Incrível como o Aly Muritiba consegue trazer emoção, força, delicadeza, sensibilidade. Tudo junto e misturado, em um filme que termina uma história LGBTQIA+ sem apostar na tragédia que sempre vemos nos cinemas.
É um filme mediano, que poderia ser mais original, ousado e criativo. Mas, sinceramente, espero que façam mais filmes assim sobre crimes reais. É sucesso nos Estados Unidos ('Zodíaco', 'Ted Bundy' e até 'Psicose'), tem filme europeu cultuado ('O Bar Luva Dourada'). O que impede o Brasil de seguir o mesmo caminho?
Esperava bem, bem mais. Achei uma verdadeira bagunça. Ainda que haja algo de interessante na questão envolvendo saúde mental e depressão, tudo é muito pouco inteligente e aprofundado. Começa como um terror psicológico, depois abraça um filme de paranoia, vai para o lado do ocultismo, depois começa uma espécie de terror criminal. Simplesmente não se decide. E, cá entre nós, que mensagem ruim, hein? Trata a depressão como algo que surge da falta de crença, simplesmente. Péssimo. Pelo menos a Rebecca Hall está ótima. Leva o filme nas costas, praticamente.
Não tenho dúvida alguma de que é o filme brasileiro da temporada. Forte, necessário, urgente. E as atuações do Santoro e do Malheiros são direto no ponto. Já fica aqui a minha torcida para que o filme se saia tão bem quanto está parecendo.
É um filme bem esquecível em suas camadas mais superficiais, mas que consegue surpreender e emocionar com alguns pequenos detalhes — a redenção ali no final, as pequenas atitudes da irmã, as falas do enfermeiro, a última cena do Mr. T. É um filme sensível. E isso já vale demais a visita.
Disfarçado de coming of age, este filme é mais um drama familiar do que outra coisa. Afinal, por meio de uma direção firme e atuações com profundidade, vamos acompanhando a jornada dessa garota que se sente presa na ilha em que mora com a família. Há momentos realmente duros (como a protagonista sendo presa numa espécie de porão) que aumentam a força da trama. Acho que faltou se aprofundar mais em algumas histórias, mas, no geral, bom filme.
Que baita surpresa. Filme com uma reviravolta mais do que satisfatória, Riz Ahmed excelente no papel e, ainda por cima, tem uma trama tensa que não é só entretenimento por entretenimento. Tem um motivo de existir. Pena, porém, que os personagens não sejam tão aprofundados — foi o que faltou para uma nota bem mais alta.
É um cinema pipoca bem banal e que basicamente só sustenta a aura mais pesada do Du Welz por conta da reviravolta. De resto, ele aposta em algo pouco ousado e sem muita vida. Uma pena, pois tinha potencial de sobra pra chocar o público.
O original é infinitamente melhor — talvez pela surpresa com o desfecho quando assisti pela primeira vez. Mas esse aqui, apesar de alguns exageros do Fuqua e da falta de clima em alguns momentos, funciona: o Gyllenhaal tá bem, a história é boa. Vai ser um sucesso certeiro da Netflix.
Filme muito, muito pesado. Lida com o tema do suicídio em uma família de maneira bem crua, sem encontrar respostas positivas para o público que encara esse drama tão duro — começamos sofrendo, assistimos sofrendo e terminamos sofrendo. Alison Pill, porém, está MUITO bem. Uma cena em um estacionamento é forte demais e mostra como ela merecia muito mais espaço do que tem hoje em dia.
Um filme de estética apurada, bem diferente do que vemos por aí, que não só se vale de uma edição potente, como brinca com a imersão do público na história. Forte e difícil, a jornada da protagonista coloca a Olivia Munn em um outro patamar em Hollywood — ainda que sua personagem pudesse ser resolvida com uma terapia. Boa surpresa.
