Fico muito contente quando a metalinguagem funciona num filme. Ainda mais contente quando este filme é uma bela homenagem a antiga Hollywood. Humor ácido na medida certa, como não poderia deixar de ser.... Uma pena que Frances apareça tão pouco no longa.
Antes de qualquer comentário do filme, devo mencionar em como o filme me lembra Dúvida no que tange a parte crítica. Temos padres transferidos a qualquer sinal de escândalo, mães de crianças pobres eternamente gratas aos padres e que preferem fechar os olhos para o que é feito e um feudo voltado e agradecido para a igreja. Dito isso, tenho que dizer que o filme me impressionou bastante. Esperava uma boa atuação da Rachel McAdams pelo que estava ouvindo e já achava o elenco de primeira, mas não sabia o que esperar. É um tiro certo. Keaton, Ruffalo, McAdams, Liev Schreiber e o sempre perfeito Stanley Tucci, fazem uma caracterização perfeita dos seus personagens e nuances. Pfeifer (McAdams), surpreende. A menina malvada cresceu bastante e não me recordo de bate pronto de um filme que tenha entregue uma dramatização forte mas sem caricaturas como a realizada aqui. O ritmo do roteiro é o que mais chama atenção. A medida que a tensão e certeza sobre as ocorrências aumentam, o filme começa a ganhar velocidade dinamizando o longa. Um trabalho a ser apreciado e feito para pensarmos fora da caixa nas relações com qualquer instituição que tenha seu poder e em como podemos estar influenciados por ela até mesmo sem perceber.
O assunto parece chato, mas o que o filme faz em grade parte é justamente encontrar explicações (3 no total: uma por Margot Robbie sobre como começaram as hipotecas sem garantia, Anthony Bourdain explicando termos técnicos do mercado de opções e por fim Selena Gomez explicando sobre a aposta da aposta). As explicações ajudam? Não. São rápidas e se não há familiaridade com o assunto, isso não será criado neste momento. Pronto: aí está o trunfo do filme. Numa direção muito bem executada, o que vale é mostrar realmente o mercado como aposta. Como numa mesa de cartas ou o que for. Você não precisa saber exatamente como funciona para entrar. E aí que mora o risco. O roteiro adaptado talvez seja minha grande aposta para o longa no Oscar, seguido da atuação irreparável de Cristian Bale (qualquer comentário sobre estragaria a surpresa) e da direção bem acertada em criar ambientes e situações perfeitas
(o isolamento de Michael Burry durante todo o filme, Melissa Leo numa aparição hilaria, como uma funcionária de uma agência de classificação usando um óculos escuro evidenciando que as agências não queriam enxergar o óbvio e que é suportado por um diálogo na sequência, e a trilha sonora que atinge o seu auge a tocar de fundo when I grow up quando um dos investidores está na academia e a crise se agrava)
. Enfim. Trata-se daquele longa para ver nos detalhes!
Gosto muito da Jennifer Lawrence e tenho pra mim que este é o melhor trabalho dela com O. Russel. Ainda acho que o melhor trabalho dela foi em O Inverno da Alma e que apesar de ter amado O Lado bom da Vida, quem merecia mesmo as premiações daquela temporada era Emanuele Riva. E isso é tudo que tenho de melhor a dizer sobre Joy. O filme ganhou as indicações que merecia: atriz. A capacidade desta garota transformar um roteiro medíocre em algo grandioso é impressionante. No mais, as indicações sucessivas de Russell: O Vencedor, O Lado bom da Vida e Trapaça, fizeram com que ele ficasse preguiçoso e colocasse tempero demais no roteiro e no filme, tentando transformar este filme em um A Vencedora, mas aqui extremamente piegas. Durante todo o longa somos apresentados a situações que ficam em aberto (não de forma proposital, como, por exemplo,
o relacionamento da protagonista com sua meio irmã
) e a situações que fogem da comédia e passam a ser caricatas (como toda a família de Joy). Assim, não é surpresa que os melhores momentos do longa se sustentem em momentos longe da família
(como com a ótima sequência com Cooper nos estúdios de um programa de vendas na TV)
. De forma bem resumida, é uma boa distração e conta (da maneira mais melodramática possível e ao mesmo tempo sem emocao) uma história real com uma excelente atuação. O destaque vai sem dúvida para aquela que já foi musa, arrancava suspiros na década de 90 com um corpo invejável (em a morte lhe cai bem esta impagável), Isabella Rosselinni, que está quase irreconhecível neste longa...
