Aproveite para assistir: Série com Kiefer Sutherland é pra quem curte inesperadas REVIRAVOLTAS!
Nem tudo é o que parece ser. Chegou no catálogo da Paramount Plus um seriado cheio de reviravoltas, idas e vindas por meio de diferentes pontos de vistas, que exploram as possibilidades da espionagem industrial através das ações de um protagonista desconfiado com tudo e todos, que tem uma empresa que resolve situações, cria vantagens, das mais diversas, para quem o contrata, mas se vê constantemente perdido pelas falhas de um enorme plano que envolve questões democráticas e que podem afetar o planeta das informações. Criada pela dupla Glenn Ficarra e John Requa, Rabbit Hole: Jogo de Mentiras, não entrega muito nessa primeira temporada, deixando as principais respostas para as próximas etapas.
Na trama, conhecemos John Weir (Kiefer Sutherland), um dos criadores de uma empresa de sucesso que resolve questões ligadas à espionagem para empresas e pessoas que os contrata. Em um novo e audacioso plano, a conclusão não sai como esperado e ele se vê envolvido em uma trama cheio de caminhos dentro da narrativa que tinha criado. Lutando contra seu complicado passado, memórias doloridas, e perdas no presente, ele precisará se juntar a um grupo de novas pessoas para enfim colocar o trem de volta aos trilhos e sair vencedor em uma batalha que gira em torno da informação.
O roteiro busca ser engenhoso, modifica peças de lugar frequentemente através das peculiaridades do seu confuso protagonista, usa do flashback para ampliar o entendimento na parte psicológica dos personagens. As perguntas começam aqui:
Será que é tudo parte de um plano dele? Qual o plano? Será que está sendo enganado?
Engana-se quem acha que encontrará respostas nessa primeira temporada, na verdade muitas perguntas são introduzidas pelas entrelinhas, inclusive.
Por falar do lado psicológico de John Weir, essa é a parte mais interessante para se seguir observando. A mente e suas complexidades viram elementos importantes nessa história, o começo do visualizar outros cenários, até o real entendimento dos traumas de um passado que não esquece, até mesmo suas aflições do que pode ser real ou não são ingredientes que tornam esse protagonista enigmático.
A subtrama policial, com o foco na detetive que os investiga, é o ponto fraco dessa primeira parte da história, parece distante adicionado apenas o óbvio dentro de um limitado ponto de vista de quem, assim como nós espectadores, não está entendendo os principais porquês que atravessam essa mirabolante história.
Pelas ruas de uma grande cidade norte-americana, ou mesmo escondidos em lugares remotos, vamos acompanhando os passos do novo grupo formado por Weir em busca de respostas, onde a busca pelo controle da informação é o início de um caminho com muitas motivações e possibilidades.
Instigante, Os Outros mostra como querer ter sempre razão pode ser mortal
Criador de Os Outros, Lucas Paraizo tem "obsessão" por microcosmos, pequenos espaços que podem representar toda a sociedade. Foi assim em outra série dele, Sob Pressão, ambientada em um hospital. O condomínio fictício surgiu durante a pandemia de coronavirus, que provocou o aumento da interação (e dos conflitos) entre vizinhos.
"Acho que esses espaços nos ajudam a entender as múltiplas camadas das pessoas que habitam naquele lugar. Parece contraditório, mas quanto mais particularizamos, em certo sentido, mas conseguimos universalizar. Independentemente dos condomínios, todos nós temos vizinhos em cima, em baixo, dos lados. Essa escolha é a vontade de mostrar que o que vemos no outro somos nós mesmos", explicou Paraizo ao ser perguntado.
Na mesma entrevista coletiva, a diretora artística de Os Outros, Luisa Lima, revelou outra importante referência para a série além da vizinhança: o filme Parasita, vencedor de quatro Oscars em 2020, incluindo Melhor Filme.
"Quando vi Parasita, acho que ele escrevia o sexto episódio, falei: 'Lucas, tem tudo a ver com o que você está falando!'. Fiquei muito nervosa, era uma crítica social gigante. Parasita se tornou uma pesquisa fundamental para nós, e consequentemente o audiovisual da Coreia do Sul", afirmou a diretora.
"Sou muito fã de Deus da Carnificina, e foi o ponto de partida para entender que a briga entre dois adolescentes era universal. Poderia acontecer aqui, nos Estados Unidos, em Israel ou no Japão. Queria um ponto de partida que fosse comum a todos nós e que de alguma maneira fosse produtivo. Relatos Selvagens, filme argentino, de alguma maneira mostra o que acontece quando a gente usa limites em prol da nossa própria verdade. Beleza Americana também fala da desconstrução da sociedade idealizada, o que está por trás daquela rosa vermelha, ou no nosso caso do condomínio", complementa Paraizo.
Nova série do Brasil é estrelada por Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Milhem Cortaz
Nova série brasileira, Os Outros provoca o espectador desde as primeiras cenas do episódio de estreia, lançado na quarta-feira (31/05/2023) pela plataforma de streaming brasileira. Ambientada em um condomínio, endereço comum em grandes cidades, a produção criada por Lucas Paraizo instiga por mostrar brigas entre vizinhos que não são mera ficção.
Contada de maneira não-linear, a primeira temporada apresenta um conflito moral logo na primeira cena:
uma mulher decide comprar um revólver mesmo sem saber manusear uma arma. Em seguida, um flashback apresenta Cibele (Adriana Esteves), nova moradora do fictício condomínio Barra Diamond, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Ao lado do marido, Amâncio (Thomás Aquino), e do filho, Marcinho (Antonio Haddad), ela prevê muitos momentos felizes no imóvel recém-adquirido. Anos depois, Cibele se desespera ao descobrir que seu garoto, adolescente, havia sido espancado na quadra comum do edifício.
O episódio acende faíscas nos personagens, que cometem atrocidades sem pensar nas consequências.
Cibele recorre ao vizinho, o ex-policial corrupto Sergio (Eduardo Sterblitch), para se proteger da família do agressor de seu filho, Rogério (Paulo Mendes). O pai do garoto, Wando (Milhem Cortaz), viveu um "dia de fúria", à la Michael Douglas, a partir de sua de
missão.
Neste momento, o público conhece o lado superprotetor dos protagonistas
: Cibele defende Marcinho com unhas, dentes e armas. Wando obriga Rogério a se desculpar, mas imediatamente "passa pano" para o comportamento agressivo de Rogério, que luta judô e joga games de tiro (o único erro do primeiro episódio, por associar videogames e violência).
", passam a se atacar ferozmente. Além do revólver da moradora, o vizinho tenta invadir a casa de sua rival com uma barra de ferro, em uma cena inevitável de se comparar à sequência antológica de O Iluminado em que Jack Nicholson diz: "Here's Johnny!".
Aos respectivos cônjuges, Amâncio (marido de Cibele) e Mila (mulher de Wando interpretada por Maeve Jinkings), lhes cabe a missão de resgatar a sanidade de seus pares. Entretanto, parece ser tarde demais, já que os vizinhos raivosos estão decididos a ter razão sobre seus filhos.
A esta altura, os pais já praticaram desvios de caráter muito mais graves do que a briga adolescente e sugerem surpresas trágicas aos espectadores.
E este é apenas o primeiro capítulo. A cada semana, serão disponibilizados dois episódios, sempre às quartas e sextas, até 7 de julho.
Volta e meia alguma premiação norte-americana causa espanto fora dos limites do país. Foi assim anos atrás com Mom, foi assim recentemente com Atlanta, série do canal a cabo FX escrita, produzida e protagonizada pelo ator e músico Donald Glover, que ganhou fama com o personagem Troy do cultuado seriado Community. É preciso apontar que algumas pessoas, mesmo nos Estados Unidos, também acharam estranha a vitória da série em uma categoria de humor (alô, Transparent), isso porque ela não é necessariamente uma série que nos arranque risos.
Atlanta é uma série sobre a juventude (a negra, de forma mais específica), a falta de objetivos ao entrar na vida adulta, esse período repleto de medos, sonhos e incertezas. Além de inovar dentro do conceito de humor em sitcoms, o seriado é notável por caminhar à margem do que a TV norte-americana geralmente faz, colocando personagens negros para fazer comédia de alto nível, retratando de maneira mais fiel suas vidas – afinal, os roteiristas também são negros.
O FX conseguiu com Atlanta (e Better Things, que estreou na mesma época) produzir comédia acima do nível por vezes medíocre do visto na teledramaturgia, que não apenas funciona para o modelo atual de televisão, mas também atende aos anseios do público em tempos de Netflix – ora, o que mais são Master of None e Unbreakable Kimmy Schmidt que sitcoms inteligentes conectadas com seu público?
No show, Glover é Earn Marks, um fracassado rapper “sem-teto” que alterna sua vida entre ser posto para fora da casa de seus pais, dormir na casa da ex-namorada (com quem ele tem uma filha) e comer cereais na casa de seu primo. Ele é a personificação dos conflitos existenciais dessa fase de transição na vida de jovem adulto. Desgostoso de todas as opções que a vida lhe oferece, ele se vê forçado a tomar decisões em direção à maturidade. Mais do que querer, Earn precisa chegar em algum lugar, “ser alguém”.
A série assume um caráter político de forma quase instantânea, menos pelo seu texto e mais por ser um dos raros programas feito por e sobre negros nos Estados Unidos, além de escolher como cenário a capital de um estado que era escravocrata até cerca de 150 anos atrás.
Na linha tênue entre a originalidade e ser apenas uma comédia hipster voltada a um público jovem negro, Atlanta é bem-sucedida com a construção de personagens peculiares e genuinamente complexos. Como não enxergar todas as nuances de Paper Boi (o excelente Brian Tyree Henry), as camadas de sarcasmo em Darius (Keith Stanfield, talvez o melhor personagem do programa) ou a força de Vanessa (Zazie Beetz em ótima atuação)?
Atlanta guarda diferenças importantes para as comédias tradicionais, a começar por um ritmo mais lento no trajeto de aprofundar a construção de seus personagens. Além disso, seu humor é concentrado em muitas cenas de completo silêncio, ao contrário das sacadinhas ou piadas escrachadas do humor tradicional.
Como a quarta temporada está confirmada como a última em 2023, a sugestão é mergulhar nos 10 episódios com parcimônia, de forma a apreciá-los em sua completude. Tenha certeza, esta é uma dica preciosa.
Atlanta’ tem terceira temporada cheia de surpresas e com impacto duradouro.
Depois de um longo hiato, ‘Atlanta’ retorna com sua mistura única de comédia, drama e horror, explorando temas raciais e levando os espectadores a novos lugares.
A terceira temporada da aclamada série Atlanta, que chegou recentemente ao catálogo da Netflix, passou por um hiato de quatro longos anos até ser produzida.
Com uma mistura única de comédia, drama e horror, a série criada e estrelada por Donald Glover tem sido conhecida por desafiar expectativas e explorar temas profundos relacionados à experiência dos negros estadunidenses. A espera pode ter sido longa, mas o impacto duradouro da série foi reafirmado.
Desde sua estreia em 2016, Atlanta tem sido uma série difícil de categorizar. A cada episódio, ela desafia os limites dos gêneros, alternando entre momentos hilários, momentos de tensão dramática e mergulhos profundos no horror. A terceira temporada manteve essa tradição, levando os espectadores a novos lugares enquanto manteve uma sensação constante de incerteza.
Novos lugares, mesmo estilo: a terceira temporada de ‘Atlanta’
Uma das principais características de Atlanta é sua exploração contundente das questões raciais nos Estados Unidos. A série retrata a vida dos personagens negros e como a fortuna deles pode mudar em um instante.
A terceira temporada não é diferente, abordando temas como o apagamento histórico de comunidades negras, a violência racial e a intolerância disfarçada de brincadeira inofensiva.
A terceira temporada de Atlanta nos leva a novos lugares, afastando-se do cenário habitual da cidade que dá nome à série. Earn, Alfred e Darius embarcam em uma turnê pela Europa, abrindo espaço para reflexões sobre a identidade e a experiência negra em diferentes contextos culturais. A série continuou a surpreender, oferecendo uma visão fresca e inesperada enquanto manteve sua essência inconfundível.
Os novos episódios de Atlanta marcaram uma mudança na vida dos personagens principais. Paper Boi agora é um artista em ascensão e enfrenta novos desafios e privilégios enquanto está em turnê pela Europa. A série continua a explorar a complexidade desses personagens e suas lutas pessoais, mantendo-os como peças centrais de uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.
‘Atlanta’ além de ‘Atlanta’
Os dois primeiros episódios da terceira temporada de Atlanta começam com uma história assombrosa e surreal. Conhecemos Loquareeous, um jovem negro que é colocado para viver com duas mulheres brancas. Essa trama paralela, inspirada em eventos reais perturbadores, mergulha em questões de raça e identidade, ressaltando o passado histórico de violência e opressão enfrentado pela comunidade negra.
Enquanto os personagens principais estão em turnê pela Europa, o segundo episódio revela o lado obscuro da aparente acolhida que Alfred, também conhecido como Paper Boi, recebe na Holanda. Durante a temporada de Natal, surge a discussão em torno da tradição do “Zwarte Piet”, um personagem associado ao racismo histórico por sua representação em blackface. A série aborda o impacto dessas práticas racistas na vida dos personagens negros.
A tônica perpassa os dez episódios que compõem a terceira temporada da série, o que pode tornar a compreensão sobre seu subtexto complicada. O trabalho de Glover cruza muito com o do cineasta Jordan Peele, em especial por rejeitar as normas esperadas. Acompanhar a repercussão entre a audiência, passado um ano de seu lançamento nos Estados Unidos, deixa claro que o conflito racial segue quente por lá (e em diferentes locais, inclusive o Brasil).
Um dos aspectos intrigantes da terceira temporada é a mudança do cenário principal para a Europa. Essa mudança levanta questões sobre a identidade dos personagens e o significado geográfico de Atlanta para eles. A série explora se ela é apenas um lugar físico ou uma parte indissociável de sua história e identidade, revelando as complexidades de pertencer a uma comunidade e enfrentar desafios externos e internos.
O trabalho de Glover, que se envolve na produção, atuação, direção e roteiro, com o diretor Hiro Muraim parceiro em “This Is America”, não perdeu sua força após o hiato de quatro anos.
Com sua narrativa envolvente, abordagem corajosa de questões raciais e capacidade de se reinventar, Atlanta continuou (e continuará, mesmo após seu fim) a ser uma das séries mais relevantes e impactantes.
Segunda temporada de "Aruanas" merece ser vista, mas apenas na plataforma!
A primeira temporada de "Aruanas" estreou exclusivamente no streaming em 28 de julho de 2019 e exibida na TV entre 28 de abril a 30 de junho de 2020. A série recebeu vários elogios merecidos e o sucesso da trama originou a segunda temporada, que foi disponibilizada no serviço de streaming da emissora no dia 25 de novembro de 2021 e em duas semanas no ar entrou para o top 10 de produtos mais vistos da plataforma. Agora, a história protagonizada por ativistas ambientais vem sendo exibida pela Maria Farinha Filmes desde o dia 9 de maio.
Não há falta de dinheiro, artimanha política, interesse econômico ou abalo na amizade que faça as ativistas da ONG Aruana desistirem de lutar pelo meio ambiente. A organização fictícia que apresentou ao público Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte) volta em uma nova configuração na segunda temporada de "Aruanas". Fortes e destemidas, elas encaram grandes desafios em nome de uma causa maior.
Com o afastamento de Verônica em função do envolvimento com o ex-marido de Natalie, a entidade agora passa por uma série de dificuldades, entre elas, uma grave crise financeira. Sabendo que nada pode ser maior que a urgência em salvar o planeta, a dupla Natalie e Luiza precisa se reinventar e criar estratégias para manter a ONG funcionando.
Recebem, então, a ajuda financeira de Théo (Daniel de Oliveira). Filho de família rica e tradicional, dona de frigorífico, ele leva inovações de start up à organização, mas acaba instaurando um clima de desconfiança no grupo.
Mesmo fragilizadas, elas têm de ser ágeis diante da informação de que o governo, em Brasília, está prestes a aprovar uma Medida Provisória para isentar as empresas petroleiras em mais de R$ 1 trilhão em impostos. A ameaça desencadeia uma série de ações na Aruana, entre elas uma investigação na cidade fictícia de Arapós, um grande polo petroquímico que, após uma tragédia ambiental, foi transformada em símbolo de sustentabilidade urbana, sob a administração do prefeito Enzo (Lázaro Ramos). O que o grupo descobre é que, por trás dessa aura de cidade-modelo, pode haver um mistério decisivo para impedir a aprovação da emenda. Nesta luta, Natalie e Luiza correm risco de vida e enfrentam adversários como a lobista Olga (Camila Pitanga), que volta mais intensa e incisiva, com uma nova cartela de clientes e interesses. Entre eles, Robert Thompson (Joaquim de Almeida), investidor estrangeiro e representante do setor petroleiro. A força da união feminina será o maior trunfo diante das tentativas de calar suas vozes. A trama da segunda temporada é bem mais atrativa que a da primeira e a tensão está melhor explorada na narrativa. O maior destaque segue sendo Débora Falabella e a participação luxuosa de Lima Duarte no primeiro episódio tem um forte impacto no enredo. Mas os roteiristas acertam também na abordagem, sem medo, de romances homossexuais e com cenas ousadas na serie de maior sucesso atualmente. A cena de beijo protagonizada por Daniel de Oliveira e Vitor Thiré (André) surpreende, assim como o envolvimento entre Olga e Ivona (Elisa Volpatto). Aliás, o romance humaniza a vilã que na temporada anterior é vista mais de maneira fria e sem maiores nuances. Vale ressaltar que a série vai ao ar sempre depois das 23h.
A segunda temporada da série é criada por Estela Renner e Marcos Nisti, escrita por Estela Renner, Marcos Nisti e Carolina Kotscho. A obra tem direção artística de André Felipe Binder e direção de Mariana Richard. A produção é de Isabela Bellenzani (TV Globo) e Mariana Oliva (Maria Farinha). A direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A segunda temporada faz jus aos elogios recebidos e quem quer assistir sem cortes, vale mais a pena acompanhar pelo streaming.
A série "Os Outros", do mesmo criador de "Sob Pressão", estreou ontem e está sendo MUITO elogiada pelo público.
Na história, dois adolescentes acabam saindo no tapa durante uma briga na quadra esportiva do condomínio em que moram. O conflito, que poderia ser facilmente apaziguado com diálogo, acaba se tornando uma situação catastrófica quando os pais e as mães dos dois envolvidos se metem na história. As duas famílias querem ter razão a qualquer custo e não conseguem ouvir outra versão se não aquela que as convém. Isso faz com que elas entrem em pé de gu3rr4 e comecem a causar um caos no condomínio: uma família invade o apartamento da outra, os pais de um dos garotos ameaça m4t4r o outro adolescente e as duas famílias chegam a destruir o condomínio. A série busca mostrar como situações pequenas se tornam grandes catástrofes porque as pessoas não conseguem escutar... os outros.
Tudo sobre "Os Outros", nova série do Brasil, escrita por Lucas Paraizo e dirigida por Luisa Lima.
Participaram da produção o autor, a diretora e os atores Milhem Cortaz, Adriana Esteves, Maeve Jinkings, Antonio Haddad, Paulo Mendes, Guilherme Fontes, Ana Flávia Cavalcanti, Eduardo Sterblitch, Cadu Fávero e Drica Moraes.
Lucas Paraizo falou sobre a ideia de sua nova história, após o sucesso de 'Sob Pressão': "A gente começou essa série em 2019 e veio a pandemia. Finalmente agora vamos poder vê-la no ar. 'Os Outros' é uma série que fala sobre a intolerância. O que acontece quando todos acham que têm razão? É uma série que dialogo com uma sociedade contemporânea e exponho alguns comportamentos de múltiplos gêneros e como reflete a sociedade atual. 'Deus da Carnificina', 'Beleza Americana', 'Parasita' e 'Relatos Selvagens' foram inspirações para essa história. Mas é uma série extremamente brasileira. Vocês não fazem ideia do que vem pela frente.", declarou o escritor.
Luisa Lima complementou a fala de Lucas: "Nossa narrativa é sobre a falta de diálogo e a ausência da capacidade de escuta. A partir da briga de dois jovens em um condomínio de classe média que a história começa. Os pais tentam resolver a situação, mas eles passam a brigar, o que desencadeia situações ainda mais violentas. Queremos provocar um grande alerta. Como essa intolerância está dentro de todos nós. Os outros somos nós. A partir desse microcosmo estamos falando do Brasil.", analisou a diretora.
Adriana Esteves comentou sobre sua personagem: "Cibele é de uma inabilidade incrível. Tudo que ela acha que vai dar certo vai para um viés que não dá certo. Tem umas situações que são engraçadas porque ela tem tanta certeza que tá dando certo ao mesmo tempo que para o outro está até patético de tão errado que é. Ela tem uma rixa com a personagem da Maeve, mas elas acabam tendo uma cumplicidade. Não vou dar muito spoiler.", adiantou um pouco a atriz.
Maeve Jinkings acrescentou: "A estrutura do condomínio é bem vaidosa, o que proporciona muitas chances de comparação e disputa. O apartamento que é mais alto, o que fica de frente para uma posição melhor, enfim. Os filhos são extensões de quem a gente é e o instinto de proteção das crias surge. Espero que o público possa se olhar no espelho.", observou a intérprete.
Eduardo Sterblitch fez questão de dizer que seu papel é diferente de tudo o que já fez: "O público pode ter certeza que será surpreendido. Você vai se surpreendendo para onde a série vai te levando. As pessoas vão se ver e o quão é absurdo aquilo tudo. Esse personagem chega em um momento perfeito e quero falar o mínimo possível sobre ele para não dar spoiler. Vai ser uma surpresa para a história e para minha carreira também porque o público está acostumado a me ver em papel cômico mais escrachado.", revelou o ator.
Drica Moraes fez uma breve análise sobre a trama: "Viver é muito perigoso. Hoje em dia o sarrafo está alto em tudo o que se pode ou não dizer. A série vai mostrando o cotidiano e passa por traços dramáticos até mesmo pelo humor. É uma linguagem bastante nova."
Milhem Cortaz não escondeu a empolgação com a história: "Essa série fala sobre o retrato da sociedade brasileira hoje depois da pandemia. Todo mundo vive dentro de um condomínio e todas estão pensando em cada uma delas. A maior solidão que existe é essa: você estar sozinho no meio de um bando de gente. Meu personagem é um cara complexo. Ele luta pelos seus ideais, trabalha, tem um amor grande pelo filho, cuida da família de forma obcecada. E as coisas que vão acontecendo na vida dele acabam levando esse homem para um caminho de solidão profunda. A representação do condomínio traz a reunião de pessoas ecléticas em um mesmo lugar. Foi um dos trabalhos mais difíceis que já fiz.", enfatizou o ator.
Antonio Haddad falou sobre a relação de Marcinho, seu papel, com o ambiente em que vive: "A grande coisa desse condomínio é que ele se torna o mundo para o meu personagem. Eu moro em um condomínio, mas meus amigos não são de lá e me divirto em outros lugares. Ele só tem aquilo. E como meus colegas já falaram, a história representa muito a nossa sociedade. A narrativa é bem fiel com a perspectiva do jovem e como os personagens se relacionam com as decisões que precisam tomar.", contou o estreante.
Paulo Mendes complementou: "Nunca morei em condomínio e nem vivenciei nada da série, então foi bem difícil para mim. Foi meu primeiro trabalho no audiovisual. Eu não me meto em briga e nem falo, sou normalmente quieto. Bem diferente do meu personagem. Tenho muito carinho por todo o elenco e tive muita sorte nesse meu primeiro personagem.", declarou o ator, que atualmente pode ser visto na pele do noviço Luís, em 'Amor Perfeito'.