Um aviso para quem viu a versão com a atriz de 'A Órfã': não é essa história que vai chegar aos cinemas. Não é a oficial. É uma versão estendida com final alternativo. A história que chega aos cinemas não tem 'A Órfã' e o final é completamente diferente.
O momento mais triste do cinema em 2021 foi quando, um pouco antes dos créditos, apareceu que a história continua. Pra que mais um filme, meu deus do céu?
O filme de 1992 é divertidinho. Esse aqui é um soco no estômago, daquele bem dado. Não só é tenso e angustiante, como também é uma crítica social potente. E a cena final é de arrepiar, com uma força indescritível. Filmaço!
Esse final com Elza Soares e uma seleção de imagens inacreditável de tão boa eleva o filme para um outro patamar. Quase me fez esquecer dos erros que o longa cometeu no caminho.
Amador. Tosco. Brega. E, acima de tudo, desrespeitoso. Bowie nunca quis um filme sobre a vida dele. A família do Bowie também não. E o diretor, mesmo assim, bateu o pé e fez o que queria. Não é à toa que não temos absolutamente nada dele no filme, nem uma mísera música. E o protagonista parece mais o Tom Petty jovem do que o Bowie.
Gostei da proposta, que traz ecos de ‘Bacurau’ e ‘O Homem que Virou Suco’. No entanto, ao contrário desses outros dois, não há delicadeza na forma como a mensagem a ser entregue ao público é tratada. Tudo é muito óbvio, muito “na cara”. Quer mostrar que Cristóvão é um peixe fora d’água? Só colocar uma roupa de astronauta. Quer mostrar que ele é tratado como um animal? Coloque uma fantasia de gado. A discussão acaba ficando refém desse didatismo é dessas obviedades que são vomitadas o tempo todo. Mas, pra compensar, a atuação de Pitanga é gigante. Uma das melhores do ano. Carrega o filme nas costas e ajuda a dar uma dimensão que o diretor e o roteiro não encontraram.
Começa como um ‘Loucamente Apaixonados’, evolui para um ‘Antes do Amanhecer’, depois vira uma mistura genérica de Gaspar Noé com os Safdie e termina ali, sozinho, sem nunca ter uma identidade.
Filme absolutamente hilário. Tudo muito real, todo o desespero da família querendo saber dos namoradinhos, da faculdade e coisas do tipo. A trilha sonora com pegada de filme de terror também é uma ótima sacada. Difícil não se divertir.
Pena que, mesmo tendo menos de 80 minutos, o filme acabe se repetindo e cansando um pouco. Mas tudo bem. As boas risadas valeram a pena.
Tinha um burburinho de Oscar com a atuação da Naomi Watts por conta desse filme. Mas, apesar dela estar muito bem, não acho que é pra tanto. ‘Penguin Bloom’ não se decide entre uma Sessão da Tarde muito bem feita ou um drama emocionante. O meio termo não funciona muito bem e deve acabar afastando qualquer possibilidade na temporada de premiações. Mas, de novo: é um filme bem atuado, com momentos emocionantes. E o pássaro é ótimo.
Deserto Particular
3.8 183 Assista AgoraIncrível como o Aly Muritiba consegue trazer emoção, força, delicadeza, sensibilidade. Tudo junto e misturado, em um filme que termina uma história LGBTQIA+ sem apostar na tragédia que sempre vemos nos cinemas.
A Menina que Matou os Pais
3.1 678 Assista AgoraÉ um filme mediano, que poderia ser mais original, ousado e criativo. Mas, sinceramente, espero que façam mais filmes assim sobre crimes reais. É sucesso nos Estados Unidos ('Zodíaco', 'Ted Bundy' e até 'Psicose'), tem filme europeu cultuado ('O Bar Luva Dourada'). O que impede o Brasil de seguir o mesmo caminho?
