Joss Whedon é um diretor de filme de quadrinhos, Vingadores: Era de Ultron é a prova cabal disso. O desenvolvimento de seu roteiro parece ter saído de um guia de roteiro da editora (muito parecido com uma estruturação de aventura sugerida pelo manual de RPG Marvel Heroic RPG, desenvolvido pela Margaret Weiss) e a amostragem de suas cenas nada mais são que splash pages de George Pérez ou Bryan Hitch. Visual e estruturalmente o filme rememora tempos de gibis "formatinhos" no Brasil e seu esqueleto relembra sagas que marcaram e formaram toda uma geração de fãs dos Vingadores.
Mas analisar Vingadores 2 é ver o grande plano da Marvel: todos os filmes da marca Vingadores são clímax de narrativas apresentadas em outros filmes, sendo assim, ele não deve ser só mais um dentro do MCU, mas funciona como ponto alto da narrativa que permeia as produções dos outros heróis e ao mesmo tempo prepara o terreno para os próximos filmes. Tendo isso em mente é compreensível o timming frenético da produção, que está mais preocupada em tirar o fôlego de seu espectador que realmente levá-lo a pensar em questões além daquilo, o que é um ponto mais que correto em uma produção do tipo.
Também, somente dentro da épica estrutura do MCU algumas coisas fazem real sentido...
Como a tão criticada cena do lago de Thor, meio deslocada na história, mas essencial ao MCU e mesmo à resolução do filme, e que, convenhamos, poderia ter o mesmo sentido se cuidada de outra forma.
... mesmo assim, tudo de alguma forma funciona e se relaciona. Inclusive cobrindo muitas de suas falhas, que se tornam mais evidentes entre o segundo e terceiro ato.
Alguns pontos bacanas são a relação entre a "trindade vingadora": Thor, Cap América e Homem de Ferro, os três são o centro do filme e a maneira como os três egos se relacionam é um dos grandes trunfos da história, mas também um de seus calcanhares de Aquiles, pois eles não dão muito espaço aos outros - problema que Whedon conseguiu reverter em vários momento, mas um olhar mais atento vai perceber que há algo de errado ali.
Apesar dos elogios dados à participação do Gavião Arqueiro, ele parece mais uma "ferramenta" de identificação do público entre aqueles deuses e, não fosse a participação de Mercúrio e Feiticeira Escarlate, sua função dentro da narrativa teria se perdido na metade do filme. Viúva Negra e Hulk, no entanto, são os personagens que mais sofrem em desenvolvimento: seu relacionamento (e conclusão) em vários momentos se tornou forçado, baseados em clichès que não parecem corresponder bem aos personagens que tiveram um desenvolvimento diferente em outros filmes do MCU, o que é uma pena, pois ambos possuem potenciais para terem filmes solos, mas serviram como peças de narrativa descartáveis em várias cenas.
Outro ponto bem vindo foi o Ultron e Visão. Paul Bettany rouba a cena em cada aparição e ele faz um Visão saído de uma página de HQ. Spader também entrega um Ultron bem mais interessante que sua versão em papel e
é uma grande pena sua conclusão, ele merecia mais tempo atormentando o MCU
.
No geral, Vingadores 2 é uma ponte, uma divertida e fantástica ponte e um bom adeus de Joss Whedon, um cara que conseguiu, em 2 filmes, reunir o que há de melhor numa HQ de superequipe.
Esse filme passou despercebido por muitos fãs de comédia. Apesar de seu aparente bobo e "clicherento" mote, o filme é uma história de amizade e empreendedorismo muito bem dosada entre um drama leve e comédia pastelão, mas nem por isso menos engraçada - sabendo ser boboca sem ser apelona, aprendendo a rir de si mesma com primor. As duas protagonistas, interpretadas por Lauren Miller (também roteirista) e Ari Graynor, são muito simpáticas e divertidas, numa química que prende a atenção e acerta o timming de comédia. Para umas boas risadas numa boa e leve história.
Melhor do que eu imagina. Mais filmes sobre a bíblia com esse tipo de visão seriam bem-vindos. Mas eu queria dar um espaço pra galhofa. Eu acho que se Deus (o Criador) desse filme falasse diretamente com Noé ele diria coisas como: "You know nothing, Noé" "Matusalém sabia mais que você, Noé. Não force a barra." "Escute mais sua mulher e sua filha adotiva e menos as 'visões'! Elas estiveram certas o filme todo!" "P*##@, Noé, Matusalém é Anthony Hopkins! Se manque!" "Noé, sua esposa estava certa o tempo todo, por isso eu deixei ela com cara de jovem e você com essa cara de velho bêbado!" "Encher a cara e ficar nu não vai mudar o fato de que Jennifer Connelly estava certa e você errado, Noé!" "Caramba, Noé! Cê é burro, é? Que loucura!" "Pô, Noé, finalmente, heim? Valeu, Emma Watson!"
Melhor do que se vende. Melhor do que realmente parece. Uma visão realmente interessante sobre como mitos são representados e sobre como realmente são. The Rock, perfeito!
