Admirável a iniciativa de fazer um filme desses. Há algum tempo tenho contato com o assunto e acho interessante a discussão sobre entomofagia, considerando o sistema insustentável das indústrias alimentícias hoje, que gastam muita água, energia e ameaçam o meio ambiente. Quero muito ver.
O documentário está longe de ser parcial, mas assume desde o início seu posicionamento e se dedica à construção de argumentos a partir de alguns casos de acidentes atômicos de diferentes proporções. Só o ritmo do filme que incomoda, muitas vezes repetitivo.
Documentário bem imparcial, coisa que pode ser difícil de identificar em muitos filmes do gênero. E vale assistir tanto aquele que mal ouviu falar da história do WikiLeaks quanto o que já não aguenta mais saber do Assange.
O filme é primoroso, um registro fiel e bem importante da história do jornalismo. Não vejo a hora de ler o livro de Carl e Bob. Gostei muito da atuação de Dustin Hoffman e Robert Redford, passaram perfeitamente a ideia de que na época ainda eram jornalistas inexperientes, mas com o faro e a persistência que todo bom repórter deve ter.
Uma observação aleatória: as ruas de Washington eram tão escuras como são nessas cenas? Não precisaria nem fazer parte de uma investigação contra o presidente para ter medo de andar num lugar daqueles!
O enquadramento de quase todas as cenas passa uma deliciosa impressão de que estamos nos esgueirando pelo corredor de cada ambiente, debruçados atrás do batente para espiar as verdadeiras Therese e Carol. Pelo contexto do roteiro, esse recurso faz toda a diferença, aliado à trilha sonora, ao figurino da época e a atuações tão maduras.
Você reconhece uma obra-prima quando a vê ou, no caso, assiste. Merece muito ser visto no cinema e mereceu todos os prêmios que recebeu, especialmente por ser um filme com fotografia que fala por si mesma e um roteiro que consegue, numa década tão moderna do cinema, ser impecavelmente atemporal.
Certos filmes te destroem emocionalmente e outros não fazem nem cócegas... E tem aqueles que contam com as incertezas da vida para dizer que nem tudo é como deve ser, que nem sempre soltamos as palavras certas ou tomamos as melhores atitudes. Filmes assim te dividem com essa sensação incômoda e real de imperfeição, normalmente acompanhada de uma carga alta de nostalgia. São, na verdade, os melhores.
(Ironicamente, as falas sem noção do Biaggio e suas aparições são as mais apropriadas possíveis dentro do roteiro, mais do que qualquer outra coisa.)
Mandaram muito bem com a fotografia, que é parte essencial da história e prestou grandes favores à credibilidade do roteiro. Pena que o próprio roteiro não seja assim tão cativante: todas as falas em off da introdução poderiam ter sido substituídas por cenas auto-explicativas durante os primeiros minutos de filme, por exemplo, e a relação econômica entre os dois "mundos" não foi retratada de maneira consistente... Esse planeta poderia ter se desenvolvido de muitas outras maneiras, mas nenhuma delas foi realmente explorada.
Muitas vezes nós não prestamos tanta atenção a certos detalhes em filmes como esse... É "só uma comédia", né? Mas tentem reparar na fotografia desse filme, é muito bem montada de acordo com o que os personagens estão sentindo, com alguns dos enquadramentos perfeitamente simétricos.
Além desse detalhe, chama atenção a premissa óbvia: conforme descobrimos a vida adulta, é comum perder as qualidades da essência infantil, de uma época em que tínhamos maior capacidade para enxergar o mundo de maneira simples, sincera e otimista.
