Que filme prazeroso de assistir, roteiro, direção e montagem muito bem feitas. Gostei muito das histórias paralelas à principal que surgem em vários momentos do filme, dão um ritmo muito legal ao roteiro. O que mais me surpreendeu em Tampopo foi seu estilo, não imaginava que ele teria um estilo tão urbano. O figurino é muito legal, os personagens são interessante e a fotografia é bonita. Os enquadramentos com o cenário no fundo são maravilhosos, me lembrou Paris, Texas (1984) por sua beleza e profundidade.
The Truman Show é o tipo de filme prazeroso de assistir várias vezes, mesmo que apenas algumas cenas quando há a oportunidade de vê-lo na tv. Muito se deve ao seu roteiro muito bem escrito, que tem uma simplicidade que deixa seu entendimento leve, misturado a vários assuntos mais elaborados que podem passar despercebidos em uma primeira visita, trazendo em cada novo contato com a obra uma nova experiência. É realmente surpreendente o quão a frente de seu tempo é esse filme em relação a reality shows e vigilância, mas para mim o grande trunfo do roteiro é a maneira como ele trabalha essa sensação de não ter o controle do próprio destino. Esse é um sentimento que comunica fácil com o telespectador. O estilo "american way of life" do figurino e cenário combinou muito bem com a história, trazendo um elemento do controle pela propaganda da idealização de um mundo perfeito, deixando o protagonista sempre desconfortável em abandonar esse estilo de vida. Outro elemento que agrega a essa sensação de falta de controle do próprio destino é a relação do Christof com o Truman. Pode parecer uma relação mais religiosa, com o personagem do Ed Harris "brincando" de ser Deus, mas eu penso que é muito mais uma relação paterna, em que o pai quer traçar o destino do filho porque ele o conhece desde o nascimento e julga saber o que é melhor para o seu futuro. Sem dúvida toda a sequência final do Truman batendo seu barco no horizonte até se despedir do público é o ponto alto do filme, mas eu particularmente adoro a cena em que o protagonista embarca em um ônibus para fora da cidade e o motorista quebra o veículo de propósito. A maneira como o motorista pede desculpa para Truman desolado no fundo do ônibus é maravilhosa, partilha do mesmo sentimento que o telespectador tem de gostar do Truman como personagem ao mesmo tempo tendo pena dele viver de forma controlada. O filme tem algumas particularidades que não gosto, como alguns excessos nas cenas da reação do público ao show, e alguns alívios cômicos que não funcionam muito bem, mas mesmo assim The Truman Show é uma obra-prima. O roteiro de Andrew Niccol é genial, e ter Peter Weir acabou sendo o diretor perfeito para essa história. O estilo anos 50 foi ideia do diretor, bem como a escolha de Jim Carrey como protagonista, dois itens que parecem indispensáveis nesse filme. Vale destacar por fim a incrível trilha sonora, tem muita presença e compõe perfeitamente todas as cenas.
Para cada observador, uma obra de arte desperta um sentimento diferente, nesses últimos dias com a chegada do fim de mais um ano, estou tendo problemas para controlar minha ansiedade, porem enquanto assistia a esse filme, minha mente ficou calma e eu realmente adorei toda a experiência cinematográfica de The French Dispatch. Wes Anderson é um gênio com as cores, a maneira que ele oscila entre cor e preto e branco é magnifico.
A cena em que o filho do comissário pergunta a personagem da Saoirse Ronan a cor de seus olhos é um exemplo disso, um dos melhores momentos do filme.
Várias características de outros trabalhos do Wes Anderson estão presentes nesse filme, mas a maneira como a história é contada, misturando o que ocorreu com a descrição do ocorrido, traz um ritmo muito interessante e diferente do que eu esperava.
O roteiro de No Time to Die é muito ruim, os diálogos no início já acenderam um alerta que o filme não seria bom como eu esperava. Continuar com a história do horrível Spectre (2015) foi o maior erro do roteiro, mas não o único. Na verdade, todo o filme parece uma cópia de outros filmes de ação. Várias cenas e ângulos de câmera me lembraram os últimos filmes da franquia Missão: Impossível, tem um plano sequência que lembrou demais Atomic Blonde (2017), o final com uma mistura de xXx (2002), The Tuxedo (2002) e The Rock (1996). Se assistir a esse filme com papel e caneta na mão, da para escrever de que filme veio cada cena. Outra coisa que me incomoda é o romance meloso do James Bond, no final do Casino Royale (2006) já acho muito chato, e aqui como o filme é pior, se torna ainda mais chato.
De pontos positivos tem a direção interessante, principalmente nas cenas de ação, a fotografia e a personagem da Ana de Armas. Eu não entendo a necessidade desse filme ter 2h40m, vários blockbuster clichês hoje em dia tem mais de 2 horas. Filmes de ação desse estilo tem que ser mais curtos, não tem conteúdo para segurar o telespectador todo esse tempo, cansa. Ontem assisti Deep Blue Sea (1999) que em termos de qualidade e história é bem pior, mas como é bem mais curto e entende o estilo de filme que é, se torna um entretenimento muito melhor.
Personagens bem interessantes, com muitas frases intrigantes e reflexivas. Gostei bastante da primeira metade do filme, que tem um ritmo mais acelerado. A segunda metade é mais lenta, porém não chega a ser muito cansativa. Matt Dillon muito bem em seu personagem, algumas outras atuações deixam a desejar. Gostei demais do personagem do Tom the Priest, muito interessante suas conversas com o protagonista. Me chamou a atenção algumas cenas que me lembraram filmes mais novos, que podem ter pegado referências com Drugstore Cowboy.
