Incrível como um escritor tem o poder de usar acontecimentos cotidianos e criar um novo mundo a partir disso, principalmente porque eu não sabia que Peter foi inspirado em um garoto que já existiu! Como apreciadora do livro Peter Pan, fico imaginando a sensação das pessoas assistindo a peça pela primeira vez no teatro, uma experiência única. Um ponto negativo foi a romantização exacerbada antes da morte da Sylvia Davis, que desviou o estilo sóbrio e biográfico da narrativa. Sobretudo porque a história da vida dessa família foi mais trágica do que emocionante.
A lista de Schindler é um filme que mexeu demais com a minha alma... A desgraça, a compaixão e a sobrevivência humanas, compactadas em três horas de fatos dolorosamente reais. Destaque para o preto e branco e os motivos que o diretor alegou para usá-los: "cores são vida". Bem, definitivamente, esse não é um filme que nos remete à vida.
O fato de este filme ser um musical foi um diferencial pra eu gostar dele! A forma como os personagens entram na canção, de forma natural e tranquila, sem as firulas características de um musical, deu ao filme a melancolia necessária para um enredo meio "desconfortável", por lidar com certos tabus da sociedade, como traição e poliamor. A música "Tout est si calme" interpretada por mãe e filha, resume bem o sentimento que as atormenta durante a história, porque para elas, a forma de amor que escolheram nunca foi simples, nem tão feliz, mas ao mesmo tempo, era o que mais lhes fazia sentido "Como eu desejo Ser percebida Por um suspiro quantas feridas?" Outra música, essa foi a minha preferida, a "J'en passerai" que apenas Verá canta, atribui delicadeza e profundidade ao lastimar o amor platônico, tão idealizado: "Acreditarei que você me ama, mas não haverá amor". Enfim, as músicas foram decisivas para conferir aos personagens a personalidade multifacetada que geralmente só encontramos nos livros, porque expõe o que lhes vai na alma. Quanto ao filme como um todo, tem seu tempo próprio, meio em suspenso, afinal, o desencanto é uma constante da trama, percebemos isso desde a primeira decisão que Madeleine toma, de ser prostituta, de forma tão pragmática e sem emoção que só o desencanto explica.
Ellen Burstyn tá simplesmente arrasadora fazendo a Sara! De todas as desgraças pessoais, a dela foi a que mais me comoveu, porque ao contrário de Harry, Marion ou Tyrone, ela não entrou nesse "inferno" por rebeldiazinha de adolescente como aconteceu com os outros três, sua solidão e velhice, como ela sempre repete, a fizeram depositar esperanças no subterfúgio que viu pela frente, por medo de encarar a realidade: que ninguém mais precisava dela. O que segundo a personagem era um terrível destino. Senti muita compaixão. Pensarei nesse filme por semanas....
"O exorcista" impactou tanto a minha vida (assisti na adolescência) que me fez ter pesadelos por muitos meses e me levou a nunca mais querer assistir filmes de terror, especialmente com demônios.
Acho ótimo que a série tenha sido adaptada pro cinema, porém, fiquei insatisfeita com a infantilidade de HP nos filmes... Simplesmente não traduz a profundidade e a riqueza que há nos livros! Quem é fã de Harry Potter só pelos filmes e nunca leu os livros, não faz ideia de quanto conteúdo está perdendo.
Uma grande e original sacada foi a substância utilizada como gatilho de toda essa "turbinância" cerebral vista em Lucy: o CPH4 que é "uma enzima produzida pelas grávidas para dar energia ao feto". Dentro do universo de ficção científica faz todo o sentido um "novo tipo" de ser humano ser gerado a partir de concentrações aumentadas desse ingrediente tão simbólico, mostrando que as ferramentas para evolução humana já existem dentro de nós e que podem ser prejudiciais ou benéficas dependendo da forma como são usadas.
Outro ponto que me chamou a atenção foi a fusão física da personagem com os computadores, de forma a perpetuar seu conhecimento adquirido, que não cabia mais naquele invólucro limitado. Com certeza isso não acontece literalmente na nossa realidade, mas passa a mensagem de como A) A ideia de inteligência e genialidade está cada vez mais associada ao domínio e a criatividade computacional; B) Os seres humanos não conseguem mais viver dissociados das máquinas.
Star Wars não se tornou um clássico sem motivo: aqui não temos contada a típica saga do herói, onde o protagonista começa do zero sendo um bobão e vai crescendo ao longo da trama, vemos que Luke já é um ótimo piloto e também bastante confiante em si mesmo (ele aceita bem rapidamente que pode manipular a força a seu favor, ao contrário de vários heróis que incorrem em tentativa, erro, rebeldia e charminho diversas vezes antes de cumprir logo seu papel). PRINCESA LEIA: não a considerei arrogante, simplesmente trata as pessoas de acordo com seu merecimento.
