Depois que assisti ao filme, eu fiquei chocado com a nota alta que ele tem no filmow.
É um filme péssimo. E ok, a gente entende sim que filmes com essa temática geralmente não tem tanto apoio financeiro, ainda mais pensando em quase 10 anos atrás. Mas a questão é que a produção por si só é horrível. Eu vi o câmera nos reflexos da TV várias vezes. O começo é uma confusão enorme porque fizeram a montagem toda bagunçada. Existe o diabos de um guru do amor que a todo momento interrompe o filme pra dar uma liçãozinha de vida desnecessária e um relato meio documentário de uma história de amor (aliás, aquele das múltiplas personalidades me deu um baita medo, assumo). E a atuação dos atores dá um desespero (tirando o casal principal).
O casal é até bem fofinho, as duas tem uma química ótima. Mas, é mal feito demais. Não vale a pena.
Eu acho que estou fazendo sem querer uma maratona de filmes da Nancy Meyers. E dos 4 que eu assisti (ainda não vi What Women Want e The Parent Trap), achei que esse foi o melhor.
Tem a característica sempre presente em filmes da Nancy (tirando o útimo) de mostrar mulheres que conseguem resolver tudo começando um novo relacionamento. Porém, são dois romances fofos, e as vezes a gente só quer assistir isso mesmo. Um deles (e obviamente estou falando da história da Kate Winslet) para mim foi o melhor desenvolvido, até porque foi mais lento e profundo; e teve uma progressão da personagem, com destaque para o momento em que ela finalmente consegue se livrar do ex-namorado (que na verdade nunca foi namorado e só se aproveitou dela... um ridículo tsc tsc) - Eu vibrei nesse momento e é claro com às referências ótimas aos filmes antigos de romance.
O da Cameron Diaz, foi meio rápido demais, mas ao menos mostrou uma personagem feminina não tão insegura. Só achei que tudo foi resolvido muito facilmente (queria mais pano pra manga, óbvio).
No fim, não é um filme ruim. É bem fofinho na verdade. E acho que pro dia bad que eu estava tendo veio bem a calhar.
PS: Fiquei abismado em como elas trocaram de casa tão facilmente, apenas com algumas mensagens em um pré-msn kk
Por um momento eu temi muito que o filme fosse enveredar pelo caminho natural de uma comédia romântica. Porém, e graças a Deus, não, ele não foi por esse caminho.
A história é sobre uma mulher no processo de aceitação da existência de seu vício em álcool e lutando para vencê-lo. Depois de destruir o casamento da sua irmã (e realmente ela acabou com a cerimônia), ela vai para um centro de reabilitação por determinação da justiça. Lá, ela encontra vários personagens, começa a perceber o relacionamento problemático que vive, e aos poucos perde toda a resistência com que chegou ao centro. É uma história interessante com tons bem hollywoodianos e, por isso, a diretora suavizou muito em retratar a crise de abstinência, que na verdade é muito mais pesada e não se resolve de forma abrupta como foi. Além do centro terapêutico que não é tão mar de flores como foi mostrado. E claro a personagem que de um momento para outro se transforma em uma pessoa maravilhosa e empática. Ignorando toda aquela carga egoísta que ela tinha antes.
Porém, uma coisa que curti muito foi que não apoiou a personagem feminina em um romance para a superação. Na verdade, a resolução da personagem ao final do filme de deixar aquele relacionamento, ao perceber o quanto ele era tóxico foi fundamental para o desenvolvimento da protagonista. Ela se transformou durante todo o filme, e sua decisão de comprar uma planta ao final (que existe um importante significado no contexto do filme) mostrou o empoderamento dela em estar disposta a se resolver antes de se envolver em um relacionamento.
Eu não entendi muito bem porque o filme está tendo um hype tão grande, sendo cotado para vários prêmios e ainda cogitado para o Oscar.
É um filme ok, tem uma personagem principal lésbica o que é um avanço, e é uma comédia leve. E acho que foi ótimo por destruir vários clichês e estereótipos de filmes dos anos 80. Porém, a história é isso. Uma noite de rebeldia adolescente, sem muita profundidade e que é bastante divertida.
É um filme bom para passar o tempo, mas acho que é só isso.
Ah, e achei muito boa a direção e montagem da Olivia Wilde, espero que ela faça mais filmes!
Fico muito feliz em ver como algumas animações atuais tem se reinventado e se desvencilhado de algumas questões problemáticas. Situações estas que outrora eram tão aceitas e normalizadas e que, agora, começam a ser questionadas pelas próprias animações. E em Os Incríveis. isso foi feito de uma maneira incrível rsrs.
Realmente, relegar a Helena o papel de mãe, dona de casa e única responsável pela criação dos filhos e ainda incentivar o protagonismo do Sr. Incrível foi um erro do primeiro filme. E acho que foi muito importante e bastante representativo trazer agora nesse segundo filme que sim, a Mulher Elástico também é uma boa heroína e que ela não precisa estar na sombra dos outros heróis. Além da questão quebrar com esses padrões sociais em relacionamentos heterossexuais de que o homem não pode ficar em casa, enquanto a mulher trabalha; de que o homem deve ser o único responsável pelo sustento; enfim etc e etc dessas baboseiras opressoras.
Também, nesse mesmo aspecto gostei de como a vilã foi construída. O filme dá um tapa na cara, quando a gente mais uma vez, pelas ideias do clichê machista, espera que ocorra o protagonismo masculino.
Enfim, de resto, relembrar da Edna (de longe, pra mim, a melhor personagem de Os Incríveis) foi muito nostálgico. Ver também Flecha e Violeta, lutando e atuando como herois e até melhorando seus poderes, foi maravilhoso, ainda mais pra quem é fã desde o primeiro filme.
Eu senti que o filme focou de forma desnecessária no Zezé. Ok, pelo final do ultimo filme era questão de tempo que todos descobrissem sobre seus poderes. Mas é poder demais, meu Deus. Eu queria ter visto mais o desenvolvimento dos outros filhos, principalmente Violeta, que é uma personagem que eu gosto muito e queria ver amadurecendo, e que nesse aspecto foram deixados de lado.
Enfim, acho que o filme soube manter bem o nível do primeiro. E até melhorou por discutir tanto os papeis de gênero. E pra quem falou aqui embaixo, que politizaram demais... É melhor se acostumarem.
