Eficiente thriller francês, por momentos lembrou o 1° 'Extermínio' e o 1° episódio de 'The Walking Dead'. Um bom representante do gênero e estilo, fazia tempos que não vinha um bom filme de zumbi.
Ótimo visual elegante e um bom elenco à vontade nos papeis, mas o 1° e 2° atos são um pouco arrastados e parece que faltou algo para ser um filme melhor, com um elenco desses poderia ser bem mais. Representatividade não é tudo se faltar gás no roteiro e direção.
Mais um belíssimo clássico assistido. Aqui, Robert De Niro é um mercador de escravos arrependido, que após um erro, um tempo na prisão e sentindo-se perdido e com consciência pesada, se junta a alguns jesuítas bem intencionados (Jeremy Irons e Liam Neeson), afim de lutar pelos índios. Com atuações dedicadas, o filme é uma aula de história, contando um pedaço do nosso passado, pois se passa no Sul do Brasil. Partes foram filmadas em São Miguel das Missões, onde situa-se um pedaço da trama. Além de mostrar a beleza da nossa Terra em uma bela fotografia (deu vontade de conhecer as Ruínas de São Miguel), o filme serve pra nos lembrar a inconveniente verdade de que nosso progresso, nossas cidades e ruas foram construídas com o sangue de índios e negros. E pra encerrar com chave de ouro, mais uma vez o maestro Ennio Morricone entrega uma bela e emocional trilha sonora. Palmas!
Belíssimo visual, com fotografia, figurino e direção de arte estonteantes; mas meio que só isso. Ótimo elenco desperdiçado e parece que o filme beija a superficialidade na qual tenta criticar.
Não chega a ser um perfeito exemplar do mestre, mas é interessante, algumas cenas bem dirigidas e uma crítica interessante. Um filme que tem o seu charme e mistério!
Muito bom finalmente ver uma divertida sequência desta franquia. Não é necessariamente um filme bom, mas para os amantes do trash e da saga, um exemplar pesado e divertido.
Mais um filme obrigatório que já deveria ter assistido antes. Considerado um dos mais épicos e colossais faroestes da história, com suas quase 3 horas de duração, já mostra a que veio nos seus 5 minutos iniciais. Uma obra-prima, dirigida pelo mestre italiano Sergio Leone. Com roteiro e produção também dele e de outros 2 mestres, Dario Argento (o mestre do terror giallo) e Bernardo Bertolucci, temos o impecável maestro Ennio Morricone na épica trilha sonora e um elenco que inclui nomes de peso para a época: Charles Bronson, Henry Fonda, Jason Robards e a musa italiana Claudia Cardinale. Com tanta gente lendária na obra, não tinha erro. Leone dirige sua pérola com uma maestria de tirar o fôlego. Cada cena é extremamente bem pensada e enquadrada, com ângulos de câmera magníficos, posicionando bem personagens, paisagens e construções. Sinceramente uma das melhores direções que já vi. A fotografia é exuberante, o figurino e a caracterização da época é perfeita. As roupas, o suor, a terra, tudo tão real. E juntando isso a atuações impecáveis, não parece um filme encenado, mas um pedaço verídico do passado. Ao contrário do que a maioria que não viu pode pensar, não é uma obra de ação e tiroteios sem fim. Não seria tão simples com Leone. Ele constrói uma crônica, uma odisseia áspera com as figuras típicas de heróis e vilões, para depois desconstruí-las de maneira fenomenal. Muito mais que mocinhos e vilões, as personagens são bidimensionais, com características complexas, graças ao roteiro genial, que transborda frases de efeito funcionais e um tom sarcástico, quase cômico, mas ácido e sagaz, características nas quais Tarantino bebe referências. A cada quadro, Leone transforma as amarguradas personagens em algo místico, com cenas contemplativas, em uma espécie de homenagem a figura do cowboy. Tudo isso embalado pela trilha sonora do incomparável Morricone, que traz faixas sonoras intensas e de nervosismo, mas outras melancólicas e de tristeza. Um filme que beira o impecável. Fica até difícil falar sobre, quaisquer palavras podem inferiorizar a arte cinematográfica desta obra atemporal. 'Era Uma Vez no Oeste' é um exemplo que mostra a diferença entre filmes de diversão passageira, daqueles que são obras de arte imortais.
