Uma série que podemos dividir em duas partes distintas: a primeira até o episódio 6 onde nos lamentamos por acabar tão rápido e a segunda entre os episódios 7 e 10 quando nos lamentamos por demorar a acabar.
Se os episódios tivessem sido divididos em duas temporadas distintas acredito que o resultado teria sido melhor. É preciso louvar a Netflix pela ótima adaptação, um trabalho complexo que foi vencido com louvor. Também me agradaram bastante os efeitos aplicados.
Um dos maiores problemas da série são as soluções fáceis dadas as ameaças encontradas, o que nos faz nunca temer pelo fracasso de Sandman e acaba tirando muito do peso da trama. Assim como alguns bons personagens como Corintio, Lúcifer e John são desperdiçados, apesar de serem interpretados por ótimos atores. Sem falar que toda a trama do Vórtice é dispensável e seu final é decepcionante.
Considerando a boa e difícil adaptação às telas e as possibilidades a serem exploradas é uma pena que dificilmente veremos uma segunda temporada. Caso e seja possível, seria ela igual a primeira ou segunda parte desta ?
Uma série excelente que consegue mostrar uma versão crível e interessante sobre os bastidores do filme. Apesar de haverem vários fatos inseridos como licença poética para ajudar a narrativa e dar volume ao texto, mas que fizeram alguns episódios parecerem excessivamente longos.
O humor sempre muito bem encaixado no texto foi para mim um dos pontos altos do roteiro. Impossível não dar algumas risadas com as situações mostradas e tão pouco deixar de torcer a favor ou contra alguns personagens.
Considerando que Vito e Michael Corleone são as peças mais importantes do filme, a escolha dos atores a interpretá-los seria fundamental. E a semelhança do Anthony Ippolito com o jovem Al Pacino é algo incrível. O mesmo não acontece com Justin Chambers como Brando, não que o ator tenha atuado mal, mas fisicamente temos uma certa distância. O que pessoalmente não gostei muito.
Matthew Goode e Miles Teller como protagonistas foi uma opção muito acertada, assim como Giovanni Ribisi, Dan Fogler e Burn Gorman que também roubam a cena sempre que aparecem.
Aliando um excelente roteiro, uma produção de arte impecável e uma grande atuação da maioria do elenco, o saldo final foi tão positivo a ponto de alça-la como a melhor série de 2022 até o momento.
Séries históricas são sempre bem vindas e Sem Limites é um exemplo disto, explorando um personagem incrível que não consigo entender o motivo de não ser mais explorado nas telas. A produção espanhola consegue fazer um bom trabalho com o suporte de uma grande dupla de atores.
Apesar de ser uma produção cara temos algumas falhas, como o fato dos homens passarem fome por meses sem que os atores pareçam efetivamente mais magros por isto ou algumas cenas de dentro dos navios soarem um tanto falsas.
Rodrigo Santoro como de costume vai muito bem na tela, acerta o tom de um homem obstinado e capaz de tudo. Já Álvaro Morte é uma força da natureza, dotado de um carisma incrível, todas as vezes em que aparece ele preenche a tela e "rouba" a cena e o faz bem na pele do contraponto do protagonista.
Facilmente a jornada poderia ter sido expandida por mais alguns episódios ou mesmo preparada uma segunda temporada, no entanto é compreensível devido ao alto custo de produção que tenham optado por concluir tudo sem aguardar um teste de popularidade da série.
A série começa bem, mas acaba se tornando um novelão mexicano. E com um interprete do personagem principal digno disto, convenhamos que a atuação de Rupert Friend é caricata em demasia. Infelizmente a série se perde no roteiro e em apostar em situações banais e previsíveis. O plot twist falha miseravelmente e não consegue compensar a sua novelização.
Salvam a série a atuação de Sienna Miller e da competente Michelle Dockery que infelizmente ganha uma personagem pouco interessante e por vezes chata demais. Dois episódios a menos fariam muito bem, pois temos coisas repetidas e mal desenvolvidas, nem mesmo cena do estupro souberam aproveitar.
Uma temporada decepcionante ao meu ver. Ainda que a dupla de protagonistas seja boa o bastante para segurar a série, infelizmente o roteiro e as cenas de ação deixam bastante a desejar. Enquanto a primeira temporada prometia bastante, tivemos uma clara involução nas temporadas seguintes.
Vários elementos foram abandonados como por exemplo a gangue de motoqueiros que comandava o tráfico de armas na região.
The Boys continua investindo em alguns de seus pontos fortes, mas pessoalmente achei esta inferior a primeira temporada. Aqui o Homelander é o dono da temporada e o faz muito bem, apesar de Antony Starr não ser o grande ator, ele acerta na construção do personagem, mesmo algumas cenas do personagem sendo bem bobinhas.
Apesar de entender a critica, não gostei muito da trama da igreja, acho que deixaram tudo em um tom muito caricato. É perceptível como tiveram que encher linguiça em alguns episódios para manter o padrão de duração e o numero total de episódios. Daria para cortar de um a dois episódios com certa facilidade.
Tales From The Loop é uma série sensacional, principalmente para os fãs de ficção cientifica. Com uma narrativa lenta que possivelmente não irá agradar aos mais apressados. O roteiro aborda com delicadeza os mais diversos temas e irá levar o espectador a diversas reflexões após cada episodio.
Concordo com o que li abaixo de que o roteiro se desenvolve de forma melancólica e poética. Sim, e nos fazer questionar nossa própria vida e nossos sentimentos me parece o objetivo principal da série. Objetivo este alcançado com sucesso.
O primeiro episodio considero o mais fraco de todos, apesar de achar que muitos espectadores poderão desistir neste ponto, tenho certeza de que aqueles que continuarem não irão se arrepender. O quarto e o segundo episódios são em ordem os meus favoritos.
Destaque para a fotografia belíssima e para a iluminação, inspiradas na arte de Simon Stalenhag que inclusive contribuiu na elaboração do roteiro. Sem dúvidas a melhor série da Amazon.
Apesar do inicio interessante, a temporada perde muito após o terceiro episódio deixando a impressão de que poderia ter conseguido ser mais do que o apresentado. A virada faz com que a produção deixe de ser uma série investigativa e passa a ser quase um filme de ação B.