Sempre me incomodei com o fato de que os filmes que exploram a descoberta da sexualidade, tendem a querer resolvê-la em pouco mais de 90 minutos. Gian Little Ones não segue essa regra. E eu adorei isso.
A história inicial é clichê... Amigos que acabam bebendo, dormem juntos pela primeira vez, e depois não sabem como lidar com essa experiência. Um deles, acaba entrando em um estado de negação e culpabilizando o outro por tudo o que aconteceu. O outro, não consegue entender aquilo, e também sofre por ver o amigo se transformar tão rápido e ainda ser tão duramente atacado por algo que foi consensual. Assim, o grande enredo do filme é como eles lidam de forma diferente com tudo isso.
E o sofrimento que, principalmente, Franky (o que sofre bullying pelas histórias repercutidas por Ballas, o amigo em negação) passa ao não conseguir dar um nome para si ou se encaixar é o seu grande dilema. Isso fica claro, no diálogo clímax do filme em que Franky fala ao pai sobre não achar que aquilo que aconteceu era errado. Ao mesmo tempo, ele também gosta de Natasha, a irmã de Ballas, e tem profundo carinho e cuidado por ela. E nessa conversa (que é bem estilo Call Me By Your Name, aliás só queria ter um pai desses haha), o pai diz o filho sobre ele não precisar dar nome para si agora, que não precisa se encaixar em uma caixinha. O processo de descoberta é lento. E tudo bem nisso, não precisamos ter pressa em nos definir.
Não posso deixar de falar também, sobre a questão de como o filme mostra que a letra B é ignorada. Mesmo tendo acontecido o envolvimento sexual dos dois, nenhuma das pessoas ao redor, principalmente a guria que gostava de Franky, cogita a possibilidade dele ser bissexual. Basicamente, existem duas opções, ou se é gay, ou se é hetero. E também mostra como as pessoas consideram que se teve uma experiência, isso define toda a sua sexualidade. Achei importante como o filme retrata esse preconceito e como ele implicitamente mostra o quanto ele é fútil. Ainda mais com o fato do personagem principal ter um relacionamento com uma guria, logo após o acontecido.
Uma vez eu escutei sobre não se usar para a sexualidade o verbo "ser", mas sim o verbo "estar". Achei que isso encaixa muito bem aqui, não sabemos ao final se o personagem é/está gay, bi, hetero, pan... E nem ele mesmo sabe. Tanto Franky, quanto Ballas. E o filme não erra ao deixar isso em aberto. Na verdade, isso é o que o torna mais real.
Aliás, eu amei a fotografia e os enquadramento desse filme. A montagem ficou excelente! Um dos melhores filmes sobre descoberta que eu já assisti!
Filme relax. História divertida, personagens carismáticos. Algumas situações bem esperadas, outras me surpreenderam, como o final e o desfecho do romance. Aliás, achei muito bom um final em que as coisas não tenham dado totalmente certo. Fez muito jus ao próprio lema das Hurl Scouts. Fiquei com vontade de ver mais da Drew Barrymore como atriz, e adorei ela como diretora do filme também. É uma comédia suave.
E que esporte divertido hahaha. Nunca havia visto nada assim.
O filme estava caminhando para um clímax bom, e de repente, ficou péssimo. Colocaram algumas coisas na narrativa que não fizeram o menor sentido. Como por exemplo, a síndrome de M. por procuração e a filha. Aquilo era para tornar a Ma uma vilã? Porque não tinha qualquer relação com a história que justificasse esse aspecto. Parece que foi algo do tipo "Vamos colocar uma característica para que as pessoas não gostem dela e curtam o final". E acabou que não deu certo, porque aqueles adolescentes eram tão irritante e tão maus, que eu torci para que no final a Ma desse um jeito neles.
Enfim, parece que o roteirista tinha uma história ótima e resolveu estragá-la toda nos minutos finais.
E a Octavia Spencer é daquelas atrizes que podem fazer qualquer papel em qualquer filme meia boca que ela vai arrasar. Adorei a personagem dela no filme e isso me fez ficar ainda mais chateado com o rumo do roteiro.
A relação dela com o padastro me chocou muito e ainda estou me perguntando se a maneira como isso foi tratado no final do filme foi realmente adequado. É um bom filme, o desenvolvimento da personagem é muito bom. E é interessante como nenhum dos fatos que ocorrem rouba o protagonismo da personagem principal. Ela é a narradora, ela é o centro. Seu rito de passagem para a vida adulta e processo de descoberta sexual e amadurecimento é o que o filme quer mostrar. O final meio corrido me deixou um pouco decepcionado (e acho que o relacionamento problemático deveria ter um desfecho mais sério).
Que filme fantástico. E foi lançado em 2005, momento em que as discussões sobre o machismo e assédio ainda nem ecoavam por Hollywood. A diretora fez um trabalho incrível e fico muito triste, embora não surpreso, que esse filme tão bem feito não seja muito reconhecido.
Eu como homem, óbvio, que jamais poderei compreender como é assistir um filme desse na sua totalidade. Mesmo assim, as cenas delas sendo assediadas e silenciadas ficaram na minha cabeça por muito tempo. E ver que isso se repete o tempo todo e o quanto de luta é necessária para que direitos básicos sejam conquistados e respeitados é muito revoltante. Recomendo o filme para todos.
PS: Caramba, as leis contra o assédio nos EUA são muito recentes! Fiquei chocado com isso.
É um filme muito gostoso de assistir. Ele conseguiu retratar muito bem todos os dilemas, crises e a raiva de Nadine. Achei ele bem a vibe de um dos últimos filmes que assisti: The Diary of a Teenage Girl, embora este último seja bem menos inocente. Ambos retratando jovens mulheres amadurecendo. É um filme ao mesmo tempo leve e profundo. E talvez a minha atuação favorita da Hailee Steinfeld.