Perturbador, incômodo, ácido, metafórico, uma ode ao horror de verdade! Inicia lento, mas é como uma lenha que vai queimando aos poucos, até que o final incendeia de vez. Toni Collette está monstruosa.
Espetacular é pouco para descrever este filme, tão poético quanto as palavras ditas pelo mestre e os alunos. Robin Williams no auge da carreira em um papel marcante e sensível. Como ele faz falta no cinema. Todo elenco é afiado, com desempenhos realistas, graças ao roteiro humano e sincero. E que final arrebatador, que além de triste, entrega uma cena de encerramento belíssima e reconfortante. Um filme de dar um "tapa na cara" do que hoje é cada vez mais comum: põe-se como obrigatório buscar uma faculdade, o dinheiro e uma carreira bem-sucedida (como se a verdadeira felicidade dependesse disso), sem ligar para aquilo que faz seu coração ferver, fadando-se a ficar velho, endinheirado, mas vazio e amargurado. Faz-nos refletir sobre prioridades, uma vez que infelizmente a maioria das pessoas vivem uma vida sem brilho. Ao usar métodos de ensino fora do comum, o professor cativa os corações dos jovens, que abrem os olhos e enxergam que ser mais um "robô" do sistema não é a única opção. Mostra que cada um é dono de sua vida, seus conceitos, sua arte e sua poesia, seja ela literal ou uma metáfora a nossa vida como um todo.
A ganhadora do Oscar, Hilary Swank (por 'Menina de Ouro' e 'Meninos Não Choram'), entrega uma atuação mais doce e sensível, mas igualmente marcante. Ela é uma professora que se dedica arduamente a ajudar seus "marginalizados" alunos a terem um futuro. Ela acaba usando o livro 'O Diário de Anne Frank' e diversos relatos sobre o holocausto e a 2° Guerra, afim de que eles entendam que a violência nunca será um bom caminho e que o sofrimento é universal, indiferente de etnia, gangues, etc. Dois detalhes que me chamam muito a atenção: o paralelo que se cria da 2° Guerra Mundial com as guerras de crimes nas ruas, ambas são a mesma coisa e causam o mesmo sofrimento. Outro detalhe é uma cena sutil, mas fenomenal:
ao perguntar quantos alunos sabem o que é holocausto, apenas um levanta a mão. Mas ao perguntar quantos já levaram tiros, a maioria levanta.
Esta cena é crucial para a professora finalmente entender a que estado a juventude pobre e do gueto está, à margem da morte e sem o auxílio devido. O filme aborda questões pesadas de maneira leve, mas emocional. Aos sensíveis, preparem os lenços. Um filme fenomenal, confesso que deveria ter assistido antes!
Filme desconhecido e não bem lembrado, mas ótimo, ainda prefiro 'Drácula de Bram Stoker' do Coppola, mas este daqui também consegue captar o romance e o gótico da trama original. Boa produção e um Frank Langella inspirado (outro camaleão do cinema sem seu devido reconhecimento)!
Tom Hanks e Denzel Washington monstruosos em cena. Roteiro correto, ótima direção do saudoso Jonathan Demme. Um filme simples, mas poderoso em conceito e execução, emocionante e cheio de lições. Fantástico! Deveria ter assistido antes!