A cena dos personagens preparando a droga com imagens bem próximas de seringas e colheres lembram Pulp Fiction (1994), Trainspotting (1996) e Requiem for a Dream (2000), a personagem da Kelly Lynch me lembrou a personagem da Katherine Waterston em Inherent Vice (2014) e o protagonista na ambulância me lembrou In Bruges (2008).
Uma história muito interessante, que me lembrou muito Locke (2013) e 12 Angry Men (1957). Vale destacar atuação Jakob Cedergren e a fotografia, que trabalha muito bem as luzes e consegue variar seu estilo mesmo com o filme se passando em um espaço muito pequeno.
Devido as críticas negativas, assisti Old com a expectativa baixa e a mente aberta, e gostei muito. Quem for assisti Old esperando um filme de terror pesado e sério vai se decepcionar muito, porque ele tem um estilo mais descontraído de filmes de zumbi e de histeria coletiva,
Um material ótimo montado de uma forma ruim. Adoro imagens de arquivo do meio dos anos 90 até o início dos anos 2000, e é exatamente o período em que esse documentário foca, mas senti falta de saber mais sobre o Schumacher antes dele entrar para fórmula 1. O documentário foca demais sobre o início do piloto na Ferrari e sobre sua vida pessoal, e mostra alguns pontos altos do piloto, mas não se aprofunda em nenhum deles. Por exemplo, o documentário mostra um acidente relativamente grave, mas não menciona que ele quebrou a perna e atrapalhou sua corrida pelo título mundial, tampouco da qualquer declaração de como isso afetou sua carreira naquele momento. A trilha sonora também é péssima, parece que a mesma música é usada durante todo o filme. Uma pena que uma história bem interessante de uma grande pessoa tenha sido realizada de maneira tão ruim. Fiquei decepcionado, porque senti que esse poderia ser um documentário muito melhor.
Documentário muito interessante, com entrevistas de diversas opiniões sobre o festival. O filme não escolhe um lado para defender e deixa para o telespectador escolher o que quer pensar sobre o assunto. A montagem é interessante porem um pouco sensacionalista. Há diversas discussões sociais que podem ser feitas a partir desse documentário, mas a que mais me chamou a atenção é da filosofia do "porque não fazer" do jovem branco de classe média. Porque não quebrar tudo, porque não abusar de mulheres, porque não fazer o que eu quero se depois eu volto para minha casa, tranquilo, e as pessoas vão ver as merdas que eu fiz e falar que é normal, porque ele é jovem e tem que curtir a vida. Outro ponto interessante é a comercialização da música e a busca por lucro máximo nesse festival. Tudo tinha um alto apelo comercial e claramente a infraestrutura e segurança não estava nem perto de ser a suficiente para o tamanho do público esperado. Muito repugnante ver o produtor do evento culpando as mulheres pelos abusos e falando que estava tudo perfeito no festival, que só deu errado porque o vocalista do Limp Bizkit encorajou o público a ficar revoltado.
Cameron Crowe teve uma grande oportunidade de fazer um filme em Seattle, na época em que o grunge ainda não tinha se perdido para as drogas, conseguiu colocar 3 bandas do "big four" no filme e com tudo isso a seu favor, fez uma das piores comédias românticas que eu já assisti. O filme é muito chato, nenhum personagem é interessante e suas histórias se misturam de maneira bagunçada e sem graça nenhuma. Tirando os cantores que aparecem durante o filme, nada mais empolga em Singles.
Ainda com um estilo bem inicio dos anos 90 e com divesas semelhanças com os filmes da franquia Alien, Pitch Black é um filme de ficção cientifica bem feito com um clima de tensão muito bem construído. Esse filme mostra que Vin Diesel consegue ser um personagem com uma ótima presença em um roteiro bem escrito. A história desenvolve muito bem seu personagem e esconde muito bem do telespectador quais as reais intenções do anti-herói, na verdade, todo o roteiro é imprevisível, no bom sentido. O clima de tensão fica muito mais legal quando você não tem ideia do que acontece a seguir na história. Apesar de o bom roteiro e de um elenco bem escolhido, o que mais gostei desse filme é a fotografia. Várias luzes com diversas cores e muitos momentos psicodélicos usando cores e contrastes bem atípicos. Muito legal a cena em que Riddick vê os habitantes do planeta desértico saindo de suas cavernas no início do eclipse, para mim a melhor do filme.
Uma cena que me chamou a atenção, é a cena quando o júri faz seu veredito e não tem nenhuma música, frase, ou reação eufórica por parte dos ganhadores da causa. Na minha opinião mostra que o filme é mais sobre a estrutura politica social da sociedade americana, e como o protagonista age dentro desse cenário e menos sobre o caso judicial especificamente.
Um excelente filme de Natal. Quase um ‘cover’ do estilo dos diretores que eu adoro dos anos 90, uma grande mistura de Tarantino, Danny Boyle e Guy Ritchie. Me surpreendeu demais pela qualidade. Vários atores pouco conhecidos em papéis muito bem escritos para eles, o filme é divertido e dinâmico do início ao fim.
