Não sei o que os filmes do Michel Bay tem de especial que me fazem gostar deles mesmo eu percebendo que são "ruins". Bad Boys 2 já foi um dos meus filmes favoritos quando era adolescente, e ainda hoje gosto muito de assisti-lo, mesmo com sua qualidade questionável. Assim, resolvi assistir The Island, mas não esperava que esse se tornaria meu filme favorito do Michael Bay. Gostei do estilo datado, da trilha sonora, da arquitetura e principalmente do elenco. Scarlett Johansson, Djimon Hounsou,
Ewan McGregor e até mesmo Sean Bean estão muito bem encaixados em seus papeis. A ficção cientifica é muito legal, e vale destacar várias coisas que ele mostra que está presente no mundo atual. Trens de levitação magnética, grandes telas touch screen e uma espécie de kinect do Xbox aparecem nas cenas de The Island. A estrutura principal do roteiro é solida e se desenvolve com muita calma. As cenas mais lentas sempre tem um clima de tensão e a ação é frenética, prende o telespectador o filme inteiro. O grande problema são alguns furos presentes no roteiro. A segurança do complexo às vezes é bem rígida, em outros momentos é o oposto, sendo extremamente besta, em alguns momentos os personagens estão em uma situação delicada e já na próxima cena aparecem em um lugar diferente e algumas piadas machistas estragam um pouco o filme, principalmente porque são defeitos que poderiam ser corrigidos facilmente. Apesar de alguns defeitos, The Island é um marco para os blockbusters de ação, entretenimento puro e com qualidade.
"Cool Hand Luke" é um sujeito carismático, rebelde e imperfeito, que não consegue se encaixar na sociedade em que vive. É interessante que suas atitudes inspiram os outros presos, porém eles não têm coragem de fazer o mesmo, da mesma forma que o próprio Luke não planeja suas ações e nem parece ter a intensão de ajudar ninguém a não ser a si próprio, porem parece quase que inerte a sua existência sua capacidade de liderar e inspirar as pessoas. Com vários simbolismos presentes no filme, na minha interpretação, Luke é como Jesus Cristo, mas que não consegue se comunicar com Deus e haje apenas por instinto.
No fim a trajetória do protagonista é "reescrita" por um de seus seguidores, de modo que sua história serve de esperança para os oprimidos, e com sua morte ele parece ter finalmente encontrado sua redenção.
Pensei estar "viajando" quando percebi semelhanças entre Luke e Jesus Cristo, mas depois li em alguns lugares que realmente havia essa intenção pelos roteiristas. A frase do início da música Civil War ser desse filme me pegou de surpresa. Apesar de não compreender muito o sentido da frase, achei muito legal quando ela surgiu. Acho que teve muitas outras mensagens que não captei deste filme, porem gostei muito da sua história, e o personagem interpretado pelo Paul Newman é para mim um dos mais legais e intrigantes da história do cinema.
A temática Cyberpunk é uma das minhas favoritas que aparecem no cinema, os dilemas e a ambientação me fascinam. Mesmo com a recepção negativa de Ghost in the Shell (2017) resolvi assisti-lo por conta de seu visual que sempre me agradou nas imagens que vi, e realmente um dos poucos trunfos desse filme é sua direção de arte, figurino e fotografia. Porém, todo o potencial se perde no que me pareceu uma tentativa desastrosa de transformar um filme sensacional em um blockbuster. No primeiro dialogo desse filme eu já percebi que esse seria um grande problema. Praticamente toda vez que um personagem abre a boca o que sai são palavras vazias e expositivas, para tentar dar contexto a história e explicar a motivação dos personagens. O roteiro é muito preguiçoso e arruinou talvez o grande ponto forte do filme original, que são os diálogos profundos. O design dos personagens é bom, mas todos eles parecem desconectados do ambiente. Sou fã da Scarlett Johansson, mas de todos os seus papeis que assisti, esse é de longe sua pior atuação. O vilão é péssimo, Pilou Asbæk e Takeshi Kitano são os únicos que conseguem entregar algo bom para o filme.
Takeshi Kitano reagindo a uma tentativa de mata-lo, usando um revólver antigo é disparado a melhor cena do filme.
Algumas cenas me lembraram um pouco os filmes de ação dos anos 80/90, que não tinham muito apego com um roteiro convincente ou com a qualidade da ação, contudo nesses filmes os personagens tinham carisma e a história era muito divertida. Ghost in the Shell (2017) é um filme sem alma, que da impressão de que foi feito de qualquer maneira, que quis surfar no nome de um clássico dos anos 90, porém sem nenhum respeito ao original. Filmes como Blade Runner 2049 (2017), Mad Max: Fury Road (2015) e até Black Swan (2010), que é quase uma releitura de Perfect Blue (1997), mostram que é possível fazer um novo filme de qualidade baseado em clássicos. Uma pena Ghost in the Shell se aproximar muito mais do Robocop (2014) do que das obras-primas citadas acima.
Jason Statham de volta com Guy Ritchie em um filme um pouco sério demais, mas bem sólido. Boas sequências de ação e um estilo bem interessante tornam Wrath of Man um ótimo filme de ação e assalto. Senti bastante influência de Heat (1995) no roteiro. Apesar de não chegar nem perto da qualidade da obra-prima do Michael Mann, as referências nesse filme são bem legais e eu particularmente gostei muito.