'Ilha dos Cachorros' é a nova produção do talentoso e peculiar cineasta Wes Anderson, que mais uma vez trabalha com uma animação em stop-motion (ele já havia feito 'O Fantástico Sr. Raposo'). Essas suas animações, assim como seus outros filmes com atores, são sempre carregados de um estilo próprio. Suas tramas são agridoces, trazendo momentos leves contrastando com momentos mais difíceis de digerir, sempre muito bem elaborados pelo genial roteiro. Nas tramas simplistas, o diretor sempre traz discussões sociais pertinentes. A exemplo deste filme aqui, que não é exatamente uma animação para a criançada. Não que seja um filme pesado, mas é uma obra diferenciada e artística, com momentos reflexivos e críticas ao abandono dos animais, corporações inescrupulosas, controle de natalidade animal e humana, cutucada na indústria farmacêutica e tantos outros campos no qual o roteiro dialoga. Depois dos excêntricos e fascinantes 'Moonrise Kingdom' e 'O Grande Hotel Budapeste', Anderson traz aqui um filme um pouquinho mais contido visualmente, sem tantas paletas de cores berrantes. Mas com uma fotografia mais neutra, ainda é notável o cuidado que ele tem com os cenários, sempre muito bonitos de se observar, ricos em detalhes. E as suas personagens são muito bem elaboradas, com camadas e características complexas. Por estas e outras razões, não vá esperando ver um 'Minions' ou 'Pets'. É um filme maduro, alternativo, com momentos tristes, mas ricos artisticamente e com uma dose de humor sagaz e um pouco de emoção. Não chega a ser meu favorito dele, mas Wes Anderson cada vez mais deixa impresso o seu estilo único. Forte candidato ao Oscar 2019 de Melhor Animação.
Filme bobo, com roteiro e atuações ruins, mas até que diverte dentro do possível, os efeitos visuais nas criaturas e o "quebra-pau" compensam um pouco.
Spoilers!!! Um dos filmes que eu mais aguardava ver este ano, tanto por gostar muito de dinossauros, como por ser fã da franquia criada pelo mestre Spielberg. Talvez esta expectativa e alguns outros elementos fizeram eu ficar dividido sobre o filme. De maneira resumida, diria que é um roteiro ruim embutido em um blockbuster bom e com ótima direção. O espanhol J. A. Bayona traz seu estilo mais emocional (usado em 'O Impossível') e assustador, com uma pegada visual gótica, cenas com sombras e ângulos de câmera manipulativos, típicos de terror (usados em 'O Orfanato'). Assim, ele cria um filme que deixa um pouco de lado a ação e aventura, e embarca em uma produção mais séria, dramática e que beira o terror de gênero. Todo o final do filme emula uma obra de terror e é fantástico, parece outro filme dentro de um filme e é bem bacana. A maneira que o diretor utiliza a perspectiva da menina para criar a imagem do monstro lembra muito o estilo de expressionismo artístico utilizado nos clássicos como 'Nosferatu' e 'Frankenstein'. A parte técnica é impecável, com efeitos visuais que nos fazem acreditar que os dinossauros estão vivos, eles tem camadas, brilho nos olhos e personalidades. Isso foi entregue graças a união de um CGI de qualidade com o principal: efeitos mecânicos de bonecos e animatrônicos criados especialmente para o filme. Agora a obra tem problemas de roteiro, que às vezes parece bobo (a cena do Chris Pratt dopado escapando da lava é bem ruim), há uma reviravolta que poderia ter sido mais bem explorada, vários clichês com momentos de "salvação no último instante" e algumas atuações não são tão boas, especialmente o elenco masculino, bastante estereotipado, enquanto que as mulheres (Bryce Dallas Howard e a menina Isabella Sermon) mandam bem e são o coração do filme. A tão polêmica cena da destruição da ilha é outro ponto a se discutir. É triste ver aquele lugar que encantou nos filmes anteriores ser destruído e o pior, a maioria dos animais morrerem. A cena do braquiossauro na beira da ilha, contemplando a morte, é algo que machucou, diversas pessoas choraram no cinema. Por mais que seja um fechamento de um ciclo, afinal foi um braquiossauro o 1° dino a aparecer no primeiro filme, é um pouco "deprê" demais, pode ter sido um tiro no pé da saga fazerem isso. Mas claro que os produtores tem outros planos, maiores, que envolve levar ao pé-da-letra o título 'Jurassic World', só espero que o próximo filme seja mais positivo e mostre a força dos dinos, que aqui ficaram abatidos demais. Claro, como falei, fiquei bem dividido com a obra, pois há coisas legais. O fato de ser um filme mais maduro faz-nos refletir sobre os maus tratos a animais, caça ilegal, mercado negro e outras atrocidades. Dinossauros já não existem mais, mas tigres, rinocerontes e várias outras espécies são caçadas e tratadas em péssimas condições e o filme tenta alertar sobre isso. Por mais cruel que seja, é verídico e válido o alerta, mesmo que doa saber. A tão criticada reviravolta envolvendo a menina é válida, uma vez que a franquia sempre falou sobre modificações genéticas. Se por um lado estou curioso para ver o caminho que a saga tomará (e podem ser inúmeros, já pensou um planeta dos dinossauros, estilo 'Planeta dos Macacos'?), por outro torço para que no próximo filme (e último desta trilogia), acabem bem o plot, dando-se destaque a estas incríveis criaturas. E apesar de não gostar de algumas coisas, é um filme para ser visto nos cinemas sim, pois mexe com as emoções, assusta, te deixa triste e nervoso. E cinema é para isso, mexer conosco.
