Um filme simples, sem um grande clímax, as coisas vão acontecendo sem alarde, está quase no fim, e parece que nada transcorreu. Mas de repente você está chorando, sem saber por quê. A mágica tradicional de Miyazaki de comunicar nos detalhes. Uma gracinha. Também me emocionaram as referências sutis a vários outros personagens de outros filmes, como a bruxa idosa do Castelo Animado, o próprio menino de Totoro, o bebê de Yubaba.
Prometeu muito mais do que entregou. Faz até um bom retrato da tensão entre as classes C e D no mercado de trabalho, é também interessante o clima de apatia que permeia todo o filme (rompido apenas em momentos breves mas luminosos de interação entre a empregada e a filha do casal protagonista), mas o clímax de terror que o filme parece anunciar desde o início não chega. Parece um Polanski broxa.
Em relação ao primeiro, aprofunda bastante o humor negro, ousa ir bem mais além, o que é um ponto muito positivo. As atuações também são perfeitas, principalmente da Joan Cusack (jurei que era a Winona Ryder). O ponto alto é o teatro no acampamento, impagável haha
Gosto da direção do Carpenter e o conceito é bem promissor (não tão revolucionário quanto se proponha - talvez para a época), mas o desenvolvimento não foi muito longe, os personagens são ruins e o elenco é péssimo.
Episódico, digressivo, um pesadelo filmado, Forrest Gump depressivo, o filme que Kafka teria dirigido. Ao mesmo tempo, um mergulho psicológico em um homem castrado e um retrato da decadência social estadunidense. Um filme ambicioso e verdadeiramente singular, onde Ari Aster rompe totalmente os modelos de gênero que antes só subvertia.
Brandon tem uma sensibilidade especial para materializar as multiplicidades sob as identidades. Fiquei em dúvida até o último segundo sobre quanto havia gostado do filme, mas as cenas finais ressignificam toda a trama com um impacto irresistível. A atuação do Christopher Abbott expressa brilhantemente toda a ambiguidade do personagem, de um modo que você consegue quase ver a outra atriz por trás dele.
Um retrato brutal da implacabilidade da elite, da pulsão de morte, do colonialismo, da desintegração da identidade. Ao contrário do que muitos dizem, não vejo excesso algum nas doses cavalares de surrealismo, sexo e violência. Como numa montanha-russa, somos lançados num passeio cada vez mais vertiginoso, acompanhando o processo de descentramento do próprio protagonista, e a direção sabe provocar no espectador essas sensações da forma mais visceral. Uma bela e terrível imagem do samsara.
"Ele me conectou com tudo que eu sentia, porque se eu não estivesse lá, aquele som jamais existiria. Isso me faz lembrar que eu não sou só uma peça sozinha, sem destino nesse lugar, mas que eu sou parte de um todo. E eu gosto muito do meu som conectado com tudo."
Uma narrativa muito bem estruturada. Todos os pequenos elementos conduzem a trama para uma conclusão muito coesa do desenvolvimento do protagonista. O filho do Stephen King aprendeu muito bem com o pai a arte do drama com fachada de terror.
Bom filme. Talvez se não soubesse do hype e de que foi distribuído pela A24, tivesse curtido mais, pois esperei algo muito original, e foi um terror sobrenatural convencional.
Chega a ser inacreditável que este filme é do mesmo diretor de O Nascimento de uma Nação. De amigo da Ku Klux Klan, em 2 anos, Griffith se torna diretor favorito de Lênin e a principal inspiração dos cineastas soviéticos, tanto pelo conteúdo quanto pela forma. A imagem da Eternal Mother é uma das metáforas mais belas do cinema e o segmento da Dear One por si só já daria um filme belíssimo, um retrato visceral e extremamente didático da precarização da classe trabalhadora e sua queda na marginalidade.