Há muitos aspectos positivos em Godzilla. O principal deles é colocar o monstro como um herói não protagonista, com suas ações sendo documentadas pelos passantes, televisores, enfim, pelo olhar humano. Isso faz com que os espectadores sintam a escala dos reais personagens ali - o tamanho e a magnitude deles, de como são forças divinas da natureza, como maremotos, furacões ou meteoros. Essa visão é tão importante para a trama que nunca a criatura é vista na altura de seus olhos: sempre a câmera está abaixo dele - dando certeza de sua ameaça - ou acima dele - naquela segurança incerta -, fazendo com que cada momento em que ele não está em cena cause uma certa paranoia, um medo de uma surpresa destruir o cada vez mais frágil status quo humano. Essa porção de grandiosidade quase divina e pequenez humana é onde a direção realmente acerta. Gareth Edwards conduz a simplória trajetória de Godzilla e dos MUTOs com uma precisão documental perigosa, quase como se dissesse que gravar aqueles épicos monstros é impossível demais e tudo o que poderia ser feito era acompanhá-los. Particularmente, acredito que ele acerta em cheio aí, mostrando que forças da natureza não precisam de tramas mais complexas que manter o equilíbrio através de combates em escalas colossais, acompanhado de uma trilha sonora feita pra fãs que lembra os clássicos filmes de monstros japoneses. No entanto, é na parte humana que Edwards falha. O roteiro insiste numa ridícula imbecilidade humana de não ver o óbvio de forma tão constante que cansa - causando ainda mais frisson quando as criaturas aparecem em cena, e o diretor não consegue retirar atuações mais decentes do elenco jovem, restando à parte experiente do elenco manter alguma emotividade na atuação -
que acaba sendo curta, já que Binoche e Cranston entregam seus papéis antes de uma hora de filme e Watanabe parecia não se importar com seu personagem
. Assim o que se tem é um grandioso filme de monstros idiotas que em sua simplicidade parecem muito mais inteligentes que os "complexos" humanos - e só espero que isso tenha favorecido uma continuação do filme, dessa vez com atores jovens que causem menos "vergonha alheia" na frente do experiente monstro japonês.
Fiquei muito em dúvida sobre o que escrever acerca de Amantes Eternos (uma complicada tradução de Only Lovers Left Alive - que, convenhamos, parece não ter sido bem entendido nem por quem vendia o filme fora do país), porque havia muitas coisas aparentemente fora de lugar e não realmente claras pra mim, por mais que constantemente eu ruminasse o filme. Depois da resenha e do podcast do Cinema e Cena (http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=12523), no entanto, me pareceu mais claro a mensagem que estava embaralhada na minha cabeça e agora me sinto mais à vontade em escrever algo sobre ele.
Antes de tudo, é preciso saber que OLLA não é um filme sobre vampiros - o "título" sequer é citado - ele não tenta recriar o segmento ou oferecer uma leitura moderna das criaturas. Vampiros são a metáfora, a ferramenta, que justifica o tema da filme: o tempo. Adam (Hiddleston) é a representação do passado, enquanto Eve (Swinton) é o futuro. Essas simbologias são reforçadas em suas formas de agir, vestir e se relacionar. Se Adam é o passado entristecido, que reclama porque tudo não era como antes, que o que era importante foi esquecido ou abandonado, Eve é o futuro alegre que sempre pensa na mudança, que dá o passo seguinte e sempre está pronta para sair da estagnação. Essa dinâmica de opostos é também a forma como o relacionamento deles é trabalhado, e nisso nunca um tenta superar o outro, pelo contrário, há um respeito claro entre eles, ambos reconhecendo a necessidade de que ambos existam além do que sentem um pelo outro. Assim, o filme chega a um ponto de equilíbrio e mesmo algum marasmo e dúvida de que tipo de trama há realmente ali.
Nesse instante que Ava (Wasikowska, irritantemente talentosa) aparece para ser o símbolo da entropia representando o presente. Ela debocha do que passou, não guarda para o que virá, ela vive o agora e todos seus sentidos existem para o instante em que ela está, esquecendo o que viveu e sequer pensando no passo seguinte. Logicamente, é ela quem causa o distúrbio entre o casal, pois assim é o presente em nossa vida: muitas vezes ele nos faz negar o passado ou evitar o futuro para enfim sair do lugar.
Apesar de minha insistência no tema "tempo" como o principal da trama - e há marcas e elementos demais que reforçam isso, desde o jogo de xadrez entre eles, até sua preocupação com a água e com a natureza - OLLA é um filme com muitas camadas de significado coberta por músicas, literatura, relacionamentos, objetos, pensadores e pensamentos. É possível passar horas reprisando o filme só pra catalogar todas suas referências.
OLLA soa muito como uma válvula de escape que seu autor encontrou pra expressar as personas que vivem em sua mente e, acredito, em muitas pessoas.