Guilherme Fontes comentou sobre sua constante presença nas várias reprises atuais e de seu retorno na série: "'A Viagem' já repetiu cinco vezes, 'Mulheres de Areia' já vai para a quinta vez. Está 'O Rei do Gado' aí também. Acho ótimo porque os mais jovens podem conhecer mais o meu trabalho. Até hoje me chamam de Alexandre nas ruas. E essa nova história me deixou encantado. É muito importante todos nós entendermos que os problemas não são os outros, somos nós. A síntese disso é a nossa vida dentro de um prédio, como na série. O meu personagem tem uma picardia que é uma crítica objetiva a um bando de gente fazendo merda e se corrompendo achando que está fazendo um bem para o país."
Ana Flávia Cavalcanti expôs sua animação com a série: "A gente tá lançando um trabalho muito bonito e com aquela sensação de quando a gente perde a escuta, o que aconteceu nos últimos quatro anos, sempre dá para ficar ainda pior. É uma honra trabalhar com esse elenco.", resumiu a atriz que entrou recentemente em "Vai na Fé".
Cadu Fávero relatou que se identificou muito com a série: "Eu já vivi isso que acontece na série. Saí de uma comunidade para morar em um condomínio na Barra chamado 'Barra Azul', onde tinham pessoas que saíram do Leblon porque não estavam com mais dinheiro, gente que saiu da zona norte porque ficou com uma condição melhor e pessoas que não tinham dinheiro para morar na zona sul, mas queriam um lugar perto da praia. Há um choque de culturas.", contou o ator.
"Os Outros" tem tudo para ser uma das melhores séries do ano. O teaser e a sinopse são animadores. A estreia, exclusivamente no streaming, acontece no dia 31 de maio.
Depois de quatro temporadas, 'Succession', a saga da Waystar Royco foi encerrada com um series finale digno da qualidade do drama criado por Jesse Armstrong.
Recentemente, ao tecer uma análise sobre a segunda temporada de The White Lotus, no podcast Meu Inconsciente Coletivo, a psicanalista Fabiana Secches sugeriu uma reflexão interessante sobre as diferenças entre o bingewatching (o ato de “maratonar” uma série, assistindo a tudo em uma sentada) e o de receber um episódio por semana. O segundo tipo de consumo, ao menos em teoria, nos dá tempo de digerir uma narrativa com calma e, por fim, fruir de mais sabores e nuances que ela carrega.
Sem dúvida, Succession teve muita repercussão e muito sucesso entre a crítica por não ser uma série que favorecia o bingewatching. Quer dizer: obviamente era possível assistir às temporadas de uma vez só. Mas quem se aventurasse por essa experiência rápida certamente saía frustrado e sem entender por que tanta gente se apaixonou por essa trama.
Afinal, a história dos Roy não era exatamente uma trama divertida, muito menos simples. Desde o primeiro episódio, fomos convidados a mergulhar na tensão inerente que amarrava todos os membros dessa família de bilionários cuja relação estabelecida entre eles parecia tudo menos saudável. Na superfície, os irmãos Roy se tratavam por apelidos e chamavam o pai de “dad”. Mas os laços estabelecidos entre eles e com as pessoas em seu entorno pareciam sustentados apenas por interesses de todo tipo. Amor, em Succcession, tinha a ver com transações e nunca com doação.
Encerrada em sua quarta temporada, o esperado último episódio de Succession tem sido decodificado nas redes sociais como um final que fez jus ao que se esperava da série de Jesse Armstrong. Há múltiplas interpretações, muitas decepções e uma boa camada de afeto, como não poderia deixar de ser. Afinal, essa não é uma família qualquer, mas os bilionários Roy, e qualquer encontro deles é sempre uma “festa de escorpiões”, como bem pontua Roman no episódio final.
Um encerramento inconclusivo
Os irmãos Roy compartilham momentos felizes na casa da mãe. Imagem: HBO.
Succession, como bem destacou a jornalista Isabela Boscov, tirou seu brilhantismo em uma certa subversão do ritmo acelerado das séries atuais, formatadas para competir entre si e fazer com que o público fique preso a elas até o final. Não havia exatamente cliffhangers que amarrassem o espectador em Succession. Mesmo na última temporada, muitos episódios pareciam, à primeira vista, enfadonhos.
E aí, numa virada surpreendente, Jesse Armstrong pegou os fãs no susto ao nos entregar, logo nos primeiros capítulos da quarta temporada, o ápice da história: a anunciada morte de Logan Roy (Brian Cox), o nefasto patriarca em torno do qual tudo orbita. A morte de Logan deu margem ao texto mais interessante desde então: verificar o quanto cada um de seus quatro filhos seguiria o destino que foi traçado a eles pelo próprio pai, a partir de uma vida de tratamento abusivo (ao estilo dos ricos, claro) e de falta de suporte emocional.
Ainda assim, o episódio final nos trouxe alguns relances de luz. Pudemos assistir a momentos de pura beleza e leveza, em que os irmãos parecem reviver algo que foi perdido já na infância, nos poucos momentos que devem ter tido de pura comunhão. Isso ocorre na já célebre cena da cozinha, em que Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) preparam uma gororoba que irá coroar o irmão Kendall (Jeremy Strong) finalmente como o rei da Waystar Royco, cargo que ele sente ter sido prometido para ele quando tinha sete anos. Estão ali como crianças, revivendo os poucos momentos de genuína conexão que já tiveram.
Contudo, para os Roy, a infelicidade parece sempre ser o destino. Se, com a morte do pai, eles regressam à infância, isso não ocorre apenas na parte positiva, mas também na infantilidade que se torna latente entre sujeitos que, supostamente, irão comandar uma das empresas mais poderosas do mundo. Não por acaso, no embate final entre os irmãos, a briga deles é em cima de tapas e socos e de argumentos rasos do tipo “você não tem filhos” ou no infame “você matou alguém”.
Nesse sentido, Succession, ao seguir o roteiro delineado desde o primeiro episódio, nos contemplou com um desdobramento que parece nos gritar: tal como um disco riscado, não conseguimos parar de repetir os nossos próprios erros. Fica subentendido que Shiv, Kendall e Roman seguirão suas vidas pela jornada de fracasso que seu pai (e sua mãe, pela total ausência) desenhou a eles.
Um texto antimelodramático?
A cena da cozinha foi uma das mais comentadas do episódio final.
Os episódios de Succession foram marcados quase sempre pela tensão inerente que ocorria a cada encontro dos membros dessa família quebrada, que desejam algo pelo ato em si de querer, pois não há nada mais a desejar. Essa tensão permanecia à flor da pele, sem explodir em reações de raiva na cara dos atores – quase tudo vinha à tona em textos contidos em que a ruptura era apenas eventual.
Em certo sentido, podemos pensar que Jesse Armstrong construiu uma espécie de “antimelodrama”, pois os sentimentos de todos precisavam ser cavoucados das expressões dos competentes atores. Obviamente, as emoções dos personagens escapam a quem assistia (o Tom Wambsgans de Matthew Macfadyen talvez fosse o mais explícito nesse sentido), mas esse não foi um show de sentimentos óbvios. Era preciso dominar minimamente um léxico sobre a psique humana para poder fazer uma leitura interessante de Succession.
Se nós, os fãs, vamos sentir falta dos filhos quebrados e emocionalmente atrofiados de Logan Roy, é porque eles carregavam muitos de nós em si, e geralmente aquilo que preferimos não ver. E talvez seja isso que faça uma boa série nos dias de hoje.
Succession chegou ao fim na HBO, e foi de forma devastadora. Kendall Roy (Jeremy Strong) não consegue bloquear a venda de empresa de seu pai, e assim termina o seu sonho de se tornar o novo CEO.
Na última cena da série, o personagem caminha por um parque público, abalado e em estado de negação com a humilhante derrota, enquanto é acompanhado pelo ex-motorista de seu pai, que agora é seu funcionário.
Ele se senta em um banco e olha para as ondas de um rio próximo, e aí a série se encerra, sem dar pistas do que se passa pela sua cabeça ou de quais são as suas intenções agora.
Em uma entrevista ao podcast oficial de Succession, o ator Jeremy Strong revelou que a série quase teve um final alternativo, que seria ainda mais sombrio.
Nesse final alternativo, Kendall se aproximaria do rio, dando a entender que ele tentaria cometer suicídio se jogando na água.
“Eu olhei para essas ondas. Estava ventando muito naquele dia, e estava muito frio. Havia um pedaço de metal batendo em algum lugar, e era um som terrível. Eu meio que não aguentei. Eu me levantei e caminhei lentamente até a barreira que estava montada, e passei por cima dela. Eu realmente não sabia o que planejava fazer. De certa forma, você consegue ver a intencionalidade do personagem. Você sente que ele iria tentar pular.”
O ator acrescentou que acredita que o final que o criador Jesse Armstrong escolheu é melhor, já que também abre margem para uma interpretação mais positiva, com Kendall agora estando livre para levar uma vida muito melhor do que teria como CEO.
“Acho que o que Jesse queria mostrar, ao escrever o roteiro, é que, apesar de Kendall ter perdido, ele talvez esteja livre agora. Talvez ele só continue levando a vida normalmente. Mas eu senti em meu corpo que não há mais volta para ele.”
Em Succession, Logan Roy (Brian Cox) é o patriarca de uma das famílias mais poderosas da atualidade e dono de um império midiático conhecido como Waystar Royco. Ele sempre se dedicou mais aos negócios do que aos quatro filhos – Connor (Alan Ruck), Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin) e Siobhan (Sarah Snook).
Quando Logan tem uma piora em seu estado de saúde, seus descendentes iniciam uma disputa pelo controle das empresas. Mas a fome de poder se mostra bastante perigosa, colocando à prova a lealdade de cada um deles.
o patriarca dos Roy havia prometido a vaga de CEO para o filho do meio, Kendall, mas desiste logo em seguida.
Relutante em abrir mão do controle, mesmo ainda agravado pela doença Logan tenta se manter como presidente da empresa. Sentindo-se traído, Kendall trama uma forma de retirar o pai do controle, mas seus planos não saem como esperado, causando tensão entre seus irmãos e os membros do conselho.
Série de TV paranaense ‘Contracapa’ vai ganhar nova temporada.
Produzida no Paraná, série televisiva ‘Contracapa’ aborda um jornal fictício que investiga escândalos políticos. Projeto da nova temporada foi contemplado no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) do Banco BRDE.
período de retomada dos investimentos em cultura. E uma boa notícia é que a série de TV Contracapa, totalmente produzida no Paraná, ganhou um edital para concretizar sua segunda temporada.
A série, que foi produzida originalmente em 2017, se passa dentro de um jornal fictício, a Gazeta Brasileira, e busca mostrar o processo de produção de notícias em uma redação e como isto pode se misturar com os interesses políticos. Lançada em 2019, Contracapa foi exibida na TV Brasil, na TV Cultura, na AXN, e está disponível para assinantes no Prime Video.
O projeto da segunda temporada de Contracapa está entre as propostas selecionadas por uma chamada pública do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), fundo de investimento do banco BRDE. Idealizada por Rafael Waltrick e dirigida por Guto Pasko, com produção de Guto Pasko e Andréia Kaláboa, a série foi concretizada pela GP7 Cinema, sediada em Curitiba, em parceria com o canal Prime Box Brazil.
A nova temporada deverá ter 10 episódios que inicialmente serão veiculados na TV a cabo, no Prime Box Brazil, e também na plataforma VOD do Grupo Box Brazil, mas há a intenção de que ela seja licenciada para outros serviços de streaming.
‘Contracapa’: expectativas para a segunda temporada
Contracapa acompanha uma equipe de jornalistas que trabalham em apurações sobre esquemas de corrupção e escândalos políticos, ao mesmo tempo que vivenciam a rotina típica da profissão. Na primeira temporada, os repórteres e editores se viam em frente à crise financeira, o que levou à demissão de vários deles e uma migração de boa parte do trabalho para o online.
Em meio a este cenário, os repórteres da Gazeta Brasileira estão em voltas de um esquema de chantagem e extorsão contra políticos locais, o que pode ter relação com as próximas disputas eleitorais. Aos poucos, eles vão descobrindo que há a participação de policiais e do próprio jornal dentro desse esquema.
A segunda temporada deve seguir mostrando uma empresa em crise, e tendo que lidar com as exigências do jornalismo digital, como a busca por cliques. O jornal deixa de ter sua versão impressa e os profissionais passam a ter que lidar com a transição para uma outra forma de atuação no jornalismo. Além disso, há também jornalismo investigativo: os repórteres estão desvendando uma suposta “máfia dos transportes”, envolvendo o favorecimento de empresas de transporte público em licitações públicas.
Os desafios agora são outros, como a explosão do fenômeno das fake news e a concorrência com outros veículos jornalísticos. A ideia é que a nova temporada retome exatamente onde a primeira terminou, dando sequência às histórias que já foram desenvolvidas.
Tensão em uma série sobre jornalismo
Rafael Waltrick – idealizador e roteirista-chefe da série – é também jornalista, e tirou parte da inspiração para Contracapa de sua vivência na profissão. Por dez anos, ele atuou em redações de jornais diários, com passagens pelo Grupo RBS e Grupo GRPCOM.
Ele conta que a ideia, desde a primeira temporada, era enfatizar na temática investigativa, com jornalistas atuando em papéis que seriam tradicionalmente de detetives e policiais. Contudo, havia já a intenção de falar sobre os desafios da profissão e da crise do mercado. “Queremos mostrar uma visão mais realista e pé no chão do trabalho jornalístico, até para fugir de outras obras que romantizam o ofício”, afirma Waltrick.
Assim, a série propõe não apenas falar sobre um dos trabalhos mais difíceis dentro do jornalismo, que envolve a investigação de ilegalidades, mas também retratar como tudo isso se mistura com a vida pessoal dos profissionais. “Os jornalistas de Contracapa não estão preocupados apenas em investigar esquemas ilegais, mas também precisam encarar diariamente o risco da demissão, as cobranças absurdas por metas de audiência, a ingerência dos donos do jornal, as diferentes e controversas visões de alguns editores”, complementa.
Por incrível que pareça, a principal referência na ficção da série paranaense não é The Newsroom, da HBO, que foca nos bastidores de um canal a cabo de notícias, mas sim Mad Men. “Na época da criação da série, lá em 2017, eu mal conhecia The Newsroom, tinha visto só o episódio piloto. Mas agora estou encarando os demais episódios e, sim, tem bastante a ver. Um referência que sempre tivemos em mente é Mad Men, uma outra série que aborda os meandros de uma empresa de comunicação (no caso, uma agência de publicidade) e que dá um grande espaço para os dramas humanos dos personagens que habitam esse ambiente”, afirma Rafael Waltrick.
Retomada da produção audiovisual paranaense e brasileira
Contracapa é uma produção feita completamente em Curitiba. Muitas cenas se passam em locações conhecidas da cidade, como o Passeio Público e o bar BarBaran. Para a nova temporada, a previsão é que as filmagens também se concentrem na capital do Paraná, priorizando os atores e atrizes locais. No elenco, há nomes conhecidos da cena teatral curitibana, como Zeca Cenovicz, Tiago Luz, Michelle Pucci, Carolina Fauquemont, Hélio Barbosa, Mauro Zanatta, Rosana Stavis e Renet Lyon.
A temporada deverá ser filmada no primeiro semestre de 2024. Contracapa foi um dos projetos contemplados no Fundo Setorial do Audiovisual do Banco BRDE, obtendo o valor máximo do edital, de R$ 4,5 milhões. “O bom do Fundo é que não se trata de captação, não é um mecanismo que prevê renúncia fiscal. O FSA é um fundo de investimento, mantido com recursos da taxa Condecine, paga pelo próprio setor audiovisual, incluindo mercado publicitário. Então, quando o Fundo aprova um projeto pra contratação (como é o nosso caso), o Fundo se torna uma espécie de sócio do projeto, que vai receber ao longo dos anos todo esse investimento que está colocando no projeto”, explica Rafael Waltrick.
Essas chamadas do FSA haviam sido interrompidas nos últimos quatro anos. A expectativa agora é que elas sejam muito mais frequentes, fomentando novas iniciativas audiovisuais de qualidade como a Contracapa.
Confira os 5 motivos que podem fazer você querer assistir Citadel. Confira:
5 – Ritmo perfeito
Com episódios que duram menos que 40 minutos, a série não enrola para desenvolver seus conceitos, e acerta em cheio em um ritmo narrativo confortável para o publico.
Olha que entregar isso não era uma missão fácil, pois com tantos conceitos conspiratórios complicados para apresentar, e com seu modelo de narrativa não-linear, a série poderia acabar tendo episódios arrastados e cansativos.
Porém, não é o caso de Citadel, que em um piscar de olhos estabelece muito bem a história que quer contar, enquanto você está totalmente envolvido com o que está assistindo.
4 – História cativante
Além do bom ritmo narrativo, a série conta uma história que cativa bastante os amantes de espionagem.
Assim como qualquer outra obra do gênero, Citadel mantém o público preso em uma teia de segredos e mentiras que vão sendo revelados ao longo do tempo.
Aliás, todos os principais elementos do gênero estão presentes, de uma forma que não soa somente clichê, pois a série cria uma identidade própria nos seus primeiros episódios.
3 – Ação na dose certa
Uma boa história de espionagem não seria digna do título sem boas cenas de ação, e Citadel entrega isso.
Não só entrega, como faz isso na dose certa, sem atropelar momentos importantes para a narrativa, ou focar demais nos diálogos a ponto de a trama ficar chata.
A ação também é responsável por boa parte da tensão da série, pois sempre fica a impressão de que tudo pode acontecer e de que grandes riscos estão em jogo.
2 – Química incrível entre os protagonistas
A química entre Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas é talvez o ponto alto de Citadel, e isso é uma notícia excelente. Afinal, boas histórias de espionagem necessariamente tem que ter excelentes protagonistas.
Desde suas primeiras cenas, os dois fazem questão de garantir que o público vai testemunhar algo incrível em tela, e assim potencializam muito o roteiro – até então – simples da série.
1 – É o início de algo muito maior
Além de introduzir perfeitamente a história de sua 1ª temporada, e estabelecer bem seus protagonistas e vilões, os três primeiros episódios de Citadel deixam muito claro em sua construção de mundo que a série vai virar algo muito maior no futuro.
Com uma 2ª temporada já confirmada, os primeiros episódios são apenas o começo de um grande universo compartilhado que vai espalhar suas histórias por todo o globo.
O muno desenvolvido por Citadel soa realmente atrativo em uma primeira vista.
Esquadrão Classe A era uma daquelas séries que, quando muito jovem, eu simplesmente não perdia um episódio na televisão. Não tenho a menor ideia se vi a série toda dessa maneira – acho improvável considerando a inconstância da TV aberta brasileira na época -, mas simplesmente amava os veteranos da Guerra do Vietnã que são presos por um crime que não cometeram, fogem e formam uma equipe de mercenários para ajudar quem conseguir achá-los e contratá-los, como dizia a clássica narração de abertura que antecede a ainda mais clássica música tema composta por Mike Post e Pete Carpenter.
Trama de Milena em "Justiça 2" faz o público de idiota A nova série do Globoplay vem despertando atenção por ser uma espécie de continuação de "Justiça", exibida em 2016, embora as novas histórias não tenham qualquer relação com as exibidas anteriormente. A autora Manuela Dias criou novos enredos que se destacam graças ao desempenho brilhante do elenco. No entanto, uma trama destoa das demais e abusa da quantidade de inverossimilhanças: a da Milena (Nanda Costa).
A saga da personagem já começa cercada de absurdos que vão piorando a cada episódio. É importante ressaltar que cobrar veracidade em obras de ficção é algo que precisa ser feito com certa moderação, afinal, furos de roteiro são comuns, tanto em séries quanto em novelas e como diz a autora Glória Perez: "É preciso voar". Porém, há voos que são impossibilitados de serem feitos diante das inúmeras incongruências no roteiro. E, no caso da quarta protagonista, são tantos que é difícil até listar. Logo no primeiro episódio envolvendo a personagem, o quarto da primeira semana, fica impossível comprar a motivação do crime que a leva para a cadeia. Milena é uma mulher que comete furtos para ganhar dinheiro e sonha em ser cantora profissional.
O telespectador acompanha o que deveria ter sido o seu último crime, quando ajuda a pegar uma grande quantidade de dinheiro arrombando um cofre de uma mansão. Ela avisa ao comparsa, Naldinho (Xamã), que agora quer viver honestamente. Seria ali o início de uma nova fase em sua vida. Pouco tempo depois de Milena voltar para casa, há uma falta de luz e a sua mãe, Santana (Tereza Seiblitz), se desespera porque trabalha fazendo salgadinhos e doces para festas e estava com uma grande encomenda na geladeira. A culpa da queda de energia é de Milena, que não pagou a conta. Qual a solução da filha? Para provar que não é uma inconsequente, rouba uma carro de luxo e esfaqueia o motorista. Leva o automóvel até sua casa e usa a bateria como gerador para salvar os salgados. Só que o carro tinha um homem agonizando dentro do porta-malas e o sujeito balbucia algumas palavras antes de morrer. Desesperada, a personagem leva o carro até um lugar deserto e taca fogo. É pega pela polícia, que a prende em flagrante.
E como o homem foi parar dentro daquele carro? A pessoa era Diuzinho (Alexandre Rodrigues), meio irmão de Jordana (Paolla Oliveira), empresária famosa e milionária que lança vários talentos no mundo da música. O rapaz foi até o velório do pai da ricaça avisar que era fruto de um caso do falecido com sua mãe, que era cozinheira da família na época. Faz questão de falar que ninguém mais sabia da informação e não avisou a nenhum conhecido que iria ao enterro. A poderosa mulher não pensa duas vezes e leva o rapaz até uma sala de sua mansão, avisa ao marido, Egisto (Marcello Novaes), que vai matar o parente recém-descoberto, o dopa e dá um tiro pelas costas. O marido leva o corpo em seu carro e é roubado por Milena. O mote do enredo foi exposto assim no episódio.
Analisando somente o início da trama já é possível apontar várias situações ridículas que subestimam a inteligência de qualquer um. A solução para Milena salvar os salgadinhos da mãe era roubar um carro para usar a bateria como gerador? Por que não pediu para uma vizinha colocar os quitutes na geladeira até pagar a conta de luz no dia seguinte? Não era algo bem mais simples? E qual a lógica de Diuzinho ir até a mansão de uma família rica anunciar que também é herdeiro sem um advogado sequer? E como uma empresária famosa resolve assassinar imediatamente o meio irmão sem nem pensar em todos os riscos que o crime poderia provocar em sua carreira bem-sucedida? Como não ter medo da imprensa descobrir? E o que Egisto pensou quando decidiu levar o corpo na mala do carro? Ia jogar onde? As câmeras de segurança e de tráfego da cidade não pegariam nenhuma rota? São situações que destroem o embasamento do enredo.
Mas o pior de tudo é que os desdobramentos vão deixando a história ainda mais estapafúrdia. Milena fica sete anos presa pelo assassinato do rapaz e quando sai da cadeia recebe de Luara (Juliana Xavier) todas as documentações que provam que Diuzinho é meio irmão de Jordana. Isso porque a garota de programa era namorada da vítima. E por que essa mulher nunca tentou tirar proveito da situação? Segundo ela, porque não existe justiça no país e de nada adiantaria (?). Milena, então fica com as provas e usa a papelada para ameaçar Jordana. Ela a chantageia para ficar com milhões de reais em sua conta e assim usar a fortuna para se lançar como cantora? Não, a personagem entrega a documentação para a assassina e exige que a empresária cuide de sua carreira. Jordana aceita a proposta e a parceria é iniciada. Qual o sentido de Milena confiar sua vida a uma psicopata que matou o irmão e a deixou na cadeia por algo que nunca fez? Qual a lógica da criminosa confiar em Milena ao invés de matá-la como queima de arquivo? São questionamentos inevitáveis. E não para por aí. Milena conta todo o seu plano para sua mãe. E o que a mãe faz? Se assusta por alguns minutos, mas logo entende e acha normal. A única pessoa que age com a mínima lógica na história é Egisto.