É um alívio que ela não seja essa princesa insossinha sem personalidade! Tascou logo um beijo no Luke "pra dar sorte", mas sem comprometimentos rsrsrs... E seguiu lutando firmemente mesmo após a destruição do seu planeta natal, o que foi impressionante!
Vilão que parece tão inteligente mas no final se mostra um infantilóide babaca. Assisti mais por causa do Society, uma sociedade virtual desse tipo me intrigou muito.
Ainda não li o livro, mesmo assim pude sentir essa "perdição" do enredo do meio pro fim que os fãs do livro estão comentando. Ele começa bem, apenas vai deixando de surpreender e ficando "teen" demais pro meu gosto. A parte que mais gostei foi esse lance de morar em "fendas do tempo", conceito fantástico que abre zilhões de possibilidades e ao mesmo tempo aprisiona quem já mora nelas há muitas décadas. As fotos em preto em branco das crianças... São lindas.
O diretor inicialmente ensaiou uma dinâmica interessante para apresentar as tais referências históricas características da franquia quando o quadro "A Batalha de Marciano" de Vasari ganha vida e reproduz a guerra retratada na obra. Cheguei a pensar que nesse filme, ele faria algo que deixou bastante a desejar nos anteriores: exibiria algumas referências em flash backs, conforme Langdon explicasse, o que daria uma consistência bem maior aos seus monólogos professorais e os tornaria menos petulantes. Tal deficiência se torna ainda mais evidente porque o título do filme é "Inferno", baseado numa obra de Dante e quase não temos referências ao escritor no enredo, até mesmo na explicação dos pormenores da máscara mortuária, que seria um momento excelente pro professor dar "aquela aula", quem explicou foi a Sienna, com uns papos melosos de "paixão por Beatriz".
E SOBRE A SIENNA? kkkk Na hora em que ela tá segurando aquela grade, me dá muita vergonha alheia! No momento em que ela "vira a vilã", a expressão do seu rosto é só de susto misturado com birra, tosco demais. O ponto positivo, é que no começo do filme temos aquelas memórias embaralhadas aludindo à peste negra e a algumas torturas retratadas em Divina Comédia (coisa mínima porém válida), que serviu como um contextualizador "marromeno" do que viria a seguir. Enfim, um roteiro que tinha tudo para ser épico mas não atingiu o ápice.
ELES MUDARAM O FINAL, AFF. Li o livro em 2013 e não lembrava de muita coisa, mas pelo menos o final, achei que era imprescindível eles terem mantido! A única maneira de o filme impactar pela originalidade seria se o vírus tivesse sido realmente liberado, assim como no livro. Um final incerto seria bem mais marcante porque abriria muito mais discussões e questionamentos.
Muitas reflexões internas atravessei no decorrer deste filme... Primeiro, uma criança sem amor, longe da liberdade do que poderia ser, potencial sufocado, isolamento. Tudo sobre negligência infantil me torce a compaixão dez vezes mais. Crescer cheia de enigmas na alma. Medo de relacionamentos. Qualquer deles. Busca do amor, busca de um ideal. Mesmo sem saber. Dispensando seu tempo a amenizar feridas emocionais de (des) e conhecidos quando suas próprias feridas a impedem de ser surpreendida pela vida. De tanto costurar o remendo no sentimento do próximo, seus próprios remendos expostos começam a implorar solução. Filme bagunçador de convicções. Do meio pro fim, quando tudo se conecta, agrada muito.
Refletir sobre a temática proposta por este filme, trouxe uma sensação amarga de que já vivemos tempos semelhantes. Basta observar a forma como tantas pessoas rejeitam o pensamento crítico objetivando maior praticidade no dia a dia: mastigar o que vem pronto é mais fácil. Como se de repente comer salsicha fosse mais nutritivo e saudável do que a própria carne bovina fresca. A grande maioria dos seres humanos (pensantes, racionais) não gosta de ler! Não gosta de estudar! Faz por obrigação, visando lucro material, não mais a erudição pura por si só. O filme tem esse tom de comédia bem rasinha, mas as reflexões e críticas sobre a "idiotização" da raça humana são bastante aparentes.