Apesar de inicialmente ter visto potencial para superar a primeira temporada acredito que a conclusão não tenha sido satisfatória. Apesar da cena final impactante.
A série até constrói um vilão interessante, porém joga tudo na água literalmente e seu desfecho no último episódio chega a ser pífio.
Billy Campbell e Karine Vanasse tem ótimos atores com ótimos personagens e o roteiro deveria investir mais neles. Ainda que o drama de Cardinal aqui seja latente, não conseguimos criar uma verdadeira conexão com o personagem.
Cardinal é uma boa para fãs de séries investigativas. Ela reúne alguns bons elementos típicos de séries escandinavas. Além do ritmo parecido e das paisagens nevadas, temos uma dupla de detetives que trabalha com métodos diferentes, não se dão muito bem inicialmente e onde um deles esconde um segredo que vem sendo trabalhado pelo roteiro em paralelo com a investigação. E muitas vezes o desenvolvimento do background do detetive é até mais interessante que a própria investigação.
Apesar do ritmo inicialmente lento, a trama consegue manter o interesse. A solução um pouco apressada do último episodio, não chega a atrapalhar tanto. Aliás, o fato de possuir apenas 6 episódios também conta muito a favor da produção.
Billy Campbell (da competente versão americana de The Killing) e Karine Vanasse seguram muito bem a trama.
Uma boa série, mas que peca por tentar abordar um imenso numero de assuntos em pouco tempo de tela. Aqui existem diversas questões psicológicas e sociais (o pior é que em algumas delas senti uma certa forçação de barra) acrescentadas a trama principal e que acabam não tendo o desenvolvimento adequado durante os seus seis episódios.
Pessoalmente acho que após o terceiro episodio a produção perde um pouco de tração e o espectador começa a se incomodar. Além disto algumas coisas são meio abandonadas pelo caminho e sinceramente não sei se a audiência será suficiente para bancar uma segunda temporada.
Camila Morgado como de praxe está ótima, carrega a trama nas costas e mesmo com uma personagem demasiadamente complexa ela consegue acertar o tom. Rui Ricardo Diaz da ótima série Impuros também vai bem, pena que tem pouco tempo de tela.
Mais conhecido por sua carreira na TV, Christopher Meloni (OZ, Law and Order: SVU) é o típico ator que fez fama ao interpretar personagens durões, tipo atualmente desprezado e descontruído pelas produções. É inegável que Stabler seja o melhor personagem de sua carreira, aliás sua saída de SVU foi um baque para a série que levou umas duas ou três temporadas para se recuperar.
Seu retorno, a anos esperado por muitos convence e junto com sua situação mal resolvida com Olivia Benson são pontos legais, mas não os únicos atrativos da série, cujos oito episódios devorei em apenas um dia. O estilo mais agressivo da série e até o arranjo da trilha principal lembram a extinta Criminal Intent.
Falando da franquia Law and Order, ao contrário dos demais spin offs, Organized Crime faz algo só visto antes na também extinta Trail by Jury, abandona o estilo procedural (um caso diferente por episodio) e resolve apostar em uma aventura única que ocupa toda a temporada. E o faz bem feito, justamente por conseguir dominar dois pontos que fazem toda a diferença neste estilo: possuir um protagonista interessante e criar um bom cliffhanger ao final dos episódios.
Como já li por aí e concordo, Dylan McDermott faz um vilão muito James Bondiano, alguns exageros do personagem poderiam ter sido evitados pelo roteiro, mas o mesmo funciona ao que se propõe. Coincidência ou não tanto McDermott como Meloni chegam bem aos 60 anos de idade.
Outro destaque interessante vai para Danielle Moné Truitt, muito bem como a Sgt. Ayanna Bell. A atriz consegue manter o tom de sua personagem negra e homossexual, mas que o roteiro felizmente aborda de forma não apelativa.
Portanto, Organized Crime é parada obrigatória para os saudosos do detetive Stabler. Apesar dos diversos relatos de que a segunda temporada derruba feio a série, confesso que eu ainda investiria em assisti-la.
A série é boa assistida e deve ser assistida despretensiosamente. Seu maior mérito é ter a coragem de se assumir como um produto para adultos e usar uma abordagem diferente do que normalmente vemos em séries de super-heróis. Mais uma prova de que quando o trabalho é bem feito não é necessário se copiar a concorrência (a Marvel no caso).
Alguns episódios deixam a impressão de que poderiam ter resultado superior, mas nunca pela falta de ousadia. As cenas de ação também são interessantes, assim como os efeitos.
A roteiro é divertido, mas confesso que algumas partes humorísticas me incomodaram, nada contra usar doses de humor nível quinta série, mas aqui existe um certo exagero em determinados momentos. A repetição e o prolongamento de determinadas situações são exemplos.
Outro problema é que em várias situações o texto fica na corda bamba tentando ao tentar equilibrar o dito politicamente correto em contraponto aos pensamentos de outros personagens como o Pacificador e o Vigilante. Buscando faze-lo de forma a levantar menos polêmica o roteiro o faz apelando para o humor e por vezes tratando ambos os personagens como idiotas enquanto seus debatedores são os senhores da razão. Em minha opinião este é um grande erro, mas deve ser parte da cota imposta pela indústria.
Relutei um pouco para assistir, até por saber que a próxima temporada iria demorar a sair. Mas a série é extremamente bem produzida, muito bem acabada e com bons efeitos visuais. Vemos que a Amazon não poupou despesas e realmente fez um bom investimento.
O roteiro é interessante e repleto de bons diálogos e traz uma discussão muito interessante usando para isso as divergências entre humanos e criaturas mágicas. Row foca mais nas discussões filosóficas do que na ação e isso tem que ser entendido pelo espectador. Por isso, não vá esperando uma série que foque somente em fantasia.
Orlando Bloom acertou o tom como o taciturno Philo e ainda conseguiu acrescentar seu o carisma na medida certa, o mesmo não se pode dizer da fraca Cara Delevingne que embora seja uma atriz apenas razoável ao menos não atrapalha a obra.
