O mal das continuações. Infelizmente é uma regra com poucas exceções que as continuações tendam a ser mais fracas que o primeiro filme. Obra fraca e que parece usar piadas recicladas do primeiro. Não que eu goste muito do primeiro filme, mas ele tinha algum frescor, um mínimo de originalidade. Esse aqui é só vergonha alheia, no máximo.
Filme incrível! Uma história de herói sendo contada de modo magistral por Shyamalan. É incrível e podemos dizer que esse filme é corajoso pela época em que foi feito. Apesar de já ter existido vários filmes de herói antes dele, era uma época em que o gênero estava praticamente esquecido. E mesmo hoje, que o gênero necessita urgentemente de uma renovação por está tão saturado, esse filme se mantém com uma abordagem única para esse tipo de história. Não envelheceu nem um pouco. E se sustenta mesmo fora do gênero herói. Obra-prima do Shyamalan junto com O sexto sentido.
Muitos falam que esse é o retorno definitivo do Shyamalan a boa forma. Eu até concordo, mas acho que esse retorno já havia começado com "A visita". Ali já tínhamos um vislumbre da genialidade do Shyamalan em construir o suspense. Nesse aqui, esse aspecto é consolidado. Tem tudo o que fez esse diretor se destacar dentro do gênero. Todas as suas "marcas" técnicas, como enquadramentos, trilha sonora, jogo de câmera, fotografia (do incrível Mike Gioulakis, o mesmo de Corrente do Mal) estão nesse filme. Tudo isso acompanhado por atuações no mínimo assombrosas de Mcvoy e Anya Taylor Joy. O diferencial desse filme para mim é em como o Shyamalan quis contar a história. Nos seus filmes em geral, somos envoltos em uma narrativa misteriosa, que nos fornece muito pouco sobre os personagens e motivações e depois somos arrebatados pelo seus famosos plot twists. Em Fragmentado, é justamente o contrário. Tudo é dito (as vezes até em excesso), você vai descobrindo sobre os personagens ao longo da projeção e assim vai os construindo aos poucos. É um filme que conquista mais pelos personagens do que pela trama em si. E sim, temos o famoso Plot twist aqui, mas ele é bem peculiar hehehhehhe. Eu particularmente adorei.
Acho que a palavra "Bergman" deveria se tornar adjetivo. Tipo, "esse filme é tão Bergman". Seria o maior elogio a se fazer a uma película, disso eu tenho certeza. Que obra-prima!! É aquele filme modesto, mas que mostra que com um excelente roteiro, ótimas atuações e uma direção de fotografia monstruosa (Sven Nykvist gênio)!. Personagens tipicamente bergmanianos, cheios de camadas e dúvidas. Aquela emoção explosiva presa diante da máscara de uma felicidade efêmera e essa máscara vai sendo desconstruída ao longo do filme. A desconstrução emocional realizada aqui é sublime e a simbologia psicanalítica envolvida na obra é bem reveladora. Nunca ninguém "tratou" as emoções tão bem como Bergman. Mais um filme que passa meio que despercebido devido a grande quantidade de filmes geniais na sua espetacular filmografia.
O Tarantino é um diretor peculiar. Além da sua identidade visual e de roteiro marcantes, a sua filmografia é bem coerente e regular, na minha opinião. Gostei de Jackie Brown. É um filme que tem mensagem. O medo de envelhecer, de se tornar inútil, é explorado com sutileza através de alguns diálogos muito bem escritos (marca registrada) e com isso podemos fazer um paralelo com um dos movimentos do cinema negro (blaxploitation) e até com a carreira da atriz Pam Grier. Temos atuações sensacionais, um roteiro coeso e personagens carismáticos, além de todas as referências possíveis e imagináveis ao cinema Blaxploitation. Trama, fotografia, trilha sonora. Tudo nos remete a essa "escola" do cinema.