O mundo implica tanto com Kristen Stewart quando Jesse Eisenberg poderia ser considerado hoje o verdadeiro ator sem expressões faciais. E nesse filme, para mim, ele não foi diferente em qualquer aspecto de seu personagem em A Rede Social, por exemplo. A química entre ele e Jason Segel - esse convincente de verdade em sua atuação -, até existe, mas insuficiente para que se sobreponha à clara pretensão de criar um tipo de filme inteligente, com falas que só fazem despistar o público, quando o resultado mais se parece com uma biopic que se apoia no papel do jornalista, porque David Foster aparentemente não poderia sustentar o longa-metragem sozinho. Não pareceu muito natural e só reforça o preconceito de Hollywood com personagens tidos como menos comerciais ou menos carismáticos, como o próprio David.
Para ajudar, a trilha sonora pouco faz para melhorar aquilo que deveria ter sido uma atmosfera dramática. É um filme que fala demais e em algumas cenas desperdiça o personagem principal com explicações edificantes, o que o transforma em um certo estereótipo, ou pior: o produto e a imagem estereotipada de um outsider.
Uma fotografia que trabalha muito com profundidade e simetria, serviu como representação importante para as mudanças e posicionamentos de cada personagem ao longo da história. É algo que se relaciona perfeitamente com o filme. Figurino foi outro aspecto essencial no desenvolvimento de Lili e aparentemente de Gerda também.
No início, as primeiras cenas pareciam apressar as coisas ao mostrar características de Einar sem um desenvolvimento prévio, mas ele aconteceu durante todo o roteiro, apoiado nessa química convincente e tão emocionante entre Eddie Redmayne e Alicia. A relação do casal é excepcional e uma das melhores coisas nessa história, com certeza veremos algumas indicações ao Oscar. E caramba, que final lindo, sensível... Resumiu tudo.
Única coisa que eu talvez não incluiria no final é a cena dos homens descendo a escadaria e Davis sendo cumprimentado por um dos jurados. Terminar o filme com ele parado na porta, a câmera em seguida mostrando toda a mesa da sala, já serviria como um ótimo final.
Esse filme tem uma das cenas mais chocantes que já vi, dá até arrepio. O tipo de coisa da qual não gosto nem de lembrar, mas isso tornou o filme ainda mais assustador.
Algumas cenas foram especialmente boas, mas talvez a melhor tenha sido a execução de Snow: a morte de Coin, como deveria ser, foi representada com pungência e alta dramaticidade. Nisso a trilha sonora e a fotografia ajudaram muito. Maravilhoso.
Quando Katniss e Gale estão prestes a se infiltrar na mansão de Snow, o momento é bem tenso e eletrizante, também muito bom...
Assim como outras séries de livros, chego a pensar que foi melhor do que os próprios livros. Não apresenta grandes mudanças na história, é impecavelmente fiel e nesse caso a qualidade visual ajuda muito.
Quando terminei o livro, fui induzido a interpretar as ocorrências da história por um único ângulo e sob a visão única daqueles a favor dos livros, mas o filme conseguiu, com a cena final, me fazer enxergar outro lado.
Embora de forma diferente, as pessoas que decoravam os livros eram tão alienadas quanto aquelas que viviam mecanicamente na cidade. Por mais que tentassem manter o legado dos livros incendiados, aquele grupo extirpou qualquer resquício de sociedade, no sentido onde um conjunto de pessoas produz sua cultura, sua sabedoria, suas regras e peculiaridades. Veja bem: ninguém ali produzia nada, apenas reproduzia. Por que ficar preso exclusivamente às falas do passado? Eles próprios, na preocupação obsessiva de manter as obras na memória, esqueceram o sentido de como funciona a humanidade, capaz de conduzir sua própria narrativa e realidade. Uma coisa pode-se dizer: não vivemos exclusivamente para vagar pela floresta recitando - e reproduzindo - livros que não existem mais.
Ótimo contraste, com dois tipos de cegueira em uma mesma história. Se esse não foi o objetivo do autor, pelo menos no filme tudo dá a entender que foi.
Descubro, mais cedo do que tarde, que a liberdade é o oposto da estupidez, da letargia e da falta de discernimento humano. É o pulo no abismo e o reconhecimento, em contraste com a fuga e o esquecimento. É como estar acordado sobre seus defeitos, sua realidade, suas cicatrizes e sobre tudo o que existe ao seu redor.