O questionamento levantando pelo documentário do diretor Andrew Morgan é justamente este: quem está pagando caro por nossas roupas? Nos faz parar e pensar sobre o sentido de um guarda roupa lotado com peças descartáveis (nunca temos nada pra vestir), sobre a FELICIDADE se resumir à compra de MAIS PRODUTOS, sobre o caminho percorrido por nossas roupinhas descoladas até chegar ao nosso corpo e finalmente quanta miséria gerou pra que pudéssemos pagar mais barato. O submundo por trás do glamour consumista revela que no fim, todos saem perdendo.
Confesso que no início pensei se tratar de mais um roteiro adolescente clichê, onde o garoto rejeitado (quase sempre nerd) busca sair da zona de conforto com ousadias que farão a garota olhar pra ele e o admirar. Mas, felizmente, Invasores se desenvolve à parte e apesar dos fiascos amorosos do personagem principal. Dois requisitos básicos são necessários para um hacker obter sucesso: dominar a linguagem dos computadores e eventualmente manipular as pessoas para alcançar seus objetivos, ou seja, entender de Engenharia Social. E essa é a grande sacada do filme, pois mostra como as pessoas são a parte mais vulnerável dos sistemas de segurança e se nenhum sistema é seguro, se deve em grande parte a nós, justamente quem os gere, guarda ou armazena. Aliás, Engenharia Social é uma disciplina que ajuda em praticamente tudo que tem a ver com conseguir algo de pessoas. Também destaco a forma inteligente de como as interações (diálogos, desafios) entre hackers são retratadas: o vagão de trem em movimento, representando um local neutro porém permissivo a troca de mensagens, de difícil acesso porém com várias rotas de fuga. O final foi o melhor de tudo! Muita manipulação e cortina de fumaça bem ao estilo de O Ilusionista. Recomendo.
Em Busca da Terra do Nunca
4.0 1,0K Assista AgoraIncrível como um escritor tem o poder de usar acontecimentos cotidianos e criar um novo mundo a partir disso, principalmente porque eu não sabia que Peter foi inspirado em um garoto que já existiu! Como apreciadora do livro Peter Pan, fico imaginando a sensação das pessoas assistindo a peça pela primeira vez no teatro, uma experiência única.
Um ponto negativo foi a romantização exacerbada antes da morte da Sylvia Davis, que desviou o estilo sóbrio e biográfico da narrativa. Sobretudo porque a história da vida dessa família foi mais trágica do que emocionante.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraA lista de Schindler é um filme que mexeu demais com a minha alma... A desgraça, a compaixão e a sobrevivência humanas, compactadas em três horas de fatos dolorosamente reais.
Destaque para o preto e branco e os motivos que o diretor alegou para usá-los: "cores são vida". Bem, definitivamente, esse não é um filme que nos remete à vida.
Bem Amadas
3.5 254O fato de este filme ser um musical foi um diferencial pra eu gostar dele! A forma como os personagens entram na canção, de forma natural e tranquila, sem as firulas características de um musical, deu ao filme a melancolia necessária para um enredo meio "desconfortável", por lidar com certos tabus da sociedade, como traição e poliamor.
A música "Tout est si calme" interpretada por mãe e filha, resume bem o sentimento que as atormenta durante a história, porque para elas, a forma de amor que escolheram nunca foi simples, nem tão feliz, mas ao mesmo tempo, era o que mais lhes fazia sentido
"Como eu desejo
Ser percebida
Por um suspiro quantas feridas?"
Outra música, essa foi a minha preferida, a "J'en passerai" que apenas Verá canta, atribui delicadeza e profundidade ao lastimar o amor platônico, tão idealizado: "Acreditarei que você me ama, mas não haverá amor".
Enfim, as músicas foram decisivas para conferir aos personagens a personalidade multifacetada que geralmente só encontramos nos livros, porque expõe o que lhes vai na alma.
Quanto ao filme como um todo, tem seu tempo próprio, meio em suspenso, afinal, o desencanto é uma constante da trama, percebemos isso desde a primeira decisão que Madeleine toma, de ser prostituta, de forma tão pragmática e sem emoção que só o desencanto explica.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraEllen Burstyn tá simplesmente arrasadora fazendo a Sara! De todas as desgraças pessoais, a dela foi a que mais me comoveu, porque ao contrário de Harry, Marion ou Tyrone, ela não entrou nesse "inferno" por rebeldiazinha de adolescente como aconteceu com os outros três, sua solidão e velhice, como ela sempre repete, a fizeram depositar esperanças no subterfúgio que viu pela frente, por medo de encarar a realidade: que ninguém mais precisava dela. O que segundo a personagem era um terrível destino. Senti muita compaixão. Pensarei nesse filme por semanas....