Entretanto senti falta de alguns elementos do diretor. O ritmo do filme é extremante lento, só deslanchando lá por volta dos 70 minutos de projeção. além disso, achei o o Robert De Niro mal aproveitado. Seu personagem tem bons momentos mas aparece relativamente pouco no filme e as vezes aparece mas é irrelevante na cena. Aqueles momentos catárticos de de violência gráfica extrema não estão aqui. É um filme mais contido, pelo visto uma tentativa do diretor em se renovar. Algumas cenas são longas demais, outras repetitivas e algumas desnecessárias gerando assim uma gordura no roteiro que faz com que os quase 150 minutos de filme se tornem cansativos. Em suma, mesmo com os pontos negativos opinados, achei um bom filme, mas um dos mais fracos feitos pelo diretor. Talvez ache esse melhor apenas do que os Oito Odiados, que gosto também mas não se compara com as demais obras do diretor, a meu ver.
Não sou muito fã dos remakes das animações da Disney e fui bem receoso com esse filme. Infelizmente o meu temor se confirmou e não consegui gostar. Obviamente vi pontos positivos mas os negativos os sobrepujaram e muito, na minha opinião. Como pontos positivos posso ressaltar os números musicais. Tanto os antigos quanto os que foram acrescentados foram muito bem executados, com destaque para uma composição nova chamada "Evermore". Que música linda! E a cena em si ficou bem teatral e executada primorosamente. Destaco também como aspectos positivos a dublagem e edição de som do filme. Os sons ficaram bem críveis e o trabalho de voz por trás dos utensilios e móveis do castelo ficou espetacular. O trabalho de voz da Fera também ficou muito bom. Houve alguns momentos em que a direção alterou o andamento e desenvolvimento de algumas cenas e que ficaram fantásticos. Por exemplo, a cena da biblioteca ficou espetacular e o motivo que levou a Fera a apresentá-la para Bela ficou até melhor e mais bem construído do que na animação. E a melhor coisa do filme, na minha opinião, foram os personagens do Gaston e do LeFou. Que interpretações e que construção bacana de personagens! Os atores Luke Evans e Josh Gad se entregaram e pareceram está se divertindo muito na interpretação. O ponto mais alto do filme na minha opinião.
Entretanto visualizei muitos problemas. Primeiramente o CGI do filme. Achei razoável em alguns momentos e ruim em outros. Totalmente artificial e por vezes beirando o mal feito. As expressões dos objetos da casa, que é uma peculiaridade incrível da animação, se mostraram totalmente artificiais. A madame Samovar, que me encantou com suas expressões "faciais" na animação, ficou totalmente falsa nesse filme. O único dos objetos em que o cgi não me incomodou tanto, foi no Horloge. Em tempos em que Mogli mostrou o quanto o cgi pode ser impressionante, é inaceitável um trabalho insatisfatório desse nível. O rosto da Fera também foi feito em computação, o que ficou patético (com perdão da palavra rude). As expressões, o olhar da Fera no desenho é um elemento essencial e no filme ficou estranho. A edição de imagens em cenas mais movimentadas do filme (como as cenas com os lobos), ficou muito abaixo das expectativas, desorganizadas e por vezes não fazia sentido algum. Alguns diálogos ficaram desconexos e também sem fazer sentido (como quando a Bela vai para a ala leste ou oeste, não lembro agora) Outro ponto que me incomodou bastante foi a interpretação da Emma Watson. Ficou muito forçada, artificial, não convence. Em momentos dramáticos, ela se saia consideravelmente melhor, mas na hora de mostrar a ternura, a delicadeza da personagem nos momentos mais sutis do surgimento do amor, ficou bem fraca e decepcionante. A interpretação do Dan Stevens ficou um pouco melhor mas devido a toda carga de computação e maquiagem, foi extremamente limitada.
O filme tenta explorar e aprofundar alguns temas que na animação não eram mencionados ou citados muito por alto. A maioria deles eu achei inútil e totalmente sem função na narrativa. Apesar de gerar algumas boas canções, ficou parecendo mais aquela gordura de roteiro para satisfazer o argumento de que o filme não é apenas uma mera cópia da animação. O filme também é indeciso na escolha do seu tom. Tem momentos em que achei que ele seria mais sério e em outros ele cai para um humor infantilóide que causa apenas vergonha alheia E por último, a cena icônica da dança. Nesse filme a única palavra que encontro para isso, é frustração. Um dos momentos mais mágicos da história do cinema (sem exageros) ficou extremamente mal tratada nesse filme. Os movimentos de câmera, a edição e montagem prejudicaram totalmente esse momento. Você sabia que o que tava acontecendo mas não conseguia ver. Achei triste isso, era O ponto do filme.