É incerto dizer se ela se sobrepõe à inconsciência, se é melhor do que fugir daquilo que flagela e incomoda em sua forma física e psicológica. Porque a liberdade é pungente, feita de verdades além do que se pode assimilar sem sofrer um corte e outro. Mas ela é a condição de alerta, aguda e ampliada, de que todos ouviram falar.
Seja nossa melhor opção "agarrar-se a algo" ou não, percebo, depois de um dos filmes mais reveladores, sensíveis e cheios de alma que já vi (impossível não mergulhar nessa fotografia, tão viva e expressiva), que a vida apresenta dois grandes caminhos: compreender e existir em seu estado pleno, com todas as feridas, ou sufocar desatento na subsistência, confortável mas sem qualquer sabor.
E se pensarmos bem, trata-se mais de uma escolha. A vida, por si só, o obriga a encará-la sem cegueiras. A liberdade, sobretudo, é abraçar o saber em seus vários tons.
O roteiro me decepcionou bastante. Esperava um filme sobre a solidão e encontrei mais um retrato da desolação e da falta de estímulos para continuar vivendo. É válido, mas vale mais a pena pela atuação inesquecível do Nicolas Cage.
Insetos: Uma Aventura Gastronômica
3.5 2Admirável a iniciativa de fazer um filme desses. Há algum tempo tenho contato com o assunto e acho interessante a discussão sobre entomofagia, considerando o sistema insustentável das indústrias alimentícias hoje, que gastam muita água, energia e ameaçam o meio ambiente. Quero muito ver.
Os Estados Atômicos da América
3.4 2O documentário está longe de ser parcial, mas assume desde o início seu posicionamento e se dedica à construção de argumentos a partir de alguns casos de acidentes atômicos de diferentes proporções. Só o ritmo do filme que incomoda, muitas vezes repetitivo.
Nós Roubamos Segredos: A História do WikiLeaks
3.8 28Documentário bem imparcial, coisa que pode ser difícil de identificar em muitos filmes do gênero. E vale assistir tanto aquele que mal ouviu falar da história do WikiLeaks quanto o que já não aguenta mais saber do Assange.
Todos os Homens do Presidente
4.1 206 Assista AgoraO filme é primoroso, um registro fiel e bem importante da história do jornalismo. Não vejo a hora de ler o livro de Carl e Bob. Gostei muito da atuação de Dustin Hoffman e Robert Redford, passaram perfeitamente a ideia de que na época ainda eram jornalistas inexperientes, mas com o faro e a persistência que todo bom repórter deve ter.
Uma observação aleatória: as ruas de Washington eram tão escuras como são nessas cenas? Não precisaria nem fazer parte de uma investigação contra o presidente para ter medo de andar num lugar daqueles!
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraO enquadramento de quase todas as cenas passa uma deliciosa impressão de que estamos nos esgueirando pelo corredor de cada ambiente, debruçados atrás do batente para espiar as verdadeiras Therese e Carol. Pelo contexto do roteiro, esse recurso faz toda a diferença, aliado à trilha sonora, ao figurino da época e a atuações tão maduras.
45 Anos
3.7 254 Assista AgoraA aflição e angústia nos olhos de Kate atravessaram meu peito sem parar até o final do filme.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraVocê reconhece uma obra-prima quando a vê ou, no caso, assiste. Merece muito ser visto no cinema e mereceu todos os prêmios que recebeu, especialmente por ser um filme com fotografia que fala por si mesma e um roteiro que consegue, numa década tão moderna do cinema, ser impecavelmente atemporal.
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraRetratos da insegurança feminina.
Os Reis do Verão
3.6 422 Assista AgoraCertos filmes te destroem emocionalmente e outros não fazem nem cócegas... E tem aqueles que contam com as incertezas da vida para dizer que nem tudo é como deve ser, que nem sempre soltamos as palavras certas ou tomamos as melhores atitudes. Filmes assim te dividem com essa sensação incômoda e real de imperfeição, normalmente acompanhada de uma carga alta de nostalgia. São, na verdade, os melhores.