Deep Cover pode parecer mais um filme comum sobre um policial infiltrado que começa a se perder no disfarce, porem consegue ir muito mais além com grandes atuações, alguns momentos bem intensos e uma direção primorosa. Laurence Fishburne, Jeff Goldblum e Victoria Dillard entregam excelentes atuações. Os ângulos e movimentos de câmera junto da fotografia bem ousada cheia de cores e luzes trazem um clima bem peculiar para o filme que contribui demais para o andamento da história. Alguns pequenos clichês desnecessários incomodam um pouco, mas o filme tem diálogos muito bem escritos que com o trabalho de direção do Bill Duke consegue entregar uma experiência bem original e criativa para esse estilo de filme.
Bem produzido e com momentos divertidos, mas alguns personagens e partes do roteiro são muito ruins. Brendan Fraser me surpreendeu positivamente com seu personagem cheio de carisma, já a Rachel Weisz está mal. Sou fã do trabalho dela, mas interpretando essa personagem ela está muito chata. O roteiro me incomodou bastante, tem momentos que os personagens estão na cena mas não interagem, alguns personagens somem e depois reaparecem sem muita explicação, o senso de distância é ruim.
Agora o ápice do roteiro fraco e preguiçoso são os guardiões da tumba, qual o sentido dos caras deixarem o pessoal ficar explorando a tumba mais um dia sendo que eles poderiam liberar a maldição a qualquer momento? "Fica mais um dia fuçando aí que amanhã a gente expulsa vocês"!? E o pior é que os cara liberam a criatura, ela arrebenta a cidade e mata um monte de gente, e no final o cara agradece deles terem devolvido a múmia para o lugar que ela tava, espero que nunca alguém me ajude assim.
Nesse tipo de filme geralmente eu não encrenco muito com furos no roteiro, mas em A Múmia tem alguns que não consegui deixar passar. Mesmo com esses problemas o filme diverte e como passatempo é uma experiência interessante.
Um roteiro bem americano com uma mistura de The Fugitive (1993) e Rambo: First Blood (1981) junto de um estilo de filme dos anos 90. A receita não é muito interessante, mas a direção do William Friedkin e o trabalho do roteiro na relação dos dois protagonistas faz de The Hunted uma boa experiência. As cenas de perseguição são muito bem feitas, bem confusas porem de um jeito que fica prazeroso de assistir. As cenas de luta também são excelentes, sem muitos cortes e com bastante poder, deixado-as realistas.
O filme mostra um policial fazendo um trabalho perturbador em um Nova York decadente muito bem retratada na fotografia. Al Pacino atua muito bem e o que mais funciona no filme é a sua mudança de personalidade com o avançar do seu trabalho. A confusão do roteiro com vários personagens semelhantes traz um ar de mistério bem original para a história, mas algumas cenas desconexas estragam um pouco o ritmo do filme. Porem o que mais decepcionou foram as sequências de "police procedural", achei fraco. Esperava mais qualidade nessas cenas principalmente pelo William Friedkin ter dirigido um dos filmes mais legais desse gênero que é o Operação França (1971).
A algum tempo comprei o blu-ray dessa obra-prima com a edição especial black & crhome, hoje finalmente assisti. A televisão 4k e os fones de ouvido me trouxeram muita nostalgia de quando assisti a esse filme no cinema. Desde o anúncio da sequência franquia do Mad Max estava muito empolgado, e esse foi o primeiro filme que fiz questão de ver no cinema. Foi uma experiência inesquecível assistir Mad Max: Fury Road no cinema junto dos amigos e em 3D. No início da versão black & chrome tem uma introdução do diretor falando que essa é a melhor versão do filme na sua opinião. Foi muito legal rever esse clássico de uma maneira nova, porem as cores desse filme são sensacionais. Mesmo algumas cenas ficando excelentes em preto e branco, ainda prefiro a versão colorida. Mad Max: Fury Road é um marco nos filmes de ação. O filme é eletrizante do início ao fim e ainda assim consegue trazer várias criticas pertinentes sobre os problemas da sociedade. George Miller tem um jeito único de dirigir cenas de ação, acho muito legal quando ele coloca cenas lentas de drama bem no meio de uma sequência de ação. As semelhanças com os primeiros filmes da franquia também são excelentes, os enquadramentos são magníficos e a câmera acelerada em algumas cenas traz um efeito sensacional. Difícil achar algum defeito nesse filme. Um amigo meu uma vez comentou que não gostou do roteiro porque eles estão sempre fugindo e no fim acabam voltando onde tudo começou. Eu pessoalmente gostei disso porque traz uma mensagem de que talvez seja melhor você tentar mudar o local onde mora ao invés de querer fugir dele. Talvez as atuações dos atores coadjuvantes não sejam tão boas, mas a atuação da dupla de protagonistas é excepcional. Max e Furiosa vão ficar na história do cinema como uma das melhores duplas que já contracenaram.
Lembro de ver as cenas no gelo desse filme quando passava na tv aberta, e isso ficou na minha memória de modo que quis assisti-lo mesmo sabendo que não era bom, mas esse é o tipo de filme que de tão ruim se torna divertido. Die Another Day é um dos filmes mais bregas que me lembro de ter assistido. Uma pena Pierce Brosnan ter tão pouco carisma, suas piadas de tiozão no churrasco iam ficar muito divertidas se ele não tivesse essa pose de c*zão. Gostei Rick Yune com os diamantes na cara, ficou no estilo, já o outro vilão, interpretado pelo Toby Stephens ficou péssimo. As localidades do filme são bem legais, Cuba e a Islândia são belos lugares, e toda a sequência do gelo é divertida, exceto pelo cgi vergonhoso do 007 surfando. O que esse filme deixou de positivo na minha opinião são as personagens da Halle Berry e da Rosemund Pike, principalmente a da última, que sempre que entra em cena eleva a qualidade do filme.