Os únicos pontos negativos que vejo são: os episódios com média de 1h de duração que são muito longos e portanto por vezes cansativos (existem determinados momentos em que pouco acontece e isso pode irritar alguns). Outro problema que vejo é que temos muitas cenas noturnas que são demasiado escuras, até precisei mexer na configuração da TV para aproveitar melhor, é perceptível que não foi um recurso usado para esconder imperfeições, pois os efeitos que são ótimos, me parece mesmo uma escolha errada da equipe de fotografia/iluminação.
Finalmente teremos a confirmação de termino da filmagem da próxima temporada, imagino que no final de 2022 ou inicio de 2023 já teremos a estreia.
Uma minissérie interessante, boa produção nacional que precisa ser avaliada honestamente, pois apesar da falta de recursos entretém. Os diálogos tentam nos fazer refletir sobre temas como violência e companheirismo e os depoimentos são uma boa sacada do roteiro.
O final decepciona um pouco, não só pela conclusão escolhida como pela cena final desnecessária.
Apesar do simbolismo de mostrar que todos os mortos vão para o mesmo lugar independente de quem foram, considero a parte do necrotério como desnecessária.
Ainda divertida, mas infelizmente a temporada mais fraca de todas justamente por abraçar situações completamente sem noção. Sem falar que algumas atitudes de vários personagens como por exemplo da diretora Hope soam forçados e sem noção, o que acaba diminuindo um pouco a trama.
Seguindo uma tendência que veio da segunda temporada agora temos mais situações dramáticas interessantes. Crescem os conflitos internos de alguns personagens e ao mesmo tempo que vários personagens evoluem.
No elenco Connor Swindells se consolida como o maior destaque da trama e ainda temos algumas boas adições ao elenco como a competente Jemima Kirke da série Girls e Jason Issacs que dispensa apresentações.
Na minha opinião a repetição de determinadas situações são um alerta de que a série já dá sinais de desgaste, sendo importante até pensar se não seria melhor parar na próxima temporada ou ao menos começa a se pensar em manter apenas alguns personagem e considerar novos alunos.
Esta temporada por um lado consegue agregar situações dramáticas e conflitos mais interessantes do que a primeira. O roteiro quando aborda de forma mais séria os problemas também evolui de forma bem melhor. Impulsionadas pelo roteiro o nível das atuações também sobe.
Porém, aqui tempos mais exagero e mais situações forçadas do que mostrado anteriormente, o que torna alguns personagens quase caricaturais. Não que esta opção seja de todo ruim, mas considero, considerando o meu gosto que isto faz o produto perder um pouco de força.
Uma boa série que trata de temas interessantes de maneira leve e descontraída, mas que perdeu a mão a partir de um determinado momento e a coisas apenas se agravam nas próximas temporadas.
Apesar das atuações que são todas muito boas e se ressaltam quando o roteiro apresenta bons diálogos, a série acaba se aproximando muito do que os filmes da série Pork's faziam nos anos 80, com algumas situações ocorrendo de forma meio forçada.
Mesmo sendo uma série adolescente ela também deve interessar público adulto muito pelo humor, mas também por possuir algumas doses de drama interessantes. O drama sob de nível das duas próximas temporadas, mas as situações forçadas idem.
A série é mais uma que segue o roteiro clássico de séries escandinavas, onde uma dupla de investigadores sendo um mais expansivo e outro normalmente bem mais sério e com graves problemas pessoais. Aqueles que gostam de ação ou de policiais treinados em artes marciais, melhor esquecer.
A história é interessante, como praxe é levemente mais focada nos dramas dos detetives do que no caso, e se desenvolve bem embora acabe se estendendo um pouco demais. Como sempre eu insisto que seis episódios são suficientes para ambientar este tipo de drama.
O drama de Arnar, o competente Björn Thors, acaba roubando a cena. Considero as atuações dos personagens principais boas, a exceção de um ou outro personagem secundário. Já as paisagens geladas são um deleite a parte.
Ponto negativo o fato do assassino aparecer somente no final, acho um erro, pois deixa a sensação de que quiseram mantê-lo escondido por medo do público. Teria sido melhor e mais honesto culpar o homem que fez o relatório defendendo as condições do orfanato.
Mesmo sem ler os livros, vejo que a Roda do Tempo tem um universo fantástico e grande potencial para uma excelente série. Assisti com o pensamento de que resolveram economizar recursos, só para testar a aceitação, ver se a série teria futuro e depois entrar pesado com orçamento na segunda temporada. Mas aí vem a sequencia de lutas no inicio do episodio 7 que é a melhor de toda a série (inclusive a mesma parece ter sido montada e dirigida por uma equipe completamente diferente da principal), e olhe que foi realizada as claras. Isto me fez pensar que poderiam ter feito tudo melhor do que fizeram ao longo dos episódios.
Infelizmente a temporada sofre pela falta de preparo, já não bastava nos jogar dentro de um universo novo sem muitas explicações, algo que até podemos relevar, mas contando com um roteiro pouco inspirado e atores que não conseguem se sobressair, aliás todos os cinco jovens são fraquíssimos a ponto de não nos importarmos com nenhum. Convenhamos que nenhum personagem é minimamente desenvolvido.
Rosamund Pike, Daniel Henney e Álvaro Morte são os únicos atores que chamam a atenção a ponto de dominar as cenas em que estão envolvidos, mas infelizmente o personagem Logain Ablar tem pouco destaque na trama.
A série tem dois ótimos episódios, cujo quarto é meu favorito, nos demais vivemos de uma ou outra cena mais interessante ou de esperanças de que o próximo seja melhor. Aliás o episodio final é decepcionante.
Mostrar personagens morrendo e depois voltando, mesmo que seja em sonhos é algo que acaba com nossa sensação de preocupação com o destino dos personagens e faz a trama perder força narrativa de uma forma absurda.
Sinceramente a Amazon precisa rever a equipe de roteiristas e se sobrar tempo também investir um pouco mais nas coreografias das cenas de batalha.
Uma série feita para ser maratonada. E digo isto, pois assisti aos 4 primeiros episódios em sequência e somente depois os dois últimos, o que me causou certa decepção.
Achei os 3 primeiros episódios muito interessantes, não posso dizer o mesmo dos últimos, tanto narrativa quanto visualmente e não só por explorar a melancolia do Clint Barton como por construir sua substituta de maneira adequada. Infelizmente aquelas malditas conveniências padrão Disney conseguiram estragar parte da diversão:
O herói que pula de um prédio, mas não desce de uma árvore. A heroína recém formada que luta de igual para igual contra a assassina mais bem treinada do mundo e o Rei do Crime transformado em qualquer coisa menos um rei.