Um filme eficiente na proposta de honrar o livro e é bem feito. Ótima atuação da protagonista. Só falta uma direção melhor, que o De Palma fez tão bem no filme original.
A Noite Devorou o Mundo
3.2 362 Assista AgoraEficiente thriller francês, por momentos lembrou o 1° 'Extermínio' e o 1° episódio de 'The Walking Dead'. Um bom representante do gênero e estilo, fazia tempos que não vinha um bom filme de zumbi.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraÓtimo visual elegante e um bom elenco à vontade nos papeis, mas o 1° e 2° atos são um pouco arrastados e parece que faltou algo para ser um filme melhor, com um elenco desses poderia ser bem mais. Representatividade não é tudo se faltar gás no roteiro e direção.
Action Point
2.8 27 Assista AgoraTenta ser um "remember" de 'Jackass' e 'Vovô Sem Vergonha', mas sem a mesma força de ambos, apenas um pouco nostálgico.
A Missão
3.8 225Mais um belíssimo clássico assistido. Aqui, Robert De Niro é um mercador de escravos arrependido, que após um erro, um tempo na prisão e sentindo-se perdido e com consciência pesada, se junta a alguns jesuítas bem intencionados (Jeremy Irons e Liam Neeson), afim de lutar pelos índios. Com atuações dedicadas, o filme é uma aula de história, contando um pedaço do nosso passado, pois se passa no Sul do Brasil. Partes foram filmadas em São Miguel das Missões, onde situa-se um pedaço da trama. Além de mostrar a beleza da nossa Terra em uma bela fotografia (deu vontade de conhecer as Ruínas de São Miguel), o filme serve pra nos lembrar a inconveniente verdade de que nosso progresso, nossas cidades e ruas foram construídas com o sangue de índios e negros. E pra encerrar com chave de ouro, mais uma vez o maestro Ennio Morricone entrega uma bela e emocional trilha sonora. Palmas!
Feira das Vaidades
3.1 126 Assista AgoraBelíssimo visual, com fotografia, figurino e direção de arte estonteantes; mas meio que só isso. Ótimo elenco desperdiçado e parece que o filme beija a superficialidade na qual tenta criticar.
Os Pássaros
3.9 1,1KNão chega a ser um perfeito exemplar do mestre, mas é interessante, algumas cenas bem dirigidas e uma crítica interessante. Um filme que tem o seu charme e mistério!
Vidas à Deriva
3.5 280 Assista AgoraUm filme bem feito e equilibrado. E Shailene Woodley, que nem gosto muito, está bem no papel. Espero ver mais dela nesse nível pra mais.
Puppet Master: The Littlest Reich
2.5 21Muito bom finalmente ver uma divertida sequência desta franquia. Não é necessariamente um filme bom, mas para os amantes do trash e da saga, um exemplar pesado e divertido.
O Último Suspiro
3.0 138 Assista AgoraBelo suspense francês, grata surpresa!
Regras Não Se Aplicam
2.6 51 Assista AgoraO 'La La Land' que não deu certo.