Só o final me desapontou um pouco, porque o filme teve vários momentos pesados, porem ele encerra de maneira muito bonitinha. Não que seja um final ruim, mas esperava algo mais dramático.
Comecei a assistir só para passar o tempo, mas o início foi promissor e me fez levar o filme mais a sério. O que mais me chamou a atenção no começo foi a direção dinâmica do Luke Greenfield e a trilha sonora. Fiquei muito decepcionado quando o filme acabou, porque o romance principal é muito fraco e o roteiro é machista.
O romance se desenvolve muito rápido e os personagens principais são os mais fracos do filme. O roteiro me lembrou um pouco o The Graduate (1967) porque em ambos as mulheres ao redor do protagonista servem só de muleta para seu desenvolvimento. Achei muito ruim como o filme transforma o personagem Emile Hirsch no salvador do futuro da Elisha Cuthbert, e no fim o futuro da personagem é ser a "grande mulher por trás de um grande homem".
Outro ponto negativo é que não tem nenhuma personagem feminina bem desenvolvida. Os personagens do Timothy Olyphant, do Paul Dano e até o do Chris Marquette são muito divertidos e bem construídos como coadjuvantes. Já as atrizes coadjuvantes são atrizes pornos burras e atendentes de banco. Talvez eu esteja problematizando demais um filme de comédia de colégio, mas como o início do filme foi bem promissor minhas expectativas subiram bastante. Mas mesmo com os problemas, The Girl Next Door é um ótimo entretenimento.
Apesar de não ter gostado do filme a ponto de ser um dos meus favoritos, eu consigo entender muito bem quem o ama. Almost Famous consegue transmitir muita emoção, fiquei encantado em várias cenas, assim como fiquei chateado ou envergonhado com as cenas mais ruins. Porém, nenhum personagem ou cena te deixa com a sensação de indiferença, talvez essa seja uma das poucas emoções que o filme não transmite. Talvez essa obra entre na categoria dos filmes que envelhecem bem para mim. A energia que ele transmite traz uma nostalgia da puberdade, e me fez lembrar das experiências que tive e nas que não tive. É o estilo de filme que não se esquece fácil, do tipo que demora dias até que realmente absorva toda a emoção que ele exala. Não vou especificar alguns clichês ou atuações que não gostei, nem entrar em detalhes sobre o visual e a trilha sonora maravilhosa. Almost Famous é acima de tudo, uma viagem pelas emoções humanas que ocorrem no choque entre humanos com diferentes desejos e compartilham momentos intensos e verdadeiros.
Um dos filmes mais divertidos que já assisti. Me impressionei com a qualidade dos personagens, todos eles são muito carismáticos, são raros os filmes que como esse tem todos os personagens legais. O que me desapontou foi não ter assistido esse filme no cinema, é o estilo de filme perfeito para ver com os amigos na tela grande.
Provavelmente esse é o filme que mais assisti na minha vida. Lembro ainda quando sempre o assistia quando passava na tv aberta e até hoje gosto de assistir quando está passando em algum canal. É o tipo de filme com vários momentos legais e é bom de assistir cenas "soltas" dele na tv. Li alguns cometários da comunidade aqui no Letterboxd e achei algumas críticas bem interessantes. Uma delas falou que esse filme não deveria funcionar, e isso é verdade. O roteiro é bem comum e as atuações são fracas, mas mesmo assim o filme consegue ser muito divertido. Não sei ao certo qual a razão, talvez seja a vibe dos anos 90 e as relações de amizade entre os personagens. Achei o início do filme realmente bom. Até o final da primeira corrida ele tem os movimentos de câmera e uma sequência de cenas bem dinâmicos junto a uma ambientação e fotografia sensacionais. Depois os movimentos de câmera e a fotografia continuam sendo bons, mas a montagem fica meio estranha. De qualquer maneira, é muito difícil para mim fazer uma análise fria desse filme, ele marcou muito minha geração e especialmente a mim. Meu gosto por carros começou depois da primeira vez que o assisti, e esse é o grande ponto forte do filme e foi o que foi se perdendo depois do quarto filme da franquia, o protagonismo dos carros. As melhores cenas envolvem carros em corridas, até mesmo nos créditos aparecem fotos do cenário dos carros tunados da época. Todas as cenas de ação envolvem carros correndo, sem muitas acrobacias, saltos e sem perseguições e tiroteios a pé, apenas carros legais sendo bem pilotados e participando da história.
Desde o início do filme tudo me pareceu falso e desconexo, eu não digo o exagero das cenas de ação, que até são divertidas, mas parece que tudo é feito em CGI, até o rosto dos personagens parece falso. Talvez seja pelo fato da fórmula usada desde o quinto filme da série já esteja totalmente desgastada. Na minha opinião a fórmula já não era boa, sempre faltou originalidade, porem o carisma dos personagens conseguia manter a franquia interessante de acompanhar. A cada novo filme da franquia os personagens se tornam um pouco mais irritantes, e no 9ª filme os novos personagens também são péssimos. O irmão do Toretto e todas aquelas sequências vergonhosas de flashbacks são uma tentativa de amarrar essa porcaria no primeiro filme. Os personagens do Tóquio Drift são a única coisa que funcionou nesse filme, pelo menos para mim eles trouxeram uma nostalgia legal. Infelizmente pelo meu apreço ao primeiro filme não consigo abandonar a franquia. Fico triste que a cada filme lançado ela piora e o legado do primeiro filme é manchado. Sinceramente espero que o décimo filme seja o último, é difícil que seja pior que esse, porem não duvido que ele seja a cereja do bolo da porcaria que a franquia se tornou.