Senti muita falta de um desfecho melhor. Achei que tudo estava se encaminhando para um clímax, e de repente, acabou de forma bem brusca, se resolvendo de um maneira bem "fácil". Acho que a catarse que Nadine precisava não aconteceu (aquelas passeadas de carro com o professor e discussão breve com o irmão não são suficientes). Aliás, eu senti que o filme levou para um caminho de que a sua insatisfação fosse apenas uma rebeldia e, na verdade, ia muito além disso. Havia a morte do pai que ainda a afetava muito, a dificuldade em se encaixar, o sentimento de se sentir desamparada, e também, ofuscada pelo irmão que puxava todas as atenções para si, muitas inseguranças, frustrações, enfim, um mix de emoções e que eram ignorados por todos ao seu redor. Ah, Nadine foi uma das melhores personagens que já vi em um filme. E eu acho que poderia passar horas assistindo uma continuação com ela.
Quantas protagonistas lésbicas pretas você já viu?
É impossível não se fazer esse questionamento quando você assiste esse filme. Uma população invisibilizada, a letra do LGBT que não aparece, a interseccionalidade na cor preta que é ignorada.
E Dee Rees faz um trabalho tão lindo. Todas as inseguranças e processo de construção de identidade que Alike passa são arrebatadores. Para mim, a conversa com a mãe dela no final, a mãe que também é oprimida por estar em um relacionamento em que é desprezada, e que não consegue amar a filha da maneira que ela é, é de cortar o coração e provavelmente ficará na minha cabeça por muito tempo. A sua primeira experiência amorosa, em que se sente usada e tem seus sentimentos desprezados, é um processo catártico que passa, para finalmente ter coragem de se assumir. E com isso, observa-se o crescimento de Alike em todo o filme, mesmo que ele seja doloroso, ela consegue criar forças para ser quem ela de fato é. E o poema que ela recita no final deixa isso bem claro.
É um filme fantástico que deveria ser lembrado mais vezes.
"Heartbreak opens onto the sunrise For even breaking is opening And I am broken I’m open Broken to the new light without pushing in Open to the possibilities within, pushing out See the love shine in through my cracks? See the light shine out through me? I am broken I am open I am broken open See the love light shining through me Shining through my cracks Through the gaps My spirit takes journey My spirit takes flight Could not have risen otherwise And I am not running I’m choosing Running is not a choice from the breaking Breaking is freeing Broken is freedom I am not broken I’m free." ~ Spoken by Alike (Adepero Oduye) Written by Dee Rees
É engraçado como os filmes da Nancy Meyers têm algo que eu não sei explicar exatamente o que é mas que sempre me fazem associar a ela. É quase como se eles tivesse uma marca d'água invisível.
Embora o enredo desse filme não seja clichê (a mim pelo menos não foi), na segunda metade do filme tu já consegue prever qual será o desfecho. Outro aspecto negativo é que eu odeio essa fixação de comédias românticas de retratarem as mulheres como personagens super inseguras, e colocando os homens como super confiantes e superiores. Quando o filme começa a enredar pra essa situação, eu praticamente perco as esperanças de que sairá alguma coisa boa.
Não gostei do final, e com 128 minutos ver tudo chegar ao desfecho nos 15 minutos finais e de uma forma muito aleatória foi frustrante.
É um filme ruim, mas que imagino que em 2003 devia ser menos incômodo para as pessoas.
O único contato antes desse filme que tinha com o Charlie Brown eram as tirinhas que encontrava nas questões do vestibular. E foi bem legal ver várias referências, muito além dos personagens, que fizeram (como a cabeça do snoopy levantada remetendo as tirinhas em 2D, as cenas com o próprio snoopy que surgiam da imaginação, a não-fala da professora, adultos que nunca aparecem, enfim...). Porém, de tanta coisa boa que poderia se tirar dos Peanuts, porque focar o filme numa paixão de infância de Charlie por uma garota nova? Fiquei frustrado com isso. Além disso, o jeito exageradamente descuidado ou inseguro do Charlie irritava muito em algumas partes. Mesmo que isso seja uma parte do personagem, era chato ter que ver tudo dando errado de novo e de novo. Isso fez com que em alguns momentos do filme, eu estivesse mais interessado na história paralela do Snoopy, do que no filme principal. E o desenho ficou bom, a dublagem brasileira está ótima também, mas da história eu realmente esperava mais.
Tive que assistir porque era encontro de amigos de infância, não tinha muita opção e acabamos indo no aleatório. Basicamente, ele é um filme francês misógino, de terror trash, com jogadoras de vôlei sendo perseguidas.
Eu não sei avaliar filmes trash, porque eles ultrapassam o limiar do que é aceitável como péssimo, e eu assisto o filme rindo, chocado se o que eu estou assistindo é sério. Então, do ponto de vista técnico, ele é péssimo. Mas para um flime trash, ele é até mediano.
PS: O filme conseguiu me confundir várias vezes sobre quem sobreviveria. E gostei do desfecho do pinscher.
Mais um filme do estúdio Ghibli, porém o mais fraco de todos que eu assisti. A animação é muito bonita. Porém, na história falta um nexo, principalmente no início e no desfecho do filme. Depois que descobri que ele havia sido baseado em uma série de livros da Ursula K. Le Guin, acho que entendi o motivo dessa falha. Quando você assiste o filme, tu percebe que falta alguma parte da história, como se ela tivesse sido cortada e retirada do filme, o que pode ter acontecido com a exclusão de fatos do livro que justificariam o filme. Uma coisa legal é que ele tem umas reflexões muito profundas sobre Imortalidade e negação da própria vida, e creio até que irei rever essas cenas com mais calma. E a animação também é muito linda. Vale a pena porque é Estúdio Ghibli, mas é um filme mediano.
Achei um filme de terror insuportável e custei chegar ao fim. Ele não chega a ser um trash, mas ele tem uma péssima sequência, algumas mortes bizarríssimas e um roteiro muito forçado. Os personagens eram estúpidos, e eu só queria que aquilo acabasse logo.
Eu acho que tenho um certo problema com animações no geral, talvez devido algumas obras (culpa de Pixar e Ghibli), eu sempre espero que uma animação seja capaz de agradar qualquer faixa etária. Ou seja, que consiga ser divertida ao ponto de entreter os mais novos, e ao mesmo tempo profunda para que não se torne infantil.