Era uma Vez no Oeste
4.4 730 Assista AgoraMais um filme obrigatório que já deveria ter assistido antes. Considerado um dos mais épicos e colossais faroestes da história, com suas quase 3 horas de duração, já mostra a que veio nos seus 5 minutos iniciais. Uma obra-prima, dirigida pelo mestre italiano Sergio Leone. Com roteiro e produção também dele e de outros 2 mestres, Dario Argento (o mestre do terror giallo) e Bernardo Bertolucci, temos o impecável maestro Ennio Morricone na épica trilha sonora e um elenco que inclui nomes de peso para a época: Charles Bronson, Henry Fonda, Jason Robards e a musa italiana Claudia Cardinale. Com tanta gente lendária na obra, não tinha erro. Leone dirige sua pérola com uma maestria de tirar o fôlego. Cada cena é extremamente bem pensada e enquadrada, com ângulos de câmera magníficos, posicionando bem personagens, paisagens e construções. Sinceramente uma das melhores direções que já vi. A fotografia é exuberante, o figurino e a caracterização da época é perfeita. As roupas, o suor, a terra, tudo tão real. E juntando isso a atuações impecáveis, não parece um filme encenado, mas um pedaço verídico do passado. Ao contrário do que a maioria que não viu pode pensar, não é uma obra de ação e tiroteios sem fim. Não seria tão simples com Leone. Ele constrói uma crônica, uma odisseia áspera com as figuras típicas de heróis e vilões, para depois desconstruí-las de maneira fenomenal. Muito mais que mocinhos e vilões, as personagens são bidimensionais, com características complexas, graças ao roteiro genial, que transborda frases de efeito funcionais e um tom sarcástico, quase cômico, mas ácido e sagaz, características nas quais Tarantino bebe referências. A cada quadro, Leone transforma as amarguradas personagens em algo místico, com cenas contemplativas, em uma espécie de homenagem a figura do cowboy. Tudo isso embalado pela trilha sonora do incomparável Morricone, que traz faixas sonoras intensas e de nervosismo, mas outras melancólicas e de tristeza. Um filme que beira o impecável. Fica até difícil falar sobre, quaisquer palavras podem inferiorizar a arte cinematográfica desta obra atemporal. 'Era Uma Vez no Oeste' é um exemplo que mostra a diferença entre filmes de diversão passageira, daqueles que são obras de arte imortais.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraPerturbador, incômodo, ácido, metafórico, uma ode ao horror de verdade! Inicia lento, mas é como uma lenha que vai queimando aos poucos, até que o final incendeia de vez. Toni Collette está monstruosa.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraEspetacular é pouco para descrever este filme, tão poético quanto as palavras ditas pelo mestre e os alunos. Robin Williams no auge da carreira em um papel marcante e sensível. Como ele faz falta no cinema. Todo elenco é afiado, com desempenhos realistas, graças ao roteiro humano e sincero. E que final arrebatador, que além de triste, entrega uma cena de encerramento belíssima e reconfortante. Um filme de dar um "tapa na cara" do que hoje é cada vez mais comum: põe-se como obrigatório buscar uma faculdade, o dinheiro e uma carreira bem-sucedida (como se a verdadeira felicidade dependesse disso), sem ligar para aquilo que faz seu coração ferver, fadando-se a ficar velho, endinheirado, mas vazio e amargurado. Faz-nos refletir sobre prioridades, uma vez que infelizmente a maioria das pessoas vivem uma vida sem brilho. Ao usar métodos de ensino fora do comum, o professor cativa os corações dos jovens, que abrem os olhos e enxergam que ser mais um "robô" do sistema não é a única opção. Mostra que cada um é dono de sua vida, seus conceitos, sua arte e sua poesia, seja ela literal ou uma metáfora a nossa vida como um todo.