Terrence Malick conseguiu capturar como nenhum outro diretor os conflitos espirituais da guerra, é impressionante como o filme tem vários personagens e cada um deles é diferente e bem desenvolvido. Porem o filme é muito longo, do tipo que o telespectador sente sua duração. É uma experiencia cansativa, mesmo com as excelentes cenas de ação, algumas partes acabam sendo um pouco arrastadas. Vale destacar o trio Sean Penn, Jim Caviezel e Nick Nolte, todos excelentes em seus papeis. Pessoalmente Nick Nolte foi meu personagem favorito, é o mais diferente do filme e tem uma atuação marcante.
Comédia bem boba dos anos 80 que consegue ser muito divertida de assistir, graças a incrível criatividade na direção de John Hughes. O roteiro tem algumas coisas bem polemicas, mas confesso que achei que teria ainda mais problemas assim. Gostei da personagem de Kelly LeBrock, bem desenvolvida, o Anthony Michael Hall atua muito bem, uma pena o Ilan Mitchell-Smith ser tão ruim como ator, ruim em um nível que consegue estragar um pouco o filme. Agora o grande personagem é o do Bill Paxton, é daqueles coadjuvanteque roubam o filme para si.
Um road movie pelo sertão brasileiro, muito interessante, como diria Johann. Os diálogos são ótimos e a fotografia é muito bonita, só o ritmo lento que atrapalha um pouco a imersão na história. Vale ressaltar mais uma vez como é bom ter acesso a filmes nacionais nas plataformas de streaming, espero que isso se torne cada vez mais comum.
Foi difícil assistir a primeira meia hora desse filme, todas as cenas que eram para ser engraçadas simplesmente não funcionaram. O personagem de Rhys Ifans é muito ruim. Conforme a história se desenvolve o filme melhora, tem alguns momentos legais, porem no geral é fraco. E Notting Hill tem muitos estabelecimentos, mas parece não ter dentistas.
Mais um filme da Marvel divertido, porem que não apresenta nada de original. O filme se sustenta na qualidade e carisma dos 4 personagens principais. Black Widow faz referência (ou copia) vários outros filmes de ação. Robocop, Duro de Matar, Caçadores de Emoção, mas os que ele mais se baseia são na franquia Missão Impossível e dos Incríveis.
A sequência em Budapeste, com fugas em telhados, perseguições de moto e com carros da BMW lembram demais os filmes do Ethan Hunt. Já a sequência final na "Sala Vermelha" parece muito com a sequência na base do Síndrome no primeiro filme dos Incríveis, e o Red Guardian vestindo uma roupa de super-herói acima do peso é quase um retrato do Senhor Incrível.
Uma pena que as cenas de ação ainda são no estilo "treme tudo e corta", pioneiro nos filmes do Bourne dirigidos pelo Paul Greengrass. As lutas são legais, mas essa direção que se tornou padrão em blockbusters me incomoda demais. Por último, não tem como assistir Black Widow e não citar a Florence Pugh, é impressionante o carisma e a presença que ela tem como atriz. Assisti somente três filmes com ela, mas em todos ela rouba a cena e é a melhor personagem. Espero que ela atue em vários filmes bons e com diretores que consigam aproveitar ao máximo seu talento.
Depois que assisti a adaptação live action desse filme, senti a necessidade de revê-lo para entender o que tanto foi reaproveitado do clássico para o péssimo filme lançado em 2017. E o primeiro ponto importante presente no original é o lado filosófico e politico complexo no roteiro, que confesso não ter entendido totalmente. Mas mesmo assim ele prende a atenção em conversas profundas e relações muito bem trabalhadas entre os personagens. Tudo isso é totalmente o oposto do roteiro clichê e excesso de diálogos expositivos ruins colocados na refilmagem feita por Hollywood. Outra característica presente apenas no anime de 1995 são as cenas de terror, que com a magnífica trilha sonora consegue deixar bem assustador o olhar penetrante de Motoko. Um dos poucos pontos positivos que gostei no filme de 2017 é o design, tanto dos personagens quanto do cenário, mas até nisso o original é muito melhor. A paleta de cores escura, com forte presença do verde, e várias tomadas sensacionais feitas de cima para baixo mostrando a cidade quase que hipnotiza quem está assistindo. Talvez com uma terceira visita a Ghost in the Shell (1995) eu consiga compreender mais sobre ele, e conseguir acha-lo ainda melhor. Por enquanto vou tentar esquecer a adaptação de 2017, e vou focar em assistir o Ghost in the Shell 2: Innocence (2004) também dirigido por Mamoru Oshii.
Tampopo: Os Brutos Também Comem Spaghetti
4.0 67Que filme prazeroso de assistir, roteiro, direção e montagem muito bem feitas. Gostei muito das histórias paralelas à principal que surgem em vários momentos do filme, dão um ritmo muito legal ao roteiro.