E esse filme, que eu estava inclusive bastante ansioso para assistir, basicamente é uma brincadeira. Ele brinca com a existência de um mundo paralelo vivido pelos pets quando seus donos saem de casa. E é realmente divertido ver eles estragando ou seguindo seus estereótipos que esperamos de personalidade de pet/dono. A questão é que ele fica nisso basicamente. Até existem uns dramas para dar sequência à história - E o inicial, de competição entre os dois principais, é insuportável, diga-se de passagem - mas ainda sim são muito rasos e não interessam muito. Até mesmo o momento de uma revelação importante do antigo dono de um deles é ignorado logo depois, mal resolvido e explicado. E daí a perseguição que é o que move o filme depois que aquele primeiro drama acaba, retorna e transforma tudo em uma "aventura".
Por isso, esse é um filme de animação que eu diria como "bonzinho". Não é ruim, mas também não vai trazer nada de surpreendente. São apenas algumas horas gastas com um filme, que ficam ali mesmo no sofá. Então, não espere muito.
A relação materna molda a história das três personagens nesse filme: Emanuel, Janice e Linda. Cada uma delas, por um motivo que não podiam controlar foram privadas disso.
A primeira pela ausência de uma figura materna, a segunda pela impossibilidade de ter um filho, e a terceira pela perda do filho.
E a diretora conseguiu construir uma história muito concisa. Logo no início do filme, Emanuel percebe qual é a "grande ilusão", aliás plot instigado pelo título brasileiro. No entanto, no decorrer do filme, percebemos que ela vai usando daquela ilusão para criar a sua. E isso acho que foi uma boa criação do filme, porque você pode até não conhecer a história de Linda, mas a ternura e o cuidado que ela tem com o filho, traz um sentimento de compaixão. Do mesmo modo, com Emanuel. Embora, em um primeiro momento, o fato dela não ter contado a ninguém sobre isso possa gerar certa repreensão, é possível entender o que leva ela a fazer isso: a necessidade que ela tinha de ter uma relação materna e de se ver como solução para a perda de Linda. E por fim, temos Janice, que embora incomode um pouco, quando se entende que seus motivos vão muito além do que agradar a enteada, você consegue compreendê-la melhor.
E achei o final muito bonito nesse sentido, Emanuel percebeu a necessidade dela enfrentar um luto que ela se privou durante toda a vida, assim como viu que Linda também precisava passar por isso para poder ficar bem.
É um ótimo filme, que tem uma abordagem psicológica muito interessante.
Eu escrevi um texto enoooorme falando sobre o filme, e meu Google Chrome deu pau.
Estou com preguiça de escrever de novo.
Mas em resumo: o filme é bom; nem todo psicopata precisa ser serial killer; a sociedade valoriza a falta de sentimentos e estimula a psicopatia; a personalidade de Patrick Bateman também é fruto do meio que ele vive. Ah, e o Christian Bale arrasou.
Demorei muito tempo para assistir esse filme. Sempre tinha algo que me interrompia, e eu acabava esquecendo de terminar depois. Dessa vez, na escala de um voo, eu finalmente consegui assistir o filme por completo.
O que mais me espantou foi ver um terror sangrento e pesado com crianças como protagonistas. Mesmo que em algumas partes, tivesse uns momentos meio "Os Goonies", o filme conseguiu destruir a imunidade infantil que a gente comumente vê nesse gênero.
Porém, eu achei tudo muito mediano. Os personagens eram chatos, algumas cenas previsíveis... Entendo que é uma adaptação e remake, provável que a fórmula funcionou há anos atrás, mas hoje já estamos um pouco acostumados com histórias assim.
Perto dos outros filmes de terror que tem sido lançados, It parece ser um filme imaturo e sem graça, mas que não chega a ser ruim.
Eu adoro o Paulo Gustavo e a Mônica Martelli e gostei muito do primeiro filme "Os homens são de Marte..." mas essa sequência não me desceu.
O filme é muito mal produzido, você fica com a sensação de que são várias sketchs emendadas, com pouca explicação lógica dentro do filme. Me pareceu que as cenas eram criadas para encaixar a piada, e não para dar sequência a história.
Existem várias questões também em como o personagem gay é retratado simplesmente como "chaveirinho de amiga hétera". A história de Aníbal é simplesmente seguir Fernanda por seus desastres amorosos e viagens, dar uma de terapeuta e ser babá. Com o destaque que ele teve no filme, custava ter tido um desenvolvimento melhor?
Outra coisa, a Fernanda é branca, magra, rica, não aparenta nada ter a idade que tem, e mesmo assim, os roteiristas insistem na piada de como ela é feia e velha. Sim, isso ressalta que ela não tem uma boa auto-estima, mas deveria ao menos ter a responsabilidade de abordar isso. Pouquíssimas mulheres brasileiras se encaixam no padrão da Fernanda, e o filme ainda ressalta que ela não é suficiente para o nível de beleza que deveria ter.
Não gostei muito também da abordagem do casamento da Fernanda. A forma como a infidelidade é ignorada. A incapacidade de comunicação entre ela e o esposo que deveria ser mais colocado em questão. O filme parecia resumir tudo a uma perda de tesão e química, porém era muito mais do que isso.
Talvez seja problematizar muito uma comédia, mas eu não sentia tanto isso no filme anterior. Piadas cansativas, roteiro muito mal explorado. Eu estava com tantas expectativas, saí frustrado.
PS: Gente, quem dá um porco para uma criança? Que tipo de comédia dos absurdos é isso? E também haja dinheiro para tanta viagem, mds.
Elena Undone
3.5 278Depois que assisti ao filme, eu fiquei chocado com a nota alta que ele tem no filmow.
É um filme péssimo. E ok, a gente entende sim que filmes com essa temática geralmente não tem tanto apoio financeiro, ainda mais pensando em quase 10 anos atrás. Mas a questão é que a produção por si só é horrível. Eu vi o câmera nos reflexos da TV várias vezes. O começo é uma confusão enorme porque fizeram a montagem toda bagunçada. Existe o diabos de um guru do amor que a todo momento interrompe o filme pra dar uma liçãozinha de vida desnecessária e um relato meio documentário de uma história de amor (aliás, aquele das múltiplas personalidades me deu um baita medo, assumo). E a atuação dos atores dá um desespero (tirando o casal principal).
O casal é até bem fofinho, as duas tem uma química ótima. Mas, é mal feito demais. Não vale a pena.