Vencendo todo preconceito inicial que tinha, Robocop de Padilha foi um filme que realmente me impressionou. Ele é melhor do que se vende e bem melhor do que esperado. Apesar de seguir num foco diferente do original, possui seu espírito (ainda reduzido num PG 13, mas está ali) e atualiza muito bem personagem. Um roteiro bem amarrado e uma direção bem a cara de Padilha: próxima do espectador, com câmeras tremendo de movimento e close nas emoções dos atores. As cenas de tiro de Alex, por sinal, que usa uma visão de jogos de video-game foi um acerto modernoso em tanto!
No entanto, o filme falha miseravelmente na escolha de seu ator principal. É praticamente impossível sentir qualquer empatia por Joel Kinnaman e sua completa incapacidade de ser um homem dentro de uma máquina (ou mesmo um homem, se contarmos o começo do filme). Essa realidade fica ainda mais triste quando comparada ao resto do elenco. Ter nomes como Gary Oldman, Michael Keaton e Sammy Jackson deveria ser um esforço para qualquer novo ator (o caso desses três, por sinal, parecem não só estar fazendo seus trabalhos, mas também se divertindo muito com a produção), vide exemplo de Abbie Cornish, que conseguiu dar algum destaque e profundidade interpretativa ao ralo papel de Claire Murphy (que só não parece mais perdido no filme inteiro por puro esforço de Padilha e da própria Abbie). Essas coisas não parecem afetar Joel que mantém o mais humano Robocop num automático e endurecido ROBÔ, quase uma âncora se esforçando pra afundar o filme a cada novo avanço.
A não presença da parceira original Anne Lewis (interpretada originalmente por Nancy Allen) foi sentida, piora a situação quando o novo escalado pro papel, Michael K Willians, não tem nada a acrescentar.
Mesmo assim, o filme merece uma assistida e alguma consideração. Tentem não fazer comparações com o original de Verhoeven que ainda possui sua majestade e mantém-se um filme tão (ou mais) atual quanto sua nova versão.
Capitão América 1 já era, por si só, um bom filme de supers/guerra/ação. Talvez por apresentar um herói bem mais humano em termos de nível de poder (ele não vai soltar lasers de sua armadura ou invocar trovões ou se transformar num monstro, ele simplesmente é mais forte, mais rápido, mais hábil e mais resistente), mas acredito que por entregar uma história bem dosada sobre um cara tomando as mais doidas decisões possíveis pra fazer a diferença do jeito certo. No entanto, quando ele é arremessado para seu futuro (nosso presente), o que fica ali é... e agora?
Capitão América 2: Soldado Invernal responde essa pergunta. Steve Rogers é um cara adaptado a esse mundo, mas um soldado distópico: ele não entende suas ordens, ele não aceita as relações entre os colegas, ele se sente sem amigos, sem aliados. Chris Evans ainda não é o Steve Rogers pra mim, mas sob a boa direção dos irmãos Russo consegue manter-se no papel sem fazer feio. O resto do elenco, por sua vez, é fantástico e a adição e Redford foi uma boa jogada. Aos fãs da velha guarda, Sammy Jackson finalmente soou como o Nick Fury que conhecemos.
O climão de espionagem e "quem é amigo, quem é inimigo" carrega e empolga em boa parte do filme, mas a verdadeira história ali é de fraternidade (tá no subtítulo, cara).
Sobre um cara que perdeu a única pessoa que confiava no mundo e que preferia não ter mais nada a ter que aceitá-lo como inimigo, o clímax regado de ação e bromance é impecável, possivelmente o melhor clímax Marvel até agora
. Fora isso, o filme é emocionante de muitas formas, a cena com a Peggy é de encher os olhos d'água, quando ele encontra Sam Wilson no programa de ex-soldados também é bem tocante.
Os muitos acertos desse filme eclipsam seus erros. A qualidade e precisão do roteiro e como ele se encaixa no Universo Marvel deveria ser um modelo a ser seguido. Particularmente, melhor filme de supers depois de Vingadores, superando, em meu gosto pessoal, até Guardiões da Galáxia.
Guardians of the Galaxy é um ótimo filme da Marvel. Realmente muito bom. Principalmente porque ele pega um grupo de expectativa 0 (acredito que uma das grandes razões de seu sucesso), coloca nas mãos de um bom diretor e um elenco afiado. O grupo funciona com precisão: todos estão bem alinhados, todos se comunicam claramente, e sua dinâmica é melhor que a dos Vingadores, principalmente porque seus egos são menos inflados. O filme também ganha pelo seu bom humor - muito bem dosado com seus momentos de drama. Outra coisa é sua ligação com o Marvel Cinematic Universe, diferente do primeiro Thor, por exemplo, ela não é forçada em nenhum momento, sendo, inclusive muito discreta, e mesmo assim é o filme que mais explica sobre os "estranhos itens" que tem aparecido no MCU desde Thor.
Um filme para ver e rever. Melhor que outros filmes da Marvel? Não sei. Sinceramente, pra mim é difícil dizer (até porque "melhor"/"pior" são conceitos muito individuais), mas acredito que é um cujos pontos estão melhor relacionados, melhor ligados e que tem um genial timming.
Não achei que esse segundo filme pudesse me surpreender mais que o primeiro, no entanto, ele superou minhas expectativas, mostrando-se ser completamente atemporal, reunindo tanto música quanto música quanto sociedade e juventude. Para ver e rever.