Steve Jobs é aquele filme básico bem feito. Muito bem feito! O roteiro é daqueles que foca no que quer e faz questão de explicar o resto para nos deixar com o que importa, a direção é acertada e usa lá seus bons trocadilhos durante a projeção e, por fim, temos que falar das atuações. Fassbender sempre divino, dono de uma boa atuação com uma construção minuciosa de seu personagem. Mas quem rouba a cena mesmo é a Kate. Ela é a responsável por emocionar no longa e criar a identidade do telespectador com esta versão mais dura de Steve Jobs. Um trabalho dela que tem tudo para ser reconhecido.
Eddie Redmayne é bastante competente ao criar Einar/Lilly e com a ajuda do roteiro, nos passar a confusão pela qual o personagem passa constantemente. Em uma das cenas que mais esclarecem ao publico a diferença entre um homossexual e um transgênero,
Lilly fica extremamente ofendida ao ser chamada de Einar enquanto beija outro homem mesmo antes de sua operação, mostrando que ela ja havia assumido sua identidade
. Mesmo com este bom trabalho, acredito que nao será o bastante para frear Léo no Oscar. Com bastante destaque aparece Gerda (Alicia Vikander, BRILHANTE neste papel), esposa e
sempre fez o "papel de homem da relação" (tratada de forma clara no filme para criar embate justamente no que julgamos de gênero e em como a mulher não "poderia" fazer as vezes do homem em uma relacao), inclusive na conquista do marido, enquanto este sempre se preocupou com detalhes que remetem a delicadeza do seu interior. Inclusive é por este impulso de tomar a frente sempre, que novamente de forma inconsciente, Gerda faz com que o marido desperte seus desejos do passado em ser uma mulher. Gerda, no fim das contas, prefere apoiar o grande amor da sua vida para te-lo por perto do que simplesmente perde-lo para sempre, e aqui, ao menos pra mim, fica bastante claro que o título A Garota Dinamarquesa serve tanto para a Lilly quando para Gerda.
Steven Spielberg insiste em pesar a mão no drama em seus filmes. Em alguns momentos este lembra Cavalo de Guerra, com a inserção de cenas desnecessárias ou até o exagero das necessárias. Felizmente, independente disso, o papel do filme é alcançado com louvor e graças às atuações impecáveis de Mark Rylance (indicação mais que merecida ao Oscar) e Tom Hanks. Eles conseguem de maneira discreta, fazer uma dupla a qual de fato você torce. Aliás, se critiquei Spielberg acima, aqui devo reconhecer que ele na direção e Matt Charman e os irmãos Coen são corajosos ao retratar a figura do russo com um homem bom, e os agentes da Cia com total prepotência. Claro que nem tudo são flores e
no fim, escorregam mostrando uma suposta tortura por parte dos soviéticos ao preso americano, enquanto estes tratam super bem o russo (neste momento ele prefere criticar também a sociedade, que "luta" pela execução de um espiao).
Um filme bom, sem grandes reviravoltas ou tensões.