Gosto de filme sobre drogas, e dos que já assisti esse é o que mais parece uma viagem. Já tinha visto alguns pedaços desse filme quando estava passando na tv e lembro ter parecido chato, mas hoje assistindo desde o início a imersão a história foi total. Alguns comentários negativos na internet me deram a impressão de que Fear and Loathing in Las Vegas não é um filme que funciona para todo mundo, ou você embarca na história desde a primeira cena, ou simplesmente você não consegue terminar de assisti-lo. Tobey Maguire simplesmente assustador, Benicio del Toro muito hilario e com uma excelente química com o protagonista.
Filme muito bom de assistir, Aaron Sorkin fez um bom trabalho criando uma imersão para a história que ele escreveu. O que me incomodou um pouco foram os clichês e até que ponto a história é retratada de maneira fiel aos fatos. Achei a história muito superficial e com uma mensagem comum em alguns filmes de tribunal que assisti, que mostra como o sistema americano é bonito e como tem boas pessoas que o fazem sempre ser justo no apagar das luzes. Também senti que o filme tem uma função de apoiar os democratas, não que eu goste dos republicanos, mas não gosto de filmes que parecem quase uma propaganda politica, ainda mais sendo lançado no ano de uma eleição (OBS: entre as duas opções prefiro os democratas, mas vejo os dois com as mesmas bases politicas que fazem o sistema americano ser podre como ele é, principalmente se tratando de sua política externa). O filme vale a pena porque é gotoso de assistir e tem muitas cenas emocionantes, porém como filme histórico não acredito que seja bom porque me passou a impressão de não ter o compromisso de mostrar os fatos na maneira como ocorreram. Me pareceu que os fatos foram manipulados para defender as ideias do roteirista.
até que fica claro que o protagonista tem problemas de memória.
A partir dai o filme vira só um monte de confusão e perde muito a atratividade, que só não se esvai totalmente pela atuação do Anthony Hopkins, aliás deveria ser proibido um senhor dessa idade carregar um filme inteiro nas costas. Sobre o Oscar de melhor ator, estava torcendo muito para o Riz Ahmed, mas essa atuação do Hopkins é maravilhosa, das melhores que já vi, uma pena o filme não conseguir acompanhar essa qualidade.
Demorei a assistir esse filme por um certo desinteresse pelo os personagens por serem todos brancos e burgueses, mas isso não foi o que não gostei do filme. O que me incomodou foi que na verdade os personagens são bem clichê, e por serem muitos, nenhum é bem desenvolvido. Me surpreendeu ver que esse roteiro ganhou o Oscar, na minha visão ele é uma cópia dos roteiros do John Hughes maquiado de intelectual. Para mim não tem problema nenhum um filme ter roteiro clichê, desde que bem trabalhado, e em Sociedade dos Poetas Mortos é bem trabalhado assim como o filme é bem dirigido e conta com grandes atuações. O que me incomoda é o reconhecimento que esse filme tem como sendo profundo, sendo que Clube dos Cinco tem um roteiro muito mais profundo e inteligente, só para citar um exemplo. Apesar dos defeitos, Sociedade dos Poetas Mortos é um filme inspirador com uma bonita mensagem, mas para mim ele ta no mesmo nível de outros vários filmes de "highschool", porém sem a parte cômica.
Duas coisas me surpreenderam positivamente nesse filme, seu ritmo que mesmo meio monótomo consegue trazer uma boa imersão, e o personagem do Casey Affleck que é bem desenvolvido e agradável. As boas atuações da Vanessa Kirny e da Katherine Waterston eu já esperava. Fico muito chateado desse filme não ter sido lembrado nas premiações esse ano. Apesar de não ser nenhuma obra-prima, não consigo lembrar de alguma atuação melhor que a da protagonista assim como uma direção boa igual a feita pela Mona Fastvold no ano de 2020. Para mim esse filme poderia ter tido às duas indicadas a premiações assim como a fotografia, que é muito bem feita e bonita. Minha esperança é que em um futuro próximo esse filme seja lançado em uma plataforma de streaming grande para que consiga ter pelo menos um pouco mais de reconhecimento.
Comparar esse filme com L.A. Confidential (1997) é quase que automático, é estranho como um filme com temática muito parecida e bem feito é muito menos reconhecido. L.A. Confidential é melhor, mas Devil in a Blue Dress também é um excelente filme sobre Los Angeles dos anos 50 e que ainda traz um elemento bem forte sobre a cultura afro-americana na época. Tenho a impressão de que cada vez mais os filmes lançados sobre a cultura afro americana são políticos, com um caráter histórico e acompanham a militância que é crescente nas redes sociais. Eu gosto de filme políticos, mas é muito legal ver um filme de gênero com a maioria dos personagens pretos e que não traz a questão do racismo como foco principal da história. Filmes assim poderiam ser mais reconhecidos pela importância de dar voz para a cultura preta americana. Bela atuação de Denzel Washington, Carl Franklin fez um excelente trabalho na direção assim como no roteiro, mas é o Don Cheadle que rouba a cena com um personagem cheio de carisma e com um lado cômico muito bom. Sem dúvida Devil in a Blue Dress merece ser mais reconhecido.
Sempre gostei de filmes de tribunal, são praticamente um gênero próprio. Mesmo com clichês e diálogos bem cinematográficos, são na maioria das vezes filmes com uma excelente imersão e muito prazerosos de assistir. A Few Good Men tem todas as qualidades de um bom filme de tribunal além de contar com alguns atores de altíssimo nível.