A Casa Sombria
3.3 393 Assista AgoraEsperava bem, bem mais. Achei uma verdadeira bagunça. Ainda que haja algo de interessante na questão envolvendo saúde mental e depressão, tudo é muito pouco inteligente e aprofundado. Começa como um terror psicológico, depois abraça um filme de paranoia, vai para o lado do ocultismo, depois começa uma espécie de terror criminal. Simplesmente não se decide. E, cá entre nós, que mensagem ruim, hein? Trata a depressão como algo que surge da falta de crença, simplesmente. Péssimo. Pelo menos a Rebecca Hall está ótima. Leva o filme nas costas, praticamente.
7 Prisioneiros
3.9 318Não tenho dúvida alguma de que é o filme brasileiro da temporada. Forte, necessário, urgente. E as atuações do Santoro e do Malheiros são direto no ponto. Já fica aqui a minha torcida para que o filme se saia tão bem quanto está parecendo.
O Acordo
2.1 5 Assista AgoraMuito, muito abaixo da qualidade de outros suspenses espanhóis. Truncado, sem ritmo, longo demais. Perdi meu interesse incontáveis vezes. Uma pena.
Uma História em Montana
2.9 7É um filme bem esquecível em suas camadas mais superficiais, mas que consegue surpreender e emocionar com alguns pequenos detalhes — a redenção ali no final, as pequenas atitudes da irmã, as falas do enfermeiro, a última cena do Mr. T. É um filme sensível. E isso já vale demais a visita.
Murina
3.8 8Disfarçado de coming of age, este filme é mais um drama familiar do que outra coisa. Afinal, por meio de uma direção firme e atuações com profundidade, vamos acompanhando a jornada dessa garota que se sente presa na ilha em que mora com a família. Há momentos realmente duros (como a protagonista sendo presa numa espécie de porão) que aumentam a força da trama. Acho que faltou se aprofundar mais em algumas histórias, mas, no geral, bom filme.
Encontros
3.0 63 Assista AgoraQue baita surpresa. Filme com uma reviravolta mais do que satisfatória, Riz Ahmed excelente no papel e, ainda por cima, tem uma trama tensa que não é só entretenimento por entretenimento. Tem um motivo de existir. Pena, porém, que os personagens não sejam tão aprofundados — foi o que faltou para uma nota bem mais alta.
Mentiras Secretas
2.7 7 Assista AgoraÉ um cinema pipoca bem banal e que basicamente só sustenta a aura mais pesada do Du Welz por conta da reviravolta. De resto, ele aposta em algo pouco ousado e sem muita vida. Uma pena, pois tinha potencial de sobra pra chocar o público.
O Culpado
3.0 451 Assista AgoraO original é infinitamente melhor — talvez pela surpresa com o desfecho quando assisti pela primeira vez. Mas esse aqui, apesar de alguns exageros do Fuqua e da falta de clima em alguns momentos, funciona: o Gyllenhaal tá bem, a história é boa. Vai ser um sucesso certeiro da Netflix.
All My Puny Sorrows
2.8 4Filme muito, muito pesado. Lida com o tema do suicídio em uma família de maneira bem crua, sem encontrar respostas positivas para o público que encara esse drama tão duro — começamos sofrendo, assistimos sofrendo e terminamos sofrendo. Alison Pill, porém, está MUITO bem. Uma cena em um estacionamento é forte demais e mostra como ela merecia muito mais espaço do que tem hoje em dia.
Violet
3.3 2Um filme de estética apurada, bem diferente do que vemos por aí, que não só se vale de uma edição potente, como brinca com a imersão do público na história. Forte e difícil, a jornada da protagonista coloca a Olivia Munn em um outro patamar em Hollywood — ainda que sua personagem pudesse ser resolvida com uma terapia. Boa surpresa.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357Um aviso para quem viu a versão com a atriz de 'A Órfã': não é essa história que vai chegar aos cinemas. Não é a oficial. É uma versão estendida com final alternativo. A história que chega aos cinemas não tem 'A Órfã' e o final é completamente diferente.