O Exorcista
4.1 2,3K Assista Agora"O exorcista" impactou tanto a minha vida (assisti na adolescência) que me fez ter pesadelos por muitos meses e me levou a nunca mais querer assistir filmes de terror, especialmente com demônios.
Harry Potter e a Pedra Filosofal
4.1 1,7K Assista AgoraAcho ótimo que a série tenha sido adaptada pro cinema, porém, fiquei insatisfeita com a infantilidade de HP nos filmes... Simplesmente não traduz a profundidade e a riqueza que há nos livros! Quem é fã de Harry Potter só pelos filmes e nunca leu os livros, não faz ideia de quanto conteúdo está perdendo.
Cegonhas - A História que Não te Contaram
3.6 332 Assista AgoraDei altas risadas com os lobos e me emocionei bastante no final... Se isso não for motivo pra dar 5 estrelas, não sei o que é!
Star Wars, Episódio V: O Império Contra-Ataca
4.4 1,0K Assista AgoraAs lições de Yoda foram encaixadas ali não só pra ensinar um Jedi, mas pra vida!
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraUma grande e original sacada foi a substância utilizada como gatilho de toda essa "turbinância" cerebral vista em Lucy: o CPH4 que é "uma enzima produzida pelas grávidas para dar energia ao feto". Dentro do universo de ficção científica faz todo o sentido um "novo tipo" de ser humano ser gerado a partir de concentrações aumentadas desse ingrediente tão simbólico, mostrando que as ferramentas para evolução humana já existem dentro de nós e que podem ser prejudiciais ou benéficas dependendo da forma como são usadas.
Outro ponto que me chamou a atenção foi a fusão física da personagem com os computadores, de forma a perpetuar seu conhecimento adquirido, que não cabia mais naquele invólucro limitado. Com certeza isso não acontece literalmente na nossa realidade, mas passa a mensagem de como A) A ideia de inteligência e genialidade está cada vez mais associada ao domínio e a criatividade computacional; B) Os seres humanos não conseguem mais viver dissociados das máquinas.
A Lenda do Rei Macaco 2: Viagem ao Oeste
3.2 29 Assista AgoraEfeitos especiais extremamente toscos, e o pior de tudo é que o filme está repleto deles, o diretor simplesmente não soube quando parar de usá-los.
Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança
4.3 1,2K Assista AgoraStar Wars não se tornou um clássico sem motivo: aqui não temos contada a típica saga do herói, onde o protagonista começa do zero sendo um bobão e vai crescendo ao longo da trama, vemos que Luke já é um ótimo piloto e também bastante confiante em si mesmo (ele aceita bem rapidamente que pode manipular a força a seu favor, ao contrário de vários heróis que incorrem em tentativa, erro, rebeldia e charminho diversas vezes antes de cumprir logo seu papel).
PRINCESA LEIA: não a considerei arrogante, simplesmente trata as pessoas de acordo com seu merecimento.
É um alívio que ela não seja essa princesa insossinha sem personalidade! Tascou logo um beijo no Luke "pra dar sorte", mas sem comprometimentos rsrsrs... E seguiu lutando firmemente mesmo após a destruição do seu planeta natal, o que foi impressionante!
Gamer
3.0 863 Assista AgoraVilão que parece tão inteligente mas no final se mostra um infantilóide babaca. Assisti mais por causa do Society, uma sociedade virtual desse tipo me intrigou muito.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraAinda não li o livro, mesmo assim pude sentir essa "perdição" do enredo do meio pro fim que os fãs do livro estão comentando. Ele começa bem, apenas vai deixando de surpreender e ficando "teen" demais pro meu gosto.
A parte que mais gostei foi esse lance de morar em "fendas do tempo", conceito fantástico que abre zilhões de possibilidades e ao mesmo tempo aprisiona quem já mora nelas há muitas décadas.
As fotos em preto em branco das crianças... São lindas.
Inferno
3.2 832 Assista AgoraREFERÊNCIAS HISTÓRICAS "JOGADAS" DE MANEIRA DESLEIXADA
O diretor inicialmente ensaiou uma dinâmica interessante para apresentar as tais referências históricas características da franquia quando o quadro "A Batalha de Marciano" de Vasari ganha vida e reproduz a guerra retratada na obra. Cheguei a pensar que nesse filme, ele faria algo que deixou bastante a desejar nos anteriores: exibiria algumas referências em flash backs, conforme Langdon explicasse, o que daria uma consistência bem maior aos seus monólogos professorais e os tornaria menos petulantes. Tal deficiência se torna ainda mais evidente porque o título do filme é "Inferno", baseado numa obra de Dante e quase não temos referências ao escritor no enredo, até mesmo na explicação dos pormenores da máscara mortuária, que seria um momento excelente pro professor dar "aquela aula", quem explicou foi a Sienna, com uns papos melosos de "paixão por Beatriz".