Os dois diálogos entre os personagens do Jack Nicholson e do Tom Cruise são memoráveis, principalmente o último. Ambos são muito bem escritos e dirigidos, e são os pontos altos do filme. O que me incomodou demais é a mensagem que o filme passa. Muitos momentos são bem interessantes questionando se os rapazes julgados são "heróis ou vilões", mas no fim o personagem deles são só marionetes do sistema imperialista americano, tema que o filme retrata até que bem exceto pela mensagem final em que deixa claro que a justiça dos Estados Unidos da América é infalível. Poderia até relevar essa mensagem pela qualidade do filme, mas achei muito ridículo depois do veredito do juiz onde um dos rapazes julgados parece um bobo perguntando para outro o que aconteceu e o outro fala de maneira muito infantil e ingenua que eles deveriam proteger os "fracos e oprimidos". No fim a mensagem que ficou foi que de que o sistema americano é maravilhoso e que o exército deve proteger os fracos e oprimidos, desde que sejam americanos, porque em nenhum momento o filme questiona porque os EUA têm uma base militar em Cuba e só é falado que os cubanos querem atirar nos americanos como se eles fossem vitimas
Trainspotting (1996), Laranja Mecânica (1971), Repo Man (1984), Curtindo a Vida Adoidado (1986), todos esses filmes se misturam em SLC Punk!. Apesar de o começo ser muito semelhante a Trainspotting, conforme a história se desenvolve mais o filme se parece com Curtindo a Vida Adoidado. Não esperava que no final das contas SLC Punk! seria sobre o fim do colegial, me surpreendeu positivamente.
A única cena que achei desnecessária foi o Stevo e o Heroin Bob como crianças nerds, cena bem clichê e para mim não combinou nem um pouco com o restante do filme
. E com certeza o melhor personagem é o Mike (Jason Segel), talvez o único punk autentico de Salt Lake City.
A apresentação do herói é sensacional desde o início. Medo de voar, não saber andar em uma limousine, discutir com a esposa, vários detalhes que mostram a simplicidade desse policial nova iorquino. O vilão também tem uma excelente apresentação, sua primeira fala no filme é "senhoras e senhores", já mostrando sua classe e frieza que perdura por quase toda a história. O que nunca tinha dado tanta atenção e que me surpreendi depois de re-assistir hoje (já perdi as contas de quantas vezes vi cenas desse filme) foi o encontro entre esses dois personagens. O primeiro em que o Hans se finge de refém tem uns ângulos de câmeras muito legais, e o segundo já no fim, talvez tenha um dos melhores diálogos entre herói e vilão da história do cinema.
Dois itens que também merecem ser destacados: A dublagem, que traz uma voz muito divertida para o John McClane; também a trilha sonora, com algumas músicas bem legais e com vários temas espetaculares em diversos momentos da trama.
Trama clichê porem interessante e com vários momentos dramáticos bem do estilo Brian De Palma. Para quem gosta de filmes de ação comuns dos anos 90 e dos atores principais, Contagem Regressiva vale a pena.
Não sei porque a nota desse filme é tão ruim. Eu gostei dele, mas não foi do tipo de filme que de tão ruim fica bom, ele realmente tem alguns momentos bem legais. O CGI é fraco, mas na minha opinião eles usam de um jeito interessante, trocando rápido entre efeito prático e digital. A ambientação do longa é bem legal, o clima da amazônia com toda aquela floresta fechada trazem uma tensão bem legal. O grande destaque do filme é o Jon Voight, uma atuação exagerada e marcante.
A cobra regurgitando o vilão e ele piscando o olho quando cai no chão é a melhor cena do filme. O ponto fraco para mim foi ter duas cobras, perde um pouco a mistica sobre o animal. O roteiro poderia ser facilmente arrumado para que só existisse uma anaconda gigante.
Talvez a franquia American Pie junto com a do Velozes e Furiosos foram as que mais marcaram a minha geração. Parece até estranho assistir esse filme pela primeira vez só agora em 2020, de alguma forma ele é meio que nostálgico para mim.
Interessante as referências a filmes antigos em American Pie, até mesmo uma polêmica cena de assédio ele conseguiu criar, assim como em Gatinhas e Gatões (1984). Esse se sai um pouco menos pior porque de certa forma o cara também se ferra com o assédio. Talvez para funcionar bem teria que ter sido aquela piada que só "opressor" é ridicularizado e se ferra, meio que no estilo que o Tarantino faz.
Apesar de ser comum, o filme funciona bem. O ritmo é legal, a trilha sonora também. Acho que o fato dele ser simples contribui bastante para seu sucesso.
Impressionante o poder que o Paul Schrader tem de fazer o telespectador mergulhar para dentro do personagem principal. Os filmes dele nunca mostram a "real verdade", sempre mostram somente a visão do personagem sobre os fatos que ocorrem na história, na minha opinião essa é grande marca dos seus filmes. Uma pena Affliction não receber o reconhecimento que merece, e uma pena também Nick Nolte não ganhar o Oscar por esse papel, merecia muito.
A Ilha
3.4 886Não sei o que os filmes do Michel Bay tem de especial que me fazem gostar deles mesmo eu percebendo que são "ruins". Bad Boys 2 já foi um dos meus filmes favoritos quando era adolescente, e ainda hoje gosto muito de assisti-lo, mesmo com sua qualidade questionável. Assim, resolvi assistir The Island, mas não esperava que esse se tornaria meu filme favorito do Michael Bay.