Uma tocante história sobre descobertas e escolhas. Um elenco bem entrosado e uma direção deveras competente. Aos fãs de trilhas sonoras, fiquem bem atentos, muita música boa pode ser ouvida.
é impressionante como esse filme se comunica com quem mora numa metrópole - eu vivo em Fortaleza e em vários momentos parecia que o filme era sobre minha cidade, não como Buenos Aires - acaba sendo um grande retrato das pessoas e de suas cidades. Um filme, sob muitos pontos de vista, desde sua interpretação a suas metáforas, genial, mas que peca somente por uma coisa: o romance entre os dois personagens principais que parece ter sido esquecido durante boa parte do filme e é miraculosamente descoberto sem uma aparente explicação, numa atitude típica de deus ex-machina que nos deixa confusos das razões de tal saída. Apesar de tudo, isso não estraga em nada o filme - apesar de, pasmem, ser o mote principal da película...
Pegue a personagem principal de um filme, engane-a, espanque-a, culpe-a, acidente-a e quando, no final, ela deve merecer algum crédito por toda a dura jornada percorrida - minimizada/ridicularizada por piadinhas bobinhas -
Divertidíssimo, misturando uma temática mais séria com uma comédia meio boba e até certo ponto ridícula mesmo, mas sem ser abusivo ou escrachado, esse filme é envolvente até o último momento, apesar de uma ou duas viradas de roteiro terem sido meio forçadas, mas que não estragam em nenhum momento o texto final. Uma boa atenção às participações especiais, algumas estão bem hilárias. Vale a conferida.
Fantástico filme. Muito belo, emocionante e com atuações de primeira. Apesar de não ser um especialista, gostei muito das cores do filme, elas são fortes e alegres. A comédia também é bem dosada, sem ser agressiva em momento algum. Uma ótima pedida pra esse final de semana nublado de Fortaleza. Assinantes do Netflix, tem lá, ok?
Magnífico filme da jovem senhorita Copolla. Aqui ela já mostra um olhar com influência do pai, mas deveras mais acurado e cuidadoso. Recomendabilíssimo.
Acima de todas as minhas expectativas. Um filme genial, emocionante e intenso. Arrisco dizer que o melhor trabalho do Ron Howard, que nesse filme mostra uma competência e amadurecimento que têm faltado a muitos diretores contemporâneos a ele. Chris Hemsworth faz seu papel muito bem, mas uma direção mais despreparada poderia ter eclipsado o ator (que soa cansado em alguns momentos, talvez por conta da maratona que foi a gravação de Thor), assim é Daniel Brühl a grande estrela do filme, arrancando emoção a cada take, fazendo-nos simpatizar com a carrancuda e egocêntrica figura de Niki Lauda. Um filme pra ver e rever.
Como muitos filmes que vem aqui pro Brasil, equivocadamente mal vendido, apoiando-se nos sucessos antigos dos criadores e não percebendo que agora eles decidiram falar de outra coisa. Um romance-drama sensível e verdadeiro sobre as coisas que nossos pais dividem conosco e como isso nos define durante o resto de nossas vidas e como seguir isso e continuar em frente. O melhor do filme é seu lado positivo, essa aura de alegria, apesar de isso ser bastante irreal, afinal, nem sempre precisamos ir ao cinema pra ver vísceras ou a realidade crua "soco-no-estômago". Filmes alegres também merecem espaço.
Intenso, emocionante, grandioso. Apesar do forte apelo católico (acredito que uma figura divina mais comum pudesse abranger um público maior, mas isso é mais um comentário pessoal que realmente uma crítica negativa), o filme é magnificamente bem orquestrado - sua metade parece um tanto enfadonha em alguns pontos, mas nada que atrapalhe em si a narrativa.
A força de seu elenco pode ser sentida e vai muito além de suas vozes. Se alguém tinha alguma dúvida sobre o quão bom ator Hugh Jackman é, espero q tenha sanado agora. Mesmo assim, a grande estrela, na paixão de sua atuação, na beleza de sua performance, é Anne Hathaway. A moça é a estrela que impera no filme, sendo responsável pelas cenas mais visceralmente marcantes e emocionantes, aquelas que, por sinal, conseguem arrancar lágrimas com mais felicidade.
Eddie Redmayne e Samantha Barks são surpresas agradabilíssimas, a última mais que o rapaz, bem como o infante Daniel Huttlestone que rouba a cena. Russel Crowe, infelizmente, parece deslocado, perdido, quase equivocado. Sua truculência não consegue chegar aos pés do Javert previamente interpretado por Geofrey Rush.
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraMUITOS SPOILERS
Joss Whedon é um diretor de filme de quadrinhos, Vingadores: Era de Ultron é a prova cabal disso. O desenvolvimento de seu roteiro parece ter saído de um guia de roteiro da editora (muito parecido com uma estruturação de aventura sugerida pelo manual de RPG Marvel Heroic RPG, desenvolvido pela Margaret Weiss) e a amostragem de suas cenas nada mais são que splash pages de George Pérez ou Bryan Hitch. Visual e estruturalmente o filme rememora tempos de gibis "formatinhos" no Brasil e seu esqueleto relembra sagas que marcaram e formaram toda uma geração de fãs dos Vingadores.