Ao longo dos episódios, todo o conjunto de desatinos vai tirando cada vez mais a paciência do telespectador. A nova situação que quebra a barreira da lógica é a chantagem que Luara passa a fazer com Milena depois que descobre que ela usou os documentos para se dar bem. A constante explicação utilizada no roteiro para corroborar a parceria entre Jordana e Milena é que Milena não tem mais prova alguma para usar contra Jordana, então a relação passa a ser de total confiança de ambas as partes. Só que Luara também não tem mais prova alguma porque deu tudo para Milena. Então qual o motivo de Milena aceitar a chantagem e dar dinheiro para a prostituta? São acontecimentos que vão minando uma história já frágil em todos os aspectos. E os conflitos que surgiram recentemente mais uma vez subvertem a lógica. Como Egisto era uma pedra em seu sapato e conseguiu o rompimento do contrato com a gravadora, Milena sabotou os freios do carro do inimigo com a ajuda de Luara e o matou. A polícia fez a perícia e falou para Jornada que o acidente na verdade foi um assassinato. Pois em nenhum momento passou pela cabeça da empresária que a responsável era Milena. Como pode?
O objetivo da autora é claro: criar um romance lésbico. O que é válido, até mesmo no atual momento em que a cúpula da Globo vem se mostrando tão retrógrada e conservadora a ponto de criar quase uma 'novela paralela' até a liberação de um simples beijo homoafetivo na teledramaturgia. No Globoplay, há bem mais liberdade para explorar um relacionamento gay. A química entre Paolla Oliveira e Nanda Costa em "Justiça 2" é visível e Paolla está brilhante interpretando um tipo que nunca viveu antes na carreira. As duas juntas formam uma boa dupla. Mas Manuela Dias precisava sacrificar tanto a congruência do roteiro para chegar ao objetivo? É uma pergunta que fica.
A tendência de reinicialização certamente ainda não diminuiu. No entanto, não são apenas os clássicos da série que estão sendo relançados, os filmes populares também estão sendo cada vez mais retrabalhados para adaptação para a TV. Essa é a estratégia da CBS para "True Lies". O filme, dirigido por James Cameron, foi lançado em 1994 e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis. A adaptação da série quase 30 anos depois leva a premissa básica do filme, que a vida do homem de família como agente é exposta e a partir de agora sua esposa também trabalha para empregos secretos, e transforma isso em uma divertida ação humorística.
Embora eu tenha nascido quando o filme foi lançado, nunca o vi. A premissa ainda parecia um tanto charmosa, especialmente porque a CBS ainda não se livrou completamente de sua reputação de produzir mais para o público masculino, de modo que a igualdade entre homens e mulheres, que como casais levam vidas igualmente perigosas e têm habilidades diferentes, é lucrativa. e trazê-lo é uma boa ideia. Uma breve comparação em termos de conteúdo e personagens do filme e da série mostra que o original é inicialmente seguido de perto. Os Taskers foram adotados exatamente pelo nome, exceto que, além de sua filha adolescente Dana, eles têm o Jake um pouco mais jovem como uma adição (portanto, equilíbrio de gênero aqui também). Há também o parceiro de Harry, Albert Gibson. Fora isso, a série toma um pouco mais de liberdade, o que é compreensível, porque afinal não se quer entreter apenas em termos de duração de um longa-metragem, mas sim em termos de um enredo que consiste em várias temporadas da emissora. ponto de vista. A equipe mais próxima de Harry é formada pelos colegas Luther Tenet (Mike O'Gorman) e Maria Ruiz (Erica Hernandez). Houve também uma troca de gênero no topo do serviço secreto do Setor Omega, com Spencer se tornando Susan Trilby (Beverly D'Angelo).
O elenco é relativamente desconhecido no geral, embora eu conheça Steve Howey como Harry e Ginger Gonzaga como sua esposa Helen. Eu o conheço de seu papel principal de longa data em "Shameless - Não totalmente sóbrio" e se seu rosto não fosse tão marcante, eu teria que olhar para ele várias vezes, porque ele claramente mudou visualmente. Eu só vi Gonzaga no ano passado em She-Hulk: The Lawyer. Então, realmente não há rostos completamente novos para mim. Mas também é óbvio que os dois mencionados se sentem principalmente em casa no gênero comédia. Mesmo que "Shameless" também tenha seus momentos profundos, Kevin foi responsável por virar os cantos da boca para cima como quase ninguém. Assim, rapidamente ficou claro para mim que não seria apenas uma série de ação ou crime, mas definitivamente também uma comédia. O piloto confirma essa impressão com relativa rapidez. Embora Harry e sua equipe não apresentem necessariamente o melhor desempenho, as montagens sozinhas, com os espiões cumprindo suas ordens de um lado e Helen cuidando de sua vida cotidiana supostamente chata do outro, são realmente encantadoras. O contraste é grande, mas a direção ainda conseguiu criar uma espécie de simbiose, de modo que em algum momento você poderia realmente pensar que Helen está treinando secretamente para o que está por vir. Mesmo mais tarde, quando Harry é atraído de volta à vida familiar cotidiana e recebe um sinal claro de Dana (Annabella Didion) e Jake (Lucas Jaye) de que ele realmente não importa, ou quando ele se envolve em uma aventura com Helen, fica claro. de novo e de novo que o humor vem antes da ação. Eu realmente não acho esse humor ruim, porque ele se destaca no meio de muitas séries processuais.
No geral, acho que o piloto pode não revelar totalmente como imaginar o resto da temporada. É claro que a vida de espionagem e a vida familiar sempre fornecerão a espinha dorsal de qualquer episódio, já que Didion e Jaye também estão listados para o elenco principal. Também posso imaginar que a dinâmica familiar é onde a maior parte da diversão é gasta, pois é óbvio que Dana em particular está agora na idade em que está quebrando o cordão, mas ao mesmo tempo também está se tornando mais consciente do que está acontecendo ao seu redor. em volta. Mas Jake não deve ser subestimado porque é ele quem supervisiona a constante construção que está acontecendo ao redor da casa, sem saber que é uma forma de segurança para os Taskers. Embora Harry não conheça a verdadeira vida familiar há muito tempo, Helen tem uma vida cotidiana normal, mesmo que ela tenha um emprego. No entanto, ela não vai continuar a poder oferecer uma rotina como esta e acho que por um lado ela poderia gostar disso, mas por outro lado também lhe vai causar maiores problemas. Com grandes pontos de interrogação na cabeça, olho então para a atividade de espionagem. Será que Helen realmente receberá a educação sugerida? Ou ela será imediatamente lançada em comissões? E como serão essas ordens? Realmente gosta de uma série processual clássica ou também com arcos de história mais consistentes? Certamente será muito emocionante ver como o estilo se desenvolve.
De qualquer forma, o prelúdio estava lá para dar uma visão ampla, mas tive a impressão de que só ficou realmente detalhado quando Helen descobriu o que o marido sempre faz quando supostamente está em viagem de negócios. Mas a missão com o roubo de armas não foi bem focada, nem nada ficou claro sobre Lutero e Maria. Apenas Gib estava então um pouco mais em foco, já que ele provavelmente é mais o mentor que organiza tudo e, portanto, um rosto familiar para os Taskers, mas devido à sua natureza engraçada e amistosa ele não é nada pelo que o torna especial. No entanto, a parte em torno do Setor Omega deve ser expandida um pouco mais. Como eu disse, você tem que esperar para ver todo o resto, mas os ingredientes jogados na panela podem definitivamente fazer um bom ensopado.
Conclusão
"True Lies" convence no início da série com seu humor, de modo que a ação muitas vezes só acontece porque algo deu terrivelmente errado. Mas apresentar tudo com uma piscadela não é uma má escolha porque, além de apresentar Helen a se tornar uma espiã involuntária, é a chave para envolver os espectadores. Não está totalmente claro como exatamente a espionagem será coordenada com a vida familiar por episódio, mas é fácil descobrir apenas continuando a sintonizar, e não parece uma má escolha.
BoJack Horseman: todos são heróis de suas jornadas, mesmo as pessoas ruins! (Não existem heróis... Só Anti-Heróis e Anti-Vilões!)
A 5ª temporada de BoJack Horseman é, de longe, a mais elogiada e bem-avaliada pela crítica especializada, porque é nesse ponto em que a zona de conforto da série é definitivamente deixada para trás. Experimentalismos já vinham sendo feitos aqui e acolá pelos produtores da série, mas é somente na quinta temporada em que ela ousa afirmar em voz alta algo que já sabíamos desde o princípio, mas sempre fomos reticentes e complacentes em afirmar: BoJack não é uma pessoa boa, embora tente nos fazer acreditar que é.
PS: Eu sempre falo isso mas ninguém leva a sério, o herói de um é o vilão de outro, a nuance do equilíbrio é assim mesmo, nem Deus é exceção a regra já q Lúcifer considera Ele como o vilão por considerar a humanidade a maior criação mesmo sendo inferior em todos os aspectos, e sim é por isso q eu disse q Guts é o verdadeiro anti-herói de Berserk. Do ponto de vista dos cidadãos de Falconia, Gutts seria o vilão mesmo.)
Narrativa ousada, elenco de peso e tramas fortes marcaram o sucesso de "Justiça"
"Toda justiça termina em castigo? Quem busca justiça aceita o perdão? Justiça a qualquer preço é justiça?" A minissérie escrita por uma inspirada Manuela Dias e dirigida por um brilhante José Luiz Villamarim respondeu essas perguntas na última semana, e ao longo da trama --- ambientada em Recife, fugindo do eixo RJ/SP ---, que já é uma das melhores produções do ano. Foram 20 episódios, exibidos durante cinco semanas, que apresentaram histórias extremamente fortes, prendendo o telespectador através de situações cruelmente reais e com personagens muito bem construídos pela autora.
A ousadia da narrativa foi a principal característica da minissérie, que apresentava um protagonista por dia e interligava os dramas de forma eficiente, exigindo uma maior atenção do público. A personagem principal da segunda era coadjuvante na terça e quase figurante na quinta e na sexta, por exemplo. Todos os perfis acabavam sendo vistos sempre, mas em diferentes posições e ângulos. A mesma cena era assistida várias vezes ao longo da semana, dependendo da mudança de foco do enredo. A 'novidade' bastante arriscada se mostrou um dos pontos altos de "Justiça", destacando o trabalho minucioso do diretor e sua equipe.
José Luiz Villamarim (que novamente teve o grande Walter Carvalho como parceiro, após as primorosas "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu") se preocupou em cada detalhe, valorizando a atuação do elenco, expondo a complexidade, a solidez e a controvérsia de todos aqueles personagens. O grau de dificuldade em gravar várias sequências de ângulos distintos era alto, mas o resultado foi o melhor possível. É necessário ainda elogiar a estratégia da inserção do plano-sequência no conjunto: as cenas não tinham cortes, sendo exibidas inteiras, o que foi fundamental para deixar os atores ainda mais entregues nas emoções daqueles perfis que se dividiam entre vítimas e algozes.
O elenco, por sinal, foi muito bem escalado. Os maiores destaques foram Débora Bloch e Adriana Esteves, que viveram as personagens mais desafiadoras da história. Elisa e Fátima eram mulheres carregadas de sofrimento e com dramas envolventes, cujos desdobramentos provocaram boas reviravoltas na vida daquelas duas pessoas tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. A primeira viu a filha ser assassinada pelo futuro genro, enquanto a outra foi presa injustamente, precisando lidar ainda com a morte do marido e a perda de rumo dos filhos (o caçula virou trombadinha e a mais velha prostituta). Não por acaso foram os episódios que mais despertaram atenção.
Além das duas grandes intérpretes mencionadas, o time contou com outros excelentes nomes. Jesuíta Barbosa viveu seu melhor momento na televisão na pele do passional Vicente; Leandra Leal finalmente se livrou das mocinhas corretinhas e divertiu com a periguete Kellen; Júlia Dalavia convenceu com a prostituta Mayra; Enrique Diaz brilhou na pele do policial Douglas, o personagem secundário mais complexo e contraditório do enredo; Vladimir Brichta deixou de lado os perfis cômicos que o marcaram na tevê e se destacou com o controverso Celso; Jéssica Ellen dominou a cena com a sua firme Rose; Cauã Reymond foi correto como Maurício; Luisa Arraes emocionou com o drama de Débora; Antônio Calloni deu um verdadeiro show vivendo o corrupto Antenor e Drica Moraes mostrou mais uma vez o seu potencial dando vida ao drama da alcoólatra manipulada Vânia. Já Tobias Carrieres foi uma grata revelação mirim com o seu carismático Jesus e Júlio Andrade cativou com o íntegro Firmino, formando um lindo par com Adriana Esteves. Cássio Gabus Mendes (Heitor), Priscila Steinman (Sara), Pedro Necerssian (Teo) e Igor Angelkorte (Marcelo) também merecem menção, além de Camila Márdila, que atuou com total entrega vivendo a destemida Regina.
As marcantes participações da primeira semana ainda engrandeceram a minissérie, valorizando mais o elogiado elenco. Marina Ruy Barbosa se saiu muito bem interpretando a sensual Isabela e ainda protagonizou uma das cenas mais dilacerantes da trama, quando a personagem é assassinada pelo ex-noivo, tendo o corpo nu ensanguentado segurado pela mãe desesperada. Ângelo Antônio se destacou com o trabalhador Waldir e Luiz Carlos Vasconcelos passou com veracidade a angústia do pai de Vicente, que se via falido. Teca Pereira sensibilizou o público na pele da mãe de Rose, enquanto Marjorie Estiano foi a grande protagonista do primeiro episódio das sextas. Todo o drama de Beatriz, que fica tetraplégica e pede para o noivo matá-la, foi defendido com brilhantismo por uma atriz que nunca decepciona. E a cena do atropelamento da bailarina foi impactante, sendo uma das mais fortes do enredo (responsável, inclusive, pelo cruzamento de todas as tramas no início).
Entretanto, nem tudo funcionou. O erro da cronologia inicialmente incomodou. Afinal, Vicente, Fátima, Rose e Maurício estiveram na mesma hora na delegacia, mas isso era impossível no caso de Fátima e Maurício. Ela foi presa de manhã, sendo que Douglas havia prendido Rose na noite anterior. E o enredo de Maurício levou no mínimo uns três dias para ser crível. Afinal, Beatriz foi atropelada à noite e operada (cirurgia de coluna leva horas) bem depois. Até acordar de todo esse pesadelo já leva um tempo. Sendo otimista, uns dois dias devem ter passado até receber a notícia que está paraplégica, o médico diagnosticar que não há solução, ela pedir para o marido fazer a eutanásia, ele arrumar a droga com Celso, entrar no hospital e matar a esposa. Portanto, o caso dele foi o mais 'grave'. Realmente, não havia como estar ali junto com os demais.
Outro erro foi o desenvolvimento do enredo de Rose. A história começou arrebatadora, com a menina sendo presa por tráfico de drogas, onde o racismo foi primordial para a sua condenação. O abandono da melhor amiga, que fugiu do local covardemente, deixou tudo ainda mais doloroso. Porém, assim que saiu da cadeia, a protagonista virou coadjuvante da própria trama. A personagem reencontrou Débora e soube do estupro que a amiga sofreu, iniciando então uma perseguição ao criminoso para vingar o ato asqueroso. A partir de então, ela perdeu a função e virou um perfil solto, vivendo apenas uns momentos românticos com Celso e tendo uma breve rivalidade com Kellen. O tema "Justiça" não se aplicou a ela. A situação faria sentido se Rose fosse a responsável pela tragédia na vida de Débora, se vingando da amiga que a abandonou no passado, mas não foi isso que ocorreu.
Mas os equívocos mencionados foram pequenos diante da quantidade de êxitos da produção, que mostrou a força de sua história logo no início. É preciso elogiar ainda a trilha sonora, minuciosamente selecionada. "Hallelujah" (Jeff Buckley), "Acabou Chorare" (Novos Baianos), "Dona da Minha Cabeça" (Geraldo Azevedo), "O que será" (Milton Nascimento e Chico Buarque), "Pense em Mim" (Johnny Hooker e Eduardo Queiroz), "Pedaço de Mim" (Chico Buarque e Zizi Possi), "Revelação" (Fagner), "Risoflora" (Elba Ramalho) e "Último Romance" (Los Hermanos) embalaram o enredo, combinando perfeitamente com cada situação apresentada ao público. Uma seleção de extremo bom gosto, o que é rotina nas obras dirigidas por José Luiz Villamarim. As diferentes aberturas também foram brilhantes, usando os próprios ambientes como paisagem (os nomes principais do dia surgindo antes dos demais atores foi outro detalhe bem pensado).
Todas as quatro histórias tiveram ótimos desfechos, mesclando emoção e tensão.
O acidente que matou Vicente foi um final que fugiu do óbvio, servindo ainda para mostrar o gesto de Elisa logo após a batida de carro, quando a mulher chegou a ligar para o socorro, mas desistiu logo depois, deixando o assassino da filha morrer. Claro que ele morreria de qualquer forma, mas a simbologia da atitude da mãe de Isabela foi fundamental. E a cena final de Regina treinando tiro para se vingar de Elisa fechou o enredo das segundas de forma instigante, reiniciando o ciclo macabro, mostrando que vingança é algo que nunca tem fim. Já o encerramento da trama de Fátima fez jus ao melhor enredo da minissérie. A personagem mais íntegra da obra merecia um final feliz após tanto sofrimento e conseguiu, ao lado de Firmino e dos filhos, protagonizando uma cena emocionante, quando o rapaz cantou "Amor Perfeito", pedindo a amada em casamento. Isso depois de quase ter sido presa injustamente de novo. Mas, em uma ironia do destino (bem elaborada pela autora), Douglas salvou a ex-inimiga e ainda ganhou um cachorrinho dela em agradecimento. Foi bonito e simbólico.
O fim de Débora foi marcado pelo chocante assassinato do estuprador Osvaldo, morto a pauladas pela sua vítima, brilhantemente interpretada por Luisa Arraes. A cena foi forte. Vale citar ainda o instante em que a mãe da menina ---- a repórter Lucy (Fernanda Vianna) ---- faz uma matéria sobre a morte do criminoso e acaba reconhecendo um pingente que deu para a filha, entrando em choque. Já Rose terminou feliz com Celso em uma sequência relativamente curta, confirmando a falta de importância que passou a ter na própria trama. Débora escreveu uma triste carta confessando seu crime e abandonou Marcelo, caindo no mundo.
Já o último episódio, fechando todo o ciclo da minissérie, foi primoroso. A vingança de Maurício foi feita com maestria, mas acabou atingindo uma inocente: Vânia. O rapaz abandonou a esposa do político, que entrou em desespero, destacando o talento de Drica Moraes. A cena em que Antenor é expulso de um restaurante pelos demais clientes foi constrangedoramente real, principalmente quando o político disse que todos estavam sendo enganados pela mídia golpista e que era inocente. O embate do canalha com Vânia foi a melhor cena final. Antônio Calloni e Drica deram um show e o instante em que o corrupto tirou o cinto e partiu para cima da mulher, que se desequilibrou da janela e caiu, morrendo na hora, foi chocante. Vale citar também a sequência do furto de Kellen, que roubou parte do dinheiro guardado por Maurício e Celso no esconderijo deles. Leandra Leal sempre ótima. E o embate entre Antenor e Maurício honrou a expectativa: o rapaz foi 'visitar' o inimigo (preso sob a acusação de ter matado a esposa) e contou sobre o atropelamento de Beatriz, culminando em seu plano. Cauã e Calloni foram muito bem, principalmente durante a troca de ironias. A última cena de Maurício foi na estrada (após ter escapado de uma tentativa de assassinato encomendada por Antenor), dando carona para Débora, interligando com o derradeiro instante do episódio de quinta-feira. A imagem do jornal "Diário de Notícias", tendo como capa a prisão do político e a candidatura do seu filho mau-caráter, foi o retrato fiel do Brasil, fechando a produção com um soco no estômago do telespectador --- ainda houve a interligação dos desfechos nas manchetes, assim como ocorreu no início.
"Justiça" primou pela ousadia, que pôde ser observada através da narrativa da minissérie, e a excelência da obra de Manuela Dias estava presente tanto no elenco escalado, quanto nos personagens solidamente construídos e nos dramas fortes criados ---- além, claro, da direção de Villamarim. A autora já havia mostrado competência quando levou ao ar "Ligações Perigosas" no início do ano e agora conquistou a crítica e o público com um enredo denso na faixa das 23h. O formato renderia até uma segunda temporada, com direito a novas histórias sendo contadas da mesma forma interligada. A minissérie é uma das melhores produções do ano, conseguindo deixar sua marca na televisão. Houve justiça, vingança, perdão, redenção, punição e, principalmente, uma dramaturgia de qualidade.
NOTA: Em 26 de agosto de 2016, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) publicou uma nota assinada pelo coronel Oderlei Santos, Coordenador de Comunicação Social da PMERJ, em repúdio à minissérie. A nota questiona a escolha de um policial para o papel de vilão, no caso, o personagem Douglas, interpretado por Enrique Díaz, afirmando que a minissérie "deseduca o cidadão. Estimula o desrespeito à Polícia" e pede boicote por parte dos Policiais Militares.
Baseada em um romance de volume único, a série deve investir em tramas originais nos próximos anos.
O primeiro grande sucesso da Netflix em 2023 foi O Agente Noturno, uma série da qual ninguém parecia esperar muito e que acabou se tornando uma das mais assistidas em toda a história da plataforma. No caso, nem demorou tanto assim para que fosse confirmado que a adaptação do romance de Matthew Quirk ganharia uma segunda parte em breve.
Agora chegou a hora de revisar tudo o que sabemos sobre a 2ª temporada de The Night Agent.
A HISTÓRIA
A ideia inicial com a qual a série foi vendida para a Netflix é que cada temporada acompanhe um novo caso, embora isso seja algo que não está gravado em pedra e pode mudar. No entanto, o que Shawn Ryan deixou claro é que, nas próximas temporadas de The Night Agent, ele gostaria de responder algumas perguntas: O que significa ser um agente noturno? Para onde Peter está indo? Agora que Rose está de volta à Califórnia para tentar reiniciar sua carreira em tecnologia, em que pé estão Peter e Rose?
O que fica claro é que terá que ser uma história completamente original, já que o livro em que foi baseada ainda não ganhou uma continuação. Por enquanto, a única certeza é que Peter deixará Washington em sua nova missão.
QUANDO ESTREIA A 2ª TEMPORADA DE AGENTE NOTURNO NA NETFLIX?
A plataforma deixou claro que a estreia da segunda temporada de The Night Agent acontecerá em 2024, sem dar ainda mais detalhes sobre o assunto.
ELENCO E PROTAGONISTAS
O único totalmente confirmado é Gabriel Basso como Peter Sutherland, o grande protagonista da série. A priori, a ideia de cada nova temporada é ter poucos personagens da anterior, mas neste caso há outros dois personagens cujo retorno parece provável. Por um lado, Luciane Buchanan como Rose Larkin, pelo menos, para dar algum tipo de continuidade ou encerramento do relacionamento com Peter. Do outro, Ben Cotton
para tirar todo mundo que era um problema do caminho.
Obviamente, a 2ª temporada vai precisar de muitos personagens novos, já a Netflix ainda não confirmou nenhuma contratação para a próxima leva de episódios de The Night Agent.
Obviamente, ainda temos muitas questões a serem resolvidas, mas atualizaremos constantemente essa matéria para incluir as demais novidades que surgirem no caminho.
Escondido em casa durante os primeiros dias profundos e sombrios da pandemia, tropecei na primeira temporada de Verdades Secretas II. Naquela época, episódios completos eram facilmente acessados em vários sites. Ficou claro desde o primeiro episódio que este programa era de alta qualidade - uma qualidade além do que você encontrará nas telenovelas norte-americanas ou nas novelas do horário nobre. A produção visual foi artística e envolvente. E ficou claro que o elenco era de primeira qualidade.
A segunda temporada (até os primeiros 20 episódios) foi ótima. Enquanto a 1ª temporada foi uma tragédia, a 2ª temporada é mais um thriller erótico. Os personagens Angel, Giovanna, Lourdeca e Visky voltam para o meu deleite (Honestamente, não me canso da Giovanna de Agatha Moreira na 1ª temporada) -- os quatro retornos mais importantes na minha opinião. E os personagens recém-chegados Cristiano, Blanche, Betty, Laila, Chiara e Lara foram ótimas adições (e vários outros)! Lara acabou de chegar a São Paulo no episódio 20, para fugir de sua vida familiar disfuncional, com sonhos de ser modelo. A modelo na vida real Rhay Polster, interpretando Chiara, tem uma cena erótica fumegante no mesmo episódio.