Gostei do estilo datado, da trilha sonora, da arquitetura e principalmente do elenco. Scarlett Johansson, Djimon Hounsou,
dois
A ficção cientifica é muito legal, e vale destacar várias coisas que ele mostra que está presente no mundo atual. Trens de levitação magnética, grandes telas touch screen e uma espécie de kinect do Xbox aparecem nas cenas de The Island.
A estrutura principal do roteiro é solida e se desenvolve com muita calma. As cenas mais lentas sempre tem um clima de tensão e a ação é frenética, prende o telespectador o filme inteiro. O grande problema são alguns furos presentes no roteiro. A segurança do complexo às vezes é bem rígida, em outros momentos é o oposto, sendo extremamente besta, em alguns momentos os personagens estão em uma situação delicada e já na próxima cena aparecem em um lugar diferente e algumas piadas machistas estragam um pouco o filme, principalmente porque são defeitos que poderiam ser corrigidos facilmente.
Apesar de alguns defeitos, The Island é um marco para os blockbusters de ação, entretenimento puro e com qualidade.
Rebeldia Indomável
4.1 106 Assista Agora"Cool Hand Luke" é um sujeito carismático, rebelde e imperfeito, que não consegue se encaixar na sociedade em que vive. É interessante que suas atitudes inspiram os outros presos, porém eles não têm coragem de fazer o mesmo, da mesma forma que o próprio Luke não planeja suas ações e nem parece ter a intensão de ajudar ninguém a não ser a si próprio, porem parece quase que inerte a sua existência sua capacidade de liderar e inspirar as pessoas.
Com vários simbolismos presentes no filme, na minha interpretação, Luke é como Jesus Cristo, mas que não consegue se comunicar com Deus e haje apenas por instinto.
No fim a trajetória do protagonista é "reescrita" por um de seus seguidores, de modo que sua história serve de esperança para os oprimidos, e com sua morte ele parece ter finalmente encontrado sua redenção.
Pensei estar "viajando" quando percebi semelhanças entre Luke e Jesus Cristo, mas depois li em alguns lugares que realmente havia essa intenção pelos roteiristas.
A frase do início da música Civil War ser desse filme me pegou de surpresa. Apesar de não compreender muito o sentido da frase, achei muito legal quando ela surgiu. Acho que teve muitas outras mensagens que não captei deste filme, porem gostei muito da sua história, e o personagem interpretado pelo Paul Newman é para mim um dos mais legais e intrigantes da história do cinema.
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraA temática Cyberpunk é uma das minhas favoritas que aparecem no cinema, os dilemas e a ambientação me fascinam. Mesmo com a recepção negativa de Ghost in the Shell (2017) resolvi assisti-lo por conta de seu visual que sempre me agradou nas imagens que vi, e realmente um dos poucos trunfos desse filme é sua direção de arte, figurino e fotografia. Porém, todo o potencial se perde no que me pareceu uma tentativa desastrosa de transformar um filme sensacional em um blockbuster.
No primeiro dialogo desse filme eu já percebi que esse seria um grande problema. Praticamente toda vez que um personagem abre a boca o que sai são palavras vazias e expositivas, para tentar dar contexto a história e explicar a motivação dos personagens. O roteiro é muito preguiçoso e arruinou talvez o grande ponto forte do filme original, que são os diálogos profundos.
O design dos personagens é bom, mas todos eles parecem desconectados do ambiente. Sou fã da Scarlett Johansson, mas de todos os seus papeis que assisti, esse é de longe sua pior atuação. O vilão é péssimo, Pilou Asbæk e Takeshi Kitano são os únicos que conseguem entregar algo bom para o filme.
Takeshi Kitano reagindo a uma tentativa de mata-lo, usando um revólver antigo é disparado a melhor cena do filme.
Algumas cenas me lembraram um pouco os filmes de ação dos anos 80/90, que não tinham muito apego com um roteiro convincente ou com a qualidade da ação, contudo nesses filmes os personagens tinham carisma e a história era muito divertida.
Ghost in the Shell (2017) é um filme sem alma, que da impressão de que foi feito de qualquer maneira, que quis surfar no nome de um clássico dos anos 90, porém sem nenhum respeito ao original. Filmes como Blade Runner 2049 (2017), Mad Max: Fury Road (2015) e até Black Swan (2010), que é quase uma releitura de Perfect Blue (1997), mostram que é possível fazer um novo filme de qualidade baseado em clássicos. Uma pena Ghost in the Shell se aproximar muito mais do Robocop (2014) do que das obras-primas citadas acima.
Infiltrado
3.6 318 Assista AgoraJason Statham de volta com Guy Ritchie em um filme um pouco sério demais, mas bem sólido. Boas sequências de ação e um estilo bem interessante tornam Wrath of Man um ótimo filme de ação e assalto.
Senti bastante influência de Heat (1995) no roteiro. Apesar de não chegar nem perto da qualidade da obra-prima do Michael Mann, as referências nesse filme são bem legais e eu particularmente gostei muito.
Traindo o Inimigo
3.7 12Deep Cover pode parecer mais um filme comum sobre um policial infiltrado que começa a se perder no disfarce, porem consegue ir muito mais além com grandes atuações, alguns momentos bem intensos e uma direção primorosa. Laurence Fishburne, Jeff Goldblum e Victoria Dillard entregam excelentes atuações.
Os ângulos e movimentos de câmera junto da fotografia bem ousada cheia de cores e luzes trazem um clima bem peculiar para o filme que contribui demais para o andamento da história.
Alguns pequenos clichês desnecessários incomodam um pouco, mas o filme tem diálogos muito bem escritos que com o trabalho de direção do Bill Duke consegue entregar uma experiência bem original e criativa para esse estilo de filme.