Mas analisar Vingadores 2 é ver o grande plano da Marvel: todos os filmes da marca Vingadores são clímax de narrativas apresentadas em outros filmes, sendo assim, ele não deve ser só mais um dentro do MCU, mas funciona como ponto alto da narrativa que permeia as produções dos outros heróis e ao mesmo tempo prepara o terreno para os próximos filmes. Tendo isso em mente é compreensível o timming frenético da produção, que está mais preocupada em tirar o fôlego de seu espectador que realmente levá-lo a pensar em questões além daquilo, o que é um ponto mais que correto em uma produção do tipo.
Também, somente dentro da épica estrutura do MCU algumas coisas fazem real sentido...
Como a tão criticada cena do lago de Thor, meio deslocada na história, mas essencial ao MCU e mesmo à resolução do filme, e que, convenhamos, poderia ter o mesmo sentido se cuidada de outra forma.
... mesmo assim, tudo de alguma forma funciona e se relaciona. Inclusive cobrindo muitas de suas falhas, que se tornam mais evidentes entre o segundo e terceiro ato.
Alguns pontos bacanas são a relação entre a "trindade vingadora": Thor, Cap América e Homem de Ferro, os três são o centro do filme e a maneira como os três egos se relacionam é um dos grandes trunfos da história, mas também um de seus calcanhares de Aquiles, pois eles não dão muito espaço aos outros - problema que Whedon conseguiu reverter em vários momento, mas um olhar mais atento vai perceber que há algo de errado ali.
Apesar dos elogios dados à participação do Gavião Arqueiro, ele parece mais uma "ferramenta" de identificação do público entre aqueles deuses e, não fosse a participação de Mercúrio e Feiticeira Escarlate, sua função dentro da narrativa teria se perdido na metade do filme. Viúva Negra e Hulk, no entanto, são os personagens que mais sofrem em desenvolvimento: seu relacionamento (e conclusão) em vários momentos se tornou forçado, baseados em clichès que não parecem corresponder bem aos personagens que tiveram um desenvolvimento diferente em outros filmes do MCU, o que é uma pena, pois ambos possuem potenciais para terem filmes solos, mas serviram como peças de narrativa descartáveis em várias cenas.
Outro ponto bem vindo foi o Ultron e Visão. Paul Bettany rouba a cena em cada aparição e ele faz um Visão saído de uma página de HQ. Spader também entrega um Ultron bem mais interessante que sua versão em papel e
é uma grande pena sua conclusão, ele merecia mais tempo atormentando o MCU
No geral, Vingadores 2 é uma ponte, uma divertida e fantástica ponte e um bom adeus de Joss Whedon, um cara que conseguiu, em 2 filmes, reunir o que há de melhor numa HQ de superequipe.
Para Se Divertir, Ligue ...
3.1 141 Assista AgoraEsse filme passou despercebido por muitos fãs de comédia. Apesar de seu aparente bobo e "clicherento" mote, o filme é uma história de amizade e empreendedorismo muito bem dosada entre um drama leve e comédia pastelão, mas nem por isso menos engraçada - sabendo ser boboca sem ser apelona, aprendendo a rir de si mesma com primor. As duas protagonistas, interpretadas por Lauren Miller (também roteirista) e Ari Graynor, são muito simpáticas e divertidas, numa química que prende a atenção e acerta o timming de comédia.
Para umas boas risadas numa boa e leve história.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraMelhor do que eu imagina. Mais filmes sobre a bíblia com esse tipo de visão seriam bem-vindos.
Mas eu queria dar um espaço pra galhofa. Eu acho que se Deus (o Criador) desse filme falasse diretamente com Noé ele diria coisas como:
"You know nothing, Noé"
"Matusalém sabia mais que você, Noé. Não force a barra."
"Escute mais sua mulher e sua filha adotiva e menos as 'visões'! Elas estiveram certas o filme todo!"
"P*##@, Noé, Matusalém é Anthony Hopkins! Se manque!"
"Noé, sua esposa estava certa o tempo todo, por isso eu deixei ela com cara de jovem e você com essa cara de velho bêbado!"
"Encher a cara e ficar nu não vai mudar o fato de que Jennifer Connelly estava certa e você errado, Noé!"
"Caramba, Noé! Cê é burro, é? Que loucura!"
"Pô, Noé, finalmente, heim? Valeu, Emma Watson!"
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraPretensiosismo desse filme me faz parar de assisto-lo na metade.
Hércules
3.0 790 Assista AgoraMelhor do que se vende. Melhor do que realmente parece. Uma visão realmente interessante sobre como mitos são representados e sobre como realmente são. The Rock, perfeito!