O Amor Não Tira Férias
3.7 1,5K Assista AgoraEu acho que estou fazendo sem querer uma maratona de filmes da Nancy Meyers. E dos 4 que eu assisti (ainda não vi What Women Want e The Parent Trap), achei que esse foi o melhor.
Tem a característica sempre presente em filmes da Nancy (tirando o útimo) de mostrar mulheres que conseguem resolver tudo começando um novo relacionamento. Porém, são dois romances fofos, e as vezes a gente só quer assistir isso mesmo. Um deles (e obviamente estou falando da história da Kate Winslet) para mim foi o melhor desenvolvido, até porque foi mais lento e profundo; e teve uma progressão da personagem, com destaque para o momento em que ela finalmente consegue se livrar do ex-namorado (que na verdade nunca foi namorado e só se aproveitou dela... um ridículo tsc tsc) - Eu vibrei nesse momento e é claro com às referências ótimas aos filmes antigos de romance.
O da Cameron Diaz, foi meio rápido demais, mas ao menos mostrou uma personagem feminina não tão insegura. Só achei que tudo foi resolvido muito facilmente (queria mais pano pra manga, óbvio).
No fim, não é um filme ruim. É bem fofinho na verdade. E acho que pro dia bad que eu estava tendo veio bem a calhar.
PS: Fiquei abismado em como elas trocaram de casa tão facilmente, apenas com algumas mensagens em um pré-msn kk
28 Dias
3.2 271 Assista AgoraPor um momento eu temi muito que o filme fosse enveredar pelo caminho natural de uma comédia romântica. Porém, e graças a Deus, não, ele não foi por esse caminho.
A história é sobre uma mulher no processo de aceitação da existência de seu vício em álcool e lutando para vencê-lo. Depois de destruir o casamento da sua irmã (e realmente ela acabou com a cerimônia), ela vai para um centro de reabilitação por determinação da justiça. Lá, ela encontra vários personagens, começa a perceber o relacionamento problemático que vive, e aos poucos perde toda a resistência com que chegou ao centro. É uma história interessante com tons bem hollywoodianos e, por isso, a diretora suavizou muito em retratar a crise de abstinência, que na verdade é muito mais pesada e não se resolve de forma abrupta como foi. Além do centro terapêutico que não é tão mar de flores como foi mostrado. E claro a personagem que de um momento para outro se transforma em uma pessoa maravilhosa e empática. Ignorando toda aquela carga egoísta que ela tinha antes.
Porém, uma coisa que curti muito foi que não apoiou a personagem feminina em um romance para a superação. Na verdade, a resolução da personagem ao final do filme de deixar aquele relacionamento, ao perceber o quanto ele era tóxico foi fundamental para o desenvolvimento da protagonista.
Ela se transformou durante todo o filme, e sua decisão de comprar uma planta ao final (que existe um importante significado no contexto do filme) mostrou o empoderamento dela em estar disposta a se resolver antes de se envolver em um relacionamento.
É um bom filme!
Fora de Série
3.9 491 Assista AgoraEu não entendi muito bem porque o filme está tendo um hype tão grande, sendo cotado para vários prêmios e ainda cogitado para o Oscar.
É um filme ok, tem uma personagem principal lésbica o que é um avanço, e é uma comédia leve. E acho que foi ótimo por destruir vários clichês e estereótipos de filmes dos anos 80. Porém, a história é isso. Uma noite de rebeldia adolescente, sem muita profundidade e que é bastante divertida.
É um filme bom para passar o tempo, mas acho que é só isso.
Ah, e achei muito boa a direção e montagem da Olivia Wilde, espero que ela faça mais filmes!
Os Incríveis 2
4.1 1,4K Assista AgoraFico muito feliz em ver como algumas animações atuais tem se reinventado e se desvencilhado de algumas questões problemáticas. Situações estas que outrora eram tão aceitas e normalizadas e que, agora, começam a ser questionadas pelas próprias animações. E em Os Incríveis. isso foi feito de uma maneira incrível rsrs.
Realmente, relegar a Helena o papel de mãe, dona de casa e única responsável pela criação dos filhos e ainda incentivar o protagonismo do Sr. Incrível foi um erro do primeiro filme. E acho que foi muito importante e bastante representativo trazer agora nesse segundo filme que sim, a Mulher Elástico também é uma boa heroína e que ela não precisa estar na sombra dos outros heróis. Além da questão quebrar com esses padrões sociais em relacionamentos heterossexuais de que o homem não pode ficar em casa, enquanto a mulher trabalha; de que o homem deve ser o único responsável pelo sustento; enfim etc e etc dessas baboseiras opressoras.
Também, nesse mesmo aspecto gostei de como a vilã foi construída. O filme dá um tapa na cara, quando a gente mais uma vez, pelas ideias do clichê machista, espera que ocorra o protagonismo masculino.
Enfim, de resto, relembrar da Edna (de longe, pra mim, a melhor personagem de Os Incríveis) foi muito nostálgico. Ver também Flecha e Violeta, lutando e atuando como herois e até melhorando seus poderes, foi maravilhoso, ainda mais pra quem é fã desde o primeiro filme.
Eu senti que o filme focou de forma desnecessária no Zezé. Ok, pelo final do ultimo filme era questão de tempo que todos descobrissem sobre seus poderes. Mas é poder demais, meu Deus. Eu queria ter visto mais o desenvolvimento dos outros filhos, principalmente Violeta, que é uma personagem que eu gosto muito e queria ver amadurecendo, e que nesse aspecto foram deixados de lado.
Enfim, acho que o filme soube manter bem o nível do primeiro. E até melhorou por discutir tanto os papeis de gênero.
E pra quem falou aqui embaixo, que politizaram demais... É melhor se acostumarem.
Primos
2.5 158Parece um filme trash de romance gay.
Atuações péssimas, história absurda.
Muito ruim.
Porém, não nego que se tivesse mais filmes como esse, eu assistiria kk.
Pequenos Gigantes
3.4 70Sempre me incomodei com o fato de que os filmes que exploram a descoberta da sexualidade, tendem a querer resolvê-la em pouco mais de 90 minutos. Gian Little Ones não segue essa regra. E eu adorei isso.