A segunda temporada também é diferente em sua forma de arte. Em muitas cenas, é semelhante à arte teatral. Por exemplo, os desfiles de moda não têm 100 ou mais extras reunidos para preencher os assentos. Eles usam um conjunto de elenco como se pode ver em uma peça ao vivo. Além disso, as cenas eróticas são artisticamente coreografadas com ótimas seleções de música para combinar com o clima. Um exemplo disso é uma cena erótica com uma das modelos, Liara, que está tomando pílulas dietéticas tentando manter seu peso baixo. Eles tocam "Fade to Grey" para combinar com o humor e as ações de um louco por velocidade em uma cena de amor.
E obrigado Criador Walcyr Carrasco e Diretora Amora Mautner por fazer a segunda temporada acontecer!
Os primeiros 30 episódios da 2ª temporada têm opções de legendas em inglês no Globoplay!!! Por que isso não está na Netflix ou na Amazon?
É provavelmente a série de TV mais quente que eu já vi. Comparada com Verdades Secretas II, a série espanhola Elite é para crianças. Verdades Secretas II é visualmente tão viciante e a atuação tão apaixonada que você entra em suas histórias dramáticas que às vezes são engraçadas também. Muitas cenas eróticas (hetero, homo e bissexuais) com um elenco diversificado oferecem colírio suficiente para qualquer espectador de mente aberta.
O que eu não entendo é que o streaming que distribui Verdades Secretas II apenas em seu web app não está vendendo a série em todo o mundo por meio de um acordo com Netflix ou Amazon Prime - e com legendas em inglês. Eu vi algumas novelas diárias e semanais alemãs, britânicas e americanas. Esta novela do Brasil tem valores de produção muito altos.
Eu identifiquei apenas dois pontos fracos: a música pop é usada com muita frequência ("Fade to Grey", "Heart of Glass" ou "Smalltown Boy"), talvez eles tenham economizado dinheiro da licença se cada título for tocado pelo menos seis vezes? Não faço ideia... E as fotos do estabelecimento das vistas dos arranha-céus aparecem com muita frequência. Não é necessário, pois os apartamentos e escritórios parecem diferentes o suficiente para que você não precise vê-los de fora.
Agora uma pergunta fica: vale a pena produzir "Verdades Secretas 3"?
Origem (From) é a nova série exclusiva do streaming que chegou cheia de mistérios. Onde eles estão? Eles estão em um purgatório? Todos na cidade estão mortos? O que são os monstros?
Vale lembrar que na série ele citam sobre a teoria das cordas é o gato de Schrödinger essa teoria falam sobre realidades paralelas e na minha opinião as vozes que a Sara ouve são deles próprios só que de outra realidades alternativas.
Acabei tendo uma interpretação um tanto diferente da sua. Hahaha Assim, o pessoal desapareceu em diferentes partes do mundo. Lá dentro é cheio de portais. Tudo parece ser cíclico. Existem as proteções para as criaturas não entrarem. (Se tiver alguma religião só não aposto no cristianismo, não mesmo, mas sei lá, né?). Acho que a série tem muita relação com o tempo, espaço... Não sei se é algo realmente místico. A gente ainda não sabe, de fato. Também não acredito que há bem e mau na série... Parece simplório demais para a forma com a qual a série se apresenta. Ainda apostaria no menino de branco como a cabeça de tudo caso fosse pra existir uma. Pq ser os monstros é óbvio demais numa série em que tudo gira ao redor do desconhecido, do mistério... Acredito que na segunda temporada vamos entender mais. Até pq estamos tão no escuro quanto os personagens estão. 🤷🏻♀️ hahahaha Tudo é mero chute mesmo. E a segunda temporada pelo que vi do trailer vai ser muito mais insana. Fiquei até com medo! Eu acredito que ali é uma espécie de mundo que não pega muito leve com seus habitantes e só os que se adaptam, sobrevivem. Não acredito que exista sequer um critério pra quem vai entrar ali. Caiu na brecha? Já era! Tem todo tipo de gente ali dentro. E se os "monstros" forem meros sobreviventes também? E se eles atacarem pq caso não o façam algo pior pode acontecer? Afinal eles disseram que há algo pior e realmente parece ser o caso... Igual eles tentarem escapar só faz com que piore tudo... Mais um motivo pra eu acreditar que não é algo de teor religioso ou espiritual, são os personagens que trabalham com tecnologia, engenharia... Enfim, são muitas possibilidades e a gente estava doida já de ansiedade!
Ainda bem que já falta menos de um mês pra voltar. Vai ser uma doideira essa segunda temporada. A gente está ansioso! [/spoiler]
Essa série bateu tão forte em mim, nunca vi uma representação tão fiel de pessoas deprimidas... geralmente depressão sempre é retratado como tristeza e solidão, quando na vdd é um vazio que por vezes você preenche com os piores sentimentos possíveis. Pessoas deprimidas podem ser totalmente funcionais, insuportáveis e amáveis...dói muito ver a série pq além de insuportáveis e plurais você sente pena do vazio dos personagens.
Você fica muito dolorido assistindo.
Série incrível. A24, sinônimo de qualidade. Com direito a referências de outras produções da própria empresa. Ela traz uma análise sobre o “verniz” social construído, o que arranha ele e as máscaras que muitos colocam… Como cada um pintando, numa sociedade de muita aparência e pouca essência, as paredes das camadas sociais que os cercam de acordo com o momento e a conveniência.
O mote principal é, sem dúvida, esse: o arranhar do verniz social e a dissolução dos castelos de areia.
Creio que a Lei dos Semelhantes (Similia Similibus Curantur) é a que mais se encaixa para os dois antagonistas da série, que aliás, tem várias lições de relacionamentos e auto conhecimento.
'BoJack Horseman', um dos grandes sucessos atuais da animação adulta!
Afinal, o que torna uma série animada “para adultos”? Arte que o senso comum teima em considerar infantil, séries animadas têm se focado mais nos adultos - e conquistando-os cada vez mais.
Ultimamente, muito tem se falado de “desenhos animados para adultos”, como se isso fosse novidade. De fato, eles se tornaram muito mais populares e variados. Mas o que faz com que uma série animada seja classificada como “para adultos”? Onde é que essa fronteira pode ser traçada?
Primeiro, é preciso entender que ela nem sempre existiu: no começo, animação era algo que se supunha que podia ser apreciado por todos. Os antigos curtas dos Looney Tunes, por trás de todo o pastelão, tinham alguns comentários que adultos seriam capazes de entender melhor. E mesmo os filmes da Disney, mais voltados para crianças, ainda possuíam certo teor artístico que adultos apreciam.
A grande virada foi a televisão. Por anos, a animação para televisão era produzida com orçamentos mínimos e de forma mais desleixada. Se alguém fosse assisti-las, teria que ser um público que não levasse animações tão a sério e fosse indiferente a certas negligências – ou seja, crianças. E quando se descobriu que desenhos animados funcionavam como excelentes comerciais para brinquedos, pronto: criou-se uma cultura em que animações eram algo para crianças. Quando os curtas dos Looney Tunes passaram a ser exibidos na TV, viraram “desenhos para crianças”. E nada era tão maduro a ponto de não ser um “desenho para toda a família”.
'Bob's Burgers', animação adulta que alcançou um status cult!
Lógico que estamos falando da animação norte-americana e europeia. Na Ásia foi diferente, com animações de teor mais maduro tornando-se comuns no Japão, na Coreia e na China. Mas quando vinham para o ocidente, o que acontecia? Um corte aqui, uma mudança na tradução ali, e pronto, a série animada estava adequada para ser exibida a crianças.
Então, no final dos anos 80, estreou Os Simpsons. O programa foi uma revolução: referências a alcoolismo, xingamentos, personagens que desrespeitavam ou abusavam da autoridade sem consequências… E tudo isso na forma de desenho animado. Pode não parecer nada de mais, mas para a época foi chocante: uma série animada pensada nos adultos e contraindicada para crianças.
Com os anos, seu humor chocante amainou-se e se tornou mais “familiar”, mas o passo inicial já estava dado, e outros resolveram investir em séries animadas para adultos. Uma Família da Pesada, Bob’s Burgers, as animações da MTV, até o Cartoon Network criou o Adult Swim, bloco de programação dedicado ao formato. Mesmo animações infantis ficaram mais refinadas para chamar a atenção dos adultos. A primeira série animada da Netflix, BoJack Horseman, foi voltada para adultos, seguida de outras como Big Mouth. O que era raro está mais popular do que nunca.
E o que define uma série animada como sendo “para adultos”?
Primeiro: adultos conseguem se identificar com ela. O enredo, o humor e o drama lidam com experiências pelas quais só passamos após certa idade. Animações para adultos entendem que, às vezes, a vida simplesmente não acontece do jeito que gostaríamos: terminamos relacionamentos, temos péssimos dias no trabalho, botamos tudo a perder por causa de uma decisão errada, nos frustramos. E têm a maturidade de mostrar que nem sempre essas coisas têm volta.
Isso não quer dizer que elas são mais sérias ou pessimistas do que animações infantis: algumas nos mostram que, quando tudo dá errado, o jeito é achar algo bom e se ater àquilo, por menor que seja. Elas também podem ser divertidas, relaxantes e nos fazer sentir melhor. Há também as mais escapistas, abordando mundos de fantasia e ficção científica de forma grandiosa, mas com uma linguagem que definitivamente não apela a crianças. Animações para adultos nem precisam estrelar adultos: em Big Mouth, todos os personagens são adolescentes na puberdade.
Mas até aí, eu poderia muito bem estar descrevendo uma série adulta live-action. O que torna então a animação tão especial e, ultimamente, popular?
A primeira resposta é um tanto óbvia: a animação permite que essas séries sejam mais explícitas. Seja na ação, no sexo, no humor negro ou nas sátiras sociais, elas conseguem ir a extremos aos quais novelas e sitcoms não conseguem, não apenas por limitações físicas, mas porque pareceriam estranhos ou até de mau gosto fora do universo livre da animação, onde tais extremos são um sinal de sofisticação.
Mas há ainda uma segunda resposta: animações apelam para a nostalgia dentro de todo adulto. A animação infantil é algo muito presente em nossas vidas quando somos crianças. Sendo assim, quando vemos um personagem animado passar pelos horrores cotidianos ou extra cotidianos sobre os quais só aprendemos na fase adulta, é difícil não associá-lo àquilo que um dia nos foi tão especial, e nos emocionamos de um jeito que não aconteceria em uma série live-action.
Demorou, mas cada vez mais a televisão e as plataformas de streaming estão descobrindo a animação como uma forma de abordar questões que exigem certa maturidade para serem entendidas. E quando abordadas corretamente, podem se tornar verdadeiras gemas que pegam muitos adultos de surpresa – e, felizmente, têm surgido cada vez mais gemas por aí.
A animação BoJack Horseman tem como foco a depressão do personagem principal, Bojack, um ex-ator de Hollywood que perdeu o seu espaço e agora precisa enfrentar problemas com depressão, vícios e alcoolismo.
A crítica está sempre elogiando a forma em que a saúde mental é tratada na série, mas, assim como 13 Reasons Why, algumas pessoas que sofrem de ansiedade e depressão podem sentir dificuldade em assistir, principalmente pela identificação.
“Eu quero me sentir bem comigo mesmo. Como você faz. Mas eu não sei como”. - Cena de BoJack Horseman
O criador de BoJack Horseman diz não ter criado a série com o objetivo de retratar a depressão, mas que seus espectadores puderam conferir uma representação mais realista sobre assunto.
BoJack Horseman está em sua sexta e última temporada. Você pode assisti-la na streaming.
Assistir a Bojack Horseman é para mim uma experiência de entretenimento cômico das mais engraçadas e um sofrimento imenso. A série criada pelo insano Raphael Bob-Waksberg começa como uma animação de comédia para adultos clássicas, com piadas sobre drogas, bebidas e sexo, e aos poucos vai abraçando seu lado sombrio, que a cada episódio aflora mais. Bojack é um cavalo-celebridade de Hollywood que atuou na década de 90 em um clássico sitcom familiar de sucesso. Na meia-idade, com uma necessidade enorme de alimentar o próprio ego e sem conseguir nenhum trabalho e nem manter relações sólidas com ninguém, se dispõe a ser biografado na tentativa de recobrar parte da fama perdida. O que a princípio parece uma caricatura das relações superficiais do showbusiness aos poucos vai se revelando o retrato escancarado de uma depressão profunda, marcada por abusos psicológicos e excessos nada saudáveis para preencher um vazio que, nas palavras da mãe do cavalo, “é o seu direito de nascença”.
Mas talvez o que de mais significativo o seriado da Netflix tenha para oferecer além de um espelho doloroso para quem se encontra na mesma condição psíquica é evidenciar o mundo literal e a perda das sutilezas que experimentamos nessa pós-modernidade. Enquanto nos acostumamos a nos relacionar de longe com nossos colegas, via redes sociais, onde cada pessoa é uma ilha de moralidade em meio a um chorume social, de perto experimentamos a sensação de nos desnudarmos dos signos que criamos para sustentar uma certa personalidade construída.
Todos os personagens da série são criadores de símbolos: são atores, escritores, apresentadores de TV, agentes, enfim, inventores de arquétipos que, conforme os episódios avançam, se mostram insuficientes para escorar as arestas da normalidade de cada um. Resta o literal, o cru. O famoso letreiro de Hollywood é só um símbolo, mas quando Bojack Horseman rouba o D da palavra para presentear sua paixão platônica Diane, a cidade passa a ser chamada de Hollywoo; o diretor do filme que Bojack está filmando diz em dado momento da série que não está fazendo nenhum Casablanca, e enquanto o ator equino acredita se tratar de uma figura de linguagem que explana a qualidade cinematográfica da obra, o cineasta é literal ao dizer que não estão filmando Casablanca porque Casablanca é um filme sobre outro assunto; Ethan Hawke é um hawk (um gavião), e um marlin chamado Brando (sim, Marlin Brando) serve Stella Artois gritando “Stella”, como o ator de Um Bonde Chamado Desejo; o orfanato que Bojack constrói em homenagem ao seu amigo Herb Kazazz se chama Jerb Kazazz por causa de um erro de digitação em um e-mail.
Não sobram espaços para simbolismos no pesadelo semiótico de Bojack Horseman. A percepção é acentuada pelo fato de que a série, ao mesmo tempo em que se apropria de elementos tipicamente ficcionais para montar sua bíblia, utiliza apenas desfechos dolorosamente reais para suas tramas, desprezando metáforas. A vida real é mais sutil em dizer que as sutilezas já se foram (no máximo, alguma charge de Carlos Latuff em que um policial aparece com um colete que diz “POLICIAL” dá a ideia mais escancarada da coisa), mas cobra da mesma forma o preço pelos signos falsos sob os quais vivemos. A depressão de Bojack é fruto da realidade idealizada confrontada com a realidade objetiva, e toda a escuridão dos outros personagens passam pelo mesmo caminho. E nós também, cada vez mais.
BoJack Horseman é o verdadeiro órfão de "Horsin' Around"
Nada pode ser mais destrutivo ou reconfortante do que a presença próxima da família. A quarta temporada de "BoJack Horseman" fez questão de tratar de temas que vinham sendo pincelados há temporadas inteiras, e que nunca haviam sido tratados com a atenção merecida. A família de BoJack vem para o centro da obra e, com ela, o passado do personagem, que pode ser interpretado como uma grande vítima de um ambiente tóxico, ou como um grande órfão de uma fantasia que saiu de controle.
Seja qual for o caso, BoJack está a beira da destruição, assim como sua família.
Segunda temporada de "O Rei da TV" melhora ao não se levar tão a sério
A primeira temporada de "Rei da TV foi disponibilizada em 19 de outubro de 2022 na plataforma de streaming Star+. Criada por Marcus Baldini, André Barcinski e Ricardo Grynspan, a produção que conta a saga de Silvio Santos foi massacrada pela crítica. O tom farsesco, as interpretações exageradas e os conflitos controversos da trama --- dirigida por Baldini e Carol Minem --- contribuíram bastante para a má repercussão. Felizmente, a segunda temporada, lançada no dia 29 de março de 2023, com oito episódios, provocou uma melhor impressão.
A nova temporada, dirigida por Julia Jordão, traz novos obstáculos, sucessos e tombos na trajetória de Silvio Santos, na sua busca para se tornar o maior empresário e comunicador do Brasil. A história começa em 1989, quando Silvio se candidata à Presidência da República. Sua candidatura, porém, não é tolerada pelos adversários, e esse ressentimento serve de motivação para transformar o SBT no canal mais assistido do país, em uma grande batalha que marcou a história da televisão brasileira. Homem de muitos negócios, enquanto Silvio se lança no ramo dos cosméticos, o escândalo na administração do banco PanAmericano ameaça destruir o império que o empresário levou a vida inteira para construir.
A vida pessoal também sofre as consequências do sucesso, quando os holofotes da mídia se viram contra um dos momentos mais dramáticos da família Abravanel: o sequestro da filha Patrícia. "O Rei da TV" conta a história de Silvio Santos, o jovem de vida humilde, genial e ambicioso que foi atrás do seu sonho e se tornou o comunicador mais bem sucedido da televisão brasileira, além de um dos empresários mais reconhecidos do país. A série apresenta um olhar inédito sobre sua intimidade, mostrando as várias fases de sua carreira, erros e acertos, recordes de audiência e insucessos, todos os grandes desafios enfrentados para construir o SBT e seu império. Assertivo e polêmico em suas decisões, é uma figura icônica que faz parte da rotina de milhares de brasileiros.
Ao contrário da primeira temporada, a segunda não tenta se levar tão a sério, o que proporciona cenas mais divertidas e momentos nostálgicos. José Rubens Chachá segue ótimo como Silvio Santos e uma das melhores cenas da série é o momento em que Silvio muda a grade do SBT dentro da Globo por meio de um simples telefonema. A trama fica muito mais atrativa quando foca na guerra de audiência entre as emissoras porque todos que viveram aquela época, independente da idade, sabem bem a loucura que era a disputa, principalmente aos domingos. Aliás, outra sequência impagável da série é a recriação do pitoresco encontro de Jean-Claude Van Dame com Gretchen no palco do "Domingo Legal", onde dançaram sensualmente. Paulo Nigro interpretando Gugu Liberato foi uma boa escolha. Outros bons nomes do elenco são Leona Cavalli (Íris Abravanel), Cacá Carvalho (Manoel de Nóbrega), Roberta Gualda (Cidinha Abravanel), Pascoal da Conceição (Roberto Marinho) e Ary França (Pedro de Lara).
"O Rei da TV" parecia fadada ao fracasso após um início turbulento, mas, apesar de algumas cenas toscas, conseguiu melhorar em sua segunda temporada através de situações de fácil identificação do público. E, por mais surpreendente que pareça, mostrou fôlego para outras etapas da vida de Silvio Santos, até porque enredo não falta para explorar sobre o comunicador que está com 92 anos de idade.
Criador de "Succession" explica final da série e destino dos protagonistas.
Jesse Armstrong disse que últimos eventos da trama já estavam planejados "há um tempo"
Consagrada por fugir do lugar-comum quando o assunto é roteiro, Succession surpreendeu o público com as reviravoltas do último episódio, exibido na noite de domingo (28/05/2023) na HBO e já disponível na HBO Max. No quadro do YouTube Inside the Episode, Jesse Armstrong, criador do seriado, explicou a sequência final — que, segundo ele, já estava planejada "há um tempo".
Após quatro temporadas se digladiando pelo trono do pai à frente do império de mídia Waystar Royco, os três irmãos Roy — Kendall (Jeremy Strong), Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) — terminaram de mãos abanando com a venda da empresa ao bilionário Lukas Matsson (Alexander Skarsgård), que escalou Tom Wambsgans (Matthew Macfadyen), o marido de Shiv, como CEO e sucessor de Logan Roy (Brian Cox).
— A ideia de Tom ser o eventual sucessor foi algo que pensei ser o final certo por um bom tempo. Mesmo que ele não seja exatamente o monarca mais poderoso que você já conheceu, seu poder vem de Matsson. Essas figuras que se elevam e se tornam receptivas a pessoas poderosas estão por aí — declarou Armstrong.
Final de "Succession" é aclamado pelo público por "coragem dos roteiristas" e com comparações à vida realFinal de "Succession" é aclamado pelo público por "coragem dos roteiristas" e com comparações à vida real Marcos Frota comenta a passagem de seu circo pela Capital e relembra o eterno Tonho da LuaMarcos Frota comenta a passagem de seu circo pela Capital e relembra o eterno Tonho da Lua Nas redes sociais, internautas ficaram em dúvida sobre a mudança de posição de Shiv. Antes, ela estava apoiando a intenção dos irmãos de bloquear a venda da empresa, mas decidiu de última hora ficar do lado de Matsson, mesmo sabendo que ele havia traído a promessa de que faria ela CEO. Em sua última cena, ela aparece encostando na mão de seu marido, Tom, de quem espera um filho.
— Shiv ainda está em jogo, eu diria, em um lugar assustador, congelado e emocionalmente estéril — disse Armstrong. — Mas ela tem esse tipo de não-vitória, não-derrota. Quero dizer, haverá algum movimento lá. Ainda há muito desse jogo para jogar, mas é aí que o deixamos. E parece que vai ser difícil progredir para eles, emocionalmente, dadas as coisas que eles disseram um sobre o outro.
Kendall, por outro lado, termina a série completamente derrotado do propósito de repetir o sucesso do pai.
— Para Kendall, isso nunca deixará de ser o evento central de sua vida, os dias centrais de sua vida, alguns anos centrais de sua vida — afirmou Armstrong. — Talvez ele pudesse abrir uma empresa ou fazer alguma coisa. Mas as chances de ele alcançar o tipo de status corporativo que seu pai alcançou são muito baixas. E acho que isso vai marcar toda a sua vida.
Já Roman, em sua última cena, aparece um pouco mais otimista, sentado em um bar, pedindo um drink e esboçando um sorriso.
— De uma forma redutora e brutal, Roman termina exatamente onde começou. Ele ainda é aquele cara (da primeira temporada). E ele poderia facilmente ter sido um idiota playboy com alguns instintos ligeiramente desagradáveis e algumas piadas bastante engraçadas. Ele poderia ter ficado em um bar, sendo aquele cara. E isso (eventos mostrados na série) foi um desvio em sua vida, eu diria.
HBO obrigado por tantas obras primas .. Sopranos, The leftovers, Game of thrones, Barry, True Detective (season 1), The Wire, The deuce, Six feet under, Band of brothers, Chernobyl e agora Succession .. Que canal lendário!!!
PS: Melhor foi a piada do Logan, falando do dedo do Greg 😂😂😂
Acho que o que estava mais doendo no Logan durante a festa, era justamente os filhos e esposa não estarem presentes, nem estar puxando o saco dele. E a secretina percebeu e tentou uma ligação. Ele até tentou uma conexão sentimental com o segurança.
Rabbit Hole: Jogo de Mentiras
3.4 11 Assista AgoraAproveite para assistir: Série com Kiefer Sutherland é pra quem curte inesperadas REVIRAVOLTAS!
Nem tudo é o que parece ser. Chegou no catálogo da Paramount Plus um seriado cheio de reviravoltas, idas e vindas por meio de diferentes pontos de vistas, que exploram as possibilidades da espionagem industrial através das ações de um protagonista desconfiado com tudo e todos, que tem uma empresa que resolve situações, cria vantagens, das mais diversas, para quem o contrata, mas se vê constantemente perdido pelas falhas de um enorme plano que envolve questões democráticas e que podem afetar o planeta das informações. Criada pela dupla Glenn Ficarra e John Requa, Rabbit Hole: Jogo de Mentiras, não entrega muito nessa primeira temporada, deixando as principais respostas para as próximas etapas.