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraHá muitos aspectos positivos em Godzilla. O principal deles é colocar o monstro como um herói não protagonista, com suas ações sendo documentadas pelos passantes, televisores, enfim, pelo olhar humano. Isso faz com que os espectadores sintam a escala dos reais personagens ali - o tamanho e a magnitude deles, de como são forças divinas da natureza, como maremotos, furacões ou meteoros. Essa visão é tão importante para a trama que nunca a criatura é vista na altura de seus olhos: sempre a câmera está abaixo dele - dando certeza de sua ameaça - ou acima dele - naquela segurança incerta -, fazendo com que cada momento em que ele não está em cena cause uma certa paranoia, um medo de uma surpresa destruir o cada vez mais frágil status quo humano.
Essa porção de grandiosidade quase divina e pequenez humana é onde a direção realmente acerta. Gareth Edwards conduz a simplória trajetória de Godzilla e dos MUTOs com uma precisão documental perigosa, quase como se dissesse que gravar aqueles épicos monstros é impossível demais e tudo o que poderia ser feito era acompanhá-los. Particularmente, acredito que ele acerta em cheio aí, mostrando que forças da natureza não precisam de tramas mais complexas que manter o equilíbrio através de combates em escalas colossais, acompanhado de uma trilha sonora feita pra fãs que lembra os clássicos filmes de monstros japoneses.
No entanto, é na parte humana que Edwards falha. O roteiro insiste numa ridícula imbecilidade humana de não ver o óbvio de forma tão constante que cansa - causando ainda mais frisson quando as criaturas aparecem em cena, e o diretor não consegue retirar atuações mais decentes do elenco jovem, restando à parte experiente do elenco manter alguma emotividade na atuação -
que acaba sendo curta, já que Binoche e Cranston entregam seus papéis antes de uma hora de filme e Watanabe parecia não se importar com seu personagem
Amantes Eternos
3.8 782 Assista AgoraFiquei muito em dúvida sobre o que escrever acerca de Amantes Eternos (uma complicada tradução de Only Lovers Left Alive - que, convenhamos, parece não ter sido bem entendido nem por quem vendia o filme fora do país), porque havia muitas coisas aparentemente fora de lugar e não realmente claras pra mim, por mais que constantemente eu ruminasse o filme. Depois da resenha e do podcast do Cinema e Cena (http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=12523), no entanto, me pareceu mais claro a mensagem que estava embaralhada na minha cabeça e agora me sinto mais à vontade em escrever algo sobre ele.
Antes de tudo, é preciso saber que OLLA não é um filme sobre vampiros - o "título" sequer é citado - ele não tenta recriar o segmento ou oferecer uma leitura moderna das criaturas. Vampiros são a metáfora, a ferramenta, que justifica o tema da filme: o tempo. Adam (Hiddleston) é a representação do passado, enquanto Eve (Swinton) é o futuro. Essas simbologias são reforçadas em suas formas de agir, vestir e se relacionar. Se Adam é o passado entristecido, que reclama porque tudo não era como antes, que o que era importante foi esquecido ou abandonado, Eve é o futuro alegre que sempre pensa na mudança, que dá o passo seguinte e sempre está pronta para sair da estagnação. Essa dinâmica de opostos é também a forma como o relacionamento deles é trabalhado, e nisso nunca um tenta superar o outro, pelo contrário, há um respeito claro entre eles, ambos reconhecendo a necessidade de que ambos existam além do que sentem um pelo outro. Assim, o filme chega a um ponto de equilíbrio e mesmo algum marasmo e dúvida de que tipo de trama há realmente ali.
Nesse instante que Ava (Wasikowska, irritantemente talentosa) aparece para ser o símbolo da entropia representando o presente. Ela debocha do que passou, não guarda para o que virá, ela vive o agora e todos seus sentidos existem para o instante em que ela está, esquecendo o que viveu e sequer pensando no passo seguinte. Logicamente, é ela quem causa o distúrbio entre o casal, pois assim é o presente em nossa vida: muitas vezes ele nos faz negar o passado ou evitar o futuro para enfim sair do lugar.
Apesar de minha insistência no tema "tempo" como o principal da trama - e há marcas e elementos demais que reforçam isso, desde o jogo de xadrez entre eles, até sua preocupação com a água e com a natureza - OLLA é um filme com muitas camadas de significado coberta por músicas, literatura, relacionamentos, objetos, pensadores e pensamentos. É possível passar horas reprisando o filme só pra catalogar todas suas referências.
OLLA soa muito como uma válvula de escape que seu autor encontrou pra expressar as personas que vivem em sua mente e, acredito, em muitas pessoas.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraVencendo todo preconceito inicial que tinha, Robocop de Padilha foi um filme que realmente me impressionou. Ele é melhor do que se vende e bem melhor do que esperado. Apesar de seguir num foco diferente do original, possui seu espírito (ainda reduzido num PG 13, mas está ali) e atualiza muito bem personagem. Um roteiro bem amarrado e uma direção bem a cara de Padilha: próxima do espectador, com câmeras tremendo de movimento e close nas emoções dos atores. As cenas de tiro de Alex, por sinal, que usa uma visão de jogos de video-game foi um acerto modernoso em tanto!