A história inicial é clichê... Amigos que acabam bebendo, dormem juntos pela primeira vez, e depois não sabem como lidar com essa experiência. Um deles, acaba entrando em um estado de negação e culpabilizando o outro por tudo o que aconteceu. O outro, não consegue entender aquilo, e também sofre por ver o amigo se transformar tão rápido e ainda ser tão duramente atacado por algo que foi consensual. Assim, o grande enredo do filme é como eles lidam de forma diferente com tudo isso.
E o sofrimento que, principalmente, Franky (o que sofre bullying pelas histórias repercutidas por Ballas, o amigo em negação) passa ao não conseguir dar um nome para si ou se encaixar é o seu grande dilema.
Isso fica claro, no diálogo clímax do filme em que Franky fala ao pai sobre não achar que aquilo que aconteceu era errado. Ao mesmo tempo, ele também gosta de Natasha, a irmã de Ballas, e tem profundo carinho e cuidado por ela. E nessa conversa (que é bem estilo Call Me By Your Name, aliás só queria ter um pai desses haha), o pai diz o filho sobre ele não precisar dar nome para si agora, que não precisa se encaixar em uma caixinha. O processo de descoberta é lento. E tudo bem nisso, não precisamos ter pressa em nos definir.
Não posso deixar de falar também, sobre a questão de como o filme mostra que a letra B é ignorada. Mesmo tendo acontecido o envolvimento sexual dos dois, nenhuma das pessoas ao redor, principalmente a guria que gostava de Franky, cogita a possibilidade dele ser bissexual. Basicamente, existem duas opções, ou se é gay, ou se é hetero. E também mostra como as pessoas consideram que se teve uma experiência, isso define toda a sua sexualidade. Achei importante como o filme retrata esse preconceito e como ele implicitamente mostra o quanto ele é fútil. Ainda mais com o fato do personagem principal ter um relacionamento com uma guria, logo após o acontecido.
Uma vez eu escutei sobre não se usar para a sexualidade o verbo "ser", mas sim o verbo "estar". Achei que isso encaixa muito bem aqui, não sabemos ao final se o personagem é/está gay, bi, hetero, pan... E nem ele mesmo sabe. Tanto Franky, quanto Ballas. E o filme não erra ao deixar isso em aberto. Na verdade, isso é o que o torna mais real.
Aliás, eu amei a fotografia e os enquadramento desse filme. A montagem ficou excelente!
Um dos melhores filmes sobre descoberta que eu já assisti!
Garota Fantástica
3.7 729 Assista AgoraFilme relax. História divertida, personagens carismáticos. Algumas situações bem esperadas, outras me surpreenderam, como o final e o desfecho do romance. Aliás, achei muito bom um final em que as coisas não tenham dado totalmente certo. Fez muito jus ao próprio lema das Hurl Scouts.
Fiquei com vontade de ver mais da Drew Barrymore como atriz, e adorei ela como diretora do filme também. É uma comédia suave.
E que esporte divertido hahaha. Nunca havia visto nada assim.
Ma
2.6 633 Assista AgoraO filme estava caminhando para um clímax bom, e de repente, ficou péssimo. Colocaram algumas coisas na narrativa que não fizeram o menor sentido. Como por exemplo, a síndrome de M. por procuração e a filha. Aquilo era para tornar a Ma uma vilã? Porque não tinha qualquer relação com a história que justificasse esse aspecto. Parece que foi algo do tipo "Vamos colocar uma característica para que as pessoas não gostem dela e curtam o final".
E acabou que não deu certo, porque aqueles adolescentes eram tão irritante e tão maus, que eu torci para que no final a Ma desse um jeito neles.
Enfim, parece que o roteirista tinha uma história ótima e resolveu estragá-la toda nos minutos finais.
E a Octavia Spencer é daquelas atrizes que podem fazer qualquer papel em qualquer filme meia boca que ela vai arrasar. Adorei a personagem dela no filme e isso me fez ficar ainda mais chateado com o rumo do roteiro.
O Diário de uma Adolescente
3.6 151 Assista AgoraA relação dela com o padastro me chocou muito e ainda estou me perguntando se a maneira como isso foi tratado no final do filme foi realmente adequado.
É um bom filme, o desenvolvimento da personagem é muito bom. E é interessante como nenhum dos fatos que ocorrem rouba o protagonismo da personagem principal. Ela é a narradora, ela é o centro. Seu rito de passagem para a vida adulta e processo de descoberta sexual e amadurecimento é o que o filme quer mostrar.
O final meio corrido me deixou um pouco decepcionado (e acho que o relacionamento problemático deveria ter um desfecho mais sério).
Vale a pena assisti-lo!
Terra Fria
3.9 275 Assista AgoraQue filme fantástico.
E foi lançado em 2005, momento em que as discussões sobre o machismo e assédio ainda nem ecoavam por Hollywood. A diretora fez um trabalho incrível e fico muito triste, embora não surpreso, que esse filme tão bem feito não seja muito reconhecido.
Eu como homem, óbvio, que jamais poderei compreender como é assistir um filme desse na sua totalidade. Mesmo assim, as cenas delas sendo assediadas e silenciadas ficaram na minha cabeça por muito tempo. E ver que isso se repete o tempo todo e o quanto de luta é necessária para que direitos básicos sejam conquistados e respeitados é muito revoltante.
Recomendo o filme para todos.
PS: Caramba, as leis contra o assédio nos EUA são muito recentes! Fiquei chocado com isso.
Quase 18
3.7 604 Assista AgoraÉ um filme muito gostoso de assistir. Ele conseguiu retratar muito bem todos os dilemas, crises e a raiva de Nadine.
Achei ele bem a vibe de um dos últimos filmes que assisti: The Diary of a Teenage Girl, embora este último seja bem menos inocente. Ambos retratando jovens mulheres amadurecendo.
É um filme ao mesmo tempo leve e profundo.
E talvez a minha atuação favorita da Hailee Steinfeld.