Na trama, conhecemos John Weir (Kiefer Sutherland), um dos criadores de uma empresa de sucesso que resolve questões ligadas à espionagem para empresas e pessoas que os contrata. Em um novo e audacioso plano, a conclusão não sai como esperado e ele se vê envolvido em uma trama cheio de caminhos dentro da narrativa que tinha criado. Lutando contra seu complicado passado, memórias doloridas, e perdas no presente, ele precisará se juntar a um grupo de novas pessoas para enfim colocar o trem de volta aos trilhos e sair vencedor em uma batalha que gira em torno da informação.
O roteiro busca ser engenhoso, modifica peças de lugar frequentemente através das peculiaridades do seu confuso protagonista, usa do flashback para ampliar o entendimento na parte psicológica dos personagens. As perguntas começam aqui:
Será que é tudo parte de um plano dele?
Qual o plano?
Será que está sendo enganado?
Engana-se quem acha que encontrará respostas nessa primeira temporada, na verdade muitas perguntas são introduzidas pelas entrelinhas, inclusive.
Por falar do lado psicológico de John Weir, essa é a parte mais interessante para se seguir observando. A mente e suas complexidades viram elementos importantes nessa história, o começo do visualizar outros cenários, até o real entendimento dos traumas de um passado que não esquece, até mesmo suas aflições do que pode ser real ou não são ingredientes que tornam esse protagonista enigmático.
A subtrama policial, com o foco na detetive que os investiga, é o ponto fraco dessa primeira parte da história, parece distante adicionado apenas o óbvio dentro de um limitado ponto de vista de quem, assim como nós espectadores, não está entendendo os principais porquês que atravessam essa mirabolante história.
Pelas ruas de uma grande cidade norte-americana, ou mesmo escondidos em lugares remotos, vamos acompanhando os passos do novo grupo formado por Weir em busca de respostas, onde a busca pelo controle da informação é o início de um caminho com muitas motivações e possibilidades.
Os Outros (1ª Temporada)
4.0 256Instigante, Os Outros mostra como querer ter sempre razão pode ser mortal
Criador de Os Outros, Lucas Paraizo tem "obsessão" por microcosmos, pequenos espaços que podem representar toda a sociedade. Foi assim em outra série dele, Sob Pressão, ambientada em um hospital. O condomínio fictício surgiu durante a pandemia de coronavirus, que provocou o aumento da interação (e dos conflitos) entre vizinhos.
"Acho que esses espaços nos ajudam a entender as múltiplas camadas das pessoas que habitam naquele lugar. Parece contraditório, mas quanto mais particularizamos, em certo sentido, mas conseguimos universalizar. Independentemente dos condomínios, todos nós temos vizinhos em cima, em baixo, dos lados. Essa escolha é a vontade de mostrar que o que vemos no outro somos nós mesmos", explicou Paraizo ao ser perguntado.
Na mesma entrevista coletiva, a diretora artística de Os Outros, Luisa Lima, revelou outra importante referência para a série além da vizinhança: o filme Parasita, vencedor de quatro Oscars em 2020, incluindo Melhor Filme.
"Quando vi Parasita, acho que ele escrevia o sexto episódio, falei: 'Lucas, tem tudo a ver com o que você está falando!'. Fiquei muito nervosa, era uma crítica social gigante. Parasita se tornou uma pesquisa fundamental para nós, e consequentemente o audiovisual da Coreia do Sul", afirmou a diretora.
"Sou muito fã de Deus da Carnificina, e foi o ponto de partida para entender que a briga entre dois adolescentes era universal. Poderia acontecer aqui, nos Estados Unidos, em Israel ou no Japão. Queria um ponto de partida que fosse comum a todos nós e que de alguma maneira fosse produtivo. Relatos Selvagens, filme argentino, de alguma maneira mostra o que acontece quando a gente usa limites em prol da nossa própria verdade. Beleza Americana também fala da desconstrução da sociedade idealizada, o que está por trás daquela rosa vermelha, ou no nosso caso do condomínio", complementa Paraizo.
Nova série do Brasil é estrelada por Adriana Esteves, Eduardo Sterblitch e Milhem Cortaz
Nova série brasileira, Os Outros provoca o espectador desde as primeiras cenas do episódio de estreia, lançado na quarta-feira (31/05/2023) pela plataforma de streaming brasileira. Ambientada em um condomínio, endereço comum em grandes cidades, a produção criada por Lucas Paraizo instiga por mostrar brigas entre vizinhos que não são mera ficção.
Contada de maneira não-linear, a primeira temporada apresenta um conflito moral logo na primeira cena:
uma mulher decide comprar um revólver mesmo sem saber manusear uma arma. Em seguida, um flashback apresenta Cibele (Adriana Esteves), nova moradora do fictício condomínio Barra Diamond, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Ao lado do marido, Amâncio (Thomás Aquino), e do filho, Marcinho (Antonio Haddad), ela prevê muitos momentos felizes no imóvel recém-adquirido. Anos depois, Cibele se desespera ao descobrir que seu garoto, adolescente, havia sido espancado na quadra comum do edifício.
O episódio acende faíscas nos personagens, que cometem atrocidades sem pensar nas consequências.
Cibele recorre ao vizinho, o ex-policial corrupto Sergio (Eduardo Sterblitch), para se proteger da família do agressor de seu filho, Rogério (Paulo Mendes). O pai do garoto, Wando (Milhem Cortaz), viveu um "dia de fúria", à la Michael Douglas, a partir de sua de
Neste momento, o público conhece o lado superprotetor dos protagonistas
: Cibele defende Marcinho com unhas, dentes e armas. Wando obriga Rogério a se desculpar, mas imediatamente "passa pano" para o comportamento agressivo de Rogério, que luta judô e joga games de tiro (o único erro do primeiro episódio, por associar videogames e violência).
Cibele e Wando, aparentemente pais "corujas
", passam a se atacar ferozmente. Além do revólver da moradora, o vizinho tenta invadir a casa de sua rival com uma barra de ferro, em uma cena inevitável de se comparar à sequência antológica de O Iluminado em que Jack Nicholson diz: "Here's Johnny!".
Aos respectivos cônjuges, Amâncio (marido de Cibele) e Mila (mulher de Wando interpretada por Maeve Jinkings), lhes cabe a missão de resgatar a sanidade de seus pares. Entretanto, parece ser tarde demais, já que os vizinhos raivosos estão decididos a ter razão sobre seus filhos.
A esta altura, os pais já praticaram desvios de caráter muito mais graves do que a briga adolescente e sugerem surpresas trágicas aos espectadores.
Atlanta (1ª Temporada)
4.5 294 Assista Agora‘Atlanta’ é uma preciosidade do humor televisivo
Volta e meia alguma premiação norte-americana causa espanto fora dos limites do país. Foi assim anos atrás com Mom, foi assim recentemente com Atlanta, série do canal a cabo FX escrita, produzida e protagonizada pelo ator e músico Donald Glover, que ganhou fama com o personagem Troy do cultuado seriado Community. É preciso apontar que algumas pessoas, mesmo nos Estados Unidos, também acharam estranha a vitória da série em uma categoria de humor (alô, Transparent), isso porque ela não é necessariamente uma série que nos arranque risos.
Atlanta é uma série sobre a juventude (a negra, de forma mais específica), a falta de objetivos ao entrar na vida adulta, esse período repleto de medos, sonhos e incertezas. Além de inovar dentro do conceito de humor em sitcoms, o seriado é notável por caminhar à margem do que a TV norte-americana geralmente faz, colocando personagens negros para fazer comédia de alto nível, retratando de maneira mais fiel suas vidas – afinal, os roteiristas também são negros.
O FX conseguiu com Atlanta (e Better Things, que estreou na mesma época) produzir comédia acima do nível por vezes medíocre do visto na teledramaturgia, que não apenas funciona para o modelo atual de televisão, mas também atende aos anseios do público em tempos de Netflix – ora, o que mais são Master of None e Unbreakable Kimmy Schmidt que sitcoms inteligentes conectadas com seu público?
No show, Glover é Earn Marks, um fracassado rapper “sem-teto” que alterna sua vida entre ser posto para fora da casa de seus pais, dormir na casa da ex-namorada (com quem ele tem uma filha) e comer cereais na casa de seu primo. Ele é a personificação dos conflitos existenciais dessa fase de transição na vida de jovem adulto. Desgostoso de todas as opções que a vida lhe oferece, ele se vê forçado a tomar decisões em direção à maturidade. Mais do que querer, Earn precisa chegar em algum lugar, “ser alguém”.
A série assume um caráter político de forma quase instantânea, menos pelo seu texto e mais por ser um dos raros programas feito por e sobre negros nos Estados Unidos, além de escolher como cenário a capital de um estado que era escravocrata até cerca de 150 anos atrás.
Na linha tênue entre a originalidade e ser apenas uma comédia hipster voltada a um público jovem negro, Atlanta é bem-sucedida com a construção de personagens peculiares e genuinamente complexos. Como não enxergar todas as nuances de Paper Boi (o excelente Brian Tyree Henry), as camadas de sarcasmo em Darius (Keith Stanfield, talvez o melhor personagem do programa) ou a força de Vanessa (Zazie Beetz em ótima atuação)?
Atlanta guarda diferenças importantes para as comédias tradicionais, a começar por um ritmo mais lento no trajeto de aprofundar a construção de seus personagens. Além disso, seu humor é concentrado em muitas cenas de completo silêncio, ao contrário das sacadinhas ou piadas escrachadas do humor tradicional.
Como a quarta temporada está confirmada como a última em 2023, a sugestão é mergulhar nos 10 episódios com parcimônia, de forma a apreciá-los em sua completude. Tenha certeza, esta é uma dica preciosa.
Atlanta (3ª Temporada)
4.4 84Atlanta’ tem terceira temporada cheia de surpresas e com impacto duradouro.
Depois de um longo hiato, ‘Atlanta’ retorna com sua mistura única de comédia, drama e horror, explorando temas raciais e levando os espectadores a novos lugares.
A terceira temporada da aclamada série Atlanta, que chegou recentemente ao catálogo da Netflix, passou por um hiato de quatro longos anos até ser produzida.
Com uma mistura única de comédia, drama e horror, a série criada e estrelada por Donald Glover tem sido conhecida por desafiar expectativas e explorar temas profundos relacionados à experiência dos negros estadunidenses. A espera pode ter sido longa, mas o impacto duradouro da série foi reafirmado.
Desde sua estreia em 2016, Atlanta tem sido uma série difícil de categorizar. A cada episódio, ela desafia os limites dos gêneros, alternando entre momentos hilários, momentos de tensão dramática e mergulhos profundos no horror. A terceira temporada manteve essa tradição, levando os espectadores a novos lugares enquanto manteve uma sensação constante de incerteza.
Novos lugares, mesmo estilo: a terceira temporada de ‘Atlanta’
Uma das principais características de Atlanta é sua exploração contundente das questões raciais nos Estados Unidos. A série retrata a vida dos personagens negros e como a fortuna deles pode mudar em um instante.
A terceira temporada não é diferente, abordando temas como o apagamento histórico de comunidades negras, a violência racial e a intolerância disfarçada de brincadeira inofensiva.
A terceira temporada de Atlanta nos leva a novos lugares, afastando-se do cenário habitual da cidade que dá nome à série. Earn, Alfred e Darius embarcam em uma turnê pela Europa, abrindo espaço para reflexões sobre a identidade e a experiência negra em diferentes contextos culturais. A série continuou a surpreender, oferecendo uma visão fresca e inesperada enquanto manteve sua essência inconfundível.
Os novos episódios de Atlanta marcaram uma mudança na vida dos personagens principais. Paper Boi agora é um artista em ascensão e enfrenta novos desafios e privilégios enquanto está em turnê pela Europa. A série continua a explorar a complexidade desses personagens e suas lutas pessoais, mantendo-os como peças centrais de uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.
‘Atlanta’ além de ‘Atlanta’
Os dois primeiros episódios da terceira temporada de Atlanta começam com uma história assombrosa e surreal. Conhecemos Loquareeous, um jovem negro que é colocado para viver com duas mulheres brancas. Essa trama paralela, inspirada em eventos reais perturbadores, mergulha em questões de raça e identidade, ressaltando o passado histórico de violência e opressão enfrentado pela comunidade negra.
Enquanto os personagens principais estão em turnê pela Europa, o segundo episódio revela o lado obscuro da aparente acolhida que Alfred, também conhecido como Paper Boi, recebe na Holanda. Durante a temporada de Natal, surge a discussão em torno da tradição do “Zwarte Piet”, um personagem associado ao racismo histórico por sua representação em blackface. A série aborda o impacto dessas práticas racistas na vida dos personagens negros.
A tônica perpassa os dez episódios que compõem a terceira temporada da série, o que pode tornar a compreensão sobre seu subtexto complicada. O trabalho de Glover cruza muito com o do cineasta Jordan Peele, em especial por rejeitar as normas esperadas. Acompanhar a repercussão entre a audiência, passado um ano de seu lançamento nos Estados Unidos, deixa claro que o conflito racial segue quente por lá (e em diferentes locais, inclusive o Brasil).
Um dos aspectos intrigantes da terceira temporada é a mudança do cenário principal para a Europa. Essa mudança levanta questões sobre a identidade dos personagens e o significado geográfico de Atlanta para eles. A série explora se ela é apenas um lugar físico ou uma parte indissociável de sua história e identidade, revelando as complexidades de pertencer a uma comunidade e enfrentar desafios externos e internos.
O trabalho de Glover, que se envolve na produção, atuação, direção e roteiro, com o diretor Hiro Muraim parceiro em “This Is America”, não perdeu sua força após o hiato de quatro anos.
Com sua narrativa envolvente, abordagem corajosa de questões raciais e capacidade de se reinventar, Atlanta continuou (e continuará, mesmo após seu fim) a ser uma das séries mais relevantes e impactantes.
Aruanas (2ª Temporada)
4.2 15Segunda temporada de "Aruanas" merece ser vista, mas apenas na plataforma!
A primeira temporada de "Aruanas" estreou exclusivamente no streaming em 28 de julho de 2019 e exibida na TV entre 28 de abril a 30 de junho de 2020. A série recebeu vários elogios merecidos e o sucesso da trama originou a segunda temporada, que foi disponibilizada no serviço de streaming da emissora no dia 25 de novembro de 2021 e em duas semanas no ar entrou para o top 10 de produtos mais vistos da plataforma. Agora, a história protagonizada por ativistas ambientais vem sendo exibida pela Maria Farinha Filmes desde o dia 9 de maio.
Não há falta de dinheiro, artimanha política, interesse econômico ou abalo na amizade que faça as ativistas da ONG Aruana desistirem de lutar pelo meio ambiente. A organização fictícia que apresentou ao público Natalie (Débora Falabella), Luiza (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte) volta em uma nova configuração na segunda temporada de "Aruanas". Fortes e destemidas, elas encaram grandes desafios em nome de uma causa maior.
Com o afastamento de Verônica em função do envolvimento com o ex-marido de Natalie, a entidade agora passa por uma série de dificuldades, entre elas, uma grave crise financeira. Sabendo que nada pode ser maior que a urgência em salvar o planeta, a dupla Natalie e Luiza precisa se reinventar e criar estratégias para manter a ONG funcionando.
Recebem, então, a ajuda financeira de Théo (Daniel de Oliveira). Filho de família rica e tradicional, dona de frigorífico, ele leva inovações de start up à organização, mas acaba instaurando um clima de desconfiança no grupo.
Mesmo fragilizadas, elas têm de ser ágeis diante da informação de que o governo, em Brasília, está prestes a aprovar uma Medida Provisória para isentar as empresas petroleiras em mais de R$ 1 trilhão em impostos. A ameaça desencadeia uma série de ações na Aruana, entre elas uma investigação na cidade fictícia de Arapós, um grande polo petroquímico que, após uma tragédia ambiental, foi transformada em símbolo de sustentabilidade urbana, sob a administração do prefeito Enzo (Lázaro Ramos). O que o grupo descobre é que, por trás dessa aura de cidade-modelo, pode haver um mistério decisivo para impedir a aprovação da emenda. Nesta luta, Natalie e Luiza correm risco de vida e enfrentam adversários como a lobista Olga (Camila Pitanga), que volta mais intensa e incisiva, com uma nova cartela de clientes e interesses. Entre eles, Robert Thompson (Joaquim de Almeida), investidor estrangeiro e representante do setor petroleiro. A força da união feminina será o maior trunfo diante das tentativas de calar suas vozes.
A trama da segunda temporada é bem mais atrativa que a da primeira e a tensão está melhor explorada na narrativa. O maior destaque segue sendo Débora Falabella e a participação luxuosa de Lima Duarte no primeiro episódio tem um forte impacto no enredo. Mas os roteiristas acertam também na abordagem, sem medo, de romances homossexuais e com cenas ousadas na serie de maior sucesso atualmente. A cena de beijo protagonizada por Daniel de Oliveira e Vitor Thiré (André) surpreende, assim como o envolvimento entre Olga e Ivona (Elisa Volpatto). Aliás, o romance humaniza a vilã que na temporada anterior é vista mais de maneira fria e sem maiores nuances. Vale ressaltar que a série vai ao ar sempre depois das 23h.
A segunda temporada da série é criada por Estela Renner e Marcos Nisti, escrita por Estela Renner, Marcos Nisti e Carolina Kotscho. A obra tem direção artística de André Felipe Binder e direção de Mariana Richard. A produção é de Isabela Bellenzani (TV Globo) e Mariana Oliva (Maria Farinha). A direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A segunda temporada faz jus aos elogios recebidos e quem quer assistir sem cortes, vale mais a pena acompanhar pelo streaming.
Os Outros (1ª Temporada)
4.0 256A série "Os Outros", do mesmo criador de "Sob Pressão", estreou ontem e está sendo MUITO elogiada pelo público.
Na história, dois adolescentes acabam saindo no tapa durante uma briga na quadra esportiva do condomínio em que moram. O conflito, que poderia ser facilmente apaziguado com diálogo, acaba se tornando uma situação catastrófica quando os pais e as mães dos dois envolvidos se metem na história. As duas famílias querem ter razão a qualquer custo e não conseguem ouvir outra versão se não aquela que as convém. Isso faz com que elas entrem em pé de gu3rr4 e comecem a causar um caos no condomínio: uma família invade o apartamento da outra, os pais de um dos garotos ameaça m4t4r o outro adolescente e as duas famílias chegam a destruir o condomínio. A série busca mostrar como situações pequenas se tornam grandes catástrofes porque as pessoas não conseguem escutar... os outros.
Tudo sobre "Os Outros", nova série do Brasil, escrita por Lucas Paraizo e dirigida por Luisa Lima.
Participaram da produção o autor, a diretora e os atores Milhem Cortaz, Adriana Esteves, Maeve Jinkings, Antonio Haddad, Paulo Mendes, Guilherme Fontes, Ana Flávia Cavalcanti, Eduardo Sterblitch, Cadu Fávero e Drica Moraes.
Lucas Paraizo falou sobre a ideia de sua nova história, após o sucesso de 'Sob Pressão': "A gente começou essa série em 2019 e veio a pandemia. Finalmente agora vamos poder vê-la no ar. 'Os Outros' é uma série que fala sobre a intolerância. O que acontece quando todos acham que têm razão? É uma série que dialogo com uma sociedade contemporânea e exponho alguns comportamentos de múltiplos gêneros e como reflete a sociedade atual. 'Deus da Carnificina', 'Beleza Americana', 'Parasita' e 'Relatos Selvagens' foram inspirações para essa história. Mas é uma série extremamente brasileira. Vocês não fazem ideia do que vem pela frente.", declarou o escritor.
Luisa Lima complementou a fala de Lucas: "Nossa narrativa é sobre a falta de diálogo e a ausência da capacidade de escuta. A partir da briga de dois jovens em um condomínio de classe média que a história começa. Os pais tentam resolver a situação, mas eles passam a brigar, o que desencadeia situações ainda mais violentas.
Queremos provocar um grande alerta. Como essa intolerância está dentro de todos nós. Os outros somos nós. A partir desse microcosmo estamos falando do Brasil.", analisou a diretora.
Adriana Esteves comentou sobre sua personagem: "Cibele é de uma inabilidade incrível. Tudo que ela acha que vai dar certo vai para um viés que não dá certo. Tem umas situações que são engraçadas porque ela tem tanta certeza que tá dando certo ao mesmo tempo que para o outro está até patético de tão errado que é. Ela tem uma rixa com a personagem da Maeve, mas elas acabam tendo uma cumplicidade. Não vou dar muito spoiler.", adiantou um pouco a atriz.
Maeve Jinkings acrescentou: "A estrutura do condomínio é bem vaidosa, o que proporciona muitas chances de comparação e disputa. O apartamento que é mais alto, o que fica de frente para uma posição melhor, enfim. Os filhos são extensões de quem a gente é e o instinto de proteção das crias surge. Espero que o público possa se olhar no espelho.", observou a intérprete.
Eduardo Sterblitch fez questão de dizer que seu papel é diferente de tudo o que já fez: "O público pode ter certeza que será surpreendido. Você vai se surpreendendo para onde a série vai te levando. As pessoas vão se ver e o quão é absurdo aquilo tudo. Esse personagem chega em um momento perfeito e quero falar o mínimo possível sobre ele para não dar spoiler. Vai ser uma surpresa para a história e para minha carreira também porque o público está acostumado a me ver em papel cômico mais escrachado.", revelou o ator.
Drica Moraes fez uma breve análise sobre a trama: "Viver é muito perigoso. Hoje em dia o sarrafo está alto em tudo o que se pode ou não dizer. A série vai mostrando o cotidiano e passa por traços dramáticos até mesmo pelo humor. É uma linguagem bastante nova."
Milhem Cortaz não escondeu a empolgação com a história: "Essa série fala sobre o retrato da sociedade brasileira hoje depois da pandemia. Todo mundo vive dentro de um condomínio e todas estão pensando em cada uma delas. A maior solidão que existe é essa: você estar sozinho no meio de um bando de gente. Meu personagem é um cara complexo. Ele luta pelos seus ideais, trabalha, tem um amor grande pelo filho, cuida da família de forma obcecada. E as coisas que vão acontecendo na vida dele acabam levando esse homem para um caminho de solidão profunda. A representação do condomínio traz a reunião de pessoas ecléticas em um mesmo lugar. Foi um dos trabalhos mais difíceis que já fiz.", enfatizou o ator.
Antonio Haddad falou sobre a relação de Marcinho, seu papel, com o ambiente em que vive: "A grande coisa desse condomínio é que ele se torna o mundo para o meu personagem. Eu moro em um condomínio, mas meus amigos não são de lá e me divirto em outros lugares. Ele só tem aquilo. E como meus colegas já falaram, a história representa muito a nossa sociedade. A narrativa é bem fiel com a perspectiva do jovem e como os personagens se relacionam com as decisões que precisam tomar.", contou o estreante.
Paulo Mendes complementou: "Nunca morei em condomínio e nem vivenciei nada da série, então foi bem difícil para mim. Foi meu primeiro trabalho no audiovisual. Eu não me meto em briga e nem falo, sou normalmente quieto. Bem diferente do meu personagem. Tenho muito carinho por todo o elenco e tive muita sorte nesse meu primeiro personagem.", declarou o ator, que atualmente pode ser visto na pele do noviço Luís, em 'Amor Perfeito'.
Guilherme Fontes comentou sobre sua constante presença nas várias reprises atuais e de seu retorno na série: "'A Viagem' já repetiu cinco vezes, 'Mulheres de Areia' já vai para a quinta vez. Está 'O Rei do Gado' aí também. Acho ótimo porque os mais jovens podem conhecer mais o meu trabalho. Até hoje me chamam de Alexandre nas ruas. E essa nova história me deixou encantado. É muito importante todos nós entendermos que os problemas não são os outros, somos nós. A síntese disso é a nossa vida dentro de um prédio, como na série. O meu personagem tem uma picardia que é uma crítica objetiva a um bando de gente fazendo merda e se corrompendo achando que está fazendo um bem para o país."
Ana Flávia Cavalcanti expôs sua animação com a série: "A gente tá lançando um trabalho muito bonito e com aquela sensação de quando a gente perde a escuta, o que aconteceu nos últimos quatro anos, sempre dá para ficar ainda pior. É uma honra trabalhar com esse elenco.", resumiu a atriz que entrou recentemente em "Vai na Fé".
