, apenas usando meios diferentes com o passar das décadas. Eu adorei também as personagens femininas de "Boardwalk Empire", principalmente a Gillian Darmody e a Margaret Schroeder, ambas mulheres de determinação e ambição, a primeira tendo sida vítima de estupro tão jovem e ainda assim se recusando a sera vítima, mantendo um senso de sobrevivência grande e a última sabendo que necessita da ajuda do Nucky para dar uma vida melhor aos filhos, mas ao mesmo tempo tentenado manter-se fiel aos seus princípios, e meio que desenvolvendo uma ambição própria ao longo da temporada.Achei interessante, também, a personagem do Nelson van Alden, o agente policial tão fanático com um senso de justiça torcido, que me lembrou o arquétipo do Inspetor Javert de "Os Miseráveis", bem como a personagem do Sam Neill em "Peaky Blinders", ambos têm uma obsessão doentia com os interesses românticos dos respectivos protagonistas. Foi uma primeira temporada simplesmente incrível. Os figurinos e a recriação do ambiente da Nova Jersey nos anos 20 merecem parabéns também, bem como a adição de um relacionamento lésbico bem nos início do século XX, o que eu achei bem interessante. Vamos ver o que as próximas temporadas trazem.
Game of Thrones (7ª Temporada)
4.1 1,2K Assista AgoraCersei, pisa menos, eu te imploro
Scooby-Doo, Cadê Você! (2ª Temporada)
4.2 7 Assista AgoraGroovy!!
Dark Angel
3.7 8"There's a darkness in you, Mary Ann". Primeiro eu gostaria de parabenizar a Joanne Froggatt pela performance maravilhosa nessa micro-série. A personagem da Mary Ann é o simétrico oposto da Anna Bates em "Downton Abbey", e a atriz interpretou ambas brilhantemente. Achei a fidelidade do seriado para com os eventos reais muito acurada, em dois episódios os produtores conseguiram nos passar uma crônica bem detalhada da vida dessa mulher intrigante; uma das primeiras assassinas da história a ter um comportamento correspondente ao que hoje se chama "serial killer". Dito isso, eu achei que o diretor forçou demais o lado "girl power", feminista da Mary. É justamente a falta de informações precisas de como era a personalidade dessa mulher que proporciona a qualquer produtor ou diretor moldar o caráter de Mary Ann Cotton, fazendo dela uma mulher fria e sem remorso, ou, como no caso desse seriado, uma mulher em busca de independência em uma sociedade fundamentalmente patriarcal e sexista, como era a Era Vitoriana, Enquanto eu achei essa ideia super interessante - dar um aspecto de humanidade a uma pessoa capaz de cometer tantos assassinatos quanto Mary Ann foi acusada.-, eu não acho que tenha colado muito. Continuo sob a impressão de que havia mais de uma sociopata em Mary do que de uma mulher lutando por sua libertação das normas da sociedade. Apesar disso, gostei bastante dos dois episódios, e foi legal saber um pouco mais sobre a vida de uma das primeiras serial killers da Grã-Bretanha.
Mr. Robot (2ª Temporada)
4.4 518[/spoiler]De mórbido, maçante e lento a cenas de tirar o fôlego ( como os tiroteios em que a Dom DiPierro esteve envolvida ), essa temporada de "Mr. Robot" me deixou com mais questões do que respostas, mas ainda assim foi a minha favorita. Rami Malek deu um show como Elliot, tanto que em vários momentos da temporada eu ficava zangado com a ignorância da personagem de suas próprias ações, e a loucura e paranoia dele já estava dando nos meus nervos. Eu gostei da também da adição da DiPierro, que na minha opinião, meio que representa o vazio existencial que as pessoas da nossa geração sentem, mas mesmo assim me passou uma vibe bem agente Scully de "The X-Files" no sentido do compromisso que ela tinha com o trabalho dela; adorei também o desenvolvimento da personagem da Angela Moss, que eu achei que foi muito bem representado por aquela cena em que ela canta "Everybody Wants to Rule the Worls", no sentido de que ela escolheu deliberadamente, apesar de todos os obstáculos que essa decisão acarretou, trabalhar na firma que matou a mãe dela; tudo com o objetivo de destruí-la por dentro. Acho que isso mostra um senso de determinação muito grande na personagem e uma busca por independência. Gostei de ver mais da Joanna, que nessa temporada finalmente ganhou o protagonismo que ela merecia e através de uma performance maravilhosa da Stephanie Corneliuessen mostrou o quão sombria e manipulativa podia ser. Achei o encaixe entre a situação política atual no tocante às relações entre a China e os E.U.A na vida real e as relações mostradas no seriado muito bom; me lembrou bastante a segunda temporada de "House of Cards". Finalmente, eu preciso falar sobre a genialidade dos produtores em acertar bem no coração do mundo contemporâneo: internet, conglomerados comerciais, celulares, hacker, espionagem. Todos esses temas são super recorrentes na sociedade hoje em dia e uma trama que gira em torno deles, tão bem escrita e capaz de nos fazer pensar como a de "Mr. Robot" merece reconhecimento. Apesar de bastante confusos e caóticos, eu não conseguia parar assistir os episódios dessa série.