Um filme de esquetes. É preciso entendê-lo assim para apreciar. Um Fellini para o século 21 (me lembrou especialmente E La Nave Va, por razões óbvias). Não me agradam nada cenas de escatologia, mas a cena do jantar é de uma grande beleza alegórica. Genial.
Bom filme. Só perdeu um pouco de fôlego na terceira parte, embora esta contenha também algumas das partes mais brilhantes. E o final abrupto e aberto, etc não me agradou muito.
Só lágrimas expressam toda a dor e compaixão que esse filme me causou. Pra quem mais já conheceu a compulsão alimentar, a homofobia e o isolamento social, a identificação é terrível e misericordiosa.
Como bem disseram, a imersão no personagem, nesse cenário minimalista, é tamanha, que nos sentimos pesados e imobilizados ao longo das duas horas de filme, verdadeiramente nos colocando na pele do personagem.
É claro que amo o stop motion. Mas não tem jeito, não gosto de Guillermo del Toro de jeito nenhum. Ele mostra nuances diferentes da história original, mas faltou drama no roteiro. Foi bastante reflexivo num nível racional, mas não senti emoção genuína em nenhum momento dessa história, a não ser no fim. Talvez o fato de eu ser devoto do desenho original da Disney não ajude muito também, é claro.
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista AgoraUm filme simples, sem um grande clímax, as coisas vão acontecendo sem alarde, está quase no fim, e parece que nada transcorreu. Mas de repente você está chorando, sem saber por quê. A mágica tradicional de Miyazaki de comunicar nos detalhes. Uma gracinha. Também me emocionaram as referências sutis a vários outros personagens de outros filmes, como a bruxa idosa do Castelo Animado, o próprio menino de Totoro, o bebê de Yubaba.
Trabalhar Cansa
3.6 208Prometeu muito mais do que entregou. Faz até um bom retrato da tensão entre as classes C e D no mercado de trabalho, é também interessante o clima de apatia que permeia todo o filme (rompido apenas em momentos breves mas luminosos de interação entre a empregada e a filha do casal protagonista), mas o clímax de terror que o filme parece anunciar desde o início não chega. Parece um Polanski broxa.
Mahou Shoujo Madoka Magika Movie 4
2.8 2Como assim em 10 anos ainda não fizeram esse final?
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraEsperava Fragmentado, recebeu Marvel.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraO melhor dos três filmes.
A Família Addams 2
3.5 382 Assista AgoraEm relação ao primeiro, aprofunda bastante o humor negro, ousa ir bem mais além, o que é um ponto muito positivo. As atuações também são perfeitas, principalmente da Joan Cusack (jurei que era a Winona Ryder). O ponto alto é o teatro no acampamento, impagável haha
Scanners: Sua Mente Pode Destruir
3.5 251A trilha sonora e a sequência final são absolutamente incríveis.
Eles Vivem
3.7 728 Assista AgoraGosto da direção do Carpenter e o conceito é bem promissor (não tão revolucionário quanto se proponha - talvez para a época), mas o desenvolvimento não foi muito longe, os personagens são ruins e o elenco é péssimo.
Beau Tem Medo
3.2 406 Assista AgoraEpisódico, digressivo, um pesadelo filmado, Forrest Gump depressivo, o filme que Kafka teria dirigido. Ao mesmo tempo, um mergulho psicológico em um homem castrado e um retrato da decadência social estadunidense. Um filme ambicioso e verdadeiramente singular, onde Ari Aster rompe totalmente os modelos de gênero que antes só subvertia.
Possessor
3.4 302 Assista AgoraBrandon tem uma sensibilidade especial para materializar as multiplicidades sob as identidades. Fiquei em dúvida até o último segundo sobre quanto havia gostado do filme, mas as cenas finais ressignificam toda a trama com um impacto irresistível. A atuação do Christopher Abbott expressa brilhantemente toda a ambiguidade do personagem, de um modo que você consegue quase ver a outra atriz por trás dele.