E SOBRE A SIENNA? kkkk Na hora em que ela tá segurando aquela grade, me dá muita vergonha alheia! No momento em que ela "vira a vilã", a expressão do seu rosto é só de susto misturado com birra, tosco demais.
O ponto positivo, é que no começo do filme temos aquelas memórias embaralhadas aludindo à peste negra e a algumas torturas retratadas em Divina Comédia (coisa mínima porém válida), que serviu como um contextualizador "marromeno" do que viria a seguir. Enfim, um roteiro que tinha tudo para ser épico mas não atingiu o ápice.
ELES MUDARAM O FINAL, AFF.
Li o livro em 2013 e não lembrava de muita coisa, mas pelo menos o final, achei que era imprescindível eles terem mantido!
A única maneira de o filme impactar pela originalidade seria se o vírus tivesse sido realmente liberado, assim como no livro. Um final incerto seria bem mais marcante porque abriria muito mais discussões e questionamentos.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraMuitas reflexões internas atravessei no decorrer deste filme...
Primeiro, uma criança sem amor, longe da liberdade do que poderia ser, potencial sufocado, isolamento. Tudo sobre negligência infantil me torce a compaixão dez vezes mais.
Crescer cheia de enigmas na alma. Medo de relacionamentos. Qualquer deles. Busca do amor, busca de um ideal. Mesmo sem saber.
Dispensando seu tempo a amenizar feridas emocionais de (des) e conhecidos quando suas próprias feridas a impedem de ser surpreendida pela vida.
De tanto costurar o remendo no sentimento do próximo, seus próprios remendos expostos começam a implorar solução.
Filme bagunçador de convicções. Do meio pro fim, quando tudo se conecta, agrada muito.
Idiocracia
3.1 588Refletir sobre a temática proposta por este filme, trouxe uma sensação amarga de que já vivemos tempos semelhantes. Basta observar a forma como tantas pessoas rejeitam o pensamento crítico objetivando maior praticidade no dia a dia: mastigar o que vem pronto é mais fácil. Como se de repente comer salsicha fosse mais nutritivo e saudável do que a própria carne bovina fresca.
A grande maioria dos seres humanos (pensantes, racionais) não gosta de ler! Não gosta de estudar! Faz por obrigação, visando lucro material, não mais a erudição pura por si só.
O filme tem esse tom de comédia bem rasinha, mas as reflexões e críticas sobre a "idiotização" da raça humana são bastante aparentes.
O Verdadeiro Custo
4.5 132 Assista AgoraO questionamento levantando pelo documentário do diretor Andrew Morgan é justamente este: quem está pagando caro por nossas roupas? Nos faz parar e pensar sobre o sentido de um guarda roupa lotado com peças descartáveis (nunca temos nada pra vestir), sobre a FELICIDADE se resumir à compra de MAIS PRODUTOS, sobre o caminho percorrido por nossas roupinhas descoladas até chegar ao nosso corpo e finalmente quanta miséria gerou pra que pudéssemos pagar mais barato. O submundo por trás do glamour consumista revela que no fim, todos saem perdendo.
Invasores: Nenhum Sistema Está a Salvo
4.0 303 Assista AgoraConfesso que no início pensei se tratar de mais um roteiro adolescente clichê, onde o garoto rejeitado (quase sempre nerd) busca sair da zona de conforto com ousadias que farão a garota olhar pra ele e o admirar. Mas, felizmente, Invasores se desenvolve à parte e apesar dos fiascos amorosos do personagem principal. Dois requisitos básicos são necessários para um hacker obter sucesso: dominar a linguagem dos computadores e eventualmente manipular as pessoas para alcançar seus objetivos, ou seja, entender de Engenharia Social. E essa é a grande sacada do filme, pois mostra como as pessoas são a parte mais vulnerável dos sistemas de segurança e se nenhum sistema é seguro, se deve em grande parte a nós, justamente quem os gere, guarda ou armazena. Aliás, Engenharia Social é uma disciplina que ajuda em praticamente tudo que tem a ver com conseguir algo de pessoas. Também destaco a forma inteligente de como as interações (diálogos, desafios) entre hackers são retratadas: o vagão de trem em movimento, representando um local neutro porém permissivo a troca de mensagens, de difícil acesso porém com várias rotas de fuga. O final foi o melhor de tudo! Muita manipulação e cortina de fumaça bem ao estilo de O Ilusionista. Recomendo.