(Ironicamente, as falas sem noção do Biaggio e suas aparições são as mais apropriadas possíveis dentro do roteiro, mais do que qualquer outra coisa.)
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista AgoraHappiness is in the doing, right? Not in the getting what you want.
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraMandaram muito bem com a fotografia, que é parte essencial da história e prestou grandes favores à credibilidade do roteiro. Pena que o próprio roteiro não seja assim tão cativante: todas as falas em off da introdução poderiam ter sido substituídas por cenas auto-explicativas durante os primeiros minutos de filme, por exemplo, e a relação econômica entre os dois "mundos" não foi retratada de maneira consistente... Esse planeta poderia ter se desenvolvido de muitas outras maneiras, mas nenhuma delas foi realmente explorada.
Quero ser Grande
3.7 803Muitas vezes nós não prestamos tanta atenção a certos detalhes em filmes como esse... É "só uma comédia", né? Mas tentem reparar na fotografia desse filme, é muito bem montada de acordo com o que os personagens estão sentindo, com alguns dos enquadramentos perfeitamente simétricos.
Além desse detalhe, chama atenção a premissa óbvia: conforme descobrimos a vida adulta, é comum perder as qualidades da essência infantil, de uma época em que tínhamos maior capacidade para enxergar o mundo de maneira simples, sincera e otimista.
O Fim da Turnê
3.7 77 Assista AgoraO mundo implica tanto com Kristen Stewart quando Jesse Eisenberg poderia ser considerado hoje o verdadeiro ator sem expressões faciais. E nesse filme, para mim, ele não foi diferente em qualquer aspecto de seu personagem em A Rede Social, por exemplo. A química entre ele e Jason Segel - esse convincente de verdade em sua atuação -, até existe, mas insuficiente para que se sobreponha à clara pretensão de criar um tipo de filme inteligente, com falas que só fazem despistar o público, quando o resultado mais se parece com uma biopic que se apoia no papel do jornalista, porque David Foster aparentemente não poderia sustentar o longa-metragem sozinho. Não pareceu muito natural e só reforça o preconceito de Hollywood com personagens tidos como menos comerciais ou menos carismáticos, como o próprio David.
Para ajudar, a trilha sonora pouco faz para melhorar aquilo que deveria ter sido uma atmosfera dramática. É um filme que fala demais e em algumas cenas desperdiça o personagem principal com explicações edificantes, o que o transforma em um certo estereótipo, ou pior: o produto e a imagem estereotipada de um outsider.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraUma fotografia que trabalha muito com profundidade e simetria, serviu como representação importante para as mudanças e posicionamentos de cada personagem ao longo da história. É algo que se relaciona perfeitamente com o filme. Figurino foi outro aspecto essencial no desenvolvimento de Lili e aparentemente de Gerda também.
No início, as primeiras cenas pareciam apressar as coisas ao mostrar características de Einar sem um desenvolvimento prévio, mas ele aconteceu durante todo o roteiro, apoiado nessa química convincente e tão emocionante entre Eddie Redmayne e Alicia. A relação do casal é excepcional e uma das melhores coisas nessa história, com certeza veremos algumas indicações ao Oscar. E caramba, que final lindo, sensível... Resumiu tudo.
O Sorriso de Mona Lisa
3.8 694 Assista AgoraAprendi mais sobre arte com a Julia Roberts do que com meu professor pedante da faculdade.
Transpatagônia
3.8 38Viagem inspiradora, muito sensível e sincera. Adorei.
O Sorriso de Mona Lisa
3.8 694 Assista AgoraShe's smiling... Is she happy?
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraIncrível. Esse é realmente uma obra prima, não tem o que dizer.