Cadu Fávero relatou que se identificou muito com a série: "Eu já vivi isso que acontece na série. Saí de uma comunidade para morar em um condomínio na Barra chamado 'Barra Azul', onde tinham pessoas que saíram do Leblon porque não estavam com mais dinheiro, gente que saiu da zona norte porque ficou com uma condição melhor e pessoas que não tinham dinheiro para morar na zona sul, mas queriam um lugar perto da praia. Há um choque de culturas.", contou o ator.
"Os Outros" tem tudo para ser uma das melhores séries do ano. O teaser e a sinopse são animadores. A estreia, exclusivamente no streaming, acontece no dia 31 de maio.
Succession (4ª Temporada)
4.5 219 Assista Agora‘Succession’ teve um fim à altura da família Roy
Depois de quatro temporadas, 'Succession', a saga da Waystar Royco foi encerrada com um series finale digno da qualidade do drama criado por Jesse Armstrong.
Recentemente, ao tecer uma análise sobre a segunda temporada de The White Lotus, no podcast Meu Inconsciente Coletivo, a psicanalista Fabiana Secches sugeriu uma reflexão interessante sobre as diferenças entre o bingewatching (o ato de “maratonar” uma série, assistindo a tudo em uma sentada) e o de receber um episódio por semana. O segundo tipo de consumo, ao menos em teoria, nos dá tempo de digerir uma narrativa com calma e, por fim, fruir de mais sabores e nuances que ela carrega.
Sem dúvida, Succession teve muita repercussão e muito sucesso entre a crítica por não ser uma série que favorecia o bingewatching. Quer dizer: obviamente era possível assistir às temporadas de uma vez só. Mas quem se aventurasse por essa experiência rápida certamente saía frustrado e sem entender por que tanta gente se apaixonou por essa trama.
Afinal, a história dos Roy não era exatamente uma trama divertida, muito menos simples. Desde o primeiro episódio, fomos convidados a mergulhar na tensão inerente que amarrava todos os membros dessa família de bilionários cuja relação estabelecida entre eles parecia tudo menos saudável. Na superfície, os irmãos Roy se tratavam por apelidos e chamavam o pai de “dad”. Mas os laços estabelecidos entre eles e com as pessoas em seu entorno pareciam sustentados apenas por interesses de todo tipo. Amor, em Succcession, tinha a ver com transações e nunca com doação.
Encerrada em sua quarta temporada, o esperado último episódio de Succession tem sido decodificado nas redes sociais como um final que fez jus ao que se esperava da série de Jesse Armstrong. Há múltiplas interpretações, muitas decepções e uma boa camada de afeto, como não poderia deixar de ser. Afinal, essa não é uma família qualquer, mas os bilionários Roy, e qualquer encontro deles é sempre uma “festa de escorpiões”, como bem pontua Roman no episódio final.
Um encerramento inconclusivo
Os irmãos Roy compartilham momentos felizes na casa da mãe. Imagem: HBO.
Succession, como bem destacou a jornalista Isabela Boscov, tirou seu brilhantismo em uma certa subversão do ritmo acelerado das séries atuais, formatadas para competir entre si e fazer com que o público fique preso a elas até o final. Não havia exatamente cliffhangers que amarrassem o espectador em Succession. Mesmo na última temporada, muitos episódios pareciam, à primeira vista, enfadonhos.
E aí, numa virada surpreendente, Jesse Armstrong pegou os fãs no susto ao nos entregar, logo nos primeiros capítulos da quarta temporada, o ápice da história: a anunciada morte de Logan Roy (Brian Cox), o nefasto patriarca em torno do qual tudo orbita. A morte de Logan deu margem ao texto mais interessante desde então: verificar o quanto cada um de seus quatro filhos seguiria o destino que foi traçado a eles pelo próprio pai, a partir de uma vida de tratamento abusivo (ao estilo dos ricos, claro) e de falta de suporte emocional.
Ainda assim, o episódio final nos trouxe alguns relances de luz. Pudemos assistir a momentos de pura beleza e leveza, em que os irmãos parecem reviver algo que foi perdido já na infância, nos poucos momentos que devem ter tido de pura comunhão. Isso ocorre na já célebre cena da cozinha, em que Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) preparam uma gororoba que irá coroar o irmão Kendall (Jeremy Strong) finalmente como o rei da Waystar Royco, cargo que ele sente ter sido prometido para ele quando tinha sete anos. Estão ali como crianças, revivendo os poucos momentos de genuína conexão que já tiveram.
Contudo, para os Roy, a infelicidade parece sempre ser o destino. Se, com a morte do pai, eles regressam à infância, isso não ocorre apenas na parte positiva, mas também na infantilidade que se torna latente entre sujeitos que, supostamente, irão comandar uma das empresas mais poderosas do mundo. Não por acaso, no embate final entre os irmãos, a briga deles é em cima de tapas e socos e de argumentos rasos do tipo “você não tem filhos” ou no infame “você matou alguém”.
Nesse sentido, Succession, ao seguir o roteiro delineado desde o primeiro episódio, nos contemplou com um desdobramento que parece nos gritar: tal como um disco riscado, não conseguimos parar de repetir os nossos próprios erros. Fica subentendido que Shiv, Kendall e Roman seguirão suas vidas pela jornada de fracasso que seu pai (e sua mãe, pela total ausência) desenhou a eles.
Um texto antimelodramático?
A cena da cozinha foi uma das mais comentadas do episódio final.
Os episódios de Succession foram marcados quase sempre pela tensão inerente que ocorria a cada encontro dos membros dessa família quebrada, que desejam algo pelo ato em si de querer, pois não há nada mais a desejar. Essa tensão permanecia à flor da pele, sem explodir em reações de raiva na cara dos atores – quase tudo vinha à tona em textos contidos em que a ruptura era apenas eventual.
Em certo sentido, podemos pensar que Jesse Armstrong construiu uma espécie de “antimelodrama”, pois os sentimentos de todos precisavam ser cavoucados das expressões dos competentes atores. Obviamente, as emoções dos personagens escapam a quem assistia (o Tom Wambsgans de Matthew Macfadyen talvez fosse o mais explícito nesse sentido), mas esse não foi um show de sentimentos óbvios. Era preciso dominar minimamente um léxico sobre a psique humana para poder fazer uma leitura interessante de Succession.
Se nós, os fãs, vamos sentir falta dos filhos quebrados e emocionalmente atrofiados de Logan Roy, é porque eles carregavam muitos de nós em si, e geralmente aquilo que preferimos não ver. E talvez seja isso que faça uma boa série nos dias de hoje.
Succession quase teve final ainda mais sombrio
Succession chegou ao fim na HBO, e foi de forma devastadora. Kendall Roy (Jeremy Strong) não consegue bloquear a venda de empresa de seu pai, e assim termina o seu sonho de se tornar o novo CEO.
Na última cena da série, o personagem caminha por um parque público, abalado e em estado de negação com a humilhante derrota, enquanto é acompanhado pelo ex-motorista de seu pai, que agora é seu funcionário.
Ele se senta em um banco e olha para as ondas de um rio próximo, e aí a série se encerra, sem dar pistas do que se passa pela sua cabeça ou de quais são as suas intenções agora.
Em uma entrevista ao podcast oficial de Succession, o ator Jeremy Strong revelou que a série quase teve um final alternativo, que seria ainda mais sombrio.
Nesse final alternativo, Kendall se aproximaria do rio, dando a entender que ele tentaria cometer suicídio se jogando na água.
“Eu olhei para essas ondas. Estava ventando muito naquele dia, e estava muito frio. Havia um pedaço de metal batendo em algum lugar, e era um som terrível. Eu meio que não aguentei. Eu me levantei e caminhei lentamente até a barreira que estava montada, e passei por cima dela. Eu realmente não sabia o que planejava fazer. De certa forma, você consegue ver a intencionalidade do personagem. Você sente que ele iria tentar pular.”
O ator acrescentou que acredita que o final que o criador Jesse Armstrong escolheu é melhor, já que também abre margem para uma interpretação mais positiva, com Kendall agora estando livre para levar uma vida muito melhor do que teria como CEO.
“Acho que o que Jesse queria mostrar, ao escrever o roteiro, é que, apesar de Kendall ter perdido, ele talvez esteja livre agora. Talvez ele só continue levando a vida normalmente. Mas eu senti em meu corpo que não há mais volta para ele.”
Em Succession, Logan Roy (Brian Cox) é o patriarca de uma das famílias mais poderosas da atualidade e dono de um império midiático conhecido como Waystar Royco. Ele sempre se dedicou mais aos negócios do que aos quatro filhos – Connor (Alan Ruck), Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin) e Siobhan (Sarah Snook).
Quando Logan tem uma piora em seu estado de saúde, seus descendentes iniciam uma disputa pelo controle das empresas. Mas a fome de poder se mostra bastante perigosa, colocando à prova a lealdade de cada um deles.
o patriarca dos Roy havia prometido a vaga de CEO para o filho do meio, Kendall, mas desiste logo em seguida.
Relutante em abrir mão do controle, mesmo ainda agravado pela doença Logan tenta se manter como presidente da empresa. Sentindo-se traído, Kendall trama uma forma de retirar o pai do controle, mas seus planos não saem como esperado, causando tensão entre seus irmãos e os membros do conselho.
Contracapa (1ª Temporada)
4.5 2Série de TV paranaense ‘Contracapa’ vai ganhar nova temporada.
Produzida no Paraná, série televisiva ‘Contracapa’ aborda um jornal fictício que investiga escândalos políticos. Projeto da nova temporada foi contemplado no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) do Banco BRDE.
período de retomada dos investimentos em cultura. E uma boa notícia é que a série de TV Contracapa, totalmente produzida no Paraná, ganhou um edital para concretizar sua segunda temporada.
A série, que foi produzida originalmente em 2017, se passa dentro de um jornal fictício, a Gazeta Brasileira, e busca mostrar o processo de produção de notícias em uma redação e como isto pode se misturar com os interesses políticos. Lançada em 2019, Contracapa foi exibida na TV Brasil, na TV Cultura, na AXN, e está disponível para assinantes no Prime Video.
O projeto da segunda temporada de Contracapa está entre as propostas selecionadas por uma chamada pública do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), fundo de investimento do banco BRDE. Idealizada por Rafael Waltrick e dirigida por Guto Pasko, com produção de Guto Pasko e Andréia Kaláboa, a série foi concretizada pela GP7 Cinema, sediada em Curitiba, em parceria com o canal Prime Box Brazil.
A nova temporada deverá ter 10 episódios que inicialmente serão veiculados na TV a cabo, no Prime Box Brazil, e também na plataforma VOD do Grupo Box Brazil, mas há a intenção de que ela seja licenciada para outros serviços de streaming.
‘Contracapa’: expectativas para a segunda temporada
Contracapa acompanha uma equipe de jornalistas que trabalham em apurações sobre esquemas de corrupção e escândalos políticos, ao mesmo tempo que vivenciam a rotina típica da profissão. Na primeira temporada, os repórteres e editores se viam em frente à crise financeira, o que levou à demissão de vários deles e uma migração de boa parte do trabalho para o online.
Em meio a este cenário, os repórteres da Gazeta Brasileira estão em voltas de um esquema de chantagem e extorsão contra políticos locais, o que pode ter relação com as próximas disputas eleitorais. Aos poucos, eles vão descobrindo que há a participação de policiais e do próprio jornal dentro desse esquema.
A segunda temporada deve seguir mostrando uma empresa em crise, e tendo que lidar com as exigências do jornalismo digital, como a busca por cliques. O jornal deixa de ter sua versão impressa e os profissionais passam a ter que lidar com a transição para uma outra forma de atuação no jornalismo. Além disso, há também jornalismo investigativo: os repórteres estão desvendando uma suposta “máfia dos transportes”, envolvendo o favorecimento de empresas de transporte público em licitações públicas.
Os desafios agora são outros, como a explosão do fenômeno das fake news e a concorrência com outros veículos jornalísticos. A ideia é que a nova temporada retome exatamente onde a primeira terminou, dando sequência às histórias que já foram desenvolvidas.
Tensão em uma série sobre jornalismo
Rafael Waltrick – idealizador e roteirista-chefe da série – é também jornalista, e tirou parte da inspiração para Contracapa de sua vivência na profissão. Por dez anos, ele atuou em redações de jornais diários, com passagens pelo Grupo RBS e Grupo GRPCOM.
Ele conta que a ideia, desde a primeira temporada, era enfatizar na temática investigativa, com jornalistas atuando em papéis que seriam tradicionalmente de detetives e policiais. Contudo, havia já a intenção de falar sobre os desafios da profissão e da crise do mercado. “Queremos mostrar uma visão mais realista e pé no chão do trabalho jornalístico, até para fugir de outras obras que romantizam o ofício”, afirma Waltrick.
Assim, a série propõe não apenas falar sobre um dos trabalhos mais difíceis dentro do jornalismo, que envolve a investigação de ilegalidades, mas também retratar como tudo isso se mistura com a vida pessoal dos profissionais. “Os jornalistas de Contracapa não estão preocupados apenas em investigar esquemas ilegais, mas também precisam encarar diariamente o risco da demissão, as cobranças absurdas por metas de audiência, a ingerência dos donos do jornal, as diferentes e controversas visões de alguns editores”, complementa.
Por incrível que pareça, a principal referência na ficção da série paranaense não é The Newsroom, da HBO, que foca nos bastidores de um canal a cabo de notícias, mas sim Mad Men. “Na época da criação da série, lá em 2017, eu mal conhecia The Newsroom, tinha visto só o episódio piloto. Mas agora estou encarando os demais episódios e, sim, tem bastante a ver. Um referência que sempre tivemos em mente é Mad Men, uma outra série que aborda os meandros de uma empresa de comunicação (no caso, uma agência de publicidade) e que dá um grande espaço para os dramas humanos dos personagens que habitam esse ambiente”, afirma Rafael Waltrick.
Retomada da produção audiovisual paranaense e brasileira
Contracapa é uma produção feita completamente em Curitiba. Muitas cenas se passam em locações conhecidas da cidade, como o Passeio Público e o bar BarBaran. Para a nova temporada, a previsão é que as filmagens também se concentrem na capital do Paraná, priorizando os atores e atrizes locais. No elenco, há nomes conhecidos da cena teatral curitibana, como Zeca Cenovicz, Tiago Luz, Michelle Pucci, Carolina Fauquemont, Hélio Barbosa, Mauro Zanatta, Rosana Stavis e Renet Lyon.
A temporada deverá ser filmada no primeiro semestre de 2024. Contracapa foi um dos projetos contemplados no Fundo Setorial do Audiovisual do Banco BRDE, obtendo o valor máximo do edital, de R$ 4,5 milhões. “O bom do Fundo é que não se trata de captação, não é um mecanismo que prevê renúncia fiscal. O FSA é um fundo de investimento, mantido com recursos da taxa Condecine, paga pelo próprio setor audiovisual, incluindo mercado publicitário. Então, quando o Fundo aprova um projeto pra contratação (como é o nosso caso), o Fundo se torna uma espécie de sócio do projeto, que vai receber ao longo dos anos todo esse investimento que está colocando no projeto”, explica Rafael Waltrick.
Essas chamadas do FSA haviam sido interrompidas nos últimos quatro anos. A expectativa agora é que elas sejam muito mais frequentes, fomentando novas iniciativas audiovisuais de qualidade como a Contracapa.
Citadel (1ª Temporada)
3.3 32 Assista AgoraConfira os 5 motivos que podem fazer você querer assistir Citadel. Confira:
5 – Ritmo perfeito
Com episódios que duram menos que 40 minutos, a série não enrola para desenvolver seus conceitos, e acerta em cheio em um ritmo narrativo confortável para o publico.
Olha que entregar isso não era uma missão fácil, pois com tantos conceitos conspiratórios complicados para apresentar, e com seu modelo de narrativa não-linear, a série poderia acabar tendo episódios arrastados e cansativos.
Porém, não é o caso de Citadel, que em um piscar de olhos estabelece muito bem a história que quer contar, enquanto você está totalmente envolvido com o que está assistindo.
4 – História cativante
Além do bom ritmo narrativo, a série conta uma história que cativa bastante os amantes de espionagem.
Assim como qualquer outra obra do gênero, Citadel mantém o público preso em uma teia de segredos e mentiras que vão sendo revelados ao longo do tempo.
Aliás, todos os principais elementos do gênero estão presentes, de uma forma que não soa somente clichê, pois a série cria uma identidade própria nos seus primeiros episódios.
3 – Ação na dose certa
Uma boa história de espionagem não seria digna do título sem boas cenas de ação, e Citadel entrega isso.
Não só entrega, como faz isso na dose certa, sem atropelar momentos importantes para a narrativa, ou focar demais nos diálogos a ponto de a trama ficar chata.
A ação também é responsável por boa parte da tensão da série, pois sempre fica a impressão de que tudo pode acontecer e de que grandes riscos estão em jogo.
2 – Química incrível entre os protagonistas
A química entre Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas é talvez o ponto alto de Citadel, e isso é uma notícia excelente. Afinal, boas histórias de espionagem necessariamente tem que ter excelentes protagonistas.
Desde suas primeiras cenas, os dois fazem questão de garantir que o público vai testemunhar algo incrível em tela, e assim potencializam muito o roteiro – até então – simples da série.
1 – É o início de algo muito maior
Além de introduzir perfeitamente a história de sua 1ª temporada, e estabelecer bem seus protagonistas e vilões, os três primeiros episódios de Citadel deixam muito claro em sua construção de mundo que a série vai virar algo muito maior no futuro.
Com uma 2ª temporada já confirmada, os primeiros episódios são apenas o começo de um grande universo compartilhado que vai espalhar suas histórias por todo o globo.
O muno desenvolvido por Citadel soa realmente atrativo em uma primeira vista.
Esquadrão Classe A (1ª Temporada)
3.9 27Esquadrão Classe A era uma daquelas séries que, quando muito jovem, eu simplesmente não perdia um episódio na televisão. Não tenho a menor ideia se vi a série toda dessa maneira – acho improvável considerando a inconstância da TV aberta brasileira na época -, mas simplesmente amava os veteranos da Guerra do Vietnã que são presos por um crime que não cometeram, fogem e formam uma equipe de mercenários para ajudar quem conseguir achá-los e contratá-los, como dizia a clássica narração de abertura que antecede a ainda mais clássica música tema composta por Mike Post e Pete Carpenter.
Justiça (2ª Temporada)
3.5 65Trama de Milena em "Justiça 2" faz o público de idiota
A nova série do Globoplay vem despertando atenção por ser uma espécie de continuação de "Justiça", exibida em 2016, embora as novas histórias não tenham qualquer relação com as exibidas anteriormente. A autora Manuela Dias criou novos enredos que se destacam graças ao desempenho brilhante do elenco. No entanto, uma trama destoa das demais e abusa da quantidade de inverossimilhanças: a da Milena (Nanda Costa).
A saga da personagem já começa cercada de absurdos que vão piorando a cada episódio. É importante ressaltar que cobrar veracidade em obras de ficção é algo que precisa ser feito com certa moderação, afinal, furos de roteiro são comuns, tanto em séries quanto em novelas e como diz a autora Glória Perez: "É preciso voar". Porém, há voos que são impossibilitados de serem feitos diante das inúmeras incongruências no roteiro. E, no caso da quarta protagonista, são tantos que é difícil até listar.
Logo no primeiro episódio envolvendo a personagem, o quarto da primeira semana, fica impossível comprar a motivação do crime que a leva para a cadeia. Milena é uma mulher que comete furtos para ganhar dinheiro e sonha em ser cantora profissional.
O telespectador acompanha o que deveria ter sido o seu último crime, quando ajuda a pegar uma grande quantidade de dinheiro arrombando um cofre de uma mansão. Ela avisa ao comparsa, Naldinho (Xamã), que agora quer viver honestamente. Seria ali o início de uma nova fase em sua vida.
Pouco tempo depois de Milena voltar para casa, há uma falta de luz e a sua mãe, Santana (Tereza Seiblitz), se desespera porque trabalha fazendo salgadinhos e doces para festas e estava com uma grande encomenda na geladeira. A culpa da queda de energia é de Milena, que não pagou a conta. Qual a solução da filha? Para provar que não é uma inconsequente, rouba uma carro de luxo e esfaqueia o motorista. Leva o automóvel até sua casa e usa a bateria como gerador para salvar os salgados. Só que o carro tinha um homem agonizando dentro do porta-malas e o sujeito balbucia algumas palavras antes de morrer. Desesperada, a personagem leva o carro até um lugar deserto e taca fogo. É pega pela polícia, que a prende em flagrante.
E como o homem foi parar dentro daquele carro? A pessoa era Diuzinho (Alexandre Rodrigues), meio irmão de Jordana (Paolla Oliveira), empresária famosa e milionária que lança vários talentos no mundo da música. O rapaz foi até o velório do pai da ricaça avisar que era fruto de um caso do falecido com sua mãe, que era cozinheira da família na época. Faz questão de falar que ninguém mais sabia da informação e não avisou a nenhum conhecido que iria ao enterro. A poderosa mulher não pensa duas vezes e leva o rapaz até uma sala de sua mansão, avisa ao marido, Egisto (Marcello Novaes), que vai matar o parente recém-descoberto, o dopa e dá um tiro pelas costas. O marido leva o corpo em seu carro e é roubado por Milena. O mote do enredo foi exposto assim no episódio.
Analisando somente o início da trama já é possível apontar várias situações ridículas que subestimam a inteligência de qualquer um. A solução para Milena salvar os salgadinhos da mãe era roubar um carro para usar a bateria como gerador? Por que não pediu para uma vizinha colocar os quitutes na geladeira até pagar a conta de luz no dia seguinte? Não era algo bem mais simples? E qual a lógica de Diuzinho ir até a mansão de uma família rica anunciar que também é herdeiro sem um advogado sequer? E como uma empresária famosa resolve assassinar imediatamente o meio irmão sem nem pensar em todos os riscos que o crime poderia provocar em sua carreira bem-sucedida? Como não ter medo da imprensa descobrir? E o que Egisto pensou quando decidiu levar o corpo na mala do carro? Ia jogar onde? As câmeras de segurança e de tráfego da cidade não pegariam nenhuma rota? São situações que destroem o embasamento do enredo.
Mas o pior de tudo é que os desdobramentos vão deixando a história ainda mais estapafúrdia. Milena fica sete anos presa pelo assassinato do rapaz e quando sai da cadeia recebe de Luara (Juliana Xavier) todas as documentações que provam que Diuzinho é meio irmão de Jordana. Isso porque a garota de programa era namorada da vítima. E por que essa mulher nunca tentou tirar proveito da situação? Segundo ela, porque não existe justiça no país e de nada adiantaria (?). Milena, então fica com as provas e usa a papelada para ameaçar Jordana. Ela a chantageia para ficar com milhões de reais em sua conta e assim usar a fortuna para se lançar como cantora? Não, a personagem entrega a documentação para a assassina e exige que a empresária cuide de sua carreira. Jordana aceita a proposta e a parceria é iniciada. Qual o sentido de Milena confiar sua vida a uma psicopata que matou o irmão e a deixou na cadeia por algo que nunca fez? Qual a lógica da criminosa confiar em Milena ao invés de matá-la como queima de arquivo? São questionamentos inevitáveis. E não para por aí. Milena conta todo o seu plano para sua mãe. E o que a mãe faz? Se assusta por alguns minutos, mas logo entende e acha normal. A única pessoa que age com a mínima lógica na história é Egisto.