Gostei da atuação da Hailee Steinfeld e como ela consegue nos fazer simpatizar com a personagem, o mesmo não consigo dizer da Echo. A Disney+ está precisando muito de conteúdo pois não vejo outra explicação para se investir em uma série especifica da personagem Echo, pois de interessante mesmo tem apenas seu passado e que já mostrado aqui em flashback.
Não posso deixar de observar que a luta final no gelo foi algo desnecessário e decepcionante. Porém não mais decepcionante do que a aparição de certo personagem que deveria ter sido deixado na Netflix.
Inferior a primeira temporada em praticamente tudo, exceto nos efeitos especiais (acho que o CGI teve uma sensível melhora). A primeira temporada mesmo tendo o fardo de apresentar todo um mundo novo ao espectador e contada de forma não cronológica agradou mais.
Enquanto na temporada anterior tínhamos Geralt e Yennefer para acompanhar, nesta a maga perdeu força (em ambos os sentidos) e deixou praticamente com Geralt e Ciri o dever de segurar a temporada nas costas. Pessoalmente também achei o arco de Fringilla e dos Elfos um pouco decepcionante, assim como a participação do cavaleiro negro.
Pessoalmente acho que focar mais na história e no roteiro do que na magia seria uma opção mais eficiente. Obvio que não se pode compara-la com GoT, mas confesso que Sombra e Ossos me divertiu mais, apesar de ser uma série mais adolescente. O fato é que The Witcher deveria ter obtido um resultado melhor, até por possuir uma classificação etária mais alta.
Resta curtir o spin-off em 2022 enquanto aguardamos a terceira temporada dentro de dois ou três anos.
A série me ganhou só pelo fato de serem apenas 6 episódios, tamanho que considero suficiente para desenvolver uma série policial de cunho investigativo. Trata-se de uma série ideal para maratonar ainda mais pelo fato dos finais dos episódios segurarem nossa atenção.
O roteiro é bem direto e não abusa de pistas falsas para enganar os espectadores ou buscar nos surpreender o tempo todo. É mais uma série policial nórdica que assim como as espanholas vem salvando o catalogo de produções policiais da Netflix.
A protagonista Danica Curcic tem seus problemas, mas não compromete tanto e foi bem salva pelo parceiro. Mark Hess é um personagem muito interessante, marcado por um passado sofrido, ele é bem representado pelo competente Mikkel Boe Følsgaard.
Apesar de alguns problemas, as duas coisas que realmente me incomodaram foram a facilidade com que Hess retira a grade do porão após serrar sua base e a morte do assassino que deve ter dado um duplo twist carpado ao ser atirado pelo veiculo.
Assisti a série com um outro conceito em mente, imaginando que veria outro mundo de magias e espadas e acabei surpreendida por algo diferente, quase uma Rússia pós segunda guerra e dividida por um muro. A série tem um texto um tanto adolescente e um começo lento, fatos que podem afastar aqueles com pouca paciência.
Quem eu conheço que já leu os livros garante que a série acabou mais interessante que a obra original, apesar das restrições impostas por uma obra áudio visual. Algo raro de acontecer.
A protagonista Alina de fato tem um certo problema de empatia, fato que talvez mude com amadurecimento da personagem. Mesmo assim, Jessie Mei Li está linda como Alina, apesar da protagonista dificultar um pouco seu trabalho. Já Amita Suman também brilha, porém com uma personagem mais interessante e fácil de agradar.
Aliás trazer os Corvos que não constavam originalmente no livro Sombra e Ossos para participar da série foi um enorme acerto, pois eles acabam roubando a cena com uma trama mais veloz e interessante, podemos dizer até que salvando o resultado final.
Em suma, trata-se de mais uma série de fantasia mais indicada para pessoas de menos idade e por fãs dos livros. Porém, quem tiver paciência e se desapegar de algumas coisas pode até se envolver bem com a série.
Mais uma vez fazendo um mix entre o terror sobrenatural e o psicológico, esta temporada conseguiu superar a primeira tanto em suspense quanto em qualidade. Os links com a temporada anterior também são legais. Mais uma vez entramos no universo de Stephen King.
Divida em duas tramas distintas que se entrelaçam, sendo a trama da enfermeira Annie de longe a mais interessante. Isto a ponto da segunda trama atrapalhar o desenvolvimento da série e até o envolvimento com os personagens realmente interessantes. A disparidade é tanta que os episódios 1,5 e 6 que focam exclusivamente na trama de Annie são de longe os melhores da série.
Particularmente acho toda a história dos satanistas/culto sem graça e desnecessária. Talvez explorados em outra temporada o resultado seria melhor.
Aliás Lizzy Caplan ficou sensacional interpretando a protagonista, suas expressões, o jeito de andar e os trejeitos são ótimos e consegue se posicionar sem cruzar o limiar do extremamente caricato. A atriz que faz sua versão jovem também foi excelente.
Outro destaque da série é o veterano e sempre sensacional Tim Robbins que até retorna ao presidio de Shawshank, não mais como preso, mas como visitante.
É pena que tenha sido cancelada, ainda que hajam em ambas as duas temporadas existentes um certo desequilíbrio no seu desenvolvimento. O final da temporada encerra bem os arcos abertos, logo o cancelamento da série não irá atrapalhar a experiência em assistir.
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraUma série que podemos dividir em duas partes distintas: a primeira até o episódio 6 onde nos lamentamos por acabar tão rápido e a segunda entre os episódios 7 e 10 quando nos lamentamos por demorar a acabar.
Se os episódios tivessem sido divididos em duas temporadas distintas acredito que o resultado teria sido melhor. É preciso louvar a Netflix pela ótima adaptação, um trabalho complexo que foi vencido com louvor. Também me agradaram bastante os efeitos aplicados.
Um dos maiores problemas da série são as soluções fáceis dadas as ameaças encontradas, o que nos faz nunca temer pelo fracasso de Sandman e acaba tirando muito do peso da trama. Assim como alguns bons personagens como Corintio, Lúcifer e John são desperdiçados, apesar de serem interpretados por ótimos atores. Sem falar que toda a trama do Vórtice é dispensável e seu final é decepcionante.