[spoiler]
Harlots (1ª Temporada)
4.1 14Achei a ideia do seriado bastante original, e muito de acordo com protagonismo feminino que todos queremos ver - bem, pelo menos eu quero ver. O tema de prostituição, uma das primeiras maneiras em que a mulher foi objetificada na história, e principalmente nos subúrbios de Londres do século XVIII foi muito bem abordado pela série. O que essas mulheres sofreram e sofrem, aqueles que tomam vantagem de seu sofrimento, a perda de inocência, tudo isso foi muito bem inserido na trama; os figurinos eram de tirar o fôlego, as cores e a fotografia muito bonitas, e a série se propôs a tratar de temas cada vez mais recorrentes em seriados: homossexualidade ( a relação da Amelia com uma prostituta, e ainda uma negra, me deixou muito feliz, pois raramente vemos tamanha criatividade da parte de roteiristas, ainda mais no tocante a uma relação lésbica que não é sexualizada), estupro ( principalmente experienciado pela personagem da Lucy Wells ), machismo e gravidez não planejada. Mas, minha intuição me diz que Harlots provavelmente não vai ser renovada para uma segunda temporada, apesar de o season finale meio que sugerir isso. Acho que faltou alguma coisa à história; talvez o ritmo da série tenha sido muito lento, e o episódio final tenha acelerado muito as coisas. Enfim, creio que apesar de uma primeira temporada boa, Harlots provavelmente não verá uma segunda.
Please Like Me (2ª Temporada)
4.3 136Hannah e Arnold <3
Breaking Bad (5ª Temporada)
4.8 3,0K Assista AgoraTensa, inteligente, triste, de tirar o fôlego. Breaking Bad é todas essas coisas e mais, com uma estética de cenas e simbolismo impressionantemente organizadas por Vince Gilligan, com uma miscelânea de personagens complexos e variados. Temos um protagonista, Walter White, que na primeira temporada é simetricamente o oposto da personagem que ele se torna na quinta. Walter passa por uma saga de loucura, violência e crime, que o transforma de um professor de ensino médio comum em um sociopata pelo qual ainda é possível sentir alguma empatia. No seu caminho, White destrói a família que se propôs a salvar, corrompe Jesse Pinkman ( seu ex-aluno que passa por muitas de suas desventuras ) ao ponto de enlouquecê-lo de culpa e remorso, acaba com seu casamento com Skyler e deixa para sem´pre uma mancha na vida de seus filhos e esposa. Existe um complexidade no casal White que eu gostaria muito de falar sobre: Walt é um antiheroi, não um mocinho. Ele mata, envenena e rouba e o tempo todo mente para si mesmo, afirmando que fez todas essas coisas pelo bem de sua família, quando no fundo ( como ele finalmente admite no series finale ), Walter fez todas aquelas coisas porque o faziam sentir-se vivo. Todo mundo amo o Walte "say my name" and all that shit. Concordo, ele é um personagem interessante, ainda que arrogante nas duas últimas temporadas. Ao passo que o fandom em massa odeia a Skyler, e isso me irrita profundamente porque é fundamentalmente sexista: Skyler White não é santa, mas definitivamente também não é a vilã que a pintam. Sky foi uma mulher confrontada por uma gravidez inesperada, um marido com câncer que cada vez se distancia mais dela, quem ela percebe estar escondendo algo dela, então ela descobre a verdade inacreditável: Walter White, o homem com quem esteve casada por décadas é um traficante de drogas, e ela precisa se posicionar com relação a isso: ela deve ir à polícia e arriscar perder seus filhos para o governo? Deve tornar-se uma cúmplice para as atividades ilícitas do esposo? A personagem estava diante de uma decisão quase impossível, e ela - uma mulher pragmática e inteligente.- decide que é melhor ajudar o marido estranhado a arriscar destruir sua família e ir presa como cúmplice do Walter ( o que inevitavelmente aconteceria caso ela informasse a polícia). Visto a posição em que Walter põe a esposa, e a maneira quase violenta com a qual ele a trata nas duas últimas temporadas do seriado, não me admira que ela se sinta impotente e fria com relação ao Walter. A atuação da Anna Gunn foi sensacional nesse momento da narrativa, em que Skyler sente-se desamparada e sem saída ( vide a cena da piscina, por exemplo). Em suma, Skyler era uma persongem cinzenta, como todas as outras de Breaking Bad e merece mais reconhecimento. Dito isso, essa foi uma das minhas séries prediletas, digna do hall do qual fazem parte The Sopranos, Game of Thrones, House of Cards , Mad Men, etc.