Senti muita falta de um desfecho melhor. Achei que tudo estava se encaminhando para um clímax, e de repente, acabou de forma bem brusca, se resolvendo de um maneira bem "fácil". Acho que a catarse que Nadine precisava não aconteceu (aquelas passeadas de carro com o professor e discussão breve com o irmão não são suficientes). Aliás, eu senti que o filme levou para um caminho de que a sua insatisfação fosse apenas uma rebeldia e, na verdade, ia muito além disso. Havia a morte do pai que ainda a afetava muito, a dificuldade em se encaixar, o sentimento de se sentir desamparada, e também, ofuscada pelo irmão que puxava todas as atenções para si, muitas inseguranças, frustrações, enfim, um mix de emoções e que eram ignorados por todos ao seu redor. Ah, Nadine foi uma das melhores personagens que já vi em um filme. E eu acho que poderia passar horas assistindo uma continuação com ela.
Recomendo, mas não espere muito do final.
Pariah
4.0 138Quantas protagonistas lésbicas pretas você já viu?
É impossível não se fazer esse questionamento quando você assiste esse filme. Uma população invisibilizada, a letra do LGBT que não aparece, a interseccionalidade na cor preta que é ignorada.
E Dee Rees faz um trabalho tão lindo. Todas as inseguranças e processo de construção de identidade que Alike passa são arrebatadores. Para mim, a conversa com a mãe dela no final, a mãe que também é oprimida por estar em um relacionamento em que é desprezada, e que não consegue amar a filha da maneira que ela é, é de cortar o coração e provavelmente ficará na minha cabeça por muito tempo.
A sua primeira experiência amorosa, em que se sente usada e tem seus sentimentos desprezados, é um processo catártico que passa, para finalmente ter coragem de se assumir. E com isso, observa-se o crescimento de Alike em todo o filme, mesmo que ele seja doloroso, ela consegue criar forças para ser quem ela de fato é. E o poema que ela recita no final deixa isso bem claro.
É um filme fantástico que deveria ser lembrado mais vezes.
"Heartbreak opens onto the sunrise
For even breaking is opening
And I am broken
I’m open
Broken to the new light without pushing in
Open to the possibilities within, pushing out
See the love shine in through my cracks?
See the light shine out through me?
I am broken
I am open
I am broken open
See the love light shining through me
Shining through my cracks
Through the gaps
My spirit takes journey
My spirit takes flight
Could not have risen otherwise
And I am not running
I’m choosing
Running is not a choice from the breaking
Breaking is freeing
Broken is freedom
I am not broken
I’m free."
~ Spoken by Alike (Adepero Oduye)
Written by Dee Rees
Alguém Tem Que Ceder
3.4 474 Assista AgoraÉ engraçado como os filmes da Nancy Meyers têm algo que eu não sei explicar exatamente o que é mas que sempre me fazem associar a ela. É quase como se eles tivesse uma marca d'água invisível.
Embora o enredo desse filme não seja clichê (a mim pelo menos não foi), na segunda metade do filme tu já consegue prever qual será o desfecho. Outro aspecto negativo é que eu odeio essa fixação de comédias românticas de retratarem as mulheres como personagens super inseguras, e colocando os homens como super confiantes e superiores. Quando o filme começa a enredar pra essa situação, eu praticamente perco as esperanças de que sairá alguma coisa boa.
Não gostei do final, e com 128 minutos ver tudo chegar ao desfecho nos 15 minutos finais e de uma forma muito aleatória foi frustrante.
É um filme ruim, mas que imagino que em 2003 devia ser menos incômodo para as pessoas.
Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme
4.0 684 Assista AgoraO único contato antes desse filme que tinha com o Charlie Brown eram as tirinhas que encontrava nas questões do vestibular.
E foi bem legal ver várias referências, muito além dos personagens, que fizeram (como a cabeça do snoopy levantada remetendo as tirinhas em 2D, as cenas com o próprio snoopy que surgiam da imaginação, a não-fala da professora, adultos que nunca aparecem, enfim...).
Porém, de tanta coisa boa que poderia se tirar dos Peanuts, porque focar o filme numa paixão de infância de Charlie por uma garota nova?
Fiquei frustrado com isso. Além disso, o jeito exageradamente descuidado ou inseguro do Charlie irritava muito em algumas partes. Mesmo que isso seja uma parte do personagem, era chato ter que ver tudo dando errado de novo e de novo. Isso fez com que em alguns momentos do filme, eu estivesse mais interessado na história paralela do Snoopy, do que no filme principal.
E o desenho ficou bom, a dublagem brasileira está ótima também, mas da história eu realmente esperava mais.
OBS: Filme assistido em partes com a Ana :)
O Pacote
2.6 248 Assista Agora"É mais um besteirol americano", pautado nos absurdos, metade das piadas relacionadas a sexo e que é até engraçado em algumas partes.
Assisti com amigos do ensino médio, acho que é um daqueles filmes que eu vou me lembrar mais da companhia do que do filme em si.
E tudo bem nisso.
Falcons em Jogo
1.6 50Tive que assistir porque era encontro de amigos de infância, não tinha muita opção e acabamos indo no aleatório. Basicamente, ele é um filme francês misógino, de terror trash, com jogadoras de vôlei sendo perseguidas.
Eu não sei avaliar filmes trash, porque eles ultrapassam o limiar do que é aceitável como péssimo, e eu assisto o filme rindo, chocado se o que eu estou assistindo é sério. Então, do ponto de vista técnico, ele é péssimo. Mas para um flime trash, ele é até mediano.
PS: O filme conseguiu me confundir várias vezes sobre quem sobreviveria. E gostei do desfecho do pinscher.
Contos de Terramar
3.5 172 Assista AgoraMais um filme do estúdio Ghibli, porém o mais fraco de todos que eu assisti. A animação é muito bonita. Porém, na história falta um nexo, principalmente no início e no desfecho do filme. Depois que descobri que ele havia sido baseado em uma série de livros da Ursula K. Le Guin, acho que entendi o motivo dessa falha. Quando você assiste o filme, tu percebe que falta alguma parte da história, como se ela tivesse sido cortada e retirada do filme, o que pode ter acontecido com a exclusão de fatos do livro que justificariam o filme.
Uma coisa legal é que ele tem umas reflexões muito profundas sobre Imortalidade e negação da própria vida, e creio até que irei rever essas cenas com mais calma. E a animação também é muito linda.
Vale a pena porque é Estúdio Ghibli, mas é um filme mediano.
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraAchei um filme de terror insuportável e custei chegar ao fim. Ele não chega a ser um trash, mas ele tem uma péssima sequência, algumas mortes bizarríssimas e um roteiro muito forçado.