Considerando a boa e difícil adaptação às telas e as possibilidades a serem exploradas é uma pena que dificilmente veremos uma segunda temporada. Caso e seja possível, seria ela igual a primeira ou segunda parte desta ?
The Offer
4.4 33Uma série excelente que consegue mostrar uma versão crível e interessante sobre os bastidores do filme. Apesar de haverem vários fatos inseridos como licença poética para ajudar a narrativa e dar volume ao texto, mas que fizeram alguns episódios parecerem excessivamente longos.
O humor sempre muito bem encaixado no texto foi para mim um dos pontos altos do roteiro. Impossível não dar algumas risadas com as situações mostradas e tão pouco deixar de torcer a favor ou contra alguns personagens.
Considerando que Vito e Michael Corleone são as peças mais importantes do filme, a escolha dos atores a interpretá-los seria fundamental. E a semelhança do Anthony Ippolito com o jovem Al Pacino é algo incrível. O mesmo não acontece com Justin Chambers como Brando, não que o ator tenha atuado mal, mas fisicamente temos uma certa distância. O que pessoalmente não gostei muito.
Matthew Goode e Miles Teller como protagonistas foi uma opção muito acertada, assim como Giovanni Ribisi, Dan Fogler e Burn Gorman que também roubam a cena sempre que aparecem.
Aliando um excelente roteiro, uma produção de arte impecável e uma grande atuação da maioria do elenco, o saldo final foi tão positivo a ponto de alça-la como a melhor série de 2022 até o momento.
Sem Limites
3.7 47 Assista AgoraSéries históricas são sempre bem vindas e Sem Limites é um exemplo disto, explorando um personagem incrível que não consigo entender o motivo de não ser mais explorado nas telas. A produção espanhola consegue fazer um bom trabalho com o suporte de uma grande dupla de atores.
Apesar de ser uma produção cara temos algumas falhas, como o fato dos homens passarem fome por meses sem que os atores pareçam efetivamente mais magros por isto ou algumas cenas de dentro dos navios soarem um tanto falsas.
Rodrigo Santoro como de costume vai muito bem na tela, acerta o tom de um homem obstinado e capaz de tudo. Já Álvaro Morte é uma força da natureza, dotado de um carisma incrível, todas as vezes em que aparece ele preenche a tela e "rouba" a cena e o faz bem na pele do contraponto do protagonista.
Facilmente a jornada poderia ter sido expandida por mais alguns episódios ou mesmo preparada uma segunda temporada, no entanto é compreensível devido ao alto custo de produção que tenham optado por concluir tudo sem aguardar um teste de popularidade da série.
Anatomia de um Escândalo
3.5 61A série começa bem, mas acaba se tornando um novelão mexicano. E com um interprete do personagem principal digno disto, convenhamos que a atuação de Rupert Friend é caricata em demasia. Infelizmente a série se perde no roteiro e em apostar em situações banais e previsíveis. O plot twist falha miseravelmente e não consegue compensar a sua novelização.
Salvam a série a atuação de Sienna Miller e da competente Michelle Dockery que infelizmente ganha uma personagem pouco interessante e por vezes chata demais. Dois episódios a menos fariam muito bem, pois temos coisas repetidas e mal desenvolvidas, nem mesmo cena do estupro souberam aproveitar.
Cardinal - 3ª Temporada
3.5 5Uma temporada decepcionante ao meu ver. Ainda que a dupla de protagonistas seja boa o bastante para segurar a série, infelizmente o roteiro e as cenas de ação deixam bastante a desejar. Enquanto a primeira temporada prometia bastante, tivemos uma clara involução nas temporadas seguintes.
Vários elementos foram abandonados como por exemplo a gangue de motoqueiros que comandava o tráfico de armas na região.
O plot inteiro da "família de malucos" é frágil e o fato do interesse deles no sequestro ser apenas o uso do avião também.
Verei a quarta e última temporada sem muita expectativa de melhora. Pena, pois o cenário canadense é interessante, assim como os atores principais.
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraThe Boys continua investindo em alguns de seus pontos fortes, mas pessoalmente achei esta inferior a primeira temporada. Aqui o Homelander é o dono da temporada e o faz muito bem, apesar de Antony Starr não ser o grande ator, ele acerta na construção do personagem, mesmo algumas cenas do personagem sendo bem bobinhas.
Apesar de entender a critica, não gostei muito da trama da igreja, acho que deixaram tudo em um tom muito caricato. É perceptível como tiveram que encher linguiça em alguns episódios para manter o padrão de duração e o numero total de episódios. Daria para cortar de um a dois episódios com certa facilidade.
Contos do Loop (1ª Temporada)
4.3 218 Assista AgoraTales From The Loop é uma série sensacional, principalmente para os fãs de ficção cientifica. Com uma narrativa lenta que possivelmente não irá agradar aos mais apressados. O roteiro aborda com delicadeza os mais diversos temas e irá levar o espectador a diversas reflexões após cada episodio.
Concordo com o que li abaixo de que o roteiro se desenvolve de forma melancólica e poética. Sim, e nos fazer questionar nossa própria vida e nossos sentimentos me parece o objetivo principal da série. Objetivo este alcançado com sucesso.
O primeiro episodio considero o mais fraco de todos, apesar de achar que muitos espectadores poderão desistir neste ponto, tenho certeza de que aqueles que continuarem não irão se arrepender. O quarto e o segundo episódios são em ordem os meus favoritos.
Destaque para a fotografia belíssima e para a iluminação, inspiradas na arte de Simon Stalenhag que inclusive contribuiu na elaboração do roteiro. Sem dúvidas a melhor série da Amazon.
Cardinal (2ª Temporada)
3.5 4 Assista AgoraApesar do inicio interessante, a temporada perde muito após o terceiro episódio deixando a impressão de que poderia ter conseguido ser mais do que o apresentado. A virada faz com que a produção deixe de ser uma série investigativa e passa a ser quase um filme de ação B.
Apesar de inicialmente ter visto potencial para superar a primeira temporada acredito que a conclusão não tenha sido satisfatória. Apesar da cena final impactante.
A série até constrói um vilão interessante, porém joga tudo na água literalmente e seu desfecho no último episódio chega a ser pífio.