A Múmia
3.5 1,0K Assista AgoraBem produzido e com momentos divertidos, mas alguns personagens e partes do roteiro são muito ruins.
Brendan Fraser me surpreendeu positivamente com seu personagem cheio de carisma, já a Rachel Weisz está mal. Sou fã do trabalho dela, mas interpretando essa personagem ela está muito chata.
O roteiro me incomodou bastante, tem momentos que os personagens estão na cena mas não interagem, alguns personagens somem e depois reaparecem sem muita explicação, o senso de distância é ruim.
Agora o ápice do roteiro fraco e preguiçoso são os guardiões da tumba, qual o sentido dos caras deixarem o pessoal ficar explorando a tumba mais um dia sendo que eles poderiam liberar a maldição a qualquer momento? "Fica mais um dia fuçando aí que amanhã a gente expulsa vocês"!? E o pior é que os cara liberam a criatura, ela arrebenta a cidade e mata um monte de gente, e no final o cara agradece deles terem devolvido a múmia para o lugar que ela tava, espero que nunca alguém me ajude assim.
Nesse tipo de filme geralmente eu não encrenco muito com furos no roteiro, mas em A Múmia tem alguns que não consegui deixar passar. Mesmo com esses problemas o filme diverte e como passatempo é uma experiência interessante.
Caçado
3.3 121 Assista AgoraUm roteiro bem americano com uma mistura de The Fugitive (1993) e Rambo: First Blood (1981) junto de um estilo de filme dos anos 90. A receita não é muito interessante, mas a direção do William Friedkin e o trabalho do roteiro na relação dos dois protagonistas faz de The Hunted uma boa experiência.
As cenas de perseguição são muito bem feitas, bem confusas porem de um jeito que fica prazeroso de assistir. As cenas de luta também são excelentes, sem muitos cortes e com bastante poder, deixado-as realistas.
Parceiros da Noite
3.5 184 Assista AgoraO filme mostra um policial fazendo um trabalho perturbador em um Nova York decadente muito bem retratada na fotografia. Al Pacino atua muito bem e o que mais funciona no filme é a sua mudança de personalidade com o avançar do seu trabalho.
A confusão do roteiro com vários personagens semelhantes traz um ar de mistério bem original para a história, mas algumas cenas desconexas estragam um pouco o ritmo do filme. Porem o que mais decepcionou foram as sequências de "police procedural", achei fraco. Esperava mais qualidade nessas cenas principalmente pelo William Friedkin ter dirigido um dos filmes mais legais desse gênero que é o Operação França (1971).
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraA algum tempo comprei o blu-ray dessa obra-prima com a edição especial black & crhome, hoje finalmente assisti. A televisão 4k e os fones de ouvido me trouxeram muita nostalgia de quando assisti a esse filme no cinema. Desde o anúncio da sequência franquia do Mad Max estava muito empolgado, e esse foi o primeiro filme que fiz questão de ver no cinema. Foi uma experiência inesquecível assistir Mad Max: Fury Road no cinema junto dos amigos e em 3D.
No início da versão black & chrome tem uma introdução do diretor falando que essa é a melhor versão do filme na sua opinião. Foi muito legal rever esse clássico de uma maneira nova, porem as cores desse filme são sensacionais. Mesmo algumas cenas ficando excelentes em preto e branco, ainda prefiro a versão colorida.
Mad Max: Fury Road é um marco nos filmes de ação. O filme é eletrizante do início ao fim e ainda assim consegue trazer várias criticas pertinentes sobre os problemas da sociedade. George Miller tem um jeito único de dirigir cenas de ação, acho muito legal quando ele coloca cenas lentas de drama bem no meio de uma sequência de ação. As semelhanças com os primeiros filmes da franquia também são excelentes, os enquadramentos são magníficos e a câmera acelerada em algumas cenas traz um efeito sensacional.
Difícil achar algum defeito nesse filme. Um amigo meu uma vez comentou que não gostou do roteiro porque eles estão sempre fugindo e no fim acabam voltando onde tudo começou. Eu pessoalmente gostei disso porque traz uma mensagem de que talvez seja melhor você tentar mudar o local onde mora ao invés de querer fugir dele. Talvez as atuações dos atores coadjuvantes não sejam tão boas, mas a atuação da dupla de protagonistas é excepcional. Max e Furiosa vão ficar na história do cinema como uma das melhores duplas que já contracenaram.
007: Um Novo Dia Para Morrer
3.2 246 Assista AgoraLembro de ver as cenas no gelo desse filme quando passava na tv aberta, e isso ficou na minha memória de modo que quis assisti-lo mesmo sabendo que não era bom, mas esse é o tipo de filme que de tão ruim se torna divertido.
Die Another Day é um dos filmes mais bregas que me lembro de ter assistido. Uma pena Pierce Brosnan ter tão pouco carisma, suas piadas de tiozão no churrasco iam ficar muito divertidas se ele não tivesse essa pose de c*zão. Gostei Rick Yune com os diamantes na cara, ficou no estilo, já o outro vilão, interpretado pelo Toby Stephens ficou péssimo.
As localidades do filme são bem legais, Cuba e a Islândia são belos lugares, e toda a sequência do gelo é divertida, exceto pelo cgi vergonhoso do 007 surfando.
O que esse filme deixou de positivo na minha opinião são as personagens da Halle Berry e da Rosemund Pike, principalmente a da última, que sempre que entra em cena eleva a qualidade do filme.
A luta final entre elas no avião e a maneira que uma mata a outra é a melhor cena do filme.