Os dois melhores filmes desta temporada têm muita coisa em comum: Tom Hardy, busca por redenção, um ótimo diretor a frente do projeto, uma fotografia inspiradora, uma direção de arte magnifica, um figurino único e uma edição de tirar o folego. Por outro lado, Mad Max se passa num futuro pós apocalíptico e O Regresso em um passado distante. Mad Max mesmo no futuro, opta por gravar em frames mais baixos as cenas de ação para que estas fiquem ainda mais velozes e estonteantes, já no Regresso, mesmo passado em 1823, temos um show de tecnologia em cena. Enfim. Diretores e projetos extremamente ousados. É bastante claro que mesmo assim O Regresso supera Mad Max. E por dois principais motivos: Fotografia e atuação. Os planos captados em Mad Max são ótimos, mas os registrados em O Regresso são magistrais. É claro que em um existe muito mais material a ser captado que no outro, mas, mesmo assim, não existe como contestar este trabalho. E sobre atuação, Di Caprio dono da porra toda, humilhante, divo e qualquer outro adjetivo que queiram encaixar. A grande surpresa é que não para por aí. Temos também um Tom Hardy ensandecido em cena e construindo um vilão irritante e irretocável. Uma grata surpresa em meio a atuação soberba do Di Caprio. Minhas grandes apostas para o filme no Oscar são: Filme, Fotografia, Direção de Arte, Ator e Ator Coadjuvante. Sobre a categoria de diretor, tenho uma grande dúvida ainda e por dois motivos. O primeiro deles é pela burocracia da academia em premiar duas vezes um mesmo concorrente. Somado isso, como o trabalho de George Muller foi extremamente ousado em rodas as cenas de ação em uma sequência de quadros mais baixa conferindo assim uma velocidade extra as cenas e considerando que mesmo Iñarritu divino como sempre este não é o seu trabalho mais autoral na direção, não duvidaria que Muller fosse o vencedor da noite mesmo não tendo levado o DGA. Aguardar pra ver. Sobre não ser o trabalho mais com a cara do Iñarritu, devo dizer que mesmo tendo amado o filme, a escolha dele em potencializar as cenas jogando bafo, sangue e agua na lente da câmera é um recurso muito Cuaron. Não que ele não o pudesse usar porque outro diretor já o utiliza. Claro que pode! A questão é que ele criou um filme perfeito, com atuações perfeitas e cai numa pegadinha boba para deixar o filme mais envolvente sem a menor necessidade. Ainda sim, volto a dizer, é o filme do ano ao lado de Mad Max.
A atuação da Viola é tão visceral que ela consegue fazer com que sintamos exatamente o que cada personagem sente por ela.... A série e o roteiro já são maravilhosos. Somados a Viola, temos esta PERFEIÇÃO, que não vejo a hora de voltar....
Skyfall elevou a expectativa em relação ao que vinha depois.... Isso posto e somado a música tema (preguiçosa) e ao vilão pouco inspirado (quem diria que Waltz não iria mandar bem), fizeram este filme ser bom, mas não um dos inesquecíveis da série, infelizmente.
A Diablo Cody sempre nos brinda com anti-heróis que acabam ganhando toda nossa paixão. Foi assim em Juno, foi assim em Jovens Adultos e foi assim em Ricki and The Flash. Este, por sua vez, nos brinda com mais clichês, mas ainda sim, ele foge dos mais "grosseiros", fazendo o filme nos parecer algo mais próximo da realidade. Kevin Kline e a filhota da Meryl cumprindo bem os papéis, de uma forma um pouco burocrática, mas sem comprometer. Quanto a Meryl, bem, dificil ela não se destacar não? Este ano vai pro Globo de Ouro sim com esta atuação, as usual, e pro Oscar vamos aguardar o Sufragette, que parece ser a produção a ser esperada. No geral um filme gostoso, leve e bom para fechar um feriado. Pode ate rolar uma filosofada breve? Pode, mas a intenção principal mesmo é a de entreter.
É muita perfeição para um filme gente.... Ele ultrapassa as expectativas e ao que se propõe.... Som, mixagem de som, fotografia, direção de arte e se bobear mais algumas categorias podem (e ao meu ver devem) ser lembradas nas premiações.