O que mais me surpreendeu em Tampopo foi seu estilo, não imaginava que ele teria um estilo tão urbano. O figurino é muito legal, os personagens são interessante e a fotografia é bonita. Os enquadramentos com o cenário no fundo são maravilhosos, me lembrou Paris, Texas (1984) por sua beleza e profundidade.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraThe Truman Show é o tipo de filme prazeroso de assistir várias vezes, mesmo que apenas algumas cenas quando há a oportunidade de vê-lo na tv. Muito se deve ao seu roteiro muito bem escrito, que tem uma simplicidade que deixa seu entendimento leve, misturado a vários assuntos mais elaborados que podem passar despercebidos em uma primeira visita, trazendo em cada novo contato com a obra uma nova experiência.
É realmente surpreendente o quão a frente de seu tempo é esse filme em relação a reality shows e vigilância, mas para mim o grande trunfo do roteiro é a maneira como ele trabalha essa sensação de não ter o controle do próprio destino. Esse é um sentimento que comunica fácil com o telespectador. O estilo "american way of life" do figurino e cenário combinou muito bem com a história, trazendo um elemento do controle pela propaganda da idealização de um mundo perfeito, deixando o protagonista sempre desconfortável em abandonar esse estilo de vida. Outro elemento que agrega a essa sensação de falta de controle do próprio destino é a relação do Christof com o Truman. Pode parecer uma relação mais religiosa, com o personagem do Ed Harris "brincando" de ser Deus, mas eu penso que é muito mais uma relação paterna, em que o pai quer traçar o destino do filho porque ele o conhece desde o nascimento e julga saber o que é melhor para o seu futuro.
Sem dúvida toda a sequência final do Truman batendo seu barco no horizonte até se despedir do público é o ponto alto do filme, mas eu particularmente adoro a cena em que o protagonista embarca em um ônibus para fora da cidade e o motorista quebra o veículo de propósito. A maneira como o motorista pede desculpa para Truman desolado no fundo do ônibus é maravilhosa, partilha do mesmo sentimento que o telespectador tem de gostar do Truman como personagem ao mesmo tempo tendo pena dele viver de forma controlada.
O filme tem algumas particularidades que não gosto, como alguns excessos nas cenas da reação do público ao show, e alguns alívios cômicos que não funcionam muito bem, mas mesmo assim The Truman Show é uma obra-prima.
O roteiro de Andrew Niccol é genial, e ter Peter Weir acabou sendo o diretor perfeito para essa história. O estilo anos 50 foi ideia do diretor, bem como a escolha de Jim Carrey como protagonista, dois itens que parecem indispensáveis nesse filme. Vale destacar por fim a incrível trilha sonora, tem muita presença e compõe perfeitamente todas as cenas.
A Crônica Francesa
3.5 287 Assista AgoraPara cada observador, uma obra de arte desperta um sentimento diferente, nesses últimos dias com a chegada do fim de mais um ano, estou tendo problemas para controlar minha ansiedade, porem enquanto assistia a esse filme, minha mente ficou calma e eu realmente adorei toda a experiência cinematográfica de The French Dispatch.
Wes Anderson é um gênio com as cores, a maneira que ele oscila entre cor e preto e branco é magnifico.
A cena em que o filho do comissário pergunta a personagem da Saoirse Ronan a cor de seus olhos é um exemplo disso, um dos melhores momentos do filme.
Várias características de outros trabalhos do Wes Anderson estão presentes nesse filme, mas a maneira como a história é contada, misturando o que ocorreu com a descrição do ocorrido, traz um ritmo muito interessante e diferente do que eu esperava.
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 564 Assista AgoraQue decepção, depois desse acho que não gosto dos filmes do 007, até hoje só gostei de verdade do Skyfall (2012).
O roteiro de No Time to Die é muito ruim, os diálogos no início já acenderam um alerta que o filme não seria bom como eu esperava. Continuar com a história do horrível Spectre (2015) foi o maior erro do roteiro, mas não o único. Na verdade, todo o filme parece uma cópia de outros filmes de ação. Várias cenas e ângulos de câmera me lembraram os últimos filmes da franquia Missão: Impossível, tem um plano sequência que lembrou demais Atomic Blonde (2017), o final com uma mistura de xXx (2002), The Tuxedo (2002) e The Rock (1996). Se assistir a esse filme com papel e caneta na mão, da para escrever de que filme veio cada cena.
Outra coisa que me incomoda é o romance meloso do James Bond, no final do Casino Royale (2006) já acho muito chato, e aqui como o filme é pior, se torna ainda mais chato.
De pontos positivos tem a direção interessante, principalmente nas cenas de ação, a fotografia e a personagem da Ana de Armas.
Eu não entendo a necessidade desse filme ter 2h40m, vários blockbuster clichês hoje em dia tem mais de 2 horas. Filmes de ação desse estilo tem que ser mais curtos, não tem conteúdo para segurar o telespectador todo esse tempo, cansa. Ontem assisti Deep Blue Sea (1999) que em termos de qualidade e história é bem pior, mas como é bem mais curto e entende o estilo de filme que é, se torna um entretenimento muito melhor.
Drugstore Cowboy
3.7 107 Assista AgoraPersonagens bem interessantes, com muitas frases intrigantes e reflexivas. Gostei bastante da primeira metade do filme, que tem um ritmo mais acelerado. A segunda metade é mais lenta, porém não chega a ser muito cansativa.
Matt Dillon muito bem em seu personagem, algumas outras atuações deixam a desejar. Gostei demais do personagem do Tom the Priest, muito interessante suas conversas com o protagonista.
Me chamou a atenção algumas cenas que me lembraram filmes mais novos, que podem ter pegado referências com Drugstore Cowboy.