Medo e Delírio
3.7 552 Assista AgoraGosto de filme sobre drogas, e dos que já assisti esse é o que mais parece uma viagem.
Já tinha visto alguns pedaços desse filme quando estava passando na tv e lembro ter parecido chato, mas hoje assistindo desde o início a imersão a história foi total. Alguns comentários negativos na internet me deram a impressão de que Fear and Loathing in Las Vegas não é um filme que funciona para todo mundo, ou você embarca na história desde a primeira cena, ou simplesmente você não consegue terminar de assisti-lo.
Tobey Maguire simplesmente assustador, Benicio del Toro muito hilario e com uma excelente química com o protagonista.
Os 7 de Chicago
4.0 581 Assista AgoraFilme muito bom de assistir, Aaron Sorkin fez um bom trabalho criando uma imersão para a história que ele escreveu. O que me incomodou um pouco foram os clichês e até que ponto a história é retratada de maneira fiel aos fatos.
Achei a história muito superficial e com uma mensagem comum em alguns filmes de tribunal que assisti, que mostra como o sistema americano é bonito e como tem boas pessoas que o fazem sempre ser justo no apagar das luzes. Também senti que o filme tem uma função de apoiar os democratas, não que eu goste dos republicanos, mas não gosto de filmes que parecem quase uma propaganda politica, ainda mais sendo lançado no ano de uma eleição (OBS: entre as duas opções prefiro os democratas, mas vejo os dois com as mesmas bases politicas que fazem o sistema americano ser podre como ele é, principalmente se tratando de sua política externa).
O filme vale a pena porque é gotoso de assistir e tem muitas cenas emocionantes, porém como filme histórico não acredito que seja bom porque me passou a impressão de não ter o compromisso de mostrar os fatos na maneira como ocorreram. Me pareceu que os fatos foram manipulados para defender as ideias do roteirista.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraO filme se sustenta na primeira meia hora,
até que fica claro que o protagonista tem problemas de memória.
Sobre o Oscar de melhor ator, estava torcendo muito para o Riz Ahmed, mas essa atuação do Hopkins é maravilhosa, das melhores que já vi, uma pena o filme não conseguir acompanhar essa qualidade.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraDemorei a assistir esse filme por um certo desinteresse pelo os personagens por serem todos brancos e burgueses, mas isso não foi o que não gostei do filme. O que me incomodou foi que na verdade os personagens são bem clichê, e por serem muitos, nenhum é bem desenvolvido. Me surpreendeu ver que esse roteiro ganhou o Oscar, na minha visão ele é uma cópia dos roteiros do John Hughes maquiado de intelectual.
Para mim não tem problema nenhum um filme ter roteiro clichê, desde que bem trabalhado, e em Sociedade dos Poetas Mortos é bem trabalhado assim como o filme é bem dirigido e conta com grandes atuações. O que me incomoda é o reconhecimento que esse filme tem como sendo profundo, sendo que Clube dos Cinco tem um roteiro muito mais profundo e inteligente, só para citar um exemplo.
Apesar dos defeitos, Sociedade dos Poetas Mortos é um filme inspirador com uma bonita mensagem, mas para mim ele ta no mesmo nível de outros vários filmes de "highschool", porém sem a parte cômica.
Um Fascinante Novo Mundo
3.5 123 Assista AgoraDuas coisas me surpreenderam positivamente nesse filme, seu ritmo que mesmo meio monótomo consegue trazer uma boa imersão, e o personagem do Casey Affleck que é bem desenvolvido e agradável. As boas atuações da Vanessa Kirny e da Katherine Waterston eu já esperava.
Fico muito chateado desse filme não ter sido lembrado nas premiações esse ano. Apesar de não ser nenhuma obra-prima, não consigo lembrar de alguma atuação melhor que a da protagonista assim como uma direção boa igual a feita pela Mona Fastvold no ano de 2020. Para mim esse filme poderia ter tido às duas indicadas a premiações assim como a fotografia, que é muito bem feita e bonita.
Minha esperança é que em um futuro próximo esse filme seja lançado em uma plataforma de streaming grande para que consiga ter pelo menos um pouco mais de reconhecimento.
O Diabo Veste Azul
3.2 48 Assista AgoraComparar esse filme com L.A. Confidential (1997) é quase que automático, é estranho como um filme com temática muito parecida e bem feito é muito menos reconhecido. L.A. Confidential é melhor, mas Devil in a Blue Dress também é um excelente filme sobre Los Angeles dos anos 50 e que ainda traz um elemento bem forte sobre a cultura afro-americana na época.
Tenho a impressão de que cada vez mais os filmes lançados sobre a cultura afro americana são políticos, com um caráter histórico e acompanham a militância que é crescente nas redes sociais. Eu gosto de filme políticos, mas é muito legal ver um filme de gênero com a maioria dos personagens pretos e que não traz a questão do racismo como foco principal da história. Filmes assim poderiam ser mais reconhecidos pela importância de dar voz para a cultura preta americana.
Bela atuação de Denzel Washington, Carl Franklin fez um excelente trabalho na direção assim como no roteiro, mas é o Don Cheadle que rouba a cena com um personagem cheio de carisma e com um lado cômico muito bom. Sem dúvida Devil in a Blue Dress merece ser mais reconhecido.
Questão de Honra
3.8 283 Assista AgoraSempre gostei de filmes de tribunal, são praticamente um gênero próprio. Mesmo com clichês e diálogos bem cinematográficos, são na maioria das vezes filmes com uma excelente imersão e muito prazerosos de assistir. A Few Good Men tem todas as qualidades de um bom filme de tribunal além de contar com alguns atores de altíssimo nível.