Ao longo dos episódios, todo o conjunto de desatinos vai tirando cada vez mais a paciência do telespectador. A nova situação que quebra a barreira da lógica é a chantagem que Luara passa a fazer com Milena depois que descobre que ela usou os documentos para se dar bem. A constante explicação utilizada no roteiro para corroborar a parceria entre Jordana e Milena é que Milena não tem mais prova alguma para usar contra Jordana, então a relação passa a ser de total confiança de ambas as partes. Só que Luara também não tem mais prova alguma porque deu tudo para Milena. Então qual o motivo de Milena aceitar a chantagem e dar dinheiro para a prostituta? São acontecimentos que vão minando uma história já frágil em todos os aspectos. E os conflitos que surgiram recentemente mais uma vez subvertem a lógica. Como Egisto era uma pedra em seu sapato e conseguiu o rompimento do contrato com a gravadora, Milena sabotou os freios do carro do inimigo com a ajuda de Luara e o matou. A polícia fez a perícia e falou para Jornada que o acidente na verdade foi um assassinato. Pois em nenhum momento passou pela cabeça da empresária que a responsável era Milena. Como pode?
O objetivo da autora é claro: criar um romance lésbico. O que é válido, até mesmo no atual momento em que a cúpula da Globo vem se mostrando tão retrógrada e conservadora a ponto de criar quase uma 'novela paralela' até a liberação de um simples beijo homoafetivo na teledramaturgia. No Globoplay, há bem mais liberdade para explorar um relacionamento gay. A química entre Paolla Oliveira e Nanda Costa em "Justiça 2" é visível e Paolla está brilhante interpretando um tipo que nunca viveu antes na carreira. As duas juntas formam uma boa dupla. Mas Manuela Dias precisava sacrificar tanto a congruência do roteiro para chegar ao objetivo? É uma pergunta que fica.
A Verdade da Mentira: Uma Nova Missão (1ª Temporada)
2.3 3A tendência de reinicialização certamente ainda não diminuiu. No entanto, não são apenas os clássicos da série que estão sendo relançados, os filmes populares também estão sendo cada vez mais retrabalhados para adaptação para a TV. Essa é a estratégia da CBS para "True Lies". O filme, dirigido por James Cameron, foi lançado em 1994 e estrelado por Arnold Schwarzenegger e Jamie Lee Curtis. A adaptação da série quase 30 anos depois leva a premissa básica do filme, que a vida do homem de família como agente é exposta e a partir de agora sua esposa também trabalha para empregos secretos, e transforma isso em uma divertida ação humorística.
Embora eu tenha nascido quando o filme foi lançado, nunca o vi. A premissa ainda parecia um tanto charmosa, especialmente porque a CBS ainda não se livrou completamente de sua reputação de produzir mais para o público masculino, de modo que a igualdade entre homens e mulheres, que como casais levam vidas igualmente perigosas e têm habilidades diferentes, é lucrativa. e trazê-lo é uma boa ideia. Uma breve comparação em termos de conteúdo e personagens do filme e da série mostra que o original é inicialmente seguido de perto. Os Taskers foram adotados exatamente pelo nome, exceto que, além de sua filha adolescente Dana, eles têm o Jake um pouco mais jovem como uma adição (portanto, equilíbrio de gênero aqui também). Há também o parceiro de Harry, Albert Gibson. Fora isso, a série toma um pouco mais de liberdade, o que é compreensível, porque afinal não se quer entreter apenas em termos de duração de um longa-metragem, mas sim em termos de um enredo que consiste em várias temporadas da emissora. ponto de vista. A equipe mais próxima de Harry é formada pelos colegas Luther Tenet (Mike O'Gorman) e Maria Ruiz (Erica Hernandez). Houve também uma troca de gênero no topo do serviço secreto do Setor Omega, com Spencer se tornando Susan Trilby (Beverly D'Angelo).
O elenco é relativamente desconhecido no geral, embora eu conheça Steve Howey como Harry e Ginger Gonzaga como sua esposa Helen. Eu o conheço de seu papel principal de longa data em "Shameless - Não totalmente sóbrio" e se seu rosto não fosse tão marcante, eu teria que olhar para ele várias vezes, porque ele claramente mudou visualmente. Eu só vi Gonzaga no ano passado em She-Hulk: The Lawyer. Então, realmente não há rostos completamente novos para mim. Mas também é óbvio que os dois mencionados se sentem principalmente em casa no gênero comédia. Mesmo que "Shameless" também tenha seus momentos profundos, Kevin foi responsável por virar os cantos da boca para cima como quase ninguém. Assim, rapidamente ficou claro para mim que não seria apenas uma série de ação ou crime, mas definitivamente também uma comédia. O piloto confirma essa impressão com relativa rapidez. Embora Harry e sua equipe não apresentem necessariamente o melhor desempenho, as montagens sozinhas, com os espiões cumprindo suas ordens de um lado e Helen cuidando de sua vida cotidiana supostamente chata do outro, são realmente encantadoras. O contraste é grande, mas a direção ainda conseguiu criar uma espécie de simbiose, de modo que em algum momento você poderia realmente pensar que Helen está treinando secretamente para o que está por vir. Mesmo mais tarde, quando Harry é atraído de volta à vida familiar cotidiana e recebe um sinal claro de Dana (Annabella Didion) e Jake (Lucas Jaye) de que ele realmente não importa, ou quando ele se envolve em uma aventura com Helen, fica claro. de novo e de novo que o humor vem antes da ação. Eu realmente não acho esse humor ruim, porque ele se destaca no meio de muitas séries processuais.
No geral, acho que o piloto pode não revelar totalmente como imaginar o resto da temporada. É claro que a vida de espionagem e a vida familiar sempre fornecerão a espinha dorsal de qualquer episódio, já que Didion e Jaye também estão listados para o elenco principal. Também posso imaginar que a dinâmica familiar é onde a maior parte da diversão é gasta, pois é óbvio que Dana em particular está agora na idade em que está quebrando o cordão, mas ao mesmo tempo também está se tornando mais consciente do que está acontecendo ao seu redor. em volta. Mas Jake não deve ser subestimado porque é ele quem supervisiona a constante construção que está acontecendo ao redor da casa, sem saber que é uma forma de segurança para os Taskers. Embora Harry não conheça a verdadeira vida familiar há muito tempo, Helen tem uma vida cotidiana normal, mesmo que ela tenha um emprego. No entanto, ela não vai continuar a poder oferecer uma rotina como esta e acho que por um lado ela poderia gostar disso, mas por outro lado também lhe vai causar maiores problemas. Com grandes pontos de interrogação na cabeça, olho então para a atividade de espionagem. Será que Helen realmente receberá a educação sugerida? Ou ela será imediatamente lançada em comissões? E como serão essas ordens? Realmente gosta de uma série processual clássica ou também com arcos de história mais consistentes? Certamente será muito emocionante ver como o estilo se desenvolve.
De qualquer forma, o prelúdio estava lá para dar uma visão ampla, mas tive a impressão de que só ficou realmente detalhado quando Helen descobriu o que o marido sempre faz quando supostamente está em viagem de negócios. Mas a missão com o roubo de armas não foi bem focada, nem nada ficou claro sobre Lutero e Maria. Apenas Gib estava então um pouco mais em foco, já que ele provavelmente é mais o mentor que organiza tudo e, portanto, um rosto familiar para os Taskers, mas devido à sua natureza engraçada e amistosa ele não é nada pelo que o torna especial. No entanto, a parte em torno do Setor Omega deve ser expandida um pouco mais. Como eu disse, você tem que esperar para ver todo o resto, mas os ingredientes jogados na panela podem definitivamente fazer um bom ensopado.
Conclusão
"True Lies" convence no início da série com seu humor, de modo que a ação muitas vezes só acontece porque algo deu terrivelmente errado. Mas apresentar tudo com uma piscadela não é uma má escolha porque, além de apresentar Helen a se tornar uma espiã involuntária, é a chave para envolver os espectadores. Não está totalmente claro como exatamente a espionagem será coordenada com a vida familiar por episódio, mas é fácil descobrir apenas continuando a sintonizar, e não parece uma má escolha.
BoJack Horseman (5ª Temporada)
4.5 193 Assista AgoraBoJack Horseman: todos são heróis de suas jornadas, mesmo as pessoas ruins! (Não existem heróis... Só Anti-Heróis e Anti-Vilões!)
A 5ª temporada de BoJack Horseman é, de longe, a mais elogiada e bem-avaliada pela crítica especializada, porque é nesse ponto em que a zona de conforto da série é definitivamente deixada para trás. Experimentalismos já vinham sendo feitos aqui e acolá pelos produtores da série, mas é somente na quinta temporada em que ela ousa afirmar em voz alta algo que já sabíamos desde o princípio, mas sempre fomos reticentes e complacentes em afirmar: BoJack não é uma pessoa boa, embora tente nos fazer acreditar que é.
PS: Eu sempre falo isso mas ninguém leva a sério, o herói de um é o vilão de outro, a nuance do equilíbrio é assim mesmo, nem Deus é exceção a regra já q Lúcifer considera Ele como o vilão por considerar a humanidade a maior criação mesmo sendo inferior em todos os aspectos, e sim é por isso q eu disse q Guts é o verdadeiro anti-herói de Berserk. Do ponto de vista dos cidadãos de Falconia, Gutts seria o vilão mesmo.)
Justiça (1ª Temporada)
4.3 323Narrativa ousada, elenco de peso e tramas fortes marcaram o sucesso de "Justiça"
"Toda justiça termina em castigo? Quem busca justiça aceita o perdão? Justiça a qualquer preço é justiça?" A minissérie escrita por uma inspirada Manuela Dias e dirigida por um brilhante José Luiz Villamarim respondeu essas perguntas na última semana, e ao longo da trama --- ambientada em Recife, fugindo do eixo RJ/SP ---, que já é uma das melhores produções do ano. Foram 20 episódios, exibidos durante cinco semanas, que apresentaram histórias extremamente fortes, prendendo o telespectador através de situações cruelmente reais e com personagens muito bem construídos pela autora.
A ousadia da narrativa foi a principal característica da minissérie, que apresentava um protagonista por dia e interligava os dramas de forma eficiente, exigindo uma maior atenção do público. A personagem principal da segunda era coadjuvante na terça e quase figurante na quinta e na sexta, por exemplo. Todos os perfis acabavam sendo vistos sempre, mas em diferentes posições e ângulos. A mesma cena era assistida várias vezes ao longo da semana, dependendo da mudança de foco do enredo. A 'novidade' bastante arriscada se mostrou um dos pontos altos de "Justiça", destacando o trabalho minucioso do diretor e sua equipe.
José Luiz Villamarim (que novamente teve o grande Walter Carvalho como parceiro, após as primorosas "O Canto da Sereia", "Amores Roubados" e "O Rebu") se preocupou em cada detalhe, valorizando a atuação do elenco, expondo a complexidade, a solidez e a controvérsia de todos aqueles personagens. O grau de dificuldade em gravar várias sequências de ângulos distintos era alto, mas o resultado foi o melhor possível.
É necessário ainda elogiar a estratégia da inserção do plano-sequência no conjunto: as cenas não tinham cortes, sendo exibidas inteiras, o que foi fundamental para deixar os atores ainda mais entregues nas emoções daqueles perfis que se dividiam entre vítimas e algozes.
O elenco, por sinal, foi muito bem escalado. Os maiores destaques foram Débora Bloch e Adriana Esteves, que viveram as personagens mais desafiadoras da história. Elisa e Fátima eram mulheres carregadas de sofrimento e com dramas envolventes, cujos desdobramentos provocaram boas reviravoltas na vida daquelas duas pessoas tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo. A primeira viu a filha ser assassinada pelo futuro genro, enquanto a outra foi presa injustamente, precisando lidar ainda com a morte do marido e a perda de rumo dos filhos (o caçula virou trombadinha e a mais velha prostituta). Não por acaso foram os episódios que mais despertaram atenção.
Além das duas grandes intérpretes mencionadas, o time contou com outros excelentes nomes. Jesuíta Barbosa viveu seu melhor momento na televisão na pele do passional Vicente; Leandra Leal finalmente se livrou das mocinhas corretinhas e divertiu com a periguete Kellen; Júlia Dalavia convenceu com a prostituta Mayra; Enrique Diaz brilhou na pele do policial Douglas, o personagem secundário mais complexo e contraditório do enredo; Vladimir Brichta deixou de lado os perfis cômicos que o marcaram na tevê e se destacou com o controverso Celso; Jéssica Ellen dominou a cena com a sua firme Rose; Cauã Reymond foi correto como Maurício; Luisa Arraes emocionou com o drama de Débora; Antônio Calloni deu um verdadeiro show vivendo o corrupto Antenor e Drica Moraes mostrou mais uma vez o seu potencial dando vida ao drama da alcoólatra manipulada Vânia. Já Tobias Carrieres foi uma grata revelação mirim com o seu carismático Jesus e Júlio Andrade cativou com o íntegro Firmino, formando um lindo par com Adriana Esteves. Cássio Gabus Mendes (Heitor), Priscila Steinman (Sara), Pedro Necerssian (Teo) e Igor Angelkorte (Marcelo) também merecem menção, além de Camila Márdila, que atuou com total entrega vivendo a destemida Regina.
As marcantes participações da primeira semana ainda engrandeceram a minissérie, valorizando mais o elogiado elenco. Marina Ruy Barbosa se saiu muito bem interpretando a sensual Isabela e ainda protagonizou uma das cenas mais dilacerantes da trama, quando a personagem é assassinada pelo ex-noivo, tendo o corpo nu ensanguentado segurado pela mãe desesperada. Ângelo Antônio se destacou com o trabalhador Waldir e Luiz Carlos Vasconcelos passou com veracidade a angústia do pai de Vicente, que se via falido. Teca Pereira sensibilizou o público na pele da mãe de Rose, enquanto Marjorie Estiano foi a grande protagonista do primeiro episódio das sextas. Todo o drama de Beatriz, que fica tetraplégica e pede para o noivo matá-la, foi defendido com brilhantismo por uma atriz que nunca decepciona. E a cena do atropelamento da bailarina foi impactante, sendo uma das mais fortes do enredo (responsável, inclusive, pelo cruzamento de todas as tramas no início).
Entretanto, nem tudo funcionou. O erro da cronologia inicialmente incomodou. Afinal, Vicente, Fátima, Rose e Maurício estiveram na mesma hora na delegacia, mas isso era impossível no caso de Fátima e Maurício. Ela foi presa de manhã, sendo que Douglas havia prendido Rose na noite anterior. E o enredo de Maurício levou no mínimo uns três dias para ser crível. Afinal, Beatriz foi atropelada à noite e operada (cirurgia de coluna leva horas) bem depois. Até acordar de todo esse pesadelo já leva um tempo. Sendo otimista, uns dois dias devem ter passado até receber a notícia que está paraplégica, o médico diagnosticar que não há solução, ela pedir para o marido fazer a eutanásia, ele arrumar a droga com Celso, entrar no hospital e matar a esposa. Portanto, o caso dele foi o mais 'grave'. Realmente, não havia como estar ali junto com os demais.
Outro erro foi o desenvolvimento do enredo de Rose. A história começou arrebatadora, com a menina sendo presa por tráfico de drogas, onde o racismo foi primordial para a sua condenação. O abandono da melhor amiga, que fugiu do local covardemente, deixou tudo ainda mais doloroso. Porém, assim que saiu da cadeia, a protagonista virou coadjuvante da própria trama. A personagem reencontrou Débora e soube do estupro que a amiga sofreu, iniciando então uma perseguição ao criminoso para vingar o ato asqueroso. A partir de então, ela perdeu a função e virou um perfil solto, vivendo apenas uns momentos românticos com Celso e tendo uma breve rivalidade com Kellen. O tema "Justiça" não se aplicou a ela. A situação faria sentido se Rose fosse a responsável pela tragédia na vida de Débora, se vingando da amiga que a abandonou no passado, mas não foi isso que ocorreu.
Mas os equívocos mencionados foram pequenos diante da quantidade de êxitos da produção, que mostrou a força de sua história logo no início. É preciso elogiar ainda a trilha sonora, minuciosamente selecionada. "Hallelujah" (Jeff Buckley), "Acabou Chorare" (Novos Baianos), "Dona da Minha Cabeça" (Geraldo Azevedo), "O que será" (Milton Nascimento e Chico Buarque), "Pense em Mim" (Johnny Hooker e Eduardo Queiroz), "Pedaço de Mim" (Chico Buarque e Zizi Possi), "Revelação" (Fagner), "Risoflora" (Elba Ramalho) e "Último Romance" (Los Hermanos) embalaram o enredo, combinando perfeitamente com cada situação apresentada ao público. Uma seleção de extremo bom gosto, o que é rotina nas obras dirigidas por José Luiz Villamarim. As diferentes aberturas também foram brilhantes, usando os próprios ambientes como paisagem (os nomes principais do dia surgindo antes dos demais atores foi outro detalhe bem pensado).
Todas as quatro histórias tiveram ótimos desfechos, mesclando emoção e tensão.
O acidente que matou Vicente foi um final que fugiu do óbvio, servindo ainda para mostrar o gesto de Elisa logo após a batida de carro, quando a mulher chegou a ligar para o socorro, mas desistiu logo depois, deixando o assassino da filha morrer. Claro que ele morreria de qualquer forma, mas a simbologia da atitude da mãe de Isabela foi fundamental. E a cena final de Regina treinando tiro para se vingar de Elisa fechou o enredo das segundas de forma instigante, reiniciando o ciclo macabro, mostrando que vingança é algo que nunca tem fim. Já o encerramento da trama de Fátima fez jus ao melhor enredo da minissérie. A personagem mais íntegra da obra merecia um final feliz após tanto sofrimento e conseguiu, ao lado de Firmino e dos filhos, protagonizando uma cena emocionante, quando o rapaz cantou "Amor Perfeito", pedindo a amada em casamento. Isso depois de quase ter sido presa injustamente de novo. Mas, em uma ironia do destino (bem elaborada pela autora), Douglas salvou a ex-inimiga e ainda ganhou um cachorrinho dela em agradecimento. Foi bonito e simbólico.
O fim de Débora foi marcado pelo chocante assassinato do estuprador Osvaldo, morto a pauladas pela sua vítima, brilhantemente interpretada por Luisa Arraes. A cena foi forte. Vale citar ainda o instante em que a mãe da menina ---- a repórter Lucy (Fernanda Vianna) ---- faz uma matéria sobre a morte do criminoso e acaba reconhecendo um pingente que deu para a filha, entrando em choque. Já Rose terminou feliz com Celso em uma sequência relativamente curta, confirmando a falta de importância que passou a ter na própria trama. Débora escreveu uma triste carta confessando seu crime e abandonou Marcelo, caindo no mundo.
Já o último episódio, fechando todo o ciclo da minissérie, foi primoroso. A vingança de Maurício foi feita com maestria, mas acabou atingindo uma inocente: Vânia. O rapaz abandonou a esposa do político, que entrou em desespero, destacando o talento de Drica Moraes. A cena em que Antenor é expulso de um restaurante pelos demais clientes foi constrangedoramente real, principalmente quando o político disse que todos estavam sendo enganados pela mídia golpista e que era inocente. O embate do canalha com Vânia foi a melhor cena final. Antônio Calloni e Drica deram um show e o instante em que o corrupto tirou o cinto e partiu para cima da mulher, que se desequilibrou da janela e caiu, morrendo na hora, foi chocante. Vale citar também a sequência do furto de Kellen, que roubou parte do dinheiro guardado por Maurício e Celso no esconderijo deles. Leandra Leal sempre ótima. E o embate entre Antenor e Maurício honrou a expectativa: o rapaz foi 'visitar' o inimigo (preso sob a acusação de ter matado a esposa) e contou sobre o atropelamento de Beatriz, culminando em seu plano. Cauã e Calloni foram muito bem, principalmente durante a troca de ironias. A última cena de Maurício foi na estrada (após ter escapado de uma tentativa de assassinato encomendada por Antenor), dando carona para Débora, interligando com o derradeiro instante do episódio de quinta-feira. A imagem do jornal "Diário de Notícias", tendo como capa a prisão do político e a candidatura do seu filho mau-caráter, foi o retrato fiel do Brasil, fechando a produção com um soco no estômago do telespectador --- ainda houve a interligação dos desfechos nas manchetes, assim como ocorreu no início.
"Justiça" primou pela ousadia, que pôde ser observada através da narrativa da minissérie, e a excelência da obra de Manuela Dias estava presente tanto no elenco escalado, quanto nos personagens solidamente construídos e nos dramas fortes criados ---- além, claro, da direção de Villamarim. A autora já havia mostrado competência quando levou ao ar "Ligações Perigosas" no início do ano e agora conquistou a crítica e o público com um enredo denso na faixa das 23h. O formato renderia até uma segunda temporada, com direito a novas histórias sendo contadas da mesma forma interligada. A minissérie é uma das melhores produções do ano, conseguindo deixar sua marca na televisão. Houve justiça, vingança, perdão, redenção, punição e, principalmente, uma dramaturgia de qualidade.
NOTA: Em 26 de agosto de 2016, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) publicou uma nota assinada pelo coronel Oderlei Santos, Coordenador de Comunicação Social da PMERJ, em repúdio à minissérie. A nota questiona a escolha de um policial para o papel de vilão, no caso, o personagem Douglas, interpretado por Enrique Díaz, afirmando que a minissérie "deseduca o cidadão. Estimula o desrespeito à Polícia" e pede boicote por parte dos Policiais Militares.
O Agente Noturno (2ª Temporada)
3.8 1Baseada em um romance de volume único, a série deve investir em tramas originais nos próximos anos.
O primeiro grande sucesso da Netflix em 2023 foi O Agente Noturno, uma série da qual ninguém parecia esperar muito e que acabou se tornando uma das mais assistidas em toda a história da plataforma. No caso, nem demorou tanto assim para que fosse confirmado que a adaptação do romance de Matthew Quirk ganharia uma segunda parte em breve.
Agora chegou a hora de revisar tudo o que sabemos sobre a 2ª temporada de The Night Agent.
A HISTÓRIA
A ideia inicial com a qual a série foi vendida para a Netflix é que cada temporada acompanhe um novo caso, embora isso seja algo que não está gravado em pedra e pode mudar. No entanto, o que Shawn Ryan deixou claro é que, nas próximas temporadas de The Night Agent, ele gostaria de responder algumas perguntas: O que significa ser um agente noturno? Para onde Peter está indo? Agora que Rose está de volta à Califórnia para tentar reiniciar sua carreira em tecnologia, em que pé estão Peter e Rose?
O que fica claro é que terá que ser uma história completamente original, já que o livro em que foi baseada ainda não ganhou uma continuação. Por enquanto, a única certeza é que Peter deixará Washington em sua nova missão.
QUANDO ESTREIA A 2ª TEMPORADA DE AGENTE NOTURNO NA NETFLIX?
A plataforma deixou claro que a estreia da segunda temporada de The Night Agent acontecerá em 2024, sem dar ainda mais detalhes sobre o assunto.
ELENCO E PROTAGONISTAS
O único totalmente confirmado é Gabriel Basso como Peter Sutherland, o grande protagonista da série. A priori, a ideia de cada nova temporada é ter poucos personagens da anterior, mas neste caso há outros dois personagens cujo retorno parece provável. Por um lado, Luciane Buchanan como Rose Larkin, pelo menos, para dar algum tipo de continuidade ou encerramento do relacionamento com Peter. Do outro, Ben Cotton
como Gordon Wick, o empresário obscuro que contratou Ellen e Dale
para tirar todo mundo que era um problema do caminho.
Obviamente, a 2ª temporada vai precisar de muitos personagens novos, já a Netflix ainda não confirmou nenhuma contratação para a próxima leva de episódios de The Night Agent.
Obviamente, ainda temos muitas questões a serem resolvidas, mas atualizaremos constantemente essa matéria para incluir as demais novidades que surgirem no caminho.
Verdades Secretas 2
2.2 158"Indecente. Imoral. Viciante. Obscena. Violenta. Vingativa."
Produção de telenovela de alta qualidade.
Escondido em casa durante os primeiros dias profundos e sombrios da pandemia, tropecei na primeira temporada de Verdades Secretas II. Naquela época, episódios completos eram facilmente acessados em vários sites. Ficou claro desde o primeiro episódio que este programa era de alta qualidade - uma qualidade além do que você encontrará nas telenovelas norte-americanas ou nas novelas do horário nobre. A produção visual foi artística e envolvente. E ficou claro que o elenco era de primeira qualidade.