A cena dos personagens preparando a droga com imagens bem próximas de seringas e colheres lembram Pulp Fiction (1994), Trainspotting (1996) e Requiem for a Dream (2000), a personagem da Kelly Lynch me lembrou a personagem da Katherine Waterston em Inherent Vice (2014) e o protagonista na ambulância me lembrou In Bruges (2008).
Culpa
3.9 355 Assista AgoraUma história muito interessante, que me lembrou muito Locke (2013) e 12 Angry Men (1957). Vale destacar atuação Jakob Cedergren e a fotografia, que trabalha muito bem as luzes e consegue variar seu estilo mesmo com o filme se passando em um espaço muito pequeno.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraDevido as críticas negativas, assisti Old com a expectativa baixa e a mente aberta, e gostei muito. Quem for assisti Old esperando um filme de terror pesado e sério vai se decepcionar muito, porque ele tem um estilo mais descontraído de filmes de zumbi e de histeria coletiva,
com uma crítica social sobre experiências de remédios em humanos atual para o momento que o mundo está vivendo.
Schumacher
3.8 69Um material ótimo montado de uma forma ruim. Adoro imagens de arquivo do meio dos anos 90 até o início dos anos 2000, e é exatamente o período em que esse documentário foca, mas senti falta de saber mais sobre o Schumacher antes dele entrar para fórmula 1.
O documentário foca demais sobre o início do piloto na Ferrari e sobre sua vida pessoal, e mostra alguns pontos altos do piloto, mas não se aprofunda em nenhum deles. Por exemplo, o documentário mostra um acidente relativamente grave, mas não menciona que ele quebrou a perna e atrapalhou sua corrida pelo título mundial, tampouco da qualquer declaração de como isso afetou sua carreira naquele momento.
A trilha sonora também é péssima, parece que a mesma música é usada durante todo o filme. Uma pena que uma história bem interessante de uma grande pessoa tenha sido realizada de maneira tão ruim. Fiquei decepcionado, porque senti que esse poderia ser um documentário muito melhor.
Music Box - Woodstock 99: Peace, Love, And Rage
3.9 38 Assista AgoraDocumentário muito interessante, com entrevistas de diversas opiniões sobre o festival. O filme não escolhe um lado para defender e deixa para o telespectador escolher o que quer pensar sobre o assunto. A montagem é interessante porem um pouco sensacionalista.
Há diversas discussões sociais que podem ser feitas a partir desse documentário, mas a que mais me chamou a atenção é da filosofia do "porque não fazer" do jovem branco de classe média. Porque não quebrar tudo, porque não abusar de mulheres, porque não fazer o que eu quero se depois eu volto para minha casa, tranquilo, e as pessoas vão ver as merdas que eu fiz e falar que é normal, porque ele é jovem e tem que curtir a vida.
Outro ponto interessante é a comercialização da música e a busca por lucro máximo nesse festival. Tudo tinha um alto apelo comercial e claramente a infraestrutura e segurança não estava nem perto de ser a suficiente para o tamanho do público esperado. Muito repugnante ver o produtor do evento culpando as mulheres pelos abusos e falando que estava tudo perfeito no festival, que só deu errado porque o vocalista do Limp Bizkit encorajou o público a ficar revoltado.
Vida de Solteiro
3.7 261 Assista AgoraCameron Crowe teve uma grande oportunidade de fazer um filme em Seattle, na época em que o grunge ainda não tinha se perdido para as drogas, conseguiu colocar 3 bandas do "big four" no filme e com tudo isso a seu favor, fez uma das piores comédias românticas que eu já assisti.
O filme é muito chato, nenhum personagem é interessante e suas histórias se misturam de maneira bagunçada e sem graça nenhuma. Tirando os cantores que aparecem durante o filme, nada mais empolga em Singles.
Eclipse Mortal
3.3 224 Assista AgoraAinda com um estilo bem inicio dos anos 90 e com divesas semelhanças com os filmes da franquia Alien, Pitch Black é um filme de ficção cientifica bem feito com um clima de tensão muito bem construído.
Esse filme mostra que Vin Diesel consegue ser um personagem com uma ótima presença em um roteiro bem escrito. A história desenvolve muito bem seu personagem e esconde muito bem do telespectador quais as reais intenções do anti-herói, na verdade, todo o roteiro é imprevisível, no bom sentido. O clima de tensão fica muito mais legal quando você não tem ideia do que acontece a seguir na história.
Apesar de o bom roteiro e de um elenco bem escolhido, o que mais gostei desse filme é a fotografia. Várias luzes com diversas cores e muitos momentos psicodélicos usando cores e contrastes bem atípicos. Muito legal a cena em que Riddick vê os habitantes do planeta desértico saindo de suas cavernas no início do eclipse, para mim a melhor do filme.
O Veredicto
4.0 67 Assista AgoraBom filme, uma bela história, personagens bem desenvolvidos e complexos, porem é um filme um pouco cansativo, parece ser mais longo do que é.
Uma cena que me chamou a atenção, é a cena quando o júri faz seu veredito e não tem nenhuma música, frase, ou reação eufórica por parte dos ganhadores da causa. Na minha opinião mostra que o filme é mais sobre a estrutura politica social da sociedade americana, e como o protagonista age dentro desse cenário e menos sobre o caso judicial especificamente.