Billy Campbell e Karine Vanasse tem ótimos atores com ótimos personagens e o roteiro deveria investir mais neles. Ainda que o drama de Cardinal aqui seja latente, não conseguimos criar uma verdadeira conexão com o personagem.
Cardinal (1ª Temporada)
4.0 12 Assista AgoraCardinal é uma boa para fãs de séries investigativas. Ela reúne alguns bons elementos típicos de séries escandinavas. Além do ritmo parecido e das paisagens nevadas, temos uma dupla de detetives que trabalha com métodos diferentes, não se dão muito bem inicialmente e onde um deles esconde um segredo que vem sendo trabalhado pelo roteiro em paralelo com a investigação. E muitas vezes o desenvolvimento do background do detetive é até mais interessante que a própria investigação.
Apesar do ritmo inicialmente lento, a trama consegue manter o interesse. A solução um pouco apressada do último episodio, não chega a atrapalhar tanto. Aliás, o fato de possuir apenas 6 episódios também conta muito a favor da produção.
Billy Campbell (da competente versão americana de The Killing) e Karine Vanasse seguram muito bem a trama.
Sentença (1ª Temporada)
3.5 38Uma boa série, mas que peca por tentar abordar um imenso numero de assuntos em pouco tempo de tela. Aqui existem diversas questões psicológicas e sociais (o pior é que em algumas delas senti uma certa forçação de barra) acrescentadas a trama principal e que acabam não tendo o desenvolvimento adequado durante os seus seis episódios.
Pessoalmente acho que após o terceiro episodio a produção perde um pouco de tração e o espectador começa a se incomodar. Além disto algumas coisas são meio abandonadas pelo caminho e sinceramente não sei se a audiência será suficiente para bancar uma segunda temporada.
Camila Morgado como de praxe está ótima, carrega a trama nas costas e mesmo com uma personagem demasiadamente complexa ela consegue acertar o tom. Rui Ricardo Diaz da ótima série Impuros também vai bem, pena que tem pouco tempo de tela.
Lei e Ordem: Crime Organizado (1ª Temporada)
4.0 11 Assista AgoraMais conhecido por sua carreira na TV, Christopher Meloni (OZ, Law and Order: SVU) é o típico ator que fez fama ao interpretar personagens durões, tipo atualmente desprezado e descontruído pelas produções. É inegável que Stabler seja o melhor personagem de sua carreira, aliás sua saída de SVU foi um baque para a série que levou umas duas ou três temporadas para se recuperar.
Seu retorno, a anos esperado por muitos convence e junto com sua situação mal resolvida com Olivia Benson são pontos legais, mas não os únicos atrativos da série, cujos oito episódios devorei em apenas um dia. O estilo mais agressivo da série e até o arranjo da trilha principal lembram a extinta Criminal Intent.
Falando da franquia Law and Order, ao contrário dos demais spin offs, Organized Crime faz algo só visto antes na também extinta Trail by Jury, abandona o estilo procedural (um caso diferente por episodio) e resolve apostar em uma aventura única que ocupa toda a temporada. E o faz bem feito, justamente por conseguir dominar dois pontos que fazem toda a diferença neste estilo: possuir um protagonista interessante e criar um bom cliffhanger ao final dos episódios.
Como já li por aí e concordo, Dylan McDermott faz um vilão muito James Bondiano, alguns exageros do personagem poderiam ter sido evitados pelo roteiro, mas o mesmo funciona ao que se propõe. Coincidência ou não tanto McDermott como Meloni chegam bem aos 60 anos de idade.
Outro destaque interessante vai para Danielle Moné Truitt, muito bem como a Sgt. Ayanna Bell. A atriz consegue manter o tom de sua personagem negra e homossexual, mas que o roteiro felizmente aborda de forma não apelativa.
Portanto, Organized Crime é parada obrigatória para os saudosos do detetive Stabler. Apesar dos diversos relatos de que a segunda temporada derruba feio a série, confesso que eu ainda investiria em assisti-la.
Pacificador (1ª Temporada)
4.2 339 Assista AgoraA série é boa assistida e deve ser assistida despretensiosamente. Seu maior mérito é ter a coragem de se assumir como um produto para adultos e usar uma abordagem diferente do que normalmente vemos em séries de super-heróis. Mais uma prova de que quando o trabalho é bem feito não é necessário se copiar a concorrência (a Marvel no caso).
Alguns episódios deixam a impressão de que poderiam ter resultado superior, mas nunca pela falta de ousadia. As cenas de ação também são interessantes, assim como os efeitos.
A roteiro é divertido, mas confesso que algumas partes humorísticas me incomodaram, nada contra usar doses de humor nível quinta série, mas aqui existe um certo exagero em determinados momentos. A repetição e o prolongamento de determinadas situações são exemplos.
Outro problema é que em várias situações o texto fica na corda bamba tentando ao tentar equilibrar o dito politicamente correto em contraponto aos pensamentos de outros personagens como o Pacificador e o Vigilante. Buscando faze-lo de forma a levantar menos polêmica o roteiro o faz apelando para o humor e por vezes tratando ambos os personagens como idiotas enquanto seus debatedores são os senhores da razão. Em minha opinião este é um grande erro, mas deve ser parte da cota imposta pela indústria.
Carnival Row (1ª Temporada)
3.8 138 Assista AgoraRelutei um pouco para assistir, até por saber que a próxima temporada iria demorar a sair.
Mas a série é extremamente bem produzida, muito bem acabada e com bons efeitos visuais. Vemos que a Amazon não poupou despesas e realmente fez um bom investimento.
O roteiro é interessante e repleto de bons diálogos e traz uma discussão muito interessante usando para isso as divergências entre humanos e criaturas mágicas. Row foca mais nas discussões filosóficas do que na ação e isso tem que ser entendido pelo espectador. Por isso, não vá esperando uma série que foque somente em fantasia.
Orlando Bloom acertou o tom como o taciturno Philo e ainda conseguiu acrescentar seu o carisma na medida certa, o mesmo não se pode dizer da fraca Cara Delevingne que embora seja uma atriz apenas razoável ao menos não atrapalha a obra.