Em suma, achei um filme fraco e irregular que apela unicamente para a nostalgia de uma belissima animação. A animação tinha atitude, conteúdo e foi vanguardista para época em inúmeros fatores (desde a construção da Bela como personagem ao uso de tecnologia 3d e movimentação de câmera) Como todos os remakes que vi até agora das animações da Disney, esse não me satisfez e aparenta ser completamente desnecessário.
Que obra!! Depois da última empreendida na estética do teatro com o maravilhoso "Deus da Carnificina", o diretor Roman Polanski realiza um trabalho "simples" mas fantástico com "A pele de Vênus". Diálogos e atuações maravilhosos, a trilha sonora composta por Desplat sendo colocada em momentos oportunos e que nos orienta ao longo da obra para nos esclarecer o que é encenação e o que é "real"; além disso o filme tem elementos autobiográficos e trata de um tema já bem explorado pelo diretor: a sexualidade e as diversas nuances pelo qual ela pode se expressar. Particularmente percebi ecos de Bergman,tanto pelo teatro que era uma das principais (senão a principal) linhas de trabalho do diretor sueco, como também de no que se refere a submersão da personalidade e a mistura desta com a essência dos personagens criados para a peça. São personagens críveis e com camadas e ainda por cima o diretor nos brinda com uma "visualização" sobre a perspectiva masculina e feminina sobre a sexualidade e a relação desta com o poder. Incrível! É maravilhoso ver um diretor de uma escola antiga de cinema se mantendo relevante e com tamanha qualidade na atualidade. Obra que merece e tem que ser vista por todo amante do cinema arte.
Minha Mãe é Uma Peça 2
3.5 806O mal das continuações. Infelizmente é uma regra com poucas exceções que as continuações tendam a ser mais fracas que o primeiro filme.
Obra fraca e que parece usar piadas recicladas do primeiro. Não que eu goste muito do primeiro filme, mas ele tinha algum frescor, um mínimo de originalidade. Esse aqui é só vergonha alheia, no máximo.
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraFilme incrível! Uma história de herói sendo contada de modo magistral por Shyamalan. É incrível e podemos dizer que esse filme é corajoso pela época em que foi feito. Apesar de já ter existido vários filmes de herói antes dele, era uma época em que o gênero estava praticamente esquecido. E mesmo hoje, que o gênero necessita urgentemente de uma renovação por está tão saturado, esse filme se mantém com uma abordagem única para esse tipo de história. Não envelheceu nem um pouco. E se sustenta mesmo fora do gênero herói. Obra-prima do Shyamalan junto com O sexto sentido.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraMuitos falam que esse é o retorno definitivo do Shyamalan a boa forma. Eu até concordo, mas acho que esse retorno já havia começado com "A visita". Ali já tínhamos um vislumbre da genialidade do Shyamalan em construir o suspense. Nesse aqui, esse aspecto é consolidado. Tem tudo o que fez esse diretor se destacar dentro do gênero. Todas as suas "marcas" técnicas, como enquadramentos, trilha sonora, jogo de câmera, fotografia (do incrível Mike Gioulakis, o mesmo de Corrente do Mal) estão nesse filme. Tudo isso acompanhado por atuações no mínimo assombrosas de Mcvoy e Anya Taylor Joy.
O diferencial desse filme para mim é em como o Shyamalan quis contar a história. Nos seus filmes em geral, somos envoltos em uma narrativa misteriosa, que nos fornece muito pouco sobre os personagens e motivações e depois somos arrebatados pelo seus famosos plot twists. Em Fragmentado, é justamente o contrário. Tudo é dito (as vezes até em excesso), você vai descobrindo sobre os personagens ao longo da projeção e assim vai os construindo aos poucos. É um filme que conquista mais pelos personagens do que pela trama em si.