A ideia é boa e original de fato. Acompanhar a evolução faz pensarmos em como a vida passa de fato rápido e como ontem eramos pessoas tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes do que nos tornamos. Patricia Arquette nem teria como ter dificuldade em se destacar em um projeto como este. A menina atua mal a cada ano que passa, os dois maridos que ela tem ao longo do filme são deploráveis e o menino tenta mas vai criando uma apatia natural. De toda forma o saldo é positivo, repito, pela ideia. A ultima frase dela no filme resume sim o que sentimos da vida, mas também, infelizmente e talvez por ter criado muita expectativa, o que senti do filme
Só não quis meu dinheiro de volta porque Meryl é sempre Meryl. Ela rouba a cena e salva qualquer projeto de um fracasso total. No mais, como pode um elenco bom resultar num filme tão enfadonho?
Que filme gostoso. Confesso que estava meio receoso em ver e me surpreendi positivamente. Excelente filme. Como todos já disseram, que menino adorável acharam para o papel, uma grata surpresa. Uma lição para ficarmos atentos aos santos que temos em nossos vidas e sequer paramos para tentar entender a vida que tem/tiveram.
Excepcional. O filme tem jazz como plano de fundo para contar uma história muito próxima de nós. A Busca pela Perfeição. Ainda estou me recuperando do que vi. J K Simmons dificilmente terá concorrentes a altura para levar este Oscar para casa.
Que filme delicado. Todos os componentes que a academia adora estão ali, transformando-o numa isca, mas isso não tira a sutileza e fragilidade que o filme passa. Difícil não se emocionar em ao menos uma cena. Eddie Redmayne está MUITO bem. Fazer todo o trabalho corporal do seu personagem deve no mínimo ter cansado bastante. Felicity Jones está bem também, em alguns momentos, até pouco mais da metade, ela fez eu viajar muito mais com o personagem dela do que o Eddie com o Stephen. De toda forma, não creio em Oscar pra ela, e para ele é uma questão de se vão querer resgatar um Keaton pra lá de inspirado em Birdman ou premiar um jovem e talentoso ator.
Estou em êxtase. Filmaço. Infelizmente um filme para poucos e que toca o dedo em feridas da industria cinematográfica como um todo, o que me faz desacreditar um pouco no Oscar para ele. De toda forma, reflexão pura. Egocentrismo, ironia, o que deixamos para o final da vida e os monstros que alimentamos e que irão cobrar a conta lá na frente. Excelente.
O Alzheimer é uma doença que me assusta há muito tempo com um caso de uma vó de uma amiga. O fato do sofrimento depois de um tempo ser mais de quem está com você do que necessariamente com você (já que teoricamente suas memórias se foram) parece mais doloroso do que qualquer coisa que possamos passar sem envolver alguém.
Não sei como sobrevivi a cena do discurso, a do xixi e por fim a cena na iogurteria onde ela diz que dizem que ela era inteligente e sem maldade alguma responde a pergunta do marido: "Mas já temos que ir? Ainda não terminei..."
Enfim. Julianne Moore foi primorosa e acho que as academias talvez a premiem inclusive pelo conjunto de sua obra. Rosamund Pike foi mais consistente em Gone Girl, mas o papel de Moore por si só já é um "Oscar Bait"! E quando bem interpretado então, deve render prêmios....
Rosamund Pike maravilhosamente bem no filme. David Fincher sabe mesmo trabalhar com suspense e ajudar a construir protagonistas mulheres como poucos diretores.
Ave, César!
3.2 311 Assista AgoraFico muito contente quando a metalinguagem funciona num filme. Ainda mais contente quando este filme é uma bela homenagem a antiga Hollywood. Humor ácido na medida certa, como não poderia deixar de ser....
Uma pena que Frances apareça tão pouco no longa.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraAntes de qualquer comentário do filme, devo mencionar em como o filme me lembra Dúvida no que tange a parte crítica. Temos padres transferidos a qualquer sinal de escândalo, mães de crianças pobres eternamente gratas aos padres e que preferem fechar os olhos para o que é feito e um feudo voltado e agradecido para a igreja.