Escritores da Liberdade
4.2 1,1K Assista AgoraA ganhadora do Oscar, Hilary Swank (por 'Menina de Ouro' e 'Meninos Não Choram'), entrega uma atuação mais doce e sensível, mas igualmente marcante. Ela é uma professora que se dedica arduamente a ajudar seus "marginalizados" alunos a terem um futuro. Ela acaba usando o livro 'O Diário de Anne Frank' e diversos relatos sobre o holocausto e a 2° Guerra, afim de que eles entendam que a violência nunca será um bom caminho e que o sofrimento é universal, indiferente de etnia, gangues, etc. Dois detalhes que me chamam muito a atenção: o paralelo que se cria da 2° Guerra Mundial com as guerras de crimes nas ruas, ambas são a mesma coisa e causam o mesmo sofrimento. Outro detalhe é uma cena sutil, mas fenomenal:
ao perguntar quantos alunos sabem o que é holocausto, apenas um levanta a mão. Mas ao perguntar quantos já levaram tiros, a maioria levanta.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraSensível, espetacular e um convite a sair do comodismo a que vivemos.
Drácula
3.4 49 Assista AgoraFilme desconhecido e não bem lembrado, mas ótimo, ainda prefiro 'Drácula de Bram Stoker' do Coppola, mas este daqui também consegue captar o romance e o gótico da trama original. Boa produção e um Frank Langella inspirado (outro camaleão do cinema sem seu devido reconhecimento)!
A Casa dos Maus Espíritos
3.6 162 Assista AgoraBoa pegada gótica e ótimos plot twists!
Frankenstein
4.0 284 Assista AgoraGrandioso filme de um grandioso diretor da Era de Ouro de Hollywood, desta grandiosa franquia de Monstros da Universal! Clássico dos clássicos!
O Monstro da Lagoa Negra
3.6 130Um filme bacana, que serviu de inspiração pro belo 'A Forma da Água'. Boa direção e aquela atmosfera clássica irresistível.
Filadélfia
4.2 907 Assista AgoraTom Hanks e Denzel Washington monstruosos em cena. Roteiro correto, ótima direção do saudoso Jonathan Demme. Um filme simples, mas poderoso em conceito e execução, emocionante e cheio de lições. Fantástico! Deveria ter assistido antes!
Ilha dos Cachorros
4.2 655 Assista Agora'Ilha dos Cachorros' é a nova produção do talentoso e peculiar cineasta Wes Anderson, que mais uma vez trabalha com uma animação em stop-motion (ele já havia feito 'O Fantástico Sr. Raposo'). Essas suas animações, assim como seus outros filmes com atores, são sempre carregados de um estilo próprio. Suas tramas são agridoces, trazendo momentos leves contrastando com momentos mais difíceis de digerir, sempre muito bem elaborados pelo genial roteiro. Nas tramas simplistas, o diretor sempre traz discussões sociais pertinentes. A exemplo deste filme aqui, que não é exatamente uma animação para a criançada. Não que seja um filme pesado, mas é uma obra diferenciada e artística, com momentos reflexivos e críticas ao abandono dos animais, corporações inescrupulosas, controle de natalidade animal e humana, cutucada na indústria farmacêutica e tantos outros campos no qual o roteiro dialoga. Depois dos excêntricos e fascinantes 'Moonrise Kingdom' e 'O Grande Hotel Budapeste', Anderson traz aqui um filme um pouquinho mais contido visualmente, sem tantas paletas de cores berrantes. Mas com uma fotografia mais neutra, ainda é notável o cuidado que ele tem com os cenários, sempre muito bonitos de se observar, ricos em detalhes. E as suas personagens são muito bem elaboradas, com camadas e características complexas. Por estas e outras razões, não vá esperando ver um 'Minions' ou 'Pets'. É um filme maduro, alternativo, com momentos tristes, mas ricos artisticamente e com uma dose de humor sagaz e um pouco de emoção. Não chega a ser meu favorito dele, mas Wes Anderson cada vez mais deixa impresso o seu estilo único. Forte candidato ao Oscar 2019 de Melhor Animação.
Rampage: Destruição Total
3.0 537 Assista AgoraFilme bobo, com roteiro e atuações ruins, mas até que diverte dentro do possível, os efeitos visuais nas criaturas e o "quebra-pau" compensam um pouco.