No entanto, o filme falha miseravelmente na escolha de seu ator principal. É praticamente impossível sentir qualquer empatia por Joel Kinnaman e sua completa incapacidade de ser um homem dentro de uma máquina (ou mesmo um homem, se contarmos o começo do filme). Essa realidade fica ainda mais triste quando comparada ao resto do elenco. Ter nomes como Gary Oldman, Michael Keaton e Sammy Jackson deveria ser um esforço para qualquer novo ator (o caso desses três, por sinal, parecem não só estar fazendo seus trabalhos, mas também se divertindo muito com a produção), vide exemplo de Abbie Cornish, que conseguiu dar algum destaque e profundidade interpretativa ao ralo papel de Claire Murphy (que só não parece mais perdido no filme inteiro por puro esforço de Padilha e da própria Abbie). Essas coisas não parecem afetar Joel que mantém o mais humano Robocop num automático e endurecido ROBÔ, quase uma âncora se esforçando pra afundar o filme a cada novo avanço.
A não presença da parceira original Anne Lewis (interpretada originalmente por Nancy Allen) foi sentida, piora a situação quando o novo escalado pro papel, Michael K Willians, não tem nada a acrescentar.
Mesmo assim, o filme merece uma assistida e alguma consideração. Tentem não fazer comparações com o original de Verhoeven que ainda possui sua majestade e mantém-se um filme tão (ou mais) atual quanto sua nova versão.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraCapitão América 1 já era, por si só, um bom filme de supers/guerra/ação. Talvez por apresentar um herói bem mais humano em termos de nível de poder (ele não vai soltar lasers de sua armadura ou invocar trovões ou se transformar num monstro, ele simplesmente é mais forte, mais rápido, mais hábil e mais resistente), mas acredito que por entregar uma história bem dosada sobre um cara tomando as mais doidas decisões possíveis pra fazer a diferença do jeito certo. No entanto, quando ele é arremessado para seu futuro (nosso presente), o que fica ali é... e agora?
Capitão América 2: Soldado Invernal responde essa pergunta. Steve Rogers é um cara adaptado a esse mundo, mas um soldado distópico: ele não entende suas ordens, ele não aceita as relações entre os colegas, ele se sente sem amigos, sem aliados. Chris Evans ainda não é o Steve Rogers pra mim, mas sob a boa direção dos irmãos Russo consegue manter-se no papel sem fazer feio. O resto do elenco, por sua vez, é fantástico e a adição e Redford foi uma boa jogada. Aos fãs da velha guarda, Sammy Jackson finalmente soou como o Nick Fury que conhecemos.
O climão de espionagem e "quem é amigo, quem é inimigo" carrega e empolga em boa parte do filme, mas a verdadeira história ali é de fraternidade (tá no subtítulo, cara).
Sobre um cara que perdeu a única pessoa que confiava no mundo e que preferia não ter mais nada a ter que aceitá-lo como inimigo, o clímax regado de ação e bromance é impecável, possivelmente o melhor clímax Marvel até agora
Os muitos acertos desse filme eclipsam seus erros. A qualidade e precisão do roteiro e como ele se encaixa no Universo Marvel deveria ser um modelo a ser seguido. Particularmente, melhor filme de supers depois de Vingadores, superando, em meu gosto pessoal, até Guardiões da Galáxia.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraGuardians of the Galaxy é um ótimo filme da Marvel. Realmente muito bom. Principalmente porque ele pega um grupo de expectativa 0 (acredito que uma das grandes razões de seu sucesso), coloca nas mãos de um bom diretor e um elenco afiado. O grupo funciona com precisão: todos estão bem alinhados, todos se comunicam claramente, e sua dinâmica é melhor que a dos Vingadores, principalmente porque seus egos são menos inflados. O filme também ganha pelo seu bom humor - muito bem dosado com seus momentos de drama. Outra coisa é sua ligação com o Marvel Cinematic Universe, diferente do primeiro Thor, por exemplo, ela não é forçada em nenhum momento, sendo, inclusive muito discreta, e mesmo assim é o filme que mais explica sobre os "estranhos itens" que tem aparecido no MCU desde Thor.
Um filme para ver e rever. Melhor que outros filmes da Marvel? Não sei. Sinceramente, pra mim é difícil dizer (até porque "melhor"/"pior" são conceitos muito individuais), mas acredito que é um cujos pontos estão melhor relacionados, melhor ligados e que tem um genial timming.
Global Metal
4.4 79Não achei que esse segundo filme pudesse me surpreender mais que o primeiro, no entanto, ele superou minhas expectativas, mostrando-se ser completamente atemporal, reunindo tanto música quanto música quanto sociedade e juventude. Para ver e rever.
Pariah
4.0 138Uma tocante história sobre descobertas e escolhas. Um elenco bem entrosado e uma direção deveras competente. Aos fãs de trilhas sonoras, fiquem bem atentos, muita música boa pode ser ouvida.