Dito isso, tenho que dizer que o filme me impressionou bastante. Esperava uma boa atuação da Rachel McAdams pelo que estava ouvindo e já achava o elenco de primeira, mas não sabia o que esperar. É um tiro certo. Keaton, Ruffalo, McAdams, Liev Schreiber e o sempre perfeito Stanley Tucci, fazem uma caracterização perfeita dos seus personagens e nuances.
Pfeifer (McAdams), surpreende. A menina malvada cresceu bastante e não me recordo de bate pronto de um filme que tenha entregue uma dramatização forte mas sem caricaturas como a realizada aqui.
O ritmo do roteiro é o que mais chama atenção. A medida que a tensão e certeza sobre as ocorrências aumentam, o filme começa a ganhar velocidade dinamizando o longa.
Um trabalho a ser apreciado e feito para pensarmos fora da caixa nas relações com qualquer instituição que tenha seu poder e em como podemos estar influenciados por ela até mesmo sem perceber.
A Grande Aposta
3.7 1,3KO assunto parece chato, mas o que o filme faz em grade parte é justamente encontrar explicações (3 no total: uma por Margot Robbie sobre como começaram as hipotecas sem garantia, Anthony Bourdain explicando termos técnicos do mercado de opções e por fim Selena Gomez explicando sobre a aposta da aposta). As explicações ajudam? Não. São rápidas e se não há familiaridade com o assunto, isso não será criado neste momento. Pronto: aí está o trunfo do filme. Numa direção muito bem executada, o que vale é mostrar realmente o mercado como aposta. Como numa mesa de cartas ou o que for. Você não precisa saber exatamente como funciona para entrar. E aí que mora o risco.
O roteiro adaptado talvez seja minha grande aposta para o longa no Oscar, seguido da atuação irreparável de Cristian Bale (qualquer comentário sobre estragaria a surpresa) e da direção bem acertada em criar ambientes e situações perfeitas
(o isolamento de Michael Burry durante todo o filme, Melissa Leo numa aparição hilaria, como uma funcionária de uma agência de classificação usando um óculos escuro evidenciando que as agências não queriam enxergar o óbvio e que é suportado por um diálogo na sequência, e a trilha sonora que atinge o seu auge a tocar de fundo when I grow up quando um dos investidores está na academia e a crise se agrava)
Joy: O Nome do Sucesso
3.4 778 Assista AgoraGosto muito da Jennifer Lawrence e tenho pra mim que este é o melhor trabalho dela com O. Russel. Ainda acho que o melhor trabalho dela foi em O Inverno da Alma e que apesar de ter amado O Lado bom da Vida, quem merecia mesmo as premiações daquela temporada era Emanuele Riva. E isso é tudo que tenho de melhor a dizer sobre Joy. O filme ganhou as indicações que merecia: atriz. A capacidade desta garota transformar um roteiro medíocre em algo grandioso é impressionante. No mais, as indicações sucessivas de Russell: O Vencedor, O Lado bom da Vida e Trapaça, fizeram com que ele ficasse preguiçoso e colocasse tempero demais no roteiro e no filme, tentando transformar este filme em um A Vencedora, mas aqui extremamente piegas. Durante todo o longa somos apresentados a situações que ficam em aberto (não de forma proposital, como, por exemplo,
o relacionamento da protagonista com sua meio irmã
Assim, não é surpresa que os melhores momentos do longa se sustentem em momentos longe da família
(como com a ótima sequência com Cooper nos estúdios de um programa de vendas na TV)
De forma bem resumida, é uma boa distração e conta (da maneira mais melodramática possível e ao mesmo tempo sem emocao) uma história real com uma excelente atuação. O destaque vai sem dúvida para aquela que já foi musa, arrancava suspiros na década de 90 com um corpo invejável (em a morte lhe cai bem esta impagável), Isabella Rosselinni, que está quase irreconhecível neste longa...