E sim, temos o famoso Plot twist aqui, mas ele é bem peculiar hehehhehhe. Eu particularmente adorei.
Através de um Espelho
4.3 249Acho que a palavra "Bergman" deveria se tornar adjetivo. Tipo, "esse filme é tão Bergman". Seria o maior elogio a se fazer a uma película, disso eu tenho certeza. Que obra-prima!! É aquele filme modesto, mas que mostra que com um excelente roteiro, ótimas atuações e uma direção de fotografia monstruosa (Sven Nykvist gênio)!. Personagens tipicamente bergmanianos, cheios de camadas e dúvidas. Aquela emoção explosiva presa diante da máscara de uma felicidade efêmera e essa máscara vai sendo desconstruída ao longo do filme. A desconstrução emocional realizada aqui é sublime e a simbologia psicanalítica envolvida na obra é bem reveladora.
Nunca ninguém "tratou" as emoções tão bem como Bergman. Mais um filme que passa meio que despercebido devido a grande quantidade de filmes geniais na sua espetacular filmografia.
Jackie Brown
3.8 739 Assista AgoraO Tarantino é um diretor peculiar. Além da sua identidade visual e de roteiro marcantes, a sua filmografia é bem coerente e regular, na minha opinião. Gostei de Jackie Brown. É um filme que tem mensagem. O medo de envelhecer, de se tornar inútil, é explorado com sutileza através de alguns diálogos muito bem escritos (marca registrada) e com isso podemos fazer um paralelo com um dos movimentos do cinema negro (blaxploitation) e até com a carreira da atriz Pam Grier. Temos atuações sensacionais, um roteiro coeso e personagens carismáticos, além de todas as referências possíveis e imagináveis ao cinema Blaxploitation. Trama, fotografia, trilha sonora. Tudo nos remete a essa "escola" do cinema.
Entretanto senti falta de alguns elementos do diretor. O ritmo do filme é extremante lento, só deslanchando lá por volta dos 70 minutos de projeção. além disso, achei o o Robert De Niro mal aproveitado. Seu personagem tem bons momentos mas aparece relativamente pouco no filme e as vezes aparece mas é irrelevante na cena. Aqueles momentos catárticos de de violência gráfica extrema não estão aqui. É um filme mais contido, pelo visto uma tentativa do diretor em se renovar.
Algumas cenas são longas demais, outras repetitivas e algumas desnecessárias gerando assim uma gordura no roteiro que faz com que os quase 150 minutos de filme se tornem cansativos.
Em suma, mesmo com os pontos negativos opinados, achei um bom filme, mas um dos mais fracos feitos pelo diretor. Talvez ache esse melhor apenas do que os Oito Odiados, que gosto também mas não se compara com as demais obras do diretor, a meu ver.
A Bela e a Fera
3.9 1,6K Assista AgoraNão sou muito fã dos remakes das animações da Disney e fui bem receoso com esse filme. Infelizmente o meu temor se confirmou e não consegui gostar. Obviamente vi pontos positivos mas os negativos os sobrepujaram e muito, na minha opinião.
Como pontos positivos posso ressaltar os números musicais. Tanto os antigos quanto os que foram acrescentados foram muito bem executados, com destaque para uma composição nova chamada "Evermore". Que música linda! E a cena em si ficou bem teatral e executada primorosamente.
Destaco também como aspectos positivos a dublagem e edição de som do filme. Os sons ficaram bem críveis e o trabalho de voz por trás dos utensilios e móveis do castelo ficou espetacular. O trabalho de voz da Fera também ficou muito bom.
Houve alguns momentos em que a direção alterou o andamento e desenvolvimento de algumas cenas e que ficaram fantásticos. Por exemplo, a cena da biblioteca ficou espetacular e o motivo que levou a Fera a apresentá-la para Bela ficou até melhor e mais bem construído do que na animação.
E a melhor coisa do filme, na minha opinião, foram os personagens do Gaston e do LeFou. Que interpretações e que construção bacana de personagens! Os atores Luke Evans e Josh Gad se entregaram e pareceram está se divertindo muito na interpretação. O ponto mais alto do filme na minha opinião.