A segunda temporada (até os primeiros 20 episódios) foi ótima. Enquanto a 1ª temporada foi uma tragédia, a 2ª temporada é mais um thriller erótico. Os personagens Angel, Giovanna, Lourdeca e Visky voltam para o meu deleite (Honestamente, não me canso da Giovanna de Agatha Moreira na 1ª temporada) -- os quatro retornos mais importantes na minha opinião. E os personagens recém-chegados Cristiano, Blanche, Betty, Laila, Chiara e Lara foram ótimas adições (e vários outros)! Lara acabou de chegar a São Paulo no episódio 20, para fugir de sua vida familiar disfuncional, com sonhos de ser modelo. A modelo na vida real Rhay Polster, interpretando Chiara, tem uma cena erótica fumegante no mesmo episódio.
A segunda temporada também é diferente em sua forma de arte. Em muitas cenas, é semelhante à arte teatral. Por exemplo, os desfiles de moda não têm 100 ou mais extras reunidos para preencher os assentos. Eles usam um conjunto de elenco como se pode ver em uma peça ao vivo. Além disso, as cenas eróticas são artisticamente coreografadas com ótimas seleções de música para combinar com o clima. Um exemplo disso é uma cena erótica com uma das modelos, Liara, que está tomando pílulas dietéticas tentando manter seu peso baixo. Eles tocam "Fade to Grey" para combinar com o humor e as ações de um louco por velocidade em uma cena de amor.
E obrigado Criador Walcyr Carrasco e Diretora Amora Mautner por fazer a segunda temporada acontecer!
Os primeiros 30 episódios da 2ª temporada têm opções de legendas em inglês no Globoplay!!! Por que isso não está na Netflix ou na Amazon?
É provavelmente a série de TV mais quente que eu já vi. Comparada com Verdades Secretas II, a série espanhola Elite é para crianças. Verdades Secretas II é visualmente tão viciante e a atuação tão apaixonada que você entra em suas histórias dramáticas que às vezes são engraçadas também. Muitas cenas eróticas (hetero, homo e bissexuais) com um elenco diversificado oferecem colírio suficiente para qualquer espectador de mente aberta.
O que eu não entendo é que o streaming que distribui Verdades Secretas II apenas em seu web app não está vendendo a série em todo o mundo por meio de um acordo com Netflix ou Amazon Prime - e com legendas em inglês. Eu vi algumas novelas diárias e semanais alemãs, britânicas e americanas. Esta novela do Brasil tem valores de produção muito altos.
Eu identifiquei apenas dois pontos fracos: a música pop é usada com muita frequência ("Fade to Grey", "Heart of Glass" ou "Smalltown Boy"), talvez eles tenham economizado dinheiro da licença se cada título for tocado pelo menos seis vezes? Não faço ideia... E as fotos do estabelecimento das vistas dos arranha-céus aparecem com muita frequência. Não é necessário, pois os apartamentos e escritórios parecem diferentes o suficiente para que você não precise vê-los de fora.
Agora uma pergunta fica: vale a pena produzir "Verdades Secretas 3"?
Origem (1ª Temporada)
3.8 191 Assista AgoraOrigem (From) é a nova série exclusiva do streaming que chegou cheia de mistérios. Onde eles estão? Eles estão em um purgatório? Todos na cidade estão mortos? O que são os monstros?
Vale lembrar que na série ele citam sobre a teoria das cordas é o gato de Schrödinger essa teoria falam sobre realidades paralelas e na minha opinião as vozes que a Sara ouve são deles próprios só que de outra realidades alternativas.
Acabei tendo uma interpretação um tanto diferente da sua. Hahaha Assim, o pessoal desapareceu em diferentes partes do mundo. Lá dentro é cheio de portais. Tudo parece ser cíclico. Existem as proteções para as criaturas não entrarem. (Se tiver alguma religião só não aposto no cristianismo, não mesmo, mas sei lá, né?). Acho que a série tem muita relação com o tempo, espaço... Não sei se é algo realmente místico. A gente ainda não sabe, de fato. Também não acredito que há bem e mau na série... Parece simplório demais para a forma com a qual a série se apresenta. Ainda apostaria no menino de branco como a cabeça de tudo caso fosse pra existir uma. Pq ser os monstros é óbvio demais numa série em que tudo gira ao redor do desconhecido, do mistério... Acredito que na segunda temporada vamos entender mais. Até pq estamos tão no escuro quanto os personagens estão. 🤷🏻♀️ hahahaha Tudo é mero chute mesmo. E a segunda temporada pelo que vi do trailer vai ser muito mais insana. Fiquei até com medo! Eu acredito que ali é uma espécie de mundo que não pega muito leve com seus habitantes e só os que se adaptam, sobrevivem. Não acredito que exista sequer um critério pra quem vai entrar ali. Caiu na brecha? Já era! Tem todo tipo de gente ali dentro. E se os "monstros" forem meros sobreviventes também? E se eles atacarem pq caso não o façam algo pior pode acontecer? Afinal eles disseram que há algo pior e realmente parece ser o caso... Igual eles tentarem escapar só faz com que piore tudo... Mais um motivo pra eu acreditar que não é algo de teor religioso ou espiritual, são os personagens que trabalham com tecnologia, engenharia... Enfim, são muitas possibilidades e a gente estava doida já de ansiedade!
Treta
4.1 313 Assista AgoraNem te conheço, já te odeio!
Essa série bateu tão forte em mim, nunca vi uma representação tão fiel de pessoas deprimidas... geralmente depressão sempre é retratado como tristeza e solidão, quando na vdd é um vazio que por vezes você preenche com os piores sentimentos possíveis.
Pessoas deprimidas podem ser totalmente funcionais, insuportáveis e amáveis...dói muito ver a série pq além de insuportáveis e plurais você sente pena do vazio dos personagens.
Você fica muito dolorido assistindo.
Série incrível. A24, sinônimo de qualidade. Com direito a referências de outras produções da própria empresa. Ela traz uma análise sobre o “verniz” social construído, o que arranha ele e as máscaras que muitos colocam… Como cada um pintando, numa sociedade de muita aparência e pouca essência, as paredes das camadas sociais que os cercam de acordo com o momento e a conveniência.
O mote principal é, sem dúvida, esse: o arranhar do verniz social e a dissolução dos castelos de areia.
A cena
do Danny chorando na igreja foi catártica
dele e Amy no último episódio
Creio que a Lei dos Semelhantes (Similia Similibus Curantur) é a que mais se encaixa para os dois antagonistas da série, que aliás, tem várias lições de relacionamentos e auto conhecimento.
Duas frases que bateram forte:
"Ó pessoas que tem muito dinheiro dizem que dinheiro não importa"
"Se souberem como você é de verdade ninguém gostaria de você".
A A24 se tornou tão relevante que se destaca mais do que a Netflix nas críticas.
BoJack Horseman (6ª Temporada)
4.6 296 Assista Agora'BoJack Horseman', um dos grandes sucessos atuais da animação adulta!
Afinal, o que torna uma série animada “para adultos”?
Arte que o senso comum teima em considerar infantil, séries animadas têm se focado mais nos adultos - e conquistando-os cada vez mais.
Ultimamente, muito tem se falado de “desenhos animados para adultos”, como se isso fosse novidade. De fato, eles se tornaram muito mais populares e variados. Mas o que faz com que uma série animada seja classificada como “para adultos”? Onde é que essa fronteira pode ser traçada?
Primeiro, é preciso entender que ela nem sempre existiu: no começo, animação era algo que se supunha que podia ser apreciado por todos. Os antigos curtas dos Looney Tunes, por trás de todo o pastelão, tinham alguns comentários que adultos seriam capazes de entender melhor. E mesmo os filmes da Disney, mais voltados para crianças, ainda possuíam certo teor artístico que adultos apreciam.
A grande virada foi a televisão. Por anos, a animação para televisão era produzida com orçamentos mínimos e de forma mais desleixada. Se alguém fosse assisti-las, teria que ser um público que não levasse animações tão a sério e fosse indiferente a certas negligências – ou seja, crianças. E quando se descobriu que desenhos animados funcionavam como excelentes comerciais para brinquedos, pronto: criou-se uma cultura em que animações eram algo para crianças. Quando os curtas dos Looney Tunes passaram a ser exibidos na TV, viraram “desenhos para crianças”. E nada era tão maduro a ponto de não ser um “desenho para toda a família”.
'Bob's Burgers', animação adulta que alcançou um status cult!
Lógico que estamos falando da animação norte-americana e europeia. Na Ásia foi diferente, com animações de teor mais maduro tornando-se comuns no Japão, na Coreia e na China. Mas quando vinham para o ocidente, o que acontecia? Um corte aqui, uma mudança na tradução ali, e pronto, a série animada estava adequada para ser exibida a crianças.
Então, no final dos anos 80, estreou Os Simpsons. O programa foi uma revolução: referências a alcoolismo, xingamentos, personagens que desrespeitavam ou abusavam da autoridade sem consequências… E tudo isso na forma de desenho animado. Pode não parecer nada de mais, mas para a época foi chocante: uma série animada pensada nos adultos e contraindicada para crianças.
Com os anos, seu humor chocante amainou-se e se tornou mais “familiar”, mas o passo inicial já estava dado, e outros resolveram investir em séries animadas para adultos. Uma Família da Pesada, Bob’s Burgers, as animações da MTV, até o Cartoon Network criou o Adult Swim, bloco de programação dedicado ao formato. Mesmo animações infantis ficaram mais refinadas para chamar a atenção dos adultos. A primeira série animada da Netflix, BoJack Horseman, foi voltada para adultos, seguida de outras como Big Mouth. O que era raro está mais popular do que nunca.
E o que define uma série animada como sendo “para adultos”?
Primeiro: adultos conseguem se identificar com ela. O enredo, o humor e o drama lidam com experiências pelas quais só passamos após certa idade. Animações para adultos entendem que, às vezes, a vida simplesmente não acontece do jeito que gostaríamos: terminamos relacionamentos, temos péssimos dias no trabalho, botamos tudo a perder por causa de uma decisão errada, nos frustramos. E têm a maturidade de mostrar que nem sempre essas coisas têm volta.
Isso não quer dizer que elas são mais sérias ou pessimistas do que animações infantis: algumas nos mostram que, quando tudo dá errado, o jeito é achar algo bom e se ater àquilo, por menor que seja. Elas também podem ser divertidas, relaxantes e nos fazer sentir melhor. Há também as mais escapistas, abordando mundos de fantasia e ficção científica de forma grandiosa, mas com uma linguagem que definitivamente não apela a crianças. Animações para adultos nem precisam estrelar adultos: em Big Mouth, todos os personagens são adolescentes na puberdade.
Mas até aí, eu poderia muito bem estar descrevendo uma série adulta live-action. O que torna então a animação tão especial e, ultimamente, popular?
A primeira resposta é um tanto óbvia: a animação permite que essas séries sejam mais explícitas. Seja na ação, no sexo, no humor negro ou nas sátiras sociais, elas conseguem ir a extremos aos quais novelas e sitcoms não conseguem, não apenas por limitações físicas, mas porque pareceriam estranhos ou até de mau gosto fora do universo livre da animação, onde tais extremos são um sinal de sofisticação.
Mas há ainda uma segunda resposta: animações apelam para a nostalgia dentro de todo adulto. A animação infantil é algo muito presente em nossas vidas quando somos crianças. Sendo assim, quando vemos um personagem animado passar pelos horrores cotidianos ou extra cotidianos sobre os quais só aprendemos na fase adulta, é difícil não associá-lo àquilo que um dia nos foi tão especial, e nos emocionamos de um jeito que não aconteceria em uma série live-action.
Demorou, mas cada vez mais a televisão e as plataformas de streaming estão descobrindo a animação como uma forma de abordar questões que exigem certa maturidade para serem entendidas. E quando abordadas corretamente, podem se tornar verdadeiras gemas que pegam muitos adultos de surpresa – e, felizmente, têm surgido cada vez mais gemas por aí.
BoJack Horseman (3ª Temporada)
4.6 267 Assista AgoraA animação BoJack Horseman tem como foco a depressão do personagem principal, Bojack, um ex-ator de Hollywood que perdeu o seu espaço e agora precisa enfrentar problemas com depressão, vícios e alcoolismo.
A crítica está sempre elogiando a forma em que a saúde mental é tratada na série, mas, assim como 13 Reasons Why, algumas pessoas que sofrem de ansiedade e depressão podem sentir dificuldade em assistir, principalmente pela identificação.
“Eu quero me sentir bem comigo mesmo. Como você faz. Mas eu não sei como”.
- Cena de BoJack Horseman
O criador de BoJack Horseman diz não ter criado a série com o objetivo de retratar a depressão, mas que seus espectadores puderam conferir uma representação mais realista sobre assunto.
BoJack Horseman está em sua sexta e última temporada. Você pode assisti-la na streaming.
BoJack Horseman (1ª Temporada)
4.3 287 Assista AgoraBojack Horseman e a era das sutilezas
Assistir a Bojack Horseman é para mim uma experiência de entretenimento cômico das mais engraçadas e um sofrimento imenso. A série criada pelo insano Raphael Bob-Waksberg começa como uma animação de comédia para adultos clássicas, com piadas sobre drogas, bebidas e sexo, e aos poucos vai abraçando seu lado sombrio, que a cada episódio aflora mais. Bojack é um cavalo-celebridade de Hollywood que atuou na década de 90 em um clássico sitcom familiar de sucesso. Na meia-idade, com uma necessidade enorme de alimentar o próprio ego e sem conseguir nenhum trabalho e nem manter relações sólidas com ninguém, se dispõe a ser biografado na tentativa de recobrar parte da fama perdida.
O que a princípio parece uma caricatura das relações superficiais do showbusiness aos poucos vai se revelando o retrato escancarado de uma depressão profunda, marcada por abusos psicológicos e excessos nada saudáveis para preencher um vazio que, nas palavras da mãe do cavalo, “é o seu direito de nascença”.
Mas talvez o que de mais significativo o seriado da Netflix tenha para oferecer além de um espelho doloroso para quem se encontra na mesma condição psíquica é evidenciar o mundo literal e a perda das sutilezas que experimentamos nessa pós-modernidade. Enquanto nos acostumamos a nos relacionar de longe com nossos colegas, via redes sociais, onde cada pessoa é uma ilha de moralidade em meio a um chorume social, de perto experimentamos a sensação de nos desnudarmos dos signos que criamos para sustentar uma certa personalidade construída.
Todos os personagens da série são criadores de símbolos: são atores, escritores, apresentadores de TV, agentes, enfim, inventores de arquétipos que, conforme os episódios avançam, se mostram insuficientes para escorar as arestas da normalidade de cada um. Resta o literal, o cru. O famoso letreiro de Hollywood é só um símbolo, mas quando Bojack Horseman rouba o D da palavra para presentear sua paixão platônica Diane, a cidade passa a ser chamada de Hollywoo; o diretor do filme que Bojack está filmando diz em dado momento da série que não está fazendo nenhum Casablanca, e enquanto o ator equino acredita se tratar de uma figura de linguagem que explana a qualidade cinematográfica da obra, o cineasta é literal ao dizer que não estão filmando Casablanca porque Casablanca é um filme sobre outro assunto; Ethan Hawke é um hawk (um gavião), e um marlin chamado Brando (sim, Marlin Brando) serve Stella Artois gritando “Stella”, como o ator de Um Bonde Chamado Desejo; o orfanato que Bojack constrói em homenagem ao seu amigo Herb Kazazz se chama Jerb Kazazz por causa de um erro de digitação em um e-mail.
Não sobram espaços para simbolismos no pesadelo semiótico de Bojack Horseman. A percepção é acentuada pelo fato de que a série, ao mesmo tempo em que se apropria de elementos tipicamente ficcionais para montar sua bíblia, utiliza apenas desfechos dolorosamente reais para suas tramas, desprezando metáforas. A vida real é mais sutil em dizer que as sutilezas já se foram (no máximo, alguma charge de Carlos Latuff em que um policial aparece com um colete que diz “POLICIAL” dá a ideia mais escancarada da coisa), mas cobra da mesma forma o preço pelos signos falsos sob os quais vivemos. A depressão de Bojack é fruto da realidade idealizada confrontada com a realidade objetiva, e toda a escuridão dos outros personagens passam pelo mesmo caminho. E nós também, cada vez mais.
BoJack Horseman (4ª Temporada)
4.5 240 Assista AgoraBoJack Horseman é o verdadeiro órfão de "Horsin' Around"
Nada pode ser mais destrutivo ou reconfortante do que a presença próxima da família. A quarta temporada de "BoJack Horseman" fez questão de tratar de temas que vinham sendo pincelados há temporadas inteiras, e que nunca haviam sido tratados com a atenção merecida. A família de BoJack vem para o centro da obra e, com ela, o passado do personagem, que pode ser interpretado como uma grande vítima de um ambiente tóxico, ou como um grande órfão de uma fantasia que saiu de controle.
Seja qual for o caso, BoJack está a beira da destruição, assim como sua família.
O Rei da TV (2ª Temporada)
3.6 38 Assista AgoraSegunda temporada de "O Rei da TV" melhora ao não se levar tão a sério
A primeira temporada de "Rei da TV foi disponibilizada em 19 de outubro de 2022 na plataforma de streaming Star+. Criada por Marcus Baldini, André Barcinski e Ricardo Grynspan, a produção que conta a saga de Silvio Santos foi massacrada pela crítica. O tom farsesco, as interpretações exageradas e os conflitos controversos da trama --- dirigida por Baldini e Carol Minem --- contribuíram bastante para a má repercussão. Felizmente, a segunda temporada, lançada no dia 29 de março de 2023, com oito episódios, provocou uma melhor impressão.
A nova temporada, dirigida por Julia Jordão, traz novos obstáculos, sucessos e tombos na trajetória de Silvio Santos, na sua busca para se tornar o maior empresário e comunicador do Brasil. A história começa em 1989, quando Silvio se candidata à Presidência da República. Sua candidatura, porém, não é tolerada pelos adversários, e esse ressentimento serve de motivação para transformar o SBT no canal mais assistido do país, em uma grande batalha que marcou a história da televisão brasileira.
Homem de muitos negócios, enquanto Silvio se lança no ramo dos cosméticos, o escândalo na administração do banco PanAmericano ameaça destruir o império que o empresário levou a vida inteira para construir.
A vida pessoal também sofre as consequências do sucesso, quando os holofotes da mídia se viram contra um dos momentos mais dramáticos da família Abravanel: o sequestro da filha Patrícia.
"O Rei da TV" conta a história de Silvio Santos, o jovem de vida humilde, genial e ambicioso que foi atrás do seu sonho e se tornou o comunicador mais bem sucedido da televisão brasileira, além de um dos empresários mais reconhecidos do país. A série apresenta um olhar inédito sobre sua intimidade, mostrando as várias fases de sua carreira, erros e acertos, recordes de audiência e insucessos, todos os grandes desafios enfrentados para construir o SBT e seu império. Assertivo e polêmico em suas decisões, é uma figura icônica que faz parte da rotina de milhares de brasileiros.
Ao contrário da primeira temporada, a segunda não tenta se levar tão a sério, o que proporciona cenas mais divertidas e momentos nostálgicos. José Rubens Chachá segue ótimo como Silvio Santos e uma das melhores cenas da série é o momento em que Silvio muda a grade do SBT dentro da Globo por meio de um simples telefonema. A trama fica muito mais atrativa quando foca na guerra de audiência entre as emissoras porque todos que viveram aquela época, independente da idade, sabem bem a loucura que era a disputa, principalmente aos domingos. Aliás, outra sequência impagável da série é a recriação do pitoresco encontro de Jean-Claude Van Dame com Gretchen no palco do "Domingo Legal", onde dançaram sensualmente. Paulo Nigro interpretando Gugu Liberato foi uma boa escolha. Outros bons nomes do elenco são Leona Cavalli (Íris Abravanel), Cacá Carvalho (Manoel de Nóbrega), Roberta Gualda (Cidinha Abravanel), Pascoal da Conceição (Roberto Marinho) e Ary França (Pedro de Lara).
"O Rei da TV" parecia fadada ao fracasso após um início turbulento, mas, apesar de algumas cenas toscas, conseguiu melhorar em sua segunda temporada através de situações de fácil identificação do público. E, por mais surpreendente que pareça, mostrou fôlego para outras etapas da vida de Silvio Santos, até porque enredo não falta para explorar sobre o comunicador que está com 92 anos de idade.
Succession (4ª Temporada)
4.5 219 Assista AgoraCriador de "Succession" explica final da série e destino dos protagonistas.
Jesse Armstrong disse que últimos eventos da trama já estavam planejados "há um tempo"
Consagrada por fugir do lugar-comum quando o assunto é roteiro, Succession surpreendeu o público com as reviravoltas do último episódio, exibido na noite de domingo (28/05/2023) na HBO e já disponível na HBO Max. No quadro do YouTube Inside the Episode, Jesse Armstrong, criador do seriado, explicou a sequência final — que, segundo ele, já estava planejada "há um tempo".
Após quatro temporadas se digladiando pelo trono do pai à frente do império de mídia Waystar Royco, os três irmãos Roy — Kendall (Jeremy Strong), Shiv (Sarah Snook) e Roman (Kieran Culkin) — terminaram de mãos abanando com a venda da empresa ao bilionário Lukas Matsson (Alexander Skarsgård), que escalou Tom Wambsgans (Matthew Macfadyen), o marido de Shiv, como CEO e sucessor de Logan Roy (Brian Cox).
— A ideia de Tom ser o eventual sucessor foi algo que pensei ser o final certo por um bom tempo. Mesmo que ele não seja exatamente o monarca mais poderoso que você já conheceu, seu poder vem de Matsson. Essas figuras que se elevam e se tornam receptivas a pessoas poderosas estão por aí — declarou Armstrong.
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Nas redes sociais, internautas ficaram em dúvida sobre a mudança de posição de Shiv. Antes, ela estava apoiando a intenção dos irmãos de bloquear a venda da empresa, mas decidiu de última hora ficar do lado de Matsson, mesmo sabendo que ele havia traído a promessa de que faria ela CEO. Em sua última cena, ela aparece encostando na mão de seu marido, Tom, de quem espera um filho.
— Shiv ainda está em jogo, eu diria, em um lugar assustador, congelado e emocionalmente estéril — disse Armstrong. — Mas ela tem esse tipo de não-vitória, não-derrota. Quero dizer, haverá algum movimento lá. Ainda há muito desse jogo para jogar, mas é aí que o deixamos. E parece que vai ser difícil progredir para eles, emocionalmente, dadas as coisas que eles disseram um sobre o outro.
Kendall, por outro lado, termina a série completamente derrotado do propósito de repetir o sucesso do pai.
— Para Kendall, isso nunca deixará de ser o evento central de sua vida, os dias centrais de sua vida, alguns anos centrais de sua vida — afirmou Armstrong. — Talvez ele pudesse abrir uma empresa ou fazer alguma coisa. Mas as chances de ele alcançar o tipo de status corporativo que seu pai alcançou são muito baixas. E acho que isso vai marcar toda a sua vida.
Já Roman, em sua última cena, aparece um pouco mais otimista, sentado em um bar, pedindo um drink e esboçando um sorriso.
— De uma forma redutora e brutal, Roman termina exatamente onde começou. Ele ainda é aquele cara (da primeira temporada). E ele poderia facilmente ter sido um idiota playboy com alguns instintos ligeiramente desagradáveis e algumas piadas bastante engraçadas. Ele poderia ter ficado em um bar, sendo aquele cara. E isso (eventos mostrados na série) foi um desvio em sua vida, eu diria.
HBO obrigado por tantas obras primas .. Sopranos, The leftovers, Game of thrones, Barry, True Detective (season 1), The Wire, The deuce, Six feet under, Band of brothers, Chernobyl e agora Succession .. Que canal lendário!!!
PS: Melhor foi a piada do Logan, falando do dedo do Greg 😂😂😂
Acho que o que estava mais doendo no Logan durante a festa, era justamente os filhos e esposa não estarem presentes, nem estar puxando o saco dele. E a secretina percebeu e tentou uma ligação. Ele até tentou uma conexão sentimental com o segurança.