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraSteve Jobs é aquele filme básico bem feito. Muito bem feito! O roteiro é daqueles que foca no que quer e faz questão de explicar o resto para nos deixar com o que importa, a direção é acertada e usa lá seus bons trocadilhos durante a projeção e, por fim, temos que falar das atuações. Fassbender sempre divino, dono de uma boa atuação com uma construção minuciosa de seu personagem. Mas quem rouba a cena mesmo é a Kate. Ela é a responsável por emocionar no longa e criar a identidade do telespectador com esta versão mais dura de Steve Jobs. Um trabalho dela que tem tudo para ser reconhecido.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEddie Redmayne é bastante competente ao criar Einar/Lilly e com a ajuda do roteiro, nos passar a confusão pela qual o personagem passa constantemente. Em uma das cenas que mais esclarecem ao publico a diferença entre um homossexual e um transgênero,
Lilly fica extremamente ofendida ao ser chamada de Einar enquanto beija outro homem mesmo antes de sua operação, mostrando que ela ja havia assumido sua identidade
Com bastante destaque aparece Gerda (Alicia Vikander, BRILHANTE neste papel), esposa e
principal motivadora de Einar a seguir com seu sonho de se tornar Lilly
sempre fez o "papel de homem da relação" (tratada de forma clara no filme para criar embate justamente no que julgamos de gênero e em como a mulher não "poderia" fazer as vezes do homem em uma relacao), inclusive na conquista do marido, enquanto este sempre se preocupou com detalhes que remetem a delicadeza do seu interior. Inclusive é por este impulso de tomar a frente sempre, que novamente de forma inconsciente, Gerda faz com que o marido desperte seus desejos do passado em ser uma mulher. Gerda, no fim das contas, prefere apoiar o grande amor da sua vida para te-lo por perto do que simplesmente perde-lo para sempre, e aqui, ao menos pra mim, fica bastante claro que o título A Garota Dinamarquesa serve tanto para a Lilly quando para Gerda.
Ponte dos Espiões
3.7 694Steven Spielberg insiste em pesar a mão no drama em seus filmes. Em alguns momentos este lembra Cavalo de Guerra, com a inserção de cenas desnecessárias ou até o exagero das necessárias. Felizmente, independente disso, o papel do filme é alcançado com louvor e graças às atuações impecáveis de Mark Rylance (indicação mais que merecida ao Oscar) e Tom Hanks. Eles conseguem de maneira discreta, fazer uma dupla a qual de fato você torce. Aliás, se critiquei Spielberg acima, aqui devo reconhecer que ele na direção e Matt Charman e os irmãos Coen são corajosos ao retratar a figura do russo com um homem bom, e os agentes da Cia com total prepotência. Claro que nem tudo são flores e
no fim, escorregam mostrando uma suposta tortura por parte dos soviéticos ao preso americano, enquanto estes tratam super bem o russo (neste momento ele prefere criticar também a sociedade, que "luta" pela execução de um espiao).
Um filme bom, sem grandes reviravoltas ou tensões.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraOs dois melhores filmes desta temporada têm muita coisa em comum: Tom Hardy, busca por redenção, um ótimo diretor a frente do projeto, uma fotografia inspiradora, uma direção de arte magnifica, um figurino único e uma edição de tirar o folego. Por outro lado, Mad Max se passa num futuro pós apocalíptico e O Regresso em um passado distante. Mad Max mesmo no futuro, opta por gravar em frames mais baixos as cenas de ação para que estas fiquem ainda mais velozes e estonteantes, já no Regresso, mesmo passado em 1823, temos um show de tecnologia em cena. Enfim. Diretores e projetos extremamente ousados.