Um Monstro em Paris
3.7 99 Assista AgoraFantástico filme. Divertido, emocionante e eletrizante. Indicado a todas as idades.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista Agoraé impressionante como esse filme se comunica com quem mora numa metrópole - eu vivo em Fortaleza e em vários momentos parecia que o filme era sobre minha cidade, não como Buenos Aires - acaba sendo um grande retrato das pessoas e de suas cidades. Um filme, sob muitos pontos de vista, desde sua interpretação a suas metáforas, genial, mas que peca somente por uma coisa: o romance entre os dois personagens principais que parece ter sido esquecido durante boa parte do filme e é miraculosamente descoberto sem uma aparente explicação, numa atitude típica de deus ex-machina que nos deixa confusos das razões de tal saída. Apesar de tudo, isso não estraga em nada o filme - apesar de, pasmem, ser o mote principal da película...
Adorável Professora
2.9 103 Assista AgoraPegue a personagem principal de um filme, engane-a, espanque-a, culpe-a, acidente-a e quando, no final, ela deve merecer algum crédito por toda a dura jornada percorrida - minimizada/ridicularizada por piadinhas bobinhas -
retire as palmas dela e dê um tapinha nas costas, condecorando sua jornada com um romance aguado. E não a faça mudar, seria subversivo demais.
Sério, Juliane Moore? Eu esperava mais de você.
A Voz de uma Geração
3.1 49 Assista AgoraDivertidíssimo, misturando uma temática mais séria com uma comédia meio boba e até certo ponto ridícula mesmo, mas sem ser abusivo ou escrachado, esse filme é envolvente até o último momento, apesar de uma ou duas viradas de roteiro terem sido meio forçadas, mas que não estragam em nenhum momento o texto final. Uma boa atenção às participações especiais, algumas estão bem hilárias. Vale a conferida.
Canção para Marion
4.0 82 Assista AgoraFantástico filme. Muito belo, emocionante e com atuações de primeira. Apesar de não ser um especialista, gostei muito das cores do filme, elas são fortes e alegres. A comédia também é bem dosada, sem ser agressiva em momento algum. Uma ótima pedida pra esse final de semana nublado de Fortaleza. Assinantes do Netflix, tem lá, ok?
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraUm dos melhores thrillers de ação feito dos últimos anos. Trabalho magnífico da dupla Refn-Gosling. Impossível não querer vê-lo mais de uma vez.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraMagnífico filme da jovem senhorita Copolla. Aqui ela já mostra um olhar com influência do pai, mas deveras mais acurado e cuidadoso. Recomendabilíssimo.
Casa de Mi Padre
2.9 93Uma ótima ideia - parodiar novelas mexicanas - feita da pior maneira possível. Uma pena.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraInteressante e divertido, mas inconsistente em alguns pontos. Egocêntrico até, senhor Ben Stiller, mas não desagrada por completo.
Rush: No Limite da Emoção
4.2 1,3K Assista AgoraAcima de todas as minhas expectativas. Um filme genial, emocionante e intenso. Arrisco dizer que o melhor trabalho do Ron Howard, que nesse filme mostra uma competência e amadurecimento que têm faltado a muitos diretores contemporâneos a ele. Chris Hemsworth faz seu papel muito bem, mas uma direção mais despreparada poderia ter eclipsado o ator (que soa cansado em alguns momentos, talvez por conta da maratona que foi a gravação de Thor), assim é Daniel Brühl a grande estrela do filme, arrancando emoção a cada take, fazendo-nos simpatizar com a carrancuda e egocêntrica figura de Niki Lauda. Um filme pra ver e rever.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraComo muitos filmes que vem aqui pro Brasil, equivocadamente mal vendido, apoiando-se nos sucessos antigos dos criadores e não percebendo que agora eles decidiram falar de outra coisa. Um romance-drama sensível e verdadeiro sobre as coisas que nossos pais dividem conosco e como isso nos define durante o resto de nossas vidas e como seguir isso e continuar em frente. O melhor do filme é seu lado positivo, essa aura de alegria, apesar de isso ser bastante irreal, afinal, nem sempre precisamos ir ao cinema pra ver vísceras ou a realidade crua "soco-no-estômago". Filmes alegres também merecem espaço.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraIntenso, emocionante, grandioso. Apesar do forte apelo católico (acredito que uma figura divina mais comum pudesse abranger um público maior, mas isso é mais um comentário pessoal que realmente uma crítica negativa), o filme é magnificamente bem orquestrado - sua metade parece um tanto enfadonha em alguns pontos, mas nada que atrapalhe em si a narrativa.
A força de seu elenco pode ser sentida e vai muito além de suas vozes. Se alguém tinha alguma dúvida sobre o quão bom ator Hugh Jackman é, espero q tenha sanado agora. Mesmo assim, a grande estrela, na paixão de sua atuação, na beleza de sua performance, é Anne Hathaway. A moça é a estrela que impera no filme, sendo responsável pelas cenas mais visceralmente marcantes e emocionantes, aquelas que, por sinal, conseguem arrancar lágrimas com mais felicidade.
Eddie Redmayne e Samantha Barks são surpresas agradabilíssimas, a última mais que o rapaz, bem como o infante Daniel Huttlestone que rouba a cena. Russel Crowe, infelizmente, parece deslocado, perdido, quase equivocado. Sua truculência não consegue chegar aos pés do Javert previamente interpretado por Geofrey Rush.
Um filme pra se ver no cinema e rever.