Única coisa que eu talvez não incluiria no final é a cena dos homens descendo a escadaria e Davis sendo cumprimentado por um dos jurados. Terminar o filme com ele parado na porta, a câmera em seguida mostrando toda a mesa da sala, já serviria como um ótimo final.
A Vítima Perfeita
3.1 243Esse filme tem uma das cenas mais chocantes que já vi, dá até arrepio. O tipo de coisa da qual não gosto nem de lembrar, mas isso tornou o filme ainda mais assustador.
Bra Boys
3.5 1Passando agora no canal Off. Bem interessante.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraAlgumas cenas foram especialmente boas, mas talvez a melhor tenha sido a execução de Snow: a morte de Coin, como deveria ser, foi representada com pungência e alta dramaticidade. Nisso a trilha sonora e a fotografia ajudaram muito. Maravilhoso.
Quando Katniss e Gale estão prestes a se infiltrar na mansão de Snow, o momento é bem tenso e eletrizante, também muito bom...
Assim como outras séries de livros, chego a pensar que foi melhor do que os próprios livros. Não apresenta grandes mudanças na história, é impecavelmente fiel e nesse caso a qualidade visual ajuda muito.
Fahrenheit 451
4.2 419Quando terminei o livro, fui induzido a interpretar as ocorrências da história por um único ângulo e sob a visão única daqueles a favor dos livros, mas o filme conseguiu, com a cena final, me fazer enxergar outro lado.
Embora de forma diferente, as pessoas que decoravam os livros eram tão alienadas quanto aquelas que viviam mecanicamente na cidade. Por mais que tentassem manter o legado dos livros incendiados, aquele grupo extirpou qualquer resquício de sociedade, no sentido onde um conjunto de pessoas produz sua cultura, sua sabedoria, suas regras e peculiaridades. Veja bem: ninguém ali produzia nada, apenas reproduzia. Por que ficar preso exclusivamente às falas do passado? Eles próprios, na preocupação obsessiva de manter as obras na memória, esqueceram o sentido de como funciona a humanidade, capaz de conduzir sua própria narrativa e realidade. Uma coisa pode-se dizer: não vivemos exclusivamente para vagar pela floresta recitando - e reproduzindo - livros que não existem mais.
Ótimo contraste, com dois tipos de cegueira em uma mesma história. Se esse não foi o objetivo do autor, pelo menos no filme tudo dá a entender que foi.
A Liberdade é Azul
4.1 650 Assista AgoraDescubro, mais cedo do que tarde, que a liberdade é o oposto da estupidez, da letargia e da falta de discernimento humano. É o pulo no abismo e o reconhecimento, em contraste com a fuga e o esquecimento. É como estar acordado sobre seus defeitos, sua realidade, suas cicatrizes e sobre tudo o que existe ao seu redor.
É incerto dizer se ela se sobrepõe à inconsciência, se é melhor do que fugir daquilo que flagela e incomoda em sua forma física e psicológica. Porque a liberdade é pungente, feita de verdades além do que se pode assimilar sem sofrer um corte e outro. Mas ela é a condição de alerta, aguda e ampliada, de que todos ouviram falar.
Seja nossa melhor opção "agarrar-se a algo" ou não, percebo, depois de um dos filmes mais reveladores, sensíveis e cheios de alma que já vi (impossível não mergulhar nessa fotografia, tão viva e expressiva), que a vida apresenta dois grandes caminhos: compreender e existir em seu estado pleno, com todas as feridas, ou sufocar desatento na subsistência, confortável mas sem qualquer sabor.
E se pensarmos bem, trata-se mais de uma escolha. A vida, por si só, o obriga a encará-la sem cegueiras. A liberdade, sobretudo, é abraçar o saber em seus vários tons.
Despedida em Las Vegas
3.8 269O roteiro me decepcionou bastante. Esperava um filme sobre a solidão e encontrei mais um retrato da desolação e da falta de estímulos para continuar vivendo. É válido, mas vale mais a pena pela atuação inesquecível do Nicolas Cage.