Os únicos pontos negativos que vejo são: os episódios com média de 1h de duração que são muito longos e portanto por vezes cansativos (existem determinados momentos em que pouco acontece e isso pode irritar alguns). Outro problema que vejo é que temos muitas cenas noturnas que são demasiado escuras, até precisei mexer na configuração da TV para aproveitar melhor, é perceptível que não foi um recurso usado para esconder imperfeições, pois os efeitos que são ótimos, me parece mesmo uma escolha errada da equipe de fotografia/iluminação.
Finalmente teremos a confirmação de termino da filmagem da próxima temporada, imagino que no final de 2022 ou inicio de 2023 já teremos a estreia.
Caixa Preta
2.5 2Uma minissérie interessante, boa produção nacional que precisa ser avaliada honestamente, pois apesar da falta de recursos entretém. Os diálogos tentam nos fazer refletir sobre temas como violência e companheirismo e os depoimentos são uma boa sacada do roteiro.
O final decepciona um pouco, não só pela conclusão escolhida como pela cena final desnecessária.
Apesar do simbolismo de mostrar que todos os mortos vão para o mesmo lugar independente de quem foram, considero a parte do necrotério como desnecessária.
Sex Education (3ª Temporada)
4.3 431 Assista AgoraAinda divertida, mas infelizmente a temporada mais fraca de todas justamente por abraçar situações completamente sem noção. Sem falar que algumas atitudes de vários personagens como por exemplo da diretora Hope soam forçados e sem noção, o que acaba diminuindo um pouco a trama.
Seguindo uma tendência que veio da segunda temporada agora temos mais situações dramáticas interessantes. Crescem os conflitos internos de alguns personagens e ao mesmo tempo que vários personagens evoluem.
No elenco Connor Swindells se consolida como o maior destaque da trama e ainda temos algumas boas adições ao elenco como a competente Jemima Kirke da série Girls e Jason Issacs que dispensa apresentações.
Na minha opinião a repetição de determinadas situações são um alerta de que a série já dá sinais de desgaste, sendo importante até pensar se não seria melhor parar na próxima temporada ou ao menos começa a se pensar em manter apenas alguns personagem e considerar novos alunos.
Sex Education (2ª Temporada)
4.3 592 Assista AgoraEsta temporada por um lado consegue agregar situações dramáticas e conflitos mais interessantes do que a primeira. O roteiro quando aborda de forma mais séria os problemas também evolui de forma bem melhor. Impulsionadas pelo roteiro o nível das atuações também sobe.
Porém, aqui tempos mais exagero e mais situações forçadas do que mostrado anteriormente, o que torna alguns personagens quase caricaturais. Não que esta opção seja de todo ruim, mas considero, considerando o meu gosto que isto faz o produto perder um pouco de força.
Sex Education (1ª Temporada)
4.3 813 Assista AgoraUma boa série que trata de temas interessantes de maneira leve e descontraída, mas
que perdeu a mão a partir de um determinado momento e a coisas apenas se agravam nas próximas temporadas.
Apesar das atuações que são todas muito boas e se ressaltam quando o roteiro apresenta bons diálogos, a série acaba se aproximando muito do que os filmes da série Pork's faziam nos anos 80, com algumas situações ocorrendo de forma meio forçada.
Mesmo sendo uma série adolescente ela também deve interessar público adulto muito pelo humor, mas também por possuir algumas doses de drama interessantes. O drama sob de nível das duas próximas temporadas, mas as situações forçadas idem.
O Assassino de Valhalla (1ª Temporada)
3.6 71A série é mais uma que segue o roteiro clássico de séries escandinavas, onde uma dupla de investigadores sendo um mais expansivo e outro normalmente bem mais sério e com graves problemas pessoais. Aqueles que gostam de ação ou de policiais treinados em artes marciais, melhor esquecer.
A história é interessante, como praxe é levemente mais focada nos dramas dos detetives do que no caso, e se desenvolve bem embora acabe se estendendo um pouco demais. Como sempre eu insisto que seis episódios são suficientes para ambientar este tipo de drama.
O drama de Arnar, o competente Björn Thors, acaba roubando a cena. Considero as atuações dos personagens principais boas, a exceção de um ou outro personagem secundário. Já as paisagens geladas são um deleite a parte.
Ponto negativo o fato do assassino aparecer somente no final, acho um erro, pois deixa a sensação de que quiseram mantê-lo escondido por medo do público. Teria sido melhor e mais honesto culpar o homem que fez o relatório defendendo as condições do orfanato.
A Roda do Tempo (1ª Temporada)
3.5 236 Assista AgoraMesmo sem ler os livros, vejo que a Roda do Tempo tem um universo fantástico e grande potencial para uma excelente série. Assisti com o pensamento de que resolveram economizar recursos, só para testar a aceitação, ver se a série teria futuro e depois entrar pesado com orçamento na segunda temporada. Mas aí vem a sequencia de lutas no inicio do episodio 7 que é a melhor de toda a série (inclusive a mesma parece ter sido montada e dirigida por uma equipe completamente diferente da principal), e olhe que foi realizada as claras. Isto me fez pensar que poderiam ter feito tudo melhor do que fizeram ao longo dos episódios.
Infelizmente a temporada sofre pela falta de preparo, já não bastava nos jogar dentro de um universo novo sem muitas explicações, algo que até podemos relevar, mas contando com um roteiro pouco inspirado e atores que não conseguem se sobressair, aliás todos os cinco jovens são fraquíssimos a ponto de não nos importarmos com nenhum. Convenhamos que nenhum personagem é minimamente desenvolvido.
Rosamund Pike, Daniel Henney e Álvaro Morte são os únicos atores que chamam a atenção a ponto de dominar as cenas em que estão envolvidos, mas infelizmente o personagem Logain Ablar tem pouco destaque na trama.
A série tem dois ótimos episódios, cujo quarto é meu favorito, nos demais vivemos de uma ou outra cena mais interessante ou de esperanças de que o próximo seja melhor. Aliás o episodio final é decepcionante.
Mostrar personagens morrendo e depois voltando, mesmo que seja em sonhos é algo que acaba com nossa sensação de preocupação com o destino dos personagens e faz a trama perder força narrativa de uma forma absurda.
Sinceramente a Amazon precisa rever a equipe de roteiristas e se sobrar tempo também investir um pouco mais nas coreografias das cenas de batalha.