Piscina Infinita
3.0 359 Assista AgoraUm retrato brutal da implacabilidade da elite, da pulsão de morte, do colonialismo, da desintegração da identidade. Ao contrário do que muitos dizem, não vejo excesso algum nas doses cavalares de surrealismo, sexo e violência. Como numa montanha-russa, somos lançados num passeio cada vez mais vertiginoso, acompanhando o processo de descentramento do próprio protagonista, e a direção sabe provocar no espectador essas sensações da forma mais visceral. Uma bela e terrível imagem do samsara.
Sorria
3.1 844 Assista AgoraA trama é clichê e as atuações são fracas, mas a atmosfera macabra é bem construída.
Marcel a Concha de Sapatos
3.8 104 Assista Agora"Sabe por que eu sorrio tanto? Porque vale a pena."
Marcel a Concha de Sapatos
3.8 104 Assista Agora"Ele me conectou com tudo que eu sentia, porque se eu não estivesse lá, aquele som jamais existiria. Isso me faz lembrar que eu não sou só uma peça sozinha, sem destino nesse lugar, mas que eu sou parte de um todo. E eu gosto muito do meu som conectado com tudo."
O Telefone Preto
3.5 1,0K Assista AgoraUma narrativa muito bem estruturada. Todos os pequenos elementos conduzem a trama para uma conclusão muito coesa do desenvolvimento do protagonista. O filho do Stephen King aprendeu muito bem com o pai a arte do drama com fachada de terror.
O Escândalo
3.6 459 Assista AgoraAdoro o estilo ficção documental.
Fale Comigo
3.6 963 Assista AgoraBom filme. Talvez se não soubesse do hype e de que foi distribuído pela A24, tivesse curtido mais, pois esperei algo muito original, e foi um terror sobrenatural convencional.
Oppenheimer
4.0 1,1KChato pacarai.
Intolerância
4.0 108 Assista AgoraChega a ser inacreditável que este filme é do mesmo diretor de O Nascimento de uma Nação. De amigo da Ku Klux Klan, em 2 anos, Griffith se torna diretor favorito de Lênin e a principal inspiração dos cineastas soviéticos, tanto pelo conteúdo quanto pela forma.
A imagem da Eternal Mother é uma das metáforas mais belas do cinema e o segmento da Dear One por si só já daria um filme belíssimo, um retrato visceral e extremamente didático da precarização da classe trabalhadora e sua queda na marginalidade.
Escola Base - Um Repórter Enfrenta o Passado
3.6 32Muito digno esse repórter.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraUm filme de esquetes. É preciso entendê-lo assim para apreciar. Um Fellini para o século 21 (me lembrou especialmente E La Nave Va, por razões óbvias). Não me agradam nada cenas de escatologia, mas a cena do jantar é de uma grande beleza alegórica. Genial.
Bom filme. Só perdeu um pouco de fôlego na terceira parte, embora esta contenha também algumas das partes mais brilhantes. E o final abrupto e aberto, etc não me agradou muito.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraSó lágrimas expressam toda a dor e compaixão que esse filme me causou. Pra quem mais já conheceu a compulsão alimentar, a homofobia e o isolamento social, a identificação é terrível e misericordiosa.
Como bem disseram, a imersão no personagem, nesse cenário minimalista, é tamanha, que nos sentimos pesados e imobilizados ao longo das duas horas de filme, verdadeiramente nos colocando na pele do personagem.
Pinóquio
4.2 542 Assista AgoraÉ claro que amo o stop motion. Mas não tem jeito, não gosto de Guillermo del Toro de jeito nenhum. Ele mostra nuances diferentes da história original, mas faltou drama no roteiro. Foi bastante reflexivo num nível racional, mas não senti emoção genuína em nenhum momento dessa história, a não ser no fim. Talvez o fato de eu ser devoto do desenho original da Disney não ajude muito também, é claro.
Men: Faces do Medo
3.2 398 Assista AgoraA atmosfera do filme é fantástica.