Entretanto visualizei muitos problemas. Primeiramente o CGI do filme. Achei razoável em alguns momentos e ruim em outros. Totalmente artificial e por vezes beirando o mal feito. As expressões dos objetos da casa, que é uma peculiaridade incrível da animação, se mostraram totalmente artificiais. A madame Samovar, que me encantou com suas expressões "faciais" na animação, ficou totalmente falsa nesse filme. O único dos objetos em que o cgi não me incomodou tanto, foi no Horloge.
Em tempos em que Mogli mostrou o quanto o cgi pode ser impressionante, é inaceitável um trabalho insatisfatório desse nível. O rosto da Fera também foi feito em computação, o que ficou patético (com perdão da palavra rude). As expressões, o olhar da Fera no desenho é um elemento essencial e no filme ficou estranho.
A edição de imagens em cenas mais movimentadas do filme (como as cenas com os lobos), ficou muito abaixo das expectativas, desorganizadas e por vezes não fazia sentido algum. Alguns diálogos ficaram desconexos e também sem fazer sentido (como quando a Bela vai para a ala leste ou oeste, não lembro agora)
Outro ponto que me incomodou bastante foi a interpretação da Emma Watson. Ficou muito forçada, artificial, não convence. Em momentos dramáticos, ela se saia consideravelmente melhor, mas na hora de mostrar a ternura, a delicadeza da personagem nos momentos mais sutis do surgimento do amor, ficou bem fraca e decepcionante. A interpretação do Dan Stevens ficou um pouco melhor mas devido a toda carga de computação e maquiagem, foi extremamente limitada.
O filme tenta explorar e aprofundar alguns temas que na animação não eram mencionados ou citados muito por alto. A maioria deles eu achei inútil e totalmente sem função na narrativa. Apesar de gerar algumas boas canções, ficou parecendo mais aquela gordura de roteiro para satisfazer o argumento de que o filme não é apenas uma mera cópia da animação.
O filme também é indeciso na escolha do seu tom. Tem momentos em que achei que ele seria mais sério e em outros ele cai para um humor infantilóide que causa apenas vergonha alheia
E por último, a cena icônica da dança. Nesse filme a única palavra que encontro para isso, é frustração. Um dos momentos mais mágicos da história do cinema (sem exageros) ficou extremamente mal tratada nesse filme. Os movimentos de câmera, a edição e montagem prejudicaram totalmente esse momento. Você sabia que o que tava acontecendo mas não conseguia ver. Achei triste isso, era O ponto do filme.
Em suma, achei um filme fraco e irregular que apela unicamente para a nostalgia de uma belissima animação. A animação tinha atitude, conteúdo e foi vanguardista para época em inúmeros fatores (desde a construção da Bela como personagem ao uso de tecnologia 3d e movimentação de câmera) Como todos os remakes que vi até agora das animações da Disney, esse não me satisfez e aparenta ser completamente desnecessário.
A Pele de Vênus
4.0 218 Assista AgoraQue obra!! Depois da última empreendida na estética do teatro com o maravilhoso "Deus da Carnificina", o diretor Roman Polanski realiza um trabalho "simples" mas fantástico com "A pele de Vênus". Diálogos e atuações maravilhosos, a trilha sonora composta por Desplat sendo colocada em momentos oportunos e que nos orienta ao longo da obra para nos esclarecer o que é encenação e o que é "real"; além disso o filme tem elementos autobiográficos e trata de um tema já bem explorado pelo diretor: a sexualidade e as diversas nuances pelo qual ela pode se expressar.
Particularmente percebi ecos de Bergman,tanto pelo teatro que era uma das principais (senão a principal) linhas de trabalho do diretor sueco, como também de no que se refere a submersão da personalidade e a mistura desta com a essência dos personagens criados para a peça. São personagens críveis e com camadas e ainda por cima o diretor nos brinda com uma "visualização" sobre a perspectiva masculina e feminina sobre a sexualidade e a relação desta com o poder.
Incrível! É maravilhoso ver um diretor de uma escola antiga de cinema se mantendo relevante e com tamanha qualidade na atualidade. Obra que merece e tem que ser vista por todo amante do cinema arte.