Os personagens eram estúpidos, e eu só queria que aquilo acabasse logo.
Pets: A Vida Secreta dos Bichos
3.5 936 Assista AgoraEu acho que tenho um certo problema com animações no geral, talvez devido algumas obras (culpa de Pixar e Ghibli), eu sempre espero que uma animação seja capaz de agradar qualquer faixa etária. Ou seja, que consiga ser divertida ao ponto de entreter os mais novos, e ao mesmo tempo profunda para que não se torne infantil.
E esse filme, que eu estava inclusive bastante ansioso para assistir, basicamente é uma brincadeira. Ele brinca com a existência de um mundo paralelo vivido pelos pets quando seus donos saem de casa. E é realmente divertido ver eles estragando ou seguindo seus estereótipos que esperamos de personalidade de pet/dono. A questão é que ele fica nisso basicamente. Até existem uns dramas para dar sequência à história - E o inicial, de competição entre os dois principais, é insuportável, diga-se de passagem - mas ainda sim são muito rasos e não interessam muito. Até mesmo o momento de uma revelação importante do antigo dono de um deles é ignorado logo depois, mal resolvido e explicado. E daí a perseguição que é o que move o filme depois que aquele primeiro drama acaba, retorna e transforma tudo em uma "aventura".
Por isso, esse é um filme de animação que eu diria como "bonzinho". Não é ruim, mas também não vai trazer nada de surpreendente. São apenas algumas horas gastas com um filme, que ficam ali mesmo no sofá. Então, não espere muito.
A Grande Ilusão
3.5 366 Assista grátisA relação materna molda a história das três personagens nesse filme: Emanuel, Janice e Linda. Cada uma delas, por um motivo que não podiam controlar foram privadas disso.
A primeira pela ausência de uma figura materna, a segunda pela impossibilidade de ter um filho, e a terceira pela perda do filho.
E a diretora conseguiu construir uma história muito concisa. Logo no início do filme, Emanuel percebe qual é a "grande ilusão", aliás plot instigado pelo título brasileiro. No entanto, no decorrer do filme, percebemos que ela vai usando daquela ilusão para criar a sua. E isso acho que foi uma boa criação do filme, porque você pode até não conhecer a história de Linda, mas a ternura e o cuidado que ela tem com o filho, traz um sentimento de compaixão. Do mesmo modo, com Emanuel. Embora, em um primeiro momento, o fato dela não ter contado a ninguém sobre isso possa gerar certa repreensão, é possível entender o que leva ela a fazer isso: a necessidade que ela tinha de ter uma relação materna e de se ver como solução para a perda de Linda. E por fim, temos Janice, que embora incomode um pouco, quando se entende que seus motivos vão muito além do que agradar a enteada, você consegue compreendê-la melhor.
E achei o final muito bonito nesse sentido, Emanuel percebeu a necessidade dela enfrentar um luto que ela se privou durante toda a vida, assim como viu que Linda também precisava passar por isso para poder ficar bem.
É um ótimo filme, que tem uma abordagem psicológica muito interessante.
Psicopata Americano
3.7 1,9K Assista AgoraEu escrevi um texto enoooorme falando sobre o filme, e meu Google Chrome deu pau.
Estou com preguiça de escrever de novo.
Mas em resumo: o filme é bom; nem todo psicopata precisa ser serial killer; a sociedade valoriza a falta de sentimentos e estimula a psicopatia; a personalidade de Patrick Bateman também é fruto do meio que ele vive. Ah, e o Christian Bale arrasou.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraDemorei muito tempo para assistir esse filme. Sempre tinha algo que me interrompia, e eu acabava esquecendo de terminar depois.
Dessa vez, na escala de um voo, eu finalmente consegui assistir o filme por completo.
O que mais me espantou foi ver um terror sangrento e pesado com crianças como protagonistas. Mesmo que em algumas partes, tivesse uns momentos meio "Os Goonies", o filme conseguiu destruir a imunidade infantil que a gente comumente vê nesse gênero.
Porém, eu achei tudo muito mediano. Os personagens eram chatos, algumas cenas previsíveis... Entendo que é uma adaptação e remake, provável que a fórmula funcionou há anos atrás, mas hoje já estamos um pouco acostumados com histórias assim.
Perto dos outros filmes de terror que tem sido lançados, It parece ser um filme imaturo e sem graça, mas que não chega a ser ruim.
Minha Vida em Marte
3.5 478Eu adoro o Paulo Gustavo e a Mônica Martelli e gostei muito do primeiro filme "Os homens são de Marte..." mas essa sequência não me desceu.
O filme é muito mal produzido, você fica com a sensação de que são várias sketchs emendadas, com pouca explicação lógica dentro do filme. Me pareceu que as cenas eram criadas para encaixar a piada, e não para dar sequência a história.
Existem várias questões também em como o personagem gay é retratado simplesmente como "chaveirinho de amiga hétera". A história de Aníbal é simplesmente seguir Fernanda por seus desastres amorosos e viagens, dar uma de terapeuta e ser babá. Com o destaque que ele teve no filme, custava ter tido um desenvolvimento melhor?
Outra coisa, a Fernanda é branca, magra, rica, não aparenta nada ter a idade que tem, e mesmo assim, os roteiristas insistem na piada de como ela é feia e velha. Sim, isso ressalta que ela não tem uma boa auto-estima, mas deveria ao menos ter a responsabilidade de abordar isso. Pouquíssimas mulheres brasileiras se encaixam no padrão da Fernanda, e o filme ainda ressalta que ela não é suficiente para o nível de beleza que deveria ter.
Não gostei muito também da abordagem do casamento da Fernanda. A forma como a infidelidade é ignorada. A incapacidade de comunicação entre ela e o esposo que deveria ser mais colocado em questão. O filme parecia resumir tudo a uma perda de tesão e química, porém era muito mais do que isso.
Talvez seja problematizar muito uma comédia, mas eu não sentia tanto isso no filme anterior. Piadas cansativas, roteiro muito mal explorado. Eu estava com tantas expectativas, saí frustrado.
PS: Gente, quem dá um porco para uma criança? Que tipo de comédia dos absurdos é isso? E também haja dinheiro para tanta viagem, mds.