Gavião Arqueiro
3.5 327 Assista AgoraUma série feita para ser maratonada. E digo isto, pois assisti aos 4 primeiros episódios em sequência e somente depois os dois últimos, o que me causou certa decepção.
Achei os 3 primeiros episódios muito interessantes, não posso dizer o mesmo dos últimos, tanto narrativa quanto visualmente e não só por explorar a melancolia do Clint Barton como por construir sua substituta de maneira adequada. Infelizmente aquelas malditas conveniências padrão Disney conseguiram estragar parte da diversão:
O herói que pula de um prédio, mas não desce de uma árvore. A heroína recém formada que luta de igual para igual contra a assassina mais bem treinada do mundo e o Rei do Crime transformado em qualquer coisa menos um rei.
Gostei da atuação da Hailee Steinfeld e como ela consegue nos fazer simpatizar com a personagem, o mesmo não consigo dizer da Echo. A Disney+ está precisando muito de conteúdo pois não vejo outra explicação para se investir em uma série especifica da personagem Echo, pois de interessante mesmo tem apenas seu passado e que já mostrado aqui em flashback.
Não posso deixar de observar que a luta final no gelo foi algo desnecessário e decepcionante. Porém não mais decepcionante do que a aparição de certo personagem que deveria ter sido deixado na Netflix.
The Witcher (2ª Temporada)
3.8 272Inferior a primeira temporada em praticamente tudo, exceto nos efeitos especiais (acho que o CGI teve uma sensível melhora). A primeira temporada mesmo tendo o fardo de apresentar todo um mundo novo ao espectador e contada de forma não cronológica agradou mais.
Enquanto na temporada anterior tínhamos Geralt e Yennefer para acompanhar, nesta a maga perdeu força (em ambos os sentidos) e deixou praticamente com Geralt e Ciri o dever de segurar a temporada nas costas. Pessoalmente também achei o arco de Fringilla e dos Elfos um pouco decepcionante, assim como a participação do cavaleiro negro.
Pessoalmente acho que focar mais na história e no roteiro do que na magia seria uma opção mais eficiente. Obvio que não se pode compara-la com GoT, mas confesso que Sombra e Ossos me divertiu mais, apesar de ser uma série mais adolescente. O fato é que The Witcher deveria ter obtido um resultado melhor, até por possuir uma classificação etária mais alta.
Resta curtir o spin-off em 2022 enquanto aguardamos a terceira temporada dentro de dois ou três anos.
O Homem das Castanhas
3.9 162 Assista AgoraA série me ganhou só pelo fato de serem apenas 6 episódios, tamanho que considero suficiente para desenvolver uma série policial de cunho investigativo. Trata-se de uma série ideal para maratonar ainda mais pelo fato dos finais dos episódios segurarem nossa atenção.
O roteiro é bem direto e não abusa de pistas falsas para enganar os espectadores ou buscar nos surpreender o tempo todo. É mais uma série policial nórdica que assim como as espanholas vem salvando o catalogo de produções policiais da Netflix.
A protagonista Danica Curcic tem seus problemas, mas não compromete tanto e foi bem salva pelo parceiro. Mark Hess é um personagem muito interessante, marcado por um passado sofrido, ele é bem representado pelo competente Mikkel Boe Følsgaard.
Apesar de alguns problemas, as duas coisas que realmente me incomodaram foram a facilidade com que Hess retira a grade do porão após serrar sua base e a morte do assassino que deve ter dado um duplo twist carpado ao ser atirado pelo veiculo.
Sombra e Ossos (1ª Temporada)
3.7 199 Assista AgoraAssisti a série com um outro conceito em mente, imaginando que veria outro mundo de magias e espadas e acabei surpreendida por algo diferente, quase uma Rússia pós segunda guerra e dividida por um muro. A série tem um texto um tanto adolescente e um começo lento, fatos que podem afastar aqueles com pouca paciência.
Quem eu conheço que já leu os livros garante que a série acabou mais interessante que a obra original, apesar das restrições impostas por uma obra áudio visual. Algo raro de acontecer.
A protagonista Alina de fato tem um certo problema de empatia, fato que talvez mude com amadurecimento da personagem. Mesmo assim, Jessie Mei Li está linda como Alina, apesar da protagonista dificultar um pouco seu trabalho. Já Amita Suman também brilha, porém com uma personagem mais interessante e fácil de agradar.
Aliás trazer os Corvos que não constavam originalmente no livro Sombra e Ossos para participar da série foi um enorme acerto, pois eles acabam roubando a cena com uma trama mais veloz e interessante, podemos dizer até que salvando o resultado final.
Em suma, trata-se de mais uma série de fantasia mais indicada para pessoas de menos idade e por fãs dos livros. Porém, quem tiver paciência e se desapegar de algumas coisas pode até se envolver bem com a série.
Castle Rock (2ª Temporada)
3.8 66Mais uma vez fazendo um mix entre o terror sobrenatural e o psicológico, esta temporada conseguiu superar a primeira tanto em suspense quanto em qualidade. Os links com a temporada anterior também são legais. Mais uma vez entramos no universo de Stephen King.
Divida em duas tramas distintas que se entrelaçam, sendo a trama da enfermeira Annie de longe a mais interessante. Isto a ponto da segunda trama atrapalhar o desenvolvimento da série e até o envolvimento com os personagens realmente interessantes. A disparidade é tanta que os episódios 1,5 e 6 que focam exclusivamente na trama de Annie são de longe os melhores da série.
Particularmente acho toda a história dos satanistas/culto sem graça e desnecessária. Talvez explorados em outra temporada o resultado seria melhor.
Aliás Lizzy Caplan ficou sensacional interpretando a protagonista, suas expressões, o jeito de andar e os trejeitos são ótimos e consegue se posicionar sem cruzar o limiar do extremamente caricato. A atriz que faz sua versão jovem também foi excelente.
Outro destaque da série é o veterano e sempre sensacional Tim Robbins que até retorna ao presidio de Shawshank, não mais como preso, mas como visitante.
É pena que tenha sido cancelada, ainda que hajam em ambas as duas temporadas existentes um certo desequilíbrio no seu desenvolvimento. O final da temporada encerra bem os arcos abertos, logo o cancelamento da série não irá atrapalhar a experiência em assistir.