Jurassic World: Reino Ameaçado
3.4 1,1K Assista AgoraSpoilers!!! Um dos filmes que eu mais aguardava ver este ano, tanto por gostar muito de dinossauros, como por ser fã da franquia criada pelo mestre Spielberg. Talvez esta expectativa e alguns outros elementos fizeram eu ficar dividido sobre o filme. De maneira resumida, diria que é um roteiro ruim embutido em um blockbuster bom e com ótima direção. O espanhol J. A. Bayona traz seu estilo mais emocional (usado em 'O Impossível') e assustador, com uma pegada visual gótica, cenas com sombras e ângulos de câmera manipulativos, típicos de terror (usados em 'O Orfanato'). Assim, ele cria um filme que deixa um pouco de lado a ação e aventura, e embarca em uma produção mais séria, dramática e que beira o terror de gênero. Todo o final do filme emula uma obra de terror e é fantástico, parece outro filme dentro de um filme e é bem bacana. A maneira que o diretor utiliza a perspectiva da menina para criar a imagem do monstro lembra muito o estilo de expressionismo artístico utilizado nos clássicos como 'Nosferatu' e 'Frankenstein'. A parte técnica é impecável, com efeitos visuais que nos fazem acreditar que os dinossauros estão vivos, eles tem camadas, brilho nos olhos e personalidades. Isso foi entregue graças a união de um CGI de qualidade com o principal: efeitos mecânicos de bonecos e animatrônicos criados especialmente para o filme. Agora a obra tem problemas de roteiro, que às vezes parece bobo (a cena do Chris Pratt dopado escapando da lava é bem ruim), há uma reviravolta que poderia ter sido mais bem explorada, vários clichês com momentos de "salvação no último instante" e algumas atuações não são tão boas, especialmente o elenco masculino, bastante estereotipado, enquanto que as mulheres (Bryce Dallas Howard e a menina Isabella Sermon) mandam bem e são o coração do filme. A tão polêmica cena da destruição da ilha é outro ponto a se discutir. É triste ver aquele lugar que encantou nos filmes anteriores ser destruído e o pior, a maioria dos animais morrerem. A cena do braquiossauro na beira da ilha, contemplando a morte, é algo que machucou, diversas pessoas choraram no cinema. Por mais que seja um fechamento de um ciclo, afinal foi um braquiossauro o 1° dino a aparecer no primeiro filme, é um pouco "deprê" demais, pode ter sido um tiro no pé da saga fazerem isso. Mas claro que os produtores tem outros planos, maiores, que envolve levar ao pé-da-letra o título 'Jurassic World', só espero que o próximo filme seja mais positivo e mostre a força dos dinos, que aqui ficaram abatidos demais. Claro, como falei, fiquei bem dividido com a obra, pois há coisas legais. O fato de ser um filme mais maduro faz-nos refletir sobre os maus tratos a animais, caça ilegal, mercado negro e outras atrocidades. Dinossauros já não existem mais, mas tigres, rinocerontes e várias outras espécies são caçadas e tratadas em péssimas condições e o filme tenta alertar sobre isso. Por mais cruel que seja, é verídico e válido o alerta, mesmo que doa saber. A tão criticada reviravolta envolvendo a menina é válida, uma vez que a franquia sempre falou sobre modificações genéticas. Se por um lado estou curioso para ver o caminho que a saga tomará (e podem ser inúmeros, já pensou um planeta dos dinossauros, estilo 'Planeta dos Macacos'?), por outro torço para que no próximo filme (e último desta trilogia), acabem bem o plot, dando-se destaque a estas incríveis criaturas. E apesar de não gostar de algumas coisas, é um filme para ser visto nos cinemas sim, pois mexe com as emoções, assusta, te deixa triste e nervoso. E cinema é para isso, mexer conosco.
Carrie, a Estranha
3.1 611 Assista AgoraUm filme eficiente na proposta de honrar o livro e é bem feito. Ótima atuação da protagonista. Só falta uma direção melhor, que o De Palma fez tão bem no filme original.