After: Depois do Desencontro
1.9 103 Assista AgoraO momento mais triste do cinema em 2021 foi quando, um pouco antes dos créditos, apareceu que a história continua. Pra que mais um filme, meu deus do céu?
A Lenda de Candyman
3.3 508 Assista AgoraO filme de 1992 é divertidinho. Esse aqui é um soco no estômago, daquele bem dado. Não só é tenso e angustiante, como também é uma crítica social potente. E a cena final é de arrepiar, com uma força indescritível. Filmaço!
Dupla Explosiva 2: E a Primeira-Dama do Crime
3.1 90 Assista AgoraTIM MAIA nos créditos. É o ponto alto do filme.
Carnaval
2.5 105"Eles me odeiam. Eles querem que eu morra".
"Eles quem? Você tá doida?"
"Os gays, os negros, os gordos".
Que roteiro, minha gente. Que roteiro. Essa cena da Flávia Pavanelli entrou para a história da cultura brasileira.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraSe o Anthony Hopkins não levar o Oscar, não há justiça na premiação. É uma atuação arrebatadora, que merece cada prêmio no caminho.
Medida Provisória
3.6 431Esse final com Elza Soares e uma seleção de imagens inacreditável de tão boa eleva o filme para um outro patamar. Quase me fez esquecer dos erros que o longa cometeu no caminho.
Stardust
2.1 28 Assista AgoraAmador. Tosco. Brega. E, acima de tudo, desrespeitoso. Bowie nunca quis um filme sobre a vida dele. A família do Bowie também não. E o diretor, mesmo assim, bateu o pé e fez o que queria. Não é à toa que não temos absolutamente nada dele no filme, nem uma mísera música. E o protagonista parece mais o Tom Petty jovem do que o Bowie.
Casa de Antiguidades
3.1 29Gostei da proposta, que traz ecos de ‘Bacurau’ e ‘O Homem que Virou Suco’. No entanto, ao contrário desses outros dois, não há delicadeza na forma como a mensagem a ser entregue ao público é tratada. Tudo é muito óbvio, muito “na cara”. Quer mostrar que Cristóvão é um peixe fora d’água? Só colocar uma roupa de astronauta. Quer mostrar que ele é tratado como um animal? Coloque uma fantasia de gado. A discussão acaba ficando refém desse didatismo é dessas obviedades que são vomitadas o tempo todo. Mas, pra compensar, a atuação de Pitanga é gigante. Uma das melhores do ano. Carrega o filme nas costas e ajuda a dar uma dimensão que o diretor e o roteiro não encontraram.
Segunda-Feira
2.6 23Começa como um ‘Loucamente Apaixonados’, evolui para um ‘Antes do Amanhecer’, depois vira uma mistura genérica de Gaspar Noé com os Safdie e termina ali, sozinho, sem nunca ter uma identidade.
Shiva Baby
3.8 258 Assista AgoraFilme absolutamente hilário. Tudo muito real, todo o desespero da família querendo saber dos namoradinhos, da faculdade e coisas do tipo. A trilha sonora com pegada de filme de terror também é uma ótima sacada. Difícil não se divertir.
Pena que, mesmo tendo menos de 80 minutos, o filme acabe se repetindo e cansando um pouco. Mas tudo bem. As boas risadas valeram a pena.
Um Milagre Inesperado
3.6 45 Assista AgoraTinha um burburinho de Oscar com a atuação da Naomi Watts por conta desse filme. Mas, apesar dela estar muito bem, não acho que é pra tanto. ‘Penguin Bloom’ não se decide entre uma Sessão da Tarde muito bem feita ou um drama emocionante. O meio termo não funciona muito bem e deve acabar afastando qualquer possibilidade na temporada de premiações. Mas, de novo: é um filme bem atuado, com momentos emocionantes. E o pássaro é ótimo.