Vamos Nessa
3.8 134 Assista AgoraUm excelente filme de Natal. Quase um ‘cover’ do estilo dos diretores que eu adoro dos anos 90, uma grande mistura de Tarantino, Danny Boyle e Guy Ritchie. Me surpreendeu demais pela qualidade.
Vários atores pouco conhecidos em papéis muito bem escritos para eles, o filme é divertido e dinâmico do início ao fim.
Só o final me desapontou um pouco, porque o filme teve vários momentos pesados, porem ele encerra de maneira muito bonitinha. Não que seja um final ruim, mas esperava algo mais dramático.
Show de Vizinha
3.1 822 Assista AgoraComecei a assistir só para passar o tempo, mas o início foi promissor e me fez levar o filme mais a sério. O que mais me chamou a atenção no começo foi a direção dinâmica do Luke Greenfield e a trilha sonora. Fiquei muito decepcionado quando o filme acabou, porque o romance principal é muito fraco e o roteiro é machista.
O romance se desenvolve muito rápido e os personagens principais são os mais fracos do filme. O roteiro me lembrou um pouco o The Graduate (1967) porque em ambos as mulheres ao redor do protagonista servem só de muleta para seu desenvolvimento. Achei muito ruim como o filme transforma o personagem Emile Hirsch no salvador do futuro da Elisha Cuthbert, e no fim o futuro da personagem é ser a "grande mulher por trás de um grande homem".
Outro ponto negativo é que não tem nenhuma personagem feminina bem desenvolvida. Os personagens do Timothy Olyphant, do Paul Dano e até o do Chris Marquette são muito divertidos e bem construídos como coadjuvantes. Já as atrizes coadjuvantes são atrizes pornos burras e atendentes de banco.
Talvez eu esteja problematizando demais um filme de comédia de colégio, mas como o início do filme foi bem promissor minhas expectativas subiram bastante. Mas mesmo com os problemas, The Girl Next Door é um ótimo entretenimento.
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraApesar de não ter gostado do filme a ponto de ser um dos meus favoritos, eu consigo entender muito bem quem o ama. Almost Famous consegue transmitir muita emoção, fiquei encantado em várias cenas, assim como fiquei chateado ou envergonhado com as cenas mais ruins. Porém, nenhum personagem ou cena te deixa com a sensação de indiferença, talvez essa seja uma das poucas emoções que o filme não transmite.
Talvez essa obra entre na categoria dos filmes que envelhecem bem para mim. A energia que ele transmite traz uma nostalgia da puberdade, e me fez lembrar das experiências que tive e nas que não tive. É o estilo de filme que não se esquece fácil, do tipo que demora dias até que realmente absorva toda a emoção que ele exala.
Não vou especificar alguns clichês ou atuações que não gostei, nem entrar em detalhes sobre o visual e a trilha sonora maravilhosa. Almost Famous é acima de tudo, uma viagem pelas emoções humanas que ocorrem no choque entre humanos com diferentes desejos e compartilham momentos intensos e verdadeiros.
O Esquadrão Suicida
3.6 1,3K Assista AgoraUm dos filmes mais divertidos que já assisti. Me impressionei com a qualidade dos personagens, todos eles são muito carismáticos, são raros os filmes que como esse tem todos os personagens legais.
O que me desapontou foi não ter assistido esse filme no cinema, é o estilo de filme perfeito para ver com os amigos na tela grande.
Velozes e Furiosos
3.4 625 Assista AgoraProvavelmente esse é o filme que mais assisti na minha vida. Lembro ainda quando sempre o assistia quando passava na tv aberta e até hoje gosto de assistir quando está passando em algum canal. É o tipo de filme com vários momentos legais e é bom de assistir cenas "soltas" dele na tv.
Li alguns cometários da comunidade aqui no Letterboxd e achei algumas críticas bem interessantes. Uma delas falou que esse filme não deveria funcionar, e isso é verdade. O roteiro é bem comum e as atuações são fracas, mas mesmo assim o filme consegue ser muito divertido. Não sei ao certo qual a razão, talvez seja a vibe dos anos 90 e as relações de amizade entre os personagens.
Achei o início do filme realmente bom. Até o final da primeira corrida ele tem os movimentos de câmera e uma sequência de cenas bem dinâmicos junto a uma ambientação e fotografia sensacionais. Depois os movimentos de câmera e a fotografia continuam sendo bons, mas a montagem fica meio estranha.
De qualquer maneira, é muito difícil para mim fazer uma análise fria desse filme, ele marcou muito minha geração e especialmente a mim. Meu gosto por carros começou depois da primeira vez que o assisti, e esse é o grande ponto forte do filme e foi o que foi se perdendo depois do quarto filme da franquia, o protagonismo dos carros. As melhores cenas envolvem carros em corridas, até mesmo nos créditos aparecem fotos do cenário dos carros tunados da época. Todas as cenas de ação envolvem carros correndo, sem muitas acrobacias, saltos e sem perseguições e tiroteios a pé, apenas carros legais sendo bem pilotados e participando da história.
Velozes e Furiosos 9
2.8 415 Assista AgoraDesde o início do filme tudo me pareceu falso e desconexo, eu não digo o exagero das cenas de ação, que até são divertidas, mas parece que tudo é feito em CGI, até o rosto dos personagens parece falso. Talvez seja pelo fato da fórmula usada desde o quinto filme da série já esteja totalmente desgastada.