É bastante claro que mesmo assim O Regresso supera Mad Max. E por dois principais motivos: Fotografia e atuação. Os planos captados em Mad Max são ótimos, mas os registrados em O Regresso são magistrais. É claro que em um existe muito mais material a ser captado que no outro, mas, mesmo assim, não existe como contestar este trabalho. E sobre atuação, Di Caprio dono da porra toda, humilhante, divo e qualquer outro adjetivo que queiram encaixar. A grande surpresa é que não para por aí. Temos também um Tom Hardy ensandecido em cena e construindo um vilão irritante e irretocável. Uma grata surpresa em meio a atuação soberba do Di Caprio.
Minhas grandes apostas para o filme no Oscar são: Filme, Fotografia, Direção de Arte, Ator e Ator Coadjuvante. Sobre a categoria de diretor, tenho uma grande dúvida ainda e por dois motivos. O primeiro deles é pela burocracia da academia em premiar duas vezes um mesmo concorrente. Somado isso, como o trabalho de George Muller foi extremamente ousado em rodas as cenas de ação em uma sequência de quadros mais baixa conferindo assim uma velocidade extra as cenas e considerando que mesmo Iñarritu divino como sempre este não é o seu trabalho mais autoral na direção, não duvidaria que Muller fosse o vencedor da noite mesmo não tendo levado o DGA. Aguardar pra ver. Sobre não ser o trabalho mais com a cara do Iñarritu, devo dizer que mesmo tendo amado o filme, a escolha dele em potencializar as cenas jogando bafo, sangue e agua na lente da câmera é um recurso muito Cuaron. Não que ele não o pudesse usar porque outro diretor já o utiliza. Claro que pode! A questão é que ele criou um filme perfeito, com atuações perfeitas e cai numa pegadinha boba para deixar o filme mais envolvente sem a menor necessidade. Ainda sim, volto a dizer, é o filme do ano ao lado de Mad Max.
Como Defender um Assassino (2ª Temporada)
4.4 854 Assista AgoraA atuação da Viola é tão visceral que ela consegue fazer com que sintamos exatamente o que cada personagem sente por ela.... A série e o roteiro já são maravilhosos. Somados a Viola, temos esta PERFEIÇÃO, que não vejo a hora de voltar....
Como Defender um Assassino (1ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraUma das melhores séries.... Viola merece todo o reconhecimento possivel. Um verdadeiro monstro neste papel.
007 Contra Spectre
3.3 1,0K Assista AgoraSkyfall elevou a expectativa em relação ao que vinha depois.... Isso posto e somado a música tema (preguiçosa) e ao vilão pouco inspirado (quem diria que Waltz não iria mandar bem), fizeram este filme ser bom, mas não um dos inesquecíveis da série, infelizmente.
Ricki and the Flash: De Volta Para Casa
3.2 295 Assista AgoraA Diablo Cody sempre nos brinda com anti-heróis que acabam ganhando toda nossa paixão. Foi assim em Juno, foi assim em Jovens Adultos e foi assim em Ricki and The Flash. Este, por sua vez, nos brinda com mais clichês, mas ainda sim, ele foge dos mais "grosseiros", fazendo o filme nos parecer algo mais próximo da realidade. Kevin Kline e a filhota da Meryl cumprindo bem os papéis, de uma forma um pouco burocrática, mas sem comprometer. Quanto a Meryl, bem, dificil ela não se destacar não? Este ano vai pro Globo de Ouro sim com esta atuação, as usual, e pro Oscar vamos aguardar o Sufragette, que parece ser a produção a ser esperada. No geral um filme gostoso, leve e bom para fechar um feriado. Pode ate rolar uma filosofada breve? Pode, mas a intenção principal mesmo é a de entreter.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraÉ muita perfeição para um filme gente.... Ele ultrapassa as expectativas e ao que se propõe.... Som, mixagem de som, fotografia, direção de arte e se bobear mais algumas categorias podem (e ao meu ver devem) ser lembradas nas premiações.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraÉ o Discurso do Rei deste ano de fato. Só que infelizmente só vai sair com o Oscar de Roteiro Adaptado... Gostei bastante do filme.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraA ideia é boa e original de fato. Acompanhar a evolução faz pensarmos em como a vida passa de fato rápido e como ontem eramos pessoas tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes do que nos tornamos. Patricia Arquette nem teria como ter dificuldade em se destacar em um projeto como este. A menina atua mal a cada ano que passa, os dois maridos que ela tem ao longo do filme são deploráveis e o menino tenta mas vai criando uma apatia natural. De toda forma o saldo é positivo, repito, pela ideia. A ultima frase dela no filme resume sim o que sentimos da vida, mas também, infelizmente e talvez por ter criado muita expectativa, o que senti do filme
"é que eu esperava mais..."