Os dois diálogos entre os personagens do Jack Nicholson e do Tom Cruise são memoráveis, principalmente o último. Ambos são muito bem escritos e dirigidos, e são os pontos altos do filme.
O que me incomodou demais é a mensagem que o filme passa. Muitos momentos são bem interessantes questionando se os rapazes julgados são "heróis ou vilões", mas no fim o personagem deles são só marionetes do sistema imperialista americano, tema que o filme retrata até que bem exceto pela mensagem final em que deixa claro que a justiça dos Estados Unidos da América é infalível. Poderia até relevar essa mensagem pela qualidade do filme, mas achei muito ridículo depois do veredito do juiz onde um dos rapazes julgados parece um bobo perguntando para outro o que aconteceu e o outro fala de maneira muito infantil e ingenua que eles deveriam proteger os "fracos e oprimidos".
No fim a mensagem que ficou foi que de que o sistema americano é maravilhoso e que o exército deve proteger os fracos e oprimidos, desde que sejam americanos, porque em nenhum momento o filme questiona porque os EUA têm uma base militar em Cuba e só é falado que os cubanos querem atirar nos americanos como se eles fossem vitimas
SLC Punk!
4.0 120Trainspotting (1996), Laranja Mecânica (1971), Repo Man (1984), Curtindo a Vida Adoidado (1986), todos esses filmes se misturam em SLC Punk!.
Apesar de o começo ser muito semelhante a Trainspotting, conforme a história se desenvolve mais o filme se parece com Curtindo a Vida Adoidado. Não esperava que no final das contas SLC Punk! seria sobre o fim do colegial, me surpreendeu positivamente.
A única cena que achei desnecessária foi o Stevo e o Heroin Bob como crianças nerds, cena bem clichê e para mim não combinou nem um pouco com o restante do filme
Duro de Matar
3.8 735 Assista AgoraO mais legal de assistir o mesmo filme repetidas vezes é que sempre tem um novo detalhe ou uma cena em que a qualidade passou despercebida.
A apresentação do herói é sensacional desde o início. Medo de voar, não saber andar em uma limousine, discutir com a esposa, vários detalhes que mostram a simplicidade desse policial nova iorquino. O vilão também tem uma excelente apresentação, sua primeira fala no filme é "senhoras e senhores", já mostrando sua classe e frieza que perdura por quase toda a história. O que nunca tinha dado tanta atenção e que me surpreendi depois de re-assistir hoje (já perdi as contas de quantas vezes vi cenas desse filme) foi o encontro entre esses dois personagens. O primeiro em que o Hans se finge de refém tem uns ângulos de câmeras muito legais, e o segundo já no fim, talvez tenha um dos melhores diálogos entre herói e vilão da história do cinema.
Dois itens que também merecem ser destacados: A dublagem, que traz uma voz muito divertida para o John McClane; também a trilha sonora, com algumas músicas bem legais e com vários temas espetaculares em diversos momentos da trama.
Contagem Regressiva
3.4 78 Assista AgoraTrama clichê porem interessante e com vários momentos dramáticos bem do estilo Brian De Palma. Para quem gosta de filmes de ação comuns dos anos 90 e dos atores principais, Contagem Regressiva vale a pena.
Tenet
3.4 1,3K Assista AgoraUm grande filme de ação e um filme bem razoável de ficção cientifica.
Anaconda
2.3 762 Assista AgoraNão sei porque a nota desse filme é tão ruim. Eu gostei dele, mas não foi do tipo de filme que de tão ruim fica bom, ele realmente tem alguns momentos bem legais.
O CGI é fraco, mas na minha opinião eles usam de um jeito interessante, trocando rápido entre efeito prático e digital. A ambientação do longa é bem legal, o clima da amazônia com toda aquela floresta fechada trazem uma tensão bem legal.
O grande destaque do filme é o Jon Voight, uma atuação exagerada e marcante.
A cobra regurgitando o vilão e ele piscando o olho quando cai no chão é a melhor cena do filme. O ponto fraco para mim foi ter duas cobras, perde um pouco a mistica sobre o animal. O roteiro poderia ser facilmente arrumado para que só existisse uma anaconda gigante.
American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível
3.3 724 Assista AgoraTalvez a franquia American Pie junto com a do Velozes e Furiosos foram as que mais marcaram a minha geração. Parece até estranho assistir esse filme pela primeira vez só agora em 2020, de alguma forma ele é meio que nostálgico para mim.
Interessante as referências a filmes antigos em American Pie, até mesmo uma polêmica cena de assédio ele conseguiu criar, assim como em Gatinhas e Gatões (1984). Esse se sai um pouco menos pior porque de certa forma o cara também se ferra com o assédio. Talvez para funcionar bem teria que ter sido aquela piada que só "opressor" é ridicularizado e se ferra, meio que no estilo que o Tarantino faz.
Apesar de ser comum, o filme funciona bem. O ritmo é legal, a trilha sonora também. Acho que o fato dele ser simples contribui bastante para seu sucesso.
Temporada de Caça
3.5 23Impressionante o poder que o Paul Schrader tem de fazer o telespectador mergulhar para dentro do personagem principal. Os filmes dele nunca mostram a "real verdade", sempre mostram somente a visão do personagem sobre os fatos que ocorrem na história, na minha opinião essa é grande marca dos seus filmes.
Uma pena Affliction não receber o reconhecimento que merece, e uma pena também Nick Nolte não ganhar o Oscar por esse papel, merecia muito.