Na minha opinião a fórmula já não era boa, sempre faltou originalidade, porem o carisma dos personagens conseguia manter a franquia interessante de acompanhar. A cada novo filme da franquia os personagens se tornam um pouco mais irritantes, e no 9ª filme os novos personagens também são péssimos. O irmão do Toretto e todas aquelas sequências vergonhosas de flashbacks são uma tentativa de amarrar essa porcaria no primeiro filme. Os personagens do Tóquio Drift são a única coisa que funcionou nesse filme, pelo menos para mim eles trouxeram uma nostalgia legal.
Infelizmente pelo meu apreço ao primeiro filme não consigo abandonar a franquia. Fico triste que a cada filme lançado ela piora e o legado do primeiro filme é manchado. Sinceramente espero que o décimo filme seja o último, é difícil que seja pior que esse, porem não duvido que ele seja a cereja do bolo da porcaria que a franquia se tornou.
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraTerrence Malick conseguiu capturar como nenhum outro diretor os conflitos espirituais da guerra, é impressionante como o filme tem vários personagens e cada um deles é diferente e bem desenvolvido.
Porem o filme é muito longo, do tipo que o telespectador sente sua duração. É uma experiencia cansativa, mesmo com as excelentes cenas de ação, algumas partes acabam sendo um pouco arrastadas.
Vale destacar o trio Sean Penn, Jim Caviezel e Nick Nolte, todos excelentes em seus papeis. Pessoalmente Nick Nolte foi meu personagem favorito, é o mais diferente do filme e tem uma atuação marcante.
Mulher Nota 1000
3.3 276 Assista AgoraComédia bem boba dos anos 80 que consegue ser muito divertida de assistir, graças a incrível criatividade na direção de John Hughes. O roteiro tem algumas coisas bem polemicas, mas confesso que achei que teria ainda mais problemas assim.
Gostei da personagem de Kelly LeBrock, bem desenvolvida, o Anthony Michael Hall atua muito bem, uma pena o Ilan Mitchell-Smith ser tão ruim como ator, ruim em um nível que consegue estragar um pouco o filme. Agora o grande personagem é o do Bill Paxton, é daqueles coadjuvanteque roubam o filme para si.
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista AgoraUm road movie pelo sertão brasileiro, muito interessante, como diria Johann. Os diálogos são ótimos e a fotografia é muito bonita, só o ritmo lento que atrapalha um pouco a imersão na história.
Vale ressaltar mais uma vez como é bom ter acesso a filmes nacionais nas plataformas de streaming, espero que isso se torne cada vez mais comum.
Um Lugar Chamado Notting Hill
3.6 1,3K Assista AgoraFoi difícil assistir a primeira meia hora desse filme, todas as cenas que eram para ser engraçadas simplesmente não funcionaram. O personagem de Rhys Ifans é muito ruim. Conforme a história se desenvolve o filme melhora, tem alguns momentos legais, porem no geral é fraco. E Notting Hill tem muitos estabelecimentos, mas parece não ter dentistas.
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraMais um filme da Marvel divertido, porem que não apresenta nada de original. O filme se sustenta na qualidade e carisma dos 4 personagens principais.
Black Widow faz referência (ou copia) vários outros filmes de ação. Robocop, Duro de Matar, Caçadores de Emoção, mas os que ele mais se baseia são na franquia Missão Impossível e dos Incríveis.
A sequência em Budapeste, com fugas em telhados, perseguições de moto e com carros da BMW lembram demais os filmes do Ethan Hunt. Já a sequência final na "Sala Vermelha" parece muito com a sequência na base do Síndrome no primeiro filme dos Incríveis, e o Red Guardian vestindo uma roupa de super-herói acima do peso é quase um retrato do Senhor Incrível.
Por último, não tem como assistir Black Widow e não citar a Florence Pugh, é impressionante o carisma e a presença que ela tem como atriz. Assisti somente três filmes com ela, mas em todos ela rouba a cena e é a melhor personagem. Espero que ela atue em vários filmes bons e com diretores que consigam aproveitar ao máximo seu talento.
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraDepois que assisti a adaptação live action desse filme, senti a necessidade de revê-lo para entender o que tanto foi reaproveitado do clássico para o péssimo filme lançado em 2017.
E o primeiro ponto importante presente no original é o lado filosófico e politico complexo no roteiro, que confesso não ter entendido totalmente. Mas mesmo assim ele prende a atenção em conversas profundas e relações muito bem trabalhadas entre os personagens. Tudo isso é totalmente o oposto do roteiro clichê e excesso de diálogos expositivos ruins colocados na refilmagem feita por Hollywood. Outra característica presente apenas no anime de 1995 são as cenas de terror, que com a magnífica trilha sonora consegue deixar bem assustador o olhar penetrante de Motoko.
Um dos poucos pontos positivos que gostei no filme de 2017 é o design, tanto dos personagens quanto do cenário, mas até nisso o original é muito melhor. A paleta de cores escura, com forte presença do verde, e várias tomadas sensacionais feitas de cima para baixo mostrando a cidade quase que hipnotiza quem está assistindo.
Talvez com uma terceira visita a Ghost in the Shell (1995) eu consiga compreender mais sobre ele, e conseguir acha-lo ainda melhor. Por enquanto vou tentar esquecer a adaptação de 2017, e vou focar em assistir o Ghost in the Shell 2: Innocence (2004) também dirigido por Mamoru Oshii.