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraSó não quis meu dinheiro de volta porque Meryl é sempre Meryl. Ela rouba a cena e salva qualquer projeto de um fracasso total. No mais, como pode um elenco bom resultar num filme tão enfadonho?
Um Santo Vizinho
3.7 422 Assista AgoraQue filme gostoso. Confesso que estava meio receoso em ver e me surpreendi positivamente. Excelente filme. Como todos já disseram, que menino adorável acharam para o papel, uma grata surpresa. Uma lição para ficarmos atentos aos santos que temos em nossos vidas e sequer paramos para tentar entender a vida que tem/tiveram.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraExcepcional. O filme tem jazz como plano de fundo para contar uma história muito próxima de nós. A Busca pela Perfeição. Ainda estou me recuperando do que vi. J K Simmons dificilmente terá concorrentes a altura para levar este Oscar para casa.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraQue filme delicado. Todos os componentes que a academia adora estão ali, transformando-o numa isca, mas isso não tira a sutileza e fragilidade que o filme passa. Difícil não se emocionar em ao menos uma cena. Eddie Redmayne está MUITO bem. Fazer todo o trabalho corporal do seu personagem deve no mínimo ter cansado bastante. Felicity Jones está bem também, em alguns momentos, até pouco mais da metade, ela fez eu viajar muito mais com o personagem dela do que o Eddie com o Stephen. De toda forma, não creio em Oscar pra ela, e para ele é uma questão de se vão querer resgatar um Keaton pra lá de inspirado em Birdman ou premiar um jovem e talentoso ator.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraEstou em êxtase. Filmaço. Infelizmente um filme para poucos e que toca o dedo em feridas da industria cinematográfica como um todo, o que me faz desacreditar um pouco no Oscar para ele. De toda forma, reflexão pura. Egocentrismo, ironia, o que deixamos para o final da vida e os monstros que alimentamos e que irão cobrar a conta lá na frente. Excelente.
Chamada de Emergência
3.7 1,5K Assista AgoraTensão na medida certa!!!! MUITO bom. Me surpreendeu
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraO Alzheimer é uma doença que me assusta há muito tempo com um caso de uma vó de uma amiga. O fato do sofrimento depois de um tempo ser mais de quem está com você do que necessariamente com você (já que teoricamente suas memórias se foram) parece mais doloroso do que qualquer coisa que possamos passar sem envolver alguém.
Não sei como sobrevivi a cena do discurso, a do xixi e por fim a cena na iogurteria onde ela diz que dizem que ela era inteligente e sem maldade alguma responde a pergunta do marido: "Mas já temos que ir? Ainda não terminei..."
Enfim. Julianne Moore foi primorosa e acho que as academias talvez a premiem inclusive pelo conjunto de sua obra. Rosamund Pike foi mais consistente em Gone Girl, mas o papel de Moore por si só já é um "Oscar Bait"! E quando bem interpretado então, deve render prêmios....
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraAs vezes só voltando no passado pro presente fazer sentido ou para mudarmos nosso futuro. Gostei bastante do roteiro do filme.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraRosamund Pike maravilhosamente bem no filme. David Fincher sabe mesmo trabalhar com suspense e ajudar a construir protagonistas mulheres como poucos diretores.